12.04.2013 Views

actividades - Agrupamento de Escolas de Caldas de Vizela

actividades - Agrupamento de Escolas de Caldas de Vizela

actividades - Agrupamento de Escolas de Caldas de Vizela

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

10 REFLEXOS - Março 2008 <strong>activida<strong>de</strong>s</strong><br />

Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água para<br />

consumo<br />

Parâmetros microbiológicos<br />

As águas <strong>de</strong>stinadas ao consumo humano (por exemplo, para beber ou<br />

para utilizar na produção, lavagem ou mesmo na cozedura <strong>de</strong> alimentos) estão<br />

muitas vezes sujeitas a contaminação, directa ou indirecta, por águas <strong>de</strong> esgotos<br />

ou por excrementos provenientes <strong>de</strong> outra origem (por exemplo, <strong>de</strong> animais).<br />

A qualida<strong>de</strong> da água superficial é muito mais vulnerável a contaminações<br />

provocadas pelas diversas <strong>activida<strong>de</strong>s</strong> humanas e o seu tratamento é, geralmente,<br />

bastante dispendioso. No caso da água subterrânea, a vulnerabilida<strong>de</strong> é menor,<br />

mas a sua qualida<strong>de</strong> também po<strong>de</strong> ser facilmente afectada por contaminantes<br />

provenientes <strong>de</strong> inúmeras fontes. Neste caso, a remoção dos contaminantes po<strong>de</strong><br />

ser extremamente complicada, po<strong>de</strong>ndo tornar-se numa situação irreversível.<br />

A contaminação causada por bactérias po<strong>de</strong> ser proveniente ou <strong>de</strong><br />

<strong>activida<strong>de</strong>s</strong> industriais, que produzem, geralmente, gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

bactérias, mas em que apenas algumas espécies são patogénicas, ou resultante<br />

<strong>de</strong> resíduos urbanos, em que se regista uma enorme varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies<br />

patogénicas. Em muitos casos, o problema da contaminação bacteriológica<br />

resulta do mau estado das captações. Há outras situações, em que as captações<br />

não estão <strong>de</strong>vidamente seladas, não sendo possível evitar a entrada das águas<br />

<strong>de</strong> escorrência. Também <strong>de</strong>vem ser mencionadas situações <strong>de</strong> captações muito<br />

próximas <strong>de</strong> fossas sépticas (câmaras subterrâneas on<strong>de</strong> se acumula a água<br />

residual doméstica, cujo conteúdo é digerido por bactérias aeróbias e anaeróbias<br />

e da qual resultam efluentes que nem sempre são dirigidos a uma re<strong>de</strong>), que<br />

facilitam a contaminação das águas subterrâneas por águas residuais.<br />

A presença nas águas <strong>de</strong> microrganismos patogénicos, provenientes <strong>de</strong><br />

matérias fecais, po<strong>de</strong> originar uma série <strong>de</strong> doenças infecciosas causadas por<br />

bactérias, protozoários ou vírus, representando um risco para a saú<strong>de</strong> humana.<br />

Esta é a principal causa da ocorrência <strong>de</strong> epi<strong>de</strong>mias, principalmente em países<br />

on<strong>de</strong> as infra-estruturas, os cuidados sanitários e os cuidados <strong>de</strong> higiene pessoal<br />

são insuficientes ou inexistentes.<br />

Para proteger e salvaguardar a qualida<strong>de</strong> da água e, por conseguinte, a<br />

Saú<strong>de</strong> Pública, é essencial realizar quer a purificação das águas brutas <strong>de</strong>stinadas<br />

Sabia que?<br />

Um céu vermelho intenso ao anoitecer po<strong>de</strong>rá significar chuva ao<br />

amanhecer?<br />

Antes das migrações, as aves alimentam-se bem, armazenando<br />

reservas para as longas viagens por <strong>de</strong>sertos e oceanos. Muitas<br />

espécies pequenas, como o pássaro canoro duplicam <strong>de</strong> peso antes <strong>de</strong><br />

partirem. A gaivina–do-árctico viaja perto <strong>de</strong> 35000 km todos os anos.<br />

No Árctico, frio e branco, o sol origina os mais extraordinários espectáculos.<br />

Forma-se um arco-íris branco (<strong>de</strong> gelo) quando a luz<br />

do sol atravessa cristais <strong>de</strong> gelo em queda.<br />

Des<strong>de</strong> tempos imemoriais existe a superstição <strong>de</strong> que ao avistarse<br />

uma estrela ca<strong>de</strong>nte se <strong>de</strong>ve formular um <strong>de</strong>sejo e é quase certo que<br />

este se concretize. Aqui fica a sugestão, observe e <strong>de</strong>sfrute da beleza da<br />

noite e se avistar uma estrela-ca<strong>de</strong>nte, não hesite: formule o seu <strong>de</strong>sejo!<br />

A o a t i n g i r e m a C a m a d a d e<br />

Ozono, os CFC`s levam cerca <strong>de</strong> 100 anos<br />

a <strong>de</strong>compor-se e a tornar-se inofensivos.<br />

Clube Descoberta<br />

A Suécia tem à volta <strong>de</strong> 4 000 lagos<br />

virtualmente <strong>de</strong>sprovidos <strong>de</strong> peixe enquanto<br />

outros 20 000 estão a seguir o mesmo caminho<br />

r a p i d a m e n t e .<br />

A s c h u v a s<br />

ácidas são as causadoras <strong>de</strong>sta situação.<br />

Po<strong>de</strong>s ajudar a reduzir a produção <strong>de</strong><br />

dióxido <strong>de</strong> enxofre proveniente das centrais<br />

eléctricas, diminuindo os teus gastos <strong>de</strong><br />

electricida<strong>de</strong>. E, se evitares as viagens <strong>de</strong><br />

carro <strong>de</strong>snecessárias po<strong>de</strong>s ajudar a reduzir<br />

a poluição provocada pelo dióxido <strong>de</strong> azoto.<br />

ao consumo humano quer o<br />

tratamento das águas residuais<br />

contidas em esgotos, antes da<br />

sua <strong>de</strong>volução ao ciclo natural<br />

da água. Para ser a<strong>de</strong>quada<br />

para o consumo humano, a água <strong>de</strong>ve respeitar um número elevado <strong>de</strong> exigências<br />

sensoriais, químicas e biológicas. Na avaliação da qualida<strong>de</strong> da água, recorrese<br />

pois a um número diversificado <strong>de</strong> técnicas analíticas, químicas, físicas e<br />

microbiológicas, que se encontram regulamentadas e publicadas em Diário da<br />

República.<br />

A análise bacteriológica da água, é um exame que i<strong>de</strong>ntifica e quantifica<br />

as bactérias eventualmente existentes numa água, isto é, constitui um tipo <strong>de</strong><br />

análise que fornece indicações relativas à potabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma água, sob o<br />

ponto <strong>de</strong> vista bacteriológico. O factor <strong>de</strong>terminante neste tipo <strong>de</strong> exames, é a<br />

<strong>de</strong>tecção conjunta <strong>de</strong> bactérias coliformes não-fecais e <strong>de</strong> bactérias coliformes<br />

fecais. Assim, a presença <strong>de</strong> bactérias coliformes fecais ou Escherichia coli<br />

(existentes no trato intestinal dos animais <strong>de</strong> sangue quente) em amostras <strong>de</strong><br />

água, disponibiliza inequívocas informações sobre a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma água,<br />

permitindo avaliar a existência <strong>de</strong> riscos para a infecção humana, ou seja, este<br />

tipo <strong>de</strong> coliformes não <strong>de</strong>verá existir nas águas potáveis, por serem indicadores da<br />

potencial presença <strong>de</strong> bactérias patogénicas. Por sua vez, a presença <strong>de</strong> bactérias<br />

coliformes não-fecais, numa amostra <strong>de</strong> água, po<strong>de</strong> ser mais difícil <strong>de</strong> interpretar<br />

uma vez que algumas bactérias coliformes habitam no solo e na superfície da<br />

água e nem sempre têm origem intestinal. A presença <strong>de</strong>stas bactérias não indica<br />

contaminação fecal mas <strong>de</strong>ficiência no tratamento ou na distribuição da água.<br />

O conjunto dos coliformes fecais e não-fecais (coliformes totais), presentes<br />

numa <strong>de</strong>terminada amostra <strong>de</strong> água, constitui, assim, um fundamental parâmetro<br />

indicador da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma água ao nível microbiológico.<br />

Existem diversas técnicas para a <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> microrganismos na água,<br />

dos quais só algumas são, efectivamente, certificadas e realizadas em laboratórios<br />

creditados. O procedimento experimental que se <strong>de</strong>screve em seguida, visa<br />

exemplificar um procedimento para a pesquisa e enumeração <strong>de</strong> bactérias coliformes<br />

(fecais e não-fecais), numa amostra <strong>de</strong> água, salientando-se o seu carácter<br />

fundamentalmente semi-quantitativo, didáctico e pedagógico.<br />

Método utilizado:<br />

Coliscan Easygel EZ<br />

Princípios básicos do método:<br />

Para que certos microrganismos possam fermentar a lactose, é necessário que eles<br />

produzam <strong>de</strong>terminados enzimas que, ao serem i<strong>de</strong>ntificados, po<strong>de</strong>m ser usados<br />

quer para a verificação da existência <strong>de</strong> coliformes quer para a <strong>de</strong> Escherichia<br />

coli. O método usado, utiliza um substrato que reage distintamente à acção <strong>de</strong><br />

dois tipos <strong>de</strong> enzimas, produzindo pigmentos <strong>de</strong> diferentes cores. Assim, enquanto<br />

o crescimento das colónias associadas aos coliformes produzem uma cor<br />

rosa, o crescimento das colónias associadas a Escherichia coli produzem uma<br />

cor azul-violeta. A contagem das colónias <strong>de</strong>senvolvidas por estes dois tipos <strong>de</strong><br />

microrganismos, resulta no número total <strong>de</strong> coliformes.<br />

Procedimento experimental:<br />

A recolha das amostras <strong>de</strong> água (porção <strong>de</strong> água representativa para análise<br />

laboratorial, acondicionada, transportada e manipulada <strong>de</strong> forma a que<br />

se mantenham inalteráveis os seus constituintes e as suas proprieda<strong>de</strong>s)<br />

é feita utilizando frascos esterilizados – neste caso, todas as amostras,<br />

<strong>de</strong>vidamente refrigeradas, foram recolhidas no mesmo dia em que as<br />

análises foram realizadas.<br />

Utilizando pipetas <strong>de</strong>scartáveis, retira-se um volume <strong>de</strong>terminado da<br />

amostra <strong>de</strong> água, o qual é, cuidadosamente, adicionado ao frasco que<br />

contém o Coliscan Easygel.<br />

Após homogeneização suave, o conteúdo do frasco é vazado para a base <strong>de</strong><br />

uma caixa <strong>de</strong> Petri (já previamente tratada pela empresa fornecedora).<br />

A caixa <strong>de</strong> Petri é tapada e colocada num meio aquecido (incubadora), até<br />

que o gel solidifique (o que acontece ao fim <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 45 minutos).<br />

A caixa <strong>de</strong> Petri é, então, virada ao contrário, ou seja, o topo passa a constituir<br />

a parte inferior da caixa (o gel fica a<strong>de</strong>rente à base da caixa <strong>de</strong> Petri),<br />

isolada com fita a<strong>de</strong>siva e recolocada na incubadora on<strong>de</strong> permanecerá a<br />

uma temperatura constante <strong>de</strong> 35 ºC, entre 24-48 horas.<br />

No final, verifica-se a existência (ensaio positivo) ou inexistência (ensaio<br />

negativo) <strong>de</strong> colónias. Em caso <strong>de</strong> ensaio positivo, as colónias <strong>de</strong>vem ser<br />

i<strong>de</strong>ntificadas e contadas, <strong>de</strong> forma a obter um resultado fiável, sobretudo<br />

ao nível semi-quantitativo. Como se referiu, as colónias cuja cor se situa<br />

entre o azul-escuro e o violeta referem-se a coliformes fecais ou Escherichia<br />

coli e aquelas cuja cor se aproxima do rosa revelam a existência<br />

<strong>de</strong> coliformes não-fecais. Colónias incolores ou <strong>de</strong> cor azul, ver<strong>de</strong> ou<br />

amarela não <strong>de</strong>vem ser contabilizados como coliformes, po<strong>de</strong>ndo estar<br />

relacionadas com outros tipos <strong>de</strong> bactérias cuja i<strong>de</strong>ntificação necessita<br />

<strong>de</strong> testes mais específicos.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!