Inovações tecnológicas nas pesquisas e médias empresas industriais

Nesse quadro, como o processo de globalização, isto é, a economia do
conhecimento, o novo modo de organização da produção capitalista interfere na
definição de estratégias das empresas privadas, especialmente estratégias de
qualidade, produtividade, competitividade e de inovação tecnológica? O que está em
jogo é a competitivade, ou seja, a participação no mercado nacional e internacional
(PORTER, 1992).
Utilizando estudo desenvolvido por Oman (1992, p.162-63), pode-se entender
globalização como o movimento acelerado por meio das barreiras nacionais e
regionais de bens econômicos que incluem pessoa, produtos e capital. É um
movimento centrífugo impulsionado por estratégias de agentes econômicos
individuais; empresas, bancos, que podem ter suas ações facilitadas ou dificultadas
por decisões do governo, mediante a desregulamentação financeira, redução das
barreiras comerciais, ou por desenvolvimento das tecnologias de comunicação,
informática, transportes que, alcançando padrões novos de eficiência, reduzem os
tempos entre as distâncias geográficas. Conforme figura 1 pode-se constatar que
globalização e regionalismo fazem parte do mesmo fenômeno capitalista. Os capitais
nascem locais, inovam para atender às necessidades dos consumidores locais. À
medida que se tornam eficientes vão crescendo, necessitam de mercados
ampliados, então o capital se globaliza e se mundializa.
O mesmo capital que se globaliza é atraído pelos diferentes blocos, países,
regiões. E ao se localizar em um novo espaço local de produção se reproduz com
um novo padrão de competição. E entre a migração do local original de acumulação
do capital (Centro) e o novo espaço de produção (região ou periferia) se estabelece
uma competição localizacional do capital visando atraí-lo para que contribua com o
desenvolvimento econômico e social do local.
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