Lecionário Ortodoxo Comentado Fevereiro de 2011
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Marcos 13:24-31<br />
<strong>Lecionário</strong> <strong>Ortodoxo</strong> – <strong>Fevereiro</strong> <strong>2011</strong><br />
24 Mas naqueles dias, <strong>de</strong>pois daquela tribulação, o sol escurecerá, e a lua<br />
não dará a sua luz; 25 as estrelas cairão do céu, e os po<strong>de</strong>res que estão<br />
nos céus, serão abalados. 26 Então verão vir o Filho do homem nas nuvens,<br />
com gran<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e glória. 27 E logo enviará os seus anjos, e ajuntará os<br />
seus eleitos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os quatro ventos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a extremida<strong>de</strong> da terra até a<br />
extremida<strong>de</strong> do céu. 28 Da figueira, pois, apren<strong>de</strong>i a parábola: Quando já o<br />
seu ramo se torna tenro e brota folhas, sabeis que está próximo o verão.<br />
29 Assim também vós, quando vir<strong>de</strong>s suce<strong>de</strong>rem essas coisas, sabei que ele<br />
está próximo, mesmo às portas. 30 Em verda<strong>de</strong> vos digo que não passará<br />
esta geração, até que todas essas coisas aconteçam. 31 Passará o céu e a<br />
terra, mas as minhas palavras não passarão.<br />
COMENTÁRIO<br />
Por quanto tempo existirá este mundo? Não o sabemos. Mas, qualquer<br />
que seja sua durabilida<strong>de</strong> será sempre uma existência breve. Para os<br />
seres humanos que morrem na infância ou aos cem anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> os<br />
seus corações terão sempre a sensação <strong>de</strong> que tudo passou<br />
rapidamente. Moisés, homem <strong>de</strong> Deus, que segundo as Escrituras<br />
viveu 120 anos, disse em sua oração: “acabam-se os nossos anos como<br />
um suspiro” [Sl. 89:9 (Sl. 90:9)]. Deste salmo escrito por Moisés cerca<br />
<strong>de</strong> 1500 anos antes <strong>de</strong> Cristo, São Pedro adquire a compreensão da<br />
relativida<strong>de</strong> do tempo: ―para o Senhor é um dia é como mil anos, e mil<br />
anos como um dia” (v. 8; Sl 89:4). A prova científica da relativida<strong>de</strong> do<br />
tempo elevou o ju<strong>de</strong>u Albert Einstein à categoria <strong>de</strong> gênio da Física,<br />
muito embora este conceito já tenha sido explicitado por Moisés,<br />
homem <strong>de</strong> Deus, cerca <strong>de</strong> 3500 anos antes <strong>de</strong> Einstein. De on<strong>de</strong> vem<br />
esta percepção da brevida<strong>de</strong> do tempo? O sábio Salomão (que viveu<br />
cerca <strong>de</strong> 900 anos antes <strong>de</strong> Cristo) dizia: “Tudo fez formoso em seu<br />
tempo; também pôs no coração do homem a percepção da eternida<strong>de</strong>,<br />
se bem que este não possa <strong>de</strong>scobrir a obra que Deus fez <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />
princípio até o fim” (Eclesiastes 3:11). Nossa história pessoal é muito<br />
breve (este pequeno hiato entre o berço e a sepultura), também é<br />
breve a história da civilização. Assim como nossa história pessoal<br />
conhece um fim temporal, assim também a socieda<strong>de</strong>. A última<br />
geração da era do fim será testemunha <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> cataclismos<br />
cósmico e terrestre e também <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> convulsão social e religiosa.<br />
Esta era, como uma casa que está para ruir, será precedida <strong>de</strong>stes<br />
sinais em escala crescente quanto mais o dia se aproxima.<br />
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Padre Mateus (Antonio Eça)