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Agência Reuters.<br />
Há divergências entre autores sobre esse momento. Segundo Read, a opção de<br />
comprar agências menores, bem como companhias de tecnologia, deu-se pela exigência de<br />
melhorias tecnológicas na operação (1992, p.287). Já em Fenby (1996, p.76), a entrada nesse<br />
mercado ocorreu por pressão dos bancos que, ao fornecerem os empréstimos, exigiram que a<br />
agência atuasse no provimento de informações de mercado através de um conjunto de<br />
recursos que possibilitasse a recuperação mais rápida do capital investido, como também<br />
permitir ganhos diretos aos financiadores.<br />
Todavia, independentemente da real motivação que determinou o novo horizonte<br />
de atuação da agência, a Reuters passa a intercambiar informações entre agentes do mercado<br />
financeiro, através de uma rede privada, algo inédito até então. As primeiras ações práticas<br />
foram o aluguel e depois compra de circuitos proprietários e exclusivos, para,<br />
progressivamente, ir substituindo as transmissões por rádio, que eram mais instáveis, sujeitas<br />
a interferências e também à pirataria do conteúdo por outros órgãos e, por vezes, por países<br />
inteiros, como no caso de Cuba (READ, 1992, p.313).<br />
Esse quadro vincula a Reuters aos movimentos de capitais do mundo<br />
ocidentalizado. Em outras palavras, os seus serviços passam a ser projetados para servir à<br />
realidade do capital interligado em redes de informação. Esse cenário termina por desdobrar-<br />
se no quadro atual, onde a venda de informações para esse setor responde por mais de 95% de<br />
seu faturamento. Os 5% restantes correspondem, majoritariamente, a parcela de serviços<br />
vendidos para órgãos de mídia.<br />
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