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Campeão Pernambucano de 2011 - Revista Algomais

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Maio <strong>de</strong> <strong>2011</strong><br />

R$ 5,00<br />

Santa Cruz<br />

<strong>Campeão</strong> <strong>Pernambucano</strong> <strong>de</strong> <strong>2011</strong><br />

A volta por cima<br />

Santa Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong>l1


2 lSanta Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong>


Apresentação<br />

Uma edição especial <strong>de</strong>ve preencher alguns<br />

requisitos, digamos, especiais: boa diagramação,<br />

papel <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, ilustrações, fotos<br />

excelentes, memória, <strong>de</strong>poimentos importantes<br />

e, sobretudo, textos bem elaborados escritos<br />

por profissionais <strong>de</strong> credibilida<strong>de</strong> e competência.<br />

Tudo isso, caro leitor tricolor, se resume<br />

no que costumamos chamar <strong>de</strong> conteúdo.<br />

E este é o termo exato para <strong>de</strong>finir o trabalho<br />

editado e escrito por José Neves Cabral e<br />

Lenivaldo Aragão com diagramação <strong>de</strong> Rivaldo<br />

Neto (que também bolou a capa) e ilustração<br />

do chargista Humberto: uma revista esportiva<br />

<strong>de</strong> conteúdo, <strong>de</strong> excelente conteúdo.<br />

Zé Neves e Lenivaldo, que trabalharam juntos<br />

por muitos anos na Editoria <strong>de</strong> Esportes do<br />

Jornal do Commercio, aqui se reencontram em<br />

gran<strong>de</strong> estilo. Não interessa se são ou não tricolores.<br />

São, isto sim, profissionais <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> competência<br />

– na apuração, nos textos, na edição.<br />

Deram “show <strong>de</strong> bola” porque souberam<br />

contar com emoção como foi “a volta por cima”<br />

do Santa Cruz, clube <strong>de</strong> massa que amargou<br />

por anos a fio <strong>de</strong>cepções e humilhações em torneios<br />

regionais e nacionais. Zé Neves e Lenivaldo<br />

também são escritores do futebol. Confira,<br />

por exemplo, o texto que abre este especial:<br />

“Ressurreição fez do Arruda um Mundão Encantado”.<br />

Trata-se <strong>de</strong> um relato sobre a conquista<br />

do título <strong>de</strong> campeão pernambucano <strong>de</strong> <strong>2011</strong><br />

<strong>de</strong>stinado a conquistar o leitor para conhecer<br />

todo o material que se segue.<br />

O que vem a seguir, torcedor tricolor, é<br />

para ler <strong>de</strong> um fôlego só – e guardar junto das<br />

recordações mais caras do clube tricolor como<br />

as conquistas dos supercampeonatos <strong>de</strong> 1957 e<br />

<strong>de</strong> 1983. Quer um aperitivo? Veja, na página 7,<br />

“A alquimia <strong>de</strong> Zé Teodoro”, o técnico campeão.<br />

O <strong>de</strong>poimento do atacante Gilberto, artilheiro<br />

do time campeão, atesta o acerto do título da<br />

reportagem: “O professor cobrava muito para<br />

que eu chutasse <strong>de</strong> fora da área”.<br />

Expediente<br />

Av. Domingos Ferreira, 890, sala 803<br />

Boa Viagem | 51110-050 | Recife/PE<br />

Para guardar<br />

E não pare <strong>de</strong> ler. Prossiga na página 8, em<br />

que aparece o presi<strong>de</strong>nte Antônio Luiz Neto sorrindo<br />

<strong>de</strong> felicida<strong>de</strong>. Neto revela que a mo<strong>de</strong>rnização<br />

do Arruda é a sua principal meta, exalta a<br />

força da união e lembra a figura do gran<strong>de</strong> benemérito<br />

Aristófanes <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> como inspirador<br />

do seu comportamento: “Aristófanes sempre<br />

dizia que no Santa Cruz só queria ser mais<br />

um. E esse é o perfil que eu estou adotando, o<br />

perfil da humilda<strong>de</strong>”.<br />

Este é um perfil que cabe observar igualmente<br />

no goleiro Tiago Cardoso e no atacante<br />

Gilberto, os principais <strong>de</strong>staques do time campeão<br />

– confira na página 10: “Na <strong>de</strong>fesa, um<br />

paredão. Na frente, um goleador”. Gilberto, que<br />

jogou a partida final já praticamente negociado,<br />

não se abalou – como conta nossa revista – com<br />

a celeuma criada pelo assédio <strong>de</strong> outros clubes<br />

e seguiu com a mesma performance ao longo<br />

do campeonato, <strong>de</strong>stacando-se nos jogos finais<br />

contra o Sport. Tiago Cardoso, a exemplo do<br />

clube, <strong>de</strong>u a volta por cima. Depois <strong>de</strong> um mau<br />

começo num amistoso, comportou-se com frieza<br />

e em poucos jogos apagou a impressão negativa.<br />

Acabou eleito o craque do campeonato.<br />

Os <strong>de</strong>poimentos publicados a partir da página<br />

12 – <strong>de</strong> Ivanildo Sampaio, Evaldo Costa,<br />

Augusto Coutinho, Mendoncinha, Antonio Carlos<br />

Vieira Júnior, Fernando Bezerra Coelho, Yves<br />

Ribeiro, Bartolomeu Bueno, Bruno Moury Fernan<strong>de</strong>s,<br />

José Nivaldo Júnior e Doryan Bessa, todos<br />

tricolores apaixonados – são unânimes em<br />

exaltar essa qualida<strong>de</strong> na equipe campeã. Mas<br />

a seguir <strong>de</strong>staque,e guar<strong>de</strong>, o poster da equipe<br />

titular na pose clássica que antece<strong>de</strong> os jogos<br />

com Zé Teodoro e a cobrinha coral. Para completar,<br />

uma pequena história das conquistas do<br />

santinha, on<strong>de</strong> se fala <strong>de</strong> Detinho, Givanildo,<br />

Santana, Luciano, Ramon, Zequinha, Ricardo<br />

Rocha, Zé do Carmo e as atuais revelações. É ou<br />

não é pra guardar?<br />

Diretoria Executiva<br />

Sérgio Moury Fernan<strong>de</strong>s<br />

sergiomoury@revistaalgomais.com.br<br />

Francisco Carneiro da Cunha<br />

franciscocunha@revistaalgomais.com.br<br />

Luciano Moura<br />

lucianomoura@revistaalgomais.com.br<br />

Edição<br />

José Neves Cabral<br />

Lenivaldo Aragão<br />

Roberto Tavares<br />

Editor Geral<br />

Editoria <strong>de</strong> Arte<br />

Adrianna Coutinho<br />

adrianna@revistaalgomais.com.br<br />

Rivaldo Neto<br />

rneto@revistaalgomais.com.br<br />

Publicida<strong>de</strong><br />

Engenho <strong>de</strong> Mídia Comunicação Ltda.<br />

Av. Domingos Ferreira, 890, sala 808<br />

Boa Viagem 51110-050 | Recife/PE<br />

Fone/Fax: (81) 3466.1308<br />

engenho<strong>de</strong>midia@engenho<strong>de</strong>midia.com.br<br />

Sumário<br />

Edição Especial<br />

Circulação<br />

Maio <strong>de</strong> <strong>2011</strong><br />

Criação<br />

Rivaldo Neto<br />

Tiragem<br />

6.000 exemplares<br />

4<br />

6<br />

8<br />

10<br />

12<br />

14<br />

16<br />

20<br />

22<br />

24<br />

Reportagens<br />

Ressureição fez do Arruda<br />

um mundão encantado<br />

A alquimia <strong>de</strong> Zé Teodoro<br />

Mo<strong>de</strong>rnização do Arruda é<br />

a meta do presi<strong>de</strong>nte.<br />

Na <strong>de</strong>fesa um paredão.<br />

Na frente um goleador<br />

Depoimentos<br />

Poster<br />

Mística dos meninos se<br />

renova a cada conquista<br />

Apoio da Globo<br />

fortalece o Estadual<br />

Artigo - Gestão vencedora<br />

Fichas Técnicas<br />

Santa Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong>l3


A torcida festejou intensamente a conquista do 25º título estadual da história do clube<br />

Ressurreição<br />

fez do Arruda um<br />

Mundão Encantado<br />

Domingo, 15 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> <strong>2011</strong>. Arruda<br />

lotado com recor<strong>de</strong> <strong>de</strong> público no país.<br />

Mais <strong>de</strong> 62 mil pessoas. O Santa Cruz entrava<br />

em campo para confirmar o que sua<br />

torcida já esperava: o título pernambucano.<br />

Por isso era maioria absoluta no estádio<br />

que mais parecia um mundo encantado,<br />

on<strong>de</strong> era difícil <strong>de</strong>scobrir quem não era<br />

criança entre tantos adultos felizes nas arquibancadas.<br />

Após quatro meses <strong>de</strong> competição, a<br />

equipe tricolor iniciou a segunda partida da<br />

final com excelente vantagem, pois podia<br />

dar-se ao luxo <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r por até 1x0 que<br />

ainda assim levantaria a Taça Polícia Militar<br />

<strong>de</strong> Pernambuco. A vantagem fora conquistada<br />

no primeiro confronto da <strong>de</strong>cisão,<br />

4 lSanta Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong><br />

na Ilha do Retiro, quando o Mais Querido<br />

venceu o Sport, por 2x0, gols <strong>de</strong> Gilberto e<br />

Landu.<br />

Após um jogo equilibrado em que<br />

per<strong>de</strong>u boas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> colher sua<br />

segunda vitória na <strong>de</strong>cisão, o time tricolor<br />

acabou sendo <strong>de</strong>rrotado por 1x0, em pênalti,<br />

aos 48 minutos do segundo tempo,<br />

cometido por Jeovânio no lateral Renato.<br />

Marcelinho Paraíba converteu a cobrança.<br />

Mas quem comemorou foi a torcida tricolor<br />

ao ver o árbitro paulista Sálvio Spínola encerrar<br />

o confronto logo após o gol.<br />

Naquele momento, as ban<strong>de</strong>iras tricolores<br />

tremularam mais <strong>de</strong>moradamente<br />

nas Repúblicas In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do Arruda,<br />

pois <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2005, quando o time conquis-<br />

tou seu 24º título estadual, a torcida não<br />

festejava uma conquista. E mais do que<br />

uma conquista, a nação tricolor estava celebrando<br />

o que para ela significa o início da<br />

reação do clube após um período <strong>de</strong> muita<br />

dificulda<strong>de</strong>, quando a equipe <strong>de</strong>sceu para<br />

a Série B,em 2006, e, entre 2007 e 2008,<br />

acabou rebaixada à Série D do Campeonato<br />

Brasileiro.<br />

Até a partida final, o Santa Cruz fez uma<br />

campanha excepcional. Começou com uma<br />

arrancada <strong>de</strong> seis vitórias consecutivas, estando<br />

sempre à frente no campeonato. E<br />

foi assim até praticamente o jogo final da<br />

fase <strong>de</strong> classificação, quando terminou em<br />

segundo lugar após empatar com o Ypiranga,<br />

em Santa Cruz do Capibaribe, num jogo


O folclórico Bacalhau pô<strong>de</strong> enfim soltar o seu sorriso tricolor após 5 anos sem ver o time ser campeão<br />

em que o técnico Zé Teodoro, um dos principais<br />

responsáveis pelo título, resolveu escalar<br />

uma equipe mista, poupando titulares<br />

para os jogos das semifinais com o Porto.<br />

Somados todos os jogos da competição,<br />

o Santa Cruz foi o time que atingiu o maior<br />

número <strong>de</strong> pontos: 54. A conquista, na verda<strong>de</strong>,<br />

apenas confirmou o que começou a<br />

ganhar corpo já durante a competição. Com<br />

um time mesclado com atletas experientes,<br />

como Jeovânio e o capitão Thiago Matias, e<br />

jovens valores das divisões <strong>de</strong> base, como<br />

Natan, Everton Sena, Memo, Gilberto e Renatinho,<br />

o Santa Cruz surpreen<strong>de</strong>u nas primeiras<br />

seis rodadas, obtendo seis vitórias<br />

consecutivas. As <strong>de</strong>rrotas para o Náutico,<br />

na sétima rodada, e para o Porto, na oitava,<br />

logo foram apagadas pelo placar <strong>de</strong> 2x0 imposto<br />

ao Sport, em clássico no Arruda. Durante<br />

a competição, o Santa ainda colheria<br />

outras <strong>de</strong>rrotas, frutos das falhas naturais<br />

<strong>de</strong> um time em formação. Uma <strong>de</strong>las foi<br />

para o Central, em pleno Arruda. As outras<br />

foram para Araripina, Vitória e Sport.<br />

No entanto, as vitórias maiúsculas foram<br />

uma marca registrada <strong>de</strong>ssa campanha, principalmente<br />

o saldo positivo diante dos rubronegros,<br />

que além <strong>de</strong> terem perdido o primeiro<br />

clássico no Arruda, ainda amargaram mais<br />

duas <strong>de</strong>rrotas em seu reduto em jogos marcados<br />

por gran<strong>de</strong>s atuações do centroavante<br />

Gilberto, maior revelação do time na temporada<br />

e já negociado com o Inter.<br />

Everton Sena não <strong>de</strong>u chance a Marcelinho Paraíba nos dois jogos <strong>de</strong>cisivos<br />

Santa Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong>l5


Técnico conhecia os limites e as virtu<strong>de</strong>s da equipe, armando o esquema <strong>de</strong> acordo com o que tinha em mãos<br />

A alquimia<br />

<strong>de</strong> Zé Teodoro<br />

José Teodoro Bonfim Queiroz, 46 anos,<br />

é conhecido no meio futebolístico<br />

como Zé Teodoro e já passou por altos e<br />

baixos como técnico. Iniciou a carreira <strong>de</strong><br />

treinador há 15 anos no Jataiense-GO. O<br />

Santa Cruz é o 20º clube que esse goiano<br />

<strong>de</strong> Anápolis dirige. Nesse período, conquistou<br />

títulos importantes . Foi campeão<br />

da Copa Centro-Oeste, com o Goiânia,<br />

campeão cearense com o Ceará Sporting<br />

e campeão pernambucano pelo Náutico,<br />

em 2004.<br />

Como jogador, exibe um currículo aci-<br />

6 lSanta Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong><br />

ma da média. Começou como lateral-direito<br />

no Goiás no qual conquistou três títulos<br />

estaduais. Depois transferiu-se para o São<br />

Paulo, tendo sido quatro vezes campeão<br />

paulista e bicampeão brasileiro. Ao <strong>de</strong>ixar<br />

o tricolor paulista, ainda rodou por outros<br />

clubes até encerrar a carreira em 1995.<br />

Antes <strong>de</strong> vir para o Arruda, dirigiu o<br />

Fortaleza. Ao final <strong>de</strong> seu contrato, recebeu<br />

a proposta para comandar o Santa Cruz.<br />

Metódico e disciplinador, logo que ficou sabendo<br />

que o clube não tinha dinheiro para<br />

gran<strong>de</strong>s contratações, procurou resolver o<br />

problema com as pratas <strong>de</strong> casa. Assumiu<br />

sabendo que não po<strong>de</strong>ria errar nas (poucas)<br />

indicações <strong>de</strong> reforços e que precisava<br />

trabalhar o lado emocional dos jovens que<br />

teria <strong>de</strong> promover no time principal.<br />

“Era preciso observar a questão das<br />

contratações e do trabalho para garimpar<br />

os jogadores da base. Foi o comprometimento,<br />

saber escolher, e o projeto. Fazer<br />

um trabalho <strong>de</strong>ntro da realida<strong>de</strong>, com uma<br />

folha <strong>de</strong> 200 mil reais”, explica.<br />

Nas entrevistas durante todo o Campeonato<br />

<strong>Pernambucano</strong>, Zé Teodoro<br />

ç


sempre evitou a soberba, mesmo com<br />

seu time passando boa parte da competição<br />

na li<strong>de</strong>rança. “Não ganhamos nada<br />

ainda”, repetiu à exaustão. Nem mesmo<br />

quando o time impôs uma <strong>de</strong>rrota por 2x0<br />

ao Sport na primeira partida da final, na<br />

Ilha do Retiro, ele cantou vitória. Orientou<br />

seus jogadores reservas a assim que<br />

terminasse o jogo resgatarem os companheiros<br />

no campo, conduzindo-os para a<br />

vestiária. Para Zé Teodoro, era proibido<br />

causar ao adversário qualquer impressão<br />

<strong>de</strong> superiorida<strong>de</strong>. “Não podíamos dar armas<br />

para eles se motivarem”, justificou,<br />

<strong>de</strong>pois da <strong>de</strong>cisão.<br />

Para ser campeão, o time do Santa Cruz<br />

mostrou algumas qualida<strong>de</strong>s que chamaram<br />

a atenção: o jogo solidário, a marcação quase<br />

que implacável e a motivação dos jogadores.<br />

Nestes aspectos, Zé Teodoro <strong>de</strong>stacou-se<br />

pela capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r as limitações da<br />

equipe e explorar suas virtu<strong>de</strong>s. Ao colocar o<br />

atacante Gilberto no time após a contusão <strong>de</strong><br />

Thiago Cunha, percebeu que o jovem recémefetivado<br />

possuía forte chute e boa pontaria.<br />

“É preciso chutar a gol”, pedia. Na primeira<br />

partida da final, o Santa estava praticamente<br />

encurralado pelo Sport. Sequer havia entrado<br />

na área do rival. Aos 33 minutos, Gilberto<br />

acertou um petardo a 35 metros da meta e<br />

marcou um golaço. “O professor cobrava<br />

muito para que eu chutasse <strong>de</strong> fora da área”,<br />

confessou o atacante.<br />

Aposta na prata da casa foi a saída encontrada para armar um time guerreiro<br />

Sobre a marcação, o próprio treinador conta<br />

como trabalha: “A gente estuda, analisa o adversário.<br />

Eu gosto <strong>de</strong> recompor, <strong>de</strong> marcar e sair<br />

em velocida<strong>de</strong>. Mas tem alguns momentos que<br />

a gente <strong>de</strong>termina os jogadores que vão oferecer<br />

perigo ao nosso gol. Então, individualizamos<br />

a marcação nesses jogadores. O Everton [Sena]<br />

se tornou o carrapato, do Lucas, do São Paulo,<br />

do Eduardo [Ramos, do Náutico], do Paulista<br />

[do Porto] e do Marcelinho Paraíba”, conta.<br />

Sempre presente à beira do campo, treinador disse que o título foi a coroação <strong>de</strong> um trabalho<br />

Para ele, a conquista do título é a coroação<br />

<strong>de</strong> um trabalho feito <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início<br />

do ano. “Trabalhamos muito para alcançar<br />

este objetivo.” Seu contrato com<br />

o Santa Cruz vai até o mês <strong>de</strong> novembro<br />

e logo após a conquista do título ele começava<br />

o seu discurso junto aos jogadores,<br />

chamando atenção para a próxima<br />

meta. “Nosso foco agora é levar o Santa<br />

Cruz da Série D para a Série C.”<br />

Santa Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong>l7<br />

u


Antônio Luiz Neto conseguiu unir as principais correntes políticas do clube para trabalhar pelo sucesso da equipe<br />

Mo<strong>de</strong>rnização<br />

do Arruda é a meta<br />

do presi<strong>de</strong>nte<br />

Na anual festa do Lance Final, promovida<br />

pela Re<strong>de</strong> Globo Nor<strong>de</strong>ste, quando foram<br />

entregues, um dia <strong>de</strong>pois da gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão,<br />

os troféus aos <strong>de</strong>staques do Campeonato<br />

<strong>Pernambucano</strong> <strong>de</strong> <strong>2011</strong>, o presi<strong>de</strong>nte do Santa<br />

Cruz, Antônio Luiz Neto, viveu uma noite <strong>de</strong><br />

glória. É verda<strong>de</strong> que não tinha entrado em<br />

campo na batalha final contra o Sport, quando<br />

o Tricolor levantou a taça pela 25ª vez, mas era<br />

festejado como se fosse um dos heróis que,<br />

ao lado do craque do campeonato, segundo<br />

a crônica esportiva, o goleiro Tiago Cardoso,<br />

levaram o clube do Arruda ao pódio.<br />

Abraçado por muita gente que compareceu<br />

ao Teatro Guararapes, na segunda-feira<br />

16 <strong>de</strong> maio, o comandante da nau preta, bran-<br />

8 lSanta Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong><br />

ca e vermelha, até mesmo quando era entrevistado,<br />

tinha que correspon<strong>de</strong>r às tapinhas<br />

nas costas e aos incontáveis apertos <strong>de</strong> mão.<br />

Ou abraços. Todos, logicamente torcedores<br />

do Santa, faziam questão <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar sua<br />

gratidão pela reconquista da supremacia do<br />

futebol estadual. O presi<strong>de</strong>nte do Clube das<br />

Multidões sentia-se feliz e em paz consigo<br />

mesmo pelo cumprimento do <strong>de</strong>ver.<br />

Ao assumir a presidência do clube no fim<br />

<strong>de</strong> 2010, pois a eleição foi antecipada para<br />

que o sucessor <strong>de</strong> Fernando Bezerra Coelho<br />

tivesse tempo <strong>de</strong> arrumar a casa, o professor<br />

e vereador do Recife, <strong>de</strong> 54 anos, Antônio Luiz<br />

Neto, estava ciente da imensa responsabilida<strong>de</strong><br />

que havia colocado sobre os ombros por<br />

ser sobrinho do lendário Aristófanes <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>,<br />

sobre quem Valdomiro Silva, outro a figurar<br />

no panteão dos tricolores ilustres, disse<br />

numa entrevista concedida ao extinto Diário<br />

da Noite, em 1975: “Tudo o que o Santa Cruz<br />

tem hoje em dia, <strong>de</strong>ve-se direta ou indiretamente<br />

a Aristófanes. Se ele tivesse morrido<br />

em criança, o Santa Cruz não teria o que tem<br />

hoje e talvez não mais existisse. Digo sem<br />

medo <strong>de</strong> errar.”<br />

A FORÇA DA UNIÃO<br />

Vivendo intensamente o Santa Cruz, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

a infância, o novo presi<strong>de</strong>nte sabia que o<br />

clube atravessava um momento angustiante,<br />

com sua imensa torcida frustrada em ver o


time do coração submetido, nos últimos anos,<br />

à humilhante participação na quarta divisão<br />

do Campeonato Brasileiro, eufemisticamente<br />

chamada <strong>de</strong> Série D.<br />

Além disso havia a ansieda<strong>de</strong> pela reconquista<br />

do título <strong>de</strong> campeão pernambucano,<br />

pois a última volta olímpica dada pela equipe<br />

das três cores fora em 2005. Baseado no provérbio<br />

“uma andorinha só não faz verão”, o<br />

mandatário coral resolveu aglutinar tricolores<br />

das mais diferentes correntes e classes sociais,<br />

na difícil empreitada <strong>de</strong> tirar o clube do caos.<br />

Agora, exultante por ter alcançado parte da<br />

meta a que se propôs, Antônio Luiz Neto explica<br />

como foi a estratégia para colocar o Santa<br />

novamente no pe<strong>de</strong>stal:<br />

“Nossa caminhada teve uma premissa. O<br />

planejamento do Santa Cruz foi feito, baseado<br />

na torcida e numa gran<strong>de</strong> união. Des<strong>de</strong> o começo<br />

nós sabíamos que tínhamos que ter uma<br />

postura humil<strong>de</strong> e trabalhar <strong>de</strong>ntro da receita<br />

que existia, que era pequena. Começamos<br />

com a contratação <strong>de</strong> Sandro, um ex-zagueiro<br />

que tem toda uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> com o Santa<br />

Cruz e com sua torcida. É torcedor do clube e<br />

tem muita experiência. Contratamos Ataí<strong>de</strong>,<br />

ex-jogador do clube, e que tem um certo traquejo<br />

administrativo para gerenciar o futebol.<br />

Juntos, partimos ao lado dos nossos dirigentes<br />

<strong>de</strong> futebol para contratar um treinador.”<br />

A escolha <strong>de</strong> Zé Teodoro, que havia sido<br />

campeão cearense em 2010 com o Fortaleza,<br />

ajustava-se à necessida<strong>de</strong> que o clube tinha<br />

<strong>de</strong> trabalhar com um orçamento mo<strong>de</strong>sto<br />

para os parâmetros do futebol profissional.<br />

A folha salarial no Campeonato <strong>Pernambucano</strong>,<br />

segundo o presi<strong>de</strong>nte, era <strong>de</strong> R$ 280 mil,<br />

muito abaixo das do Sport, que supera R$ 1<br />

milhão, e do Náutico, que está entre R$ 700<br />

mil e R$ 800 mil..<br />

“Zé Teodoro foi contratado, explica o dirigente,<br />

em razão <strong>de</strong> seu perfil <strong>de</strong> treinador que<br />

gosta <strong>de</strong> aproveitar jovens valores, já que esta<br />

diretoria tinha tomado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início, a <strong>de</strong>cisão<br />

<strong>de</strong> fazer o aproveitamento da base. Isso<br />

foi comunicado a Zé Teodoro e ele <strong>de</strong> forma<br />

magistral conseguiu valorizar os nossos jovens<br />

atletas e indicar jogadores emergentes que<br />

vinham dando certo na sua respectiva região<br />

e queriam uma projeção num gran<strong>de</strong> centro.<br />

Calhou virem para o Santa Cruz jogadores<br />

com contratos não muito gran<strong>de</strong>s, mas que<br />

davam a eles a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> projeção. E<br />

<strong>de</strong>u certo.”<br />

O reagrupamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>sportistas que<br />

haviam passado pelo Arruda e que ainda têm<br />

muito a dar, foi outro ponto importante no<br />

primeiro ano da atual administração:<br />

“A união do Santa Cruz voltou. Nós, o<br />

tempo todo lutamos por isso. Muitas mãos<br />

voltaram a se apertar <strong>de</strong>ntro do Santa Cruz,<br />

num trabalho <strong>de</strong>talhado que nós realizamos,<br />

procurando fazer com que o clube voltasse a<br />

se unir. Hoje, o Santa Cruz é um clube unido,<br />

com a presença <strong>de</strong> seus beneméritos e conselheiros.<br />

Ao mesmo tempo, realizamos um<br />

trabalho junto ao corpo associativo, fazendo<br />

com que a torcida seja o principal fator <strong>de</strong>ntro<br />

do clube.<br />

O presi<strong>de</strong>nte segue o exemplo do gran<strong>de</strong><br />

benemérito Aristófanes <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, o homem<br />

que conseguiu lutar pelo patrimônio do Santa<br />

Cruz e por gran<strong>de</strong>s conquistas do passado.<br />

“Aristófanes sempre dizia que no Santa<br />

Cruz só queria ser mais um. E esse é o perfil<br />

que eu estou adotando, o perfil da humilda<strong>de</strong><br />

para estar à altura da história do clube,<br />

que surgiu para incluir pessoas. Nós sabemos<br />

que o Santa Cruz foi criado porque nenhuma<br />

agremiação <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> Pernambuco permitia a<br />

presença <strong>de</strong> negros. E o Santa Cruz foi criado<br />

para que os negros pu<strong>de</strong>ssem jogar futebol.<br />

Portanto, para honrar sua história, é necessário<br />

que seja um clube <strong>de</strong> inclusão, on<strong>de</strong> todos<br />

sejam importantes e sintam-se presi<strong>de</strong>nte.”<br />

ARENA CORAL<br />

Inaugurado em 1972, o Estádio José do<br />

Rego Maciel já recebeu vários consertos através<br />

dos tempos. Todavia, apesar da sua dimensão<br />

gigantesca vai ficando <strong>de</strong>fasado, em<br />

função do surgimento <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnas arenas.<br />

Mas quem disse que o Santa Cruz vai ficar parado,<br />

vendo os rivais evoluírem, <strong>de</strong>ixando-o<br />

para trás? No Arruda já há um projeto pronto,<br />

elaborado pelo arquiteto Reginaldo Esteves, o<br />

mesmo que projetou o Mundão, como é po-<br />

pularmente chamado o estádio coral. E Antônio<br />

Luiz não quer per<strong>de</strong>r o bon<strong>de</strong> da história:<br />

“Estamos finalizando os estudos. Nós <strong>de</strong>veremos<br />

fazer, sim. Estamos quase fechando o<br />

projeto com os financiadores dispostos a fazer<br />

o negócio para que o Santa Cruz possa voltar<br />

a ser um palco, não só <strong>de</strong> futebol, mas como<br />

arena para jogos e espetáculos artísticos com<br />

capacida<strong>de</strong> para cerca <strong>de</strong> 70 mil espectadores<br />

sentados.”.<br />

Paralelamente, o novo campeão pernambucano<br />

vai cuidar da implantação <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>rno<br />

centro <strong>de</strong> treinamento. Como se sabe,<br />

existe um clamor geral na imprensa esportiva<br />

pelo fato <strong>de</strong> o Santa não possuir um CT à altura<br />

<strong>de</strong> seu porte. O Centro <strong>de</strong> Treinamento Valdomiro<br />

Silva, existente em Dois Unidos, está<br />

longe <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r aos requisitos que um estabelecimento<br />

do gênero exige. Muito pouco<br />

para um clube <strong>de</strong> on<strong>de</strong> saíram os campeões<br />

do mundo Zequinha (1962), Ricardo Rocha<br />

(1994) e Rivaldo (2002), entre inúmeros outros<br />

craques que ganharam o mundo, como<br />

acaba <strong>de</strong> acontecer com o atacante Gilberto,<br />

que se transferiu para o Internacional. O presi<strong>de</strong>nte<br />

coral novamente com a palavra:<br />

“Vamos fazer imediatamente. Já estamos<br />

entabulando o negócio. Precisamos fazer isso<br />

porque o Santa Cruz é um gran<strong>de</strong> centro revelador<br />

<strong>de</strong> craques, e a gente precisa entrar<br />

nessa mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, fazendo com que o clube<br />

tenha boas instalações, como alojamento<br />

e vários campos <strong>de</strong> treino. Daí a gente po<strong>de</strong>r<br />

voltar a fazer atletas, até porque neste momento<br />

<strong>de</strong> priorização da base, nós já estamos<br />

com 12 jogadores incluídos no profissional. Se<br />

conseguirmos, e nós vamos conseguir, o apoio<br />

da nossa gran<strong>de</strong> torcida, dos ex-presi<strong>de</strong>ntes e<br />

<strong>de</strong> todos os que fazem o Santa Cruz, implantaremos<br />

um centro <strong>de</strong> treinamento à altura <strong>de</strong><br />

nossas tradições.”<br />

Antônio Luiz Neto ao lado <strong>de</strong> Fernando Bezerra Coelho no dia da posse<br />

Santa Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong>l9


Tiago Cardoso e Gilberto foram <strong>de</strong>cisivos na conquista do time. O primeiro, com gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>fesas, o segundo, com gols<br />

Na <strong>de</strong>fesa,<br />

um paredão.<br />

Na frente,<br />

um goleador<br />

Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>de</strong> <strong>2011</strong><br />

O foi disputado numa atmosfera marcada<br />

pelo simbolismo. Em princípio, era a disputa<br />

“apenas” <strong>de</strong> dois centenários rivais. O Náutico<br />

<strong>de</strong>fendia o hexa. O Sport queria o hexa. E<br />

o título foi parar nas mãos <strong>de</strong> quem jogou o<br />

futebol mais consistente. Entre os dois tradicionais<br />

rivais, com maior força financeira no<br />

10 lSanta Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong><br />

momento, o Santa Cruz tornou-se vencedor<br />

porque foi aquele guerreiro que conhece seus<br />

vícios e virtu<strong>de</strong>s. E humil<strong>de</strong>mente, sabe lutar<br />

com as armas que tem para dobrar inimigos<br />

mais po<strong>de</strong>rosos. O po<strong>de</strong>r é exatamente esse<br />

equilíbrio entre <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r e atacar, observando<br />

os pontos fracos do inimigo e reconhecendo<br />

suas virtu<strong>de</strong>s para anulá-las. Tudo isso o<br />

Santa Cruz fez. Nesta conquista, dois jogadores<br />

simbolizaram a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> evitar os gols e<br />

fazê-los. O piauiense Tiago Cardoso, 27 anos,<br />

e o alagoano Gilberto, 21 anos.<br />

GILBERTO, O GOLEADOR<br />

Mas ninguém encarnou mais a mística da<br />

camisa tricolor do que o centroavante Gilberto.<br />

Jovem, <strong>de</strong> 21 anos, entrou no time por cau-


sa <strong>de</strong> uma contusão do titular Tiago Cunha e<br />

da má fase <strong>de</strong> Laécio, no primeiro turno. E gol<br />

a gol construiu uma imagem impressionante.<br />

Terminou o campeonato como artilheiro do<br />

time e sendo cobiçado por várias equipes do<br />

Sul e do exterior<br />

O oportunismo <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> campo e a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> finalização fizeram <strong>de</strong> Gilberto a<br />

estrela do Santa Cruz no Campeonato. Natural<br />

<strong>de</strong> Alagoas, no início da semana passada ele<br />

embarcou para Porto Alegre a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r<br />

o Internacional. Integrando a equipe <strong>de</strong> profissionais<br />

do Santa Cruz <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2008 só veio <strong>de</strong>spontar<br />

mesmo este ano. “Com trabalho, tudo<br />

acontece. Todos nós estávamos focados no<br />

trabalho. Tivemos a oportunida<strong>de</strong> e conseguimos<br />

segurar. Não adianta apressar isso, pois<br />

acontece naturalmente. Eu vinha há três anos<br />

já tentando meu espaço”, lembra o atacante.<br />

O jogador estreou como titular na 11ª<br />

rodada, contra a Cabense, no Cabo. O bom<br />

<strong>de</strong>sempenho do jovem atacante fez com que<br />

a torcida nem sentisse a falta do então ídolo<br />

Thiago Cunha. Foi assim que Gilberto logo<br />

chamou a atenção <strong>de</strong> times no Brasil e até<br />

do exterior. Assediado pelo Corinthians, por<br />

pouco não <strong>de</strong>ixou o Arruda ainda durante o<br />

Campeonato <strong>Pernambucano</strong>. Ao contrário do<br />

que muitos pensavam, a celeuma que teve<br />

fim com a permanência do atacante para o<br />

Estadual não abalou o atleta, que seguiu com<br />

a mesma performance, <strong>de</strong>stacando-se nos jogos<br />

finais contra o Sport.<br />

TIAGO CARDOSO<br />

Tiago Cardoso dos Santos era um ilustre<br />

<strong>de</strong>sconhecido no final do ano passado, quando<br />

<strong>de</strong>sembarcou no Recife e apresentou-se<br />

no Arruda. E quase caiu em <strong>de</strong>sgraça com a<br />

torcida quando, num amistoso contra a seleção<br />

<strong>de</strong> Chã Gran<strong>de</strong> levou um frangaço (o jogo<br />

terminou em 1x1). O goleiro foi criticado e<br />

questionado, mas exibiu frieza para superar<br />

o mau começo. E a frieza é requisito básico<br />

num jogador <strong>de</strong> sua posição. Mas em poucos<br />

jogos apagou a impressão negativa. E foi se<br />

firmando na equipe. Com ele em campo, nos<br />

clássicos o Santa Cruz conheceu apenas uma<br />

<strong>de</strong>rrota, no jogo final. Diante do Sport, o jogador<br />

parecia crescer, intimidando os atacantes<br />

com suas <strong>de</strong>fesas. O time só tomou um gol<br />

em quatro confrontos com os rubro-negros.<br />

Após gran<strong>de</strong>s atuações, o goleiro, além <strong>de</strong> comemorar<br />

o título estadual, também está feliz<br />

com o reconhecimento da imprensa.<br />

“Contra o Sport, na final, foram dois jogos<br />

muito difíceis Mas a nossa equipe entrou<br />

confiante em ambos, sabendo o que queria.<br />

Fomos felizes e garantimos o título em casa”,<br />

<strong>de</strong>clarou o jogador. Naquela partida, a torcida<br />

tricolor <strong>de</strong>monstrou um carinho especial<br />

ao ídolo. Ao final da <strong>de</strong>cisão, ele foi um dos<br />

mais ovacionados no Arruda. “Eu fico muito<br />

feliz com o carinho do torcedor. Isso motiva<br />

bastante, mas também aumenta a responsabilida<strong>de</strong>.<br />

Mas Deus me dá muita força para<br />

entrar em campo e fazer o meu papel” disse<br />

o goleiro, que terminou o Campeonato <strong>Pernambucano</strong><br />

como o craque da competição<br />

em eleição promovida pela Re<strong>de</strong> Globo. Também<br />

contabilizava propostas para <strong>de</strong>ixar o<br />

Arruda.<br />

A torcida tricolor <strong>de</strong>scobriu novos ídolos para chamar <strong>de</strong> seus durante o Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>de</strong> <strong>2011</strong><br />

Santa Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong>l11


Depoimentos<br />

IVANILDO SAMPAIO - (diretor <strong>de</strong> Redação<br />

do Jornal do Commercio) – “A conquista <strong>de</strong>sse<br />

campeonato é um prêmio merecido não<br />

apenas para os jogadores, mas também para<br />

meia dúzia <strong>de</strong> dirigentes que são reconhecidamente<br />

tricolores, e que sempre estiveram<br />

presentes no Clube nos momentos mais difíceis.<br />

Sem querer nomear alguns para não ser<br />

injusto com outros, lembro que houve quem<br />

se aproveitasse da visibilida<strong>de</strong> que o clube dá<br />

para tentar tirar disso proveito político; houve<br />

quem <strong>de</strong>ixasse <strong>de</strong> comparecer à se<strong>de</strong> para<br />

evitar cobranças justas; mas houve também<br />

quem trabalhasse em silêncio para ajudar a<br />

manter em dia a folha <strong>de</strong> pagamento, quem<br />

complementasse do próprio bolso o salário <strong>de</strong><br />

alguns atletas, quem não <strong>de</strong>ixasse <strong>de</strong> participar<br />

do dia-a-dia da agremiação, longe da mídia<br />

e dos holofotes. E finalmente reconhecer que<br />

o Santa Cruz precisa voltar a investir na chamada<br />

“prata da casa”, nos bons jogadores revelados<br />

na região, no aproveitamento <strong>de</strong> atletas<br />

formados nas divisões <strong>de</strong> base, como fez nesta<br />

temporada. É a eles, ao seu esforço, suor e<br />

talento, aproveitados pelo comando firme do<br />

técnico Zé Teodoro, que se <strong>de</strong>ve a conquista<br />

do Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>de</strong> <strong>2011</strong>.”<br />

EVALDO COSTA - (secretário <strong>de</strong> Imprensa<br />

<strong>de</strong> Pernambuco) - “Sabia que este seria<br />

um ano do Santa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a primeira rodada.<br />

Sabia porque conheço futebol. Sei quando<br />

um certo número <strong>de</strong> jogadores – agora se<br />

12 lSanta Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong><br />

diz “grupo” – forma um amálgama vencedor.<br />

E sabia também porque sentia no ar<br />

uma força extra vinda das ruas, a energia<br />

da massa tricolor que, quando atinge a<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> certa, costuma ser imbatível.<br />

Deixemos <strong>de</strong> falsa modéstia: nenhum clube<br />

do Brasil tem torcida igual à nossa. O<br />

título <strong>de</strong>ste ano lembrou muito o supercampeonato<br />

<strong>de</strong> 1983. Tínhamos, na época,<br />

o que era chamado <strong>de</strong> “timinho” por<br />

analistas <strong>de</strong>satentos. Estupi<strong>de</strong>z completa!<br />

Como po<strong>de</strong>ria ser ruim um time que tinha<br />

Birigui e Luiz Neto para o gol e ainda Gomes,<br />

Marco Antônio, Ricardo Rocha, Zé do Carmo<br />

e Henágio? Igual a esse time <strong>de</strong> agora, que<br />

tem um goleiro extraordinário, zagueiros experientes<br />

e <strong>de</strong>dicados e craques como Renatinho,<br />

Natan, Everton Sena, Léo e Gilberto.<br />

Daqui a <strong>de</strong>z anos pouca gente vai lembrar<br />

dos times que Náutico e Sport colocaram em<br />

campo este ano. Mas todos daremos notícia<br />

das carreiras brilhantes dos garotos tricolores,<br />

que mostraram a cara para o país sendo<br />

campeões <strong>de</strong> <strong>2011</strong>, com toda a justiça”.<br />

AUGUSTO COUTINHO - (<strong>de</strong>putado fe<strong>de</strong>ral) ¬<br />

“A conquista do Santa Cruz foi mais do que<br />

justa. Foi o time mais regular, fez a melhor<br />

campanha, foi uma equipe coesa e aplicada<br />

durante todo o campeonato. Mas, fora os argumentos<br />

racionais, tem a paixão. A festa da<br />

imensa e apaixonada torcida tricolor na final<br />

foi um espetáculo à parte. Uma torcida que<br />

nos últimos anos soube superar as consecutivas<br />

<strong>de</strong>cepções e se manteve fiel, apoiando<br />

o clube, vestindo a camisa com esperança.<br />

Isso é para poucos. Longe <strong>de</strong> qualquer rixa,<br />

<strong>de</strong> qualquer rivalida<strong>de</strong>, valeu a emoção <strong>de</strong><br />

escutar 55 mil pessoas extravasando o grito<br />

<strong>de</strong> campeão. Acho que foi um momento histórico.<br />

Daqueles para se levar pela vida toda.<br />

Parabéns, Santinha. Foi <strong>de</strong> lavar a alma.”<br />

MENDONCINHA - (<strong>de</strong>putado fe<strong>de</strong>ral) - “A vitória<br />

da humilda<strong>de</strong>,do trabalho e da disciplina. A<br />

conquista do Campeonato <strong>Pernambucano</strong> pelo<br />

Santa Cruz foi a vitória da humilda<strong>de</strong> e do trabalho<br />

em equipe. Humilda<strong>de</strong> e trabalho <strong>de</strong> toda<br />

uma nação, do mais humil<strong>de</strong> torcedor ao presi<strong>de</strong>nte<br />

do clube, passando pelos atletas que revelamos<br />

na base e pela organização, disciplina e<br />

li<strong>de</strong>rança competente <strong>de</strong> um treinador fizeram<br />

a diferença a nosso favor. Ninguém diria que<br />

um clube com uma folha salarial quase quatro<br />

vezes menor que a do nosso adversário na final<br />

pu<strong>de</strong>sse ser campeão com tanto brio. Mas isso<br />

é o Santa Cruz e provamos que o tostão vence,<br />

sim, o milhão. Tiramos o grito entalado há seis<br />

anos na garganta do nosso torcedor, e agora,<br />

é aproveitar este momento para comemorar.<br />

Mas sem esquecer que o Mais Querido tem<br />

pela frente o maior <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> sua gloriosa história:<br />

trilhar o caminho <strong>de</strong> volta à elite do futebol<br />

brasileiro. Quatro divisões nos separam <strong>de</strong>sse<br />

objetivo. Mas para quem é Santa Cruz toda<br />

dificulda<strong>de</strong> é estímulo e valoriza ainda mais as<br />

conquistas. Vamos em frente, tricolores, que<br />

juntos fazemos a diferença”.<br />

ANTôNIO CARLOS VIEIRA JúNIOR - (diretorsuperinten<strong>de</strong>nte<br />

da Arcos) ¬– “Nossa meta<br />

para este ano é sair da série D. Sem dúvida, a<br />

conquista do título pernambucano é importante<br />

e empolga. Porém , o mais importante hoje,<br />

é ver um projeto <strong>de</strong> futuro para o clube. Após<br />

a gestão <strong>de</strong> FBC, que reergueu o clube estrutu-


almente e <strong>de</strong>volveu ao torcedor a esperança,<br />

assume uma nova diretoria encabeçada por<br />

Antônio Luiz Neto - presi<strong>de</strong>nte, mesclando experiência<br />

e juventu<strong>de</strong> com responsabilida<strong>de</strong>.<br />

O resultado está ai, uma gestão que preserva<br />

os acertos e evolui on<strong>de</strong> é preciso evoluir. Esta<br />

continuida<strong>de</strong> com mudanças foi o sucesso do<br />

Santa Cruz. Estive no clube por 2 anos, sei que<br />

as dificulda<strong>de</strong>s são muitas e dificilmente serão<br />

vencidas se o clube não continuar unido. Viva<br />

os tricolores das Repúblicas In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do<br />

Arruda.”<br />

FERNANDO BEZERRA COELHO - (ministro do<br />

Desenvolvimento Regional) - “Graças a uma<br />

proposta <strong>de</strong> gestão profissional e continuada,<br />

o Santa Cruz restaurou seu patrimônio,<br />

iniciou um processo <strong>de</strong> equilíbrio financeiro<br />

e – o que é mais importante - recuperou a<br />

auto-estima <strong>de</strong> sua imensa e apaixonada<br />

torcida. Nos últimos anos, somos recordistas<br />

<strong>de</strong> renda do Campeonato <strong>Pernambucano</strong><br />

e o maior público em campo do Brasil.<br />

Após 14 anos <strong>de</strong> ausência, recebemos a<br />

Seleção Brasileira em Pernambuco com<br />

o nosso estádio totalmente reformado. A<br />

conquista do título <strong>de</strong> <strong>2011</strong>, brilhantemente<br />

conduzida pela atual diretoria, conseguiu<br />

expressar em campo a força <strong>de</strong> nossa<br />

torcida. Agora, temos novos <strong>de</strong>safios pela<br />

frente. Conciliar a tradição esportiva com a<br />

mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> da gestão. O Santa Cruz chega,<br />

às vésperas do seu centenário <strong>de</strong> fundação,<br />

com esperança e a certeza <strong>de</strong> que este<br />

é o momento reconquistar o seu merecido<br />

espaço na elite do futebol brasileiro.”<br />

YVES RIBEIRO - (prefeito <strong>de</strong> Paulista) - “Foi<br />

um título importante, havia cinco anos que a<br />

gente não ganhava nenhum título, vinha num<br />

baixo-astral muito gran<strong>de</strong>. Foi uma gran<strong>de</strong><br />

realização, um trabalho planejado, um treinador<br />

competente. Um trabalho que começou<br />

também em nível <strong>de</strong> presidência, com Fernando<br />

Bezerra Coelho, que organizou o patrimônio<br />

e agora nosso presi<strong>de</strong>nte que organizou<br />

a coisa mais importante, que é o futebol.<br />

Ser campeão, no Arruda, com 62 mil pessoas,<br />

em cima do Sport é importante <strong>de</strong>mais, é<br />

bom <strong>de</strong>mais. Um time simples, com cinco<br />

jogadores da base, a meta<strong>de</strong> saiu da base do<br />

Santa Cruz, a gente tá muito feliz!”<br />

BARTOLOMEU BUENO - (<strong>de</strong>sembargador<br />

e corregedor-geral da Justiça em Pernambuco)<br />

– “Minha alegria é enorme, pois nos<br />

classificamos para a Série D e ainda fomos<br />

campeões, um título até inesperado. Mas<br />

isso é apenas o começo, pois é parte <strong>de</strong><br />

um projeto que visa o centenário do clube.<br />

Queremos chegar em 2014 com o Santa<br />

Cruz inserido no grupo dos gran<strong>de</strong>s clubes<br />

do futebol brasileiro. Vamos continuar trabalhando<br />

para manter o clube em ascensão.<br />

O Santa Cruz, aliás, é um fenômeno<br />

social que precisa ser estudado”.<br />

BRUNO MOURY FERNANDES - (diretor da<br />

Distribuidora Log Express) - “É com muita<br />

alegria que vejo o retorno do Santa ao topo<br />

do Campeonato <strong>Pernambucano</strong>! No ano em<br />

que o Náutico tinha como obrigação ganhar<br />

o campeonato para quebrar a hegemonia do<br />

Sport. No campeonato em que o Sport tinha<br />

que alcançar seu maior objetivo dos últimos<br />

anos, que era o Hexa o “AZARÃO” foi o gran<strong>de</strong><br />

vitorioso. O Santa que soube escolher o<br />

comandante Zé Teodoro para estruturar<br />

uma equipe com personagens quase que<br />

<strong>de</strong>sconhecidos. Ao tempo em que o Sport investia<br />

em medalhões para a equipe, o Santa<br />

montava uma equipe nova, com poucos recursos,<br />

mas com muita humilda<strong>de</strong>, competência<br />

e compromisso. Esta equipe se tornou<br />

cada vez mais unida e guerreira. O resultado<br />

não po<strong>de</strong>ria ser outro, indiscutivelmente, foi<br />

a melhor equipe do campeonato. A conseqüência:<br />

campeão pernambucano, título tão<br />

esperado pela torcida mais presente e apaixonada<br />

<strong>de</strong> Pernambuco. Parabéns a todos<br />

que <strong>de</strong> certa forma contribuíram por este<br />

momento <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong>.”<br />

JOSÉ NIVALDO JúNIOR (publicitário) – Com<br />

os filhos João Henrique, Danilo e Murilo. O<br />

conjunto da obra diz tudo: “Obrigado, papai.<br />

Nasci tricolor”.<br />

DORYAN BESSA (publicitário) - “A minha paixão<br />

pelo Santa Cruz é estável. Seja na vitória ou na<br />

<strong>de</strong>rrota estou motivado a torcer por um time<br />

que me traz prazer, e fazer parte da maior torcida<br />

do Estado além <strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada a mais<br />

apaixonada do Brasil. Esse sentimento nós precisamos<br />

transmitir a uma nova geração que está<br />

se formando, como meus netos, Daniel Filho e<br />

Madalena, que vinham tendo seu crescimento<br />

acompanhado por uma péssima fase do Santa,<br />

mas agora chegou a hora da gran<strong>de</strong> virada. A<br />

história da conquista <strong>de</strong>sse campeonato todos<br />

já sabem. Mas uma história eu preciso contar<br />

para ser lembrada daqui pra frente: foi a cumplicida<strong>de</strong><br />

do time com sua torcida, a verda<strong>de</strong>ira<br />

vonta<strong>de</strong> dos jogadores da base e a experiência<br />

<strong>de</strong> ex-recentes jogadores como Sandro e o Zé<br />

Teodoro, o que nos fez crescer na competição<br />

e fazer a diferença diante todos.<br />

Salve o Santa Cruz!.”<br />

Santa Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong>l13


14 lSanta Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong>


Santa Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong>l15


Mística dos<br />

meninos se renova<br />

a cada conquista<br />

Clube criado por um grupo <strong>de</strong> garotos<br />

no Pátio <strong>de</strong> Santa Cruz, na Boa Vista, o Mais<br />

Querido, parece buscar na juventu<strong>de</strong> a sua<br />

fonte <strong>de</strong> energia ao longo da história. Em suas<br />

gran<strong>de</strong>s conquistas, estão sempre a brilhar jovens<br />

talentos saídos das divisões <strong>de</strong> base que<br />

<strong>de</strong>pois ganham o mundo. Na conquista do supercampeonato<br />

<strong>de</strong> 1957, o time contava com<br />

Zequinha que, mais tar<strong>de</strong>, seria bicampeão do<br />

mundo pela seleção brasileira.<br />

Nos anos <strong>de</strong>1969 a 1973, a época <strong>de</strong> ouro<br />

do pentacampeonato, o esquadrão tricolor<br />

estava recheado <strong>de</strong> estrelas formados nas di-<br />

16 lSanta Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong><br />

visões <strong>de</strong> base. Era o tempo <strong>de</strong> Givanildo, Luciano<br />

e Fernando Santana. O primeiro sagrouse<br />

em 1976 campeão do Torneio Bicentenário<br />

dos Estados Unidos como titular da seleção<br />

brasileira. Era tão bom que tinha como reserva<br />

a ilustre estrela do Internacional Paulo Roberto<br />

Falcão. Naquela geração dos anos 60/70<br />

ainda <strong>de</strong>spontaria no Arruda o centroavante<br />

Nunes, que veio do Confiança-SE, convocado<br />

para a seleção brasileira e cortado por causa<br />

<strong>de</strong> uma contusão pouco antes da Copa do<br />

Mundo <strong>de</strong> 1978. Da geração que brilhou no<br />

Arruda na década <strong>de</strong> 70, uma das estrelas era<br />

Gena, Rivaldo, Válter, Detinho, Antonino e Cabral; Miruca, Givanildo, Santana, Luciano e Ramon<br />

o centroavante Ramon, único pernambucano<br />

a ser artilheiro <strong>de</strong> um Campeonato Brasileiro.<br />

A façanha ocorreu em 1973, quando o Rei do<br />

Futebol, Pelé, ainda jogava pelo Santos.<br />

Nos anos 80, a tradição <strong>de</strong> revelar jovens<br />

talentos permaneceu no Arruda. O Santa Cruz<br />

trouxe o técnico Carlos Alberto Silva para comandar<br />

a equipe e ele resolveu apostar em alguns<br />

pratas da casa que andavam encostados,<br />

sem chances no Arruda. Os laterais Ricardo<br />

Rocha e Marco Antônio, mais o volante Zé do<br />

Carmo.<br />

E a mística dos meninos renasceu. O Santa


Cruz venceu a última fase <strong>de</strong> um campeonato<br />

<strong>de</strong> três turnos, <strong>de</strong>cidiu o 3º turno com o Sport<br />

e levou a disputa para um supercampeonato,<br />

conquistado numa <strong>de</strong>cisão por pênaltis com<br />

o Náutico. Também brilhavam naquele grupo<br />

o meia Ângelo, vindo do Atlético Mineiro, e o<br />

sergipano Henágio.<br />

Ricardo Rocha teve o passe negociado ao<br />

Guarani <strong>de</strong> Campinas e <strong>de</strong>colou para uma brilhante<br />

carreira, coroada com a conquista do<br />

tetracampeonato mundial pela seleção brasileira<br />

em 1994. Zé do Carmo também <strong>de</strong>ixou<br />

o clube e foi comandar o meio-<strong>de</strong>-campo do<br />

Vasco da Gama pelo qual sagrou-se campeão<br />

brasileiro em 1989.<br />

Na conquista do título <strong>de</strong> 90, a força da<br />

prata da casa também se fez presente. O time<br />

contava com o meia Sérgio China, o volante<br />

Mazo e o zagueiro Ragne. Nessa década, o<br />

Santa Cruz ainda faria valer mais uma vez a<br />

tradição <strong>de</strong> sua histórica contribuição para o<br />

futebol brasileiro, revelando craques como<br />

Rivaldo, Válber e Serginho. Os dois primeiros,<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> passagens por Mogi Mirim e Corinthians,<br />

foram convocados para a seleção<br />

brasileira quando já atuavam pelo Palmeiras.<br />

Rivaldo firmou-se na Canarinho e disputou<br />

duas Copas, sendo pentacampeão mundial e<br />

um dos principais responsáveis pela conquista<br />

ao lado <strong>de</strong> Ronaldo Fenômeno.<br />

Nos anos <strong>de</strong> 1993 e 1995, o time tricolor<br />

novamente conquistaria o título pernambucano.<br />

Em 93, foi campeão tendo em seu time<br />

titular na emocionante final contra o Náutico<br />

o zagueiro Reginaldo, o volante Mazo, o meia<br />

Serginho e o atacante Marcelo Rocha, alagoano<br />

que chegara quatro anos antes para atuar<br />

na equipe <strong>de</strong> juniores.<br />

Em 1995, conquistou o título pernambucano<br />

com um time que contava com André<br />

Jacaré, Biliu, Paulo Ricardo e o ponta-esquerda<br />

Éverton. E no final <strong>de</strong>sta mesma década,<br />

classificou-se para a Primeira Divisão do Brasileiro,<br />

tendo em seu time principais jogadores<br />

como Arley, Marcílio, Marcelinho, Batata,<br />

Baiano e Wellington, todos sob o comando <strong>de</strong><br />

Nereu Pinheiro, conhecido por revelar gran<strong>de</strong>s<br />

talentos para o futebol pernambucano.<br />

Em 2005, era um ano <strong>de</strong> <strong>de</strong>safio para os<br />

tricolores. Mergulhados na Segunda Divisão<br />

e vendo o Sport se organizar para tentar o título<br />

do centenário. O adversário montou um<br />

time cheio <strong>de</strong> estrelas, como o meia Lúcio,<br />

ex-Flamengo. Mas com uma equipe humil<strong>de</strong>,<br />

treinada por Givanildo Oliveira, a equipe tricolor<br />

se agigantou, tendo num prata da casa o<br />

Renatinho: talento Everton Sena: raça<br />

seu principal <strong>de</strong>staque. Era o ano <strong>de</strong> Carlinhos<br />

Bala. O Santa foi campeão pernambucano e<br />

ainda classificou-se para a Primeira Divisão do<br />

futebol brasileiro, tornando-se vice-campeão.<br />

A VEZ DA NOVA GERAÇÃO<br />

Mergulhado na Série D <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2008, ano<br />

em que foi rebaixado, o Santa Cruz iniciou<br />

<strong>2011</strong> em fase <strong>de</strong> reestruturação do futebol.<br />

Memo: <strong>de</strong>terminação Natan: Habilida<strong>de</strong><br />

E convidou para comandar a equipe o técnico<br />

Zé Teodoro. A receita caseira novamente<br />

funcionou. O time terminou o Campeonato<br />

<strong>Pernambucano</strong> com o título <strong>de</strong> campeão e,<br />

melhor ainda, com a base da equipe principal<br />

contando com cinco jogadores formados<br />

na base: os volantes Memo e Éverton Sena, o<br />

lateral Renatinho, o meia Natan e o atacante<br />

Gilberto, este negociado logo após o tér- ç<br />

Santa Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong>l17


Ricardo Rocha começou na lateral Zé do Carmo: gran<strong>de</strong> marcador Rivaldo: o melhor do mundo em 1999<br />

mino da competição com o Internacional.<br />

Promovidos ao time principal este ano,<br />

os cinco jovens atletas <strong>de</strong>spontaram como<br />

gratas surpresas e símbolos <strong>de</strong> uma conquista<br />

que também marca o início <strong>de</strong> um período<br />

promissor para o futebol tricolor. “Temos uma<br />

participação muito importante na conquista”,<br />

reivindica o pequeno Renatinho, 1,57 metro,<br />

mas com futebol <strong>de</strong> gente gran<strong>de</strong>. Ele iniciou a<br />

carreira jogando na meia, mas acabou efetivado<br />

na lateral após a contusão <strong>de</strong> Marquinhos.<br />

Ganhou confiança durante a competição, fazendo<br />

gols e dando importantes assistências,<br />

como a que fez na Ilha do Retiro ao servir o<br />

atacante Landú, autor do segundo gol na vitória<br />

sobre o Sport. “Acredito que os jogadores<br />

da base têm uma participação <strong>de</strong> 45 a 60%.<br />

Nosso objetivo era chegar à final e o título é<br />

um sonho”, diz o menudo tricolor.<br />

Ainda surpreso com a repercussão <strong>de</strong><br />

suas boas atuações, o centroavante Gilberto<br />

disse que os jovens tiveram a oportunida<strong>de</strong><br />

e conseguiram segurar. “Não<br />

adianta apressar isso, pois acontece naturalmente.<br />

Eu vinha há três anos já tentando<br />

meu espaço”, lembra o atacante.<br />

Com belos gols e chutes precisos <strong>de</strong> fora<br />

da área, ele passou a chamar a atenção <strong>de</strong><br />

empresários do Sul e do exterior. Durante<br />

a competição, por pouco não trocou o Arruda<br />

pelo Parque São Jorge ao ser assediado<br />

pelo Corinthians.<br />

18 lSanta Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong><br />

Zequinha fez sucesso no Palmeiras<br />

A história dos pratas da casa num clube <strong>de</strong><br />

futebol é sempre marcada por muito sacrifício<br />

e incertezas. Os mais fortes vencem. O volante<br />

Memo é um <strong>de</strong>sses vencedores. Em 2005,<br />

ano em que o time ganhou o Estadual, o jogador<br />

estava no juvenil e, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então, só havia<br />

assistido a fracassos da equipe principal. Em<br />

2007, ganhou uma chance no profissional durante<br />

a Série B, quando o time foi rebaixado.<br />

“Vivi momentos difíceis, mas sempre acreditei<br />

em Deus, principalmente na profissão. Estou<br />

colhendo os frutos”, disse.<br />

Hábil e voluntarioso, aos 20 anos, o meia<br />

Natan também aproveitou sua chance. Ele<br />

diz que o apoio do treinador foi fundamental<br />

para o êxito dos meninos da base.. “A confiança<br />

que Zé Teodoro passou foi importante <strong>de</strong>mais”,<br />

<strong>de</strong>staca. Natan argumenta que a mistura<br />

entre o vigor da juventu<strong>de</strong> e a experiência<br />

foi fundamental para a conquista.<br />

O último a ganhar a posição <strong>de</strong> titular<br />

acabou sendo a gran<strong>de</strong> surpresa da competição.<br />

Éverton Sena, 19 anos, jogou pela primeira<br />

vez contra o São Paulo, pela Copa do<br />

Brasil. A missão era marcar o meia Lucas,<br />

um dos ídolos do tricolor paulista e principal<br />

revelação do futebol brasileiro nesta<br />

década ao lado <strong>de</strong> Neymar, do Santos. Seu<br />

<strong>de</strong>sempenho foi tão satisfatório que ele não<br />

saiu mais do time, cumprindo com precisão<br />

a tarefa <strong>de</strong> parar o habilidoso Marcelinho<br />

Paraíba nos jogos finais com o Sport.


Santa Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong>l19


Apoio da Globo<br />

fortalece Estadual<br />

Mais uma vez o apoio da Re<strong>de</strong> Globo Nor<strong>de</strong>ste<br />

foi <strong>de</strong>cisivo para que o Campeonato<br />

<strong>Pernambucano</strong> obtivesse o êxito almejado,<br />

a ponto <strong>de</strong> ter sido o que mais gente atraiu em<br />

todos os estaduais em <strong>2011</strong>, com 1.230.993<br />

espectadores em 144 jogos, e média <strong>de</strong> 8.549<br />

torcedores por jogo. Sempre atenta às coisas<br />

e fatos que acontecem na Região, em todos<br />

os aspectos, a Globo transmitiu 24 partidas<br />

em alta <strong>de</strong>finição, movimentando Rembrant<br />

Júnior (narrador), Lúcio Surubim (comentarista<br />

técnico) e Valdomiro Matias (comentarista<br />

<strong>de</strong> arbitragem), além <strong>de</strong> sua equipe <strong>de</strong> repórteres.<br />

Com isenção, informações e lances<br />

das partidas foram espalhados pelo Estado,<br />

fazendo com que torcedores que não pu<strong>de</strong>- Tiago Cardoso ganhou um carro 0 KM, por sua performance no campeonato<br />

ram acompanhar sua equipe num <strong>de</strong>terminado<br />

jogo fora <strong>de</strong> casa, pu<strong>de</strong>ssem viver todas as<br />

emoções proporcionadas pela disputa, através<br />

da excelente imagem gerada pela emissora<br />

em alta <strong>de</strong>finição. Esse privilégio não foi apenas<br />

dos pernambucanos, uma vez que em 160<br />

países os jogos pu<strong>de</strong>ram ser vistos, segundo<br />

o diretor <strong>de</strong> Programação da emissora, Arísio<br />

Coutinho, participar <strong>de</strong> um evento como o<br />

Estadual é importante para a Globo. “É uma<br />

forma <strong>de</strong> valorizar a competição, alavancando<br />

os clubes do Estado”. O trabalho da Globo Nor<strong>de</strong>ste,<br />

lembra, repercute Brasil afora, uma vez<br />

que os gols e as notícias mais importantes são<br />

transmitidos em re<strong>de</strong> nacional.<br />

Homenageado pela Globo na festa do Lance Gilberto consagrou-se com o título e entrou na seleção dos melhores<br />

Final, o presi<strong>de</strong>nte da Fe<strong>de</strong>ração Pernambucana<br />

<strong>de</strong> Futebol, Carlos Alberto Oliveira, anunciou<br />

a escolha da Re<strong>de</strong> Globo Nor<strong>de</strong>ste para <strong>de</strong>nominar<br />

o Estadual do próximo ano. É a forma <strong>de</strong><br />

a FPF e os clubes integrarem-se à comemoração<br />

da passagem do 40º aniversário da po<strong>de</strong>rosa<br />

organização, na Região. “Ficamos muito felizes<br />

com esta <strong>de</strong>cisão. Será o maior presente que<br />

po<strong>de</strong>remos receber”, acrescentou Arísio Coutinho,<br />

lembrando que a Globo Nor<strong>de</strong>ste realmente<br />

tem Pernambuco no coração.<br />

A Globo sente-se recompensada com o<br />

reconhecimento dos torcedores. A expectati- Renatinho, como os <strong>de</strong>mais, recebeu troféu das mãos do veterano técnico Duque<br />

20 lSanta Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong>


va nem sempre é alcançada, mas isso importa<br />

até um certo ponto, diante do compromisso<br />

que a empresa tem com a Região, afirma seu<br />

dirigente. Terminado o Campeonato <strong>Pernambucano</strong>,<br />

a emissora do Morro do Peludo já<br />

está ao lado dos representantes do Estado na<br />

Série B do Brasileirão, como aconteceu na rodada<br />

inaugural. Enquanto a torcida do Sport<br />

acompanhava a estreia <strong>de</strong> seu time, na Ilha do<br />

Retiro, contra o Icasa, torcedores do Náutico<br />

acompanhavam todos os passos da goleada<br />

<strong>de</strong> sua equipe para a Portuguesa por 4 x 0.<br />

“Estaremos sempre acompanhando os clubes<br />

pernambucanos. Investimos mais <strong>de</strong> R$<br />

50 mil numa transmissão como aquela, mas<br />

temos por convicção valorizar o futebol pernambucano”,<br />

acrescentou Coutinho.<br />

Parceira fiel, a Globo Nor<strong>de</strong>ste <strong>de</strong>u,<br />

como sempre, o toque social-esportivo ao<br />

encerramento do Estadual, com sua já tradcional<br />

festa <strong>de</strong> premiação aos <strong>de</strong>staques do<br />

Campeonato <strong>Pernambucano</strong>. A seleção do<br />

campeonato indicada por representantes da<br />

crônica esportiva privilegiou o Santa Cruz,<br />

repetindo-se uma tradição. Normalmente o<br />

time campeão é o que tem mais jogadores<br />

eleitos. Foram estes, portanto, os 11 escolhidos:<br />

goleiro - Tiago Cardoso (Santa Cruz);<br />

zagueiros - Thiago Matias (Santa Cruz) e Leandro<br />

Souza (Santa Cruz); laterais - Roma<br />

(América) e Renatinho (Santa Cruz); volantes<br />

- Everton (Náutico) e Hamilton (Sport); meias<br />

- Marcelinho Paraíba (Sport) e Weslley (Santa<br />

Cruz); atacantes - Gilberto (Santa Cruz) e<br />

Paulista (Porto). Demais troféus: autor do gol<br />

do povo, escolhido por torcedores - Gilberto;<br />

artilheiro - Paulista (15 gols); revelação - Paulista;<br />

craque - Tiago Cardoso. O goleiro Tiago<br />

Cardoso do Santa Cruz exultava por ter sido<br />

eleito o craque, uma situação pouco habitual<br />

para quem atua nessa posição, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a<br />

tendência geral é premiar atacantes e meias.<br />

A alegria do jogador piauiense tornou-se mais<br />

flagrante, <strong>de</strong>pois que ele recebeu a chave <strong>de</strong><br />

um automóvel 0K.<br />

A iMpReNsA e O cAMpeONATO<br />

Ralph <strong>de</strong> CaRvalho<br />

Comentarista do Sistema Jornal do Commercio<br />

<strong>de</strong> Comunicação<br />

“Esse campeonato foi diferente, mas um<br />

sucesso, embora tenha tido um regulamento<br />

cheio <strong>de</strong> falhas.<br />

A primeira motivação foi o hexa – a luta<br />

do Náutico para manter o ineditismo da conquista<br />

e do Sport para chegar ao seu sexto título<br />

consecutivo.<br />

Mas a ascensão do Santa Cruz acabou<br />

sendo um motivador a mais, algo que incendiou<br />

a competição, pois havia dois times com<br />

altos investimentos, o Sport e o Náutico, enquanto<br />

outro que se arrumou com jogadores<br />

formados na base e alguns contratados que<br />

estavam sem clube.<br />

Nas primeiras seis rodadas, o Santa venceu<br />

todos os jogos e foi ganhando crédito.<br />

Não houve ninguém da imprensa que dissesse<br />

no início – ah, o Santa vai ser campeão. O Santa<br />

Cruz foi correndo por fora e a imprensa foi<br />

lhe dando crédito à medida que o time crescia<br />

e se consolidava.<br />

Não houve exagero na cobertura da imprensa,<br />

todos passaram a valorizar a ascensão<br />

do Santa Cruz <strong>de</strong> acordo com os resultados e<br />

isso foi bom. O próprio Campeonato da forma<br />

como se <strong>de</strong>senrolou acabou fazendo com que<br />

a imprensa acompanhasse e também fosse um<br />

fator motivador para o sucesso do mesmo.<br />

Clau<strong>de</strong>miR GomeS<br />

Colunista da Folha <strong>de</strong> pernambuco e<br />

apresentador da Rádio Folha Fm e da Tv<br />

universitária<br />

Os clubes do Interior ainda não têm musculatura<br />

para brigar, em condições <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong><br />

com os gran<strong>de</strong>s da Capital – Sport, Santa Cruz e<br />

Náutico – pelo título do <strong>Pernambucano</strong> <strong>de</strong> Futebol,<br />

mas po<strong>de</strong>m indicar quem será o campeão.<br />

Com o conhecimento <strong>de</strong>sta realida<strong>de</strong>, o Santa<br />

Cruz fez uma campanha irretocável na condição<br />

<strong>de</strong> mandante, fato que lhe proporcionou uma<br />

regularida<strong>de</strong> que lhe cre<strong>de</strong>nciou ao título. Os<br />

tricolores, que antes da bola rolar eram tidos<br />

como coadjuvantes, roubaram a cena através<br />

<strong>de</strong> uma disciplina tática que explorava o que<br />

existe <strong>de</strong> mais importante no futebol: o coletivo.<br />

Conscientes <strong>de</strong> que tinham <strong>de</strong> ser eficientes<br />

na execução das tarefas individuais, os jogadores<br />

se superaram em todos os momentos, e<br />

tiveram como recompensa um título que não<br />

fazia parte do planejamento do clube para a<br />

temporada. Os números da campanha anulam<br />

qualquer contestação.<br />

STênio JoSé<br />

Colunista do diario <strong>de</strong> pernambuco<br />

Foram 1.230.993 torcedores na arquibancada,<br />

com média <strong>de</strong> 8.548 por jogo. Mais<br />

<strong>de</strong> R$ 1 milhão <strong>de</strong> arrecadação somente com<br />

a partida final... O sucesso estatístico da competição<br />

foi absoluto. E mesmo tecnicamente<br />

não <strong>de</strong>ixou tanto a <strong>de</strong>sejar. É claro que<br />

po<strong>de</strong>ria ser melhor. Sempre po<strong>de</strong>, quando<br />

há dinheiro para gastar... Mas Pernambuco,<br />

mesmo com o Sport recebendo “mesada”<br />

do finado Clube dos 13, não po<strong>de</strong> competir<br />

com os principais centros futebolísticos do<br />

país. O principal problema do Campeonato<br />

<strong>Pernambucano</strong> tem a ver com o número<br />

<strong>de</strong> clubes participantes (12 em vez <strong>de</strong> <strong>de</strong>z,<br />

como era até 2008). Sem datas suficientes,<br />

não há espaço para pré-temporada nem<br />

para uma preparação mais a<strong>de</strong>quada das<br />

equipes. Assim, sofrem os jogadores com<br />

lesões que po<strong>de</strong>riam ser evitadas e as equipes,<br />

com os <strong>de</strong>sfalques. Um pouco mais <strong>de</strong><br />

racionalida<strong>de</strong> faria muito bem à FPF e, sobretudo,<br />

ao Campeonato pernambucano<br />

valdomiRo maTiaS<br />

Comentarista <strong>de</strong> arbitragem<br />

O Estadual marcou o reaparecimento<br />

<strong>de</strong> Valdomiro Matias nas transmissões da<br />

Globo Nor<strong>de</strong>ste, como comentarista <strong>de</strong><br />

arbitragem, missão iniciada no Campeonato<br />

Brasileiro <strong>de</strong> 2007. Em 2010 afastouse<br />

para assumir a presidência da Comissão<br />

Estadual <strong>de</strong> Arbitragem <strong>de</strong> Futebol (Ceaf).<br />

Hoje acha-se mais à vonta<strong>de</strong> diante das câmeras,<br />

procurando dar seu recado com segurançaa,<br />

rapi<strong>de</strong>z e precisão, “sem querer<br />

brigar com a imagem.”., como diz. “Antes<br />

que agia como se ainda fosse árbitro, mas<br />

passei a ser apenas comentarista, <strong>de</strong>ixando<br />

<strong>de</strong> ser á¡rbitro. Voltei melhor.”<br />

Para Valdomiro, a arbitragem no campeonato<br />

teve um ní¬vel <strong>de</strong> regular para bom. Para<br />

ele, <strong>de</strong> sete a oito gols foram erradamente<br />

anulados e alguns pênaltiss não foram marcados<br />

nos jogos <strong>de</strong> ida da primeira fase. Na volta,<br />

o comportamento dos árbitros foi “excelente”,<br />

apesar da falha <strong>de</strong> Cláudio Mercante na partida<br />

Sport 0 x 2 Santa Cruz, pelas semifinais.<br />

Como se sente um profissional que, encerrada<br />

sua missão com o apito passa a criticar<br />

os ex-colegas? Valdomiro Matias diz-se à<br />

vonta<strong>de</strong>. “Não humilho ninguém e não coloco<br />

em dúvida a competência <strong>de</strong>les. Procuro<br />

observar a situaação emocional e o posicionamento<br />

do árbitro. Dou nota porque fazia<br />

isso quando era observador da CBF. Quero<br />

que eles entendam minha posição e saibam<br />

receber as críticas.”<br />

Santa Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong>l21


Artigo Franciso Cunha*<br />

A gestão vitoriosa<br />

Nunca escondi <strong>de</strong> ninguém que sou rubronegro<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que me entendo <strong>de</strong> gente.<br />

Inclusive já escrevi um artigo para a revista<br />

<strong>Algomais</strong>, em homenagem à conquista da<br />

Copa do Brasil pelo Sport, <strong>de</strong>stacando a viva<br />

impressão que me causou (sem nunca se ter<br />

apagado) a primeira ida à Ilha do Retiro, aos<br />

10 anos, levado pela mão <strong>de</strong> meu pai. Depois<br />

daí, foram mais 10 anos <strong>de</strong> intensa convivência<br />

com o futebol, da freqüência a campos,<br />

treinos e estádios, ao acompanhamento<br />

cotidiano do noticiário “escrito, falado e<br />

televisado”, como se dizia na época.<br />

Claro que, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta condição,<br />

não fiquei nem um pouco<br />

satisfeito com a conquista do campeonato<br />

pelo Santa Cruz mas, ao<br />

mesmo tempo, não posso <strong>de</strong>ixar<br />

<strong>de</strong> reconhecer que foi uma conquista<br />

merecida. Exceto no primeiro<br />

tempo do jogo na Ilha<br />

até o primeiro gol, o Santa<br />

foi mais regular e objetivo do<br />

que o Sport, em especial nos<br />

segundos tempos quando ficava<br />

patente o melhor preparo físico e a<br />

aplicação tática do time tricolor.<br />

Passada a emoção da <strong>de</strong>rrota, eu que<br />

há 30 anos não vou mais a estádio, não<br />

acompanho o noticiário esportivo e só<br />

vejo os jogos finais quando o Sport está na<br />

disputa, fiquei pensando: o que teria feito<br />

o Santa Cruz, que vinha <strong>de</strong> uma série que<br />

parecia interminável <strong>de</strong> campanhas <strong>de</strong>sastrosas,<br />

capazes <strong>de</strong> fazer perigar até a participação<br />

na Série D, “<strong>de</strong> uma hora para outra”,<br />

tornar-se um time competitivo e conquistar<br />

o campeonato pernambucano? Sorte?<br />

Com o meu inevitável viés <strong>de</strong> consultor<br />

em gestão empresarial, encontro explicação,<br />

justamente, na competência gestora<br />

da diretoria e do técnico. Embora acredite<br />

que a sorte é importante (por exemplo: foi<br />

a sorte que fez com que o primeiro chute a<br />

gol do Santa no primeiro jogo, feito da intermediária,<br />

tenha saído uma bomba capaz<br />

<strong>de</strong> entrar no ângulo <strong>de</strong> Magrão, selando o<br />

<strong>de</strong>stino da partida e do campeonato), ela<br />

sozinha não justifica, <strong>de</strong> forma nenhuma, a<br />

conquista. Creio firmemente, pelo que vejo<br />

22 lSanta Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong><br />

Com o meu<br />

inevitável viés<br />

<strong>de</strong> consultor em<br />

gestão empresarial,<br />

encontro explicação,<br />

justamente, na<br />

competência gestora<br />

da diretoria e do<br />

técnico.<br />

no mundo da gestão, que a sorte só favorece<br />

mesmo aqueles que estão bem preparados.<br />

E tenho certeza que foi isso que<br />

aconteceu.<br />

Para fazer essas consi<strong>de</strong>rações <strong>de</strong> não<br />

especialista e <strong>de</strong>sinformado dos <strong>de</strong>talhes,<br />

peço a ajuda <strong>de</strong> Nelson Rodrigues, o gran<strong>de</strong><br />

dramaturgo pernambucano e aficionado<br />

pelo futebol, autor <strong>de</strong> uma frase lapidar sobre<br />

as vitórias: “toda gran<strong>de</strong> vitória é anterior<br />

a si mesma”.<br />

O que me parece anterior à vitória<br />

do Santa Cruz vem <strong>de</strong>s<strong>de</strong> uma<br />

anterior administração pacificadora,<br />

uma sucessão tranqüila, uma<br />

nova administração focada, até<br />

a contratação <strong>de</strong> um técnico<br />

a<strong>de</strong>quado. Isso foi a base, o alicerce.<br />

A estrutura, a construção,<br />

foi o competente trabalho<br />

do técnico José Teodoro,<br />

discípulo <strong>de</strong> Telê Santana,<br />

que com os poucos recursos<br />

disponibilizados (um time barato<br />

e restritas possibilida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> contratações) soube fazer do<br />

limão uma limonada, preparar o time,<br />

transformando um grupo inicialmente limitado<br />

numa equipe integrada, motivada e<br />

vencedora. Um feito gerencial e tanto.<br />

Se pu<strong>de</strong>sse resumir os ingredientes<br />

da conquista numa “fórmula” diria: diretoria<br />

serena e suportiva + técnico competente<br />

e focado + equipe empenhada e<br />

disciplinada + torcida fiel e apaixonada =<br />

vitória merecida.<br />

Se substituirmos “técnico” por “gerente”<br />

e “torcida” por “clientes” temos<br />

também uma espécie <strong>de</strong> “fórmula” <strong>de</strong> sucesso<br />

empresarial. No caso do Santa Cruz,<br />

o gran<strong>de</strong> mérito foi conseguir reunir todas<br />

essas condições sob a batuta <strong>de</strong> um técnico<br />

(gestor) competente. Se a vitória teve uma<br />

receita, acredito que foi essa.<br />

Parabéns Antônio Neto, parabéns José<br />

Teodoro, parabéns jogadores, parabéns<br />

torcida tricolor. Vocês fizeram por merecer!<br />

Francisco Cunha é sócio da TGI Consultoria e<br />

Gestão e da SMF/TGI Editora


Santa Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong>l23


Fichas Técnicas - A campanha tricolor em <strong>de</strong>talhes<br />

Vitória 0 x 3 Santa Cruz<br />

(1ª rodada)<br />

Data: 13/1/<strong>2011</strong>. Local: Carneirão, Vitória<br />

<strong>de</strong> Santo Antão. Árbitro: Emerson Sobral.<br />

Assistentes: Erich Ban<strong>de</strong>ira (Fifa) e Elan<br />

Vieira. público: 7.983. Gols: Thiago Matias,<br />

Laécio e Renatinho. expulsão: Jailson (V).<br />

Vitória: Jaílson; Felipe Sales, Cleiton, Joel<br />

e Guarilha; Da Silva, David (Robertinho),<br />

Paulo Vitor e John (Ivant); Wellington<br />

(Nininho) e Felipe Feitosa. Técnico: Peu<br />

Santos. santa cruz: Tiago Cardoso, Bruno<br />

Leite (Jackson), Leandro Souza, Thiago<br />

Matias e Alexandre Silva; Jeovânio, Memo,<br />

Weslley e Diego Biro (Netto); Laécio e<br />

Landu (Renatinho). Técnico: Zé Teodoro.<br />

Santa Cruz 2 x 1 Ypiranga<br />

(2ª rodada)<br />

Data: 16/1/<strong>2011</strong>. Local: Arruda, Recife.<br />

Árbitro: Nielson Nogueira. Assistentes:<br />

Ubirajara Ferraz e Alci<strong>de</strong>s Lira. público:<br />

23.442. Gols: Thiago Cunha e Thiago<br />

Matias (SC); Nino Guerreiro (Y). santa<br />

cruz: Tiago Cardoso, Bruno Leite (Jackson),<br />

Thiago Matias, Leandro Souza e Alexandre<br />

Silva; Memo, Jeovânio, Weslley e Mário<br />

Lúcio (Renatinho); Landu (Thiago Cunha) e<br />

Laécio. Técnico: Zé Teodoro. Ypiranga:<br />

Cleiton, Evanílson (Diguinho), Sidnei,<br />

Everton e Aílton; Gil (Felipe Espada),<br />

Márcio, Souza e Miller; Cristiano e Nino<br />

Guerreiro (Ila). Técnico: A<strong>de</strong>lmo Soares<br />

Santa Cruz 3 x 1 América<br />

(3ª rodada)<br />

Data: 18/1/<strong>2011</strong>. Local: Arruda, Recife.<br />

Árbitro: Ricardo Tavares. Assistentes:<br />

Jossemmar Diniz e Pedro Wan<strong>de</strong>rley.<br />

público: 20.621. Gols: Thiago Cunha (2) e<br />

Weslley (SC); Ronaldo (A). expulsão: David<br />

(A). santa cruz: Tiago Cardoso; Jackson,<br />

Thiago Matias, Leandro Souza e Alexandre<br />

Silva; Jeovânio, Memo, Weslley e Mário<br />

Lúcio (Diego Biro); Thiago Cunha (Landu)<br />

e Laécio (Gilberto). Técnico: Zé Teodoro.<br />

América: Gleibson; Roma, Neguetti, David e<br />

Ronaldo; Givaldo (Leo), Batata, Mousinho e<br />

Edmilson; Silvano e Branquinho (Carioca).<br />

Técnico: Luciano Ribeiro.<br />

24 lSanta Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong><br />

Araripina 0 x 1 Santa Cruz<br />

(4ª rodada)<br />

Data: 20/1/<strong>2011</strong>. Local: Chapadão do<br />

Araripe, Araripina. Árbitro: Carlos Costa.<br />

Assistentes: Erich Ban<strong>de</strong>ira (Fifa) e Elan<br />

Vieira. público: 5.182. Gol: Thiago Matias.<br />

Araripina: Adson; Saulo (Alcimar), Oliveira,<br />

Márcio e Janílson; Odilon (Dunga), Gi<strong>de</strong>on,<br />

Marcelinho e Mizael; João Paulo e Marcelo<br />

Paraíba (Cristóvão). Técnico: Júnior Caruaru.<br />

santa cruz: Tiago Cardoso, Jackson, Thiago<br />

Matias, Leandro Souza e Alexandre Silva;<br />

Jeovânio, Diego Biro (Jonatan), Mário Lúcio<br />

e Weslley; Thiago Cunha (Everton Sena) e<br />

Laécio (Landu) Técnico: Zé Teodoro.<br />

Salgueiro 0 x 1 Santa Cruz<br />

(5ª rodada)<br />

Local: Estádio Cornélio <strong>de</strong> Barros, Salgueiro.<br />

Árbitro: Emerson Sobral. Assistentes:<br />

Albert Júnior e Paulo Steffanello. público:<br />

4.448. Gol: Thiago Cunha. salgueiro:<br />

Marcelo; Rogério, Henrique, Eridon e<br />

Aldivan (Rogério Rios); Pio (Wen<strong>de</strong>ll),<br />

Lizmar, Edu Chiquita e Clébson; Fágner e<br />

Hugo Henrique (George). Técnico: Cícero<br />

Monteiro. santa cruz: Tiago Cardoso;<br />

Jackson, Thiago Matias, Leandro Souza e<br />

Alexandre Silva; Jeovânio, Everton Sena,<br />

Weslley (Jonatan) e Mário Lúcio; Thiago<br />

Cunha (Renatinho) e Laécio (Landu).<br />

Técnico: Zé Teodoro.<br />

Santa Cruz 2 x 1 Petrolina<br />

(6ª rodada)<br />

Data: 27/1/<strong>2011</strong>. Local: Arruda, Recife.<br />

Árbitro: Antônio Hora Filho. Assistentes:<br />

Alci<strong>de</strong>s Lira e Elan Vieira. público: 25.136.<br />

Gols: Jackson e Laécio (SC) e Robertinho (P).<br />

santa cruz: Tiago Cardoso, Jackson, Thiago<br />

Matias, Leandro Souza e Alexandre Silva;<br />

Memo, Jeovânio, Weslley, Mário Lúcio<br />

(Renatinho); Thiago Cunha (Everton Sena)<br />

e Laécio (Landu) . Técnico: Zé Teodoro.<br />

petrolina: Romero; Tiaguinho, Lau, Uilton e<br />

Jefferson; Juninho, Fábio, Bruno Maranhão<br />

(Jackson) e Robertinho; Alemão (Luiz Paulo)<br />

e Fernando. Técnico: Neco<br />

Náutico 3 x 1 Santa Cruz<br />

(7ª rodada)<br />

Data: 30/1/<strong>2011</strong>. Local: Aflitos, Recife. Árbitro:<br />

Nielson Nogueira Dias. Assistentes: Jossemmar<br />

Diniz, Pedro Wan<strong>de</strong>rley, Ubirajara Ferraz e Alci<strong>de</strong>s<br />

Lira, público: 18.112. Gols: Ricardo Xavier, Derley e<br />

Bruno Meneghel (N); Tiago Cunha (SC). expulsões:<br />

Eli Carlos (N), Thiago Cunha e Weslley (SC). Náutico:<br />

Gledson, Derley, Everton Luíz, Valter e Jeff Silva;<br />

Everton, William (Elton), Eli Carlos e Eduardo Ramos<br />

(Philip); Ricardo Xavier (Flávio) e Bruno Meneghel.<br />

Técnico: Roberto Fernan<strong>de</strong>s. santa cruz: Tiago<br />

Cardoso (André Zuba), Jackson, Thiago Matias,<br />

Leandro Souza e Alexandre Silva; Memo, Jeovânio,<br />

Weslley e Mário Lúcio (Renatinho); Thiago Cunha e<br />

Laécio (Landu). Técnico: Zé Teodoro<br />

Porto 3 x 1 Santa Cruz<br />

(8ª rodada)<br />

Data: 3/2/<strong>2011</strong>. Local: Lacerdão, Caruaru.<br />

público: 7.125. Árbitro: Neilson Santos.<br />

Assistentes: Élan Vieira e Aldir Pereira.<br />

Gols:Douglas, Paulista, Douglas e<br />

Thiago Laranjeira (P); Laécio (SC). porto:<br />

Mondragon, Edy, Black, Sandro Miguel e<br />

Altemar; Hel<strong>de</strong>r, Vagner Rosa, Douglas<br />

(Marivaldo) e Thiago Laranjeira; Theo<br />

(Kiros) e Paulista (Diogo). Técnico: Laelson<br />

Lima. santa cruz: André Zuba, Jackson,<br />

Everton Sena, Thiago Pereira e Alexandre<br />

Silva; Jeovânio (Netto), Memo, Diego Birô<br />

(Renatinho), e Mário Lúcio (Marquinhos);<br />

Landu e Laécio. Técnico: Zé Teodoro.<br />

Santa Cruz 2 x 0 Sport<br />

(9ª rodada)<br />

Data: 3/4/<strong>2011</strong>. Local: Ilha do Retiro, Recife.<br />

público: 27.894. Árbitro: Cláudio Mercante.<br />

Assistentes: Ubirajara Ferraz e Alci<strong>de</strong>s<br />

Lira. Gols: Gilberto (2). Sport: Magrão,<br />

Vítor, Igor, Alex Bruno e Wellington Saci;<br />

Hamilton, Daniel Paulista, Germano (Bruno<br />

Mineiro) e Marcelinho Paraíba; Ta<strong>de</strong>u<br />

(Pablo Pereira) e Ciro (Fabrício). Técnico:<br />

Geninho. santa cruz: Tiago Cardoso, Cléber<br />

Goiano, Leandro Souza, Thiago Matias e<br />

Renatinho; Jeovânio (Mário Lúcio), Everton<br />

Sena, Weslley e Natan (Marcus Vinicius);<br />

Landu (André Oliveira) e Gilberto. Técnico:<br />

Zé Teodoro.


Números do campeão: 17 vitórias, 3 empates e 6 <strong>de</strong>rrotas<br />

Santa Cruz 0 x 3 Central<br />

(10ª rodada)<br />

Data: 9/2/<strong>2011</strong>. Local: Arruda, Recife. Árbitro:<br />

Carlos Costa. Assistentes: Jossemmar Diniz<br />

e Pedro Wan<strong>de</strong>rley. público: 20.099. Gols:<br />

Wilson Surubim, Marcinho e Harlei. santa<br />

cruz: André Zuba, Thiago Matias, Leandro<br />

Souza e Everton Sena (Marcus Vinícius);<br />

Jackson, Memo, Weslley, Mário Lúcio<br />

(Renatinho) e Alexandre Silva (Gilberto);<br />

Thiago Cunha e Laécio. Técnico: Zé Teodoro.<br />

central: Sérvulo; Romero, Breno, Valnei e<br />

Vân<strong>de</strong>rson (Tarcísio); Fernando Pires, Wilson<br />

Surubim, Vassoura (Émerson) e Rosembrik<br />

(Marcinho); Danilo Pitbull e Harlei. Técnico:<br />

Maurício Simões.<br />

Cabense 2 x 2 Santa Cruz<br />

(11ª rodada)<br />

Data: 13/2/<strong>2011</strong>. Local: Estádio Gileno <strong>de</strong> Carli,<br />

Cabo <strong>de</strong> Santo Agostinho. Árbitro: Emerson Sobral.<br />

Assistentes: Erich Ban<strong>de</strong>ira (Fifa) e Aldir Pereira.<br />

público: 4.179. Gols: Rosivaldo e Ricardo Mineiro (C),<br />

Gilberto e Leandro Souza (SC). expulsões: Fernando<br />

Belém (C) e Thiago Matias (SC). cabense: Danilo,<br />

Fernando (Xinho), Paiva, Fernando Belém e Oziel<br />

(Diego Soares); Joécio, Dinho, Guego e Rosivaldo;<br />

Ricardo Mineiro (Renato Frota) e Flávio Caça-Rato.<br />

Técnico: A<strong>de</strong>lmo Soares. santa cruz: André Zuba,<br />

Bruno Leite (Mário Lúcio), Thiago Matias, Leandro<br />

Souza e Alexandre Silva (Thiago Henrique); Memo,<br />

Jeovânio (Laécio), Weslley e Renatinho; Landu e<br />

Gilberto. Técnico: Zé Teodoro.<br />

Santa Cruz 3 x 1 Cabense<br />

(12ª rodada)<br />

Data: 16/2/<strong>2011</strong>. Local: Arruda, Recife.<br />

Árbitro: Gleydson Leite. Assistentes:<br />

Alci<strong>de</strong>s Lira e Roberto José. público: 13.352.<br />

Gols: Gilberto (2) e Natan (SC); Flávio Caça-<br />

Rato (C). santa cruz: André Zuba (Diego<br />

Lima), Jackson, Everton Sena, Leandro<br />

Souza e Alexandre Silva; Memo, Jeovânio,<br />

Weslley e Thiago Henrique (Natan), Landu<br />

e Gilberto (Laécio). Técnico: Zé Teodoro.<br />

cabense: Danilo; El<strong>de</strong>r (Algodão), Joélson<br />

e Paiva; Renato Frota (Wallace), Dinho,<br />

Guego, Rosivaldo e Diego (Buiú); Flávio<br />

Caça-Rato e Ricardo Mineiro. Técnico:<br />

A<strong>de</strong>lmo Soares.<br />

Central 0 x 1 Santa Cruz<br />

(13ª rodada)<br />

Data: 20/2/<strong>2011</strong>. Local: Lacerdão, Caruaru.<br />

Árbitro: Gilberto Castro Júnior. Assistentes:<br />

Alci<strong>de</strong>s Lira e Elan Vieira. público: 8.683.<br />

Gol: Gilberto. expulsões: Danilo Pitbull<br />

e Valney (C). central: Sérvulo, Romero,<br />

Breno, Valnei e Van<strong>de</strong>rson; Jalnir (Erick),<br />

Wilson Surubim, Marcinho e Vassoura;<br />

Danilo Pitbull e Harlei (Roma). Técnico:<br />

Maurício Simões. santa cruz: Diego Lima;<br />

Jackson (Natan), Leandro Souza, Thiago<br />

Matias e Alexandre Silva; Jeovânio (Everton<br />

Sena), Memo, Marcus Vinícius e Weslley;<br />

Landu (Laécio) e Gilberto. Técnico: Zé<br />

Teodoro.<br />

Santa Cruz 0 x 1 Araripina<br />

(14ª rodada)<br />

Data: 26/2/<strong>2011</strong>. Local: Arruda, Recife.<br />

Árbitro: Gleydson Leite. Assistentes: Pedro<br />

Wan<strong>de</strong>rley e Wilton Lins. público: 14.036.<br />

Gol: Serginho Baiano. expulsão: Alex Xavier<br />

(A). santa cruz: Diego Lima; Jackson (Teti),<br />

Leandro Souza, André Oliveira e Marquinhos;<br />

Jeovânio, Cléber Goiano (Rodrigo Gral),<br />

Marcus Vinícius (Natan) e Weslley; Landu<br />

e Gilberto. Técnico : Zé Teodoro. Araripina:<br />

Adson; Romário, Alex Xavier, Oliveira e<br />

Janílson; Gi<strong>de</strong>on, Marcelo Pitbull, Odilon<br />

(Serginho) e Marcelinho (Evaldo Bahia); Leo<br />

Olinda e Serginho Baiano (Marcelo Paraíba).<br />

Técnico: Flávio Barros.<br />

Petrolina 0 x 3 Santa Cruz<br />

(15ª rodada)<br />

Data: 9/3/<strong>2011</strong>. Local: Estádio Paulo <strong>de</strong><br />

Souza Coelho, Petrolina. Árbitro: Sebastião<br />

Rufino Filho. Assistentes: Albert Júnior e<br />

Aldir Pereira. Público: 4.473. Gols: Gilberto<br />

(2) e Renatinho. expulsão: Fernando (P).<br />

petrolina: Romero, Thiaguinho, Demir,<br />

Lau e Abuda (Joãozinho); Juninho, Harlei<br />

(Marcinho), Nau (Jackson) e Robertinho; Luís<br />

Paulo e Fernando. Técnico: Cícero Monteiro.<br />

santa cruz: Tiago Cardoso, Jackson, Thiago<br />

Matias, Leandro Souza e Marquinhos<br />

(Renatinho); Memo, Cléber Goiano, Weslley<br />

e Natan (Marcus Vinícius); Landu (Rodrigo<br />

Grahl) e Gilberto. Técnico: Zé Teodoro.<br />

Santa Cruz 2 x 0 Salgueiro<br />

(16ª rodada)<br />

Data: 12/3/<strong>2011</strong>. Local: Arruda. Árbitro:<br />

Cláudio Mercante. Assistentes: Ubirajara<br />

Ferraz e Roberto José. público: 12.712.<br />

Gols: Rodrigo Grahl e Wen<strong>de</strong>ll (contra).<br />

santa cruz: Tiago Cardoso; Cléber Goiano,<br />

André Oliveira, Thiago Matias e Renatinho;<br />

Jeovânio, Memo, Weslley (Rodrigo Grahl)<br />

e Natan (Mário Lúcio); Landu e Gilberto<br />

(Everton Sena). Técnico: Zé Teodoro.<br />

salgueiro: Marcelo; Andrezinho, Eridon,<br />

Henrique e Josa (Piauí); Wen<strong>de</strong>ll, Lismar<br />

(Hugo Henrique), Pio e Clébson (Mazinho);<br />

Fágner e Edu Chiquita. Técnico: Neco.<br />

Santa Cruz 3 x 3 Náutico<br />

(17ª rodada)<br />

Data: 20/3/<strong>2011</strong>. Local: Arruda, Recife. Árbitro:<br />

Emerson Sobral. Assistentes: Erich Ban<strong>de</strong>ira<br />

(Fifa) e Jossemmar Diniz. público: 33.208. Gols:<br />

Landu, Weslley e Thiago Matias (SC); Ricardo<br />

Xavier (2) e Eduardo Ramos (N). santa cruz:<br />

Tiago Cardoso; Cléber Goiano (Everton Sena),<br />

Thiago Matias, Leandro Souza e Renatinho;<br />

Jeovânio, Memo, Weslley e Natan (Mário Lúcio);<br />

Gilberto e Landu (Rodrigo Grahl). Técnico: Zé<br />

Teodoro. Náutico: Douglas; Rodrigo Heffner,<br />

Wescley, Everton Luiz (Jorge Felipe) e Aírton;<br />

Éverton, Derley (Elicarlos), Eduardo Ramos<br />

e Willian; Ricardo Xavier e Bruno Meneghel<br />

(Rogério). Técnico: Roberto Fernan<strong>de</strong>s.<br />

América 1 x 2 Santa Cruz<br />

(18ª rodada)<br />

Data: 23/3/<strong>2011</strong>. Local: Estádio A<strong>de</strong>mir<br />

Cunha, Paulista. Árbitro: Gleydson Leite.<br />

Assistentes: Pedro Wan<strong>de</strong>rley e Elan Vieira.<br />

público: 4.978. Gols: Roma (A); Gilberto<br />

e Thiago Matias (SC). América: Ibson;<br />

Roma (Juninho Potiguar), Negretti, David e<br />

Edmílson; Leo, Alexandre Oliveira, Jan<strong>de</strong>rson<br />

e Branquinho (Jonatan); Flávio Barros (Silvano)<br />

e França. Técnico: Paulo Júnior. santa cruz:<br />

Tiago Cardoso, Cléber Goiano, Leandro Souza<br />

(André Oliveira), Thiago Matias e Renatinho<br />

(Marcus Vinícius); Jeovânio, Memo, Weslley<br />

e Natan (Mário Lúcio); Landu e Gilberto.<br />

Técnico: Zé Teodoro.<br />

Santa Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong>l25


Santa Cruz 2 x 0 Porto<br />

(19ª rodada)<br />

Data: 27/3/<strong>2011</strong>. Local: Arruda, Recife.<br />

Árbitro: Ricardo Tavares. Assistentes: Alci<strong>de</strong>s<br />

Lira e Albert Júnior. público: 19.705. Gols:<br />

Gilberto (2). santa cruz: Tiago Cardoso;<br />

Jackson (Leo), Thiago Matias, André Oliveira<br />

e Renatinho; Jeovânio (Everton Sena), Cleber<br />

Goiano e Natan; Landu e Gilberto (Laécio).<br />

Técnico: Zé Teodoro. porto: Mondragon;<br />

Hél<strong>de</strong>r (Edi), Alexandre Black, Marivaldo e<br />

Altemar; Naldinho, Vágner Rosa, Arlindo<br />

(Renan) e Thiago Laranjeira; Kiros e Paulista<br />

(Diogo). Técnico: Laelson Lima.<br />

Sport 0 x 2 Santa Cruz<br />

(20ª rodada)<br />

Data: 31/4/<strong>2011</strong> Local: Ilha do Retiro,<br />

Recife. público: 27.894. Árbitro: Cláudio<br />

Mercante. Assistentes: Ubirajara Ferraz<br />

e Alci<strong>de</strong>s Lira. Gols: Gilberto (2). sport:<br />

Magrão, Vítor, Igor, Alex Bruno e Saci;<br />

Hamilton, Daniel Paulista, Germano (Bruno<br />

Mineiro) e Marcelinho Paraíba; Ta<strong>de</strong>u<br />

(Pablo Pereira) e Ciro (Fabrício). Técnico:<br />

Geninho. santa cruz: Tiago Cardoso, Cléber<br />

Goiano, Leandro Souza, Thiago Matias e<br />

Renatinho; Jeovânio (Mário Lúcio), Everton<br />

Sena, Weslley e Natan (Marcus Vinicius);<br />

Landu (André Oliveira) e Gilberto. Técnico:<br />

Zé Teodoro<br />

Santa Cruz 1 x 2 Vitória<br />

(21ª rodada)<br />

Data: 10/4/<strong>2011</strong>. Local: Arruda, Recife.<br />

público: 12.046. Árbitro: Sebastião Rufino<br />

Filho. Assistentes: Erich Ban<strong>de</strong>ira (Fifa) e<br />

Jossemmar Diniz. Gols: Mário Lúcio (SC);<br />

Aleandro e Bob (V). santa cruz: Diogo<br />

Lima. Jackson, André Oliveira, Tiago<br />

Pereira (Thiago Matias) e Alexandre Silva;<br />

Marcus Vinicius, Leo, Mário Lúcio e Natan<br />

(Everton Senna); Laécio e Gilberto (Landu).<br />

Técnico: Zé Teodoro Vitória: Túlio Cesar,<br />

Bruno Costa, Marcelo, Sidnei (Bob) e Felipe<br />

Feitosa; Edvam, Da Silva, Sinho e Dônova<br />

(Robertinho); Aleandro (Nandinho) e Assis.<br />

Técnico: Rinaldo Lima.<br />

26 lSanta Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong><br />

Ypiranga 0 x 0 Santa Cruz<br />

(22ª rodada)<br />

Data: 17/4/<strong>2011</strong>. Local: Estádio Otávio<br />

Limeira Alves, Santa Cruz do Capibaribe.<br />

Árbitro: Carlos Costa. Assistentes:<br />

Ubirajara Ferraz e Alci<strong>de</strong>s Lira. Ypiranga:<br />

Geday, Diogo, Sidney,Everton e Marcelo<br />

Piauí (Márcio Soares); Preto, Jair, Dinho<br />

Souza e Ila (Miller); Fabrício Ceará e<br />

Fredson (Gil). Técnico: Levi Gomes. santa<br />

cruz: Diego Lima, Tiago Pereira, Leandro<br />

Souza (Thiago Matias) e André Oliveira;<br />

Jackson, Leo, Memo (Helton), Maranhão,<br />

Mário Lúcio (Teti) e Renatinho; Laécio.<br />

Técnico: Zé Teodoro.<br />

Porto 1 x 2 Santa Cruz<br />

(Semifinais - Ida)<br />

Data: 24/4/<strong>2011</strong>. Local: Lacerdão, Caruaru.<br />

Árbitro: Emerson Sobral. Assistentes:<br />

Sebastião Rufino Filho e Eduardo<br />

Alcântara. público: 9.353. Gols: Paulista<br />

(P); Thiago Matias e Renatinho (SC). porto:<br />

Mondragon; Baiano, Marivaldo, Sandro<br />

Miguel e Altemar; Naldinho, Hél<strong>de</strong>r, Thiago<br />

Laranjeira (Evandro) e Douglas; Kiros e<br />

Paulista. Técnico: Laelson Lima. santa cruz:<br />

Tiago Cardoso; Thiago Matias, Leandro<br />

Souza e Everton Sena (André Oliveira);<br />

Cléber Goiano, Jeovânio, Memo, Weslley<br />

(Leo) e Renatinho; Gilberto e Landu (Mário<br />

Lúcio).Técnico: Zé Teodoro<br />

Santa Cruz 3 x 1 Porto<br />

(Semifinais - Volta)<br />

Data: 30/4/<strong>2011</strong>. Local: Arruda, Recife. Árbitro:<br />

Emerson Sobral. Assistentes: Ubirajara Ferraz<br />

e Alci<strong>de</strong>s Lira. público: 32.156. Gols: Weslley,<br />

Thiago Mathias e Leandro Souza (SC); Paulista<br />

(P). santa cruz: Tiago Cardoso; Everton Sena,<br />

Thiago Mathias e Leandro Souza (André<br />

Oliveira); Cléber Goiano, Memo, Jeovânio,<br />

Weslley e Renatinho (Marcus Vinícius);<br />

Gilberto e Landu (Thiago Cunha). Técnico:<br />

Zé Teodoro. porto: Mondragon, Baiano,<br />

Marivaldo (Lalá), Sandro Miguel e Altemar<br />

(Jefferson); Naldinho, Vagner Rosa (Hel<strong>de</strong>r),<br />

Douglas e Thiago Laranjeira; Kiros e Paulista.<br />

Técnico: Laelson Lima.<br />

Sport 0 x 2 Santa Cruz<br />

(Finais - Ida)<br />

Data: 8/5/<strong>2011</strong>. Local: Ilha do Retiro, Recife.<br />

Árbitro: Cláudio Mercante. Assistentes:<br />

Erich Ban<strong>de</strong>ira (Fifa) e Ubirajara Ferraz.<br />

público: 30.169. Gols: Gilberto e Landu.<br />

sport: Magrão, Renato, Igor, Alex<br />

Bruno e Wellington Saci; Hamilton, Tobi<br />

(Romerito), Daniel Paulista (Dutra) e<br />

Marcelinho Paraíba; Bruno Mineiro e Ciro<br />

(Pablo Pereira). Técnico: Hélio dos Anjos.<br />

santa cruz: Tiago Cardoso; Thiago Matias<br />

(André Oliveira), Everton Sena e Leandro<br />

Souza; Memo, Jeovânio, Mário Lúcio (Teti),<br />

Weslley e Renatinho; Landu (Thiago Cunha)<br />

e Gilberto. Técnico: Zé Teodoro.<br />

Santa Cruz 0 x 1 Sport<br />

(Final - Volta)<br />

Data: 15/5/<strong>2011</strong>. Local: Arruda, Recife. Árbitro:<br />

Sálvio Spinola Fagun<strong>de</strong>s (Fifa-SP). Assistentes:<br />

Alessandro A. Rocha <strong>de</strong> Matos (Fifa-BA) e Márcio<br />

Eustáquio Sousa Santiago (Fifa-MG). público:<br />

62.243 Gol: Marcelinho Paraíba, <strong>de</strong> pênalti.<br />

expulsão: Alex Bruno (S). santa cruz (campeão):<br />

Tiago Cardoso; Everton Sena, Leandro Souza<br />

e André Oliveira; Memo, Jeovânio, Wesley,<br />

Natan (Têti) e Renatinho; Gilberto (Leo) e Landu<br />

(Thiago Cunha). Técnico: Zé Teodoro. sport: (vicecampeão):<br />

Magrão; Renato, Montoya, Alex Bruno<br />

e Saci (Romerito); Hamilton, Tobi, Daniel Paulista,<br />

Marcelinho Paraíba; Bruno Mineiro (Ta<strong>de</strong>u) e<br />

Carlinhos Bala (Ciro). Técnico: Hélio dos Anjos.


Santa Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong>l27


NA FESTA<br />

DO MAIS QUERIDO,<br />

NAO PODE FALTAR<br />

A MAIS PEDIDA.<br />

28 lSanta Cruz Campeonato <strong>Pernambucano</strong> <strong>2011</strong><br />

HOMENAGEM DA<br />

PITÚ AO CAMPEÃO<br />

PERNAMBUCANO <strong>2011</strong>.

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