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10 S AÚDE E m F o c o C AMPO GRANDE - SETEMBRO - 2007 C UIDADOS- Com a idade avançada doenças como mal de Alzheimer atrapalham ritmo de vida do idoso Jackeline Oliveira Eles já passaram por todas as etapas da vida, foram crianças, adolescentes, jovens, adultos e, agora são idosos, fase em que se encontram mais frágeis e vulneráveis a doenças específicas vindas com o envelhecimento. As principais são a demência, o mal de Alzheimer, a doença de Parkinson e a depressão. “O idoso precisa de alguém que tenha paciência para cuidar dele, caso tenha situação financeira favorável, aconselho a pagar uma pessoa especializada nessa área”, diz a terapeuta ocupacional, Letícia Pandolfo de Araújo, 21 anos. A terapia ocupacional é muito importante para o tratamento dessas doenças, pois tem como papel principal a reinserção social do idoso, fazendo com que ele tenha de volta sua independência. O profissional desta área trabalha com atividades da vida diária (AVD), criando ocasiões novas, trabalhando a auto-estima para desta forma reverter o quadro do idoso. “Dependendo da doença que o idoso tem não consegue realizar determinadas atividades que antes conseguia, o terapeuta ocupacional entra com o objetivo de reensinar o idoso a tornar-se independente, como tomar um banho sozinho, comer sem a ajuda do cuidador”, explica Letícia, que também acrescenta “trabalhamos no domicílio do idoso modificando o ambiente físico, adaptando a casa com ram- pas, barras arquitetônicas nos banheiros e tapetes antiderrapante”. O apoio da família é fundamental, em qualquer que seja o caso do idoso, é importante que ele sinta-se amparado pela família, que deve se preparar para quando o idoso começar apresentar sintomas dessas doenças comuns com a idade. Enfermidades A demência tem como característica mais marcante a perda gradual de memória, especialmente de coisas recentes e a repetição de uma determinada frase. Já, o mal de Alzheimer, é de difícil diagnóstico, principalmente em sua fase inicial, pois pode ser confundida com outros casos de senilidade (demência), a arteriosclerose, por exemplo. A doença de Parkinson também é bastante comum entre os idosos, esta patologia é degenerativa do sistema nervoso central, é limitante e provoca grandes estigmas, sobre- Foto: Talita Oliveira Família- O apoio e o carinho da família são essenciais para o tratamento do idoso, é importante que eles sintam-se amparados para que a terapia funcione e assim favorecendo o seu bem estar, quando surgir a doença Terapia ocupacional para idoso ajuda a trabalhar a auto-estima S AÚDE Clínica-Escola atende carentes Kamilla Ratier Encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS), por meio de trabalhos desenvolvidos em bairros e praças da Capital ou até mesmo através de informações divulgadas em jornais, os pacientes da clínica escola da Universidade Católica Dom Bosco contam com profissionais da área de Fonoaudiologia, Fisioterapia, Nutrição Psicologia e Terapia Ocupacional. Segundo o coordenador da clínica escola, Marco Antonio Veronese, 45 anos, os pacientes encaminhados passam por uma entrevista com a assistente social e em seguida iniciam o tratamento. “Não importa quem é a pessoa. Todos são tratados com a mesma qualidade, com o mesmo respeito e o mesmo carinho”, ressalta Marco Antonio. As áreas de Fonoaudiologia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional tem o auxílio do Sistema Único de Saúde (SUS), o que tem possibilitado aos acadêmicos o conhecimento da realidade de atendimento do SUS. “Se pararmos pra pensar, em muitos locais a população não é bem atendida e aqui nós possibilitamos isso”, afirma Marco Antonio. As pessoas em processo de tratamento não recebem Inclusão- Tratamentos feitos na clínica escola melhoram a qualidade de vida de pessoas carentes auxílio transporte, mas nem a falta de dinheiro para o passe de ônibus desanima a dona de casa Francisca Pereira de Lima, 46 anos, de levar seu filho Daniel Pereira Campos, 9 anos, à clínica escola da <strong>UCDB</strong>. Toda segunda-feira, Francisca sai de sua casa localizada no Jardim Cerejeira, caminhando, para acompanhar o tratamento fonoaudiológico de seu menino. Daniel faz sessões uma vez por semana e mostra melhora. “Quando ele começou não falava quase nada, agora fala de tudo”, conta dona Francisca que diz estar muito feliz com o resultado e o atendimento, “se for procurar por aí não tem outro igual”, conclui. As terapias fonoaudiológicas são importantes para estimular a linguagem, aumentam o raciocínio e a criatividade que, em muitos casos, crianças têm o nível de inteligência normal, mas apresentam dificuldades. A estagiária Vanessa da Silva Formigoni, 28 anos, lembra que esse tipo de tratamento tem muita importância. “trabalhamos com várias patologias de ordem neurológica. A estimulação é tudo, melhora a qualidade de vida do indivíduo, o integra à sociedade fazendo com que ele não se sinta rejeitado”. Fisioterapia Outro tratamento bastante procurado na clínica é o fisi- Foto: Kamila Ratier oterápico. Os pacientes que dão início ao tratamento apresentam problemas no joelho, ombros e coluna na área de ortopedia e na neurologia são mais comuns os casos de Acidente Vascular Encefálico (AVE). Segundo o fisioterapeuta Arthur Medeiros, 22 anos, o trabalho é muito gratificante.”É bom pois conhecemos outra realidade. Ver a dificuldade das pessoas, até mesmo o desconhecimento da fisioterapia. Eles acabam conhecendo nosso papel e dando valor ao que a gente acaba restabelecendo pra eles. É muito positivo, aprendemos muito com as pessoas”, finaliza. tudo devido aos tremores crescentes causados a pessoa. Os sintomas mais comuns são rigidez muscular, dores musculares e articulares, tremor de repouso e lentidão para falar, caminhar e pensar. Outra doença comum é a depressão, que ocorre em qualquer etapa da vida, a diferença é que talvez o idoso não tenha tanto apoio e motivação para sair dela, pois a depressão quase sempre está ligada a perdas, doenças, carências e aspectos sociais.
E m F o c o C AMPO GRANDE - SETEMBRO - 2007 E S P O R T E EDICAÇÃO - Apaixonados tentam difundir e conseguir apoio para o esporte em Campo Grande Hóquei ganha adeptos na Capital Talita Matsushita Thayssa Maluf O hóquei é um esporte de velocidade, ação e raciocínio que se tornou conhecido no Brasil por volta de 1994 sob influência do filme Duck’s. Ele ainda é pouco divulgado, mas isso não impede que os atletas se esforcem para conseguir reconhecimento. A equipe de Mato Grosso do Sul se destaca e ganha espaço no cenário nacional. O hóquei in line é jogado sobre patins e em quadra, os jogadores utilizam uma espécie de bastão, chamado stick, para conduzir o disco, que pode alcançar 120 km por hora. São cinco jogadores em cada time, sendo que quatro ficam na linha e um fica na defesa. O objetivo do jogo é fazer gol. “Nosso time vem de uma conquista, passamos da terceira para segunda divisão e agora estamos treinando para o campeonato nacional”, explica o técnico da seleção estadual de hóquei Diego Benfaloro, 23 anos. Os treinos acontecem de madrugada, isso dificulta o desempenho dos jogadores. “Tem que treinar muito, mas como o treino é das 11 da noite a seleção nunca está completa”, conta Diego. Devido à rapidez que o jogo flui, os jogadores ficam sempre atentos. “É adrenalina total, a gente está sempre bem concentrado por que o jogo é muito dinâmico”, complementa o técnico Diego. O idealizador do hóquei em Mato Grosso do Sul foi Francisco César Moura Júnior, hoje presidente da Federação Sulmato-grossense de hóquei. Segundo Francisco falta divulgação do esporte. “O esporte é pouco divulgado tem pouco Aprendizado - Praticantes levam a velocidade de raciocínio e agilidade, características importantes nas partidas de hóquei, para outras atividades do dia-a-dia espaço na mídia, mas tende a melhorar com a organização da federação”, diz Francisco. Seu esforço para manter o esporte é tão grande que até uma quadra de hóquei in-line (sem gelo), com os padrões exigidos pela federação nacional do esporte ele construiu em Campo Grande. “A quadra foi construída para o hóquei, mas ela é alugada para outros esportes como futsal e isso ajuda financeiramente para a manutenção da quadra para o hóquei”, relata Francisco. Júlio Leite Batista, 18 anos, começou a jogar hóquei em Campo Grande e foi convocado para a seleção brasileira do esporte. “A seleção brasileira foi a realização de um sonho, mas como todos precisam de sonhos eu quero ir pro Cana- dá e ser reconhecido lá”. Desde os seis anos de idade quando Júlio conheceu o hóquei ele tem paixão pelo esporte. “Sou apaixonado pelo esporte eu incorporo o jogador e quero por tudo vencer, ser campeão”, diz Júlio. 11 Montagem: Nícolas Godoy Velocidade de raciocínio e agilidade são características dos jogadores em quadra, porém isso se transforma em benefícios no dia-a-dia. “A gente desenvolve raciocínio rápido o que contribui nas decisões diárias”, finaliza Diego.
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