actividades - Agrupamento de Escolas de Caldas de Vizela
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2 REFLEXOS - Março 2008 <strong>activida<strong>de</strong>s</strong><br />
A Cida<strong>de</strong>, o Douro e os Transportes<br />
No passado dia 7 <strong>de</strong> Março, pelas 9.00h, os alunos do 11ºE,<br />
acompanhados pelas professoras: Elódia Canteiro e Maria José Ramos,<br />
concentraram-se na Estação do Caminho <strong>de</strong> Ferro <strong>de</strong> <strong>Vizela</strong>, com o intuito<br />
<strong>de</strong> iniciarem a visita <strong>de</strong> estudo ao Museu Ferroviário <strong>de</strong> Lousado, à cida<strong>de</strong><br />
do Porto e às Caves do Vinho do Porto (Gaia). Entre os objectivos da visita<br />
<strong>de</strong>stacam-se: aprofundar conhecimentos adquiridos na disciplina <strong>de</strong> Geografia<br />
relativamente ao tema da agricultura e espaço urbano e como motivação para<br />
o tema que agora se inicia - Os transportes.<br />
No Museu Ferroviário <strong>de</strong> Lousado teve<br />
lugar a primeira activida<strong>de</strong> do dia com uma visita<br />
guiada àquele que é consi<strong>de</strong>rado um dos melhores<br />
museus (do género), do país e da Península Ibérica.<br />
A generalida<strong>de</strong> dos alunos, consi<strong>de</strong>ra que se tratou<br />
duma visita muito enriquecedora e que conseguiu motivá-los para o tema<br />
dos transportes que vamos iniciar. O facto <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rem ver uma exposição <strong>de</strong><br />
material ferroviário e <strong>activida<strong>de</strong>s</strong> afins, tão organizada, bem como entrar <strong>de</strong>ntro<br />
<strong>de</strong> carruagens, comboios e locomotivas antigas foi “Fascinante, agradou-me<br />
especialmente o facto <strong>de</strong> ver o pormenor do interior das carruagens antigas<br />
e a diferença entre as carruagens <strong>de</strong> 1ª e 3ª classe” Soraia, Nº 24.<br />
De regresso ao comboio a viagem prosseguiu<br />
com <strong>de</strong>stino a Porto -S. Bento. O encontro com a<br />
cida<strong>de</strong>, saídos da Estação <strong>de</strong> S. Bento, on<strong>de</strong> pararam<br />
alguns minutos para observar a grandiosida<strong>de</strong> do<br />
edifício, percepcionar um pouco do funcionamento<br />
da re<strong>de</strong> ferroviária da cida<strong>de</strong> e perceber o impacto<br />
do fluxo <strong>de</strong> pessoas na dinâmica <strong>de</strong>ste espaço,<br />
constituiu um momento importante para a generalida<strong>de</strong> dos alunos. Alguns<br />
recordaram parte do poema que serviu <strong>de</strong> motivação ao tema “A Cida<strong>de</strong>” <strong>de</strong><br />
António Ge<strong>de</strong>ão quando diz:<br />
Esta é a cida<strong>de</strong> e é bela.<br />
É formigueiro que se agita,<br />
Se esgueira, freme, crepita, ziguezagueia e flutua.<br />
(…) Tanto sonho! Tanta mágoa!<br />
Tanta coisa! Tanta gente!<br />
À medida que caminhavam em<br />
pleno CBD (Baixa) pu<strong>de</strong>ram contemplar a<br />
diversida<strong>de</strong> funcional, a riqueza arquitectónica<br />
dos edifícios e, em plena Avenida dos Aliados,<br />
as funções mais importantes da cida<strong>de</strong>, tais<br />
como: Câmara Municipal, a se<strong>de</strong> do Banco <strong>de</strong><br />
Portugal e da generalida<strong>de</strong> dos bancos, bem<br />
como outros serviços terciários <strong>de</strong> nível hierárquico superior.<br />
Depois <strong>de</strong> sentir o “pulsar do coração da cida<strong>de</strong>”, dirigiram-se à<br />
Ribeira, através da Rua Mouzinho da Silveira que apresenta uma morfologia<br />
completamente diferente (ampla, planeada a pensar no futuro). No cais da<br />
Ribeira embarcaram para efectuar o “Cruzeiro<br />
das 6 pontes no rio Douro” (Ponte da Arrábida,<br />
Ponte <strong>de</strong> S. João, Ponte D. Luís, Ponte D.<br />
Maria Pia, Ponte do Infante e a Ponte do<br />
Freixo) e viver a experiência <strong>de</strong> “tomar o leme”<br />
<strong>de</strong> um barco tipo Rabelo. A cida<strong>de</strong> vista do rio<br />
tem outra magia; esbate-se à miséria, atenua-se a<br />
segregação social e ressalta o casario que salpica<br />
os morros e as múltiplas cores da cida<strong>de</strong>.<br />
Para a quase totalida<strong>de</strong> dos alunos foi a<br />
primeira experiência <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> transporte, daí<br />
o sem número <strong>de</strong> fotografias e as constantes <strong>de</strong>slocações <strong>de</strong> um extremo do<br />
barco ao outro.<br />
Finda esta hora <strong>de</strong> evasão, partiram em direcção à Ribeira <strong>de</strong> Gaia, para<br />
subirem até às caves <strong>de</strong> vinho do Porto “Taylor’s”Aí foram simpaticamente<br />
recebidos por um guia que lhes contou um pouco da história <strong>de</strong>stas caves. A<br />
empresa foi fundada em 1692 e foi <strong>de</strong>s<strong>de</strong> aí até aos nossos dias uma empresa<br />
familiar, <strong>de</strong> origem inglesa, nunca tendo sido vendida ou comprada qualquer<br />
parte da empresa ou das quintas que possui no Douro.<br />
Depois <strong>de</strong> ouvida um pouco da história<br />
da empresa, os alunos dirigiram-se para o<br />
local on<strong>de</strong> os vinhos são armazenados. Aí,<br />
foi-lhes explicado o processo <strong>de</strong> produção<br />
do vinho. A seguir à pisa das uvas, vem o<br />
processo <strong>de</strong> “beneficiação”. No momento<br />
i<strong>de</strong>al, quando as leveduras já transformaram<br />
cerca <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> do açúcar natural das uvas<br />
em álcool, a pisa é interrompida e é acrescentada uma aguar<strong>de</strong>nte límpida<br />
e incolor ao mosto. Esta “beneficiação” com aguar<strong>de</strong>nte vínica interrompe<br />
a fermentação, mantendo muita da doçura original das uvas no vinho<br />
acabado.<br />
Para finalizar a visita às Caves Taylor’s, os alunos foram até uma bela<br />
sala-museu, on<strong>de</strong> a elegância era a nota dominante e aí pu<strong>de</strong>ram provar um<br />
vintage proveniente das quintas do Vale Superior do Douro.<br />
À medida que faziam o percurso (agora no<br />
sentido <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte) tiveram mais uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
ver a cida<strong>de</strong> do Porto, banhada pelas cores <strong>de</strong> uma tar<strong>de</strong><br />
solarenga <strong>de</strong> final <strong>de</strong> Inverno.<br />
Na retina <strong>de</strong> muitos terá ficado a imagem da<br />
cida<strong>de</strong> reflectida no Douro e a beleza do cais da Ribeira<br />
e da ponte <strong>de</strong> D. Luís<br />
que <strong>de</strong>veriam percorrer<br />
novamente para, através<br />
das escadas <strong>de</strong> Guindais,<br />
se entrosarem em pleno<br />
Bairro da Sé. Cada lanço<br />
<strong>de</strong> escadas (a pique)<br />
permitia vislumbrar e<br />
“viver” uma parte da<br />
cida<strong>de</strong> totalmente diferente do CBD; um espaço com ruas estreitas e irregulares,<br />
casas da classe social baixa, bastante <strong>de</strong>gradadas, estabelecimentos comerciais<br />
<strong>de</strong> bens <strong>de</strong> primeira necessida<strong>de</strong> (padaria, mercearia, café, tasca…). Quando<br />
o fôlego permitia fazia-se um comentário do género: Como é possível viver<br />
nestas casas e ter apenas acesso por estas escadas? …só <strong>de</strong>ve morar aqui<br />
gente elegante!...Não aguento mais…<br />
O resto do percurso até à Estação <strong>de</strong> S. Bento, on<strong>de</strong> era imperioso<br />
embarcar no comboio das 17.15h (o bilhete era colectivo e marcado há várias<br />
semanas!), foi em passo <strong>de</strong> corrida. Não houve tempo para abraçar com um<br />
último olhar o altivo Morro <strong>de</strong> Penaventosa, mas ficou a promessa <strong>de</strong> voltar<br />
com mais tempo e percorrer as típicas ruas da Sé.<br />
Chegaram a <strong>Vizela</strong> por volta das 18.25h, trazendo na bagagem uma<br />
aula viva na sempre Invicta e mui nobre cida<strong>de</strong> do Porto.<br />
O REFLEXOS continua aberto a críticas e sugestões.<br />
Se tem algo a dizer sobre qualquer notícia publicada, se tem<br />
alguma sugestão interessante ou gostaria <strong>de</strong> ver qualquer assunto parti-<br />
cularmente relevante ser tratado, no nosso REFLEXOS, não hesite em<br />
contactar-nos através do e-mail: jornalreflexos@hotmail.com.<br />
Obrigada pela colaboração!<br />
Elódia Canteiro