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Modelagem da Turbulência

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FUNDAMENTOS DE<br />

TURBULÊNCIA<br />

Agradecimentos ao Professor Aristeu <strong>da</strong> Silveira Neto<br />

Universi<strong>da</strong>de Federal de Uberlândia


Escoamento Laminar<br />

No regime de escoamento laminar o fluido se move de<br />

forma suave e organiza<strong>da</strong> em cama<strong>da</strong>s ou lâminas, não<br />

havendo mistura macroscópica de cama<strong>da</strong>s adjacentes<br />

de fluido.


Exemplo de Escoamento Laminar<br />

Escoamento sobre aerofólio


Exemplo de Escoamento Laminar<br />

On<strong>da</strong> Interna Forma<strong>da</strong> sobre os<br />

Himalaias


Regime Laminar<br />

X<br />

Regime Turbulento<br />

Medindo a componente x <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong>de num ponto fixo de um tubo, tanto<br />

para escoamento laminar quanto turbulento, os registros gráficos <strong>da</strong><br />

veloci<strong>da</strong>de x tempo aparecerão de acordo com as figuras abaixo:<br />

U<br />

Escoamento laminar<br />

t<br />

U<br />

u<br />

U<br />

Escoamento turbulento:<br />

t<br />

U =<br />

U + u


Comparação entre Regime Laminar e<br />

Regime Turbulento


Comparação entre Regime Laminar e<br />

Regime Turbulento


Transição à <strong>Turbulência</strong><br />

O processo de transição à turbulência foi identificado<br />

por Osborn Reynolds em 1883, e acontece pela<br />

introdução de perturbações num escoamento<br />

inicialmente estável (laminar).<br />

Essas perturbações são amplifica<strong>da</strong>s, multiplica<strong>da</strong>s e<br />

se transformam em turbulência.


O Experimento de Reynolds


Transição à <strong>Turbulência</strong><br />

A transição à turbulência se dá através <strong>da</strong> amplificação de perturbações<br />

introduzi<strong>da</strong>s no escoamento, inicialmente laminar, por varia<strong>da</strong>s fontes de<br />

ruído.


Escalas <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

As chama<strong>da</strong>s escalas <strong>da</strong> turbulência são a ordem de grandeza <strong>da</strong>s variáveis<br />

envolvi<strong>da</strong>s no fenômeno <strong>da</strong> turbulência:<br />

1. Comprimento<br />

2. Tempo<br />

3. Veloci<strong>da</strong>de<br />

4. Vortici<strong>da</strong>de<br />

5. Energia


Onde:<br />

Escalas Dissipativas de Komolgorov<br />

As escalas dissipativas de Komolgorov são as menores escalas que<br />

podem ocorrer em um escoamento turbulento.<br />

ε : dissipação viscosa<br />

ν<br />

: viscosi<strong>da</strong>de cinemática do fluido<br />

1. Comprimento →<br />

2. Tempo →<br />

τ =<br />

3. Veloci<strong>da</strong>de →<br />

4. Vortici<strong>da</strong>de →<br />

5. Energia →e<br />

=<br />

ld<br />

=<br />

1 2 ( ν ε )<br />

u =<br />

w =<br />

( ) 4 1 3<br />

ν ε<br />

( ) 4 1<br />

ν ∗ε<br />

1 2 ( ε ν )<br />

1 2 ( ν ∗ε<br />

)


Grandes Escalas<br />

As chama<strong>da</strong>s grandes escalas <strong>da</strong> turbulência são as maiores estruturas que<br />

ocorrem no escoamento, e são determina<strong>da</strong>s pela geometria que lhes dá<br />

origem.


Comparação entre as Grandes Escalas e<br />

as Escalas Dissipativas de komolgorov<br />

Comprimento<br />

Tempo<br />

Veloci<strong>da</strong>de<br />

Energia<br />

T<br />

: =<br />

τ<br />

Vortici<strong>da</strong>de<br />

:<br />

:<br />

:<br />

E<br />

e<br />

:<br />

U<br />

u<br />

Re<br />

w<br />

W<br />

=<br />

=<br />

l<br />

1 2<br />

L<br />

=<br />

Re<br />

L<br />

d<br />

Re<br />

Re<br />

1 2<br />

L<br />

=<br />

1 4<br />

L<br />

1 2<br />

L<br />

Re<br />

3 4<br />

L


Caracterização <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

●A turbulência é uma característica do escoamento, não do fluido.<br />

●A turbulência é um fenômeno altamente difusivo.<br />

●A turbulência é rotacional e tridimensional.<br />

●A turbulência é um fenômeno altamente dissipativo.<br />

●A turbulência é um fenômeno contínuo.<br />

●A turbulência é um fenômeno, atualmente, imprediscível.<br />

●A turbulência acontece a altos números de Reynolds e tem um largo<br />

espectro de energia


Origem <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

Para qualquer tipo de escoamento a transição à turbulência pode<br />

ser generaliza<strong>da</strong> como sendo o resultado <strong>da</strong> amplificação de<br />

perturbações injeta<strong>da</strong>s nos escoamentos por fontes diversas.<br />

A forma física <strong>da</strong> geração de instabili<strong>da</strong>des a partir de uma<br />

perturbação vai depender do tipo de escoamento. Os escoamentos<br />

transicionais podem ser classificados em:<br />

1.Escoamentos cisalhantes livres.<br />

2.Escoamentos parietais.<br />

3.Escoamentos devidos à convecção térmica.<br />

4.Escoamentos sob rotação.<br />

Combinações deste 4 tipos de escoamentos básicos formam os escoamentos<br />

complexos.


Escoamentos Cisalhantes Livres<br />

Os escoamentos cisalhantes livres são caracterizados pela<br />

ausência de paredes que os confine e pela ausência de obstáculos<br />

em seu interior.<br />

Podem ser sub-divididos em:<br />

1.Cama<strong>da</strong>s de Mistura<br />

2.Jatos<br />

3. Esteiras<br />

Os escoamentos cisalhantes livres transicionam a baixos números de<br />

Reynolds. Para jatos, por exemplo, a transição se inicia para<br />

Re=10.


Cama<strong>da</strong>s de Mistura<br />

Este tipo de escoamento transicional se caracteriza pela existência de diferentes<br />

veloci<strong>da</strong>des no interior do escoamento. Regiões com diferentes perfis de<br />

veloci<strong>da</strong>de uniforme são separa<strong>da</strong>s por cama<strong>da</strong>s cisalhantes.<br />

U2<br />

U1<br />

Cama<strong>da</strong> cizalhante<br />

Ponto de Inflexão


Cama<strong>da</strong> de Mistura em Desenvolvimento<br />

Temporal


Cama<strong>da</strong> de Mistura em Desenvolvimento<br />

Temporal


Cama<strong>da</strong> de Mistura em Desenvolvimento<br />

Temporal – Escoamento Atmosférico


Cama<strong>da</strong> de Mistura em Desenvolvimento<br />

Espacial – Emparelhamento Turbilhonar


Cama<strong>da</strong> de Mistura em Desenvolvimento<br />

Espacial


Cama<strong>da</strong> de Mistura em Desenvolvimento<br />

Espacial


Cama<strong>da</strong> de Mistura em Desenvolvimento<br />

Espacial


Cama<strong>da</strong> de Mistura em Desenvolvimento<br />

Espacial


Cama<strong>da</strong> de Mistura em Desenvolvimento<br />

Espacial – A Tridimensionalização <strong>da</strong><br />

<strong>Turbulência</strong>


Cama<strong>da</strong> de Mistura em Desenvolvimento<br />

Espacial – Vista Superior<br />

Figura à esquer<strong>da</strong> – resultado experimental<br />

Figura à direita – desenho esquemático correspondente


Jatos<br />

Os jatos são classificados de acordo com a geometria que os forma. Se<br />

formados por um orifício circular serão chamados jatos redondos.<br />

Se formados por um orifício retangular, são chamados jatos planos ou<br />

retangulares.<br />

Assim como nas cama<strong>da</strong>s de mistura, a transição à turbulência acontece pela<br />

formação de instabili<strong>da</strong>des e turbilhões de Kelvin-Helmholtz.


Jatos<br />

1. Bocal convergente<br />

2. Núcleo de escoamento potencial<br />

3. Toroide de alta concentração de<br />

4.<br />

vortici<strong>da</strong>de<br />

Geração de vórtices toroi<strong>da</strong>is<br />

5.<br />

“bidimensionais”<br />

Emparelhamento<br />

anulares<br />

de vórtices<br />

6. Oscilações tridimensionais sobre os<br />

vórtices toroi<strong>da</strong>is<br />

7. Degeneração<br />

tridimensional<br />

em turbulência<br />

8. Reorganização <strong>da</strong> turbulência em<br />

grandes escalas composta de outras<br />

múltiplas escalas


Jatos<br />

à esquer<strong>da</strong> jato em corte longitudinal<br />

à direita jato em corte transversal


Jatos


Jatos


Esteiras<br />

Os escoamentos do tipo esteira surgem à jusante de obstáculos.<br />

Um exemplo deste tipo de escoamento são as esteiras de Von Karman que se<br />

formam atrás de pilares de pontes


Esteiras<br />

Esteira de Von Karman forma<strong>da</strong> a jusante de uma placa rombu<strong>da</strong>.<br />

Formação de turbilhões coerentes num modo denominado sinuoso.


Esteiras


Esteiras<br />

Vista Superior


Esteiras<br />

Esteira Tridimensional a Jusante de Obstáculo – Lesieur (1994)


Esteiras


Esteiras


Cama<strong>da</strong> Limite<br />

Um fluido se movendo a altos números de Reynolds sobre uma superfície<br />

pode produzir uma cama<strong>da</strong> limite turbulenta. Neste caso o efeito de atrito<br />

viscoso sobre o corpo aumenta.<br />

A compreensão dos fenômenos físicos envolvidos na transição à turbulência<br />

de cama<strong>da</strong> limite é motiva<strong>da</strong> pelos anseios em se reduzir o efeito de<br />

arrasto sobre aviões e embarcações.


Cama<strong>da</strong> Limite<br />

Transição à <strong>Turbulência</strong> em cama<strong>da</strong> Limite<br />

1. Região de escoamento laminar<br />

2. Primeiras instabili<strong>da</strong>des de pequena amplitudeon<strong>da</strong>s<br />

de Tollmien-Schlchting<br />

3. Amplificação de <strong>da</strong>s on<strong>da</strong>s em taxa máxima<br />

gerando as instabili<strong>da</strong>des em “grampo de<br />

cabelo”<br />

4. Surgimento dos Bursts turbulentosque geram<br />

transportes violentos de matéria <strong>da</strong> parede para<br />

dentro <strong>da</strong> cama<strong>da</strong> limite<br />

5. Spots turbulentos-altas concentrações de<br />

energia cinética turbulenta<br />

6. Cama<strong>da</strong> limite completamente turbulenta


Cama<strong>da</strong> Limite<br />

Detalhe de Spot Turbulento - Alta concentração de energia cinética<br />

turbulenta.


Cama<strong>da</strong> Limite<br />

Visualização Formação de Spots Turbulentos


Cama<strong>da</strong> Limite<br />

Visualização <strong>da</strong> Formação de Cama<strong>da</strong> Limite Transicional sobre Esfera.


Cama<strong>da</strong> Limite<br />

Instabili<strong>da</strong>des em “Grampo de<br />

Cabelo”


Outros Tipos de Escoamento que<br />

Transicionam<br />

1. Convecção de Rayleigh-Bérnard<br />

2. Convecção de Marangoni<br />

3. Instabili<strong>da</strong>des de Taylor-Couette


Convecção de Rayleigh-Bérnard<br />

O número de Rayleigh é o parâmetro que determina a transição à turbulência<br />

neste tipo de escoamento.<br />

Ra =<br />

Número de Rayleigh =<br />

β g ∆θ<br />

d<br />

α ν<br />

Se o número de Rayleigh assume um valor superior a certo valor crítico, o<br />

processo de amplificação de perturbações tem início e assim se formam as<br />

chama<strong>da</strong>s instabili<strong>da</strong>des de Rayleigh-Bérnard.<br />

3


Convecção de Rayleigh - Bérnard<br />

Nas figuras a, b e c ao lado, mostra-se três<br />

diferentes configurações de escoamentos numa<br />

cama<strong>da</strong> horizontal relativas a três regimes<br />

diferentes.<br />

a. Ra=4,8x10 4 → Têm-se as células de Bérnard<br />

ain<strong>da</strong> bem organiza<strong>da</strong>s.<br />

b. Ra=1,3x10 5 → Desaparecem as células de<br />

Bérnard e o movimento parece um pouco mais<br />

desorganizado.<br />

c. Ra=1,7x10 5 → Transição à turbulência torna-se<br />

evidente


Convecção de Rayleigh-Bérnard<br />

Células de Bérnard


Convecção de Rayleigh-Bérnard


Convecção de Marangoni<br />

Ocorre no caso de um fluido sobre uma superfície plana, tendo uma superfície<br />

livre. Se há diferença de temperatura entre a placa ao fundo, e a superfície<br />

livre, movimentos convectivos se estabelecem. Na superfície livre há<br />

efeitos interfaciais. Da combinação destes efeitos formam-se na superfície<br />

do fluido células bem organiza<strong>da</strong>s chama<strong>da</strong>s células de Marangoni.


Convecção de Marangoni<br />

Traços de células Hexagonais Convectivas de Marangoni forma<strong>da</strong>s no<br />

solo de um lago após processo de secagem.


A Convecção Natural


A Convecção Natural


Instabili<strong>da</strong>des de Taylor-Couette<br />

Num escoamento de Couette, as forças centrífugas gera<strong>da</strong>s pela rotação<br />

levam à formação e manutenção <strong>da</strong>s chama<strong>da</strong>s instabili<strong>da</strong>des de Taylor-<br />

Couette. As instabili<strong>da</strong>des típicas do escoamanto sofrem amplificação e<br />

sobre estas surgem novos conjuntos de instabili<strong>da</strong>des, e assim por diante<br />

até a degeneração em um largo espectro de instabili<strong>da</strong>des característico<br />

<strong>da</strong> turbulência.


Instabili<strong>da</strong>des de Taylor-Couette<br />

Esquema ilustrativo do escoamento de Couette


Instabili<strong>da</strong>des de Taylor-Couette


Escoamentos Complexos<br />

Os escoamentos mais freqüentes, tanto na natureza quanto em aplicações<br />

práticas, são os escoamentos complexos que podem ser vistos como<br />

combinações dos escoamentos de base.<br />

Eles são uma composição de jatos, esteiras, cama<strong>da</strong>s de mistura, cama<strong>da</strong><br />

limite, descolamento, recolamento, efeitos de rotação, e interações diversas<br />

entre estes tipos de base.<br />

Um exemplo acadêmico deste tipo de escoamento é o caso <strong>da</strong> expansão<br />

brusca de um canal retangular.


Escoamentos Complexos<br />

O escoamento complexo que se dá sobre uma expansão brusca, como ocorre<br />

no escoamento sobre um degrau, é um exemplo acadêmico de<br />

escoamento complexo.<br />

(I) (II)<br />

(IV)<br />

(III)<br />

(V)<br />

(VII)<br />

(VI)


(I) (II)<br />

(IV)<br />

Escoamentos complexos<br />

Detalhamento do escoamento sobre expansão brusca.<br />

(III)<br />

(V)<br />

(VII)<br />

(VI)<br />

I. Escoamento tipo cama<strong>da</strong> limite sobre o<br />

degrau.<br />

II. Descolamento de cama<strong>da</strong> limite com<br />

surgimento de uma zona cisalhante.<br />

III. Formação de instabili<strong>da</strong>des do tipo Kelvin-<br />

Helmholtz que são transporta<strong>da</strong>s para uma<br />

região de recolamento <strong>da</strong> cama<strong>da</strong> limite.<br />

IV. Zona de recirculação.<br />

V. Ponto de choque <strong>da</strong>s estruturas turbilhonares<br />

com a parede inferior.<br />

VI. Zona de redesenvolvimento <strong>da</strong> cama<strong>da</strong> limite.<br />

VII. Região de escoamento mais estável que não<br />

pode ser considera<strong>da</strong> zona de escoamento<br />

potencial pela injeção de instabili<strong>da</strong>des<br />

intermitentes em seu interior.


Escoamentos Complexos<br />

Resultado de simulação bidimensional.


Escoamentos Complexos<br />

Resultado de simulação tridimensional.


Escoamentos Complexos<br />

Vista superior <strong>da</strong> simulação 3D visualizando escoamento logo após<br />

expansão brusca


Escoamentos Complexos<br />

Corte vertical sobre turbilhões longitudinais, plotagem de vetores para<br />

demonstração do campo de veloci<strong>da</strong>de.


Métodos de Estudo <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

1. Métodos Experimentais<br />

2. Métodos Teóricos


Métodos de Estudo <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

Métodos Experimentais:<br />

● anemometria a fio quente<br />

● anemometria a filme quente<br />

●anemometria a laser<br />

●anemometria por imagens rápi<strong>da</strong>s


Métodos de Estudo <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

Métodos Teóricos<br />

● Modelos Clássicos<br />

● Modelos Contemporâneos


Métodos de Estudo <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

Informação obti<strong>da</strong> utilizando-se:<br />

À esquer<strong>da</strong>: <strong>Modelagem</strong> Clássica <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

Àdireita: <strong>Modelagem</strong> Contemporânea <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

A <strong>Modelagem</strong> clássica não consegue captar detalhes do escoamento turbulento.


<strong>Modelagem</strong> <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

As equações do Movimento para um Escoamento Turbulento.<br />

O Tensor de Reynolds.


U<br />

<strong>Modelagem</strong> <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

O Conceito de Média de Reynolds<br />

u<br />

U<br />

U = U +<br />

u<br />

t<br />

Num escoamento turbulento qualquer<br />

parâmetro instantâneo é <strong>da</strong>do<br />

pela soma de um valor médio e<br />

uma flutuação. Para veloci<strong>da</strong>de:<br />

Valor instantâneo:<br />

Valor médio:<br />

Flutuação:<br />

u<br />

U<br />

U<br />

Obs: o valor médio de uma flutuação<br />

é zero:<br />

u<br />

= 0


<strong>Modelagem</strong> <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

Objetivo: deduzir as equações do movimento para um escoamento turbulento<br />

de acordo com o procedimento clássico de Reynolds (1895).<br />

Média temporal para turbulência estacionária:<br />

Média espacial para turbulência homogênea:<br />

Média sobre um grande número de experimentos:<br />

U<br />

U<br />

s<br />

t<br />

1<br />

2T<br />

T<br />

( x ) = U(<br />

x , t)dt<br />

0<br />

lim ∫ 0<br />

T →∞<br />

-T<br />

X<br />

( t ) = U(<br />

x,<br />

t )dx<br />

0<br />

U<br />

lim<br />

∫<br />

X →∞<br />

- X<br />

e<br />

( x ,<br />

t )<br />

0<br />

0<br />

=<br />

0<br />

∑<br />

N<br />

1<br />

U<br />

n<br />

N<br />

( x , t )<br />

0<br />

0<br />

=<br />

+ ∞<br />

∫ U<br />

−∞<br />

f<br />

( U ) dU


<strong>Modelagem</strong> <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

Hipótese Ergótica:<br />

Para turbulência estacionária e homogênea espera-se que os três processos de<br />

passagem de média levem ao mesmo resultado:<br />

U<br />

t<br />

s<br />

e<br />

( x ) =<br />

U ( t ) = U ( x ,t )<br />

0<br />

Na prática, contudo, a turbulência não é estacionária nem tão pouco homogênea e os<br />

intervalos de tempo escolhidos para cálculo de médias não podem ser infinitos por<br />

motivos práticos.<br />

0<br />

0<br />

0


<strong>Modelagem</strong> <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

Escolha de um intervalo de tempo para cálculo de médias.


.<br />

<strong>Modelagem</strong> <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

As Equações de Movimento.<br />

Proprie<strong>da</strong>des do Operador de Média.<br />

1.<br />

2.<br />

3.<br />

4.<br />

5.<br />

A =<br />

A<br />

A + B = A +<br />

B<br />

A B = A B,<br />

AB = AB<br />

+<br />

⎛ dA ⎞<br />

⎜ ⎟ =<br />

⎝ ds ⎠<br />

dA<br />

ds<br />

∫ A ds = ∫ A ds<br />

ab


<strong>Modelagem</strong> <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

As equações de movimento.


<strong>Modelagem</strong> <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

As Equações de Movimento.<br />

As Equações de Reynolds são um conjunto de equações para as<br />

quanti<strong>da</strong>des médias do escoamento, e elas podem ser obti<strong>da</strong>s<br />

diretamente <strong>da</strong>s equações de Navier-Stokes pela aplicação do operador<br />

Média Temporal.<br />

A obtenção <strong>da</strong>s equações de Reynolds consiste de dois passos básicos:<br />

1. As variáveis que aparecem nas equações de movimento são<br />

decompostas na soma de suas partes médias com suas partes<br />

flutuantes.<br />

2. É aplicado o operador de média temporal aos termos resultantes sobre<br />

um intervalo finito de tempo.


<strong>Modelagem</strong> <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

Equações de movimento.<br />

As grandezas físicas que caracterizam o campo de um escoamento são a veloci<strong>da</strong>de, a<br />

massa específica, a pressão e a temperatura. Essas grandezas podem ser<br />

decompostas na soma de seus de suas componentes médias e flutuantes como<br />

segue:<br />

1.<br />

2.<br />

U = U +<br />

i<br />

i<br />

P = P +<br />

u<br />

p<br />

3 . ρ = ρ + ~ ρ<br />

4.<br />

T = T +<br />

t<br />

i


<strong>Modelagem</strong> <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

Equações de Movimento - Continui<strong>da</strong>de<br />

A equação <strong>da</strong> continui<strong>da</strong>de para um escoamento incompressível pode ser escrita como:<br />

∂ρ<br />

∂ρU<br />

+<br />

∂t<br />

∂x<br />

Aplicando-se a esta equação o procedimento de média de Reynolds, obtêm-se:<br />

∂ρ<br />

∂<br />

+<br />

∂t<br />

∂x<br />

j<br />

j<br />

i<br />

= 0<br />

( ρU<br />

+ ~ ρu<br />

) = 0<br />

j<br />

j


<strong>Modelagem</strong> <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

Equações de Movimento: Quanti<strong>da</strong>de de movimento.<br />

A equação <strong>da</strong> conservação <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong>de de movimento para um escoamento<br />

compressível é <strong>da</strong><strong>da</strong> por:<br />

( ρU<br />

)<br />

∂<br />

∂t<br />

i<br />

∂<br />

+<br />

∂x<br />

j<br />

( ρU<br />

U )<br />

j<br />

i<br />

∂P<br />

∂ ⎛ U U ⎞<br />

i<br />

j ∂U<br />

j<br />

f<br />

⎜<br />

∂ ∂<br />

⎟<br />

2<br />

= ρ + + µ<br />

−<br />

x x ⎜<br />

+<br />

x x ⎟<br />

µ<br />

∂ ∂<br />

∂x<br />

i<br />

j ⎝ ∂ ∂ j<br />

i ⎠ 3 j<br />

Aplicando-se a esta equação o conceito de média de Reynolds, obtêm-se:<br />

∂U<br />

ρ<br />

∂t<br />

i<br />

+ ρU<br />

⎡ ∂<br />

− ~<br />

u<br />

⎢ρ<br />

⎣ ∂t<br />

j<br />

∂U<br />

∂x<br />

i<br />

j<br />

i<br />

∂P<br />

∂ ⎛ ∂<br />

⎜<br />

∂U<br />

U<br />

i<br />

= ρ f − + µ<br />

⎜<br />

+<br />

∂x<br />

∂x<br />

⎝ ∂x<br />

∂x<br />

i<br />

j j<br />

i<br />

+ ρ u<br />

j<br />

∂u<br />

∂x<br />

i<br />

j<br />

+ U<br />

j<br />

~ ∂u<br />

ρ<br />

∂x<br />

j<br />

+ ~ ρ u<br />

j<br />

j<br />

∂U<br />

∂x<br />

j<br />

i<br />

⎞<br />

⎟<br />

2 ∂<br />

⎟<br />

− µ<br />

⎠ 3 ∂x<br />

+ ~ ρ u<br />

j<br />

i<br />

∂u<br />

∂x<br />

⎛ ∂U<br />

⎜<br />

⎝ ∂x<br />

i<br />

j<br />

⎤<br />

⎥<br />

⎦<br />

j<br />

j<br />

⎞<br />

⎟<br />

+<br />


τ<br />

ji<br />

=<br />

<strong>Modelagem</strong> <strong>da</strong> turbulência<br />

u u i j<br />

O Tensor de Reynolds<br />

=<br />

−<br />

ρ<br />

⎡<br />

⎢<br />

⎢<br />

⎢<br />

⎣<br />

u<br />

2<br />

vu<br />

wu<br />

uv<br />

v<br />

2<br />

wv<br />

uw⎤<br />

⎥<br />

vw⎥<br />

w<br />

2 ⎥<br />


<strong>Modelagem</strong> <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

O tensor de Reynolds resulta do procedimento de toma<strong>da</strong> <strong>da</strong> média no tempo<br />

que faz surgir as correlações envolvendo flutuações de veloci<strong>da</strong>de que são<br />

as componentes deste tensor e que representam tensões turbulentas.<br />

Os elementos <strong>da</strong> diagonal principal do tensor de Reynolds representam<br />

componentes de tensão normal, e os demais termos, tensões de cisalhamento.<br />

Essas tensões são soma<strong>da</strong>s ao termo viscoso <strong>da</strong>s equações de Navier-Stokes<br />

e tem influência semelhante sobre o escoamento.


<strong>Modelagem</strong> <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

<strong>Modelagem</strong> do Tensor de Reynolds<br />

Do procedimento <strong>da</strong> passagem de média, o único termo relativo à turbulência que<br />

permanece é o tensor de Reynolds, uiu<br />

j .<br />

que é um termo desconhecido que deve ser modelado.<br />

O método escolhido para tal modelagem deve equacionar este tensor de maneira a<br />

prever de forma adequa<strong>da</strong> o maior número possível de situações de escoamento.<br />

Há duas metodologias básicas para essa modelagem:<br />

1.utilizando-se o conceito de viscosi<strong>da</strong>de turbulenta.<br />

2.introduzindo-se equações de transporte para o tensor de Reynolds.


<strong>Modelagem</strong> <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

<strong>Modelagem</strong> do Tensor de Reynolds usando a Viscosi<strong>da</strong>de Turbulenta<br />

Viscosi<strong>da</strong>de Turbulenta<br />

Boussinesq, em 1877, propôs que os processos de<br />

transferência de quanti<strong>da</strong>de de movimento molecular e turbulento<br />

se dão de maneira análoga.<br />

A tensão turbulenta estaria relaciona<strong>da</strong> ao gradiente local de<br />

veloci<strong>da</strong>des através de uma viscosi<strong>da</strong>de associa<strong>da</strong> às<br />

características do fluido, às características do escoamento e à<br />

geometria do problema:<br />

τ<br />

→<br />

t<br />

µ → Visc<br />

t<br />

dU<br />

Tensão<br />

dy<br />

→<br />

τ = µ<br />

t<br />

Turbulenta<br />

Gradiente<br />

t<br />

Turbulenta<br />

dU<br />

dy<br />

de Veloci<strong>da</strong>de<br />

Média<br />

Assim, a viscosi<strong>da</strong>de turbulenta deveria embutir em<br />

suadefinição parâmetros que bem caracterizassem a<br />

turbulência através <strong>da</strong> representação do fluido, do<br />

escoamento médio e <strong>da</strong> geometria envolvi<strong>da</strong>.


<strong>Modelagem</strong> <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

<strong>Modelagem</strong> do tensor de Reynolds usando o conceito de Viscosi<strong>da</strong>de<br />

Turbulenta<br />

Forma Generaliza<strong>da</strong> <strong>da</strong> Hipótese de Boussinesq<br />

Segundo Komolgorov (1942), o tensor de Reynolds pode ser avaliado conforme a<br />

equação seguinte:<br />

Onde:<br />

δ → é o delta de Kronecker<br />

ij<br />

⎛ U U ⎞<br />

i<br />

j<br />

u u µ ⎜<br />

∂ ∂ 2<br />

− =<br />

⎟ − δ k<br />

i j t ⎜<br />

+<br />

ij<br />

x x ⎟<br />

⎝ ∂ ∂ 3<br />

j<br />

i ⎠<br />

k → é a energia cinética <strong>da</strong>s flutuações de veloci<strong>da</strong>de<br />

⎛ U U ⎞ j ⎜<br />

∂ ∂ i µ<br />

⎟ representa tensões cisalhantes<br />

de Reynolds<br />

t ⎜<br />

+<br />

x x ⎟<br />

→<br />

⎝ ∂ ∂ j<br />

i ⎠<br />

2<br />

− δ k → representa tensões normais de Reynolds<br />

ij<br />

3


<strong>Modelagem</strong> <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

<strong>Modelagem</strong> do Tensor de Reynolds usando o conceito de Viscosi<strong>da</strong>de<br />

Turbulenta<br />

Forma Generaliza<strong>da</strong> <strong>da</strong> Hipótese de Boussinesq<br />

A equação de conservação de Q. M. de Reynolds para escoamento<br />

incompressível é <strong>da</strong><strong>da</strong> por:<br />

∂U<br />

∂U<br />

2<br />

i<br />

i<br />

i<br />

ρ + ρU<br />

j = ρ f − + µ 2<br />

∂t<br />

∂x<br />

∂x<br />

∂x<br />

j<br />

i<br />

j<br />

∂ui<br />

u<br />

− ρ<br />

∂x<br />

Levando a esta equação a hipótese generaliza<strong>da</strong> de Boussinesq:<br />

∂U<br />

ρ<br />

∂x<br />

j<br />

i<br />

+ ρU<br />

j<br />

∂U<br />

∂x<br />

j<br />

i<br />

∂<br />

= ρ f −<br />

∂P<br />

( P + 3<br />

2k<br />

)<br />

∂x<br />

i<br />

∂<br />

U<br />

∂<br />

+<br />

∂x<br />

j<br />

⎡<br />

⎢<br />

⎢⎣<br />

( µ + µ )<br />

t<br />

j<br />

j<br />

⎛<br />

⎜<br />

∂U<br />

⎜<br />

⎝ ∂x<br />

j<br />

i<br />

∂U<br />

+<br />

∂x<br />

i<br />

j<br />

⎞⎤<br />

⎟<br />

⎥<br />

⎠⎥⎦


<strong>Modelagem</strong> <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

<strong>Modelagem</strong> do Tensor de Reynolds usando o Conceito de Viscosi<strong>da</strong>de<br />

Turbulenta<br />

Os modelos seguintes são exemplos de modelos baseados no conceito de<br />

viscosi<strong>da</strong>de turbulenta:<br />

1.Modelo Algébrico do Comprimento de Mistura<br />

2.Modelo a uma Equação<br />

3.Modelo a Duas Equações Modelo K – ε<br />

Modelo K – ε RNG


<strong>Modelagem</strong> <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

<strong>Modelagem</strong> do Tensor de Reynolds usando o conceito de Viscosi<strong>da</strong>de<br />

Turbulenta<br />

O Modelo K – ε<br />

O modelo K-ε é um modelo a duas equações baseado no conceito de viscosi<strong>da</strong>de<br />

turbulenta.<br />

A viscosi<strong>da</strong>de turbulenta que é introduzi<strong>da</strong> no escoamento é um termo desconhecido que<br />

precisa se modelado matematicamente. Essa viscosi<strong>da</strong>de pode ser escrita como uma<br />

função de K e de ε, respectivamente, energia cinética turbulenta e dissipação viscosa<br />

<strong>da</strong> energia cinética turbulenta.<br />

c<br />

ν t µ =<br />

Onde c µ é uma constante e, k e ε são calculados através de equações de transporte.<br />

2<br />

k<br />

ε


<strong>Modelagem</strong> <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

<strong>Modelagem</strong> do Tensor de Reynolds usando o conceito de Viscosi<strong>da</strong>de<br />

Turbulenta<br />

Equações do Modelo k – ε<br />

•Vis.<br />

ν<br />

= c<br />

•<br />

t<br />

∂k<br />

∂<br />

+<br />

∂t<br />

∂x<br />

•Taxa<br />

∂ε<br />

∂<br />

+<br />

∂t<br />

∂x<br />

C<br />

Cinemática Turbulenta<br />

k<br />

Energia Cinética Turbulenta<br />

( U j k)<br />

de DissipaçãoViscosa<br />

( U j ε )<br />

• Fechamento :<br />

ε 1<br />

=<br />

µ<br />

j<br />

j<br />

ε<br />

1,<br />

44<br />

2<br />

C<br />

= −u<br />

u<br />

= −C<br />

ε 2<br />

=<br />

i<br />

ε 1<br />

j<br />

1,<br />

92<br />

∂U<br />

∂x<br />

i<br />

j<br />

ε<br />

uiu<br />

j<br />

k<br />

C<br />

:<br />

:<br />

∂<br />

+<br />

∂x<br />

µ<br />

j<br />

Específica :<br />

=<br />

∂U<br />

∂x<br />

⎡⎛<br />

ν t ⎞<br />

⎢⎜ν<br />

+ ⎟<br />

⎢⎣<br />

⎝ σ k ⎠<br />

i<br />

j<br />

0,<br />

09<br />

− C<br />

ε 2<br />

σ<br />

k<br />

=<br />

∂k<br />

⎤<br />

⎥ − ε<br />

∂x<br />

j ⎥⎦<br />

2<br />

ε ∂<br />

+<br />

k ∂x<br />

1,<br />

0<br />

j<br />

σ<br />

ε<br />

⎡⎛<br />

ν t ⎞ ∂ε<br />

⎤<br />

⎢⎜ν<br />

+ ⎟ ⎥<br />

⎣⎝<br />

σ ε ⎠ ∂x<br />

j ⎦<br />

=<br />

1,<br />

3


<strong>Modelagem</strong> <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

<strong>Modelagem</strong> do Tensor de Reynolds usando o conceito de Viscosi<strong>da</strong>de<br />

Turbulenta<br />

Modelo K – ε RNG<br />

Este modelo tem exatamente a mesma formulação do Modelo k – ε<br />

A menos do cálculo <strong>da</strong> constante Cε2 que deixa de ser uma constante e passa a ser uma<br />

função <strong>da</strong> taxa de deformação média:<br />

C<br />

ε 1<br />

=<br />

1,<br />

42<br />

C<br />

~<br />

C<br />

ε 2<br />

=<br />

~<br />

C<br />

ε 2<br />

+<br />

C<br />

λ<br />

( 1 − λ λ )<br />

O restante do fechamento fica:<br />

ε 2<br />

=<br />

β = 0,012<br />

1,<br />

68<br />

0<br />

C<br />

µ<br />

=<br />

µ<br />

λ = 4,<br />

38<br />

0,<br />

085<br />

3<br />

1 + β λ<br />

k<br />

λ =<br />

ε<br />

3<br />

0<br />

σ k = 0,<br />

72 σ ε<br />

( 2 S S )<br />

ij<br />

ij<br />

=<br />

0,<br />

72


<strong>Modelagem</strong> <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

<strong>Modelagem</strong> do Tensor de Reynolds - Equação de Transporte para os<br />

Elementos do Tensor de Reynolds<br />

Pode-se usar a própria equação de Navier-Stokes para se obter equações de<br />

transporte que descrevam o comportamento dos elementos do Tensor de<br />

Reynolds.<br />

Este procedimento se faz em quatro passos:<br />

1.Multiplica-se a equação do movimento médio por<br />

2.Aplica-se o operador de média na equação obti<strong>da</strong> do passo 1.<br />

3.Soma-se a esta equação uma outra idêntica a ela, mas com os índices “i” e “j”<br />

trocados.<br />

4.À equação resultante leva-se a equação <strong>da</strong> continui<strong>da</strong>de.<br />

u<br />

j<br />

.


<strong>Modelagem</strong> <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

<strong>Modelagem</strong> do Tensor de Reynolds – Equação de Transporte para os<br />

elementos do tensor de Reynolds.<br />

⎥<br />

⎥<br />

⎦<br />

⎤<br />

⎢<br />

⎢<br />

⎣<br />

⎡<br />

⎟<br />

⎟<br />

⎠<br />

⎞<br />

⎜<br />

⎜<br />

⎝<br />

⎛<br />

∂<br />

∂<br />

∂<br />

∂<br />

+<br />

∂<br />

∂<br />

∂<br />

∂<br />

−<br />

∂<br />

∂<br />

∂<br />

∂<br />

−<br />

+<br />

⎟<br />

⎟<br />

⎠<br />

⎞<br />

⎜<br />

⎜<br />

⎝<br />

⎛<br />

∂<br />

∂<br />

−<br />

∂<br />

∂<br />

−<br />

∂<br />

∂<br />

−<br />

+<br />

+<br />

∂<br />

∂<br />

−<br />

+<br />

⎟<br />

⎟<br />

⎠<br />

⎞<br />

⎜<br />

⎜<br />

⎝<br />

⎛<br />

∂<br />

∂<br />

+<br />

∂<br />

∂<br />

+<br />

⎟<br />

⎟<br />

⎠<br />

⎞<br />

⎜<br />

⎜<br />

⎝<br />

⎛<br />

∂<br />

∂<br />

+<br />

∂<br />

∂<br />

−<br />

=<br />

∂<br />

∂<br />

+<br />

∂<br />

∂<br />

j<br />

k<br />

k<br />

i<br />

i<br />

k<br />

k<br />

j<br />

k<br />

j<br />

k<br />

i<br />

j<br />

k<br />

i<br />

i<br />

k<br />

j<br />

k<br />

j<br />

i<br />

jk<br />

i<br />

ik<br />

j<br />

k<br />

j<br />

i<br />

k<br />

i<br />

j<br />

j<br />

i<br />

k<br />

i<br />

k<br />

j<br />

k<br />

j<br />

j<br />

i<br />

k<br />

j<br />

i<br />

k<br />

j<br />

i<br />

x<br />

u<br />

x<br />

u<br />

x<br />

u<br />

x<br />

u<br />

x<br />

u<br />

x<br />

u<br />

x<br />

u<br />

u<br />

x<br />

u<br />

u<br />

x<br />

u<br />

u<br />

pu<br />

pu<br />

u<br />

u<br />

u<br />

x<br />

x<br />

u<br />

x<br />

u<br />

p<br />

x<br />

U<br />

u<br />

u<br />

x<br />

U<br />

u<br />

u<br />

x<br />

u<br />

u<br />

U<br />

t<br />

u<br />

u<br />

ν<br />

ν<br />

ν<br />

ν<br />

δ<br />

ρ<br />

δ<br />

ρ<br />

ρ<br />

2


<strong>Modelagem</strong> <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

<strong>Modelagem</strong> do Tensor de Reynolds – Equação de Transporte para os<br />

elementos do Tensor de Reynolds<br />

A equação de transporte para os elementos do tensor de Reynolds pode ser reescrita<br />

como:<br />

D<br />

Dt<br />

u<br />

i<br />

u<br />

j<br />

=<br />

P<br />

ij<br />

+ φ + D −<br />

ij<br />

ij<br />

ε<br />

ij


<strong>Modelagem</strong> <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

<strong>Modelagem</strong> do Tensor de Reynolds – Equação de Transporte para os<br />

elementos do Tensor de Reynolds<br />

Onde:<br />

médio<br />

escoamento<br />

do<br />

ação<br />

pela<br />

u<br />

u<br />

de<br />

criação<br />

de<br />

taxa<br />

x<br />

U<br />

u<br />

u<br />

x<br />

U<br />

u<br />

u<br />

P j<br />

i<br />

k<br />

i<br />

k<br />

j<br />

k<br />

j<br />

j<br />

i<br />

ij<br />

→<br />

⎟<br />

⎟<br />

⎠<br />

⎞<br />

⎜<br />

⎜<br />

⎝<br />

⎛<br />

∂<br />

∂<br />

+<br />

∂<br />

∂<br />

−<br />

=<br />

•<br />

Normal<br />

Tensão<br />

de<br />

s<br />

componente<br />

os<br />

entre<br />

Energia<br />

de<br />

ão<br />

distribuiç<br />

x<br />

u<br />

x<br />

u<br />

p<br />

i<br />

j<br />

j<br />

i<br />

ij<br />

Re<br />

→<br />

⎟<br />

⎟<br />

⎠<br />

⎞<br />

⎜<br />

⎜<br />

⎝<br />

⎛<br />

∂<br />

∂<br />

+<br />

∂<br />

∂<br />

=<br />

•<br />

ρ<br />

φ<br />

difusivo<br />

efeito<br />

por<br />

turbulenta<br />

tensão<br />

<strong>da</strong><br />

espacial<br />

ão<br />

distribuiç<br />

x<br />

u<br />

u<br />

x<br />

u<br />

u<br />

x<br />

u<br />

u<br />

pu<br />

pu<br />

u<br />

u<br />

u<br />

x<br />

D<br />

j<br />

k<br />

i<br />

i<br />

k<br />

j<br />

k<br />

j<br />

i<br />

jk<br />

i<br />

ik<br />

j<br />

k<br />

j<br />

i<br />

k<br />

ij<br />

Re<br />

↓<br />

⎟<br />

⎟<br />

⎠<br />

⎞<br />

⎜<br />

⎜<br />

⎝<br />

⎛<br />

∂<br />

∂<br />

−<br />

∂<br />

∂<br />

−<br />

∂<br />

∂<br />

−<br />

+<br />

+<br />

∂<br />

∂<br />

−<br />

=<br />

• ν<br />

ν<br />

ν<br />

δ<br />

ρ<br />

δ<br />

ρ<br />

viscosos<br />

efeitos<br />

por<br />

u<br />

u<br />

de<br />

destruição<br />

x<br />

u<br />

x<br />

u<br />

x<br />

u<br />

x<br />

u<br />

x<br />

u<br />

x<br />

u<br />

j<br />

i<br />

j<br />

k<br />

k<br />

i<br />

i<br />

k<br />

k<br />

j<br />

k<br />

j<br />

k<br />

i<br />

ij<br />

→<br />

⎥<br />

⎥<br />

⎦<br />

⎤<br />

⎢<br />

⎢<br />

⎣<br />

⎡<br />

⎟<br />

⎟<br />

⎠<br />

⎞<br />

⎜<br />

⎜<br />

⎝<br />

⎛<br />

∂<br />

∂<br />

∂<br />

∂<br />

+<br />

∂<br />

∂<br />

∂<br />

∂<br />

−<br />

∂<br />

∂<br />

∂<br />

∂<br />

−<br />

=<br />

• ν<br />

ε 2<br />

j<br />

i<br />

k<br />

j<br />

i<br />

k<br />

j<br />

i<br />

j<br />

i<br />

u<br />

u<br />

de<br />

conectivo<br />

transporte<br />

o<br />

e<br />

local<br />

variação<br />

de<br />

taxa<br />

a<br />

representa<br />

x<br />

u<br />

u<br />

U<br />

t<br />

u<br />

u<br />

u<br />

u<br />

Dt<br />

D<br />

→<br />

∂<br />

∂<br />

+<br />

∂<br />

∂<br />

=<br />


<strong>Modelagem</strong> <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

<strong>Modelagem</strong> do Tensor de Reynolds – Equação de Transporte para os<br />

Elementos do Tensor de Reynolds<br />

Os termos P ij e ε ij se contrabalançam. To<strong>da</strong> energia retira<strong>da</strong> do escoamento<br />

médio pelo campo turbulento , será destruí<strong>da</strong> pelo termo ε ij. impedindo que<br />

a turbulência cresça de forma ilimita<strong>da</strong>.<br />

Os termo Φ ij , D ij e ε ij devem ser modelados. Essa modelagem deve seguir a<br />

certos critérios como garantir que o caráter matemático do modelo seja<br />

fiel ao caráter matemático <strong>da</strong>s equações que o originaram.<br />

A modelagem dos termos Φ ij , D ij e ε ij ; pode ser simplifica<strong>da</strong> pelo uso de duas<br />

hipóteses chama<strong>da</strong>s “Hipóteses de Altos Números de Reynolds”,<br />

segundo as quais:<br />

1. As grandes escalas são as reais responsáveis pelo transporte de Q. M. e<br />

pelo transporte de escalares. Essas grandes escalas não são afeta<strong>da</strong>s<br />

pela viscosi<strong>da</strong>de do fluido.<br />

2. As menores escalas são as responsáveis pela dissipação viscosa de<br />

energia. Estas menores escalas não tomam conhecimento do<br />

escoamento médio.


<strong>Modelagem</strong> <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong><br />

<strong>Modelagem</strong> do Tensor de Reynolds – Equação de transporte para os<br />

elementos do Tensor de Reynolds<br />

Pode-se deduzir uma equação para a energia cinética turbulenta, k, diretamente<br />

<strong>da</strong> equação de transporte dos elementos do tensor de Reynolds:<br />

Onde :<br />

Fazendo-se:<br />

• i =<br />

j<br />

• k′<br />

=<br />

Dk<br />

ρ = −ρ<br />

uiu<br />

Dt<br />

j<br />

2 2 2<br />

( u + v + w ) 2<br />

∂Ui<br />

∂x<br />

j<br />

−<br />

∂<br />

∂x<br />

j<br />

( u 2)<br />

k =<br />

iu<br />

i<br />

( ρ k′<br />

u + pu)<br />

j<br />

j<br />

2<br />

∂ k<br />

+ µ<br />

∂x<br />

∂x<br />

j<br />

i<br />

⎛∂u<br />

⎞<br />

⎜ i −µ<br />

⎟<br />

⎜ ⎟<br />

⎝∂x<br />

j ⎠<br />

2


Referências Bibliográficas<br />

Jones, W. P., Launder, B. E. The predction of laminarization with a two -<br />

equation model of turbulence. Int. J. Heat Mass Transfer, v. 15, 1972,<br />

p. 301.<br />

Jones, W. P., Launder, B. E. The calculation of low-Reynolds –number<br />

phenomena with a two-equation model of turbulence. Int. J. Heat Mass<br />

Transfer, v.16, 1973, p.1119-1130.<br />

Launder, B. E., Spalding, D.B. The numerical computation of turbulent<br />

flows. Comp. Meths. Appl. Mech. Engng. V. 3, 1974, p. 269-289.<br />

Deschamps, C. J., Modelos Algébricos e Diferenciais, em <strong>Turbulência</strong>,<br />

eds.A. P. Silva-Freire, P. P. M. Menut e J. Su, ABCM – Associação<br />

Brasileira de Ciências Mecânicas. Br, 2002.


Referências Bibliográficas<br />

Silva-Freire, A. P., Cruz, D. O. A., Equações do Movimento e Resultados<br />

Assintóticos Aplicados à Teoria de Cama<strong>da</strong> Limite, em <strong>Turbulência</strong>,<br />

eds.A. P. Silva-Freire, P. P. M. Menut e J. Su, ABCM – Associação<br />

Brasileira de Ciências Mecânicas. Br, 2002.<br />

Silveira-Neto, A., Fun<strong>da</strong>mentos <strong>da</strong> <strong>Turbulência</strong> nos Fluidos, em<br />

<strong>Turbulência</strong>, eds.A. P. Silva-Freire, P. P. M. Menut e J. Su, ABCM –<br />

Associação Brasileira de Ciências Mecânicas. Br, 2002.<br />

Silveira-Neto, A. <strong>Turbulência</strong> nos Fluidos Aplica<strong>da</strong>. Curso <strong>Turbulência</strong>-<br />

Palestra. São Paulo, 2006.<br />

Tennekes, H., Lumley, J. L. A first course in turbulence. MIT Press, 1999,<br />

300 p.

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