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Ano 13 Ed 144 Mai 2012.pdf - Colégio Pena Branca

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Página -2 Jornal de Umbanda Sagrada - <strong>Mai</strong>o/2012<br />

E<br />

ste é o segundo texto sobre<br />

fundamentos de Umbanda. No<br />

primeiro, foi importante explicar<br />

o que é “fundamento” e falar sobre<br />

“Umbanda” e “Umbandas”.<br />

Quando se fala de um fundamento<br />

da religião, estamos falando do todo<br />

ou da maioria, e quando falamos de<br />

visões mais particulares, estamos<br />

falando de particularidades ou fundamentos<br />

deste, ou daquele segmento.<br />

Logo podemos dizer, por exemplo, que<br />

sacrifício animal não é um fundamento<br />

de Umbanda, o que quer dizer que para<br />

se praticar Umbanda não é necessário<br />

fazer sacrifício animal e que a grande<br />

maioria dos terreiros de Umbanda não<br />

pratica o sacrifício animal. As práticas<br />

de sacrifício surgem, em alguns seguimentos<br />

de Umbanda, por influência do<br />

candomblé e de outros cultos de nação.<br />

Geralmente os terreiros que adotam<br />

sacrifícios animais se denominam como<br />

tendas de “Umbanda Africanista”, que<br />

expediente:<br />

Diretor Responsável:<br />

Alexandre Cumino - Tel.: (11) 5072-2112<br />

E-<strong>Mai</strong>l: alexandrecumino@uol.com.br<br />

Endereço: Av. Irerê, 292 - Apto <strong>13</strong> -<br />

Planalto Paulista São Paulo - SP<br />

Diagramação, <strong>Ed</strong>itoração e Arte:<br />

Laura Carreta - Tel.: (11) 8820-7972<br />

Diretor Fundador: Rodrigo Queiróz<br />

Tel.: (14) 3019-4155<br />

E-mail: rodrigo@ica.org.br<br />

Consultora Jurídica:<br />

Dra. Mirian Soares de Lima<br />

Tel.: (11) 2796-9059<br />

Jornalistas Responsáveis:<br />

Marcio Pugliesi - MTB: 33888<br />

Wagner Veneziani Costa - MTB:35032<br />

Alessandro S. de Andrade - MTB: 37401<br />

pode ser chamada também de “Umbanda<br />

Mista”, “Umbanda Trançada”,<br />

“Umbanda Omolocô”, ou “Umbandomblé”.<br />

Este último pode se aproximar dos<br />

terreiros de Candomblé que passaram a<br />

trabalhar com entidades de Umbanda,<br />

como caboclos, pretos-velhos, baianos<br />

e boiadeiros. Neste caso, é difícil saber<br />

se trata-se de um terreiro de Umbanda<br />

ou Candomblé.<br />

Não é um fundamento de Umbanda<br />

cobrar pelos trabalhos de atendimento<br />

espiritual. Mas é comum que, num<br />

templo, tenda, ou centro, os médiuns<br />

se unam para pagar as contas ou dar<br />

uma contribuição mensal. Bem diferente<br />

de cobrar por um atendimento. Aqui<br />

o fundamento de Umbanda está na<br />

questão da prática da caridade espiritual,<br />

que não deve ser confundida com<br />

exploração. Para evitar do médium se<br />

sentir explorado, ou usado pelas pessoas<br />

ou por espíritos, é que normalmente<br />

se definem dias e horários para os<br />

É uma obra filantrópica, cuja missão é contribuir<br />

para o engrandecimento da religião,<br />

divulgando material teo ló gico e unificando<br />

a comunidade Umbandista.<br />

Os artigos assinados são de in teira<br />

res ponsabilidade dos auto res, não<br />

refletindo necessaria mente a opinião<br />

deste jornal.<br />

As matérias e artigos deste jor nal podem<br />

e devem ser reproduzidas em qualquer<br />

veículo de comunicação. Favor citar o autor<br />

e a fonte (J.U.S.).<br />

atendimentos mediúnicos, de forma<br />

que os mesmos não atrapalhem o ritmo<br />

de vida de cada um. Há médiuns que<br />

podem disponibilizar um ou dois dias da<br />

semana para o trabalho de atendimento,<br />

outros apenas de quinze em quinze<br />

dia. Cada um tem a sua medida e sabe<br />

de seus compromissos e necessidades.<br />

Cada um faz o que pode e dá o que<br />

tem. O importante é encontrar uma<br />

medida saudável.<br />

A música é um fundamento de<br />

Umbanda. A nossa música sagrada é<br />

chamada de “pontos de Umbanda”.<br />

Para executá-la, não é obrigatório o uso<br />

de atabaques, mas a cada dia vemos<br />

mais terreiros aderindo ao som dos<br />

atabaques que, quando bem tocados,<br />

auxiliam nos trabalhos espirituais. O<br />

som grave da percussão de couro, ou<br />

similar, trabalha o nosso chacra básico<br />

e a energia da terra, o que ajuda o<br />

médium a sintonizar com uma força<br />

primordial e parar um pouco a cabeça.<br />

Voltando-se à terra, a mente para um<br />

pouco de pensar e atrapalhar o processo<br />

mediúnico.<br />

O uso de símbolos riscados no chão<br />

é um fundamento mágico da religião de<br />

umbanda, magística por excelência. São<br />

os “pontos riscados”, por meio dos quais<br />

as entidades espirituais traçam “espaços<br />

mágicos”, abrem vórtices de energia<br />

e campos de vibração para limpeza,<br />

descarga, cortes de energia, imantação,<br />

consagração e também para evocar as<br />

forças, poderes e mistérios dos Orixás.<br />

Esta “Magia de Pemba” é presente desde<br />

o nascimento da religião e constitui<br />

um vasto campo de estudos, polêmicas<br />

e realizações. Existem muitas formas<br />

de grafias e escritas mágicas. Os guias<br />

de Umbanda têm uma forma particular<br />

de escrever sua magia por meio de um<br />

giz mineral chamado de “pemba”.<br />

O uso das velas também é um dos<br />

fundamentos de Umbanda, por mais<br />

simples que seja o trabalho espiritual,<br />

sempre existe no mínimo uma vela<br />

acesa. Acendemos velas para os orixás<br />

e guias de Umbanda. A vela potencializa<br />

e perpetua os pedidos e orações dos<br />

adeptos das religiões. Muitos têm medo<br />

de acender velas em suas residências,<br />

no entanto, o Umbandista sabe que,<br />

quando uma vela tem “dono” espiritual,<br />

nada de mal pode ser desencadeado<br />

por meio dela, pois a força a que ela<br />

está ligada sempre se manifestará para<br />

proteger o fiel umbandista.<br />

Entre o uso de velas está também<br />

um fundamento simples e muito<br />

presente na Umbanda, a vela para o<br />

“anjo da guarda”. Costuma-se acender<br />

uma vela de sete dias para o anjo<br />

da guarda como forma de proteção<br />

do praticante de Umbanda. Anjo da<br />

Guarda é um mistério de Deus voltado<br />

a nossa proteção. Ter sempre acesa<br />

uma vela traz segurança mediúnica e<br />

proteção espiritual, que se estende ao<br />

campo emocional do médium. Claro<br />

que, como todas, é uma proteção que<br />

depende do merecimento e da postura<br />

deste médium diante da vida e de seu<br />

círculo de relacionamentos.<br />

As “sete linhas de Umbanda” são<br />

um fundamento muito polêmico e discutido<br />

desde os primórdios da religião,<br />

pois cada um cria, ou inventa, as suas<br />

sete linhas de Umbanda particulares.<br />

No entanto, basta saber que o fundamento<br />

das sete linhas se refere às<br />

sete vibrações de Deus, que são sete<br />

energias básicas na criação. Existem<br />

muitos Orixás, muito mais que sete.<br />

Cada grupo adapta as sete linhas para<br />

os Orixás que já conhece. Com um estudo<br />

mais aprofundado, é possível identificar<br />

todos os Orixás conhecidos nas<br />

mesmas sete vibrações, as sete linhas<br />

de Umbanda. Certa vez, um guia me<br />

falou: “filho, quando lhe perguntarem<br />

o que são as sete linhas de Umbanda,<br />

diga que são as sete formas que deus<br />

tem de nos Amar.”<br />

Bem... estes foram alguns conceitos<br />

fundamentais sobre a religião de<br />

Umbanda. Espero, com estas linhas e<br />

palavras, ajudar na compreensão de<br />

nossa fé.<br />

Contatos: alexandrecumino@uol.com.br


Página -3 Jornal de Umbanda Sagrada - <strong>Mai</strong>o/2012<br />

E<br />

m 1999 foi fundado o <strong>Colégio</strong> de<br />

Umbanda Sagrada Pai Benedito<br />

de Aruanda com a proposta de<br />

tornar-se uma instituição de ensino<br />

religioso umbandista. Em pouco tempo<br />

de funcionamento eu tornei-me um<br />

aglutinador único de pessoas e poderia<br />

ter procedido de forma concentradora<br />

ou expansora.<br />

A forma concentradora e a da<br />

maioria dos centros de Umbanda,<br />

onde o médium entra e fica ligado a<br />

ele para sempre e a forma expansora é<br />

aquela em que a pessoa entra, estuda,<br />

desenvolve sua mediunidade, aprende a<br />

trabalhar com seus Guias e depois opta<br />

por permanecer ou afastar-se da casa<br />

que o formou.<br />

Após ouvir muitas orientações dos<br />

meus Guias espirituais optei pelo procedimento<br />

expansor. Explico-me!<br />

Muitas pessoas vinham estudar a<br />

Umbanda e a Magia comigo e, como<br />

os grupos de estudos eram formados,<br />

cada um com centenas de pessoas,<br />

entre elas haviam muitas que, após serem<br />

preparadas poderiam desenvolver<br />

grandes trabalhos dentro da Umbanda.<br />

Havia um selecionamento natural e sem<br />

nenhuma interferência minha, aonde<br />

os mais aptos iam sobressaindo-se e<br />

exteriorizando seus dons, suas vocações<br />

e seus talentos.<br />

Aos poucos cada um ia dando início<br />

às suas missões e compromissos para<br />

com suas forças espirituais e seus Orixás<br />

e eu apoiava suas iniciativas torcendo<br />

para que prosperassem. E pude ver pessoas<br />

crescerem de forma única dentro<br />

da Umbanda e começarem a realizar<br />

um ótimo trabalho, tanto no campo do<br />

ensino religioso quanto no de auxilio à<br />

expansão da Umbanda, levando-a para<br />

pessoas que dificilmente eu sozinho<br />

alcançaria.<br />

O <strong>Colégio</strong> de Umbanda Sagrada,<br />

como é conhecido carinhosamente o<br />

núcleo central de um movimento livre<br />

de renovação e expansão da Umbanda<br />

ainda é um referencial para alguns desses<br />

talentosos umbandistas, altamente<br />

capacitados para o que se propuseram.<br />

Cito só alguns para exemplificar o<br />

meu acerto em confiar na capacidade e<br />

nas boas intenções de pessoas maravilhosas<br />

que Deus e os Orixás confiaramme<br />

por um instante de suas vidas,<br />

instante esse que foi suficiente para<br />

acender no íntimo delas a luminosíssima<br />

chama da confiança em si mesmos e de<br />

infinitas possibilidades.<br />

O que eu quero que entendam é<br />

que se eu tivesse optado pela forma<br />

concentradora, eu teria me transformado<br />

em uma árvore frondosa onde<br />

muitos se abrigariam, daria frutos e<br />

quando eu morresse todos ficariam ao<br />

relento e possivelmente só um ou outro<br />

vingaria individualmente, como tem<br />

acontecido tanto na Umbanda com os<br />

seus líderes concentradores que retêm<br />

junto de si e por muito tempo médiuns<br />

excepcionais mas que eles não deixam<br />

sair de suas casas, bloqueando seu<br />

crescimento como dirigentes de centros<br />

de Umbanda.<br />

Isso escrevo com conhecimento<br />

de causa porque são muitos os que me<br />

procuram justamente porque isso está<br />

acontecendo com eles.<br />

Como optei pela forma expansora,<br />

optando por contribuir com sua formação<br />

e estimulando seu crescimento pessoal,<br />

hoje me sinto como uma ár vore,<br />

ainda muito frondosa e muito frutífera,<br />

mas cercado de muitas outras árvores,<br />

também frondosas e frutíferas e que<br />

estão criando vicejantes bosques ao<br />

seu redor e, assim, juntos, formamos<br />

uma floresta que vem servindo a muitas<br />

pessoas necessitadas, constituindo-se<br />

em uma força expansora da Umbanda,<br />

com cada um formando novos umbandistas<br />

e auxiliando-os a, também eles,<br />

crescerem frondosos e frutíferos.<br />

Poderia citar os nomes de outros<br />

dirigentes espirituais umbandistas que<br />

me concederam um instante de suas<br />

vidas e juntos, aprendemos no <strong>Colégio</strong><br />

de Umbanda Sagrada.<br />

Mas não há espaço suficiente aqui<br />

nesta página e não sei se gostariam<br />

de ser citados nesse contexto, pois<br />

assim como há os que sentem orgulho<br />

de terem estudado nessa escola ímpar<br />

dentro da Umbanda, há os que depois<br />

de terem adquirido nela tudo o que<br />

precisavam para iniciar suas missões<br />

e cumprirem seus compromissos espirituais<br />

do <strong>Colégio</strong> se afastaram porque<br />

dele já não precisam mais.<br />

A todos eu peço a Deus que abençoe-os<br />

(as) e quero que saibam que<br />

sou grato a Ele, aos vossos Orixás e<br />

aos vossos Guias espirituais por terem<br />

me concedido a honra e a satisfação de<br />

ter convivido com vocês por um instante<br />

muito luminoso de nossas vidas.<br />

Na comemoração dos treze anos<br />

de existência do <strong>Colégio</strong> de Umbanda<br />

Sagrada, aceitem os meus sinceros<br />

votos de parabéns e de muito sucesso<br />

a todos!<br />

15 de Novembro:<br />

Dia NacioNal Da UmbaNDa<br />

por SANDRA SANTOS - Presidente da AUEESP -<br />

Contatos: sandracursos@hotmail.com<br />

A<br />

Comissão de <strong>Ed</strong>ucação do Senado Federal, havia instituído dia 20/03/2012,<br />

o dia 15 de Novembro como DIA NACIONAL DA UMBANDA. Gratidão e agra-<br />

decimentos mais do que especiais ao ex-deputado Carlos Santana (RJ) que<br />

entrou com o Projeto, ao amigo, irmão e deputado federal Vicentinho do PT (SP)<br />

que desde o primeiro momento abraçou a causa da comunidade umbandista, ao seu<br />

chefe de gabinete Paulo César pelo empenho e correria durante a última semana,<br />

e aos companheiros Cássio Ribeiro e Josa Queiroz presidente e vice da FUCABRAD,<br />

pelas inúmeras reuniões e idas à Brasília, e por acreditarem no nosso sonho.<br />

Que nosso Pai <strong>Mai</strong>or os abençoe. Hoje e sempre !!!<br />

“Um sonho que se sonha só, é só um sonho, um sonho que se sonha junto,<br />

é realidade” (Paulo Freire)<br />

Presidência da República - Casa Civil<br />

Subchefia para Assuntos Jurídicos<br />

LEI Nº 12.644, DE 16 DE MAIO DE 2012.<br />

Institui o Dia Nacional da Umbanda.<br />

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA<br />

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a<br />

seguinte Lei:<br />

Art. 1o Fica instituído o Dia Nacional da Umbanda, que será comemorado,<br />

anualmente, em 15 de novembro.<br />

Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.<br />

Brasília, 16 de maio de 2012 - 191º. da Independência e 124º. da República.<br />

DILMA ROUSSEFF<br />

Anna Maria Buarque de Hollanda<br />

Luiza Helena de Bairros


Página -4 Jornal de Umbanda Sagrada - <strong>Mai</strong>o/2012<br />

O<br />

uso religioso de guias, colares, coroas, braceletes,<br />

pulseiras, cocar de Caboclo, anéis,<br />

fitas trançadas, palha da costa, são utilizados<br />

nos rituais de Umbanda, estão agregados valores<br />

de proteção e adorno, sendo que o médium oferece<br />

na mão de um guia ou um Orixá para consagrar e o<br />

máximo que o médium sabe é que esse círculo fixo<br />

ou maleável é para proteção, e nada mais.<br />

Os grandes Reis, Índios, Padres. Bispos, Papas,<br />

Rainhas, Príncipes, Imperadores, Ministros, Sacerdotes,<br />

Magos, de povos e culturas de todos os tempos,<br />

já utilizavam e ainda utilizam seus “adornos” seja na<br />

cabeça, no pescoço, nas vestimentas e etc. E sempre<br />

será uma representação simbólica de “grau”, ou de<br />

“proteção”, “firmeza” e etc.<br />

Na nossa Religião<br />

utilizamos as<br />

guias dos Orixás,<br />

sendo a primeira<br />

guia quando o médium<br />

inicia-se na<br />

Religião, é a guia<br />

de Pai Oxalá, branca<br />

representando a<br />

sua iniciação, aceitação<br />

Religiosa, com rituais de Batismo, deitada para<br />

Pai Oxalá, onde o Ritual é iniciado da caminhada<br />

Religiosa do filho de fé.<br />

Cada terreiro procede com rituais específicos,<br />

mas o fundamento está no fato deste médium ter<br />

sua quartinha branca, 1 pedra cristal, vela de 7 dias<br />

branca, a primeira lavagem de coroa, o paninho de<br />

bater cabeça, e etc. No meu terreiro realizamos este<br />

Ritual, a deitada de Pai Oxalá, todo ano.<br />

Voltando ao assunto das guias, quero esclarecer<br />

aos leitores que tudo na Umbanda requer procedimentos<br />

litúrgicos específicos e com fundamento. Não<br />

dá para o médium comprar aquela guia só porque<br />

gostou ou achou bonita, e nem a quantidade de<br />

guia do pescoço vai demonstrar se ele é melhor<br />

que o outro.<br />

Vamos aprofundar os<br />

nossos conhecimentos<br />

e saber que um círculo<br />

mágico se devidamente<br />

consagrado, transformase<br />

em um portal “energético”<br />

que beneficiará o<br />

seu dono, mas também a<br />

todos que estarão a sua<br />

volta. Toda ação manifestada<br />

estará atuando<br />

com uma energia tripolar,<br />

ora irradiando, ora absorvendo,<br />

ora neutralizando,<br />

expandindo as energias em círculos concêntricos de<br />

luzes e cores, restaurando as energias que estão em<br />

desequilíbrios energéticos ou vibratórios.<br />

Então irmãos Umbandistas, não tenham vergonha<br />

em hipótese nenhuma de usar suas guias de<br />

proteção no seu dia a dia.<br />

Existe diferença entre guia de proteção de uso<br />

diário, e guia “Mágica Religiosa” de Orixá e Guias<br />

Espirituais utilizados nas cerimônias Religiosas, ou<br />

seja, dentro dos terreiros em dias de trabalho, mais<br />

isso é assunto para a próxima matéria.<br />

Recomendo que leia o livro “Formulário de Consagrações<br />

Umbandistas, o livro de fundamentos”<br />

de Rubens Saraceni publicado pela Madras <strong>Ed</strong>itora.<br />

Contatos:monica@luzdourada.org.br<br />

O<br />

ego é um elemento sabotador que leva os indivíduos a<br />

acreditarem que estão acima dos outros, desperta senti-<br />

mentos que aprisionam seus hospedeiros no cárcere da<br />

vaidade, da arrogância, da prepotência e tantos outros obscuros<br />

comportamentos...<br />

Não podemos sabendo disso, ao menos desconfiando que<br />

somos hospedeiros deste sabotador, permitir que tenha tanto<br />

espaço em nossas ações, opiniões e pensamentos...<br />

Perde-se muito tempo, muita energia tentando convencer<br />

alguém sobre algo em você ou aquilo que você acredita...<br />

É um disperdício de vida, dedicar muito tempo em armar<br />

estratégias que possam fazer prevalecer seu interesses sobre o<br />

outro ou coisas...<br />

Na Umbanda temos a oportunidade de no convívio com<br />

espíritos diversos que já superaram estas questões nos auxiliam<br />

no processo de espiritualização que é o caminho de autoconhecimento<br />

e despertar da luz própria, suficiente para garantir o seu objetivo intrinseco na encarnação,<br />

o de EVOLUIR! Contatos: www.rodrigoqueiroz.blog.br<br />

O<br />

s “Guias” da Umbanda são assim denominados por já terem percorrido com êxito o Caminho<br />

No qual outros peregrinos ainda ensaiam os primeiros passos.<br />

Eles conhecem bem os trechos mais tranqüilos e os mais perigosos;<br />

As subidas íngremes, os declives sinuosos, as curvas inesperadas, os atalhos duvidosos;<br />

Os regatos de águas potáveis e os de águas contaminadas;<br />

As árvores de frutos comestíveis e os arbustos de frutos venenosos;<br />

As paisagens exuberantes e outras nem tanto...<br />

Sim, os Guias conhecem bem o Caminho porque já trilharam toda a sua extensão<br />

Ora errando, ora acertando, mas sempre aprendendo e progredindo<br />

Até finalmente chegar ao Destino traçado.<br />

Então, descortina-se a eles um novo e promissor Caminho na Infinita Espiral da Evolução<br />

Com experiências e aprendizados inéditos e empolgantes.<br />

No entanto, antes de prosseguir Viagem, os Guias da Umbanda voltam-se<br />

Para a incontável multidão de almas peregrinas sedentas por orientação, amparo e sustentação.<br />

Tocados pela Fraternidade e Compaixão, os<br />

Guias retornam ao início do Caminho<br />

Para oferecer generosamente seus legados<br />

de Sabedoria a todos aqueles<br />

Que por algum motivo se atrasaram no cumprimento<br />

de seus roteiros espirituais.<br />

Essa é apenas uma das missões que os nobres<br />

Guias da Umbanda desempenham em<br />

favor da Humanidade. Sejam eles reconhecidos<br />

por isto, ou não.h<br />

Por isso, Filho de Umbanda, antes de despejar<br />

toneladas de lamúrias, reclamações,<br />

barganhas,<br />

Pedidos e favores absurdos no colo “do seu<br />

Guia”, lembre-se:<br />

Os Guias são Servidores do Divino e não serviçais<br />

dos humanos.<br />

Os Guias são Tutores e Amparadores Espirituais, e não “muletas” conscienciais,<br />

Muito menos “amuletos” psicológicos para pessoas que não confiam em si mesmas.<br />

Os Guias apreciam gratidão e sinceridade e não bajulação e futilidade.<br />

Os Guias são fontes de inspiração, instrução e iluminação<br />

E não de advinhação, alienação e superstição.<br />

Os Guias não são condutores de gado, são Orientadores de Gente.<br />

Pense bem nisso antes de delegar a administração de sua vida a terceiros,<br />

Sejam eles encarnados ou astralizados. Saiba que ninguém caminhará por você.<br />

Ninguém te carregará no colo, a não ser sua própria Ilusão...<br />

...até o momento de você voltar à realidade na primeira pedra em que tropeçar.


Página -5 Jornal de Umbanda Sagrada - <strong>Mai</strong>o/2012<br />

N<br />

a Umbanda cultuamos Olorum,<br />

nosso Divino Criador, e suas Di-<br />

vindades Sagradas, os Orixás. Os<br />

Sete Tronos Divinos da Umbanda, dão<br />

sustentação à vida, por meio de sete<br />

qualidades divinas que originam os sete<br />

elementos formadores principais, de onde<br />

retiramos tudo que necessitamos para<br />

viver e evoluir: o cristalino, o mineral, o<br />

vegetal, o fogo, o ar, a terra e a água.<br />

“Deus fornece o solo (terra), a umidade<br />

(água), o calor (fogo), o oxigênio (ar), a<br />

fertilidade (minerais), as sementes (vegetais)<br />

e os processos genéticos (cristais).<br />

(Rubens Saraceni, As Sete Linhas de<br />

Umbanda - Madras <strong>Ed</strong>itora).<br />

Para o Povo Cigano é muito fácil<br />

entender, respeitar e participar dos 7<br />

Tronos Divinos de Deus, porque nas<br />

suas longas Jornadas, passando por<br />

vários lugares eles aprenderam, se<br />

adaptaram e seguiam em frente, e hoje<br />

com todo o conhecimento adquirido<br />

são Ótimo trabalhadores dentro dos 7<br />

Tronos Divinos de Deus.<br />

Este Povo conhece profundamente<br />

estes 7 elementos que dão sustentação<br />

a vida, e são mestres que hoje nos ensinam<br />

através das suas magias, rituais,<br />

banhos, como utilizarmos para nosso<br />

melhor beneficio.<br />

Antigamente logo no inicio das<br />

primeiras manifestações, os Ciganos se<br />

apresentavam nas Giras de Esquerdas<br />

juntos com os nossos amados Exus e<br />

Pombas-Giras e até hoje isso acontece,<br />

e sabe o porquê disso?<br />

Hoje esta Linha Cigana Espiritual<br />

nos explica e nos ensina que assim<br />

como o Sr. Exu e a Sra. Pomba-gira são<br />

senhores dos caminhos os Ciganos também<br />

são senhores dos caminhos, por<br />

este motivos podem estar no mesmo<br />

trabalho espiritual na esquerda.<br />

Assim como esta Linha espiritual Cigana<br />

pode trabalhar em qualquer linha<br />

espiritual da direita, os Ciganos se apresentam<br />

e podem trabalhar prestando a<br />

caridade sem nenhum problema, esta<br />

Egrégora é livre e se adapta a todas as<br />

linhas de trabalho, dentro dos 7 Tronos<br />

Divinos de Deus.<br />

Vou exemplificar para que todos<br />

possam acompanhar como esta Linha<br />

Cigana pode executar os seus conhecimentos<br />

dentro dos 7 Tronos de Deus.<br />

TROnO DA Fé:<br />

Nos nossos trabalhos espirituais,<br />

quando temos a atuação direta do Trono<br />

da Fé, esta linha cigana trabalha, assim<br />

como qualquer outra linha, despertando<br />

e revigorando a Fé nas pessoas,os ciganos<br />

nos mostram e nos ensinam que<br />

existe um único Deus, e para eles Cristo<br />

é o maior dos ciganos, porque assim<br />

como eles ciganos, andou por muitos<br />

lugares, não tinha casa, ou uma parada<br />

fixa, Cristo continuava e nada abalava a<br />

sua confiança no Nosso Pai <strong>Mai</strong>or.<br />

TROnO DO AMOR<br />

Este Tono de Deus regido por<br />

Oxum com o verbo Amar, e Oxumaré<br />

com o verbo diluir, os Ciganos podem<br />

trabalhar em uma gira somente deles,<br />

sobre a regência de Oxum e Oxumaré,<br />

ou lado a lado com os Caboclos e Caboclas<br />

de Oxumaré e Oxum, porque o<br />

importante é o verbo que estes Orixás<br />

regem, amar e diluir, e os Ciganos são<br />

mestres em nos auxiliar para diluirmos<br />

magoas e tristezas, para permitirmos<br />

a renovação que Oxumaré nos ensina,<br />

para assim estarmos prontos. Para<br />

vivenciarmos o Amor Verdadeiro que<br />

Mãe Oxum nos traz.<br />

TROnO DO COnhECiMEnTO<br />

Neste Trono Divino de Pai Oxóssi e<br />

de Mãe Obá, com a regência dos verbos<br />

conhecer e concentrar os Ciganos são<br />

mestres em ervas, banhos, tinturas,<br />

chás, e quando podem trabalhar dividindo<br />

dos seus conhecimentos que adquiriram<br />

nas suas andanças e caminhas pelo<br />

mundo os trabalhos espirituais ganham<br />

um brilho ainda maior, enriquecedor<br />

tanto para o plano espiritual como para<br />

o plano material, na verdade somos nós<br />

os médiuns e consulentes que recebemos<br />

esta maior parte.<br />

TROnO DA JusTiçA<br />

Neste Trono Divino Pai Xangô nos<br />

ensina a nos Equilibrarmos, físico,<br />

emocional, financeiro e espiritual, e<br />

Mãe Egunitá que com o seu Fogo Divino<br />

queima e purifica o que esta nos desequilibrando,<br />

neste momento fechem<br />

os olhos e imaginem uma Fogueira<br />

na sua frente, nós fomos induzidos a<br />

acreditarmos que a fogueira para o Povo<br />

Cigano é para aquece-los nas noites<br />

frias, também é, mas quando os ciganos<br />

usam e manipulam esta energia ígnea<br />

é exatamente para queimar e purificar<br />

o que nos impede de nos equilibramos.<br />

TROnO DA LEi<br />

Neste Trono Pai Ogum e Mãe<br />

Iansã, regem abrir e direcionar, os<br />

Ciganos podem trabalhar com os seus<br />

punhais, com os Oráculos, com a sua<br />

dança, com os leques, enfim com os<br />

seus elementos diríamos tradicionais,<br />

para ministrar passes nesta regência<br />

dos verbos abrir e direcionar e muitas<br />

vezes achamos que esta Egrégora<br />

esta dançando, mas na verdade estão<br />

trabalhando para que todos que estão<br />

precisando desta regência, recebam o<br />

que vieram buscar.<br />

TROnO DA ELEvAçãO<br />

Nesta regência de Pai Obaluaye e<br />

Mãe Nanã, verbos curar e renovar, os<br />

Ciganos são mestres em nos ensinar<br />

através dos seus banhos e rituais a<br />

cortamos o que esta nos prejudicando<br />

e impedindo a nossa Renovação, e isso<br />

nos é passado de uma forma muito<br />

sutil, muito tranquila, para ficarmos<br />

harmonizados e renovados.<br />

TROnO DA GERAçãO<br />

Neste Trono Divino Pai Omulu, com<br />

o verbo transformar e Mãe Iemanjá gerando<br />

o tudo o que nós precisando nos<br />

acolhendo nos seus braços amorosos.<br />

Esta Egrégora Cigana faz o mesmo, nos<br />

auxilia a gerarmos as transformações<br />

que precisamos em nossas vidas, enfim<br />

somos amorosamente acolhidos. E<br />

recebemos o que precisamos.<br />

Em outras palavras, o que desejo<br />

esclarecer é que esta Grande Egrégora<br />

do Povo Cigano pode trabalhar com os<br />

7 sentidos, os 7 elementos, as 7 manifestações<br />

Divinas do Nosso Pai <strong>Mai</strong>or,<br />

mantendo a direção no caminho do Bem<br />

para o nosso Crescimento Espiritual.<br />

- Caboclo eu te peço, por favor, não<br />

deixe os problemas alheios na minha<br />

mente ao final da gira,<br />

- Somente o que for necessário a<br />

sua evolução filho.<br />

- Caboclo, eu me lembro que estávamos<br />

no final dos trabalhos e um<br />

irmão muito querido estava ao nosso<br />

lado e já havia se despedido de seu<br />

Guia e vi, que vós, Caboclo,<br />

pediu um elemento material<br />

para sua magia, não me lembro<br />

se foi pemba , charuto<br />

ou vela.<br />

- Foi uma vela filho.<br />

- E este irmão acocorouse<br />

em sua vaidade e disse<br />

que deverias pedir a algum<br />

cambone... Caboclo, fiquei tão<br />

entristecido, decepcionado...<br />

Meu irmão sentiu-se tão superior<br />

aos demais trabalhadores,<br />

que se esqueceu que há pouco<br />

tempo éramos cambones<br />

, e comentávamos sobre a<br />

necessária humildade<br />

do médium.<br />

- Sim filho, ele<br />

se esqueceu ou não<br />

aprendeu que todos são médiuns e<br />

todos são cambones;<br />

que todos são trabalhadores ,<br />

estão para servir a espiritualidade,<br />

mas filho, não há melhor lugar para<br />

se aprender a lição que na escola, não<br />

é mesmo?<br />

- Sim Caboclo, me lembro muito<br />

bem que nossa querida mãe espiritual<br />

se aproximou , com aquela sua meiguice,<br />

e com seu gesto habitual, com as<br />

mãos unidas como que em oração, e<br />

disse a vós: “Salve suas forças Caboclo,<br />

agradeço a sua presença em nossa<br />

casa. Tem algo que queira e eu possa<br />

ajudar”? Tu agradeceste e disseste<br />

que não.<br />

- Sim filho.<br />

- Caboclo a nossa querida mãe<br />

espiritual demonstrou tudo aquilo que<br />

faltou ao meu irmão: humildade e devoção<br />

. Eu estava inteiro ali contigo e<br />

quase chorei. Este gesto dela resumiu<br />

muitos tratados e teses literárias sobre<br />

a UMBANDA que eu já tinha lido. Isto<br />

foi muito significativo, mas eu repuxei<br />

os olhos, observei meu irmão e ele<br />

está distraído, conversando alguma<br />

bobagem e rindo. A lição ali expressa<br />

não valeu de nada paizinho, ele não<br />

percebeu nem assimilou o que se<br />

passou neste instante mágico que<br />

marcou tanto a este teu filho. O lindo<br />

gesto de nossa mãe lhe passou em<br />

branco, Caboclo, foi em vão! Não tocou<br />

a quem deveria.<br />

- Filho preste atenção: O terreiro<br />

é um templo apenas para os sinceros.<br />

Trabalho duro é uma benção para os<br />

humildes. A evolução espiritual acontece<br />

no silêncio de Tua introspecção.<br />

Na simbiose perfeita do seu corpo<br />

mediúnico com o astral. A lição foi<br />

aprendida. A lição filho, foi para você!<br />

Não olhe mais para os lados, filho,<br />

com os olhos do julgamento. Apenas<br />

sinta o bater dos corações. Olhe para<br />

dentro e para frente, e me verás. Respire<br />

fundo e sinta a minha presença<br />

em ti todos os momentos, te<br />

amparando te protegendo<br />

e andando contigo neste<br />

longo e largo caminho sem<br />

fim, o caminho da evolução<br />

espiritual. Vou repetir para<br />

que não se esqueças mais<br />

filho meu: “A evolução<br />

espiritual acontece no<br />

silêncio da tua introspecção”.<br />

- Sim Caboclo.<br />

Agora entendi,<br />

obrigado! Salve<br />

Paizinho.<br />

Devemos sim<br />

olhar a estes irmãos<br />

como os nossos<br />

Guias olham a<br />

to dos os espíritos<br />

en carnados ou desencarnados que<br />

baixam em nossos terreiros: com<br />

com paixão.<br />

Claro que nós encarnados não<br />

somos santos. Mas naquele momento<br />

único do trabalho espiritual nós temos<br />

um contato direto com seres divinos,<br />

então temos uma responsabilidade<br />

maior, por que nos é dado este mérito.<br />

Pelos exemplos.<br />

É como me disse meu mestre amigo<br />

Alexandre Cumino: “Não somos divinos,<br />

mas naquele momento único da<br />

incorporação nós nos ‘divinificamos’. ”<br />

De que nos vale toda a razão se<br />

ela não vier recheada pela compaixão,<br />

se não trouxer harmonia e paz aos<br />

corações?<br />

Para conseguirmos uma sintonia<br />

fina com “canais” superiores precisamos<br />

de humildade, simplicidade,<br />

pureza de pensamentos, sentimentos<br />

e ações.<br />

Não somos melhores que os outros,<br />

mas estamos no caminho evolutivo e<br />

nos sentimos privilegiados. Devemos<br />

sim agradecer a corrente espiritual que<br />

nos atende pelas oportunidades que<br />

nos ajudam a ter desapego material e<br />

um vislumbre espiritual.<br />

A Umbanda ensina o respeito às<br />

diferenças, portanto pratiquemos!<br />

Ensina que a observação é necessária<br />

para formarmos nossos conceitos,<br />

mas o julgamento não. Pois existe a Lei<br />

e a Justiça Divina, e seus aplicadores,<br />

e destas ninguém escapa.<br />

Okê, Caboclo! Saravá Umbanda!


Página -6 Jornal de Umbanda Sagrada - <strong>Mai</strong>o/2012<br />

V<br />

ovó Maria fumegava seu pito e batia<br />

seu pé ao som da curimba enquanto<br />

observava o terreiro, onde os cambo-<br />

nes movimentavam-se atendendo aos pretos<br />

velhos e aos consulentes. Mandingueira,<br />

acostumada a enfrentar de tudo um pouco<br />

nos trabalhos de magia, sabia perfeitamente<br />

como o mal agia tentando disseminar o esforço<br />

do bem.<br />

Sob variadas formas, as trevas vagavam<br />

por ali também. Alguns em busca de socorro;<br />

outros, mal-intencionados, debochavam dos<br />

trabalhadores da luz. Muitos chegavam grudados<br />

no corpo das pessoas, qual parasitas<br />

sugando sua vitalidade.<br />

Outros, por sobre seus ombros, arqueando<br />

e causando dores nos hospedeiros, ou<br />

amarrados nos tornozelos, arrastavam-se<br />

com gemidos de dor. Fora os tantos que eram<br />

barrados pela guarda do local, ainda na porta<br />

do terreiro e que, lá de fora, esbravejavam<br />

palavrões.<br />

Da mesma forma, o movimento dos<br />

Exus e outros falangeiros se fazia intenso no<br />

lado astral do ambiente, para que, dentro do<br />

merecimento de cada espírito, pudessem ser<br />

encaminhados.<br />

Uma senhora com ares de madame<br />

se aproximou da Preta Velha para receber<br />

atendimento. Vinha arrastando uma perna<br />

que mantinha enfaixada.<br />

– Saravá, filha – falou Vovó Maria,<br />

enquanto desinfetava o campo magnético<br />

da mulher com um galho verde, além de<br />

so prar a fumaça do palheiro em direção ao<br />

seu abdome, o que fez com que a mulher<br />

demonstrasse nojo em sua fisionomia.<br />

Fingindo ignorar, a Preta Velha, cantarolando,<br />

continuou a sua limpeza. Riscando um<br />

ponto com sua pemba no chão do terreiro,<br />

pediu que a mulher colocasse sobre ele a<br />

perna ferida.<br />

“Será que não vai piorar o que tenho?”,<br />

pensou a mulher, já arrependida por estar ali<br />

naquele lugar desagradável. “Vou sair daqui<br />

impregnada por estes cheiros!”<br />

Vovó Maria sorriu, pois captara o pensamento<br />

da mulher, mas preferiu ignorar tudo<br />

isso. O que a mulher não sabia era a gravidade<br />

real do seu caso, ou seja, aquilo que não<br />

aparecia no físico. Se ela pudesse ver o que<br />

estava causando a dor e o inchaço na perna,<br />

aí sim, certamente ficaria muito enojada. Na<br />

contraparte energética, abundavam larvas<br />

que se abasteciam da vitalidade do que já<br />

era uma enorme ferida e que breve irromperia<br />

também no físico.<br />

Além disso, uma entidade espiritual, em<br />

quase total deformação, mantinha-se algemada<br />

à sua perna, nutrindo, assim, essas<br />

larvas astrais. Para qualquer neófito, aquilo<br />

mais parecia um cadáver retirado da tumba<br />

mortal, inclusive pelo mau cheiro que exalava.<br />

Com a destreza de um mago, a Preta<br />

Velha sabia como desvincular e transmutar<br />

toda essa parafernália de energias densas,<br />

libertando e socorrendo a entidade escravizada<br />

a ela.<br />

Feitos os devidos “curativos” no corpo<br />

energético da mulher, Vovó Maria, que à<br />

visão dos encarnados não fez mais que um<br />

benzimento com ervas e algumas baforadas<br />

de palheiro, dirigiu-se agora com voz firme<br />

à consulente:<br />

– Preta Velha até aqui ouviu calada o que<br />

a filha pensou a respeito do seu trabalho.<br />

Agora preciso abrir minhas tramelas e puxar<br />

sua orelha.<br />

Ouvindo isso, a mulher afastou-se um<br />

pouco da entidade, assustada com a possibilidade<br />

de que ela viesse mesmo a lhe<br />

puxar a orelha.<br />

“Escutou o que pensei? Ah, essa é boa.<br />

Ela está blefando comigo”, pensou novamente<br />

a mulher.<br />

– Se a madame não acredita em nosso<br />

trabalho, por que veio aqui buscar ajuda?<br />

Filha, não estamos aqui enganando ninguém.<br />

Procuramos fazer o que é possível, dentro do<br />

merecimento de cada um.<br />

– É que me recomendaram vir me benzer,<br />

mas eu não gosto muito dessas coisas…<br />

– E só veio porque está desesperada de<br />

dor e a medicina não lhe deu alento, não foi<br />

filha? – complementou a preta velha.<br />

– Os médicos querem drenar a perna e<br />

eu fiquei com medo, pois nos exames não<br />

aparece nada, mas a dor estava insuportável.<br />

– Estava? Por quê, a dor já acalmou?<br />

– É, agora acalmou, parece que minha<br />

perna está amortecida.<br />

– E está mesmo, eu fiz um curativo.<br />

A mulher, olhando a perna e não vendo<br />

curativo nenhum, já estava pronta para emitir<br />

um pensamento de desconfiança quando a<br />

Preta Velha interferiu:<br />

– Vá para sua casa, filha, e amanhã bem<br />

cedo colha uma rosa do seu jardim, ainda<br />

com orvalho, e lave a sua perna com ela,<br />

na água corrente. Ao meio-dia o inchaço vai<br />

sumir e sua perna estará curada.<br />

Não ousando mais desconfiar, ela agradeceu<br />

e já estava saindo quando a Preta<br />

Velha a chamou e disse:<br />

– Não se esqueça de pagar a promessa<br />

que fez pra Sinhá Maria, antes dela morrer…<br />

Arregalando os olhos, a mulher quase<br />

en fartou e tratou de sair daquele lugar<br />

imediatamente.<br />

O cambone, que a tudo assistia calado,<br />

não agüentando a curiosidade perguntou que<br />

promessa foi essa.<br />

– Meu menino, o que nós escondemos<br />

dos homens fica gravado no mundo dos<br />

espíritos.<br />

Essa filha, herdeira de um carma bastan-<br />

te pesado por ter sido dona de escravos em<br />

vida passada e, principalmente, por tê-los<br />

ferido a ferro e fogo, imprimindo sua marca<br />

na panturrilha dos negros, recebeu nesta<br />

encarnação, como sua fiel cozinheira, uma<br />

negra chamada Sinhá Maria.<br />

Esse espírito mantinha laços de carinho<br />

profundo pela madame desde o tempo da<br />

escravidão, quando foi sua “Bá” e, por isso,<br />

única poupada de suas maldades. Nessa<br />

encarnação, juntaram-se novamente no<br />

in tuito de que a bondosa negra pudesse despertar<br />

na mulher um pouco de humildade,<br />

para que esta tivesse a oportunidade de<br />

ressarcir os débitos, diante da necessidade<br />

que surgiria de auxiliar alguém envolvido na<br />

trama cármica.<br />

Sinhá Maria, acometida de deficiência<br />

respiratória, antes de desencarnar solicitou<br />

à sua patroa que, na sua falta, assistisse seu<br />

esposo, que era paraplégico, faltando-lhe as<br />

duas pernas.<br />

Deixou para isso todas as suas economias<br />

de anos a fio de trabalho e só lhe pediu<br />

que mantivesse com isso a alimentação e<br />

os medicamentos. Mas na primeira vez que<br />

ela foi até a favela onde morava o homem,<br />

desistiu da ajuda, pois aquele não era o seu<br />

“palco”. Tratou logo de ajustar uma vizinha<br />

do barraco, dando-lhe todo o dinheiro que<br />

Sinhá havia deixado, com a promessa de<br />

cuidar do pobre homem. Não é preciso<br />

dizer que rumo tomaram as economias da<br />

pobre negra; em pouco tempo, para evitar<br />

que ele morresse à míngua, a Assistência<br />

Social o internou em asilo público. Lá ele<br />

aguarda sua amada para buscá-lo, tirandoo<br />

do sofrimento do corpo físico. Nenhuma<br />

visita, nenhum cuidado especial. A madame<br />

se havia “esquecido” da promessa. Eu só fiz<br />

lembrá-la para que não tenha que voltar aqui<br />

com as duas pernas inválidas. A Lei só nos<br />

cobra o que é de direito, mas ela é infalível.<br />

Quanto mais atrasamos o pagamento de<br />

nossas dívidas, maiores elas ficam. Por isso,<br />

camboninho, negra velha sempre diz para<br />

os filhos que a caridade é moeda valiosa<br />

que todos possuímos, mas que poucos de<br />

nós usam. Se não acordamos sozinhos, na<br />

hora exata a vida liga o “desperta-dor” e, às<br />

vezes, acordamos assustados com a barulheira<br />

que ele faz… eh, eh, eh… Entendeu,<br />

meu menino?<br />

– Sim, minha mãe. Lembrei que tenho de<br />

visitar meu avô que está no asilo…<br />

Sorrindo e balançando a cabeça a bondosa<br />

Preta Velha falou com seus botões:<br />

– Nega véia matô dois coelhos com uma<br />

cajadada só… eh, eh…<br />

E, batendo o pé no chão, fumando seu<br />

pito e cantarolando, prosseguiu ela, socorrendo<br />

e curando até que, junto aos demais,<br />

voltou para as bandas de Aruanda.


Página -7 Jornal de Umbanda Sagrada - <strong>Mai</strong>o/2012<br />

Q<br />

uantas ideias passam por nossa<br />

mente a cada minuto! Você já<br />

parou para ouvir seus pensa-<br />

mentos? Sabe quais idéias se repetem<br />

continuamente? Ou que emoções cismam<br />

em retornar, trazendo lembranças,<br />

dor e sofrimento?<br />

A mente é mutável, dual e sutil.<br />

Não há como impedir o movimento do<br />

fluxo da mente, já que, por si só, ela<br />

é o próprio movimento. A mente é a<br />

representação do ar e do éter, este que<br />

também pode ser chamado de espaço,<br />

ou da energia sutil do universo. Na<br />

mente tudo é dinâmico e muda como<br />

o curso de um rio: nunca é o mesmo.<br />

Ela tem força, energia. Assim como o<br />

vento, leva os pensamentos e sentimentos.<br />

Mas como o espaço, abrange<br />

tudo o que permeia nosso consciente<br />

e inconsciente. A mente é sensível, e<br />

pequenas palavras, emoções, atos ou<br />

energias a afetam.<br />

E a mente também é dual. Constantemente<br />

vamos do amor ao ódio,<br />

da atração à repulsão, do gozo à culpa.<br />

A mente se desloca nos opostos. Um<br />

pensamento já traz a possibilidade do<br />

seu contrário e o reforça. Tentar segurar<br />

a mente é um trabalho em vão; mas é<br />

possível aceitar o diferente e conservar<br />

o pensamento longe dos extremos.<br />

A mente é um objeto, pois podemos<br />

observá-la em ação. Mas também é<br />

um instrumento, ou uma ferramenta,<br />

pois trabalha para processar todas as<br />

percepções recebidas por nossos cinco<br />

sentidos. É através dela que nos comunicamos<br />

com o mundo, recebemos,<br />

filtramos, analisamos, concluímos e<br />

expressamos. Tudo certo até aí. A dificuldade<br />

surge quando nos tornamos<br />

escravos da mente. Quando esse fluxo<br />

incessante de ideias e pensamentos nos<br />

domina, ao invés de ser dominado. Mas<br />

como controlar a mente?<br />

O primeiro passo é nos tornarmos<br />

conscientes do que pensamos e com<br />

que frequência. Depois aprender a<br />

projetar pensamentos positivos e evitar<br />

os negativos. A cura está em mudar a<br />

forma de pensar. Só quando mudamos<br />

os nossos pensamentos mais profundos<br />

é que podemos realmente mudar e ir<br />

além dos limites impostos pela mente. É<br />

mais do que mudar nossas ideias sobre<br />

as coisas, é alterar nossos sentimentos<br />

e instintos mais profundos.<br />

Outro passo é desenvolver nossa inteligência.<br />

Não falo de decorar livros, ou<br />

se tornar um expert em algum assunto<br />

(ou em todos). Falo de desenvolver a<br />

inteligência enquanto parte objetiva<br />

da mente capaz da observação distanciada.<br />

É olharmos para nós mesmos<br />

como se fossemos uma outra pessoa.<br />

É conhecermos nossos pensamentos e<br />

emoções mais íntimos. Porque de um<br />

lado a mente capta o que de vem de<br />

fora e se torna “intelecto”. De outro,<br />

ela olha pra dentro por meio de nossa<br />

consciência mais profunda e se torna<br />

o que poderíamos chamar de “verdadeira<br />

inteligência”. Essa é a capacidade<br />

de perceber o conteúdo por trás da<br />

aparência; de ir além das crenças,<br />

preconceitos, ideias pré-concebidas; de<br />

encontrar a verdade que toca e ressoa<br />

em nossa alma.<br />

A ética e a verdade são mais do<br />

que conceitos estabelecidos por uma<br />

sociedade. Todos temos um senso<br />

ético inato, que podemos chamar de<br />

consciência. Pode ser que, para alguns,<br />

a necessidade ou os valores aprendidos<br />

mascarem essa consciência. Mas há um<br />

sentir interno que sempre nos diz se<br />

algo é certo ou errado, além de valores<br />

sociais. Quanto mais inteligentes nos<br />

tornamos, mais forte é nossa consciência,<br />

melhores são nossos pensamentos<br />

e mais clara é nossa mente.<br />

O ayurveda, a milenar medicina<br />

indiana, diz que a mente, enquanto<br />

pensamentos, sensações e sentidos, de<br />

Manas. Num nível intermediário, de inteligência<br />

ou capacidade de discriminar<br />

e julgar as coisas, temos Buddhi. Num<br />

nível mais profundo, enquanto mente<br />

interior ou parte central da consciência,<br />

está Chitta. A evolução consiste em observar<br />

e controlar Manas, desenvolver<br />

Buddhi e alcançar a percepção clara<br />

em Chitta.<br />

Mas o que isso tem a ver com a<br />

mediunidade e a Umbanda? TUDO!<br />

Como sermos seres melhores se somos<br />

dominados por nossos pensamentos e<br />

emoções desordenadas? Como cuidarmos<br />

de nosso próximo ou transmitirmos<br />

lições e ensinamentos sem curarmos<br />

nossas próprias dores e desequilíbrios?<br />

Como nos curarmos sem termos<br />

inteligência sobre nossas verdades<br />

interiores? Como nos conectarmos com<br />

nossos guias e orixás sem percebermos<br />

a verdade maior que tudo permeia, só<br />

alcançada na clareza e sensibilidade de<br />

nossa consciência superior?<br />

Para começar este caminho, é<br />

preciso observar e cuidar de nossos<br />

pensamentos. Depois, aprender alguma<br />

técnica de meditação. Também é muito<br />

importante a autoanálise e o autoconhecimento.<br />

E pra isso precisamos<br />

buscar o que chamamos de “silêncio<br />

interior”. Uma pessoa serena e equilibrada<br />

é o melhor médium que nossa<br />

querida Umbanda pode ter.


Página -8 Jornal de Umbanda Sagrada - <strong>Mai</strong>o/2012<br />

Dizer: “Sou filho dos Orixás”<br />

é uma afirmação de Fé, um pedido de<br />

bênção, mas também um compromisso.<br />

O compromisso de amar, honrar e praticar<br />

os Valores Imateriais que os Amados<br />

Pais e Mães Divinos simbolizam<br />

e representam. O compromisso<br />

de praticá-la, inclusive o de<br />

estender essa bênção ao próximo,<br />

porque somos filhos de<br />

um mesmo e Único Deus, com<br />

direitos e responsabilidades<br />

iguais perante o Criador.<br />

Dizer: “Sou filho de<br />

Oxalá” é um pedido de bênção<br />

que traz o compromisso<br />

de amar, honrar e praticar<br />

tudo aquilo que o Divino Pai do<br />

Branco simboliza e representa.<br />

A cor branca é a síntese das cores do<br />

arco-íris e, portanto, um símbolo de<br />

Paz, de Fraternidade, de Congregação<br />

ou União em torno de um ideal elevado,<br />

de Concórdia e de Perdão. Quando eu<br />

peço para mim essa bênção, assumo o<br />

compromisso de praticá-la. O compromisso<br />

de não combater os irmãos de<br />

outras crenças; de jamais guerrear em<br />

nome da Fé, nem pretender dividir ou<br />

segregar aqueles que Deus uniu neste<br />

abençoado Plano da Vida. Pedirei, sim,<br />

ao Sagrado Pai Oxalá que a Sua Luz<br />

Cristalina reine e clareie o Universo<br />

inteiro, despertando os mais nobres<br />

ideais de Fraternidade, para que todos<br />

os homens e mulheres sejam livres nas<br />

suas crenças, despertem, se autoiluminem<br />

e se amem como irmãos.<br />

Dizer: “Sou filho de Oxum” é<br />

um pedido de bênção que traz o compromisso<br />

de amar, honrar e praticar<br />

tudo aquilo que a Divina Mãe do Amor<br />

Incondicional ― que é “O Ouro de<br />

Deus”― simboliza e representa. O rosa<br />

e o dourado de Mamãe Oxum simbolizam<br />

a União Sacralizada pelo Amor,<br />

que faz conceber vidas e idéias, que<br />

se compadece das fragilidades alheias,<br />

A<br />

o acordar agradecer pela noite,<br />

tentar lembrar os sonhos, o pe-<br />

ríodo de mediunidade noturna.<br />

No almoço observar os alimentos e<br />

imaginar todas as pessoas e animais,<br />

vegetais e a natureza, envolvida na<br />

produção daquele alimento. agradecer<br />

a cada uma dessas pessoas e seres, e<br />

agradecer aos Orixás pelo alimento que<br />

ele lhe traga energia e saúde. Pensar<br />

naqueles que não podem se alimentar<br />

e enviar energias de força e esperança.<br />

Ao final da tarde na janta ou no<br />

lanche fazer o mesmo que no almoço.<br />

Ao deitar-se agradecer pelo dia, e<br />

procurar todas as coisas boas do dia e<br />

agradecer por elas.<br />

que nos enriquece no espírito e na<br />

matéria e nos traz a Prosperidade em<br />

todos os aspectos. Ao pedir para mim<br />

essa bênção, assumo o compromisso<br />

de praticá-la.<br />

O compromisso de não odiar, nem<br />

semear intrigas; de não alimentar<br />

mágoas, rancores, ciúmes, invejas ou<br />

discórdias; de não cobiçar as conquistas<br />

dos outros. Pois creio que o “Ouro<br />

de Deus” está em tudo e em todos,<br />

operando em silêncio para a união e<br />

perpetuação das sementes da Vida e a<br />

produção da Riqueza que nunca perece<br />

e propicia todas as outras, e que existe<br />

em abundância para todos, tal como o<br />

fluir das águas doces e claras das minas,<br />

cachoeiras, rios e cascatas.<br />

Dizer: “Sou filho de Oxóssi”<br />

é um pedido de bênção que traz o<br />

compromisso de amar, honrar e praticar<br />

tudo aquilo que o Divino Pai do<br />

Conhecimento simboliza e representa.<br />

O arco do Divino Caçador representa a<br />

determinação na busca em aprender,<br />

divinizando as nossas capacidades<br />

mentais. A Flecha apontada para o Alto<br />

indica o salto evolutivo que vem pelo<br />

Conhecimento que nos autoilumina,<br />

realizando a expansão em todos os<br />

nossos Sentidos. A cor verde que lhe é<br />

dedicada representa a Fauna, a Flora e<br />

o Reino Vegetal, de incomparável poder<br />

de cura e fartura; poder sublime que<br />

O objetivo do exercício é educar<br />

nossa mente a perceber que sempre<br />

temos algo a agradecer, mas as coisas<br />

ruins ganham sempre proporção maior<br />

em nossa mente. Ao fazer isso aprenderemo<br />

a educar a alma e a mente<br />

a fixar-se mais nas coisas positivas,<br />

trazendo energias deste padrão para<br />

o nosso dia-a-dia, fazendo com que<br />

os acontecimentos ruins não tomem<br />

proporções que prejudiquem nosso<br />

campo energético.<br />

O exercício também nos faz perceber<br />

como todos estamos ligados, pois<br />

cada alimento do dia envolveu inúmeros<br />

espíritos e seres, agradecer a cada um<br />

deles nos liga aos mesmo fazendo uma<br />

acaba por envolver todos aqueles que<br />

se dedicam ao aprendizado no Bem e<br />

para o Bem. Ao pedir essa bênção para<br />

mim, assumo o compromisso de praticála.<br />

O compromisso de me autoconhecer,<br />

de reverenciar o Conhecimento<br />

que rege a Criação, e de não<br />

sonegar o que aprendi; de não<br />

usar com má-fé o conhecimento<br />

adquirido; de não praticar atos<br />

de desrespeito contra a Mãe Natureza<br />

que a todos nós alimenta<br />

e abastece.<br />

Dizer: “Sou filho de Xangô”<br />

é um pedido de bênção que<br />

traz o compromisso de amar,<br />

honrar e praticar tudo aquilo<br />

que o Divino Pai da Justiça<br />

simboliza e representa. A cor<br />

marrom que lhe é dedicada representa<br />

a nobreza própria do Reino da Justiça.<br />

As pedreiras traduzem a estabilidade e<br />

a firmeza que adquirimos pelo equilíbrio<br />

dos sentidos. A balança, com os dois<br />

pesos e medidas, nos convida à temperança,<br />

ao bom senso, à moderação<br />

entre o racional e o emocional. O duplo<br />

machado simboliza o corte dos excessos,<br />

para o império da Justiça. O fogo,<br />

traduzido na cor vermelha, a faísca do<br />

raio e o trovão são também símbolos da<br />

atuação da Justiça Divina que atravessa<br />

os céus do Universo para acalentar as<br />

almas dos aflitos, equilibrando a tudo<br />

e a todos, amparando e protegendo a<br />

senda evolutiva da Criação. Ao pedir<br />

essa bênção para mim, assumo o compromisso<br />

de praticá-la. O compromisso<br />

de não fazer julgamentos apressados<br />

ou falsos; de não demandar contra<br />

aqueles que nada me devem, seja por<br />

pensamentos, palavras ou atos; de não<br />

proceder com maledicência; de não me<br />

render a excessos; de não exigir dos<br />

outros a doação daquilo que ainda não<br />

sei doar de mim mesmo.<br />

Continua na próxima edição.<br />

corrente de energias positivas, e nos faz<br />

pensar sobre o que comemos.<br />

Orai e vigiai, a assertiva do mestre<br />

Jesus deve ser lei para todos os médiuns,<br />

ao agradecermos ao percebemos<br />

as coisas boas, elevamos nossa<br />

vibração e oramos, ou seja vigiamos<br />

e rezamos.<br />

Bom exercício a todos.<br />

Observação, coloque em um caderno,<br />

diário, para perceber como você<br />

terá dificuldade em fazer isso todos os<br />

dias, e somente com perseverança e<br />

determinação conseguiremos elevar<br />

nossas energias e assim buscarmos a<br />

iluminação e a libertação.<br />

Paz e Luz!<br />

E<br />

ra uma vez um rapaz que seguia<br />

seu caminho e a cada passo que<br />

dava, uma vitória era obtida.<br />

Em muitos lugares, passou e<br />

aprendeu com os outros;com o tempo<br />

e com a experiência mais ensinava do<br />

que aprendia. E assim foi, seu reconhecimento<br />

pela sua sabedoria logo<br />

veio, e o deixava feliz, cada passo que<br />

dava, observava pessoas o admirando<br />

e querendo se espelhar<br />

no que ele fazia. Um<br />

determinado momento,<br />

ao caminhar no deserto,<br />

se deparou com uma<br />

capa bem reluzente, que<br />

avistou de longe. Chegou<br />

perto e viu que era<br />

uma capa de cobre. Ele<br />

adorava aquele metal e<br />

a achou muito bonita. E<br />

assim, vestiu-a.<br />

Continuou sua caminhada,<br />

foi se sentindo<br />

bonito e importante.<br />

Começou a olhar as pessoas<br />

de uma maneira<br />

diferente, onde todas<br />

tinham defeitos e coisas para aprender.<br />

Ao caminhar mais, avistou uma<br />

capa que brilhava ainda mais, era uma<br />

capa de prata. Ficou perplexo, era<br />

como um espelho da Lua. Achou lindo<br />

e no mesmo instante trocou de capa,<br />

sendo o novo dono da capa de Prata.<br />

Sentiu de leve o peso, mas a luz<br />

que irradiava da capa valia o pequeno<br />

sacrifício de caminhar com algo pesado<br />

naquele Sol.<br />

Sua caminhada continuou e algumas<br />

pessoas simples que cruzavam seu<br />

caminho ele já nem cumprimentava,<br />

pois, o que teria para aprender com<br />

aquelas pessoas mas algumas sim,<br />

Mediunidade é<br />

a respiração energética da Alma:<br />

Inspirando e expirando,<br />

Absorvendo e exalando,<br />

Agindo, reagindo, interagindo –<br />

Sempre servindo.<br />

Mediunidade é troca constante:<br />

Dar recebendo,<br />

Receber dando –<br />

Sempre caminhando.<br />

Mediunidade une, conecta, aproxima<br />

O povo de Baixo com o povo de Cima.<br />

Mediunidade é interação entre o<br />

Porteiro, o Portador e o Portal.<br />

Mediunidade não é benção nem<br />

maldição: mediunidade é missão.<br />

Mediunidade é atalho entre o plano<br />

Físico e o Astral;<br />

dependendo da feição. Sentia-se muito<br />

bonito e importante e gostava que o<br />

bajulassem por seu conhecimento e<br />

reconhecendo a sua importância, pois<br />

não é qualquer um que usa uma capa<br />

de prata.<br />

No dia seguinte caminhou e<br />

caminhou ao Sol para chegar a uma<br />

outra cidade quando de longe algo que<br />

brilhava muito chamou sua atenção.<br />

Meu Deus,era uma capa<br />

de Ouro!!<br />

Do mais puro.<br />

O rapaz vestiu, cedeu<br />

um pouco, pois era<br />

muito pesada, mas sua<br />

felicidade era tamanha e<br />

ficou tentado por tamanha<br />

beleza e se sentiu<br />

digno de vesti-la, pois<br />

estava de acordo com os<br />

seus ganhos e triunfos.<br />

Quanto mais caminhava,<br />

mais calor lhe<br />

dava, e o peso estava<br />

ficando insuportável.<br />

Ia pedir ajuda, porém<br />

as pessoas já nem<br />

se aproximavam, tamanho brilho da<br />

capa que os cegavam naquele Sol.<br />

Já com sede e com fome e sozinho,<br />

percebeu que de nada adiantava uma<br />

capa de Ouro se já não tinha amigos<br />

e com toda a riqueza do mundo, se<br />

sentia abandonado.<br />

Foi quando em prantos, se ajoelhou<br />

e decidiu deixar a capa de Ouro<br />

ali, mais leve e precisando de ajuda,<br />

pediu assim que chegou à cidade, onde<br />

as pessoas simples que ele ignorou, o<br />

receberam de braços abertos.<br />

A capa era seu ego e seu brilho a<br />

sua arrogância que distanciava a todos<br />

e o cegava.<br />

Mediunidade é Serviço,<br />

não é servidão.<br />

Mediunidade é neutra,<br />

pois lida com<br />

o positivo e com o negativo,<br />

em processo criativo.<br />

Mediunidade é pura Intuição,<br />

bem apoiada sobre a<br />

Razão e a Emoção.<br />

Mediunidade é como eletricidade.<br />

Não tem segredo. Cuide dela com<br />

responsabilidade e sem medo.<br />

Mediunidade é Luz, Movimento e Som.<br />

Mediunidade é dom para quem é bom.<br />

Mensagem recebida pelo médium Vanderlei<br />

Alves (Tenda de Umbanda do Caboclo Estrela<br />

do Mar - TEUCEM), em 23/04/12.<br />

Contatos: anhangassu@gmail.com


Página -9 Jornal de Umbanda Sagrada - <strong>Mai</strong>o/2012<br />

M<br />

esmo proibida, pois geralmente<br />

era praticada com fins inferiores, a<br />

comunicação mediúnica é um fato<br />

bíblico. Dentre vários outros, a comunicação<br />

com os chamados “mortos” é um dos<br />

princípios básicos do espiritismo, inclusive,<br />

podemos dizer que é um dos fundamentais,<br />

pois foi de onde surgiu todo o seu arcabouço<br />

doutrinário.<br />

meDIuNIDaDe Na BíBlIa<br />

Primeiramente, selecionei alguns trechos<br />

com relação à sobrevivência do espírito,<br />

pois ela é a peça fundamental nas comunicações.<br />

Leiamos:<br />

• Quanto a você [Abraão], irá reunir-se<br />

em paz com seus antepassados e será sepultado<br />

após uma velhice feliz. (Gênesis.15,15)<br />

• Quando Jacó acabou de dar instruções<br />

aos filhos, recolheu os pés na cama,<br />

expirou e se reuniu com seus antepassados.<br />

(Gênesis 49,33).<br />

• Eu digo a vocês: muitos virão do<br />

Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa<br />

no Reino do Céu junto com Abraão, Isaac e<br />

Jacó. (Mateus 8,11).<br />

• E, quanto à ressurreição, será que não<br />

leram o que Deus disse a vocês: “Eu sou o<br />

Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus<br />

de Jacó”? Ora, ele não é Deus dos mortos,<br />

mas dos vivos. (Mateus 22,31-32).<br />

vejamos mais algumas passagens:<br />

• Quando entrares na terra que o Senhor<br />

teu Deus te der, não apreenderás a<br />

fazer conforme as abominações daqueles<br />

povos. Não se achará entre ti quem faça<br />

passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha,<br />

nem adivinhador, nem prognosticador, nem<br />

agoureiro, nem feitceiro; nem encantador,<br />

nem necromante, nem mágico, nem quem<br />

consulte os mortos; pois todo aquele que<br />

faz tal cousa é abominação ao Senhor; e por<br />

tais abominações o Senhor teu Deus os lança<br />

de diante de ti. Perfeito serás para com o<br />

Senhor teu Deus. Porque estas nações, que<br />

hás de possuir, ouvem os prognosticadores<br />

e os adivinhadores; porém a ti o Senhor teu<br />

Deus não permitiu tal cousa. (Deuteronômio<br />

18,9-14).<br />

Moisés não era totalmente contra o profetismo<br />

(mediunismo), apenas era contrário<br />

ao uso indevido que davam a essa faculdade.<br />

Podemos, inclusive, vê-lo aprovando a forma<br />

com que dois homens a faziam, conforme a<br />

seguinte narrativa em Números 11, 24-30:<br />

• Moisés saiu e disse ao povo as palavras<br />

de Iahweh. Em seguida reuniu setenta anciãos<br />

dentre o povo e os colocou ao redor da<br />

Tenda. Iahweh desceu na Nuvem. Falou-lhe<br />

e tomou do Espírito que repousava sobre ele<br />

e o colocou nos setenta anciães. Quando o<br />

Espírito repousou sobre eles, profetizaram;<br />

porém, nunca mais o fizeram.<br />

• Dois homens haviam permanecido<br />

no acampamento: um deles se chamava<br />

Eldad e o outro Medad. O Espírito repousou<br />

sobre eles; ainda que não tivessem<br />

vindo à Tenda, estavam entre os inscritos.<br />

Puseram-se a profetizar no acampamento.<br />

Um jovem correu e foi anunciar a Moisés:<br />

“Eis que Eldad e Medad”, disse ele, “estão<br />

pro fetizando no acampamento”. Josué, filho<br />

de Nun, que desde a sua infância servia a<br />

Moisés, tomou a palavra e disse: “Moisés,<br />

meu senhor, proíbe-os!” Respondeu-lhe<br />

Moisés: “Estás ciumento por minha causa?<br />

Oxalá todo o povo de Iahweh fosse profeta,<br />

dando-lhe Iahweh o seu Espírito!” A seguir<br />

Moisés voltou ao acampamento e com ele<br />

os anciãos de Israel.<br />

Outro ponto importante que convém<br />

ressaltar é a respeito da palavra espírito,<br />

que aparece inúmeras vezes na Bíblia. Mas<br />

afinal o que é espírito? Hoje sabemos que os<br />

espíritos são as almas dos homens que foram<br />

desligadas do corpo físico pelo fenômeno<br />

da morte. Assim, podemos perfeitamente<br />

aceitar que, exceto quando atribuem essa<br />

palavra ao próprio Deus, todas as outras<br />

estão incluídas nessa categoria.<br />

JEsus E As COMuniCAçõEs<br />

Veremos agora a mais notável de todas<br />

as manifestações de espíritos que podemos<br />

encontrar na Bíblia, pois ela acontece com<br />

o próprio Cristo. Leiamos:<br />

• Seis dias depois, Jesus tomou consigo<br />

Pedro, os irmãos Tiago e João, e os levou a<br />

um lugar à parte, sobre uma alta montanha.<br />

E se transfigurou diante deles: o seu rosto<br />

brilhou como o sol, e as suas roupas ficaram<br />

brancas como a luz. Nisso lhes apareceram<br />

Moisés e Elias, conversando com Jesus. Então<br />

Pedro tomou a palavra, e disse a Jesus:<br />

“Senhor, é bom ficarmos aqui. Se quiseres,<br />

vou fazer aqui três tendas: uma para ti,<br />

outra para Moisés, e outra para Elias.” Pedro<br />

ainda estava falando, quando uma nuvem<br />

luminosa os cobriu com sua sombra, e da<br />

nuvem saiu uma voz que dizia: “Este é o meu<br />

Filho amado, que muito me agrada. Escutem<br />

o que ele diz.” Quando ouviram isso, os discípulos<br />

ficaram muito assustados, e caíram<br />

com o rosto por terra. Jesus se aproximou,<br />

tocou neles e disse: “Levantem-se, e não<br />

tenham medo.” Os discípulos ergueram os<br />

olhos, e não viram mais ninguém, a não ser<br />

somente Jesus. Ao descerem da montanha,<br />

Jesus ordenou-lhes: “Não contem a ninguém<br />

essa visão, até que o Filho do Homem tenha<br />

ressuscitado dos mortos” (Mateus 17,1-9).<br />

Podemos ainda ressaltar que, depois<br />

desse episódio, Jesus não proibiu a comunicação<br />

com os mortos. Apenas disse aos<br />

discípulos para não que contassem a ninguém<br />

sobre aquela “sessão espírita”, até que<br />

acontecesse a sua “ressurreição”. E se ele<br />

mesmo disse: “tudo que eu fiz vós podeis fazer<br />

e até mais” (João, 14,12). Quem já teve<br />

a oportunidade de ler a Bíblia, pelo menos<br />

uma vez, percebe que ela está recheada de<br />

narrativas com aparições de anjos.<br />

Na ocasião da ressurreição de Jesus,<br />

algumas delas nos dão conta do aparecimento,<br />

junto ao sepulcro, de “anjos vestidos<br />

de branco” (João 20,12; Mateus 28,2), enquanto<br />

que outras nos dizem ser “homens<br />

vestidos de branco” (Lucas 24,4; Marcos<br />

16,5). Podemos concluir que realmente a<br />

comunicação com os mortos está presente<br />

na Bíblia, por mais que se esforcem em<br />

querer tirar dela esse fato.<br />

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Página -10 Jornal de Umbanda Sagrada - <strong>Mai</strong>o/2012


Página -11 Jornal de Umbanda Sagrada - <strong>Mai</strong>o/2012<br />

S<br />

alve turminha das ervas e do amor à<br />

mãe Natureza. Mesmo não sendo o<br />

objetivo dessa coluna, vamos aten-<br />

der a alguns pedidos de leitores e falar<br />

um pouquinho sobre os chás.<br />

É praticamente impossível não falarmos<br />

algo sobre o preparo das ervas na<br />

medicina popular. Mesmo porque esse<br />

poder de cura milenar é também revestidos<br />

de muitos mitos e dogmas, na maioria<br />

das vezes populares ou mesmo familiares.<br />

Vemos muitos questionamentos serem<br />

feitos sobre o que pode e o que não<br />

pode sobre o seu preparo e uso. Muitos<br />

desses questionamentos se devem ao<br />

fato de os escritos sobre ervas derivarem<br />

sempre das mesmas fontes, consagrados<br />

pesquisadores do passado, que em suas<br />

intrigantes formas de encontrar respostas,<br />

conceituaram muito dos preparos<br />

ao seu universo presente, ou seja, se o<br />

especialista da época usava um cadinho<br />

de porcelana para fazer um amassado de<br />

ervas, com certeza dirá que o adequado<br />

para o preparo de um amassado de ervas<br />

é apenas o cadinho de porcelana.<br />

Conceitualmente, o chá é um remédio<br />

natural. O uso das propriedades curativas<br />

e preventivas da erva está no consciente<br />

coletivo como uma poderosa ferramenta<br />

Os chás devem ser preparados com<br />

extrema higiene, seguindo algumas regras<br />

básicas do bom procedimento, e seguindo<br />

também algumas formas consagradas de<br />

preparo como descreveremos a seguir.<br />

a) Usar preferencialmente para o<br />

preparo do chá, uma panela de vidro ou<br />

inox. No entanto, se você não tiver um<br />

desses apetrechos, pode sim fazer seu<br />

preparo na sua leiteira, chaleira, panela de<br />

alumínio ou afim. Eles não devem ficar no<br />

alumínio e principalmente no plástico. Não<br />

é meia dúzia de preparos numa panela<br />

de alumínio que vão fazer mal a alguém.<br />

Se lembrarmos, nós que moramos nas<br />

cidades, inalamos substâncias muito mais<br />

perigosas no ar poluído.<br />

b) Os chás devem ser administrados<br />

na hora que são preparados. A maioria<br />

dos preparos fermentam depois de algum<br />

tempo. O ideal é não deixar o preparo<br />

ultrapassar seis horas.<br />

c) Podemos guardar o preparo na<br />

geladeira sim. Seguindo o mesmo critério<br />

das seis horas de preparo.<br />

Os métodos para o preparo dos chás<br />

variam pelo tipo de erva a ser usada.<br />

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Fresca, seca, parte dura como casca,<br />

semente ou parte mais mole como folha,<br />

caule, requerem tipos diferentes de preparo.<br />

Vamos citar os tipos mais comuns,<br />

lembrando que essas informações sobre<br />

os chás são bastante comuns.<br />

Para preparar o chá, há várias maneiras.<br />

As principais são:<br />

a) infusão: Derramar água fervendo<br />

sobre as ervas numa vasilha e deixar<br />

tampado por pelo menos 10 minutos, ou<br />

até esfriar. Esse preparo é adequado para<br />

as partes moles da erva. Folhas, caule e<br />

flores são indicados para esse método.<br />

Raízes, cascas ou sementes para serem<br />

usadas assim devem estar bem picadas<br />

ou trituradas.<br />

b) Decocção: Coloca-se as ervas<br />

numa panela ou bule e completa-se com<br />

água. Deixa ferver por uma média de 15<br />

minutos. Esse preparo é indicado para<br />

partes duras da erva, como raízes, casca<br />

e sementes.<br />

c) Tisana: Quando a água da panela<br />

estiver fervendo, coloca-se as ervas e dei-<br />

Alfazema (lavanda)<br />

Lavandula officinalis Chaix<br />

CASA SÃO BENEDITO<br />

Sob<br />

nova<br />

direção<br />

xa ferver por mais uns 2 minutos. Tire do<br />

fogo e deixe repousar por alguns minutos<br />

ou até esfriar. Esse método pode ser usado<br />

para qualquer preparo de chás.<br />

d) Maceração: Colocar as ervas de<br />

molho em água fria, durante umas 6 horas<br />

pelo menos. Esse método é bastante<br />

usado para ervas frescas.<br />

Depois de preparado, o chá pode<br />

ser adoçado com mel, açúcar comum ou<br />

mascavo de preferência. Para os diabéticos<br />

pode ser usado Stévia (Stévia rebaudiana),<br />

um adoçante natural, junto ao chá. Ou<br />

mesmo o adoçante de sua preferência.<br />

Resta lembrar que a água usada nos<br />

chás deve ser potável. E as ervas devem<br />

ser de muito boa procedência, devendo<br />

ser evitadas as que ficam expostas em<br />

barracas sob a ação da poeira e poluição.<br />

Não vamos aqui dar receitinhas consa<br />

gradas na farmacopeia popular, por<br />

entender que há muitas publicações<br />

for ma tadas por especialista no assunto.<br />

Então, pra não perder o costume, uma<br />

ficha de erva ritualística.<br />

Cultivada como ornamental, as alfazemas ou lavandas como<br />

são comumente chamadas, tem origem européia e apenas<br />

algumas espécies desenvolvem-se bem no Brasil.<br />

É um subarbusto de folhas verdes acinzentadas e cujas<br />

flores e sementes são extremamente cheirosas. Uma variedade<br />

que pega muito bem em nosso clima é a Lavandula dentata<br />

var. candicans.<br />

Há de se prestar bastante atenção na identificação desta erva, pois alem de<br />

receber vários nomes populares que a remetem à família dos alecrins e hissopos,<br />

seu aroma característico cria muita confusão.<br />

Usada como um poderoso equilibrador, na forma tradicional de essência ou<br />

perfume (seiva de alfazema) durante os rituais religiosos.<br />

Seu uso não se limita a banhos e defumações, sendo largamente usada fresca<br />

ou seca, em óleos e azeites consagrados, amacis e ornamentos.<br />

Energia vibratória tranquilizadora, não chega a ser um calmante espiritual, mas<br />

traz a paz de espírito necessária à resolução dos problemas cotidianos e no específico<br />

à aceitação e compreensão de perdas. Uma erva “maternal” com característica<br />

harmonizadora. Por essas qualidades é associada também ao desenvolvimento e<br />

preparação dos médiuns.<br />

sinônimos botânicos: Lavandula augustifolia Mill.; Lavandula spica L.<br />

sinônimos populares: lavanda; lavanda inglesa; lavandula.<br />

indicações ritualísticas: Acalmadora do espírito, tranqüiliza as situações<br />

difíceis. Harmonia.<br />

Ação (verbos): harmonizar, tranqüilizar.<br />

Cor energética: cristalino azulado, azul claro.<br />

Orixás principais: Iemanjá, Oxalá e Oxum.<br />

Adriano Camargo Erveiro da Jurema / Contatos: adriano@ervasdajurema.com.br<br />

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Homem de vários<br />

sentidos, para que<br />

seu espírito tivesse<br />

assim portas de<br />

comunicação com<br />

o mundo físico,<br />

ajudando-o a viver,<br />

integrar-se e evoluir<br />

nesta escola chamada<br />

Terra. Dentre<br />

estes sentidos está<br />

o olfato, que ao captar os aromas,<br />

nos despertam lembranças e associações,<br />

aflorando nossas emoções<br />

e fazendo-nos rir, ou chorar de<br />

saudades.<br />

Quem já não voltou ao passado,<br />

sentindo fragrâncias que fizessem<br />

lembrar a infância distante? Ou, para<br />

nós umbandistas, que ao sentirmos<br />

o aroma provindo do charuto ou<br />

cachimbo, não lembramos imediatamente<br />

de nossos queridos Pretos-<br />

Velhos e Caboclos ?!. Assim, através<br />

dos aromas podemos ficar relaxados,<br />

agitados, próximos ou afastados<br />

de pessoas, coisas ou lugares. Por<br />

este motivo, os templos do Egito<br />

antigo, dos Hindus, Persas, e hoje<br />

os templos umbandistas, católicos,<br />

esotéricos etc. Sensibilizam o olfato<br />

através dos odores da defumação,<br />

harmonizando e aumentando o teor<br />

das vibrações psíquicas, produzindo<br />

condições de recepção e inspiração<br />

nos planos físico e espiritual.<br />

Além de influenciar em nossas<br />

vibrações psíquicas, as ervas utilizadas<br />

na defumação são poderosos<br />

agentes de limpeza vibratória, que<br />

tornam o ambiente mais agradável<br />

e leve. Ao queimarmos as ervas,<br />

liberamos em alguns minutos de<br />

defumação todo o poder energético<br />

aglutinado em meses ou anos no solo<br />

da Terra, absorção de nutrientes dos<br />

raios de sol, da lua, do ar, além dos<br />

próprios elementos constitutivos das<br />

ervas. Deste modo, projeta-se uma<br />

força capaz de desagregar miasmas<br />

astrais que dominam a maioria dos<br />

ambientes humanos, produto da baixa<br />

qualidade de pensamentos e de-<br />

Nossa<br />

capa:<br />

Reprodução<br />

parcial da obra<br />

“in grandma´s<br />

hands” de<br />

Keith Mallett<br />

sejos, como raiva, vingança, inveja,<br />

orgulho, mágoa, sensualidade etc.<br />

Existem, para cada objetivo que<br />

se tem ao fazer-se uma defumação,<br />

diferentes tipos de ervas, que associadas,<br />

permitem energizar e harmonizar<br />

pessoas e ambientes, pois<br />

ao queimá-las, produzem reações<br />

agradáveis ou desagradáveis no<br />

mundo invisível. Há vegetais cujas<br />

auras são agressivas, repulsivas,<br />

picantes ou corrosivas, que põem<br />

em fuga alguns desencarnados de<br />

vibração inferior. Os antigos Magos,<br />

graças ao seu conhecimento e experiência<br />

incomuns, sabiam combinar<br />

certas ervas de emanações tão<br />

poderosas, que traçavam barreiras<br />

intransponíveis aos espíritos intrusos<br />

ou que tencionavam turbar-lhes o<br />

trabalho de magia.<br />

Apesar das ervas servirem de<br />

barreiras fluídico-magnéticas para<br />

os espíritos inferiores, seu poder é<br />

temporário, pois os irmãos do plano<br />

astral de baixa vibração são atraídos<br />

novamente por nossos pensamentos<br />

e atos turvos, que nos deixam na<br />

mesma faixa vibratória inferior (Lei<br />

de Afinidades). Portanto, vigilância<br />

quanto ao nível dos pensamentos<br />

e atos.<br />

Convém lembrar que ao manipular<br />

o defumador, deve-se estar concentrado,<br />

a fim de se potencializar<br />

seus efeitos, impedindo assim que<br />

este ato litúrgico-magístico de limpeza<br />

psico-espiritual se transforme<br />

apenas em ato mecânico de agitação<br />

do turíbulo.<br />

Salve a Defumação !!!<br />

Saravá!!!


Página -12 Jornal de Umbanda Sagrada - <strong>Mai</strong>o/2012

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