10 PRINCIPAL ESTRATÉGIA DE CRESCI~IENTO NAS CADEIAS ...
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1199601134<br />
- 1111111111111111111111111111111111111111<br />
VERTICALIZAÇ.-\.O COJ\;<strong>10</strong> <strong>PRINCIPAL</strong> <strong>ESTRATÉGIA</strong><br />
<strong>DE</strong> <strong>CRESCI~IENTO</strong> <strong>NAS</strong> CA<strong>DE</strong>IAS <strong>DE</strong> PRODIIÇAo E<br />
DISTRIBl'IÇ.\.O <strong>DE</strong> FRANGOS <strong>DE</strong> CORTE<br />
Um estudo exploratório de empresas produtoras<br />
no estado de Pernambuco<br />
Banca Examinadora<br />
Prot" Orientadora: Prof'. Maria Cecilia Coutinho de Arruda<br />
Prof. --.--., .<br />
Prof. .<br />
I .~~_ Fundação Getulio Varga~<br />
Escola de Administração<br />
" FG V de Empresas de SAo Paulo<br />
I .. Biblioteca '<br />
1199601134<br />
( - -------- - -----
FUNDAÇAo GETllLIO VARGAS<br />
ESCOLA <strong>DE</strong> .-\DMI:\'ISTRAÇÃO <strong>DE</strong> EMPRESAS <strong>DE</strong> sxo PAULO<br />
MARNIX CARLOS <strong>DE</strong> VOCHT<br />
VERTICALlZ.-\ÇÃO COMO <strong>PRINCIPAL</strong> ESTRATEGIA <strong>DE</strong> CRESCIMENTO<br />
<strong>NAS</strong> C\<strong>DE</strong>I!\S <strong>DE</strong> PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO <strong>DE</strong> FRANGOS <strong>DE</strong> CORTE<br />
Um estudo exploratório de empresas produtoras no estado de Pernambuco<br />
SÃO PAULO<br />
1996<br />
Dissertação apresentada ao Curso<br />
de Pós-Graduação da FGV /EAESP<br />
Area de Concentração:<br />
Mercadologia<br />
como requisito para obtenção de<br />
título de mestre em Administração.<br />
Orientadora<br />
Prof" Maria Cecilia C de Arruda
VOCHT.<br />
de<br />
Marnix Carlos de. Verticalização como principal estratégia<br />
crescimento nas cadeias de produção e distribuicào de franeos de corte: um<br />
estudo exploratório de empresas produtoras no estado de Pernambuco. São<br />
Paulo. EAESP/FG\'. 1996. 200 p.. Dissertação de Mestrado apresentada ao<br />
Curso de Pós-Graduação da EAESP/FGV. Área de Concentração:<br />
Mercadologia.<br />
Resumo: Trata dos vanos níveis de operações verticalizadas adotados pelas<br />
empresas produtoras de frangos de corte. Analisa as vantagens da implantação<br />
de mais um nível avançado de verticalização: o abatedouro de aves, e os<br />
possíveis canais de distribuição para frangos vivos e abatidos.<br />
Palavras-chave: Verticalização - Frangos - Canais de Distribuição - Mercados<br />
-Abatedouros - Grãos - Pernambuco.
Introdução<br />
I. Tema<br />
2. Justificativa<br />
3. Objetivos<br />
4. Pressuposto básico<br />
5. Descrição dos capítulos<br />
íNDICE<br />
I - Conceitos Preliminares e Revisão Bibliográfica<br />
I. I. Definições operacionais<br />
1.2. Conceito de estratégia mercadológica<br />
1.3. Estratégias de Crescimento<br />
1.4. Canais de distribuição<br />
2 - As Cadeias de Produção e Distribuição<br />
Pá{!ina<br />
de Frangos de Corte 40<br />
2.1. Definições operacionais 41<br />
2.2. Cadeia biológica de frangos de corte 43<br />
2.2.1. Granja avozeira: produção de matrizes 44<br />
2.2.2. Granja de matrizes: produção de ovos férteis 45<br />
2.2.3. lncubatório: processamento de ovos em pintos de 1 dia 49<br />
2<br />
5<br />
5<br />
6<br />
7<br />
8<br />
9<br />
<strong>10</strong><br />
29
1.1.4. Granja de engorda: preparação para o repovoamento<br />
de pintos de 1 dia e recebimento de pintos de 1 dia 51<br />
2.3. Cadeia de nutrição de frangos de corte 55<br />
1.3.1. Plantio de milho<br />
..,..•I PI . d .<br />
_.-'._. anuo e sOJa 60<br />
1.3.3. Unidade de fabricação de ração: processamento de<br />
milho. soja e outros componentes: e a nutrição de<br />
frangos de corte 68<br />
1.3.4. Granja de engorda: alimentação dos pintos desde<br />
1 dia de idade ate alcançar a faixa de peso de mercado 75<br />
1.4. Cadeia de distribuição de frangos de corte vivos 86<br />
1.4.1. Granja de engorda: a comercialização dos frangos<br />
de corte vivos<br />
1.4.2. O atacado de frangos de corte vivos 93<br />
1.4.3. O varejo de frangos de corte vivos: recebimento<br />
de frangos de corte vivos e venda de frangos de<br />
corte vivos e abatidos na hora 98<br />
1.4.4. Abatedouro: recepção de frangos de corte vivos e<br />
seu processamento<br />
1.5. Cadeia de distribuição de frangos de corte abatidos 114<br />
1.5.1. Frigorífico: venda de frangos de corte abatidos<br />
resfriados e congelados 115<br />
55<br />
87<br />
<strong>10</strong>4
2.5. I. I. Oportunidades e tendências para os frigoríficos 115<br />
2.5.1.2. A distribuição de aves abatidas no mercado interno 117<br />
2.5.1.3. A distribuição de aves abatidas no mercado externo 123<br />
3 - Pesquisa Junto às Empresas Produtoras 142<br />
3.1. Metodologia da pesquisa 143<br />
3.2. Pesquisa de campo junto aos produtores 145<br />
3.2. I. Objetivo da pesquisa de campo 145<br />
3.2.2. Metodologia da pesquisa junto aos produtores 145<br />
3.2.3. Análise e conclusões da pesquisa de campo 148<br />
3.2.4. Análise horizontal 168<br />
3.2.5. Síntese de Informações 177<br />
4 - Considerações finais 183<br />
4.1. Definições operacionais 184<br />
4.2. Perspectivas para a avicultura de corte no Brasil 184<br />
4.3. Perspectivas para a verticalização das empresas 193<br />
4.4. Recomendações 200<br />
4.5. Limitações do estudo 20 I<br />
4.6. Sugestões para estudos ulteriores 201<br />
5 - Bibliografia<br />
203<br />
.' ,~<br />
• j ~
6 - Anexo (Questionário) 222
INTRODUÇÃO<br />
1
1. TEMA<br />
Verticalização como principal estratégia de crescimento nas cadeias de<br />
produção e distribuição de frangos de corte: um estudo exploratório de<br />
empresas produtoras no Estado de Pemambuco.<br />
2. JUSTIFICATIVA<br />
A consolidação crescente da avicultura de corte brasileira é mais um<br />
dos trunfos que diversos organismos políticos desejam manipular para obter<br />
resultados em proveito próprio.<br />
Evita-se por exemplo falar que o Brasil possui uma péssima taxa de<br />
desfrute bovino, o que eqüivale ao payback da produção de gado. A<br />
produtividade leiteira do país revela-se deficiente. sendo bastante inferior à<br />
dos outros membros do Mercosul.<br />
Pouco se comenta sobre as dificuldades financeiras dos criadores de<br />
suínos. No que se refere à piscicultura, o país possui uma enorme extensão de<br />
litoral e alguns dos maiores rios do mundo em extensão e volume d' água, mas<br />
a população faminta simplesmente não come peixes. Este é mais caro do que a<br />
came de frango e bovina.<br />
O Brasil já foi grande produtor e exportador de algodão, e hoje é um<br />
dos maiores importadores do produto. Da mesma forma as fábricas de<br />
2
chocolate brasileiras provavelmente realizarão, se já não o fazem, importações<br />
de cacau da África.<br />
Ao que parece, em 1996, o Brasil também vat importar café da<br />
Colômbia. As importações de coco seco, em um país tropical, são uma<br />
realidade. O Brasil é considerado o maior produtor de frutas do mundo, mas<br />
uma grande parcela da produção é perdida entre o campo e a cidade, por falta<br />
de tratamento pós-colheita.<br />
A cana de açúcar e o frango de corte são uma das poucas exceções de<br />
competitividade brasileira atualmente.<br />
A avicultura brasileira, e mundial, para continuar realizando os índices<br />
atuais de crescimento, deve ser acompanhada de um enorme esforço mundial<br />
na produção de grãos. Os estoques globais de arroz, trigo, milho e soja estão<br />
em níveis baixíssimos. A demanda avícola irá pressionar ainda mais a<br />
produção dos dois últimos. milho e soja.<br />
A alimentação da população brasileira, e mundial. é tratada como uma<br />
conseqüência natural do desenvolvimento econômico, e não como um objetivo<br />
a ser alcançado.<br />
O crescimento vegetativo da população mundial ultrapassa os 2%<br />
anuais. A renda per capita dos países subdesenvolvidos oscila entre 3 e 5% ao<br />
ano. O aumento conseqüente na demanda de alimentos é, portanto, de 4 a 6%<br />
ao ano, considerando uma elasticidade-renda de 0,6. Não existe uma dezena de<br />
3
países que tenham realizado crescimento agrícola de pelo menos 5% ao ano,<br />
nas últimas décadas I .<br />
Sempre que o Brasil atinge um novo recorde de produção de carne de<br />
frango há uma efusiva comemoração sobre essa atividade promissora e um<br />
mínimo de análise sobre o que esse fato representa. Na esperança de que a<br />
avicultura brasileira de corte não possua o destino comum das culturas de<br />
algodão e cacau no Brasil. todas duas culturas "promissoras" em seus tempos<br />
áureos. iniciar-se-á este trabalho.<br />
A falta de estudos acadêmicos na área de administração sobre um dos<br />
poucos setores que se destacam no agribusiness brasileiro e que faturou mais<br />
de US$ 5,0 bilhões em 1995, computado somente o valor da produção de<br />
frangos de corte, é uma realidade.<br />
Talvez mais crítico do que essa constatação, seja o fato de não existir<br />
uma base teórica que permita a divisão estruturada das atividades do setor. A<br />
falta dessa estruturação coloca atividades como alojamento de matrizes de<br />
corte, produção de grãos, o mercado de produtores de frangos vivos, e a<br />
exportação de cortes de frango para o Japão, por exemplo, juntos, mesclados<br />
dentro de um artigo, o que dificulta análises específicas.<br />
Um estudo exploratório sobre as atividades avícolas de corte justifica-<br />
se, portanto, não somente pela falta de estudos sobre um tema<br />
economicamente importante. mas também pela possibilidade de formular uma<br />
IProdução esbarra na tecnologia. Agroanalysis. Janeiro 1996. p.04<br />
"<br />
4
classificação das atividades que regem o setor e, em decorrência, analisar<br />
melhor as relações entre os produtores e os diversos mercados envolvidos na<br />
produção e distribuição de frangos de corte.<br />
3. OBJETIVOS<br />
Este estudo tem como objetivos:<br />
- definir possíveis mveis de verticalização. nas cadeias de produção e<br />
distribuição de frangos de corte, para as empresas produtoras de frangos de<br />
corte;<br />
- verificar as vantagens possíveis na adoção de mais um nível de verticalização<br />
avançado na cadeia de distribuição de frangos de corte, a operação de<br />
abatedouros, para as empresas do setor.<br />
4. PRESSUPOSTO BÁSICO<br />
A adoção de maior nível de operações verticalizadas pelas empresas<br />
produtoras de frangos de corte, principalmente através da constituição de<br />
abatedouros. oferece maiores vantagens competitivas às empresas do setor.<br />
5
5. <strong>DE</strong>SCRIÇÃO DOS CAPÍTULOS<br />
o capítulo um faz uma breve descrição sobre as estratégias de<br />
crescimento a serem adotadas pelas empresas, principalmente a integração<br />
vertical. Também e realizado um estudo sumário sobre os canais de<br />
distribuição.<br />
o capítulo dois aborda as cadeias de produção e distribuição de frangos<br />
de corte. A cadeia de produção de frangos de corte foi dividida em cadeia<br />
biológica e cadeia de nutrição de frangos de corte: e a cadeia de distribuição<br />
de frangos de corte foi dividida em cadela de distribuição de frangos de corte<br />
vivos e de frangos de corte abatidos.<br />
o capítulo três refere-se a uma pesqi.isa realizada com empresas<br />
produtoras de frangos de corte no estado de Pernambuco. uma região não-<br />
produtora de grãos. Nela se aborda os níveis atuais de verticalização de cada<br />
empresa, bem como a importância atribuída a mais um nível avançado de<br />
verticalização, a operação de abatedouros. Também foram pesquisados os<br />
canais utilizados na distribuição e a segmentação geográfica dos compradores.<br />
No capítulo final são abordadas as perspectivas para o setor avícola de<br />
1,<br />
corte no Brasil, com análise das tendências das diversas atividades avícolas a<br />
longo, médio e curto prazos.<br />
6
CAPÍTULO 1<br />
CONCEITOS PRELIMINARES E<br />
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA<br />
7
Este capuu,o aborda as possíveis estratégias de crescimento passíveis de<br />
adoção pelas empresas: crescimento nos atuais mercados com os produtos<br />
existentes: aumentar o número de produtos para os mercados atuais: aumentar<br />
os mercados para os produtos atuais; e a integração vertical, bem como a<br />
alternativa a esta última: a quasi-integração.<br />
A estratégia de diversificação não foi abordada. em função do objeto do<br />
presente trabalho estar centrado nas atividades avícolas de corte.<br />
O estudo dos canais de distribuição faz uma breve descrição sobre a<br />
política de formação estrutural de canais, a seleção de canais e a sua<br />
interrelação com o composto mercadológico da empresa. e as funções básicas<br />
dos intermediários. Como parte do público alvo deste trabalho é o<br />
empresariado avícola de corte, abriu-se um espaço para a demonstração da<br />
importância da centralização de trocas e da figura do intermediário.<br />
1.1. <strong>DE</strong>FINIÇÕES OPERACIONAIS<br />
Para fins deste estudo consideramos os termos mercadologia e<br />
markcting como similares.<br />
O termo verticalização neste trabalho abrange a integração vertical e a<br />
quasi-integração, Quando uma organização possuir, sob uma única<br />
propriedade. dois ou mais estágios de produção. ela opera em sistema de<br />
integração vertical; caso ela atue em suas operações de forma verticalizada<br />
8
sem ter a propriedade da outra empresa, ela é operadora de um sistema de<br />
quast-trüegracão.<br />
Neste estudo serào utilizados os termos canal de marketing, canal de<br />
comércio e canal de distribuição como similares".<br />
1.2. CONCEITO <strong>DE</strong> <strong>ESTRATÉGIA</strong> MERCADOLÓGICA<br />
A estratégia mercadológica consiste em encontrar os objetivos de<br />
marketing que melhor se adaptem aos objetivos da empresa. Os objetivos<br />
mercadológicos devem combinar todos os elementos do composto de<br />
marketing e configurá-los em diversos arranjos de acordo com as mudanças no<br />
ambiente empresarial.<br />
A estratégia mercadológica que uma empresa adota ao longo do<br />
tempo deve ter o máximo de flexibilidade para adaptar-se ás rápidas mudanças<br />
tecnológicas vivenciadas nos últimos anos.<br />
Dois dos maiores desafios experimentados nesta década sào:<br />
(1) selecionar os ativos potencialmente úteis para a empresa:<br />
(2) encontrar fontes externas que antes de solucionar as<br />
dificuldades da empresa, agreguem valor ao serviço prestado.<br />
CKotlcr. Philip .. -ulministracão de Morketing: análise. planejamento. tmplementação e controle.<br />
Tradução: Ailton Bonfim Brandão. ~' edição. S:<strong>10</strong> Paulo: Atlas. 1')')4. p. ~:'.t.<br />
9
Estes dois fatores acima são interrelacionados e complementares.<br />
A estratégia de marketing implica na elaboração de orçamentos anuais,<br />
ainda que simplificados. sendo elaborados tantos orçamentos quantos forem o<br />
número de anos previstos para a rnaximização dos objetivos propostos pela<br />
empresa.<br />
Um dos objetivos empresariais básicos é a sobrevivência. Em mercados<br />
de alta taxa de crescimento é natural que a sobrevivência implique na adoção<br />
de estratégias de crescimento.<br />
1.3. <strong>ESTRATÉGIA</strong>S <strong>DE</strong> CRESCIMENTO<br />
A tendência normal de uma empresa é buscar o crescimento. Quando há<br />
crescimento a empresa absorve mais trabalhadores, ocupa mais máquinas.<br />
realiza mais vendas. agrega mais valor aos produtos e serviços. proporciona<br />
mais lucros e aumenta os seus recursos.<br />
o crescimento eleva a coesão da equipe e determina um ritmo mais<br />
acelerado de resolução de problemas. Não bastasse isto. o aumento da escala<br />
. de operações é uma das condições de viabilidade em determinados mercados.<br />
Ao optar por uma estratégia de crescimento a empresa deve verificar de<br />
que produtos dispõe e em que mercados opera. Há quatro possibilidades<br />
básicas de atuação:<br />
<strong>10</strong>
(1) crescer nos atuais mercados com o portfôlio de produtos<br />
disponível:<br />
(2) aumentar o portfolio de produtos para o mercado atual:<br />
(3) aumentar o tamanho do mercado para o portfôlio de produtos<br />
disponível:<br />
(4) integrar verticalmente.<br />
1.3.1. CRESCIMENTO NOS ATUAIS MERCADOS COM O<br />
PORTFÔL/O <strong>DE</strong> PRODUTOS DISPONÍVEL<br />
o fato de uma empresa ter diversos anos de atuação num ramo de<br />
atividades lhe traz uma experiência enorme com o seu produto e uma<br />
familiaridade com o mercado por ela atingido. A curva de experiência é uma<br />
grande aliada da firma.<br />
O crescimento pode ser obtido de duas formas: elevando a taxa de uso<br />
do produto entre os consumidores atuais e elevando a participação de mercado.<br />
A primeira sempre que possível é mais desejável, pois evita as vicissitudes<br />
decorrentes da captura de vendas dos concorrentes.<br />
A taxa de uso do produto corresponde ao numero de unidades<br />
consumidas em determinado período. É útil fazer uma análise da taxa de uso<br />
em função da relação produto/usuário. Podemos estratificar dois grupos:<br />
grandes usuários e pequenos usuários. As questões-chave são: que fatores os<br />
11
levam aos níveis atuais de consumo: e sob que condições ficariam aptos e<br />
dispostos a elevar suas respectivas taxas de uso<br />
Segundo Aaker', há duas fonnas de crescimento nos mercados atuais da<br />
empresa sem alterar o seu portfálio de produtos: elevando a taxa de uso do<br />
produto e aumentando a participação de mercado.<br />
A taxa de uso do produto pode ser elevada através de:<br />
(a) descoberta de novas modalidades de consumo para os<br />
usuários do produ/o: um produto muitas vezes é associado a uma<br />
característica particular de uso, podendo entretanto ser usado para<br />
outros fins. Algumas ferramentas estào à disposição da empresa<br />
para que ela encontre novos usos para os seus produtos: a<br />
pesquisa de mercado é uma delas; e procurar novos usos dados<br />
aos produtos dos concorrentes. outra opção possível.<br />
(b) aumentar a freqüência de uso: os caminhos mais procurados<br />
para aumentar a freqüência de uso de um produto consistem em:<br />
tornar mais conveniente o uso do produto no seu local de<br />
consumo; estimular através de propagandas e promoções a<br />
lembrança do uso do produto: reestimular uma posição de<br />
'Aakcr. David A.. Strategic Xlarket Management, -lth, cdition. Ncw York: John Wilev & Sons. Ine ..<br />
1995. p. 239.<br />
12
consumo cada vez mars freqüente do produto incitando uma<br />
regularidade no uso; e reduzir ou eliminar barreiras de uso, ainda<br />
que com alguma eventual mudança no produto.<br />
(c) aumentar a quantidade usada em cada aplicação: o aumento<br />
da quantidade usada em cada ocasião de consumo pode ser obtido<br />
pelos mesmos meios do aumento da freqüência. Também pode se<br />
procurar alterar o padrão de consumo através de maiores volumes<br />
nas embalagens: e ceder benefícios ou vantagens financeiras aos<br />
usuários na compra de um maior número de unidades.<br />
o aumento na participação de mercado pode ser alcançado através de<br />
alterações no composto mercadológico. Isto implicará provavelmente em<br />
maiores custos e no risco de acirrar o grau de concorrência direta. O aumento<br />
na participação de mercado só deve ser procurado quando conduzir a uma<br />
vantagem competitiva sustentável. Muitas vezes a empresa consegue uma<br />
parcela maior do mercado às custas de perda de rentabilidade, por exemplo, o<br />
que não é interessante.<br />
l3
1.3.2. AUMENTO DO PORTFÓLIO <strong>DE</strong> PRODUTOS PARA O<br />
MERCADO ATUAL<br />
Há quatro linhas básicas de ação para desenvolver produtos em um<br />
mercado já conhecido:<br />
(a) introduzir um novo ciclo de vida ao produto: a introdução de<br />
um novo ciclo de vida é importante para revitalizar um produto<br />
que está se tomando obsoleto ou quando existe a possibilidade de<br />
uma nova tecnologia ser aplicada ao produto.<br />
(b) adicionar elementos extra ao produto: a adição de novas<br />
características ao produto procura passar ao consumidor a idéia<br />
de um plus. ou seja, algo a mais ofertado no produto. A vantagem<br />
para a empresa reside no fato de ela aproveitar suas atuais<br />
estruturas de produção, administração e marketing. As<br />
desvantagens estão na alocação inevitável de recursos destinados<br />
à nova característica e por ser uma oportunidade de crescimento<br />
que inevitavelmente atrairá a concorrência.<br />
(c) expandir a linha de produtos: a expansão da linha de<br />
produtos e viável na medida em que a empresa pode utilizar<br />
14
eficientemente seus ativos e habilidades nos novos produtos;<br />
quando ela tem os recursos necessários para proceder à pesquisa<br />
e desenvolvimento do produto: quando as estruturas de produção<br />
e marketing estão aptas ao aumento da linha de produtos; quando<br />
os consumidores se beneficiam de uma linha de produtos ampla;<br />
e quando a extensão da linha de produtos é compatível com a<br />
marca da empresa.<br />
(d) utilizar lima marca conhecida para introduzir novos<br />
produtos: lima marca possui um valor intrínseco, de difícil<br />
mensuração. Fora ó produto ou a linha de produtos associada à<br />
marca, a empresa pode incorporar outra categoria de produtos,<br />
realizando uma extensão de sua marca. Com isso ela procura<br />
adquirir sinergias. A chave para o sucesso, como nos itens<br />
anteriores. é conseguir eficiência operacional. Um ponto que deve<br />
ser analisado criteriosamente é se a associação de imagem da<br />
marca com a nova categoria de produtos será bem aceita pelo<br />
consumidor.<br />
15
1.3.3. AUMENTO DO MERCADO PARA O PORTFÓLIO <strong>DE</strong><br />
PRODUTOS DISPONíVEL<br />
Apresenta-se como uma opção atrativa. pois aproveita a tecnologia e o<br />
conhecimento do portfolio atual da empresa, muitas vezes mantendo as<br />
operações na mesma fábrica, através de canais de distribuição conhecidos. Os<br />
investimentos realizados para o aumento de escala de operações podem<br />
conduzir à redução de custos unitários de produção e distribuição, o que<br />
configuraria uma vantagem competitiva sustentável.<br />
empresa:<br />
Há duas opções para expandir o mercado do leque de produtos da<br />
(a) aumentar a área de alcance geográfico dos produtos:<br />
significa expandir a atuação da empresa no âmbito estadual,<br />
regional, nacional e internacional.<br />
(h) aumentar as Fendas nos segmentos potenciais: consiste em<br />
localizar o maior número possível de segmentos imagináveis e<br />
identificar em quais destes é possível incorporar maior aceitação<br />
pelo consumidor.<br />
16
1.3.4. INTEGRAÇÃO VERTICAL<br />
Integração vertical é a comhinação. sob uma única posse. de<br />
dois 011 mais estágios de produção ou distribuição (ou ambos)<br />
que são usualmente separados . .J<br />
A integração vertical é o conjunto tecnologicamente diferenciado de<br />
produção, distribuição, vendas e/ou outros processos econômicos, dentro dos<br />
limites de uma única empresa. Como tal, representa uma decisão, que ela<br />
toma, de fazer uso de transações internas ou administrativas. ao invés de<br />
transações no mercado. visando a atingir propósitos econôrnicos.?<br />
A determinação do nível ótimo de integração vertical da firma depende<br />
do setor em que ela está inserida, e do seu posicionamento estratégico no setor.<br />
Uma lista dos possíveis beneficios da empresa integrada verticalmente foi<br />
obtida de informações fornecidas por executivos e de artigos publicados sobre<br />
(1) margens de lucro adicionais;<br />
(2) despesas de marketing reduzidas;<br />
·'Suzzcll. Robert D. Is vertical integration profitablc? IIarvard Business Review. Jan. - Fcb. 1983. p.<br />
92-<strong>10</strong>2.<br />
'Richers. Rairnar: Ferreira. Janc. "Competitive Strategy' de .II. Porter: um resumo. São Paulo:<br />
RR&CA. 1995. p. 65.<br />
IiColc. Robert. Vertical Integration In Marketing in Mallen. Bruce (org.). lhe Marketing Channel: a<br />
Conccptual Viewpoint . Ncw York: John Wilcy & Sons. 1967. p. 156.<br />
17
(3) estabilidade de operações;<br />
(4) certeza de materiais e de fornecimentos;<br />
(5) melhor controle da distribuição do produto:<br />
(6) realização de ambições pessoais;<br />
(7) controle de qualidade dos produtos;<br />
(8) revisão imediata das políticas de produção e distribuição:<br />
(9) melhor controle de estoque;<br />
(<strong>10</strong>) possibilidade de utilizar marcas e tirar proveitos das<br />
vantagens decorrentes:<br />
( 11) oportunidade para aumentar fluxo de informações:<br />
( 12) maior poder de compra;<br />
(13) possibilidade de manter pessoal melhor treinado.<br />
Além dos treze itens identificados por Cole, pode-se acrescentar outros<br />
quatro beneficios estratégicos da integração vertical estudados por Porter:<br />
(14) economias de operações casadas, juntando-se eficientemente<br />
operações tecnologicamente diferentes;<br />
( 15) Capacidade de diferenciação da empresa em relação aos<br />
concorrentes pode ser aumentada;<br />
( 16) as barreiras de entrada e mobilidade tornam-se elevadas;<br />
Richcrs. "( 'ompctttive ... p. 6(,-7<br />
18
(17) mesmo que não haja benefícios, a integração vertical pode<br />
ser necessária como defesa contra impedimentos impostos por<br />
fornecedores.<br />
Segundo Aaker", a integração vertical pode ser vantajosa nos seguintes<br />
casos, arrolados a seguir como benefícios:<br />
(18) quando não existe fornecedor para o produto:<br />
(19) quando não existe pontos de varejo para o produto; O<br />
(20) quando o comprador ou vendedor detém o nome da marca:<br />
(21) quando o comprador ou vendedor possui uma participação<br />
muito grande no fluxo de negócios;<br />
(22) quando o comprador ou vendedor tem um forte poder sobre a<br />
tecnologia utilizada:<br />
(23) quando o comprador ou vendedor tem um grande<br />
conhecimento das operações da empresa a ponto de tomar-se<br />
essencial para o seu funcionamento.<br />
Uma lista dos possíveis custos da integração vertical pôde ser elaborada<br />
por Cole'>, a partir de informações obtidas junto a executivos e artigos<br />
especializados. Ela incluía os seguintes itens:<br />
"Aakcr. Strategic ... p. 25].<br />
19
(1) limitações administrativas;<br />
(2) inflexibilidade de operações;<br />
(3) incapacidade de algumas firmas marginais operarem<br />
rentavelmente em condições de integração vertical:<br />
(4) restrições sobre a variedade de produtos;<br />
(5) disparidade entre estágios de operação;<br />
(6) dificuldade de tentar novos campos de ação:<br />
(7) posse de crescentes estoques:<br />
(8) opinião pública e ação governamental:<br />
(9) disparidade aumentada em margens e "líderes":<br />
(lO) falta de especialização.<br />
Segundo Porter'" alguns dos principais custos estratégicos da integração<br />
vertical podem ser acrescidos à lista de Cole:<br />
(11) custos de ultrapassar barreiras de mobilidade;<br />
(12) aumento da alavancagem operacional;<br />
( 13) flexibilidade para troca de sócios se reduz;<br />
(14) barreiras de saída ficam mais elevadas;<br />
9Colc. I ética/ ... p. 157.<br />
"Richcrs. "Competitive .. p. 67-S.<br />
20
(15) necessidades de investimento de capital;<br />
(16) impedimento de acesso a fornecedor ou pesquisa e know-how<br />
de cliente;<br />
(17) manutenção do equilíbrio entre os extremos da integração é<br />
muito importante para evitar o surgimento de problemas;<br />
(18) perda de incentivos externos;<br />
( 19) necessidades diferenciadas de pessoal de gerência.<br />
Aaker ' coloca alguns dos possíveis custos da integração vertical:<br />
(20) não há garantias de que os custos associados das duas<br />
atividades não excederão os custos de transação entre duas<br />
firmas;<br />
(21) é improvável que as duas operações trabalhem nas<br />
respectivas capacidades ótimas. o que elevará os custos da que<br />
estiver com capacidade em excesso;<br />
(22) sem a disciplina da concorrência de preços externos, pode<br />
haver desincentivos para o controle de custos, pois o fluxo de<br />
transação já está garantido;<br />
(23) usualmente um preço de transferência simulando um preço<br />
de mercado é utilizado intra-organização, sendo este preço de<br />
II Aakcr. Strategic ... p, 255-(,.<br />
21
transferência sujeito a informações falsas . ou pressões<br />
organizacionais, o que tomaria uma unidade mais lucrativa e a<br />
outra mais deficitária do que na realidade o são;<br />
(24) a administração de negócios diferentes;<br />
(25) dependência aumentada do ramo de atuação:<br />
(26) flexibilidade ambiental reduzida.<br />
Foram abordados os principais beneficios e custos da integração<br />
vertical de forma generica, mas é importante distinguir que características<br />
influenciam mais a integração vertical para a frente e a integração vertical para<br />
trás 12. As características estratégicas específicas na integração para a frente<br />
são:<br />
- melhoria na capacidade de diferenciar o produto;<br />
- acesso aos canais de distribuição: melhor acesso à informação de mercado:<br />
- obtenção de preços mais elevados pode ocorrer com a venda a diferentes<br />
clientes de um produto que seja essencialmente o mesmo.<br />
Na integração vertical para trás é possível distinguir':':<br />
IZRichcrs. "Competitive ... p. 68-'.1.<br />
IIRichcrs ... ( 'ompetitive .. p. 6'.1.<br />
22
- direitos de propriedade de conhecimento poderão ser retidos com a empresa<br />
se ela fabricar partes essenciais, não tendo que dividi-los com seus<br />
fornecedores:<br />
- diferenciação pode ser conseguida através de controle sobre matérias-primas<br />
básicas.<br />
É muito comum os executivos exagerarem as possibilidades efetivas da<br />
integração vertical na melhoria da condução dos negócios da empresa.<br />
Segundo Porter. algumas das crenças mais comuns SãO I4 :<br />
- uma forte posição de mercado em um estágio pode automaticamente ser<br />
transferida a outro:<br />
- é sempre mais barato fazer as coisas internamente;<br />
- é sempre lógico integrar verticalmente estando num negócio competitivo;<br />
- a integração vertical pode salvar um negócio estrategicamente doente;<br />
- a experiência da unidade pioneira qualifica automaticamente o pessoal da<br />
gerência a dirigir uma unidade anterior ou posterior na cadeia vertical.<br />
Através de algumas análises baseadas em informações do programa de<br />
pesquisa PIMS tProfit lmpact ofMarket Strategtesí; contendo dados de I. 742<br />
unidades de negócios. Robert D. Buzzell, Harvard Business School,<br />
1.1Richcrs. "Competiuve ... p. 70.<br />
23
selecionou 1.649 unidades de negócios nas áreas de manufatura e<br />
processamento. Eles se referem a produtos de consumo, componentes e<br />
produtos industriais, matérias-primas e produtos semi-acabados. As<br />
informações dizem respeito a períodos de quatro anos consecutivos durante a<br />
década de 70. Somente os blocos dos quatro anos mais recentes foram<br />
utilizados.<br />
É importante explicitar o termo unidade de negócios. Cada unidade de<br />
negócios é uma subdivisão da empresa. geralmente uma divisão de produtos<br />
ou uma linha de produtos que se distingue dos outros setores da companhia,<br />
pelos compradores que ela atende, pelos competidores que enfrenta e pelos<br />
recursos que emprega 15.<br />
I 'Buzzcll. 15 vertical ... p. ')~<br />
24
Figura 1 - Integração vertical e rentabilidade<br />
Integração Lucro líquido Investimento Lucro líquido Número de<br />
vertical medida como como como unidades de<br />
pelo valor percentagem de percentagem de percentagem de negócios<br />
adicionado vendas vendas investimento analisados no<br />
como PIMS<br />
percentagem de<br />
vendas<br />
Abaixo de 40% 8% 38% 26% 267<br />
40-50% 8 45 22 341<br />
50-60% 9 54 20 389<br />
60-70% <strong>10</strong> 56 22 338<br />
Acima de 70% 12 65 24 314<br />
Fonte: Adaptado de Buzzell. Robert D. ls vertical integration profitable?<br />
Harvard Business Review. Jan. - Feb. 1983. p. 97<br />
A figura I determina o impacto na rentabilidade em função do grau de<br />
integração vertical. Verifica-se que ocorreu um aumento no lucro líquido como<br />
percentual de vendas, decorrente da maior integração vertical; entretanto não<br />
ocorreu um acréscimo do lucro líquido como percentual do investimento<br />
realizado IÓ.<br />
IA Aakcr .. Strategic ... p. 257.<br />
25
40<br />
35<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
<strong>10</strong><br />
5<br />
Figura 2 - Gráfico do Lucro Líquido como Percentagem<br />
de Investimento em Sistema de Integração vertical<br />
O+-----~------~----~------~----~<br />
< 40 40-50 50-60 60-70 >70<br />
-+- Lucro líquido como<br />
percentagem de<br />
investimento<br />
A figura 2 coloca em gráfico o que foi exposto no parágrafo anterior.<br />
Ela revela o curioso conceito de que os negócios mais lucrativos estão nos<br />
extremos do spectrum da integração vertical. Por isso os fabricantes devem se<br />
precaver em adotar verticalizações parciais. A empresa que prefere comprar a<br />
fabricar, tende a minimizar investimentos, buscar preços baixos, e ter o<br />
máximo de flexibilidade. A firma com grande participação de ativos integrados<br />
irá maximizar os benefícios da integração vertical'".<br />
Análises de outros autores confirmaram os dados da figura 1 para<br />
produtores de bens de consumo e bens industriais, mas mostraram que para<br />
fabricantes de matérias-primas e de produtos semi-acabados, o retomo sobre o<br />
investimento declinou consistentemente à medida que o valor agregado como<br />
percentagem de vendas subiu".<br />
l-Idem.<br />
I"Buzzcll. Is vertical ... p. %.<br />
26
Quando a empresa pode intensificar a integração vertical sem ter que se<br />
submeter a investimentos de capital proporcionalmente maiores, as<br />
perspectivas são melhores.<br />
As empresas maiores têm melhores possibilidades de utilizar a<br />
integração vertical do que seus concorrentes menores, porque podem operar<br />
melhor em escalas eficientes a cada estágio da atividade")<br />
Um outro item que merece atenção. pois diz respeito ao passado recente<br />
do Brasil. é que entre as empresas que trabalharam com inflação nos seus<br />
custos de materiais o retomo sobre o investimento que elas alcançaram foi<br />
maior quando o nível de integração vertical era baixo. e menor quando o grau<br />
de integração vertical era alto"'.<br />
Quanto à política de inovação de produto, em mercados maduros e em<br />
crescimento, as maiores taxas de introdução de produtos novos apareceram nas<br />
empresas mais integradas verticalmente. Isto talvez se explique pelo fato de a<br />
própria necessidade de inovação ter levado a empresa a uma estratégia de<br />
integração vertical. visto se tratar de um produto bastante explorado, e do<br />
crescimento do mercado.<br />
"Tdcm.<br />
2
1.3.5. QU4SI-INTEGRAÇAO<br />
Antes de finalizar o tópico, convém localizar as diversas possibilidades<br />
alternativas à integração vertical, englobadas sob a designaçào de quasi-<br />
integração:<br />
- contratos de longo prazo entre empresas independentes;<br />
- contratos de curto prazo:<br />
-joint vcntures:<br />
- investimento com minoria acionária;<br />
- propriedade de ativos;<br />
- acordos exclusivos;<br />
- empréstimos:<br />
- créditos de compras;<br />
- alianças estratégicas:<br />
- p & O cooperativo:<br />
- licenças de tecnologias:<br />
- instalações logísticas especializadas; e<br />
- franchising'" .<br />
:1Aakcr. Strateg:« ... p. 256 c Richcrs. "( 'ompetitive .. p. 6')-70.<br />
28
Quando se cogita em integrar verticalmente as operações de uma<br />
empresa, pode-se delinear um roteiro com três linhas de pensamento, nesta<br />
ordem:<br />
( I) analisar alternativas possíveis à integração vertical;<br />
(2) selecionar opções de integração vertical com seus diversos<br />
níveis possíveis de investimentos em função de escalas eficientes<br />
de operação:<br />
(3) evitar posições intermediárias na figura 1.<br />
1.4. CANAIS <strong>DE</strong> DISTRIBUiÇÃO<br />
Os canais de marketing são:<br />
... todos os fluxos que se estendem do produtor ao usuário. Estes<br />
incluem os fluxos de posse física, propriedade. promoção.<br />
negociação, financiamento, risco. pedido. e pagamento:', "<br />
Segundo Breyer. um canal de comércio é formado quando ocorrem<br />
relações comerctats que (ornam possível a passagem de título e/ou posse<br />
22Mallen. lhe Marketing Channel.: p. 124 (Referência a Ronald S. Vaile: E.T. Grether: Reavis Coxo<br />
NcwYork: RonaldPress. 1
(geralmente os dois) de hem do produtor ao último consumidor, sendo<br />
transacionadas pelos estabelecimentos de comércio que compõem o sistema",<br />
Para Kotler, os canais de marketing podem ser vis/os como um<br />
conjunto de organizações independentes envolvidas no processo de tornar o<br />
produ/o ou serviço disponível para uso ou consumo": Esse processo engloba<br />
várias funções-chave: informações; promoção; negociação: pedido;<br />
financiamento; risco; posse física; pagamento e propriedade.".<br />
Um nível de canal é determinado pelo trabalho realizado por cada<br />
intermediário para mover o produto do fabricante ao usuário final. Todos que<br />
realizam ao menos uma etapa do processo, inclusive o fabricante e o usuário,<br />
constituem níveis de canal. Com o aumento do número de níveis do canal<br />
aumenta a dificuldade do produtor de obter informações sobre os usuários<br />
finais. O processo de seleção de canais é uma das decisões mais difíceis em<br />
marketing. O produtor deve escolher quantos níveis vai interpor entre ele e o<br />
consumidor final, em que níveis ele vai assumir as funções de marketing e em<br />
que níveis vai selecionar organizações independentes para representá-lo. Por<br />
isso a análise mercadológica dos canais deve começar identificando os' custos<br />
relacionados à criação de utilidade de posse, de lugar e de ternpo".<br />
23 Brcycr. Ralph. Some Obscrvations On "Structural" Formation And Thc Growth or Marketing<br />
Channcls in.Mallcn, The Marketing Channel ... p. 22.<br />
:4Kotlcr .. +dministracão de Marketing ... p. 454.<br />
2sldem. p. 455.<br />
:r,Aldcrson. \Vroc. Factors Govcrning Thc Dcvclopment or Markcting Channcls in Mallcn. File<br />
Markcting i 'hannet. p. 1,7.<br />
30
A utilidade de posse está intrinsecamente ligada à figura do<br />
intermediário. Consideremos cinco produtores (A, B, C O e E), produzindo<br />
cada um somente um artigo, realizando trocas entre si. Para ganhar eficiência,<br />
cada um deles. ao se relacionar com o outro, já realiza a duplicação do<br />
transporte, ou seja, o produtor "A" segue com seu produto e retoma com o do<br />
produtor "8", reduzindo o número de trocas total do sistema. Serão<br />
necessárias dez operações para todos intercambiarem seus produtos: quatro<br />
operações. de A para B. C O e E; três operações. de 8 para C O e E: duas<br />
operações. de C para O e E: e uma operação. de O para E. A fórmula para<br />
expresssar o número "T" de transações em um mercado descentralizado é:<br />
T=n(n-l)/2<br />
onde "n' é o número de produtores, com a produção de somente um artigo<br />
cada.<br />
Concebe-se agora a figura de um intermediário que detenha a posse das<br />
mercadorias. Admita-se que ele possui um estoque com margem de segurança<br />
para não deixar faltar produtos. Desta forma o produtor .,A", ao entregar sua<br />
produção ao intermediário, já leva de volta os produtos de "B", "C", "O" e<br />
"E"; da mesma forma o produtor "8" ao entregar suas unidades, já retoma com<br />
os produtos de "A", "C", "O" e "E"; o mesmo acontecendo com os produtores<br />
"O" e "E". Serão necessárias. neste caso. somente cinco operações para<br />
intercambiar todos os produtos. O número de transações "T" é igual ao<br />
número de produtores "n",<br />
31
Imagine-se um mercado com somente <strong>10</strong>0 produtores (n = <strong>10</strong>0), um<br />
número absolutamente pequeno. Em um mercado de trocas descentralizado<br />
haverá 4950 transações [T = n (n - 1) / 21, enquanto em um mercado<br />
centralizado com um intermediário ocorrerào somente <strong>10</strong>0 transações (T = n],<br />
Neste exemplo básico verifica-se que fabricantes com uma produção<br />
especializada, utilizando um intermediário com distribuição exclusiva, podem<br />
obter vantagens competitivas. A economia moderna, entretanto, é bem mais<br />
complexa e o mercado envolve muitos fatores intervenientes.<br />
A utilidade de lugar e de tempo está relacionada à distância existente<br />
entre o comprador e o vendedor. Para que haja qualquer negociação, um deles<br />
deve realizar despesas de comunicação. transporte e hospedagem, para<br />
contatar o outro. Por essas dificuldades, o número de intermediários tende a<br />
crescer com a maror distância geográfica. Deve-se inclusive aprofundar o<br />
conceito de distància: não somente a amplitude geográfica, mas a qualidade<br />
dos meios de transporte, a qualidade da comunicação. a incidência de impostos<br />
e a facilidade de créditos. Neste sentido a fixação de uma marca para os<br />
produtos da empresa pode diminuir a distância representada por uma série de<br />
especificações do produto.<br />
O produtor deve confrontar o custo de realizar as funções-chave, ele<br />
próprio versus as utilidades de posse, lugar e tempo que poderiam ser ganhas<br />
com o uso de intermediários. Quanto mais funções o fabricante executar,<br />
maiores os seus custos. Se ele decidir utilizar intermediários, a margem de<br />
32
lucro acrescentada pelos mesmos deve ser menor do que a econonua de<br />
operações da empresa, para um mesmo nível de eficiência'".<br />
Os principais intermediários atuantes em um canal de comércio são os<br />
atacadistas e varejistas. Segundo a American Marketing Association, ()<br />
atacadista é uma unidade de negócio que compra e revende mercadorias para<br />
varejistas e outros distribuidores e/ou para consumidores industriais,<br />
institucionais, mas que não vendem a consumidores finais'". No Brasil é<br />
freqüente os atacadistas também realizarem vendas para consumidores finais.<br />
Varejista. segundo a American Marketing Association, é uma unidade<br />
de negócio que compra mercadorias de fabricantes. atacadistas e outros<br />
distribuidores e vende diretamente a consumidores finais e, eventualmente, a<br />
outros consumi 'd. ores 29.<br />
A política de formação estrutural de canais de distribuição decorre<br />
principalmente dos recursos financeiros da empresa. Qualquer alteração na<br />
constituição dos membros do canal resulta:<br />
( 1) no investimento de quantias substanciais para executar as<br />
novas atividades; ou<br />
(2) na possível perda financeira resultante da liquidação de ativos<br />
e de operações.<br />
:~Kollcr.. ulministração de Marketing' ... p. 455<br />
:RCobra. Marcos .. uiministração de Marketing . São Paulo: Atlas. 1990. p. .t9.t.<br />
:~Cobra.. ldminislraçiio de Xlarketmg ... p. 504.<br />
33
Pelos motivos acima, geralmente há pouca flexibilidade em relação a<br />
alterações nos membros do canal''".<br />
Cada vez que um intermediário novo entra na estrutura de distribuição,<br />
um ou mais canais são fonnados. Da mesma forma cada produto novo<br />
introduzido cria um novo canal e cada produto retirado de circulação desfaz<br />
outro canal. Cada estrutura de distribuição possui tantos canais quantos forem<br />
os produtos por ela distribuídos. A justificativa para tal linha de raciocínio<br />
fundamenta-se nas seguintes constatações:<br />
- cada produto, ainda que existam produtos similares pertencentes a uma<br />
mesma linha, possui diferentes características mercadológicas;<br />
- cada produto é vendido individualmente para os consumidores;<br />
- cada produto é identificado individualmente por marcas ou logomarcas.<br />
Todos os dias com a introdução de novos produtos e novos membros na<br />
estrutura de distribuição. o número de canais se multiplica a uma taxa muito<br />
maior do que a do número de empresas ou produtos.<br />
Uma das maneiras de se avaliar o crescimento do canal individual é<br />
mensurar o número de unidades fisicas distribuídas por ele em um período de<br />
"Brcvcr in.Mallcn, The Marketing ( 'hannel. .. p. 23.<br />
34
tempo. Medidas baseadas em critérios financeiros não são muito adequadas,<br />
pois o sistema de preços está sujeito a variações ao longo do ternpo" .<br />
A formação de um grupo de canais OCOITequando há distribuição de<br />
produtos em posse de um membro de um canal individual (por exemplo: um<br />
atacadista) para um membro de outro canal individual (por exemplo: um<br />
varejista ou mesmo um atacadista de menor porte). O interesse maior de um<br />
fabricante está no estabelecimento da rede de canais de distribuição dos seus<br />
produtos. de maneira a explorar ao máximo os mercados potenciais e assegurar<br />
a rnaxirnização de lucros no longo prazo. O problema é que sempre ocorrem<br />
inovações de produtos e alterações geográficas nos padrões de demanda de<br />
quase todos os produtos. entre outras mudanças. Com isso a composição de<br />
canais do grupo deve ser alterada constantemente.<br />
Muitas vezes o produtor na ânsia de fazer uma distribuição ampla, não<br />
assume a condição de capitão de canal, fazendo uso indiscriminado de todos<br />
os canais possíveis. Agindo assim a configuração do grupo de canais<br />
apresentar-se-á altamente instável, sujeita a condições de mercado e táticas de<br />
concorrentes. Nos mercados de commodities agrícolas e animais é muito<br />
freqüente a ocorrência de distribuição intensiva instável.<br />
No caso de produtores com marcas bem posicionadas e promovidas a<br />
formação do grupo de canais é geralmente um processo bem pensado e<br />
3\ Idem. p. 2 ..L<br />
35
cuidadosamente planejado, onde a ênfase está na escolha dos membros dos<br />
canais, e tende a se utilizar de distribuição exclusiva ou seletiva.<br />
Para se realizar uma avaliação do crescimento do grupo de canais não é<br />
muito interessante mensurar as unidades físicas, como é feito no canal<br />
individuaL pois é comum a comercialização de diferentes produtos em cada<br />
canal. Uma solução seria a mensuração de crescimento através da análise de<br />
subgrupos de canais, baseada no tipo de canal. natureza do produto e area<br />
geográfica'".<br />
A política de seleção de canais está diretamente relacionada ao<br />
composto de marketing da organização":<br />
'2Idem. p. 25.<br />
(l) produto: a distribuição depende dos atributos do produto,<br />
como seu valor intrínseco, sua diversidade de usos, a necessidade<br />
de ajustes aos consumidores, volume e perecibilidade.<br />
Em geral produtos de baixo valor unitário usam<br />
distribuição indireta. No caso de Commodities perecíveis, estas<br />
devem seguir no canal o mais rápido possíveL quando não se<br />
dispuser de intermediário que possa colocar o produto<br />
rapidamente no ponto de venda, a empresa deverá usar a<br />
distribuição direta.<br />
']Mallcn, lhe Marketing Channel. . p. Im.<br />
36
Quanto maior o número de produtos similares, vendidos<br />
no mesmo ponto de venda, menor as despesas fixas de venda caso<br />
a empresa adote a distribuição direta.<br />
da empresa.<br />
A embalagem deve se adequar ao sistema de distribuição<br />
A seleção do canal depende do ciclo de vida do produto:<br />
muitas vezes um produto para ser introduzido e aceito no<br />
mercado necessita distribuição direta para lojas de varejo<br />
especializadas. podendo-se depois maximizar a sua distribuição.<br />
(2) preço: as margens podem ser controladas através de descontos<br />
e de controle de preços de revenda. Muitos fatores afetam as<br />
margens dos intermediários como: grau de concorrência, custo<br />
operacional, mark-up, poder de barganha e poder de controlar o<br />
preço de revenda.<br />
Os métodos de controle de preços incluem distribuição<br />
direta em todos os níveis, vendas em consignação. escolher<br />
intermediários sem ou com pouco poder, preços de revenda<br />
estampados no produto quando possível e conceder somente<br />
pequenos descontos.<br />
37
Em suma, o número de canais, o poder dos intermediários<br />
e o grau de distribuição direta interagem profundamente com a<br />
formação de preços ao consumidor.<br />
(3) promoção: a promoção e a seleção de canais são<br />
interrelacionadas. Quanto mais utilizada a distribuição direta e a<br />
venda pessoal, menor o esforço de promoções de vendas e<br />
propaganda. com uma pequena parcela destas duas últimas<br />
dirigida aos atacadistas.<br />
Inversamente, o uso da distribuição indireta pressupõe<br />
menos venda pessoal, e mais propaganda e promoções de vendas,<br />
com aumento da fatia promocional destinada aos atacadistas.<br />
(4) distribuição fisica: o composto de distribuição engloba a<br />
distribuição física e a seleção do canal de distribuição.<br />
O intermediário pode ser um agente que atenda os<br />
varejistas, enquanto a empresa garante os níveis de estoque. ou<br />
um atacadista que se responsabilize pelas duas tarefas.<br />
O desenvolvimento tecnológico na área de transportes e de<br />
manuseio de materiais possibilita a uma empresa aprofundar seus<br />
mercados, o que pode alterar as participações relativas da<br />
distribuição direta e indireta no composto de distribuição.<br />
38
A localização das fábricas e dos depósitos próximos dos<br />
mercados pode viabilizar uma maior participação da distribuição<br />
direta.<br />
39
CAPÍTULO 2<br />
AS CA<strong>DE</strong>IAS <strong>DE</strong> PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO<br />
<strong>DE</strong> FRANGOS <strong>DE</strong> CORTE<br />
40
As cadeias de produção e distribuição de frangos de corte apresentam-<br />
se como interdependentes, porém com características próprias. Serão assim<br />
analisadas individualmente.<br />
A cadeia de produção. para fins deste trabalho. será dividida em duas<br />
cadeias: a biológica, em que temos a seleção genética e o ciclo de evolução de<br />
frangos de corte; e a de nutrição, em que a se estuda a ração dos frangos de<br />
corte e os seus principais componentes, o milho e a soja.<br />
A cadeia de distribuição também será dividida. para fins deste estudo,<br />
em duas cadeias: a de frangos vivos, em que se analisa a distribuição das aves<br />
das granjas de engorda até as unidades de recepção do produto vivo, o que<br />
inclui os abatedouros; e a de frangos abatidos, em que se estuda a distribuição<br />
das aves dos abatedouros até as unidades de recepção do produto abatido.<br />
2.1. <strong>DE</strong>FINIÇÕES OPERACIONAIS<br />
Para fins deste trabalho o termo cadeia é utilizado para definir uma<br />
estrutura composta de vários níveis, onde cada nível representa uma etapa de<br />
processamento ou transferência de produtos, realizada pelo produtor ou por<br />
uma fonte quasi-integrada. em direção ao consumidor final.<br />
41
A expressão produtor de frangos ou simplesmente produtor representa<br />
a empresa que realiza a maioria ou a totalidade dos investimentos na atividade<br />
de produção das aves.<br />
O termo criador de frangos ou simplesmente criador representa o<br />
proprietário da granja, que exerce a atividade de confinamento ou engorda das<br />
aves. Se o criador é autônomo, ou seja, se ele desempenha a maioria ou a<br />
totalidade dos investimentos por sua conta e risco, ele também recebe o título<br />
de produtor.<br />
O sistema mais difundido de criação de frangos no Brasil é a integração<br />
avícola ou simplesmente integração, em que o criador atua como uma fonte<br />
de terceirização para o produtor, na etapa de engorda das aves. Para evitar<br />
possíveis confusões com o termo integração vertical, neste trabalho será usado<br />
a expressão parceria avícola ou simplesmente parceria em substituição à<br />
integração avícola.<br />
Os termos abatedouro e frigorifico são utilizados como sinônimos.<br />
Normalmente dá-se preferência a utilizar o termo abatedouro quando se<br />
descreve os aspectos relacionados ao processamento de frangos. e o uso do<br />
termo frigoriftco está mais relacionado com a comercialização de frangos<br />
resfriados e congelados.<br />
A expressão aba/ido na hora serve para designar o frango abatido<br />
artesanalmente em lojas varejistas de frangos vivos, situadas geralmente na<br />
periferia de grandes e médias cidades, e em pequenas cidades do interior.<br />
42
Salvo algum engano a expressão abatido na hora sempre aparecerá em itálico<br />
para facilitar a compreensão do leitor.<br />
2.2. CA<strong>DE</strong>IA BIOLÓGICA <strong>DE</strong> FRANGOS <strong>DE</strong> CORTE<br />
Escolheu-se a cadeia biológica de frangos de corte para abrir este<br />
trabalho. no intuito de familiarizar o leitor leigo em avicultura de corte com as<br />
atividades do setor.<br />
A cadeia biológica de frangos de corte possui quatro participantes: a<br />
granja avozeira. a granja de matrizes. o incubatório e a granja de engorda de<br />
pintos.<br />
o termo biologico é aplicado a esta cadeia em função dela lidar com os<br />
diversos estágios de formação de seres vivos - os frangos de corte. A escolha<br />
da linhagem genética das galinhas matrizes. que é transmitida<br />
hereditariamente aos ovos fertilizados, e destes aos pintos, proporcionará aos<br />
futuros frangos de corte um padrão estabelecido de produção em termos<br />
qualitativos e quantitativos.<br />
Dentro do conceito de cadeia biológica de frangos de corte, enfatiza-se<br />
a importância econômica no processo biológico de evolução matriz - ovo -<br />
pinto - frango de corte.<br />
43
2.2.1. Granja Avozeira: produção de matrizes<br />
f Incubatório I f Granja de I<br />
Engorda<br />
As granjas avozeiras estabelecidas no Brasil obtêm seu plantei através<br />
de importação das galinhas avós. A tecnologia genética para desenvolver as<br />
avozeiras é um segredo industrial de empresas geneticistas estrangeiras.<br />
Através de cruzamentos entre as avós importadas, via licença de<br />
tecnologia, as granjas avozeiras obtêm as linhagens genéticas de matrizes<br />
direcionadas para a produção de frangos de corte: Hubbard, Arbor Acres,<br />
Ross, Avian Farms ou Shaver, Cobb, Hybro e Isa Vedette.<br />
o número de linhagens tem diminuído constantemente ao longo das<br />
últimas décadas. Isto é creditado" à redução nas margens de lucro e ao<br />
conseqüente aumento de investimentos de capital e de tecnologia ocorrido nas<br />
granjas de engorda nos últimos dois decênios, no Brasil. Com o aumento do<br />
"Llnhagcns e tecnologia garantem produtividade aos frangos dc corte .. 1ves & Ovos /1 Revista da<br />
.'vIa de rn a Avicultura. Setembro 1994. p. 16-7 (Comentários de José Roberto Soltura. veterinário e<br />
diretor-técnico da Associação Paulista de Avicultura - APA)<br />
44
capital investido e a perda de rentabilidade, os criadores de frangos de corte<br />
não querem arriscar em linhagens menos produtivas.<br />
o licenciamento de tecnologia das linhagens de corte é feito às<br />
empresas brasileiras, que constituem um oligopólio no mercado de matrizes:<br />
Granja Rezende - Hubbard, Sadia - Arbor Acres, Agroceres - Ross, Isa<br />
Avícola - Isa Vedette. Esta última, Isa Vedette, é a única exceção em relação<br />
ao licenciamento de tecnologia: a ISA Avícola que a produz é filial da ISA,<br />
empresa francesa do grupo Rhône Poulenc 35 .<br />
Algumas dessas empresas, em função do seu porte, apresentam alto<br />
grau de integração vertical, possuindo granjas de matrizes, incubatórios e<br />
granjas de engorda. Graças à introdução da parceria avícola no Brasil pelo<br />
frigorífico Sadia". este último participante da cadeia foi maciçamente<br />
terceirizado, possibilitando uma extraordinária expansão fisica do sistema.<br />
Alguns grandes produtores industriais da região Sul e líderes de<br />
mercado no Brasil possuem granjas avozeiras, como a Sadia e a Perdigão.<br />
2.2.2. Granja de Matrizes: produção de ovos férteis<br />
Analistas do setor avícola acreditam que as matrizes de corte que<br />
tendem a predominar serão aquelas cujas linhagens atendam a mercados<br />
J5Idcm.<br />
1(,Antunes. Renan. Vigilantes de frango. I 'eja, 051l2fl)O. p.17<br />
45
específicos: linhagens especializadas em velocidade de crescimento para o<br />
mercado de frangos inteiros ou carcaças; e linhagens de maior produção de<br />
carne de peito para o mercado de cortes"'7.<br />
o criador de matrizes. ao optar por uma das 1inhagens , entra em<br />
contato com a granja avozeira e adquire as aves. Após o transporte das<br />
mesmas, o matrizeiro as cria por um período de seis meses até que se inicie o<br />
processo de produção de ovos, o qual dura 45 semanas. A matriz, de acordo<br />
com o padrão preestabelecido pela sua linhagem. deve produzir uma média de<br />
170 ovos totais férteis. aptos a serem incubados".<br />
o mercado de ovos férteis é transacionado de acordo com o tamanho<br />
das unidades. Os ovos maiores geram pintos maiores. e estes por sua vez<br />
geram crescimento mais acelerado de frangos de corte. Por este motivo os ovos<br />
maiores são mais bem remunerados.<br />
A relação entre a granja de matrizes e o incubatório pode ser:<br />
(1) a granja de matrizes e o incubatório são integrados verticalmente,<br />
ou seja, são unidades de negócios da mesma empresa;<br />
(2) a granja de matrizes e o incubatório são quasi-integrados, ou seja,<br />
possuem alguma relação contratual que presume maior coesão de<br />
operações do que se fossem participantes autônomos;<br />
.11Linhagens ... p. 17<br />
1HControlede Qualidade. Integração Outubro 1990. p. O]. (Publicação da MAFISA AvíCOLA.<br />
Recife)<br />
46
(3) a granja de matrizes e o incubatório são participantes autônomos<br />
na cadeia.<br />
A granja de matrizes e o incubatário são integrados verticalmente na cadeia<br />
biológica de frangos de corte<br />
Um incubatório autônomo não pressupõe a propriedade de uma granja<br />
de matrizes, mas seria muito arriscado para um produtor possuir uma granja de<br />
matrizes sem um incubatório atrelado a ela.<br />
Todos os dias sem exceção são coletados os ovos férteis das matrizes.<br />
Embora haja um mercado de incubatórios que compre estes ovos. o nível de<br />
perdas poderia ser muito grande numa operação autônoma. A solução mais<br />
sensata para o matrizeiro é operar integrado verticalmente, com as capacidades<br />
mais aproximadas possíveis.<br />
O criador de matrizes pode destinar parte da produção de ovos para o<br />
incubatório próprio e parte para clientes. O tamanho dos ovos que ele fornecer<br />
ao comprador, que normalmente prefere pagar um pouco mais por ovos<br />
maiores, define a sua remuneração.<br />
47
A granja de matrizes e o incubatório são quasi-integrados na cadeia<br />
biológica de frangos de corte<br />
Quando há dúvidas em relação ao desenvolvimento futuro das<br />
atividades, é comum o matrizeiro realizar o arrendamento das instalações<br />
fisicas de um incubatório desativado.<br />
A cadeia biológica possui uma boa adaptabilidade no que se refere à<br />
mudança de um participante para outra posição na cadeia. Há casos, por<br />
exemplo, em que uma granja de matrizes teve suas instalações adaptadas para<br />
galpões de engorda. Para não transferir a posse ou desativar o incubatório que<br />
lhe era integrado, ele contratou uma parceria avícola com uma empresa<br />
produtora de frangos de corte, dona das matrizes, em que os pintos destinados<br />
à sua nova estrutura de engorda fossem exclusivamente incubados nas suas<br />
instalações e não no incubatório do parceiro produtor como acontece de praxe<br />
na parceria avícola.<br />
A granja de matrizes e o incubatório são participantes autônomos na cadeia<br />
biológica de frangos de corte<br />
É uma modalidade adotada por alguns incubatórios, pois evita o enorme<br />
investimento e o risco de contaminação presentes em uma granja de matrizes,<br />
além do comprometimento com a escolha de uma linhagem.<br />
A granja de matrizes que erra na escolha de linhagens pode ter sérias<br />
dificuldades na colocação dos ovos no mercado.<br />
48
2.2.3. Incubatório: processamento de ovos em pintos de 1 dia<br />
o transporte dos ovos férteis ao incubatório é realizado por caminhões<br />
do tipo baú, preparados especialmente para evitar quebras e trincamentos nos<br />
ovos. A incubação se dá num período de 21 dias.<br />
De cada 170 ovos férteis, aptos para a incubação, recebidos pelo<br />
incubatório, espera-se uma produção de 140 pintos. A eclosão se dá em<br />
chocadeiras elétricas.<br />
A relação entre o incubatório e a granja de engorda pode ser:<br />
(1) as duas são integradas verticalmente;<br />
(2) as duas são quasi-integradas;<br />
(3) as duas são participantes autônomas na cadeia.<br />
o incubatório e a granja de engorda são integrados verticalmente na cadeia<br />
biológica de frangos de corte<br />
Com o advento da parceria avícola, os incubatórios reduziram muito os<br />
investimentos na aquisição de granjas. Entretanto, mesmo se a estratégia não<br />
for orientada para a integração vertical, é de extrema utilidade o incubatório<br />
dispor de alguma(s) granja(s) própria(s) com galpões livres, haja visto ser<br />
muito freqüente que as granjas do sistema de parceria tenham atrasos na<br />
preparação para o recebimento dos pintos.<br />
49
o incubatório e a granja de engorda são quasi-integrados na cadeia<br />
biológica de frangos de corte<br />
É o caso do arrendamento e da parceria avícola. No arrendamento, o<br />
dono da granja cede suas instalações por um valor fixo mensal, ou um tipo de<br />
remuneração por lote, que pode ser fixa, ou adotar algum critério variável. O<br />
arrendatário que assume as operações da granja acumula as funções de<br />
produtor e criador.<br />
No que se refere aos pintos, especificamente, pode haver conflitos entre<br />
o incubador - criador. no que diz respeito à qualidade do produto e prazo de<br />
entrega.<br />
Como o criador. no sistema de parceria, recebe sua remuneração em<br />
função da produtividade do lote, fica muito sensível quanto à qualidade dos<br />
pintos que lhe são enviados.<br />
O criador também se preocupa com o prazo. pOIS a mão-de-obra<br />
constitui seu principal custo, sendo suas despesas praticamente constantes,<br />
esteja a granja alojada ou não.<br />
o incubatório e a granja de engorda são participantes autônomos na cadeia<br />
biológica de frangos de corte<br />
É o caso do criador por sua própria conta e risco. pertencente ao que em<br />
São Paulo se chama mercado paralelo"; em que o criador não está vinculado<br />
1 9 Dc Ccsarc, Claudia Facchini. O setor avícola se divide. Gazela Mercantit. 01/02/96, p. B - IG<br />
50
às parcenas avícolas. A possibilidade de surgir conflitos é maior,<br />
especialmente no que tange à qualidade do produto, preço, prazo de entrega e<br />
serviço pós-venda.<br />
Quando o conflito é identificado, entretanto, toma-se mais fácil a sua<br />
resolução, em função da tendência de ambos em querer preservar a relação<br />
comercial.<br />
2.2.4. Granja de Engorda: preparação para o repovoamento de pintos de 1<br />
dia e recebimento de pintos de 1 dia<br />
A granja de engorda desempenha suas atividades de forma cíclica. O<br />
processo ideal consiste em alojar todos os pintos de uma só vez, em um único<br />
dia. Procedendo assim, terá a seu favor o fato de o lote de aves desenvolver-se<br />
em todos os galpões de forma homogênea, evitando contaminações oriundas<br />
de aves mais velhas para aves mais jovens dentro da granja.<br />
O fluxo de trabalho no lote único de engorda também fica facilitado,<br />
pois há um ganho de escala nas quatro tarefas básicas desempenhadas pela<br />
granja de engorda:<br />
( I) recebimento de pintos de um dia;<br />
(2) conversão dos pintos de um dia via alimentação e cuidados<br />
em frangos de corte aptos a seguirem ao mercado:<br />
51
(3) expedição dos frangos de corte para os canais de distribuição;<br />
(4) preparação para o repovoamento de pintos de um dia.<br />
Na cadeia biológica de frangos de corte, a participação da granja de<br />
engorda fica restrita, na seguinte ordem, às tarefas de preparação para o<br />
repovoamento de pintos de um dia, e recebimento de pintos de um dia.<br />
a) a preparação para o repovoamento de pintos de um dia. Deve ser<br />
considerada como o início de todo o ciclo de engorda. Esta etapa consiste em:<br />
I) retirar o subproduto esterco, deixado no aviário pelo último<br />
lote de aves vendidas, do piso dos galpões;<br />
2) lavar, limpar, e desinfetar com microbicidas os galpões e<br />
equipamentos;<br />
3) deixar em repouso para ação dos microbicidas os itens citados;<br />
4) a nova montagem dos equipamentos para recepção de outro<br />
lote de pintos de um dia.<br />
Cada dia de atraso na preparação para o repovoamento implica em um<br />
dia a mais de custos para o criador e no atraso de um dia no ciclo que se inicia .•<br />
Se a data para o alojamento já tiver sido confirmada, haverá redução no prazo<br />
de repou~o ou de vazio sanitário, o que pode vir a prejudicar o futuro'<br />
desenvolvimento das aves.<br />
52
A remoção do esterco ou estrume deve ser feita imediatamente após a<br />
saída das aves do lote anterior. A procura pelo esterco sofre variações ao longo<br />
do ano, em função das épocas de sua aplicação nas culturas agrícolas e das<br />
condições dos pastos utilizados para a alimentação de bovinos. O esterco ou<br />
cama-de-galinha possui alto teor de proteína bruta, o que tem viabilizado o<br />
desenvolvimento crescente do seu uso nos últimos anos, como suplemento<br />
protéico para bovinos e até para suínos.<br />
Em épocas de pouca demanda, é comum o criador constituir estoques,<br />
longe das instalações avícolas, para uso próprio ou vendas futuras. Em<br />
Pernambuco, no ano de 1995 4 °, o preço do esterco na granja - preço F.O.S.,<br />
flutuou entre R$ 20,00 e R$ 60,00 por tonelada.<br />
Removido todo o estrume do aviário, procede-se à lavagem geral do<br />
galpão e dos equipamentos. Segue-se a desinfecção, quando se prepara uma<br />
mistura com fungicidas à base de cobre, creolina e formal, que é pulverizada<br />
no aviário e nos equipamentos. O próximo passo é a pintura do aviário com<br />
uma solução de água e cal virgem, deixando-se o galpão em repouso.<br />
A importância do vazio sanitário ou repouso sanitário, que dura em<br />
tomo de duas semanas, é que ele maximiza a atuação dos microbicidas. Pode-<br />
se assim evitar grandes prejuízos decorrentes de uma possível contaminação<br />
no material que vai servir de forração de piso para os pintos que vão chegar.<br />
"Observações do próprio autor. em função de suas atividades profissionais.<br />
53
Três dias antes da chegada dos pintos, forra-se o piso do aviário com<br />
um material de boa absorção de umidade, preferencialmente maravalha ou pó-<br />
de-serragem. Também são utilizados vários outros materiais. de acordo com a<br />
disponibilidade, a saber: bagaço-de-cana, palha-de-arroz, palha-de-capim, e<br />
pó-de-coco.<br />
Na seqüência, montam-se os equipamentos de alimentação, os<br />
dispositivos para a água e a fonte de aquecimento, a gás ou com lâmpadas, e<br />
aguarda-se o envio dos pintos provenientes do incubatório.<br />
b) o recebimento dos pintos de um dia. Consiste em descarregar as<br />
caixas plásticas ou de papel do caminhão especializado tipo baú, colocá-Ias no<br />
interior do galpão, e contar os pintos um a um. Cada caixa possui cerca de <strong>10</strong>0<br />
pintos, com ligeiras variações para mais ou para menos. No aviário são<br />
preenchidos vários círculos, com 500 pintos, contados, em cada um deles.<br />
Terminada a conferência é aberta uma ficha contendo os dados da granja, do<br />
galpão e o número total de pintos. A quantidade de pintos conferidos<br />
normalmente está muito próxima da quantidade enviada e anotada pelo<br />
incubatório.<br />
Esta etapa encerra a cadeia biológica de frangos de corte e dá início à<br />
cadeia de nutrição dos frangos de corte na granja.<br />
54
2.3. CA<strong>DE</strong>IA <strong>DE</strong> NUTRIÇÃO <strong>DE</strong> FRANGOS <strong>DE</strong> CORTE<br />
I Plantio de Milho I ~<br />
I Plantio de Soja I<br />
2.3.1. Plantio de Milho<br />
55<br />
Unidade de Fabricação de Ração I ---i~~G~ra~n!l.!ja!..!d~e~E~n~gO~r~daul<br />
o milho é classificado como uma planta da família das gramíneas.<br />
Cultura milenar, cultivada em escala mundial, presente em todos os<br />
continentes. serve de hábito alimentar para diversos povos, notadamente os do<br />
continente africano e da América do Sul.<br />
Atualmente ele é largamente utilizado na alimentação de bovinos em<br />
confinamento e na formulação de rações animais, notadamente para aves -<br />
animais de extrema aptidão na conversão de grãos em carne. O milho<br />
apresenta uma participação aproximada de 70% do peso total da ração pronta -<br />
produto acabado - consumida pelos frangos de corte. Em decorrência disto,<br />
mesmo apresentando baixo custo relativo em relação aos outros componentes<br />
da ração, é a matéria-prima mais crítica da cadeia de nutrição de frangos de<br />
corte.<br />
O alto custo de operação dos portos brasileiros constitui um grave<br />
entrave para os produtores. Enquanto no exterior paga-se em média US$ 3.~O<br />
por tonelada, os importadores no Brasil pagam uma média de US$ 11.00 por
tonelada". O custo da mão-de-obra é maior que em outros países: a estiva é<br />
muito onerosa e o custo da conferência se toma proibitivo, ambos fatores<br />
decorrentes do forte corporativismo sindical no setor.<br />
Com raras exceções, o calado dos portos brasileiros é baixo, o que<br />
dificulta a atracação de navios de grande porte, ou seja, os graneleiros com<br />
capacidade de até 40.000 toneladas. Estas embarcações possuem um custo de<br />
frete unitário comparativamente menor do que as atuais embarcações que<br />
fazem o transporte do milho, em tomo de 15.000 toneladas'j.<br />
Os poucos atracadouros no Brasil que possuem calados mais profundos<br />
ainda padecem da falta de infra-estrutura portuária do país. Um exemplo típico<br />
é o porto de Suape, em Pernambuco, com capacidade potencial de atracar os<br />
navios de grande porte acima citados. As obras do terminal graneleiro<br />
atualmente estão paralisadas por falta de recursos. A iniciativa privada já<br />
investiu cerca de R$ 16 milhões, sendo necessários apenas R$ 4 milhões para<br />
concluir os trabalhos':'.<br />
No caso da região Nordeste em particular, a política governamental de<br />
abastecimento também é problemática. Em determinadas épocas, o Governo 44<br />
libera estoques da Conab - Companhia Nacional de Abastecimento, sendo<br />
41Andrade. Jaqueline. Avicultores de PE têm custo 30% mais alto. Diário de Pernambuco. 7/1/96.<br />
p.C-8 (informação fornecida pelo Sr. Edgar Navais. presidente da Associação Avícola de<br />
Pernambuco)<br />
42Idem.<br />
43Quadros, Maria José. Escassez de milho no Nordeste. Gazeta Mercantil. Finanças e Mercados -<br />
Agribusiness. 02/1/96. p. 8-16<br />
44Ao longo da dissertação, sempre que se mencionar Governo. refere-se ao Governo federal. e não ao<br />
Estadual.<br />
56
mais comum a importação direta do produto pelos produtores. Neste último<br />
caso, o transporte é feito por navios, e o produto normalmente procede da<br />
Argentina, Estados Unidos e Canadá. Geralmente há financiamento por parte<br />
dos exportadores, com a adoção de juros internacionais, o que muitas vezes é<br />
preferível a comprar o produto nas condições de negociação dentro do Brasil.<br />
o milho oriundo das demais regiões do país também sofre com a<br />
precariedade da infra-estrutura de transportes no Brasil. A navegação de<br />
cabotagem, marítima ou fluvial, enfrenta os mesmos problemas da navegação<br />
oceânica. O custo de transporte de porto para porto é imprevisível, em função<br />
de diferentes tarifas para as operações de estiva, conferência e armazenagem,<br />
No caso específico de Pernambuco, o Porto de Petrolina, no Rio São<br />
Francisco, praticamente não é utilizado para o transporte de grãos. A Falta de<br />
condições físicas ou de um sistema eficaz de logística adaptadas a este porto<br />
fluvial não favorece a atividade de cabotagem no Estado.<br />
O Brasil possui uma expressiva extensão de malha ferroviária: cerca de<br />
30.000 km em 1986 45 . A maioria dos traçados segue ortogonalmente no<br />
sentido litoral-costa. O transporte de grandes massas homogêneas, como a de<br />
cereais em grão, através de extensas distâncias é vantajoso quando efetuado<br />
por trens, devido à uniformização de operações. No caso de Pernambuco, a<br />
conclusão de 300 km de ferrovia, da cidade de Salgueiro até a cidade de<br />
45Novaes. Antonio Galvão N.: Alvarenga. Antonio Carlos. Logística Aplicada: Suprimento e<br />
Distribuição Física. São Paulo: Pioneira. 1994. p. <strong>10</strong>4<br />
57
Petrolina, tomaria possível a ligação intennodal da Ferrovia Transnordestina à<br />
Hidrovia do Rio São Francisco. Com a complementação do trecho de<br />
Salgueiro, PE, até Missão Velha, CE, Recife e Fortaleza, dois fortes pólos<br />
avícolas do Nordeste, estariam automaticamente conectados a corredores de<br />
escoamentos de grãos na Bacia do Rio São Francisco".<br />
A malha rodoviária pavimentada no Brasil é de aproximadamente<br />
123.000 km. Acresce-se a esse número a extensão das estradas não-<br />
pavimentadas, que corresponde a cerca de 1,3 milhão de quilômetros":<br />
Os desafios para o abastecimento de milho entretanto não são referentes<br />
unicamente ao setor de transportes, mas à própria capacidade de plantio do<br />
grão em nível global. Segundo o Secretário da Agricultura dos Estados Unidos<br />
Dan Glickman'", pode haver um grande aumento no abate mundial de animais,<br />
a curto prazo, em função da limitada oferta de milho. Os estoques do cereal<br />
nos Estados Unidos atingiram o volume mais baixo dos últimos 20 anos, em<br />
conseqüência de tal fato o governo deste país liberou o cultivo de terras, em<br />
caráter emergencial, de áreas reservadas para programas ambientais.<br />
A China em 1995 importou muitos alimentos e matérias-primas. A<br />
Argentina, que responde como maior fornecedor de milho para a região<br />
Nordeste, já revela preferências pelo mercado chinês 49 .<br />
"Navais, Edgar in Quadros. Maria José. Escassez de milho no Nordeste. Gazeta Mercantil. Finanças<br />
e Mercados - Agribusiness. 02/1/96. p. B-16<br />
47Novaes. A.G.N. Logística ... p. <strong>10</strong>4<br />
48Estoque de milho é o menor em 20 anos. Gazeta Mercantil. 30/1/96, p. B -16<br />
49 0 ano da reviravolta para os agricultores. (Jazera Mercantil. 30/1/96. p. B -16<br />
58
Para Edward Schuh'", o limite de produtividade de cereais está<br />
estagnado, em função da falta de verbas para pesquisas, a nível mundial. Há<br />
trinta anos não surge nenhum desenvolvimento novo em termos de genética de<br />
cereais. Mesmo que "os institutos de pesquisa fossem imediatamente<br />
reestruturados e dinamizados em todo o mundo, levaríamos <strong>10</strong> a 15 anos para<br />
obter avanços expressivos em novas tecnologias. Enquanto isso, a demanda<br />
mundial de alimentos continuará crescendo ,,51.<br />
o sorgo como produto substituto do milho<br />
o uso do sorgo, um cereal originário da África, poderia ser uma<br />
alternativa de substituição parcial ou total ao milho no preparo de rações<br />
animais. O sorgo, com 95% do valor nutricional do milho, apresenta-se<br />
altamente tolerante a períodos de seca 52 .<br />
No semi-árido nordestino, região de insolação muito elevada - 2.800<br />
horas/ano, as precipitações médias situam-se na faixa de 400-600 mm anuais,<br />
distribuídas desigualmente ao longo do ano e evaporação ao redor de 2000<br />
mmlano, o que para culturas tradicionais resulta em baixos índices de<br />
produtividade. O sorgo para ser cultivado necessita de 300-400 mm de<br />
precipitação anual, enquanto o milho exige no mínimo 700 mm de precipitação<br />
anual.<br />
sOprodução esbarra na tecnologia. Agroanalysis. Janeiro 1996. p. 03 (Entrevista com o Prof. Edward<br />
Schuh. Reitor do Hubert Humphrcy Institutc ofPublic Affairs da Universidade de Minnesota, USA)<br />
51Idem. p. 04<br />
52Andrade. Avicultores ... p. C-8<br />
59
Segundo o Secretário de Agricultura do Estado de Pernambuco, José<br />
Geraldo Eugênio de França'", " a instabilidade do clima do Estado não<br />
favorece a expansão da safra de milho. Espera-se em cada dez anos, dois de<br />
boa produtividade. A média do Nordeste por cada hectare fica em torno de 700<br />
quilos. Na região Sul é superior a cinco mil ". A Secretaria de Agricultura<br />
encontra-se empenhada na criação de um projeto piloto de plantio do sorgo em<br />
uma área de 30 hectares na região do semi-árido.<br />
2.3.2. Plantio de Soja<br />
A soja é uma planta das famílias das leguminosas. No Brasil, ela é vista<br />
exclusivamente como produto de exportação. Entretanto os subprodutos do seu<br />
beneficiamento, o farelo de soja e o óleo de soja, são largamente utilizados na<br />
fabricação de rações animais e na culinária, respectivamente. 54<br />
o farelo de soja contribui com cerca de 15% da composição da ração de<br />
frangos de corte.<br />
o óleo de soja é o óleo vegetal mais consumido no mundo. O óleo de<br />
dendê, oriundo de planta do mesmo nome muito cultivada na Ásia e pouco<br />
cultivada no Brasil, deve ultrapassar o óleo de soja na escala de consumo<br />
53Idem.<br />
54Nonino. Carlos Alberto. Soja no Brasil também é um bom negócio. O Estado de Sôo Pau/o.<br />
17/0l/96. p.G-6<br />
60
global nos próximos anos. A razão de tal fato é o dendê pOSSUIrmaior<br />
produção de óleo por unidade de área, cerca de dez vezes mais, do que a soja.<br />
Graças a constantes ganhos de produtividade e a expansão das<br />
atividades agrícolas nos cerrados, o país passou de 1%, em 1975, para 20%,<br />
em 1995, da produção mundial da leguminosa. A soja, devido às condições<br />
climáticas do Brasil, principalmente por apresentar o menor risco de geadas,<br />
talvez seja o único produto brasileiro em condições de competir no mercado<br />
~s<br />
externo' .<br />
o maior concorrente brasileiro é também o maior produtor mundial, os<br />
Estados Unidos da América, apresentam índices de produtividade superiores<br />
aos do Brasil. De acordo com o ex-Secretário de Agricultura do Estado de São<br />
Paulo Geraldo Diniz Junqueira, caso o país aumente a produção total de soja<br />
os Estados Unidos irão optar por cambiar a soja pelo milho, devido às suas<br />
vantagens competitivas imbatíveis nesta última cultura.".<br />
Custo da Soja - Preço F.O.B. no Porto de Embarque (US$/tonelada)<br />
Estados Unidos Brasil<br />
Custo de Produção 181,42 244,29<br />
Custo de Transporte 15,00 90,00<br />
Custo Total 196,42 334,29<br />
Fonte: Adaptado de Gazela Mercantil, 03/01/96. p. B-14<br />
SSIdem.<br />
56Idem.<br />
61
No quadro acima, os Estados Unidos da América, maior produtor<br />
mundial de soja, apresentam custos de produção inferiores aos do Brasil. O<br />
agricultor norte-americano gasta, em média, US$ 501.46 por hectare para<br />
produzir 2.764 kg de soja. Da mesma forma, a alta participação das hidrovias<br />
(61%) no composto de distribuição da soja nos EUA reduz bastante os custos<br />
de transporte, em tomo de US$ 15 por tonelada.<br />
Modalidades de Transporte de Soja (%)<br />
Estados Unidos Brasil<br />
Hidrovia 61 5<br />
Ferrovia 23 28<br />
Rodovia 16 67<br />
Fonte: Gazeta Mercantil, 03/01/96. p. B-14<br />
No Brasil, os agricultores despendem em média US$ 546.72 para<br />
cultivar um hectare de soja, com produção média de 2.238 kg. Com o<br />
desenvolvimento de novas áreas no celeiro agrícola dos cerrados central, no<br />
Centro-Oeste, e setentrional, no Norte e Nordeste brasileiro, pode-se estimar<br />
62
um incremento de 50 milhões de toneladas, podendo levar a produção<br />
brasileira anual de soja a atingir mais de 75 milhões de toneladas".<br />
Na atual configuração brasileira, a participação maciça das rodovias na<br />
estrutura de distribuição da soja aumenta enormemente os custos de transporte.<br />
Isto faz com que a soja oriunda das áreas de produção mais distantes apresente<br />
custos de até US$ 90 por tonelada, até o porto de Paranaguá ou de Santos.<br />
Entrementes, nos EU A, o transporte até o porto de embarque da exportação<br />
alcança em média US$ 15 por tonelada.<br />
A criação do corredor Centro-Norte até o Porto Ponta da Madeira, em<br />
São Luís do Maranhão, provável futuro maior escoadouro da soja produzida<br />
no Centro-Oeste, Norte e Nordeste do país "; e do corredor Noroeste, pelos<br />
rios Madeira e Amazonas, a partir de Porto Velho, poderá baixar o frete<br />
interno dos atuais US$ 90 para até US$ 25 por tonelada. "Como o custo de<br />
produção, dentro da fazenda, tem caído gradativamente e com a redução do<br />
frete, a soja brasileira terá maior poder de competição no mercado'f". Assim, a<br />
redução efetiva dos custos de produção e de transporte constituirá uma<br />
vantagem competitiva sustentável para o complexo soja brasileiro.<br />
No que se refere à exportação de soja propriamente dita, a tarifa em<br />
alguns portos brasileiros não anima muito os produtores. É o caso do Porto de<br />
Paranaguá, onde a tarifa é três vezes superior à norte-americana e à argentina,<br />
57Ucio. Antonio in Oricolli. Sílvio. A viabilidade do cerrado central. Gazeta Mercantil. 03/0 1/96.<br />
p.B-14<br />
580ricolli. Sílvio. A viabilidade do cerrado central. Gazeta Mercantil. 03/Ol/96. p.B-14<br />
59Idem.<br />
63
e 125% maior que a do Porto da Ponta da Madeira'", de acordo com estudo<br />
elaborado pela economista Gilda Bozza Borges, do Departamento Técnico e<br />
Econômico da Faep - Federação da Agricultura do Estado do Paraná.<br />
As indústrias processadoras de soja já estão iniciando ou ampliando os<br />
seus investimentos em direção ao Brasil setentrional. A Ceval Alimentos,<br />
maior empresa alimentícia de capital nacional, responsável pela metade do<br />
esmagamento nacional de soja, maior processadora e industrializadora de soja<br />
da América Latina, e uma das quatro grandes do mundo, decidiu aumentar em<br />
50% a capacidade de esmagamento da sua unidade em Mimoso, município<br />
próximo a Barreiras, no oeste da Bahia. Esta unidade responde pelo<br />
abastecimento na região Nordeste. Concomitantemente, também em Mimoso,<br />
a empresa irá instalar mais uma unidade integrada verticalmente: um<br />
frigorífico de aves e suínos?'.<br />
Serão feitos também investimentos em uma unidade esmagadora de soja<br />
no município de Balsas, no Maranhão, onde a Ceval possui uma unidade de<br />
armazenamento de soja'".<br />
o próximo passo na estratégia de integração vertical da empresa será a<br />
construção de uma unidade refinadora de óleo de soja no Ceará, possivelmente<br />
em Fortaleza".<br />
IiOOricolli. Sílvio. Paraná assume liderança na soja. Gazeta Mercantil. 25/01/96. p.B-14<br />
ólKassai. Lucia. Com US$ 2.5 bilhões. Ceval cresce 17,3%. Gazeta Mercantil. 25/01/96. p.B-14 &<br />
Branco. Alex. A Cevallevanta US$ 175 milhões. Gazeta Mercantil. <strong>10</strong>/01/96. p. B-14<br />
62Idem.<br />
R3Idem.<br />
64
A explicação para o destino dos investimentos é do Sr. Antonio Carlos<br />
Silva, diretor de Relações com o Mercado da Ceval: " Os investimentos serão<br />
destinados à região Nordeste, por se tratar de um mercado com acelerado<br />
crescimento da demanda por alimentos"?'.<br />
Segundos dados preliminares da Conab, as vendas ao exterior do<br />
complexo soja devem aumentar em <strong>10</strong>% em 1996, alcançando US$ 4,2<br />
bilhõ 65<br />
1 oes ,<br />
Os cálculos da Abiove - Associação Brasileira das Indústrias de Óleos<br />
vegetais para 1996 prevêem queda nas exportações de grãos de soja em torno<br />
Na area de subprodutos entretanto os mercados apresentam-se em<br />
crescimento. O óleo de soja apresentou um crescimento em volume de 11,5%,<br />
em relação a safra passada?".<br />
Os registros de vendas externas do farelo de soja para a safra 1995/96<br />
apontaram um volume 80% maior que o de igual período do ano passado, A<br />
procura interna também encontra-se em alta, com elevação de 78% no mesmo<br />
período, criando um mercado interno de maior expressividade. Tal intensidade<br />
de procura em parte é refletida pelo aumento global na produção mundial de<br />
64Branco. Alex. A Ccval Ievanta US$ 175 milhões. Gazeta Mercantil. <strong>10</strong>/01/96. p. B-14<br />
650e Ccsare. Claudia<br />
18<br />
66Idem.<br />
1i7Idem .<br />
Facchini. Vendas de farelo de soja decolam. Gazeta .•.• 1ercantil. 08/01/96. p. B-<br />
65
frangos de corte, que no caso brasileiro vem crescendo a uma taxa de <strong>10</strong>% ao<br />
an0 68 .<br />
o farelo de soja, como substituto parcial do milho na formulação de<br />
rações animais, encontra-se em geral com preços mais atraentes.<br />
Milho e soja: produtos substitutos e complementares<br />
É importante realizar um pequeno estudo comparativo entre o produto<br />
milho e o produto soja. A análise recai sobre fatores biológicos, operacionais,<br />
financeiros e de distribuição física do produto.<br />
Do ponto de vista biológico, as gramíneas, entre as quais se encontra o<br />
milho, apresentam geralmente sérias deficiências de absorção de Nitrogênio.<br />
Este elemento químico, junto com o Fósforo e o Potássio, constituem os três<br />
macroelementos essenciais de todos os vegetais, ou seja, eles devem estar<br />
presentes em grandes quantidades na planta para que se obtenha níveis<br />
razoáveis de produtividade agrícola.<br />
A família das leguminosas, onde se classifica a soja, pOSSUI<br />
propriedades de fixar na camada agrícola do solo uma bactéria denominada<br />
Rhyzobium. A presença desta bactéria no solo permite que ele, ao ser<br />
posteriormente cultivado com milho , aumente a absorção de nitrogênio por<br />
parte desta gramínea, elevando a produção da mesma.<br />
66
Do ponto de vista operacional. o cultivo do milho e da soja são<br />
geralmente feitos em areas extensas. nas regiões conhecidas como celeiros<br />
agrícolas. e com alto grau de mecanização. Muitos agricultores costumam<br />
plantar as duas culturas como forma de diminuir o risco agrícola e/ou<br />
econômico.<br />
Do ponto de vista financeiro'", o milho em Mato Grosso do Sul, na<br />
safra 94/95, alcançou uma produtividade média de 3.930 Kg/ha, enquanto a<br />
soja apresentou 2.189 Kg/ha, no mesmo Estado. Em uma observação da<br />
evolução da relação de preços milho/soja dos últimos dez anos. no estado do<br />
Paraná 70 encontrou-se uma média anual de 1,81 sacas de milho para comprar<br />
uma saca de soja. Aplicando-se este índice de 1.81 sobre a produtividade da<br />
soja, 2. 189 Kg/ha. ter-se-á um resultado equivalente a 3.962 Kg/ha de milho,<br />
ou seja uma receita bruta um pouco maior para o agricultor que optou pela<br />
soja, não configurando uma diferença significativa de faturamento entre ambas<br />
culturas.<br />
Do ponto de vista da distribuição física. nota-se uma sinergia muito<br />
forte entre o milho e a soja. A produção das duas culturas em fazendas<br />
localizadas nas mesmas áreas aumenta a escala de volume das operações de<br />
transporte. A distribuição no mercado interno de farelo de soja e milho utiliza<br />
o mesmo pool de distribuição.<br />
'~Violeta. Myrian. Produtividade da soja deve cair no MS. Folha de 5;. Paulo. 2:\/0 1/% p. G-:1(fonte<br />
do quadro: Secretaria Estadual de Agricultura e Pecuária MS e IBGEl.<br />
=o Estado de ,\'. Paulo. 03/01/%. p.G-'+ (fonte do quadro: Agromarken.<br />
67
Pode-se observar do exposto acima que o composto de produtos<br />
milho/soja revela-se como substituto e complementar ao mesmo tempo.<br />
2.3.3. Unidade de Fabricação de Ração: processamento de milho, soja e<br />
outros componentes; e a nutrição de frangos de corte<br />
o item ração de frangos de corte representa aproximadamente 70% dos<br />
custos de produção de frangos de corte. A importância financeira deste insumo<br />
é fundamental na minimizaçào de custos, motivo pelo qual os produtores lhe<br />
destinam uma atenção especial.<br />
2.3.3.1. Distribuição espacial das unidades<br />
Nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. o desenvolvimento da parceria<br />
avícola para frangos de corte foi mais precoce devido à presença de fortes<br />
grupos agropecuários. A instalação de abatedouros industriais por parte desses<br />
grupos. com o processamento de frangos provenientes da parceria avícola com<br />
as granjas de engorda, induziu também a interiorização das unidades de<br />
fabricação de ração para peI<strong>10</strong> das granjas parceiras e das áreas produtoras de<br />
grãos.<br />
A produção de ração proxrma as áreas produtoras de milho e soja<br />
representa uma importante vantagem competitiva para o fabricante de ração.<br />
68
No Brasil. a maioria das unidades de processamento encontra-se com maior<br />
força nas áreas de celeiros agrícolas, como no caso da região Sul. do estado de<br />
São Paulo. e da região Centro-Oeste. onde a produção de ração. e de frangos,<br />
ainda é incipiente.<br />
Na região Nordeste do Brasil, devido à ausência de empresas<br />
patrocinadoras do sistema de parceria avícola, quase todas as granjas de<br />
engorda eram participantes autônomas na cadeia de nutrição de frangos de<br />
corte. As granjas, por esse motivo, localizavam-se não muito distantes dos<br />
centros consumidores e forneciam frangos de corte vivos aos atacadistas e<br />
varejistas desses centros. As fábricas de ração, quase todas autônomas àquela<br />
época. década de 70, instalaram-se nas áreas produtoras de aves.<br />
2.3.3.2. Ração: a importância da nutrição nos frangos de corte<br />
A criação de frangos de corte apresenta-se como a atividade zootécnica<br />
que mais evoluiu em termos de rendimento animal. haja visto que:<br />
I) possui o mais rápido ciclo de crescimento entre os animais<br />
domésticos. Por volta de 1950, um frango pesava 1.8 Kg após 70<br />
dias de criação: em 1994, um frango necessitava de apenas 42<br />
dias para alcançar um peso de I,9Kg;<br />
69
2) o frango é o animal doméstico que apresenta a melhor taxa de<br />
conversão alimentar: uma faixa de I, 98 a I. 85 Kg de ração<br />
consumida para produzir IKg de carne viva:<br />
3) os plantéis revelam boa viabilidade econômica, com urna faixa<br />
de mortalidade entre 3 a 5%.71<br />
EVOLUÇÃO DA AVICULTURA NO SÉCULO XX<br />
EVOLUÇÃO DO FRANGO <strong>DE</strong> CORTE NOS ÚLTIMOS ANOS<br />
Ano Peso Frango Conversão Idade<br />
(g) Alimentar (Dias)<br />
1930 1.500 3,50 <strong>10</strong>5<br />
1940 1.550 3,00 98<br />
1950 1.800 2,50 70<br />
1960 1.600 2,25 56<br />
1970 1.800 2,00 49<br />
1980 1.700 2,00 49<br />
1984 1.860 1,98 45<br />
1989 1.940 1,96 45<br />
•<br />
2001 ( ) 2.240<br />
( ) Previsão<br />
Fonte: .1I'ex e (}mx. Julho. 11)1)2. pg. I)<br />
A razão da evolução acima deve-se à melhoria:<br />
a) nas linhagens genéticas, e<br />
1,78 41<br />
b) na nutrição animal. no manejo e na sanidade do plante!".<br />
'I .<br />
Linhagens ... p. 17<br />
':Idern.<br />
70
No que se refere às linhagens genéticas, o assunto foi abordado na<br />
cadeia biológica de frangos de corte: o manejo e a sanidade do plantei são<br />
abordados em todas as cadeias. sempre relacionados ao item granja de<br />
engorda; e a nutrição será estudada agora.<br />
A nutrição de frangos de corte tem como objetivo "produzir frangos em<br />
menor tempo, de melhor qualidade e a um custo mais baixo,,73. Ela começa no<br />
aspecto fisico de obtenção de enormes volumes de matérias-primas,<br />
principalmente milho e soja, e depois passa à etapa de arranjo dos<br />
componentes para obter a melhor relação qualidade/preço na fabricação da<br />
ração.<br />
o milho corresponde a aproximadamente 70% do peso da ração, o<br />
farelo de soja participa com 15% do peso, a farinha de carne e o farelo de trigo<br />
possuem composição variável no rol de matérias-primas básicas.<br />
Outras matérias-primas alternativas são pesquisadas em segredo pelas<br />
fábricas de ração. entre elas o sorgo, a aveia. a algaroba. farelos de arroz,<br />
algodão. cacau, amendoim. babaçu e girassol.<br />
Fora as matérias-primas, os demais componentes da ração sào o fosfato<br />
bi-cálcico e outros minerais. o calcário, os aminoácidos. as vitaminas, os<br />
promotores de crescimento e os anticoccidianos. Eles são agrupados em<br />
-'Alta tecnologia a serviço da alimentação das aves. Aves & ()\'()s. Agosto 1')')0. p.l-l (Comentário<br />
de Júlio Flávio Neves:<br />
71
função da composição química das matérias-primas. da linhagem genética das<br />
aves e da idade dos animais.<br />
Os aminoácidos são responsáveis pela constituição do tecido e pela<br />
estrutura de crescimento. Como as linhagens de frangos de corte<br />
desenvolveram um crescimento cada vez mais acelerado, o atual período de<br />
engorda, 36 a 49 dias, não é suficiente para que o metabolismo das aves<br />
permita a transformação da proteína até chegar à cadeia de aminoácidos 74. A<br />
solução viável é acrescentar aminoácidos sintéticos à ração.<br />
O milho possui vários tipos de aminoácidos. sendo a metionina o de<br />
maior participação e importância. Cada variedade de milho apresenta<br />
quantidades diferentes de metionina. entretanto nenhuma delas é suficiente<br />
para a necessidade das linhagens genéticas melhoradas. sendo necessário a<br />
adição de metionina sintética.<br />
A metionina é um aminoácido sintetizado por poucas firmas produtoras.<br />
Na América do Sul existe uma única fábrica. localizada no pólo petroquímico<br />
de Carnaçari. Salvador. Bahia. A Rhône-Poulenc, proprietária da unidade,<br />
possui as demais fábricas situadas estrategicamente em países chaves: duas<br />
unidades produtoras na França, uma nos Estados' Unidos e uma na Espanha.<br />
Ela responde pela maior capacidade mundial instalada em metionina de<br />
, 75<br />
síntese .<br />
-·'Idem. p. 16.<br />
-'Pó ou líquido') Aves (t: Ovos. Setembro 1
A unidade do Brasil, em 1990. destinou 93% da sua produção de 9 mil<br />
toneladas anuais de metionina DL à avicultura. A empresa faz também<br />
formulações para seus clientes: fábricas de ração e de premix.<br />
O premix é um sub-componente da ração. que reúne um pacote de<br />
aminoácidos, rmnerais. vitaminas, promotores de crescimento e<br />
anticoccidianos que, juntos ou isolados, podem ser misturados na unidade de<br />
fabricação de ração às matérias-primas de menor custo e de maior<br />
disponibilidade.<br />
O farelo de soja possui em quantidade suficiente um outro aminoácido<br />
básico: a lisina. Em função do preço da soja entretanto às vezes é mais<br />
rentável trabalhar com a lisina sintética importada. Segundos técnicos do setor,<br />
o maior uso de aminoácidos sintéticos reduziria o preço das rações. com<br />
ganhos de eficiência e digestibilidade para os frangos de corte".<br />
As vitaminas aumentam a resistência dos frangos, reduzindo a<br />
incidência de doenças. o que acarreta ganhos de produtividade. Sem as<br />
vitaminas. seguramente o índice de mortalidade das aves iria aumentar.<br />
As unidades de processamento de ração iniciam o planejamento da<br />
produção em três etapas:<br />
1~) a análise da composição quirmca das matérias-primas. que<br />
consiste em determinar o teor de proteína. energia. fibra, gordura,<br />
aminoácidos. vitaminas e minerais:<br />
-r,Alta tecnologia ... p.16 (Comentário de Renato Jose Borcnstcin)<br />
73
2ª) os dados obtidos são colocados em um programa de<br />
computador que os cruza com os requerimentos nutricionais dos<br />
frangos. de acordo com o padrão da linhagem. da idade das aves,<br />
do custo e da disponibilidade das matérias-primas:<br />
3 a ) a partir daí verifica-se a quantidade dos demais componentes<br />
necessários e tem-se pronta a formulação da ração a ser enviada<br />
às granjas de engorda.<br />
2.3.3.3. Transporte de ração<br />
o transporte de ração da unidade de processamento para a granja de<br />
engorda pode ser feito através de duas modalidades de veículos de transporte:<br />
a) os caminhões não-especializados que transportam a carga em<br />
sacos de ráfia ou bolsas de papel; e<br />
b) os veículos graneleiros especializados. com uma carrocena<br />
metálica fechada. que recebem a ração a granel diretamente dos<br />
silos das fábricas, e possuem um braço mecànico que despeja o<br />
produto em silos receptores na granja.<br />
o transporte da ração em bolsas de papel ou sacos de ráfia acarreta os<br />
seguintes custos operacionais extraordinários. em relação ao transporte a<br />
granel, para as fábricas de ração: aquisição das embalagens. enchimento dos<br />
74
sacos. costura dos sacos. embarque da ração nos veículos, desembarque da<br />
ração nas granjas, perdas de embalagens rasgadas e de conteúdos derramados.<br />
A bolsa de papel apresenta geralmente um custo unitário de aquisição<br />
menor do que o saco de ráfia. O custo de uma bolsa de papel impressa pode<br />
custar até 0,50 R$/unidade, para um preço de venda de um saco de ração em<br />
tomo de 13 R$/saco de 40Kg, preços CIF na granja, em Pernambuco.<br />
O manuseio das bolsas de papel, entretanto, é mais problemático que o<br />
dos sacos de ráfia. Elas freqüentemente se rompem no carregamento do<br />
veículo na fábrica. ou na recepção e no manuseio na granja, acarretando<br />
perdas de ração.<br />
2.3.4. Granja de Engorda: alimentação dos pintos desde 1 dia de idade até<br />
alcançar a faixa de peso de mercado<br />
A unidade de engorda tem duas preocupações básicas. no que diz<br />
respeito ao produto ração: qualidade e custo.<br />
A qualidade é fundamental porque uma ração de formulação inferior e<br />
matérias-primas não-selecionadas seguramente acarretará prejuízos, seja<br />
porque será consumida ração em excesso. seja porque os frangos não<br />
alcançarão a faixa de peso de mercado no período normal de engorda.<br />
75
o período de engorda tem sido decrescente ao longo dos anos,<br />
conforme analisado no item 2.3.3.2. em função da evolução nas cadeias<br />
biológica e de nutrição de frangos de corte. Em 1995 concebia-se um intervalo<br />
entre 36 e 49 dias de criação para se obter frangos com uma faixa de peso de<br />
mercado, entre 1,6 e 2,5Kg. Para se enquadrar neste perfil de produção, o<br />
criador deve contar com uma linhagem superior, uma boa sanidade do plantei<br />
e um manejo correto das aves desde I dia de idade até o momento da retirada<br />
das aves.<br />
Como a ração apresenta uma participação muito grande nos custos de<br />
produção do frango de corte, a pressão para evitar desperdícios no seu<br />
manuseio é muito grande.<br />
2.3.4.1. O processo de alimentação dos frangos nas granjas de engorda<br />
Existem dois sistemas básicos de distribuição interna de ração para as<br />
aves nas granjas de engorda: o manual e o automatizado.<br />
Sistema manual de distributção interna de ração<br />
a) o criador não dispõe de silos, recebendo a ração da unidade de<br />
processamento já ensacada. Os operários transferem os sacos de ração para o<br />
interior dos aviários e transpõem o seu conteúdo para comedores. que são<br />
dispositivos de alimentação das aves. em formas de tubos com um prato na<br />
76
ase. Periodicamente, cinco a seis vezes por dia. os operários giram os pratos e<br />
a ração estocada nos tubos cai por gravidade nos pratos. A capacidade<br />
individual de um comedor do modelo tubular é de 20Kg, suficiente para um a<br />
três dias de consumo. Antes de secar os tubos, os operários devem repor a<br />
ração nos mesmos.<br />
b) o criador dispõe de silos para recepção da ração a granel e deve<br />
realizar um serviço manual de ensacamento por gravidade da ração junto ao<br />
silo. Para isso, ele dispõe de um jogo de sacos de ráfia, suficientes para um ou<br />
dois dias de abastecimento de comedores de frangos em idade adulta,<br />
reutilizáveis ao longo do lote. Os sacos são enchidos, um de cada vez, e<br />
procede-se ao abastecimento e reposição dos comedores como exposto na letra<br />
(a).<br />
O jogo de sacos de ráfia é reutilizável somente ao longo do lote atual<br />
de criação, não podendo ser reaproveitado em lotes posteriores por razões<br />
sanitárias.<br />
A justificativa para utilização de silos com distribuição manual de ração<br />
fundamenta-se:<br />
I) na economia global proporcionada pelo transporte graneleiro,<br />
conforme analisado no item Transporte de ração;<br />
2) na quantidade reduzida de sacos de ráfia em relação ao total de<br />
bolsas de papel ou sacos de ráfia recebidos pelo sistema descrito<br />
em (a); e<br />
77
3) no possível menor desperdício de ração em encher os sacos do<br />
que o ocorrido quando o caminhão é descarregado. conforme<br />
sistema exposto em (a).<br />
As desvantagens para a granja de engorda residem em:<br />
1) o tempo despendido para o enchimento dos sacos ser<br />
possivelmente maior do que o tempo necessário para descarregar<br />
os sacos do caminhão, de acordo com o sistema explanado em<br />
(a);<br />
2) obter uma quantidade reduzida de sacos de ráfia ao final do<br />
lote em relação ao total de bolsas de papel ou sacos de ráfia<br />
recebidos conforme sistema relatado em (a).<br />
o criador obtém uma receita unitária em tomo de O, <strong>10</strong> R$/unidade pela<br />
bolsa de papel, em Pernambuco, no mercado secundário, ou seja o mercado<br />
pós-uso na granja. Essas bolsas geralmente são destinadas a pequenas<br />
mercearias ou supermercados, para servir como embalagem de transporte. Os<br />
sacos de ráfia são um pouco mais valorizados no mercado secundário.<br />
Em ambos os casos, (a) e (b), a não-colocação de operários no período<br />
noturno pode implicar num consumo reduzido de ração pelas aves. Isto ocorre<br />
porque os comedores tubulares, quando não são girados durante a noite,<br />
restringem a comida das aves, até a manhã seguinte, à quantidade de ração<br />
78
disposta no prato quando do último giro do dia anterior. .-\ movimentação<br />
física de operários no interior dos galpões também desperta os frangos<br />
incitando-os a comer.<br />
Os processos de transferência da ração dos sacos para os comedores<br />
tubulares e de giro dos pratos provoca a queda excessiva de ração no piso dos<br />
aviários, constituindo desperdícios.<br />
Sistema automático de distrtbuição interna de ração<br />
c) o criador dispõe de silos para recepção da ração a granel e de um<br />
sistema motriz que transfere a ração dos silos para os comedores. Ele pode:<br />
I) utilizar um sistema de canos de distribuição específicos<br />
no interior do aviário que conduz a ração aos diversos<br />
pratos de alimentação distribuídos ao longo do<br />
encanamento:<br />
2) utilizar um sistema de esteira rolante que se desloca no<br />
interior de calhas. sendo estas últimas dispostas no interior<br />
do galpão em um circuito fechado. '\este caso. os<br />
comedores ou pontos de alimentação das aves consistem na<br />
própria extensão das calhas.<br />
Em ambos os casos. (1) e (]), a distribuição de ração no interior dos<br />
aviários é automatizada. sendo programada através de um temporizador ou<br />
79
timer, o que assegura fornecimentos constantes dia e noite. com otimização do<br />
tempo de freqüência de distribuição. Isto evita inconstâncias no ciclo de<br />
alimentação dos frangos. o que melhora a taxa de conversão alimentar.<br />
O uso de sistemas automatizados de distribuição interna de ração tende<br />
a proporcionar melhor rendimento animal. menor desperdício de ração e<br />
economias de pessoal.<br />
O ganho de utilidade de tempo e de forma na ração transportada a<br />
granel, e distribuída automaticamente nas granjas. enfrenta uma barreira: o<br />
custo de aquisição dos equipamentos.<br />
Esta barreira tornar-se-á tão mais frágil quanto maior for o número e o<br />
porte das granjas de engorda, em função da diluição dos custos fixos de<br />
aquisição dos veículos graneleiros.<br />
O aumento no custo e a dificuldade de formação técnica da mão-de-<br />
obra no meio rural conduzem cada vez mais à automação das granjas.<br />
A relação entre li unidade de fabricação de ração e li granja de engorda<br />
A relação entre estas duas unidades pode ser:<br />
(1) as duas são integradas verticalmente:<br />
(2) as duas são quast-integradas:<br />
(3) as duas são participantes autônomas na cadeia.<br />
80
A unidade de fabricação de ração e a granja de engorda são integradas<br />
verticalmente na cadeia de nutrição de frangos de corte<br />
O produtor que dispõe de granjas de engorda e unidades de<br />
processamento de ração é o que dispõe da melhor possibilidade de utilizar<br />
veículos graneleiros e distribuir automaticamente a ração nos aviários.<br />
O fato acima justifica-se por:<br />
a) o porte financeiro maior do produtor que tem condições de<br />
comprar um veículo graneleiro lhe dá mais condições para que<br />
suas granjas sejam adaptadas de sistemas manuais para sistemas<br />
automáticos de distribuição interna de ração:<br />
b) com o transporte especializado ele terá condições de fazer um<br />
maior número de viagens por unidade de tempo do que os<br />
veículos não-especializados. pois há economias de tempo e<br />
pessoal nas tarefas de embarque e desembarque da carga. o que<br />
lhe permite expandir o sistema de distribuição física para um<br />
número maior de granjas:<br />
c) o período da noite o produtor preferencialmente reserva para<br />
transportar ração às granjas próprias, pois ocupa-se somente um<br />
funcionário. o motorista. no veículo e um funcionário na granja<br />
para abrir o cadeado do silo:<br />
81
d) durante o dia ele preferencialmente reserva para unidades de<br />
engorda onde ele pode desempenhar a função de parceiro<br />
produtor. sem criar atritos de horário com o parceiro criador.<br />
Uma situação peculiar acontece quando a unidade de processamento de<br />
ração encontra-se localizada no mesmo espaço físico da granja. É uma<br />
situação que pode ser frequentemente encontrada em granjas não-vinculadas a<br />
uma parceria avícola. O transporte da unidade de ração para a granja<br />
comumente é feita em sacos de ráfia.<br />
Existe também a possibilidade, para granjas de altíssima capacidade de<br />
lotação de frangos. de distribuir a ração diretamente do silo da unidade de<br />
processamento para os aviários através de dutos específicos, repetindo em<br />
ambiente externo a operação feita no interior dos aviários no sistema de<br />
distribuição automatizado com canos. conforme analisado acima (item<br />
2.3.4.l.c.I). Esta última opção não é muito aconselhada devido a maior<br />
flexibilidade do transporte em veículos. o que facilita o aumento ou a<br />
diminuição no plantei de aves em função de alterações na quantidade de<br />
granjas.<br />
82
A unidade de fabricação de ração e a granja de engorda são quasr-<br />
integradas na cadeia de nutrição de frango .,,"de corte<br />
Nas parcerias avícolas. a unidade de fabricação de ração e a granja de<br />
engorda ocupam espaços físicos distintos. Como a fábrica de ração trabalha<br />
com múltiplas granjas. a granja de engorda poderia transmitir alguma<br />
contaminação à unidade de ração agregada. e esta disseminá-la para outras<br />
granjas do sistema.<br />
No caso das parcerias. as granjas de engorda recebem exclusivamente a<br />
ração pronta da(s) unidade(s) de fabricação do parceiro produtor. Muitas vezes<br />
o parceiro produtor financia ou empresta silos ao parceiro criador para que o<br />
transporte seja feito nos caminhões graneleiros.<br />
Um conflito muito freqüente entre os membros criador - produtor é o<br />
que diz respeito à propriedade dos sacos de ráfia usados como embalagem da<br />
ração. no caso de distribuição manual de ração nas granjas. Muitas vezes o<br />
parceiro produtor prefere utilizar sacos de ráfia do que bolsas de papel. e<br />
retomá-los do criador procedendo à lavagem e desinfecção dos mesmos para<br />
uma outra reutilização. o que seria mais econômico.<br />
Há criadores que não aceitam a prática acima. pois afirmam que:<br />
I) quando a embalagem de transporte utilizada é bolsas de papel,<br />
o parceiro criador fica com a posse das mesmas:<br />
83
2) as granjas de engorda autônomas ao comprar a ração ficam<br />
com a posse da embalagem. seja esta bolsa de papel ou saco de<br />
ráfia:<br />
3) a receita do parceiro criador obtida com a venda dos sacos de<br />
ráfia seria significativa em relação a remuneração obtida pelo<br />
mesmo com a criação dos frangos para o parceiro produtor.<br />
Estimativas de cálculo realizadas para (3) apontam uma relação em<br />
torno de 7%, de acordo com os cálculos mostrados abaixo.<br />
Considerando uma criação inicial de <strong>10</strong>.000 aves. com mortalidade de<br />
5% ao longo do lote. com peso final de cada ave vendida de 2.254Kg e com<br />
peso médio do lote na idade de abate de 2,142Kg, aos 49 dias de idade,<br />
obteve-se uma conversão alimentar de 2,02Kg de ração para 1.0Kg de ave".<br />
Portanto.<br />
Então:<br />
9500 aves vendidas x 2.254Kglave x 2.02 Kg raçào/Kg de ave =<br />
= 43.254,26Kg de ração.<br />
Como os sacos de ração em questão são de 40Kg. ter-se-á:<br />
n'' sacos = 43.254,26Kg./40.<br />
n~ sacos = 1.081 sacos.<br />
Apuração do custo do quilo de frango vivo na granja em USS oficial media mensal - Julho/lJ-l. ,I \'es<br />
& ()\'Os ,·1Revista da .t/oderna Avicuitura. Setembro 1994. Tabelas da Avicultura, p. ()lJ<br />
84
A receita obtida com a venda de sacos. considerando o preço de um<br />
saco O.IORS no mercado secundário é de:<br />
1.081 x O,<strong>10</strong>RS = <strong>10</strong>8.00 RS.<br />
A receita obtida com a criação de aves é de /8 :<br />
0.16RS/cabeça x 9.500 aves = 1.520,00 RS .<br />
Receita sacos / Receita aves = <strong>10</strong>8,00RS/1.520,00RS = 7,11%.<br />
o parceiro produtor, no entanto, paga bem mais de 0,1 ORS por um saco<br />
de ráfia novo (em tomo de 0.50RS, conforme item 2.3.3.3). A solução mais<br />
econômica a ser aplicada, a depender do entendimento particular do produtor<br />
sobre a questão. e do tipo de poder exercido na cadeia. talvez consistisse em o<br />
produtor remunerar o criador pelo preço da bolsa no mercado secundário:<br />
0.<strong>10</strong>RS/unidade. no caso. A desvantagem poderia estar em o criador sentir-se<br />
induzido a evitar desperdícios de ração.<br />
O parceiro criador. no entanto. tem interesse em evitar desperdícios de<br />
ração e conseguir uma boa conversão alimentar. pois a sua remuneração é<br />
variável de acordo com os resultados obtidos no lote.<br />
-:'Oliveira. Darcio, Sua excelência. o frango. Isto e.:> 1/01/%. p. 22<br />
85
A unidade de fabricação de ração e a granja de engorda são participantes<br />
autônomas na cadeia de nutrição de frangos de corte<br />
A granja de engorda pode adquirir a ração pronta ou um sub-<br />
componente da ração para adicionar à(s) matéria(s)-prima(s) na propriedade. A<br />
ração pronta, por possuir um maior nível de serviços agregados. resulta<br />
relativamente mais onerosa do que a obtenção de sub-componentes e matérias-<br />
primas isoladas.<br />
A aquisição de milho. porém, dificulta a operação das unidades de<br />
ração nas granjas, particularmente as autônomas: não só há pouca oferta como<br />
a qualidade do milho brasileiro em geral é inferior. fruto da tendência<br />
generalizada em não se utilizar sementes selecionadas para o plantio.<br />
Como as fábricas de ração. pelo seu porte e especialização. tem mais<br />
condições de adquirir e realizar um controle de qualidade mais eficiente nos<br />
componentes. especialmente o milho, algumas granjas de menor porte<br />
preferem comprar a ração pronta.<br />
2.4. CA<strong>DE</strong>IA <strong>DE</strong> DISTRIBUIÇÃO <strong>DE</strong> FRANGOS <strong>DE</strong> CORTE VIVOS<br />
Atacado<br />
Abatedouro<br />
86
2.4.1. Granja de Engorda: a comercialização dos frangos de corte vivos<br />
2.4.1.1. Considerações econômicas sobre a idade de venda das aves<br />
A faixa de peso de mercado, descrita anteriormente na cadeia de<br />
nutrição de frangos de corte (item 2.3.4.), consiste em uma faixa de equilíbrio<br />
entre o custo de produção do frango de corte e o que o mercado consumidor<br />
deseja. Assim o mercado. em 1995, dificilmente compraria um frango vivo<br />
com menos do que 1.6Kg, mas se quisesse um frango maior do que L5Kg<br />
normalmente deveria pagar um valor maior por quilo.<br />
O custo de produção do quilo de frango de corte vivo apresenta uma<br />
elevação considerável em função do aumento do período de engorda. Analistas<br />
do setor consideravam como regra geral. em 1995. que frangos vendidos com<br />
mais de 49 dias de idade tornavam-se antieconómicos.<br />
A idade de engorda elevada toma-se antieconómica por vários motivos:<br />
a) a taxa de conversão de ração em carne de frango decresce com<br />
o aumento da idade. o que implica em maiores gastos com ração:<br />
b) a taxa de mortalidade aumenta com um maior período de<br />
engorda. e essas aves, por serem mais velhas. também sào mais<br />
pesadas. o que acarreta maior nível de perdas:<br />
c) o ciclo de produção toma-se mais lento o que reduz o volume<br />
de capital de giro.<br />
87
Cálculo dos CIISTOs extraordinários de ração nofrango de idade avançada:<br />
um exemplo ilustrativo<br />
Então:<br />
Entretanto:<br />
Então:<br />
a) suponha que aos 49 dias tem-se conversão alimentar (CA.) = 2,0.<br />
I frango de 2,5Kg = 5Kg de ração.<br />
b) aos 38 dias tem-se CA. = 1,9.<br />
I frango de 2.0Kg = 3.8Kg de ração.<br />
Logo, para se obter <strong>10</strong>Kg de frango em a. foram necessários20 Kg de<br />
ração. enquanto os mesmos <strong>10</strong>Kg de frango em h consumiram 19K9 de ração,<br />
uma economia de 5~'Óna ração. Este item. ração. corresponde a cerca de 70%<br />
dos custos. donde: 0.05 x 0.7 = 3.5% de economia nos custos totais advindos<br />
somente da economia de ração.<br />
2.4.1.2 A comercialização dos frangos de corte vivos<br />
o primeiro comentário importante a ser feito é sobre o componente<br />
elasticidade de preço do frango com relação a demanda. Considera-se. na<br />
88
cadeia de distribuição de frangos de corte \'IVOS. que a procura aumenta<br />
consideravelmente quando há redução dos preços.<br />
O segundo comentário. feito com freqüência pelos produtores. é o de<br />
que muitas vezes eles diminuem os preços. em função do excesso de aves de<br />
idade avançada nas granjas. mas os preços ao consumidor não acompanham a<br />
redução. Normalmente os atacadistas apenas repassam o preço, acrescentando<br />
uma margem bruta média de 0,<strong>10</strong> aO, 15R$ por quilo. Tais constatações fazem<br />
crer que certas unidades varejistas não são muito ágeis no que se refere a<br />
rebaixar os preços.<br />
O terceiro comentário é sobre a informalidade do mercado de frangos<br />
de corte vivos, no sentido de que não existem muitas exigências fiscais para a<br />
compra. transporte e venda das aves. A falta de regulamentação do setor<br />
provavelmente contribuiu muito para a expansão das atividades. Entretanto<br />
abriu-se o caminho para aventureiros desprovidos do menor senso ético.<br />
O critério de honestidade. é fundamental pois a mensuração das<br />
transações está baseada na apuração dos quilos de frango obtidos na leitura da<br />
balança. Em se tratando de aves vivas pode haver perdas de peso. conhecidas<br />
no setor como quebras de peso. o que dificulta o controle efetivo.<br />
Para lotes destinados exclusivamente a depósitos. a pesagem pode ser<br />
feita em balança rodoviária próxima à granja. O embarque das aves na granja,<br />
neste caso, normalmente é feito diretamente nas caixas - plásticas,<br />
padronizadas. com espaços abertos para a ventilação.<br />
89
Cada grade plástica de transporte pode acondicionar um máximo de até<br />
dez frangos. A quantidade alojada vai depender do volume corporal das aves -<br />
para frangos de 2,5Kg médios recomenda-se trabalhar no máximo com oito<br />
aves por grade. Para transporte em distâncias maiores e em horários quentes do<br />
dia é recomendável diminuir a lotação.<br />
Normalmente o lote é transportado da granja diretamente para mais de<br />
um varejista. A cultura comercial destes em geral não aceita um peso médio<br />
global. A prática adotada então é a pesagem individual na granja das caixas de<br />
transporte .<br />
No interior do aviano. os frangos são colocados em sacos de ráfia,<br />
numa quantidade por saco igual a que será acondicionada na grade de<br />
transporte. Geralmente na porta de saída do aviário posiciona-se a balança.<br />
Após a pesagem individual de cada saco. O carregador leva o mesmo ao<br />
veículo estacionado ao lado do galpão. O saco é entregue a dois. três ou mais<br />
funcionários, que em cima do caminhão transplantam as aves de cada saco de<br />
ráfia para cada grade plástica.<br />
A remuneração do parceiro criador<br />
Após a retirada dos frangos. o parceiro criador espera um período de<br />
sete a quatorze dias para receber a remuneração da empresa produtora. Neste<br />
período é calculado o total da ração consumida. o peso total das vendas de<br />
frangos. a conversão alimentar. a quantidade de frangos vendidos. o peso<br />
90
médio do frango vendido. a idade média de retirada das aves e a viabilidade<br />
econômica.<br />
A viabilidade econorruca é a relação entre o numero de frangos<br />
vendidos e o número de pintos alojados. Tal relação flutua em torno de 5%.<br />
De posse dos dados acima, é calculado o fator de produção. um índice<br />
que mede a produtividade do lote e cujo resultado serve como base de cálculo<br />
para o pagamento dos produtores aos criadores.<br />
A fórmula para o fator de produção pode ser expressa como:<br />
F.P. = (peso médio do lotei idade média de retirada das aves) x<br />
(viabilidade econômica! conversão alimentar) x <strong>10</strong>0.<br />
Um exemplo ilustrativo<br />
Considere-se um lote de frangos com os seguintes resultados: peso<br />
médio - 2.5Kg, idade média de retirada - 50 dias. viabilidade econômica -<br />
95%. e conversão alimentar - 2.0. Então:<br />
F.P. = (2.5KgI 50 dias) x ( 0.9512.0) x <strong>10</strong>0 = 237.5.<br />
o fator de produção médio oscila em tomo de 230, podendo alcançar<br />
até a casa dos 270, para excelentes resultados.<br />
A remuneração média dos parceiros criadores está em tomo de 0.16R$<br />
por cabeça de frango. para um fator de produção em tomo de 240. Resultados<br />
de 270 podem receber até 0,20RSI cabeça, ou mais. Os resultados inferiores no<br />
91
fator de produção são menos remunerados. Há um limite para o nível inferior<br />
de resultados aceitável pelas empresas produtoras .. Abaixo desse limite mínimo<br />
a empresa pode não pagar ou até mesmo exigir uma indenização do criador<br />
pelos prejuízos. Tal fato se justifica por haver casos de desonestidade por parte<br />
de criadores que desviam a ração das aves.<br />
Como o item ração é o que apresenta maiores diferenças regionais no<br />
custo de produção de frangos, e esse item é bancado pelo produtor, a<br />
remuneração unitária aos criadores é mais ou menos homogênea em todo o<br />
país. Existem no entanto diferenças na quantidade de frangos alojados por<br />
metro quadrado, conhecido no setor como densidade de aves alojadas. em<br />
função de temperaturas regionais diferentes. No caso da região Nordeste aloja-<br />
se um máximo de <strong>10</strong> frangos por metro quadrado. enquanto no Sul aloja-se até<br />
16 aves no mesmo espaço.<br />
A remuneração no caso de arrendamento da granja de engorda<br />
Existem diversas modalidades de remuneração no arrendamento de<br />
granjas de engorda. O pagamento é estipulado com base na capacidade de<br />
alojamento de aves da granja. O valor computado pode ser fixo. normalmente<br />
mensal. ou variável.<br />
destacam:<br />
No caso de remuneração variável. duas formas de pagamento se<br />
92<br />
, . .:
a) O arrendatário pode pagar um valor monetário correspondente<br />
a um número determinado de quilos. para um certo número de<br />
aves. A desvantagem nesse método é o preço de venda do quilo<br />
do frango variar ao longo do ano, normalmente com patamares<br />
superiores no segundo semestre.<br />
b) No caso de parcerias avícolas, o arrendatário-criador pode<br />
pagar um percentual estabelecido em cima da remuneração obtida<br />
do produtor. Esta última é comprovada através da exibição do<br />
recibo expedido pela empresa produtora. Trata-se de um caso<br />
particular de quarteirização, com a vantagem de o pagamento não<br />
oscilar muito ao longo do ano, em função da maioria das<br />
empresas produtoras pagarem aos criadores valores fixados em<br />
função da produtividade. e não de preços de mercado.<br />
2.4.2. O Atacado de Frangos de Corte Vivos<br />
A relação entre a granja de engorda e o atacado de frangos de corte<br />
vivos pode ser:<br />
( I) os dois são integrados verticalmente:<br />
(2) os dois são quasi-integrados:<br />
(3) os dois são participantes autônomos na cadeia.<br />
93
A granja de engorda e () atacado são integrados verticalmente<br />
Ocorre quando o produtor é proprietário de um ou mais pontos de<br />
atacado. Estes pontos geralmente são localizados às margens das vias de<br />
acesso para as cidades. na periferia das mesmas.<br />
atacado sào:<br />
Os motivos básicos que levam um produtor a montar um ponto de<br />
1) evitar e/ou diminuir a dependência de atacadistas fortes:<br />
2) possuir um ponto estrategicamente localizado em relação ao<br />
mercado varejista:<br />
3) quando o produtor opera mais de uma granja, há vantagens<br />
sanitárias. administrativas e de distribuição aumentadas em<br />
possuir um escoadouro de produção centralizado:<br />
4) quando o produtor tem a(s) granja(s) localizada(s) distante(s)<br />
do mercado varejista. o ponto de distribuição pode viabilizar uma<br />
logística de entregas a varejistas: e<br />
5) aumentar a margem de lucro.<br />
A granja de engorda e () atacado são quasi-integrados<br />
Muitas vezes o produtor tem necessidade de operar uma unidade de<br />
atacado, mas não dispõe dos meios financeiros ou administrativos para realizar<br />
tal empreendimento.<br />
94
Se o produtor não dispuser de meios financeiros, dificilmente<br />
conseguirá efetuar algum tipo de contrato em que o intermediário se disponha<br />
a ser um atacadista exclusivo. em troca do fornecimento assegurado. Uma das<br />
principais características do atacado de frangos vivos é a guerra de preços<br />
entre produtores e atacadistas, associada a períodos freqüentes de excesso de<br />
oferta de aves.<br />
O aspecto do controle efetivo dos pesos de vendas é um dos principais<br />
entraves para os produtores quasi-integrarem uma unidade de atacado. A<br />
opção normalmente recai sobre a integração vertical. Os que assim o fazem,<br />
freqüentemente passam a administrar suas antigas atividades no novo negócio<br />
ou deslocam algum membro da família para exercer as novas tarefas.<br />
Uma alternativa de quasi-integração para o produtor que possui os<br />
meios financeiros. mas não os administrativos. é ceder as instalações físicas de<br />
depósito e/ou veículos ao intermediário. em troca do fornecimento dos<br />
frangos. Essa modalidade também existe na relação autônoma produtor -<br />
unidade varejista. conforme será visto mais adiante.<br />
A granja de engorda e () atacado .•.• tão autônomo s<br />
A função de produção de frangos de corte é especializada, não existindo<br />
muito espaço para uma diferenciação do produto vivo. Como as quantidades' ,<br />
produzidas sào geralmente grandes, e a distribuição disseminada através de<br />
95
vendas para numerosos pontos de varejo, tem-se a presença de numerosos<br />
atacadistas.<br />
Estes intermediários. também conhecidos como atravessadores no<br />
segmento de frangos de corte vivos. respondem pela quase totalidade da<br />
distribuição. Todos possuem meios de transporte próprios para as viagens da<br />
granja ás unidades de varejo.<br />
Um aspecto que ainda se revela muito ineficiente no transporte das aves<br />
vivas é o congestionamento de caminhões na granja aguardando o embarque<br />
dos animais. O problema reside na imprevisibilidade do horário de chegada<br />
dos atacadistas. Há momentos em que não há nenhum embarque. e momentos<br />
nos quais o produtor é obrigado a colocar duas ou mais turmas de<br />
trabalhadores para agilizar o carrego.<br />
Uma das soluções tem sido a utilização de caminhões do produtor ou<br />
fretados pelo mesmo. Assim. é possível prever o tempo necessário entre<br />
VIagens. e escalar o tamanho da frota e a necessidade de pessoal para o<br />
embarque.<br />
O transporte a cargo do produtor é muito utilizado nas viagens longas,<br />
como o embarque de frangos vivos de Pernambuco para o Rio Grande do \ ,<br />
Norte. A desvantagem desta modalidade para o atacadista implica na utilização<br />
obrigatória de depósitos de aves vivas.<br />
96<br />
'I<br />
\ \
o uso intensivo de depósitos tem como conseqüências:<br />
a) a necessidade de otimização de ventilação e segurança nos<br />
galpões, o que aumenta os custos; e<br />
b) a perda de peso das aves e o aumento da mortalidade<br />
decorrentes do stress da viagem aliado ao manuseio de<br />
desembarque, alojamento no galpão e reembarque das aves vivas<br />
nas caixas.<br />
Muitas vezes o produtor oferece ao atacadista a possibilidade de<br />
realizar a entrega nos seus pontos de varejo - do atacadista - sem custo<br />
adicional. Mas procedendo assim o atacadista pode expor demasiadamente a<br />
sua carteira de clientes.<br />
Por mais das vezes o atacadista opta por fazer a distribuição<br />
diretamente aos varejistas. utilizando o galpão de armazenamento para estoque<br />
de segurança e alguma sobra de aves das entregas.<br />
Há muito espaço para cooperação e para conflitos na relação autônoma<br />
produtor - atacadista. sendo talvez a relação mais crítica do canal de<br />
distribuição.<br />
Os conflitos freqüentemente ocorrem na negociação de preços e de peso<br />
do frango de corte. O atacadista quer obter do produtor o menor preço por<br />
quilo. para maximizar seus lucros. e o maior peso por ave. para satisfazer ao<br />
97
varejista: e o produtor deseja exatamente o oposto. pOIS com a elevação da<br />
idade do frango os custos de produção são proporcionalmente maiores.<br />
2.4.3. O Varejo de Frangos de Corte Vivos: recebimento de frangos de<br />
corte vivos e venda de frangos de corte vivos e abatidos na hora<br />
É interessante tecer-se um comentário sobre as lojas de varejo que ·<br />
recebem os frangos de corte vivos. Estas lojas recebem as aves vivas. mas as<br />
vendem tanto vivas como abatidas, através de um abate artesanal no próprio.<br />
ponto de venda. A participação dos frangos abatidos artesanalmente beira à ' I<br />
quase totalidade das unidades vendidas, em relação à venda de frangos vivos,<br />
nas unidades varejistas.<br />
Este atividade está longe de se constituir em um abate ecologicamente<br />
correto. As penas e outros restos das aves são jogados no lixo ou a céu aberto.<br />
Em ocasiões esporádicas a Vigilância Sanitária faz visitas a esses<br />
estabelecimentos. Mas não se pode dizer que até a presente data o mercado de<br />
frangos vivos tenha sido diminuído em função de fiscalizações sanitárias nos I<br />
pontos de varejo.<br />
Por haver um pequeno intervalo entre o abate e a venda ao consumidor,<br />
os frangos são chamados de abatidos na hora. O processo de abate começa de<br />
madrugada e às vezes se estende durante o dia todo. se houver bastante<br />
procura. O varejista pode optar por deslocar um funcionário ou ele mesmo<br />
98
ealizar a tarefa. \lo entanto é muito comum a utilização de peladeiras, moças<br />
ou senhoras que trabalham cerca de duas horas todas as manhãs. cedo. Essas<br />
peladeiras. devido à sua especialização. deixam o frango abatido na hora<br />
bastante limpo - sem marcas de penas. e com um bom aspecto visual.<br />
Pelas condições inerentes ao seu funcionamento. o varejo de frangos<br />
VIVOS não é mais encontrado em bairros sofisticados. mas se encontra<br />
amplamente disseminado na periferia das grandes cidades e nas cidades<br />
menores. Talvez a falta de um maior número de supermercados e mercearias<br />
com balcões frigorificos. que ofertassem frangos de corte abatidos resfriados<br />
oriundos de frigoríficos industriais. explique o quase monopólio do frango<br />
abatido na hora nessas áreas.<br />
o fato é que, em visitas a essas zonas e aos estabelecimentos varejistas<br />
ali instalados. pode-se perceber a aceitação popular do frango abatido na hora<br />
e o intenso movimento de fregueses à procura da ave.<br />
pode ser:<br />
A relação entre a granja de engorda e o varejo de frangos de corte vivos<br />
( 1) os dois são integrados verticalmente:<br />
(2) os dois são quasi-tntegrados:<br />
(3) os dois são participantes autônomos na cadeia.<br />
99<br />
" \/ I<br />
i \,
A granja de engorda e () varejo são integrados verticalmente<br />
As lojas de varejo integradas verticalmente as granjas de engorda<br />
geralmente nâo dispõem de grande variedade de produtos. A. quase totalidade<br />
de suas vendas reside no produto frango de corte: vivo ou abatido na hora. É<br />
muito comum também a venda de ovos nesse estabelecimentos. conhecidos<br />
como varejões.<br />
varejo sào:<br />
Os motivos básicos que levam um produtor a montar um ponto de<br />
1) possuir um escoadouro da produção:<br />
2) evitar e/ou diminuir a dependência de varejistas fortes:<br />
3) possuir um ponto de varejo localizado distante<br />
geograficamente de seus clientes, para implementar uma política<br />
de vendas própria. sem criar conflitos no seu canal:<br />
4) possuir um ponto de varejo localizado no meio geográfico do<br />
canal para forçar a redução de preços e o conseqüente aumento de<br />
vendas: e<br />
5) aumentar a margem de lucro.<br />
A granja de engorda e () varejo são quasi-integrados<br />
Nesta modalidade normalmente o frango desempenha a participação<br />
mais importante nas vendas. mas é comum existir um outro produto ou linha<br />
de produtos que divide as vendas da loja. É o caso dos açougues - venda de ~j<br />
<strong>10</strong>0<br />
t.
outras carnes: e das merceanas - venda de frutas. verduras e alimentos<br />
embalados.<br />
Uma alternativa de quasi-integraçào para o produtor que pOSSUI os<br />
meios financeiros, mas não os administrativos. é ceder as instalações físicas do<br />
ponto de vendas para um intermediário varejista. em troca do fornecimento dos<br />
frangos. Há modalidades que incluem a cessão de balança e freezer. A<br />
dificuldade maior para implantação de um sistema destes reside no nível de<br />
comprometimento entre as partes. principalmente do varejista. É bastante<br />
comum o varejista comprar frangos a outro produtor ou atacadista. desonrando<br />
o acordo inicial.<br />
Uma solução plausível seria a implantação de lojas de franchising que<br />
poderiam vender os frangos abatidos na hora e/ou abatidos industrialmente. A<br />
empresa produtora. caso possua abatedouro industrial. poderia determinar, de<br />
acordo com o nível de sofisticação dos bairros. quais lojas venderiam somente<br />
o produto abatido industrialmente. e que lojas poderiam vender<br />
concomitantemente o produto abatido na hora e o abatido industrialmente.<br />
A granja de engorda e () varejo ...• tão autônomos<br />
Nesta modalidade existe muita diversidade entre as lojas e os itens de<br />
vendas. ocorrendo desde lojas especializadas em frangos. carnes e ovos. até<br />
minimercados com bastante variedade.<br />
rr ,"':~,~'. r • I~<br />
j~<br />
'-.;<br />
<strong>10</strong>1
A maioria das unidades de varejo que comercializam o frango vivo e<br />
abatido na hora são familiares e de pequeno porte. Existe também algumas<br />
lojas de porte maior, normalmente situadas perto de feiras-livres e pontos<br />
movimentados.<br />
Os varejistas fazem muita questão no item tamanho do frango. Os<br />
consumidores, em geral. preferem frangos de maior peso, o que revela-se<br />
antieconômico para o produtor (ver item 2.4. LI.).<br />
Os varejistas geralmente não gostam de manter estoques elevados de<br />
frangos vivos nas suas lojas em função das despesas com ração. otimização de<br />
ventilação. e segurança, nos galpões. Ocorre também perda de peso e<br />
mortalidade das aves em decorrência de stress.<br />
Há pontos que realizam vendas de <strong>10</strong>0 até 3.000 aves por semana. A<br />
freqüência de vendas. para os varejistas. pode ser de 2 a 7 entregas semanais.<br />
sendo mais comum em torno de três recebimentos por semana. O prazo de<br />
pagamento dado ao varejista varia entre 3 e 14 dias. A margem do varejista é<br />
bastante variável entre as diversas lojas. em função de diferentes níveis de<br />
preços de venda.<br />
A remuneração da empresa produtora<br />
Nas vendas para outros Estados. existe obrigatoriedade de emissão de<br />
• d "<br />
nota fiscal. Apos a venda dos frangos. a empresa produtora pode ter um prazo ~<br />
de até quatorze dias para receber o pagamento dos atacadistas ou varejistas.<br />
<strong>10</strong>2
No comércio varejista. em geral. não há nenhum tipo de compromisso<br />
de pagamento assinado. Esse é um dos motivos porque muitas vezes as<br />
empresas produtoras preferem operar com atacadistas do que varejistas.<br />
No caso da empresa possuir lojas de "arejo integradas ou quasi-<br />
integradas. o prazo de recebimento é quase nulo em função da autornaticidade<br />
das vendas.<br />
A remuneração das empresas produtoras de frangos VIVOS está<br />
diretamente relacionada ao preço do quilo de frango vivo. à idade de venda das<br />
aves. e à eficiência operacional na granja de engorda. Esta última é medida<br />
através do/à/o r de produção (ver a remuneração do parceiro criador. no item<br />
2.4.1.2. ), que engloba entre outros fatores a conversão alimentar.<br />
Um exemplo ilustrativo: desperdício de ração<br />
Considere-se que uma empresa produtora de frangos aumentou a sua<br />
taxa de conversão alimentar média de 2.0 para 2.1 Kg ração! Kg ave. Então<br />
para uma produção de 500.000 frangos/mês. com 2.5Kg quilos vivos médios. e<br />
preço de 1.00RS/Kg, ter-se-á:<br />
Receita de vendas = 500.000 x 2.5Kg x 1.00RS/Kg = 1.250.000RS<br />
Para um custo de ração de 0,30 RS/Kg, ter-se-á:<br />
Situação 1) C. A. : 2.0.<br />
Despesas com ração = 1.250.000Kg x 2.0 x 0.30RS/Kg = 750.000RS<br />
<strong>10</strong>3
Situação 2) c.x. 2.1.<br />
Despesas com ração = l.250.000Kg x 2.1 x O.30R$/Kg = 787.500R$<br />
No caso de se aceitar uma margem de lucro líquido para o setor de <strong>10</strong>%<br />
do faturamento, ou seja 125. OOOR$, provavelmente superestimada. a diferença<br />
entre a situação 1 e 2, 37.500R$, representa cerca de 33% do lucro líquido<br />
mensal.<br />
Os pequenos produtores (ornam-se criadores<br />
o elevado custo de produção e a dificuldade de comercialização dos<br />
frangos vivos são dois fatores que contribuem muito para a perda de<br />
rentabilidade do pequeno produtor-criador e a conseqüente retirada de muitos<br />
deles para a atividade exclusiva de criador em uma parceria avícola.<br />
2.4.4. Abatedouro: recepção de frangos de corte vivos e seu processamento<br />
Uma das embalagens de venda dos frangos em partes é uma bandeja<br />
com filme transparente. o qual expõe defeitos tais como coágulos,<br />
descoloração. cortes no músculo e queimaduras. Devido a tal fato. muitas<br />
falhas nas operações do abatedouro ficam expostas aos consumidores.<br />
A tendência de participação cada vez maior de frangos em partes no<br />
composto de vendas do abatedouro obriga a uma responsabilidade dobrada das -, " . .•<br />
<strong>10</strong>4<br />
\. /\<br />
-c, ,
equipes de apanha de ares nas granjas de engorda. 1<strong>10</strong> embarque dos frangos<br />
no veículo e no transporte para o abatedouro.<br />
o uso de equipes treinadas que realizem as tarefas de forma ágil, mas<br />
com atenção bastante para não machucar ou quebrar os membros dos frangos,<br />
é fundamental.<br />
o veículo. ao chegar no abatedouro, segue diretamente para a balança<br />
rodoviária, onde é registrado o horário de chegada. os dados do caminhão e a<br />
granja de origem das aves. O controle do horário na unidade de abate é<br />
fundamental para a conferencia com o horário de saída da granja, anotado pelo<br />
responsável da expedição.<br />
Após a realização da pesagem. o frango segue para as operações de<br />
abate propriamente ditas. São elas 79:<br />
1) recepção defrangos vivos<br />
O veículo dirige-se a uma área coberta. bem ventilada. instalada com<br />
aspersores que proporcionam um banho de uma a duas horas para resfriar a<br />
temperatura corporal das aves e facilitar o procedimento de sangria. Em<br />
seguida. os frangos são retirados das caixas e pendurados, no interior do<br />
abatedouro, em ganchos. nas nórias de transporte. Nessa etapa. devem ser<br />
tomados cuidados para não injuriar coxas e asas,<br />
-·jAbatedouro de aves é o maior do Nordeste. Integração. Agosto I
Através de voltagem elétrica. as aves são insensibilizadas. O excesso de<br />
voltagem pode causar deslocamentos súbitos das aves com retenção parcial de<br />
sangue. quebramento de clavículas ou pontos vermelhos nas asas.<br />
2) sangria, escaldagem e depenagem<br />
A sangria bem executada exige um período de tempo mínimo, pois a má<br />
execução desta operação pode acarretar em um frango de pele com coloração<br />
avermelhada. O risco do excesso de sangue também pode causar problemas<br />
ambientais. através da contaminação da água de escaldamento ou água de<br />
Chiller.<br />
O controle da temperatura e do tempo é fundamental na escaldagem. A<br />
temperatura alta em período prolongado pode queimar a pele e provocar seu<br />
rompimento na etapa de depenagem.<br />
A utilização de dedos de borracha com pressão ajustada na etapa de<br />
depenagem diminui a incidência de cortes e quebra de partes.<br />
3) evisceração<br />
Atualmente a tendência é de automatização do sistema de evisceração, o<br />
que permite uma elevação de até 2% no grau de aproveitamento da carne. A<br />
automatização da recepção de aves vivas e da evisceração pode reduzir em até<br />
15% o custo do quilo produzido'".<br />
"Leonora. Andréa. O abate ecologicamente correto. Gazeta Xlcrcantil . OSlO 1/96. p. B -20<br />
<strong>10</strong>6
-i) resfriamento<br />
<strong>10</strong>7<br />
o objetivo do resfriamento é a diminuição de 40')C para menos de <strong>10</strong> 0 e<br />
na temperatura da carcaça. Procura-se assim evitar a multiplicação de<br />
micróbios patogênicos e deterioradores.<br />
5) gotejamento e embalagem<br />
o gotejamento consiste em suspender as carcaças pelas asas, coxas ou<br />
pescoço e deixar a água aderida no resfriamento escorrer. Uma carcaça de<br />
qualidade superior deve possuir abaixo de 8% do seu peso em água".<br />
6) cortes e desossa<br />
Os operadores no sistema manual de cortes realizam o trinchamento<br />
sempre no mesmo local. o que aumenta o nível de perdas. No sistema<br />
mecànico o frango é cortado em função do seu peso e sempre nas juntas. o que<br />
reduz perdas e melhora a apresentação visual do produto.<br />
Quanto á desossa, estimava-se em 1992 que cerca de 70% dos peitos de<br />
aves nos EUA. a carne de maior preferência do consumidor americano, eram<br />
desossados. o que faz crer que o Brasil poderá aumentar essa modalidade'".<br />
,1 Na trilha dos embutidos .. 1I"el" ,\. Ovos. Setembro 1992. p. l-l<br />
':[dem.
o processo de abate aumenta em média 40~/ó o custo de produção do<br />
quilo de frango abatido em relação ao custo do quilo de frango vivo. Após o<br />
processamento ainda OCOITeuma perda média de 15% no peso da ave ".<br />
() grupo controlador de múltiplas empresas produtoras de frangos e a<br />
especialização nas cadeias de produção e distribuição de frangos de corte<br />
o fato de um grupo controlador possuir múltiplas empresas no setor<br />
avícola de corte permite especializações no alocamento dos recursos. em<br />
função de vantagens comparativas específicas para cada operação e região. tais<br />
como:<br />
1) menor número de unidades de criação de matrizes atendendo<br />
a um maior número de incubatorios longínquos. Situação<br />
bastante frequente em função do mercado existente para ovos<br />
férteis. entre médias e grandes empresas produtoras. Estas últimas<br />
em geral possuem incubatórios:<br />
2) menor número de incubatorios atendendo a um maior número<br />
de granjas de engorda longínquas. Situação pouco frequente. É<br />
"Andrade. Jaqueline. Empresa lidera ranking estadual. In Avicultores de PE têm custo ~OfX) mais<br />
alto. Diário de Pernambuco. ()7/0 IN6. p.C -8 (informação fornecida pelo Sr. José Edson Cavalcanti.<br />
gerente industrial do frigorífico Pena Branca em Paulista. PE)<br />
<strong>10</strong>8
mais comum o repasse de ovos férteis do que o de pintos de um<br />
dia, entre médias e grandes empresas produtoras:<br />
3) menor número de abatedouros atendendo a um maior número<br />
de granjas de engorda longínquas. Situação pouco frequente. Os<br />
frangos vivos são vitimas de problemas de stress em viagens<br />
longas, ocorrendo perdas econômicas;<br />
4) menor numero de abatedouros atendendo a mercados<br />
geográficos consumidores longínquos. Situação bastante<br />
frequente no caso de frangos congelados. A Sadia, Perdigão,<br />
Seara e Chapecó. que possuem menores custos de produção em<br />
função de produzirem frangos em centros de produção de grãos,<br />
colocam o produto congelado a preços mais acessíveis em regiões<br />
não-produtoras de grãos. do que as empresas locais. No caso de<br />
frangos resfriados ° período máximo de validade do produto, <strong>10</strong><br />
dias, favorece a atuação das empresas produtoras locais<br />
<strong>10</strong>9
A evolução da produção e consumo de frangos 1<strong>10</strong> Brasil<br />
Os cálculos e as estimativas de produção de frangos de corte<br />
normalmente são feitos com base no alojamento de galinhas matrizes no país.<br />
O alojamento de matrizes permite saber:<br />
1) a estimativa de produção de pintos de corte:<br />
2) de posse da estimativa de pintos de corte a serem alojados nas<br />
granjas de engorda. adota-se:<br />
a) um padrão de mortalidade; e<br />
b) um padrão de peso médio para os frangos a serem<br />
produzidos:<br />
3) de posse dos dados calculados em 2a) e 2h) pode-se estimar o<br />
total da produção de quilos vivos em um determinado período:<br />
1<strong>10</strong>
Em 1970 a produção brasileira de frango de corte foi de 217.000<br />
toneladas. Vinte e cinco anos depois, em 1995. obteve-se cerca de 4.000.000<br />
de toneladas. o que representou um crescimento da produção de mais de<br />
1.700%84.<br />
Produção Nacional de Frangos<br />
(em milhões de toneladas)<br />
O~--~--~--~--~--~--~--~--~--~--~<br />
1985 xc, S7 88 S9 90 91 n 93 94 95'<br />
Em 1970 o consumo de frango no Brasil estava em tomo de 2.3 quilos<br />
per capild~5e o preço do quilo de frango vendido ao consumidor foi de US$<br />
4.50. Em 1995. o consumo ficou em 23.3 quilos por habitante'f'e o preço<br />
flutuou em torno de US$ I.OO R7 .<br />
"Baldan. A arte ... p.77<br />
"OI' . tvcira. . Sua e.\ce I" el1Cla... p. _( ) )<br />
SÓOe Cesare. Claudia Facchini. O frango de Pequim entra em cena. Gazeta vtercanul.<br />
8-14<br />
19/() I/l)(,. p.<br />
'·Bueno. Márcio. Avicultura: matéria dc reforma .. /gro{//l(Ihsis. Dezembro 19l)5. p. 2 (Entrevista<br />
com o Sr. Cláudio Martins. Diretor-Executivo da Abcf - Associação Brasileira dos Produtores e<br />
Exportadores de Frango).<br />
111
Consumo Anual de Frango Per Capita no Brasil (Em Kg)<br />
1985 R6 87 ~8 R9 90 91 92 93
<strong>10</strong>0<br />
Comparação de preços entre o frango e o acérn<br />
O+-----.----...----"""'T""---.------.------/<br />
1999 90 91 92 93 94 95<br />
Fonte' Adaprad •.. " de Globo Rural, Fevereiro de 1\}l)6. p. :R<br />
lndices dos preços rnedros. em dólar por Quilo<br />
EiIPreço do Frango 11Preço do Acém<br />
Em 1996 o frango deverá aumentar de preço, em função de elevações<br />
nos preços de milho, farelo de soja, energia elétrica e tributos, mas deverá<br />
continuar em níveis inferiores aos da carne bovina até o final do século,<br />
seguindo tendências internacionais'".<br />
Para 1996, de acordo com o alojamento de matrizes, o Brasil terá<br />
capacidade de produzir 4.300.000 toneladas. Entretanto. deverào ser<br />
produzidos entre 4.200.000 e 4.250.000 toneladas?'.<br />
A maioria dos dados e informações publicados sobre o mercado<br />
consumidor de frangos de corte diz respeito ao consumo de frangos abatidos<br />
resfriados e congelados. O mercado consumidor de frangos abatidos na hora e<br />
frangos vivos dificilmente é abordado. Tal fato decorre de:<br />
"Campo. Sueli e Centeno. Ayrton. Excesso de oferta derruba preço do frango. () Estado de São<br />
Paulo 2]/0 1/96. p. 8) (Informação do Sr. Heitor Muller. presidente da lT8A - União Brasileira de<br />
Avicultorcsi<br />
)f)DeCesare. O frango de Pequim ... p. 8 -l-l (Informação do Sr. José Carlos Godoy. secretário<br />
executivo da Apinco -Associação Brasileira dos Produtores de Pinto de Cone I.<br />
113
I) os frigoríficos constituírem um pequeno universo, com porte<br />
econômico considerável:<br />
2) os frigoríficos representarem uma atividade formal, com<br />
registros em órgãos de fiscalização fazendária e inspeção<br />
sanitária;<br />
3) os pontos de varejo que realizam a venda de aves abatidas<br />
resfriadas e congeladas serem empresas legalmente constituídas,<br />
ao contrário de muitas unidades varejistas que lidam com frangos<br />
vivos e abatidos na hora, submersas na economia informal.<br />
2.5. CA<strong>DE</strong>IA <strong>DE</strong> DISTRIBUIÇÃO <strong>DE</strong> FRANGOS <strong>DE</strong> CORTE<br />
ABATIDOS<br />
I Frigorifico I<br />
114
2.5.1. Frigorífico: venda de frangos de corte abatidos resfriados e<br />
congelados<br />
2.5.1.1. Oportunidades e tendências para os frigoríficos<br />
Os abatedouros ou frigorificos devem ser vistos como oportunidades<br />
para as empresas produtoras de aves saírem do mercado de commodities, ao<br />
procurar prever a demanda de mercado por produtos especializados.<br />
Concomitantemente deve-se posicionar a marca com base no crescimento do<br />
volume de produtos de maior valor agregado.<br />
O aumento do portfolio de produtos e uma realidade na produção e<br />
processamento de frangos. No produto frango inteiro tem-se os galetos e os<br />
f · ~ I I)J" i ..rangoes. como o c iestcr . !~o setor de frango corta do<br />
em partes tem-se:<br />
peito. coxas. sobrecoxas e asas. Essas partes podem ser processadas com osso<br />
ou já desossadas. como filé de peito e filé de coxa.<br />
Há também os cortes especiais, com mais de 170 itens. como coxa -<br />
com ou sem pele. sobrecoxa - com ou sem osso, passarinho e tulipa'".<br />
';Os <strong>10</strong> anos do chester. AI'es & ()ms. Setembro 19
A inclusão de temperos adicionados à ração na etapa de alimentação<br />
das aves. nas granjas de engorda. que impregnariam toda a carne dos frangos,<br />
já está sendo testada. ~o que se refere à adição de temperos no próprio<br />
abatedouro. recentemente a empresa Perdigão lançou uma linha de recheados<br />
práticos - peito de frango com diferentes recheios. Depois da boa aceitação no<br />
mercado externo. ela colocou no Brasil peito de frango recheado com<br />
espinafre e com brócolis". A empresa pretende lançar duas novas opções<br />
dentro desta mesma linha por mês até abril de 1996.<br />
Em 1995 a divisão de carnes da Ceval Alimentos. marca Seara. dobrou<br />
o volume de vendas de frango Classy, temperados. em relação a 1994')4<br />
A embalagem de venda para as partes pode ser bandejas, caixas ou<br />
sacos plásticos. O tamanho das embalagens é outro aspecto a ser considerado.<br />
As tarefas de fazer compras e cozinhar demandam tempo. Atualmente a maior<br />
participação feminina nos postos de trabalho aumentou a procura por<br />
alimentos de rápida preparaçào e pelas refeições congeladas.<br />
A Sadia. em 1995. criou um padrão visual novo para bandejas de frango<br />
congelado, colocou no mercado partes temperadas em bandejas e uma linha de<br />
partes embaladas individualmente para tomar mais prática sua utilização pela<br />
dona de casa".<br />
' J.l Idem,<br />
"Coelho. Edilson &: Ncumann. Denise. Indústria de alimentos dj salto na produção. () Estado de .)'.<br />
Paulo. 08/Ol/96. p. B-:><br />
"Tglecia. Cristina. Indústrias de alimentos investiram em produtividade .. i innentos & Tecnologia.<br />
p.25<br />
116
A diferenciação de marcas através de tipos de produtos exclusivos é<br />
possível na cadeia de frangos de corte devido à formação de linhagens<br />
genéticas exclusivas. como o chester. que representa barreiras de entrada aos<br />
concorrentes. Os chesters são vendidos inteiros, em partes. ou em subprodutos<br />
industrializados.<br />
2.5.1.2. A distribuição de aves abatidas no mercado interno<br />
À. partir de pesquisa realizada pela PR - Parente & Rojo Consultores de<br />
Marketing, e apresentada em um seminário de marketing promovido pela APA<br />
- Associação Paulista de Avicultura, e com o apoio da .-\PAS - Associação<br />
Paulista de Supermercados, em outubro de 1993, foi possível pela primeira vez<br />
traçar um perfil do mercado brasileiro para frangos de corte. Neste trabalho<br />
foram abordados assuntos como: o consumo per capita: a queda de preços do<br />
produto e o papel dos supermercados. avícolas. açougues e restaurantes: o<br />
perfil do consumidor: e os atributos do produto no momento da compra".<br />
Através de dados da pesquisa acima citada. detectou-se que. 1<strong>10</strong><br />
composto de distribuição de frangos abatidos, as lojas de auto-serviço possuem<br />
uma participação estimada entre 35 e 40%, com tendência ascendente, embora<br />
esta participação esteja em níveis abaixo da normalmente verificada para<br />
"o frango de corte em busca de novos índices de consumo .. h'cs & ()m.\'.i .'?CI'ISla da Xladerna<br />
.1vicultura. Setembro 1994 p.ux<br />
117
produtos industrializados comercializados tradicionalmente em<br />
')"7<br />
supermercados, cerca de 80% "<br />
Em contraposição às lojas de auto-serviço, o conjunto de avícolas,<br />
açougues. feiras e sacolões. mercados municipais e granjas. todos do estado de<br />
São Paulo, participou com 60 a 65% das vendas de aves .. -\ participação de<br />
cada unidade varejista foi:<br />
a) avícolas: cerca de 20 a 25%;<br />
b) açougues: cerca de 20 a 25%;<br />
c) feiras e sacolões: cerca de 15%;<br />
d) mercados municipais e granjas: cerca de 5%'JR.<br />
As avícolas revelaram-se mais participantes no interior de São Paulo,<br />
talvez em função da possível menor presença de supermercados.<br />
As lojas de auto-serviço correspondem a 84% do faturamento de vendas<br />
varejistas de alimentos com uma participação de 15% na quantidade de<br />
unidades de varejo. A seção de Carnes e Aves dos supermercados responde<br />
. ')9<br />
por algo em tomo de 12% das vendas desses estabelecimentos .<br />
No que se refere à seção de Carnes e Aves em particular. o frango<br />
preenche 21% do espaço de exposição e colabora com cerca de 33% das<br />
vendas. Em relação à àrea total de exposição das lojas. o frango representa<br />
0,6%. enquanto responde por ~,7% do faturamento. o que para o Prof.<br />
" A grande sacada do frango .. 1\'f:'S & ()\,().I'. Setembro 1993. p.()X<br />
)~Idem. p. nó<br />
)9Idem. p. OI)<br />
118
Francisco Rojo "revela. sem dúvida. mequivoca relação de eficiência do<br />
[J % na Área de<br />
Exposição<br />
[J % nas Vendas<br />
[J % na Arca de<br />
Exposição<br />
Participação de Frangos em Relação<br />
a seção de Cames e i\ves das lojas<br />
o <strong>10</strong> 20 30 40<br />
Participação de Frangos em Relação<br />
ao total das loj as<br />
Segundo os gerentes dos supermercados pesquisados. todos do estado<br />
de São Paulo. os frangos são usados em promoções de preços pelos seguintes<br />
motivos:<br />
i "Tdem. p. 12<br />
a) possuem rápido giro:<br />
b) atraem para dentro da loja os consumidores:<br />
c) o setor de frigoríficos oferece opções competitivas, tomando<br />
possível repassar aos consumidores ofertas promocionais.<br />
JJ<br />
3.7<br />
119
No que tange à remuneração do setor supermercadista com o produto<br />
frango, foram feitas as seguintes observações:<br />
a) há um bom prazo entre o giro de estoque e o pagamento aos<br />
frigoríficos:<br />
b) os frangos inteiros resfriados. os mais util izados nas<br />
promoções, possuem margem baixa;<br />
c) os produtos de maior remuneração e menor competição de<br />
preços são 05 frangos em partes.<br />
No que diz respeito à preferência do consumidor, os frangos resfriados<br />
foram responsáveis por 90% do faturamento dos supermercados, ficando os<br />
congelados com os <strong>10</strong>% restantes. Segundo o Prof. Juracy Parente "os frangos<br />
congelados são usados sobretudo para estoque de segurança nas <strong>10</strong>jas,·II)I. com<br />
tendência entre alguns supermercadistas grandes de aumentar o volume de<br />
frangos desta modalidade.<br />
Os frangos inteiros participaram com 75% do total das vendas,<br />
enquanto os frangos em partes contribuíram com os 25% restantes. com<br />
tendência de crescimento no composto de vendas.<br />
120
A pesquisa de comportamento do consumidor revelou fatos<br />
interessantes. Aproximadamente 45% das compras sào realizadas por impulso.<br />
As consumidoras dào preferência a frangos:<br />
a) de cor clara - 43%:<br />
b) amarelo - 30%: e<br />
c) rosado - 27%.<br />
o tamanho das aves e a data de validade são observados. A presença de<br />
manchas e odores estranhos desqualifica as aves. Os itens tamanho e odor<br />
apresentaram-se mais relevantes que o item limpeza. para as compradoras.<br />
A freqüência média de consumo foi de quatro dias e a quantidade<br />
consumida revelou-se maior nas classes A e B, entre as donas de casa mais<br />
jovens'l'" No ano de 1995, as classes C e O respondiam por 45% do consumo<br />
I(H<br />
de frango<br />
..<br />
Foram citados como fatores positivos do frango:<br />
a) carne de menor preço e maior rentabilidade no preparo:<br />
b) carne branca. mais digestiva e sem colesterol: e<br />
c) facilidade no preparo e opções de partes e receitas diversas.<br />
"':0 frango de corte ... pOR<br />
,r; J Olivcira. Sua excelência ... p. 20<br />
121
qumucos.<br />
Os aspectos negativos citados foram a embalagem e os conservantes<br />
No que se refere às embalagens de venda. os gerentes de supermercados<br />
dão as seguintes sugestões:<br />
a) maior beleza plástica e presença de cores:<br />
b) maior resistência, para não abrir e soltar sangue;<br />
c) melhor serviço de transporte para evitar amassos; e<br />
d) a colocação de informações sobre o produto.<br />
Como sugestão para ampliar as vendas. os gerentes sugenram a<br />
publicação e distribuição de receitas de frangos. Em função das características<br />
atribuladas da vida moderna. seria interessante colocar receitas simples e<br />
práticas.<br />
No tocante às embalagens de transporte. a caixa de papelão é a mais<br />
aceita pelas lojas maiores. em razão de não terem retorno e facilitarem o<br />
transporte e a armazenagem. As desvantagens dessa modalidade de transporte<br />
consistem na absorção de umidade proveniente da água do frango e na<br />
dificuldade de armazenagem. pois o empilhamento pode deformar o frango.<br />
As caixas plásticas transmitem uma idéia de menor custo para os<br />
pequenos varejistas. As dificuldades operacionais residem em:<br />
a) manuseio pouco prático:<br />
b) pouca disponibilidade de espaço para guardar as caixas vazias:<br />
c) necessidade da operação de devolução.<br />
122
2.5.1.3. A distribuição de aves abatidas no mercado externo<br />
2.5.1.3.1. Os maiores países exportadores de frangos e a influência da<br />
União Européia e do Nafta<br />
123<br />
o Brasil possui os custos mais baixos de produção de frangos dentre 11<br />
países selecionados, segundo estudo publicado pelo lntemational Finance<br />
Corporation, IFC, do Banco Mundial, em setembro de 1995. Os principais<br />
fatores que reduzem a competitividade do produto brasileiro no exterior são:<br />
a) os altos custos dos portos brasileiros:<br />
b) a exportação de impostos; e<br />
c) a valorização do real frente ao dólar.
usto da ave viva<br />
USé/Kg peso vivo)<br />
· Custo do pinto de um dia<br />
· Custo da ração<br />
· Pagamento ao criador<br />
· Medicamentos veterinários<br />
· Administração<br />
· Produtor<br />
· Transporte da a \'C<br />
Custo da ave viva no<br />
atedouro<br />
usto da Carne na indústria<br />
Sé/kg limpo)<br />
· Condenações<br />
O Recuperação dos Dejetos<br />
I. Custo Líquido da Carne<br />
Indústria<br />
ustos da Indústria<br />
Sé/kg limpo)<br />
2. Mão-de-Obra<br />
3. Embalagem<br />
4. Instalações<br />
5. Custos Administrativos<br />
. Custos Fixos<br />
7. Mão-de-Obra<br />
tra-crnpresa<br />
8. Total não desagregado 22.0<br />
Custo de produção de frangos em países selecionados<br />
Argentira Brasil China Frarça Hungria I lolanla I'cru Polônia T~rilfnldia<br />
1994 1993 1994 1993 1994 1993 1994 1993 1994<br />
14.6 'iA <strong>10</strong>.0 1-1.3 12.7<br />
-16.7 -'5.9 -12.9 57.1 55.6<br />
IH 5." 5.S 19.2 20.3<br />
3.3 0.1 2.D 1.3 0.8<br />
9.2 (U)<br />
S7.5 50.7 (jO.7 01,9 S9,3<br />
1.5 1.0 1.8<br />
87.5 52.2 (j 1.7 '>3.6 S9.3<br />
<strong>10</strong>9.4 ú8.9 SI.4 123.6 117.9<br />
<strong>10</strong>9.-1 (lX.9 SI.-I 123.6 117.9<br />
, ,<br />
.'.J<br />
1.7<br />
16.2<br />
2.0 S.6<br />
.~.2<br />
2.8<br />
<strong>10</strong>.1<br />
11.4<br />
1). Total outros custos 22.0<br />
11.8 .,5.0<br />
usto operacional total I3I.4 X5.4 '13.2 158.6 1-15.5<br />
onte: International Financiai Corporation<br />
(World Bank):<br />
.tgroanatvsis Dezembro 191)5. p. ()~<br />
Io.s<br />
II.S<br />
-'50<br />
16Jl Il.~ 15.3<br />
55.2 ~6.() (,5.6<br />
25.S 5.0 15.2<br />
1.5 (I.SI<br />
1.0<br />
(}S.4 <strong>10</strong>5.0 98.0<br />
129.9 13U 129.4<br />
129.9 131.-' 129.-1<br />
lú3.-I<br />
zi.o<br />
21.0<br />
'}.S<br />
-1.-'<br />
7.1<br />
1.6<br />
1-'.0<br />
152.-' 152.2<br />
'l.S<br />
51.5<br />
('.3<br />
1.7<br />
69.3<br />
2.0<br />
71.-'<br />
')4.2<br />
')4.2<br />
12.4<br />
<strong>10</strong>6."<br />
124<br />
TUIqUia<br />
1994<br />
12.0<br />
-17.7<br />
2 \.4<br />
1.5<br />
No àmbito externo. a formação de blocos econorrucos mundiais tem<br />
dificultado as exportações brasileiras de frangos. O Nafta - North Arnerican<br />
Free Trade Agreernent, e a UE - União Européia. possuem mecarusmos<br />
protecionistas para membros internos produtores. notadamente os Estados<br />
Unidos e a França. É também comum a colocação de barreiras sanitárias para<br />
impedir a entrada do produto brasileiro nesses blocos.<br />
S.2<br />
-1.1<br />
..1.1<br />
82.7<br />
1.0<br />
S3,7<br />
1<strong>10</strong>.5<br />
1<strong>10</strong>.5<br />
7.9<br />
-1.0<br />
3.2<br />
1.0<br />
R.3<br />
16.1<br />
126.6<br />
EUA<br />
1994<br />
S.3<br />
36,8<br />
8.8<br />
\.1<br />
1.1<br />
56,1<br />
2,8<br />
58,8<br />
77,4<br />
\,0<br />
..2.2<br />
76.2<br />
15.4<br />
4,6<br />
2,6<br />
2.9<br />
3.3<br />
13,4<br />
28.9<br />
<strong>10</strong>5.0
As políticas individuais adotadas por estes dois paises acima. de<br />
subsidiar elevadamente as exportações, contribuem ainda mais para reduzir a<br />
competitividade do frango brasileiro no exterior'?'.<br />
o Nafta e os Estados Unidos<br />
o Nafta constitui o bloco de maior produção. maior consumo e maior<br />
exportação de aves. No que se refere às importações, o único país que as<br />
realiza é o México. Em 1994, as projeções para o Nafta indicavam uma<br />
produção de 14.832.000 toneladas. um consume de 14.067.000 toneladas e<br />
exportações para fora do bloco de 765.000 toneladas. O total das importações<br />
mexicanas, todas provindas dos Estados Unidos pois o mercado não é aberto a<br />
terceiros. serão de 199.000 toneladas I 05.<br />
Em 1995. no primeiro semestre, o volume de exportações americanas<br />
aumentou cerca de 36% em relação a igual período de 1994 <strong>10</strong>6 .<br />
Em 1996 acredita-se que os Estados Unidos elevem em 7% suas<br />
exportações. colocando mais I 16 mil toneladas no mercado. em relação a<br />
A evolução das exportações americanas começou em 1984. Os Estados<br />
Unidos àquela época ocupavam o terceiro lugar entre os exportadores. com<br />
11I4Bucno. Avicultura.... p. OI<br />
1"'Blocos mundiais pilotam o comercio de US$ l-l trilhões, Aves & Ovos.' Rcrvista da Xloderna<br />
.tvtcultura. Janeiro 1!J9-l. p.lO .<br />
;I>(,Bueno. A· 1 O'<br />
\"ICU tura .... p. ..•<br />
;r'-De Cesare. Claudia Facchini. Ave francesa bate a brasileira. Gazeta Mercanul. 12/0 1!!)6. p. B-14<br />
125
185.000 toneladas. o que representava 16,6% do volume mundial exportado.<br />
Teve início então um programa de subsídios - o l:EP. Export Enhancement<br />
Program - que patrocinava a diferença de preços entre o mercado externo, em<br />
geral mais barato, e o mercado interno, normalmente mais caro. O produtor<br />
recebia a diferença através de certificados de commodittes. De posse do<br />
certificado, ele retira o valor equivalente em produtos do governo, optando<br />
geralmente pelo milho.<br />
A justificativa para a adoção do programa consistia na concorrência<br />
desleal da França, principalmente. e de outros países que subsidiavam a<br />
exportação de frangos. O desenvolvimento das exportações foi<br />
. 'fi . <strong>10</strong>8<br />
slgm icanvo e em 1995 os Estados Unidos embarcaram 1.700.000<br />
toneladas!", cerca de 40% do volume mundial exportado I <strong>10</strong>. Este número<br />
constituiu um volume maior neste ano do que França. Hong Kong e Brasil<br />
juntos 111, respectivamente segundo. terceiro e quarto maiores exportadores.<br />
A estratégia de penetração dos Estados Unidos nos mercados externos é<br />
diferente da brasileira. Dentro dos EUA a maior demanda é pela parte mais<br />
. .<br />
nobre. o peito; e as demais partes. coxas e sobrecoxas. ou seja carnes mais<br />
escuras, são enviadas para o mercado exterior.<br />
:1l~8ueno. Avicultura .... pp. 02 -:1<br />
!Il<br />
Q De Cesare. Ave francesa ... p. 8-1 .•<br />
! "Bueno. Avicultura .... p. 02<br />
! ; 1 De Cesare. Ave francesa ... p. 8-1 .•<br />
126
Os amencanos procuram. em geral. mercados menos sofisticados,<br />
oferecendo preços bastante competitivos. Em [995 os principais mercados-<br />
alvo foram Hong Kong e Rússia l12<br />
Mesmo no caso do Japão. um mercado mais exigente, a Federação de<br />
Exportadores de Carne dos Estados Unidos utiliza a estratégia de visar<br />
exclusivamente aos clientes - importadores, atacadistas e cadeias de<br />
supermercados - e não aos consumidores finais 113 .<br />
.4 União Européia e a França<br />
A União Européia responde pela segunda maior produção. segundo<br />
maior consumo e segunda maior exportação de aves. O bloco constitui-se no<br />
maior importador mundial. com grande comércio intra-bloco. Em 1994, as<br />
projeções para a UE indicavam uma produção de 7.654.000 toneladas e um<br />
consumo de 7.235.000 toneladas 114.<br />
Segundo estas projeções. em [994. a UE exportaria para fora do bloco<br />
626.000 toneladas. Dentro do bloco o volume exportado seria de 1.047.000<br />
toneladas. O total das exportações seria de 1.673.000 toneladas I 15<br />
No que se refere às importações, a UE importaria de fora do bloco. ou<br />
seja de todos os outros países inclusive o Brasil. uma cota máxima de 207.000<br />
112Sucno. Avicultura ... p. 0.+<br />
! 11 Idcl11 .<br />
11~B1ocosmundiais .. p.20<br />
!1'Idcm.<br />
127
toneladas. As importações intra-bloco seriam de 1.047.000 toneladas. O total<br />
das i ~ -c. "'5 I d I' li<br />
as importaçoes perrana I..: 4.000 tone a as ' ,<br />
A União Européia, no ano de 1995, em função de um acordo firmado na<br />
esfera do Gatt, dividiu uma cota de importação anual de 15.500 toneladas de<br />
peito de frango, livre de taxas por um período de cinco anos, e que era tida<br />
como exclusiva para o Brasil, entre mais dois países. A partilha das 15.500<br />
toneladas ocorreu da seguinte forma: Brasil, 46%: Tailândia, que nem sequer<br />
era signatária do acordo em questão, 33%: e China, que não faz parte do Gatt,<br />
A parcela das vendas perdidas nesse acordo corresponde a cerca de US$<br />
60 milhões por ano. Considerando o prazo de cinco anos, ter-se-á uma perda<br />
de faturamento aproximado de US$ 300 milhõesi'".<br />
Neste caso particular o Itamarati aceitou as ponderações da Abef -<br />
Associação Brasileira de Exportadores de Frangos. e prepara os procedimentos<br />
rotineiros para enviar o caso à Organização Mundial do Comércio I 11).<br />
O mercado europeu de peito de frango é muito importante. pois ele<br />
torna viável todo o composto de exportação de partes. Os outros mercados<br />
externos do Brasil para partes de frangos, notadamente o asiático, não tem o<br />
hábito de consumir carne branca. o que desvaloriza este produto para níveis de<br />
preço abaixo dos da carne escura, ou bloqueia a sua venda. Quando a União<br />
::"Idem .<br />
. ~. Bueno, Avicultura .... p. 04<br />
:,xldem.<br />
·'~Idem.<br />
128
Européia não compra o peito de frango ao Brasil. este perde nos preços ou<br />
inviabiliza o processo de exportação de partes 1::0.<br />
Os franceses e americanos estão cientes deste problema. mas se o Brasil<br />
reduzir sua participação no composto de partes. eles ganham novos mercados<br />
para receber subsídios. A França tem uma restituição financeira. que é<br />
determinada periodicamente pela União Européia. A justificativa alegada é a<br />
de que é preciso tomar o custo de produção européia compatível com o custo<br />
do mercado intemacional" e os Estados Unidos por causa do EEP, programa<br />
em que os valores subsidiados podem chegar a até L'SS 600 por tonelada<br />
exportada, para um preço de venda médio no mercado externo de US$ 1.200 a<br />
tonelada 122.<br />
Ainda em 1995. a União Européia elevou a alíquota do imposto de<br />
importação incidente sobre o frango brasileiro de 60% para 80%, com o aval<br />
da OMe - Organização Mundial de Comércio. o que inviabiliza qualquer<br />
ão d .c. d B '1 123<br />
contestação e tantas por parte oras! .<br />
Em 1995 a França exportou cerca de 500.000 toneladas. constituindo-se<br />
no segundo maior exportador mundial em termos de volume e faturamento.<br />
Em relação a 1994, a França teve um acréscimo de 20.000 toneladas nas suas<br />
, 124<br />
exportaçoes .<br />
12"Martins. Cláudio. Protecionismo exacerbado: exportações brasileiras de frango para a Comunidade<br />
Econômica Européia foram taxadas em US$ 620 por tonelada .. lI·es e Ovos. Junho 1992. p. n.<br />
121Bueno. Avicultura ... p. 03<br />
122Idem.<br />
12JDeCesare. Ave francesa .. p. B-I-l<br />
I 24 Idcm .<br />
129
o Mercosul e o Brasil<br />
o Mercosul poderia vir a representar um mercado importador de 60.000<br />
toneladas de frangos por ano para o Brasil. principalmente em função da<br />
demanda argentina. Este país em 1994 consumiu cerca de 50.000 toneladas do<br />
produto brasileiro, principalmente na modalidade de frangos inteiros.<br />
Há um esforço evidente de substituição das importações de frangos por<br />
parte do governo argentino. o que se reflete na elevação recente da produção<br />
local de frangos. Este fato. aliado à valorização da moeda brasileira junto à<br />
argentina. em decorrência do Plano Real. fez com que o nível de exportações<br />
do Brasil em 1995 ficasse em tomo de 13.000 toneladasi".<br />
No que diz respeito à produção de frangos no Brasil. há vários anos<br />
esse país vem assegurando a posição de segundo maior produtor mundial,<br />
tendo alternado com a França, até 1994, a condição de segundo maior<br />
exportador. O primeiro produtor mundial e primeiro exportador. conforme<br />
visto acima, são os Estados Unidos.<br />
Em 1975 o Brasil iniciou suas exportações de frango. Nesse ano, o<br />
volume físico embarcado foi de cerca de 3 mil toneladas 1::!6 Em 1984, o Brasil<br />
já havia ultrapassado o volume de 280.000 toneladas anuais de frangos<br />
exportados, quando teve InICIO a política de subsídios norte-americanos. O<br />
!:~De Cesarc. Ave francesa ... p. 8-14 (Estimativa de cálculo para esta disscrtaaçào)<br />
126 0 avanço da avicultura brasileira .. 1ves & Ovos. Dezembro I \J1}2. p.16<br />
130<br />
'\ ..
país reagiu então com a diversificação da pauta de exportações do produto,<br />
partindo para a venda de cortes de frango, produtos de valor agregado maior,<br />
cujos níveis médios de preços são de 1,5 vez o preço do frango inteiro. Cada<br />
vez mais, o país desenvolve esses produtos. para atender aos novos<br />
consumidores, que procuram produtos de rápido preparo .. -\ tendência para o<br />
futuro é o frango em cortes ser mais consumido do que o frango inteiro 127.<br />
o reflexo dessa atitude pode ser verificado na alteração do composto de<br />
frangos exportados pelo Brasil ao longo dos últimos anos. Em 1985 a<br />
participação de frangos em partes correspondia a 13% do volume exportado 128;<br />
em 1993, a 34%: em 1994, a 42%129; de janeiro a agosto de 1995. as partes<br />
corresponderam a 47% contra 53% de inteiros'".<br />
Em 1994 as exportações de frangos brasileiros alcançaram cerca de<br />
480.000 toneladas. com receitas F.O.S. em tomo de US$ 600 milhões 131.<br />
Em 1995 as exportações brasileiras caíram 13% em relação ao ano<br />
anterior. totalizando aproximadamente 430 mil toneladas. ou seja. I 1,5% do<br />
volume mundial exportado. O país ocupou a quarta posição. atrás<br />
respectivamente dos ECA. França e Hong Kong.<br />
1:~Sueno. Avicultura ... p. 03<br />
I:sNa trilha dos embutidos. Aves & Ovos, Setembro 1992. p. l-l<br />
;:9Sueno. Avicultura. p. 03<br />
I.l
Em termos de faturamento. no ano de 1995 o Brasil exportou<br />
aproximadamente US$ 620 milhões de dólares, passando para o terceiro lugar<br />
mundiaL atrás dos EUA e da França':".<br />
700000<br />
600000<br />
500000<br />
Exportações Brasileiras de Carne de Frango (Em Toneladas)<br />
400000 321.754<br />
300000<br />
:00000<br />
<strong>10</strong>0000<br />
o<br />
1991<br />
.170.937<br />
416.952<br />
480.000<br />
430.000<br />
1992 1993 1994 1995<br />
11<br />
Receita de Exportações Brasileiras de Carne de Frango (Em US$ milhÕer)<br />
700<br />
1i00<br />
~OO<br />
40()<br />
1()O<br />
200<br />
IDO<br />
O<br />
463.59<br />
.;93.44<br />
433.04<br />
,.-<br />
-<br />
-<br />
(iOO.OO<br />
r--<br />
(20 ) DO<br />
1991 1992 1993 1994 1')95<br />
'3:De Ccsare. Ave francesa ... p. B-I4<br />
r--<br />
l32<br />
,
Hong Kong<br />
133<br />
Hong Kong é um país importador e reexportador de frangos. Em 1995<br />
ele foi o terceiro maior exportador em volume. embarcando 450.000 toneladas,<br />
uma elevação de 58% em relação a 1994 . Suas exportações referem-se a<br />
partes menos nobres, como asa ou pé de frango, que possuem preços baixos e<br />
são de larga aceitação popular na Ásia.<br />
Para 1996 a taxa de crescimento das exportações não deve se igualar à<br />
de 1995. Mesmo assim, espera-se um alto crescimento de vendas, cerca de<br />
16~'Ó.atingindo aproximadamente 525.000 toneladas J.\3<br />
China Continental<br />
A China. em função da sua abertura econômica. está se transformando<br />
em um grande produtor mundial de frangos. Grandes empresas mundiais da<br />
cadeia de produção de frangos de corte. na área de linhagens genéticas e<br />
equipamentos. se instalaram na China Continental. O mercado mundial de<br />
grãos encontra-se com excesso de demanda. em função do crescimento da<br />
avicultura chinesa.<br />
Um estudo da OMS - Organização Mundial de Saúde informa que na<br />
China o consumo de frango per capita é de três quilos por ano. quando o
menor nível protéico recomendado é alcançado com o consumo de treze quilos<br />
de frango per capita por ano':".<br />
Em conseqüência destes fatos. a produção chinesa deverá crescere<br />
possivelmente ocupar espaços do mercado interno. Para 1996, espera-se uma<br />
produção de 4.000.000 de toneladas de frangos na China Continental. Em<br />
1997, ou no máximo em 1998, a continuar o ritmo de crescimento chinês, a<br />
produção chinesa deverá suplantar a brasileira. A produção chinesa cresceu<br />
90% nos últimos cinco anos, contra 72% da brasileira no mesmo período 135.<br />
134<br />
Em 1995 a China exportou cerca de 350.000 toneladas. e para 1996<br />
espera-se um embarque de 480.000 toneladas. ultrapassando provavelmente o<br />
volume de exportações brasileiras. A China Continental também realiza<br />
importações de frango, notadamente de Hong Kong.<br />
Em 1997, com a reanexação de Hong Kong, a China Continental pode<br />
ultrapassar o volume de 1.000.000 toneladas exportadas por ano. Tal fato<br />
talvez nào aconteça em decorrência da eliminação da parcela de exportações<br />
de Hong Kong para a China 13(,.<br />
"<strong>10</strong> ano da reviravolta para os agricultores. (jazera Mercantil. 30/01/96. p. 8-1 Ú<br />
:.1'Idem.<br />
i.16Idem
2.5.1.3.2. Os mercados externos brasileiros<br />
Os mercados extemos brasileiros podem ser analisados em mercados<br />
para frangos inteiros e em mercados para frangos em partes.<br />
Frangos inteiros<br />
As exportações de frangos inteiros ainda têm a maior participação no<br />
composto de exportações em volume do frango brasileiro. Todavia a venda de<br />
frangos inteiros apresentou uma grande retração em 1995.<br />
Oriente Médio<br />
Um dos motivos do Brasil ter conquistado os mercados do Oriente<br />
Médio. consumidores tradicionais de frangos inteiros brasileiros. foi a<br />
capacidade de adaptação dos frigoríficos brasileiros em realizar o abate e o<br />
corte das aves em consonância com os preceitos e rituais islâmicos.<br />
A Árabia Saudita importou um volume cerca de 15% menor do que em<br />
1994. No entender da Abef este gradiente de exportações. aproximadamente<br />
22.000 toneladas, provavelmente foi conquistado pela França 137.<br />
Para se ter uma idéia da importância desses mercados para a exportação<br />
de frangos inteiros. ver-se-á a participação dos principais compradores em<br />
1995: a Arábia Saudita foi o maior cliente do Brasil. com cerca de 60% do<br />
11-<br />
. De Cesare. Ave francesa ... p. B-l-l<br />
135
volume exportado. vindo em segundo lugar o Kuwait. com aproximados 9%.<br />
Os Emirados Árabes com cerca de 4%, ocuparam a quarta posição, e o Catar a<br />
. . d o 1,8<br />
qumta, com aproxima os 3 Yo - .<br />
América do Sul<br />
A Argentina, com uma participação de cerca de 5% do volume de<br />
importações ocupou o terceiro lugar entre os países importadores de frangos<br />
inteiros do Brasil no ano de 1995.<br />
As perspectivas para o Brasil na América do Sul não sào boas. ao<br />
menos entre os países do Mercosul. pelos motivos anteriormente expostos.<br />
i "Baldan. A arte ... p.79<br />
136
1<br />
9<br />
9<br />
5<br />
1<br />
9<br />
9<br />
O<br />
19.tl9%<br />
Frangos Inteiros<br />
(Total - 143.883 Toneladas)<br />
2.8 ~.6 5A<br />
60.4<br />
Frangos Inteiros<br />
--<br />
(Total - 1<strong>10</strong>.495 Toneladas)<br />
3.08!J'o22% 5.21%<br />
DCatar<br />
li Emirados Árabes<br />
DArgcntina<br />
DKuwalt<br />
• Arábia Saudita<br />
DOutros<br />
DOma<br />
11Emirados ..\raocs<br />
D Angola<br />
DKuwait<br />
• Arábia Saudita<br />
DOutros<br />
OPRSS<br />
DCuoa<br />
• Bahrein<br />
137
Frangos em partes<br />
Asia<br />
Os países asiáticos são os maiores consumidores de partes de frango<br />
brasileiras, respondendo por mais de 65% do volume exportado.<br />
O Japão é o maior importador de frango do mundo e o segundo maior<br />
comprador de frango do Brasil, posicionando-se atrás apenas da Árabia<br />
Saudita. Em 1995 o mercado japonês adquiriu aproximadamente 95.000<br />
toneladas de partes de frango brasileiras, um crescimento de 37% sobre 1994.<br />
Somente o Japão responde por cerca de 46% das exportações brasileiras de<br />
frangos em partes.<br />
Vários frigoríficos já se dispuseram a entrar no mercado japonês, e<br />
outros estão adaptando suas linhas de cortes para fazê-lo. A Mafisa Avícola,<br />
de Pernambuco, atualmente desativada. foi uma das precursoras e o primeiro<br />
frigorífico do Nordeste a realizar cOltes especiais para o Japão, num volume<br />
mensal de 600 toneladas .. -\ avícola Felipe, do Paraná. proprietária da marca<br />
Mister Frango, exportará 150 toneladas mensais de cortes especiais, a saber:<br />
, • -ÓrÓ» 1'9<br />
pe, asa e coxa, para o pais asianco . .<br />
O Brasil. em 1995. já se encontrava produzindo mais de 20 cortes<br />
diferentes de frango para o mercado japonês. Esse mercado é particularmente<br />
1190ricolli. Sílvio. Frigonfico do Paraná exporta cortes de frango para o Japão. Gazeta Mercanul.<br />
17/01/96. p. B -16<br />
138
interessante para os produtores e exportadores brasileiros. porque não enfrenta<br />
a concorrência direta dos Estados Unidos. Este último. na sua política habitual<br />
de exportar as sobras de carnes escuras, restringe sua participação a coxas e<br />
sobrecoxas 140.<br />
Hong Kong, concorrente do Brasil nas exportações, é também o<br />
segundo mercado em importação na Ásia e o segundo mercado comprador de<br />
partes de frango brasileiras. Em 1995 o país importou 38.700 toneladas de<br />
cortes do Brasil. um crescimento de aproximadamente 45% em relação a 1994.<br />
Hong Kong participa com cerca de 21~i'Ó das exportações brasileiras de frangos<br />
em partes l41 .<br />
Europa<br />
brasileiras.<br />
A Europa responde por mais de <strong>10</strong>% do consumo de partes de frango<br />
A Espanha e o terceiro mercado comprador de partes de frango<br />
brasileiras. Em 1995 o país importou em tomo de <strong>10</strong>.000 toneladas de cortes.<br />
o crescimento em relação a 1994 foi de cerca de 37%. Os espanhóis<br />
respondem por aproximadamente 5% das exportações brasileiras de frangos<br />
em partes.<br />
i~(·Bueno.Avicultura ... p. O.•<br />
i· II De Cesare. Ave francesa ... p. B-I"<br />
139
A participação das exportações brasileiras nos demais países da Europa<br />
em 1995 foi decrescente. Os embarques para a Alemanha e Itália diminuíram,<br />
resultando em reduções de volumes exportados de respectivamente 70 e<br />
46%142, para participações respectivas de cerca de 4.0 e 2.5% do volume total<br />
de partes de frango brasileiras exportadas em 1995.<br />
1<br />
9<br />
9<br />
5<br />
Frangos em Partes<br />
(Total - 130.023 Toneladas)<br />
2.6 3.9<br />
-16.3<br />
5.2<br />
140<br />
IJ Italia IlIAlcmanha<br />
IJ Espanha IJHong Kong<br />
• Japão IJOutros
1<br />
9<br />
9<br />
O<br />
Frangos em Partes<br />
(Total - 43.082 Toneladas)<br />
12.11~o<br />
40.68%<br />
Leste Europeu: uma possibilidade<br />
Olapão<br />
I!lIHollg Kong<br />
DSuiça<br />
OAJemanha<br />
.It:ilia<br />
o Ilhas Canárias<br />
!JOutros<br />
A Rússia é um mercado em expansão, mas de difícil possibilidade<br />
comercial para o Brasil em função da concorrência amencana. Os Estados<br />
Unidos exportàm as sobras de carne escura. a tonelada de pernas por exemplo,<br />
por cerca de USS 800 para o mercado IUSSO, um preço impraticável para os<br />
exportadores brasileiros.<br />
A possibilidade de penetração do frango brasileiro no Leste Europeu<br />
depende de acordos governamentais, tais como operações do tipo barter 143. A<br />
globalização do sistema financeiro entretanto, diminuiu a participação de<br />
operações de troca de mercadorias, nas duas últimas décadas.<br />
i4.1Bueno.Avicultura ... p. 04 tBarter. neste caso. significa permuta internacional)<br />
141
CAPÍTULO 3<br />
PESQLISA JUNTO ÀS EMPRESAS PRODLTORAS<br />
142
Neste capítulo foram pesquisados: os níveis de verticalização adotados<br />
por empresas produtoras de frangos de corte no estado de Pernambuco, a<br />
importância atribuída à operação de abatedouros de aves, os principais canais<br />
de distribuição de frangos vivos e abatidos utilizados pelas empresas. e a<br />
participação dos Estados da Federação compradores de aves das empresas<br />
pernambucanas. A importância desta participação. tanto em frangos vivos e<br />
abatidos, é a de visualizar novos horizontes para a penetração de: frangos<br />
vivos; frangos abatidos inteiros; e frangos abatidos em partes, que possuem<br />
maior valor agregado.<br />
3.1. METODOLOGIA DA PESQUISA<br />
No que se refere aos abatedouros foi realizada uma questão, com a<br />
atribuição de importância por parte das empresas produtoras, aos diversos<br />
produtos passíveis de processamento e a correlação destes com mercados<br />
segmentados geograficamente. Tratando-se de um estudo exploratório. não<br />
constitui o intuito desta pesquisa definir hipóteses. e nem mesmo atribuir-lhes<br />
um tratamento estatístico que venha a comprovar a sua validade. Sabe-se que,<br />
embora muito se comente sobre o assunto, poucas análises acadêmicas na área<br />
de Administração dizem respeito. direta ou indiretamente. ao processo de<br />
verticalização de atividades avícolas de corte. Não existe, ainda. uma estrutura<br />
metodológica rigidamente estabelecida, uma vez que o restrito volume de<br />
143
material disponível na área de Administração. relativo ao tema, não apresenta<br />
um conjunto de proposições ou idéias com suficiente ordenação a ponto de<br />
servir de base para pesquisas posteriores. Esse estudo visa, justamente. a<br />
estabelecer alguns destes fundamentos sobre os quais se possa. no futuro,<br />
alicerçar novos trabalhos, formular hipóteses. verificar procedimentos ou<br />
servir de subsídios para a tomada de decisões estratégicas nas empresas do<br />
setor.<br />
144<br />
Formulou-se um pressuposto básico que pudesse nortear toda a<br />
monografia, procurando explorá-lo da forma mais extensiva possível.<br />
O objeto do estudo concentrou-se, assim. nos seguintes aspectos:<br />
a) identificar os níveis possíveis de Verticalização das atividades<br />
avícolas de corte;<br />
b) avaliar a opinião dos produtores de frangos sobre os possíveis<br />
beneficios de aumentar o grau de Verticalização através da<br />
instalação de abatedouro de aves:<br />
c) analisar a viabilidade dos abatedouros no que diz respeito à<br />
distribuição de aves abatidas no mercado interno e externo.<br />
Para tanto, realizou-se a revisão da bibliografia existente disponível<br />
sobre o assunto e o levantamento através de uma pesquisa primária sobre os<br />
diversos níveis de verticalização adotados pelas empresas avícolas no estado<br />
de Pernambuco.
3.2. PESQUISA <strong>DE</strong> CAMPO JUNTO AOS PRODUTORES<br />
3.2.1. Objetivo da Pesquisa de Campo<br />
o objetivo da pesquisa de campo efetuada foi verificar a perspectiva<br />
individual de algumas empresas com diferentes níveis de verticalização, em<br />
relação a gestão de atividades avícolas determinadas.<br />
A coleta de dados foi realizada junto a dirigentes de empresas sediadas<br />
em Pernambuco. Para tanto, foi utilizado c formulário anexo, como<br />
questionário a ser preenchido por cada dirigente, conforme metodologia<br />
descrita a seguir.<br />
3.2.2. Metodologia da Pesquisa junto aos Produtores<br />
As empresas foram selecionadas por julgamento, com base no critério<br />
de abranger exclusivamente todas as empresas constituídas juridicamente no<br />
setor avícola de corte, no estado de Pernambuco.<br />
O fato de se escolher exclusivamente pessoas jurídicas fundamenta-se<br />
em que um dos níveis avançados de verticalização das empresas do setor, a<br />
operação de abatedouros. requer a formalização das atividades. No mercado de<br />
aves vivas. isto não é mandatário.<br />
145
146<br />
Na pesquisa junto aos produtores de frangos. foi utilizado um<br />
questionário estruturado não disfarçado, procurando centrar as questões em<br />
tópicos como:<br />
a) identificação dos tipos de atividades desempenhadas pelas<br />
empresas;<br />
b) grau de motivação para o desempenho das atividades;<br />
c) existência e longevidade de abatedouros;<br />
d) intenção ou disposição para construir novos abatedouros:<br />
e) grau de motivação em relação a operação de um abatedouro:<br />
f) verificação dos tipos de produtos e dos mercados geográficos<br />
atingidos ou a serem atingidos pelos abatedouros:<br />
g) a participação de frangos vivos e abatidos no composto de<br />
vendas fisicas das empresas produtoras;<br />
h) localização das unidades geográficas compradoras de frangos<br />
vivos e abatidos:<br />
i) verificação dos canais utilizados na distribuição de frangos<br />
vivos e abatidos;<br />
j) classificação de uso dos tipos de embalagens de transporte de<br />
aves abatidas no mercado interno e externo:<br />
Caberia falar. outrossim. do elevado grau de respostas encontrado<br />
(66,7%). Dos doze questionários enviados por fax. oito foram respondidos,
três não foram recebidos. apesar de nova solicitação por fax. e uma empresa<br />
manifestou suas escusas por não participar da pesquisa. Todas as respostas<br />
foram enviadas no mês de janeiro de 1996. Verifica-se relevante o fato de que<br />
foi possível cobrir <strong>10</strong>0% dos abatedouros industriais em funcionamento ou que<br />
chegaram a funcionar. no estado de Pernambuco.<br />
147<br />
Pode-se considerar muito satisfatório o nível de colaboração dos<br />
empresários pernambucanos do setor avícola de corte. Constatou-se um<br />
empresariado avícola muito participativo, refletido no excelente número de<br />
respostas ao questionário. e profundamente interessado em receber os<br />
resultados da pesquisa. ainda que esta possua um cunho acadêmico.<br />
Posição dos Questionários<br />
Questionários N O/o<br />
, ,<br />
Respondidos 8 66,7<br />
Escusas por não poder<br />
responder<br />
I<br />
!<br />
Não respondidos 3 25,0<br />
Enviados 12 <strong>10</strong>0,0<br />
1<br />
8,3
3.2.3. Análise e conclusões da pesquisa de campo<br />
Uma vez encerrada a etapa de coleta e tratamento dos dados referentes<br />
às atividades avícolas, seguem a análise e as conclusões da pesquisa efetuada<br />
em campo. Serão analisadas a seguir as empresas produtoras de frangos em<br />
Pernambuco e os seus respectivos níveis de verticalização.<br />
A avicultura, de corte e de postura, ocupa 1.800 granjas e oferece<br />
emprego a cerca de 155.000 pessoas no estado de Pernambuco. No ano de<br />
1995 o faturamento dos produtores de aves e ovos no Estado foi de R$ 452<br />
milhões, correspondentes a 3,6% do PIS estadual 144<br />
Em 1995 a produção de frangos de corte em Pernambuco foi de<br />
aproximadamente 253.000 toneladas, um aumento de cerca de <strong>10</strong>% sobre<br />
1994. Para 1996 espera-se uma taxa de crescimento similar, o que resultaria<br />
em uma produção em tomo de 278.000 toneladas'Y.<br />
De acordo com o presidente da Associação Avícola do Estado de<br />
Pernambuco!"; o mercado atacadista responde por 80% das vendas de frango<br />
vivo e os 20% restantes são destinados aos abatedouros frigoríficos.<br />
No que se refere à origem das empresas produtoras de frangos de<br />
Pernambuco, a maior parte delas é composta por empresas locais e algumas<br />
144 Andrade, Jaqueline. Setor tem crescimento de <strong>10</strong>% in Diário de Pernambuco. 07/01/96, pp. C - 8<br />
145 Idem.<br />
146 Idem (conforme depoimento do Sr. Edgar Navais)<br />
148
pertencem a grupos empresariais oriundos do Sul do país, com atuação em<br />
diversos estados.<br />
1) Grupo abatedouro<br />
As quatro empresas produtoras que formam o universo de abatedouros<br />
que realizaram ou realizam operações de abate industrial no estado de<br />
Pernambuco estiveram presentes nos questionários respondidos. A esse grupo<br />
convencionou-se chamar grupo abatedouro. O critério utilizado para tal<br />
designação foi o da experiência efetiva de operação. Esse grupo consistia das<br />
seguintes empresas produtoras, com os seguintes níveis de verticalização das<br />
atividades:<br />
Empresa A: Pena Branca S/A Moagem e Avicultura, detentora da marca de<br />
frangos Pena Branca, com abatedouro localizado no município de Paulista, PE,<br />
arredores da cidade do Recife. O início das operações da unidade de abate<br />
ocorreu em 1975.<br />
Atividades verticalizadas: 4<br />
plantio de milho - NÃO<br />
plantio de soja - NÃO<br />
unidade de fabricação de ração - SIM<br />
criação de matrizes - NÃO<br />
incubatório - SIM<br />
149
granjas de engorda - SIM<br />
abatedouro industrial - SIM<br />
unidades de varejo para frangos vivos e/ou abatidos - NÃO<br />
Modalidade(s) de criação defrangos:<br />
engorda em granjas próprias - NÃO<br />
engorda em granjas arrendadas - NÃO<br />
parceria avícola - SIM<br />
150<br />
A empresa A é constituída por diversos ativos localizados nos estados<br />
de Pernambuco e da Paraíba, com sede administrativa na cidade de Olinda,<br />
arredores de Recife. O gmpo controlador da empresa A também possui outras<br />
empresas atuantes no setor avícola com unidades de abate industrial de frangos<br />
em outros Estados, na seguinte ordem de proximidade geográfica com<br />
Pernambuco: Maranhão, Pará, São Paulo - duas unidades, e Rio Grande do<br />
Sul.<br />
A empresa A possui quatro ativídades verticalizadas, a saber: preparo<br />
de ração para frangos de corte, incubação de pintos, engorda de frangos e<br />
abate industrial de aves.<br />
A empresa A atribui valores mais altos à terceirização do transporte<br />
para milho e/ou soja (4), ao preparo de ração (5), e à terceirização do<br />
transporte para componentes ou ração pronta destinada às granjas (4).
151<br />
A criação de matrizes (2), a venda de ovos férteis (2) e a venda de<br />
pintos de um dia (2) não mereceram destaque. A empresa no entanto atribui<br />
valor alto à incubação de pintos (5).<br />
A empresa A trabalha somente com granjas de engorda em sistema de<br />
parceria avícola (5), preferindo vender as aves vivas com transporte a cargo do<br />
comprador (5). A empresa possui uma posição intermediária no que se refere a<br />
depósito(s) para estocagem e/ou distribuição de aves vivas (3) e uma<br />
pontuação mais alta para rede de lojas com a logomarca da empresa para<br />
comercialização de aves vivas (4).<br />
O abatedouro de aves (4), a terceirização do transporte para aves<br />
abatidas (4) e a rede de lojas com a logomarca da empresa para<br />
comercialização de aves abatidas (4) mereceram destaque, enquanto o meio de<br />
transporte próprio para aves abatidas (2) e depósito(s) para estocagem e/ou<br />
distribuição de aves abatidas (3) não foram considerados muito importantes.<br />
Principais conclusões sobre a empresa A<br />
A empresa A, note-se, atribui uma nítida importância à terceirização do<br />
transporte em todos os níveis, pelo transporte de aves vivas a cargo do<br />
comprador, pela engorda de frangos em granjas no sistema de parceria avícola:<br />
e pela distribuição de aves vivas e abatidas através de unidades varejistas com;<br />
maior esforço de marketing.<br />
.;<br />
.
Observações adicionais sobre a empresa A<br />
152<br />
A empresa A comercializou 13.600 toneladas de frangos em 1995, um<br />
aumento de cerca de 5% sobre o ano anterior. Para 1996 a empresa espera uma<br />
taxa de crescimento de 15%, configurando uma produção de mais de 15.000<br />
toneladas de frangos. A empresa lidera as vendas de frango resfriado em<br />
Pernambuco, com 45% de participação de mercado 147.<br />
o grupo controlador da empresa A responde por mais de 60% do<br />
consumo de frango resfriado nas regiões Norte e Nordeste. Como possui<br />
abatedouros múltiplos, o grupo controlador da empresa A pode escolher entre<br />
os diversos tipos de frangos, inteiros e partes, resfriados e congelados, e<br />
segmentar os mercados específicos de atuação de cada unidade de abate.<br />
Empresa B: Varig Agropecuária S/A, detentora da marca de frangos Seletto,<br />
com abatedouro localizado no município de Igarassú, PE, arredores da cidade<br />
• I .<br />
do Recife. O início das operações da unidade de abate ocorreu em 1995.<br />
Atividades verticalizadas: 5<br />
plantio de milho - NÃO<br />
plantio de soja - NÃO<br />
unidade de fabricação de ração - SIM<br />
criação de matrizes - SIM<br />
incubatório - SIM<br />
147 Andrade, Jacqueline. Empresa lidera ... p. C-8
granjas de engorda - SIM<br />
abatedouro industrial - SIM<br />
unidades de varejo para frangos vivos e/ou abatidos - NÃO<br />
Modalidade(s) de criação defrangos:<br />
engorda em granjas próprias - SIM<br />
engorda em granjas arrendadas - NÃO<br />
parceria avícola - SIM<br />
A empresa B é constituída por diversos ativos localizados nos estados<br />
de Pernambuco e da Paraíba, com sede administrativa na cidade de Recife. O<br />
grupo controlador da empresa B também possui outra empresa que se dedica<br />
ao setor avícola no estado do Maranhão, desprovida de incubatório e de<br />
abatedouro. A empresa B se encarrega de fornecer pintos de um dia para a<br />
empresa controlada pelo grupo no Maranhão.<br />
153<br />
A empresa B possui cinco atividades verticalizadas, a saber: preparo de<br />
ração para frangos de corte, criação de matrizes, incubação de pintos, engorda<br />
de frangos e abate industrial de aves.<br />
A empresa B atribui valores mais altos à terceirização do transporte<br />
para milho e/ou soja (4), e ao preparo de ração (5). O meio de transporte<br />
próprio para componentes ou ração pronta destinada às granjas (3) e a<br />
terceirização do transporte para componentes ou ração pronta destinada às<br />
granjas (3) receberam pontuações intermediárias.
A criação de matrizes (4), a incubação de pintos (4) e a venda de pintos !I<br />
de um dia (4) mereceram destaque. A empresa no entanto atribui pou1a<br />
importância à venda de ovos férteis (2).<br />
154<br />
A empresa B trabalha com granjas de engorda em sistema de parceria<br />
I<br />
avícola (4) e com granjas de engorda próprias (4), preferindo vender as aves<br />
vivas com transporte a cargo do comprador (4). Ela atribui pouca importância<br />
no que se refere a depósito(s) para estocagem e/ou distribuição de aves vivas<br />
(1) e para rede de lojas com a logomarca da empresa para comercialização de<br />
aves vivas (1).<br />
o abatedouro de aves (5), a terceirização do transporte para aves<br />
abatidas (5) e a rede de lojas com a logomarca da empresa para<br />
comercialização de aves abatidas (4) mereceram destaque, enquanto o meio de<br />
transporte próprio para aves abatidas (1) e depósito(s) para estocagem e/ou<br />
distribuição de aves abatidas(3) não foram considerados muito importantes.<br />
Principais conclusões sobre a empresa B<br />
A empresa B, note-se, atribui uma nítida importância à terceirização do<br />
transporte para milho e/ou soja e aves abatidas. Possui preferência pelo<br />
transporte de aves vivas a cargo do comprador, pela engorda de frangos em<br />
granjas próprias e no sistema de parceria avícola, e pela distribuição de aves<br />
abatidas através de unidades varejistas com maior esforço de marketing.
Empresa Ç: Laroche Agropecuária, detentora da marca de frangos Avicil,<br />
com abatedouro localizado no município de Paulista, PE, arredores da cidade<br />
do Recife. O início das operações de abate ocorreu em 1995.<br />
Atividades verticalizadas: 4<br />
plantio de milho - NÃO<br />
plantio de soja - NÃO<br />
unidade de fabricação de ração - SIM<br />
criação de matrizes - NÃO<br />
incubatório - NÃO<br />
granjas de engorda - SIM<br />
abatedouro industrial - SIM<br />
unidades de varejo para frangos vivos e/ou abatidos - SIM<br />
Modalidade(s) de criação de frangos:<br />
engorda em granjas próprias - SIM<br />
engorda em granjas arrendadas - SIM<br />
parceria avícola - NÃO<br />
A empresa C possui quatro atividades verticalizadas, a saber: preparo<br />
de ração para frangos de corte, engorda de frangos, abate industrial de aves e<br />
unidades de varejo para frangos vivos e abatidos.<br />
155
A empresa C atribuiu valores mais altos à terceirização do transporte<br />
para milho e/ou soja (5), ao preparo de ração (5), e à terceirização do<br />
transporte para componentes ou ração pronta destinada às granjas (5).<br />
A incubação de pintos (5) mostrou-se importante para a empresa.<br />
A empresa C trabalha com granjas de engorda próprias (5) e granjas<br />
arrendadas (4), preferindo vender as aves vivas com meio de transporte próprio<br />
(4). Ela atribui bastante importância no que se refere a depósito(s) para<br />
estocagem e/ou distribuição de aves vivas (5) e uma pontuação favorável para<br />
rede de lojas com a logomarca da empresa para comercialização de aves vivas<br />
(4).<br />
o abatedouro de aves (4), o meio de transporte próprio para aves<br />
abatidas (4), e a rede de lojas com a logomarca da empresa para<br />
comercialização de aves abatidas (4) mereceram destaque, enquanto o( s)<br />
depósito(s) para estocagem e/ou distribuição de aves abatidas (3) obteve<br />
importância mediana.<br />
Principais conclusões sobre a empresa C<br />
A empresa C, note-se, possui uma nítida preferência pelo mero de<br />
transporte próprio para aves vivas e abatidas, pela engorda de frangos em<br />
granjas próprias e em granjas arrendadas, e pela distribuição de aves vivas e<br />
abatidas através de unidades varejistas com maior esforço de marketing.<br />
156
Empresa D: Avie Alimentos Selecionados S/A , detentora da marca de<br />
frangos Mafisa, com abatedouro localizado no município de Belo Jardim, PE,<br />
distante cerca de 180km de Recife. O início das operações de abate ocorreu<br />
em 1994 e o término das mesmas em 1995. A empresa manifestou desejo de<br />
retomar ao mercado no prazo de um ano.<br />
Atividades verticalizadas: 6<br />
plantio de milho - NÃO<br />
plantio de soja - NÃO<br />
unidade de fabricação de ração - SIM<br />
criação de matrizes - SIM<br />
incubatório - SIM<br />
granjas de engorda - SIM<br />
abatedouro industrial- SIM<br />
unidades de varejo para frangos vivos e/ou abatidos - SIM<br />
Modalidade(s) de criação de frangos:<br />
engorda em granjas próprias - NÃO<br />
engorda em granjas arrendadas - NÃO<br />
parceria avícola - SIM<br />
A empresa D possuía seis atividades verticalizadas na época do<br />
encerramento de suas atividades, a saber: preparo de ração para frangos de<br />
corte, criação de matrizes, incubação de pintos, engorda de frangos,abate<br />
157
industrial de aves e unidades de varejo para frangos vivos e abatidos - lojas<br />
franqueadas.<br />
A empresa D atribuía valores mais altos ao meio de transporte próprio<br />
para milho e/ou soja (4), ao preparo de ração (5), e à terceirização do<br />
transporte para componentes ou ração pronta destinada às granjas (5).<br />
A criação de matrizes (5) e a incubação de pintos (5) mereceram<br />
destaque. A empresa no entanto atribuía valor baixo à venda de ovos férteis (2)<br />
e à venda de pintos de um dia (2).<br />
158<br />
A empresa D trabalhava somente com granjas de engorda em sistema de<br />
parceria avícola (5), preferindo vender as aves vivas com transporte<br />
terceirizado (5). Ela atribuía uma importância mediana no que se refere a<br />
depósito(s) para estocagem e/ou distribuição de aves vivas (3), e uma<br />
pontuação mais alta para rede de lojas com a logomarca da empresa para<br />
comercialização de aves vivas (5).<br />
O abatedouro de aves (5), a terceirização do transporte para aves<br />
abatidas (5) e a rede de lojas com a logomarca da empresa para<br />
comercialização de aves abatidas (5) mereceram destaque, enquanto o meio de<br />
transporte próprio para aves abatidas (4) e depósito(s) para estocagem e/ou<br />
distribuição de aves abatidas( 4) também foram considerados muito<br />
importantes.
Principais conclusões sobre a empresa D<br />
A empresa D, note-se, possuía uma nítida preferência pela terceirização<br />
do transporte em todos os níveis, menos no transporte de milho e/ou soja.<br />
Também nutria preferências pela engorda de frangos em granjas no sistema de<br />
parceria avícola e pela distribuição de aves vivas e abatidas através de<br />
unidades varejistas com maior esforço de marketing.<br />
2) Grupo não-abatedouro<br />
159<br />
Um total de quatro empresas produtoras que estão em fase de<br />
construção ou possuem projeto de construção de abatedouro industrial também<br />
estiveram presentes nos questionários respondidos. A esse grupo<br />
convencionou-se chamar grupo não-abatedouro. Esse grupo consistia das<br />
seguintes empresas produtoras, com os seguintes níveis de verticalização das<br />
atividades:<br />
Empresa E: Belasa, com abatedouro em construção no município de Belo<br />
Jardim, PE, distante cerca de 180km de Recife. O início das operações de<br />
abate está previsto para ocorrer em treze meses.<br />
Atividades verticalizadas: 4<br />
plantio de milho - NÃO<br />
plantio de soja - NÃO<br />
unidade de fabricação de ração - SIM
criação de matrizes - SIM<br />
incubatório - SIM<br />
granjas de engorda - SIM<br />
unidades de varejo para frangos vivos e/ou abatidos - NÃO<br />
Modalidadets) de criação de frangos:<br />
engorda em granjas próprias - SIM<br />
engorda em granjas arrendadas - SIM<br />
parceria avícola - SIM<br />
A empresa E possui quatro atividades verticalizadas, a saber: preparo<br />
de ração para frangos de corte, criação de matrizes, incubação de pintos e<br />
engorda de frangos.<br />
A empresa E atribui valores mais altos à terceirização do transporte<br />
para milho e/ou soja (4), ao preparo de ração (5), e à terceirização do<br />
transporte para componentes ou ração pronta destinada às granjas (3).<br />
160<br />
A criação de matrizes (5), a venda de ovos férteis (5), a incubação de<br />
pintos (5) e a venda de pintos de um dia (5) demonstram a importância desse<br />
segmento para a empresa.<br />
A empresa E trabalha com todas as três modalidades de granjas de<br />
engorda, atribuindo maior importância ao sistema de parceria avícola (4),<br />
preferindo vender as aves vívas com transporte terceirizado (5) ou a cargo do<br />
comprador (5). Ela atribui pouca importância no que se refere a depósito(s)
para estocagem e/ou distribuição de aves vivas (1) e uma pontuação pouco<br />
favorável para rede de lojas com a logomarca da empresa para comercialização<br />
de aves vivas (2).<br />
161<br />
O abatedouro de aves (5), o mero de transporte próprio para aves<br />
abatidas (3) e depósito( s) para estocagem e/ou distribuição de aves abatidas( 4)<br />
mereceram destaque, enquanto a terceirização do transporte para aves abatidas<br />
(2) e a rede de lojas com a logomarca da empresa para comercialização de<br />
aves abatidas (3) tiveram menor importância.<br />
Principais conclusões sobre a empresa E<br />
A empresa E, note-se, possui uma nítida preferência pela terceirização<br />
do transporte em todos os níveis, menos no transporte de aves abatidas. Nutre<br />
preferências também pela engorda de frangos em granjas no sistema de<br />
parceria avícola.<br />
Empresa F: Agropecuária Serrote Redondo Ltda., com abatedouro em<br />
construção no município de Afogados da Ingazeira, PE, distante cerca de<br />
400Km de Recife. O início das operações de abate está previsto para ocorrer<br />
no prazo de um ano.<br />
Atividades verticalizadas: 5<br />
plantio de milho - NÃO<br />
plantio de soja - NÃO
unidade de fabricação de ração - SIM<br />
criação de matrizes - SIM<br />
incubatório - SIM<br />
granjas de engorda - SIM<br />
unidades de varejo para frangos vivos ou abatidos - SIM<br />
Modalidade(s) de criação defrangos:<br />
engorda em granjas próprias - SIM<br />
engorda em granjas arrendadas - SIM<br />
parceria avícola - SIM<br />
162<br />
A empresa F possui cinco atividades verticalizadas, a saber: preparo de<br />
ração para frangos de corte, criação de matrizes, incubação de pintos, engorda<br />
de frangos e unidades de varejo para frangos vivos e abatidos.<br />
A empresa F atribui valores mais altos ao meio de transporte próprio<br />
para milho e/ou soja (5) e ao preparo de ração (5). As modalidades de<br />
transporte para componentes ou ração pronta destinada às granjas também<br />
merecem destaque: o meio de transporte próprio (5) e a terceirização do<br />
transporte (5).<br />
A criação de matrizes (5), a venda de ovos férteis (5), a incubação de<br />
pintos (5) e a venda de pintos de um dia (5) demonstram a importância desse<br />
segmento para a empresa.
163<br />
A empresa F trabalha com todas as três modalidades de granjas de<br />
engorda, atribuindo maior importância às granjas de engorda em sistema de<br />
parceria avícola (5) e às granjas de engorda próprias (5), preferindo vender as<br />
aves vivas com meio de transporte próprio (5) ou a cargo do comprador (5).<br />
Ela atribui importância mediana no que se refere a depósito(s) para estocagem<br />
e/ou distribuição de aves vivas (3) e uma pontuação muito favorável para rede<br />
de lojas com a logomarca da empresa para comercialização de aves vivas (5).<br />
O abatedouro de aves (5), o meio de transporte próprio para aves<br />
abatidas (5), o(s) depósito(s) para estocagem e/ou distribuição de aves abatidas<br />
(5) e a rede de lojas com a logomarca da empresa para comercialização de<br />
aves abatidas (5) mereceram destaque. A terceirização do transporte para aves<br />
abatidas (4) também foi considerada importante.<br />
Principais conclusões sobre a empresa F<br />
A empresa F, note-se, possui uma nítida preferência pelo meio de<br />
transporte próprio em todos os níveis, pela engorda de frangos em granjas<br />
próprias e no sistema de parceria avícola. Também nutre preferências pela<br />
distribuição de aves vivas e abatidas através de unidades varejistas com maior<br />
esforço de marketing.<br />
Empresa G: Pavane Agroindustrial Ltda., com projeto para abatedouro a ser<br />
localizado possivelmente no município de Vitória de Santo Antão, PE,
arredores da cidade do Recife. O início das operações de abate está previsto<br />
para ocorrer em prazo de dois anos.<br />
Atividades verticalizadas: 4<br />
plantio de milho - NÃO<br />
plantio de soja - NÃO<br />
unidade de fabricação de ração - SIM<br />
criação de matrizes - NÃO<br />
incubatório - SIM<br />
granjas de engorda - SIM<br />
unidades de varejo para frangos vivos ou abatidos - SIM<br />
Modalidade(s) de criação defrangos:<br />
engorda em granjas próprias - SIM<br />
engorda em granjas arrendadas - SIM<br />
parceria avícola - SIM<br />
A empresa G possui quatro atividades verticalizadas, a saber: preparo<br />
de ração para frangos de corte, incubação de pintos, engorda de frangos e<br />
unidades de varejo para frangos vivos.<br />
164<br />
A empresa G atribui valores mais altos ao preparo de ração (5) e a<br />
terceirização do transporte para componentes ou ração pronta destinada às<br />
granjas (5).
165<br />
A criação de matrizes (4), a venda de ovos férteis (4), a incubação de<br />
pintos (4) e a venda de pintos de um dia (4) demonstram a importância desse<br />
segmento para a empresa.<br />
A empresa G trabalha com todas as três modalidades de granjas de<br />
engorda, atribuindo maior importância ao sistema de parceria avícola (5),<br />
preferindo vender as aves vivas com transporte a cargo do comprador (4). Ela<br />
atribui pouca importância no que se refere a depósito(s) para estocagem e/ou<br />
distribuição de aves vivas (1) e uma pontuação muito favorável para rede de<br />
lojas com a logomarca da empresa para comercialização de aves vivas (5).<br />
O abatedouro de aves (5) e a rede de lojas com a logomarca da empresa<br />
para comercialização de aves abatidas (5) merecem destaque. O(s) depósito(s)<br />
para estocagem e/ou distribuição de aves abatidas (3) recebem um grau de<br />
importância mediano. As modalidades de transporte para aves abatidas<br />
recebem pontuações baixas: O meio de transporte próprio (1) e a terceirização<br />
do transporte (1).<br />
Principais conclusões sobre a empresa G<br />
A empresa G, note-se, possui preferência pela terceirização do<br />
transporte para componentes ou ração pronta destinada às granjas e pelo<br />
transporte de aves vivas a cargo do comprador. Atribui maior importância à<br />
engorda de frangos em granjas no sistema de parceria avícola e pela \/,
distribuição de aves vivas e abatidas através de unidades varejistas com maior<br />
esforço de marketing.<br />
Empresa H: Avícola Brilhante Ltda., com projeto para abatedouro sem<br />
localização definida. O início das operações de abate está previsto para ocorrer<br />
em prazo de dois anos.<br />
Atividades verticallzadas: 6<br />
plantio de milho - SIM<br />
plantio de soja - NÃO<br />
unidade de fabricação de ração - SIM<br />
criação de matrizes - SIM<br />
incubatório - SIM<br />
granjas de engorda - SIM<br />
unidades de varejo para frangos vivos ou abatidos - SIM<br />
Modalidade(s) de criação de frangos:<br />
engorda em granjas próprias - SIM<br />
engorda em granjas arrendadas - SIM<br />
parceria avícola - SIM<br />
166<br />
A empresa H possui seis atividades verticalizadas, a saber: plantio de<br />
milho, preparo de ração para frangos de corte, criação de matrizes, incubação<br />
de pintos, engorda de frangos e unidades de varejo para frangos vivos.
A empresa H atribui valores altos às modalidades de transporte para<br />
matérias primas: o meio de transporte próprio para milho e/ou soja (4) e a<br />
terceirização do transporte para milho e/ou soja (4). O preparo de ração (5) e<br />
as modalidades de transporte para componentes ou ração pronta destinada às<br />
granjas: o meio de transporte próprio (4) e a terceirização do transporte (4),<br />
também foram valorizados.<br />
167<br />
A criação de matrizes (4), a venda de ovos férteis (4), a incubação de<br />
pintos (4) e a venda de pintos de um dia (4) demonstra a importância desse<br />
segmento para a empresa.<br />
A empresa H trabalha com todas as três modalidades de granjas de<br />
engorda, atribuindo maior importância às granjas de engorda em sistema de<br />
parceria avícola (4) e às granjas arrendadas (4), preferindo vender as aves<br />
vivas com meio de transporte próprio (4). Ela atribui bastante importância no<br />
que se refere a depósito(s) para estocagem e/ou distribuição de aves vivas (4) e<br />
uma pontuação muito favorável para rede de lojas com a logomarca da<br />
empresa para comercialização de aves vivas (5).<br />
O abatedouro de aves (4), o meio de transporte próprio para aves<br />
abatidas (4), o(s) depósito(s) para estocagem e/ou distribuição de aves abatidas<br />
(5) e a rede de lojas com a logomarca da empresa para comercialização de<br />
aves abatidas (5) mereceram destaque. A terceirização do transporte para aves<br />
abatidas (3) obteve importância mediana.
Principais conclusões sobre a empresa H<br />
168<br />
A empresa H, note-se, possui uma nítida preferência pelo meto de<br />
transporte próprio para aves vivas e abatidas, e pela engorda de frangos no<br />
sistema de parceria avícola e em granjas arrendadas. A empresa também nutre<br />
preferências pela distribuição de aves vivas e abatidas através de unidades<br />
varejistas com maior esforço de marketing.<br />
3.2.4. Análise Horizontal<br />
1) Milho<br />
A quantidade de milho requerida por uma empresa produtora é muito<br />
grande. Para se ter uma idéia um produtor que possua uma capacidade alojada<br />
de 1.000.000 de aves, com faixa de peso de venda em tomo de 2,5Kg por<br />
frango, realizando uma conversão alimentar média de 2,0, irá consumir em<br />
tomo de 5.000 toneladas de ração para alimentar este planteI. Considerando<br />
uma média de 70% de milho na composição da ração, ter-se-á 3.500 toneladas<br />
de milho gastas na elaboração da ração.<br />
No período de um ano tem-se uma média de cmco criadas, o que<br />
implica em um consumo de 17.500 toneladas de milho anuais. Para realizar tal<br />
produção um produtor deveria semear 5.000 hectares, considerando-se uma<br />
produção média de 3.500 toneladas por hectare/ano.<br />
\ '
169<br />
A falta de sinergia nas operações de plantio de milho e produção de<br />
frangos, no estado de Pernambuco, aliados ao enorme comprometimento<br />
fmanceiro para realizar a produção do cereal praticamente inviabilizam a<br />
integração vertical destas atividades para os produtores pernambucanos.<br />
Entre as empresas pesquisadas somente uma dedica-se ao plantio de<br />
milho. A possibilidade de produção de grãos em regiões irrigadas do semi-<br />
árido nordestino próximas ao rio São Francisco é uma realidade. Todavia o<br />
agricultor nestas áreas confronta-se com a opção entre o plantio de culturas<br />
tradicionais ou a formação de pomares. Esta última atividade, a fruticultura<br />
irrigada, tem-se mostrado mais procurada nos últimos tempos, em função de<br />
sua maior rentabilidade.<br />
Os sistemas de irrigação possuem um custo bastante elevado o que<br />
dificulta a obtenção de viabilidade econômica. Certos equipamentos no<br />
entanto apresentam-se com dificuldades para a irrigação de fruteiras, em<br />
decorrência da configuração fisica do pomar ou do porte elevado atingido<br />
pelas plantas. Um destes equipamentos é o pivô central, um conjunto<br />
composto por um eixo fixo no meio da área a ser irrigada e uma série de torres<br />
modulares desmontáveis que permitem flexibilização da área molhada. Usado i,.<br />
para extensas áreas, possue um inconveniente que é a altura máxima das torres<br />
entre 2,5 e 3,0 metros, apresentando-se entretanto perfeitamente adaptado para<br />
culturas como o milho.
2) Soja<br />
A soja, a despeito de suas enormes possibilidades para o Brasil, não<br />
oferece muitas condições agronômicas para o estado de Pernambuco em<br />
particular. Talvez por este motivo, fora o aspecto da falta de sinergia também<br />
encontrado no milho, não se obteve entre as empresas pesquisadas nenhuma<br />
que se dedicasse ao plantio desta leguminosa.<br />
170<br />
Por se tratar de uma cultura em grande expansão territorial no Brasill,<br />
sena interessante observar as novas áreas de cultivo e verificar qual(is)<br />
modalidade(s) de distribuição poderiam ser utilizadas a um menor custo. A<br />
atuação governamental pode ser decisiva neste aspecto.<br />
3) Ração<br />
o item preparo de ração para frangos de corte apresentou númer6<br />
máximo de respostas, com todos os oito pesquisados respondendo. Também<br />
mostrou maior nível de concordância , com todos pesquisados atribuindo a<br />
mesma nota. Este item obteve ainda maior nota individual, todos designaram<br />
(5), e o maior somatório, 40 pontos.<br />
A importância da fabricação de ração, em diferentes níveis de<br />
agregação de componentes e matérias primas, reflete-se no fato dela ser o<br />
componente principal dos custos de produção de frangos de corte.<br />
Outro tópico que despertou atenção na análise foi o transporte de ração<br />
pronta das unidades de processamento até as granjas. Enquanto o item meio de ';/", ,.
I 171<br />
transporte próprio para componentes ou ração pronta destinada às granjas<br />
obteve um somatório de 20 pontos, o item terceirização do transporte para<br />
componentes ou ração pronta destinada às granjas obteve 34 pontos, em oito<br />
respostas, configurando-se no quarto item em importância.<br />
Há de se considerar que o peso de ração transportado corresponde em<br />
termos médios ao dobro do peso de transporte dos frangos vivos. A expansão<br />
de contratos de parcena avícola e/ou arrendamentos aumenta<br />
consideravelmente o volume de cargas das empresas produtoras, e até mesmo<br />
o volume global de frete de ração. É muito comum as granjas autônomas, de<br />
criadores individuais, trabalharem com capacidade ociosa.<br />
A importância dada à terceirização do transporte de ração pelas<br />
empresas produtoras pressupõe também uma presença pouco intensa de silos<br />
receptores nas granjas de engorda. Este fato, em função da elevada relação<br />
custo-beneficio deste equipamento, pode refletir possíveis ineficiências<br />
interativas entre as fábricas de ração e as granjas de engorda na cadeia<br />
verticalizada de produção. É um tema a ser analisado mais profundamente.<br />
4) Matrizes<br />
Das oito empresas produtoras, cinco se apresentaram realizando criação<br />
de matrizes. O item criação de matrizes apresentou-se com sete respostas,<br />
tendo sido atribuídas três notas (5), três notas (4)e uma nota (2).<br />
, "<br />
r.,. I
172<br />
No que se refere ao item venda de ovos férteis encontrou-se uma<br />
discrepância entre o grupo abatedouro, com três notas (2), e o grupo não-<br />
abatedouro com duas notas (5) e duas notas (4).<br />
~'I~r~<br />
JI \<br />
I , . \ I<br />
5) Incubatório<br />
i~..<br />
Das oito empresas produtoras apenas uma não realiza incubação de ',,\<br />
~ .. ~<br />
pintos. O item incubação de pintos apresentou-se com cinco notas (5) e\ três;, I<br />
, \ (,<br />
notas (4), somando 37 pontos, em oito respostas, configurando-se no segundo L ,)<br />
. I "\1<br />
maior item em grau de importância. I<br />
I\ 1<br />
No que se refere ao item venda de pintos de um dia encontro h-se t l 1(',<br />
\<br />
também uma discrepância entre o grupo abatedouro, com uma nota (4) e duas!<br />
, \<br />
notas (2), e o grupo não-abatedouro com duas notas (5) e duas notas (\4)1,<br />
~{<br />
respostas idênticas em número e origem às que este grupo deu no item venda<br />
de ovos férteis.<br />
6) Granjas de engorda<br />
Todas as oito empresas produtoras possuem granjas verticalizadas. O<br />
grupo abatedouro tem duas empresas produtoras que atuam somente na \ ~,<br />
modalidade de criação parceria avícola, e as outras duas empresas atuantes " J<br />
173<br />
o grupo não-abatedouro tem suas quatro empresas operando, sem<br />
exceções, nas três modalidades de criação de frangos.<br />
A modalidade de criação de frangos que recebeu maior importância, o<br />
item engorda de frango (5) de corte em granjats) integrada(s) ou parceria(s)<br />
avícola(s), apareceu com quatro notas (5) e três notas (4), somando 32 pontos, I<br />
(<br />
em sete respostas, configurando-se no quinto maior item em grau de<br />
importância.<br />
o item engorda de frango (5) de corte em granjats) prápriats) com duas<br />
notas (5), duas notas (4), uma nota (3), duas notas (2) e uma nota (1), somando<br />
26 pontos, em oito respostas, configurou-se na segunda modalidade de criação<br />
de frangos em importância.<br />
o item engorda de frango(s) de corte em granjats) arrendadats) com<br />
três notas (4), quatro notas (2) e uma nota (1), somando 21 pontos, em oito<br />
respostas, configurou-se na terceira modalidade de criação de frangos em<br />
importância.<br />
o item compra de frangos de corte em granjas de terceiros não<br />
despertou muita importância entre os pesquisados. O grupo abatedouro obteve<br />
uma nota (4), uma nota (3), uma nota (2) e uma nota (1). O grupo não-<br />
abatedouro obteve exatamente os mesmos resultados do outro grupo. A soma<br />
total correspondeu a 20 pontos, em oito respostas.<br />
No que diz respeito à importância atribuída às modalidades de<br />
transporte de frangos vivos, a preferência recaiu sobre o item venda de aves
vivas na granja com transporte a cargo do comprador, com um total de 27<br />
pontos em sete respostas.<br />
o segundo lugar na preferência foi o item terceirização do transporte<br />
para aves vivas da granja ao comprador, com um total de 25 pontos em sete<br />
respostas.<br />
A terceira modalidade escolhida, o item meio de transporte próprio<br />
para aves vivas da granja ao comprador, obteve 24 pontos em oito respostas.<br />
7) Unidades de varejo para aves vivas<br />
174<br />
o item depôsitots) para estocagem e/ou distribuição de aves vivas<br />
obteve 21 pontos em oito respostas, com bastante variação entre as respostas.<br />
Existe uma correlação entre este tópico e o item compra de frangos de corte<br />
em granjas de terceiros, haja visto que os depósitos são geralmente utilizados<br />
pelas empresas cuja quantidade de aves vendidas excede a quantidade<br />
produzida.<br />
o item rede de lojas com a logomarca da empresa para<br />
comercialização de aves vivas, com quatro notas (5), duas notas (4), uma nota<br />
"'.1<br />
(2) e uma nota (1), somando 31 pontos em oito respostas, configurou-se no<br />
sexto item em importância atribuída.
8) Abatedouro<br />
175<br />
o item abatedouro de aves obteve no grupo abatedouro duas notas (5)<br />
e duas notas (4). No grupo não-abatedouro os resultados indicaram três notas<br />
I' r')<br />
(5) e uma nota (4). A soma total foi de 37 pontos em oito respostas, tendo este;<br />
item dividido o segundo lugar em importância, junto com o item incubação de<br />
pintos.<br />
"<br />
I! j<br />
No que diz respeito a importância atribuída às modalidades de<br />
transporte de frangos abatidos, todas duas somaram exatamente o mesmo<br />
número de pontos, 24, mas o número de respostas variou. No item meio de<br />
transporte próprio para aves abatidas foram obtidas oito respostas, enquanto<br />
no item terceirização do transporte para aves abatidas houve sete respostas, o<br />
que revelaria maior importância para este item.<br />
o mais interessante no que se refere às modalidades de transporte foi a<br />
inversão de pontuações entre os dois grupos em relação às duas modalidades.<br />
Enquanto os participantes do grupo abatedouro preferiram estabelecer maiores<br />
pontuações individuais ao item terceirização do transporte para aves abatidas<br />
do que ao item meio de transporte próprio para aves abatidas , os participantes<br />
do grupo não-abatedouro reduziram ou igualaram suas pontuações individuais<br />
ao abordarem o item terceirização do transporte para aves abatidas.<br />
j
9) Unidades de varejo para aves abatidas<br />
O item depôsitots) para estocagem e/ou distribuição de aves abatidas<br />
obteve no grupo abatedouro uma nota (4) e três notas (3), enquanto no grupo<br />
não-abatedouro os resultados indicaram duas notas (5), uma nota (4) e uma<br />
nota (3). A soma total foi de 30 pontos em oito respostas, tendo este item<br />
ocupado o sétimo lugar em importância atribuída.<br />
O item rede de lojas com a logomarca da empresa para<br />
comercialização de aves abatidas, com quatro notas (5), três notas (4) e uma<br />
nota (3), somando 35 pontos em oito respostas, configurou-se no terceiro item<br />
em importância atribuída.<br />
176
3.2.5. Síntese de Informações<br />
1 - Atividades em que a empresa atua:<br />
Parte I<br />
177<br />
Grupo: Abatedouro Não-Abatedouro<br />
A B C D E F G H<br />
Plantio de milho<br />
Plantio de soja<br />
Sim<br />
Preparo de ração para frangos de corte Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim<br />
Criação de matrizes Sim Sim Sim Sim Sim<br />
Incubação de pintos Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim<br />
Engorda de frangos Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim<br />
Abate industrial de frangos de corte Sim Sim Sim Sim<br />
Venda a varejo de frangos vivos e/ou abatidos Sim Sim Sim Sim Sim
2 - Importância que a empresa dá a cada uma das atividades listadas:<br />
178<br />
A B C O E F G H L Ordem<br />
• Preparo de ração para frangos de corte<br />
• Incubação de pintos<br />
• Abatedouro de aves<br />
• Rede de lojas com a logomarca da empresa<br />
5<br />
5<br />
4<br />
4<br />
5<br />
4<br />
5<br />
4<br />
5<br />
5<br />
4<br />
4<br />
5<br />
5<br />
5<br />
5<br />
5<br />
5<br />
5<br />
3<br />
5<br />
5<br />
5<br />
5<br />
5<br />
4<br />
5<br />
5<br />
5<br />
4<br />
4<br />
5<br />
40<br />
37<br />
37<br />
35<br />
1<br />
2<br />
2<br />
3<br />
para comercialização de aves abatidas<br />
• Terceirização do transporte para componentes<br />
ou ração pronta destinada às granjas<br />
4 3 5 5 3 5 5 4 34 4<br />
• Engorda de frangos de corte em granja(s)<br />
integrada( s)<br />
5 4 5 4 5 5 4 32 5<br />
• Rede de lojas com a logomarca da empresa 4 4 5 2 5 5 5 31 6<br />
para comercialização de aves vivas<br />
• Depósito(s) para estocagem e/ou distribuição<br />
de aves abatidas<br />
3 3 3 4 4 5 3 5 30 7<br />
• Terceirização<br />
soja<br />
do transporte para milho e/ou 4 4 5 3 4 4 4 29 8<br />
• Criação de matrizes<br />
• Venda de aves vivas na granja com transporte<br />
a cargo do comprador<br />
2<br />
5<br />
4<br />
4<br />
5<br />
3<br />
5<br />
5<br />
5<br />
5<br />
4<br />
4<br />
4 29<br />
I 27<br />
8<br />
9<br />
• Venda de pintos de um dia 2 4 2 5 5 4 4 26 <strong>10</strong><br />
• Engorda de frangos de corte em granja(s)<br />
própria(s)<br />
2 4 5 2 5 4 3 26 <strong>10</strong><br />
• Terceirização do transporte para aves vivas da 4 3 5 5 4 3 25 11<br />
granja ao comprador<br />
• Venda de ovos férteis 2 2 2 5 5 4 4 24 12<br />
• Meio de transporte próprio para aves vivas da<br />
granja ao comprador<br />
2 3 4 2 2 5 2 4 24 12<br />
• Meio de transporte próprio para aves abatidas 2 1 4 4 3 5 I 4 24 12<br />
• Terceirização do transporte para aves abatidas 4 5 5 2 4 1 3 24 12<br />
• Engorda de frangos de corte em granja(s)<br />
arrendada(s)<br />
2 4 2 2 4 2 4 21 13<br />
• Depósito(s) para estocagem e/ou distribuição<br />
de aves vivas<br />
3 5 3 3 4 21 13<br />
• Meio de transporte próprio para componentes<br />
ou ração pronta destinada às granjas<br />
2 3 2 2 5 2 4 20 14<br />
• Compra de frangos de corte em granjas de<br />
terceiros<br />
3 4 2 4 2 3 20 14<br />
• Meio de transporte próprio para milho e/ou<br />
soja<br />
2 2 4 5 4 19 15<br />
• Plantio de milho 5 2 2 3 4 18 16<br />
• Plantio de soja 5 2 2 I 3 I 2 16 17<br />
• Venda de componente ou ração pronta para<br />
terceiros<br />
2 2 2 5 2 15 18
1 - Mercado para frangos de corte vivos<br />
Modalidade de Venda<br />
Venda de aves vivas<br />
Região<br />
Nordeste<br />
Estados<br />
Alagoas<br />
Bahia<br />
Ceará<br />
Maranhão<br />
Paraíba<br />
Pernambuco<br />
Piauí<br />
Rio Grande do Norte<br />
Sergipe<br />
Parte 11<br />
179<br />
Grupo: Abatedouro Não-Abatedouro<br />
(Em %) A B C O E F G H<br />
43 34 60 O <strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0<br />
Grupo: Abatedouro Não-Abatedouro<br />
(Em %) A B C D E F G H<br />
<strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0<br />
Grupo: Abatedouro Não-Abatedouro<br />
(Em %) A B C O E F G H<br />
50 5 3<br />
<strong>10</strong><br />
20<br />
<strong>10</strong><br />
6<br />
20<br />
<strong>10</strong>0 80 <strong>10</strong>0<br />
Grupo: Abatedouro<br />
Modalidades de Distribuição<br />
(Em %) A B C D<br />
Venda a atacadista(s). (Clientes de compra 90 <strong>10</strong>0<br />
semanal acima de 1500 aves)<br />
Venda a varejista(s). (Clientes de compra <strong>10</strong><br />
semanal até 1500 aves)<br />
Venda através de ponto(s) de comercialização<br />
próprio(s). (Avícolas, açougues, varejões)<br />
2 - Mercado para frangos de corte abatidos<br />
Modalidade de Venda<br />
Venda de aves abatidas<br />
2.1 - Mercado interno para frangos de corte abatidos<br />
Destinação das Aves Abatidas<br />
Mercado interno<br />
Região<br />
Nordeste<br />
Grupo: Abatedouro<br />
(Em %) A B C D<br />
57 66 40 <strong>10</strong>0<br />
Grupo: Abatedouro<br />
(Em %) A B C D<br />
<strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0 70<br />
Grupo: Abatedouro<br />
(Em %) A B C D<br />
<strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0<br />
25 <strong>10</strong> 5 20<br />
20 30 80 71<br />
<strong>10</strong><br />
5 <strong>10</strong> <strong>10</strong><br />
Não-Abatedouro<br />
E F G H<br />
<strong>10</strong>0 70 70 18<br />
70 20 20 16<br />
30 <strong>10</strong> <strong>10</strong> 66
Grupo: Abatedouro<br />
Estados (Em %) A B C D<br />
Alagoas 15 <strong>10</strong> 20<br />
Bahia 5<br />
Ceará <strong>10</strong><br />
Maranhão<br />
Paraíba 5 5 <strong>10</strong><br />
Pernambuco 80 70 <strong>10</strong>0 50<br />
Piauí<br />
Rio Grande do Norte <strong>10</strong><br />
Sergipe <strong>10</strong><br />
Grupo: Abatedouro<br />
Modalidades de Distribuição (Em %) A B C D<br />
Atacadistas . 15 5 5<br />
Distribuidores 30 5<br />
Vendas diretas para supermercados 55 95 70 80<br />
Vendas diretas para mercearias 30 <strong>10</strong><br />
Grupo: Abatedouro<br />
Tipos de Frangos (Em %) A B C D<br />
Resfriados 90 35 90 70<br />
Congelados <strong>10</strong> 65 <strong>10</strong> 30<br />
Grupo: Abatedouro<br />
Tipos de Frangos (Em %) A B C D<br />
Inteiros 50 40 50 25<br />
Partes 50 60 50 75<br />
Classificação de Embalagens pelo Uso<br />
Caixa plástica<br />
Caixa de papelão<br />
Saco de ráfia<br />
2.2 - Mercado externo para frangos de corte abatidos<br />
Destinação das Aves Abatidas<br />
Mercado externo<br />
País<br />
Japão<br />
Modalidades de Distribuição<br />
Empresa importadora<br />
Grupo: Abatedouro<br />
A B C D<br />
I" 1~ 1º 2"<br />
2º<br />
Grupo: Abatedouro<br />
(Em %) A B C D<br />
O O O 30<br />
Grupo: Abatedouro<br />
(Em %) A B C D<br />
<strong>10</strong>0<br />
Grupo: Abatedouro<br />
(Em %) A B C D<br />
<strong>10</strong>0<br />
180
Grupo: Abatedouro<br />
Tipos de Frangos (Em %) A B C D<br />
Congelados <strong>10</strong>0<br />
Grupo: Abatedouro<br />
Tipos de Frangos (Em %) A B C D<br />
Partes <strong>10</strong>0<br />
Grupo: Abatedouro<br />
Classificação de embalagens pelo uso A B C D<br />
Caixa de papelão Iº<br />
Parte 111<br />
1 - Importância das motivações listadas para que a empresa montasse (monte) um<br />
abatedouro:<br />
181<br />
Grupo: Abatedouro Não-<br />
Abatedouro<br />
A B C D E F G H L Ordem<br />
• Ter acesso ao mercado de aves abatidas em<br />
partes<br />
5 3 5 5 5 5 4 5 37 1<br />
• Ter acesso ao mercado de aves abatidas<br />
resfriadas<br />
4 4 5 5 5 5 5 4 37 1<br />
• Ter acesso ao mercado de aves abatidas em<br />
cortes especializados<br />
5 5 5 5 5 4 5 34 2<br />
• Ter acesso a mercados geográficos brasileiros<br />
para aves resfriadas onde normalmente não<br />
haveria vantagens de penetração no mercado de<br />
aves abatidas congeladas<br />
5 4 5 5 5 3 4 31 3<br />
• Diminuir risco(s) 3 4 4 4 5 5 5 30 4<br />
• Ter acesso a cliente(s) importante(s) 4 3 5 4 5 5 4 30 4<br />
• Ter acesso ao mercado de aves abatidas<br />
inteiras<br />
4 5 5 5 5 3 29 5<br />
• Distribuir aves abatidas para supermercados<br />
porte médio<br />
de 5 4 3 4 5 5 3 29 5<br />
• Ter acesso a mercados geográficos brasileiros<br />
para aves abatidas em partes onde<br />
normalmente não haveria vantagens de<br />
penetração no mercado de aves abatidas<br />
inteiras<br />
5 3 2 5 5 4 4 28 6<br />
• Ter acesso a mercados geográficos brasileiros<br />
para aves abatidas em cortes especializados<br />
onde normalmente não haveria vantagens de<br />
penetração no mercado de aves abatidas em<br />
partes<br />
5 4 2 5 3 4 5 28 6<br />
• Distribuir aves abatidas para grandes cadeias<br />
de supermercados<br />
3 5 5 4 5 5 I 28 6
182<br />
• Ter acesso a mercados geográficos brasileiros<br />
para aves abatidas inteiras onde normalmente<br />
não haveria<br />
vantagens de penetração no mercado de aves<br />
4 3 5 5 4 23 7<br />
vrvas<br />
• Distribuir aves abatidas para pequenos<br />
varejistas<br />
3 2 3 5 5 4 - 22 8<br />
• Ter acesso a mercados geográficos de outros<br />
países para aves abatidas em cortes<br />
especializados<br />
5 5 5 3 21 9<br />
• Reduzir perda(s)<br />
• Antecipar diminuição do mercado de aves<br />
vivas devido a um possível acirramento de<br />
3<br />
2<br />
4<br />
3<br />
4<br />
4<br />
4<br />
5<br />
5<br />
5<br />
20<br />
20<br />
<strong>10</strong><br />
<strong>10</strong><br />
fiscalização sanitária nos pontos de venda que<br />
•<br />
realizam o abate de aves vivas<br />
Ter acesso a mercados geográficos de outros<br />
países para aves abatidas em partes<br />
5 3 5<br />
..,<br />
.) 19 11<br />
• Ter acesso a mercados geográficos de outros<br />
países para aves abatidas inteiras<br />
5 3 5 17 12<br />
• Bloquear concorrentes 3 I 3 4 3 16 13<br />
• Ter acesso ao mercado de aves abatidas<br />
congeladas<br />
2 4 4 13 14
CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS<br />
183
Neste capítulo final aborda-se as perspectivas para as empresas<br />
produtoras, e a possibilidade delas operarem em diversos níveis de<br />
verticalização. A localização das empresas produtoras de frangos em regiões<br />
produtoras de grãos ou regiões não-produtoras de grãos, mostra-se<br />
fundamental para a estratégia mercadológica a ser adotada pelas empresas.<br />
4.1. Definições Operacionais<br />
184<br />
o termo áreas sofisticadas (de consumo de frangos), representa as<br />
diversas localidades que, por quaisquer dos motivos verificados ao longo deste<br />
trabalho, consomem maior quantidade de frangos resfriados do que frangos<br />
abatidos na hora.<br />
o termo áreas não-sofisticadas (de consumo de frangos), representa as<br />
diversas localidades que consomem maior quantidade de frangos abatidos na<br />
hora do que frangos resfriados.<br />
4.2. Perspectivas para a Avicultura de Corte no Brasil<br />
A avicultura de corte, a curto prazo, tende a acentuar ainda mais a<br />
especialização das linhagens genéticas, com posicionamento de duas linhas<br />
chaves de produção de frangos:<br />
,. I
185<br />
a) as linhagens de maior velocidade de crescimento, que refletem um<br />
maior rendimento de carcaça, direcionadas para a futura comercialização de<br />
frangos inteiros;<br />
b) as linhagens de maior produção de partes, que possuem um maior<br />
rendimento de partes nobres como peito e coxa, destinadas à futura<br />
comercialização de frangos em partes;<br />
o frango de corte nesse século se caracterizou por ser o animal<br />
doméstico de maior evolução de índices zootécnicos, pelos seguintes motivos:<br />
a) Redução na idade de abate do frango, de mais de <strong>10</strong>0 dias em<br />
1930 para previstos 40 dias em 2001;<br />
b) Aumento no peso do frango no abate, de 1,5Kg em 1930 para<br />
previstos 2,30Kg em 2001;<br />
c) Redução da conversão alimentar do frango, de 3,50 Kg de<br />
ração/Kg de ave em 1930 para previstos 1,78 Kg de ração/Kg de<br />
ave em 2001.<br />
A redução da conversão alimentar é especialmente importante para os<br />
produtores de frangos de regiões não-produtoras de grãos. O menor volume de<br />
ração consumido por unidade de frango implica na menor participação do item<br />
transporte de grãos nos custos unitários de produção de frangos. Somente o<br />
.- -
item ração corresponde, em média, a 70% dos custos de produção de frangos<br />
de corte.<br />
186<br />
Todavia continua mais econômico realizar as atividades de engorda e<br />
abate de frangos em regiões produtoras de grãos. O custo de transporte por<br />
tonelada dos grãos corresponde em média a US$ 50, quando o valor médio do<br />
produto é de US$ 230 por tonelada. O custo de transporte por tonelada dos<br />
frangos congelados, em caminhões frigoríficos, corresponde em média a US$<br />
<strong>10</strong>0, em relação a um valor médio do produto de US$ 1,500 por tonelada.<br />
O Brasil é muito prejudicado nas suas importações de milho pelos altos<br />
custos de operações portuárias. O sorgo granífero, de produção adaptada à<br />
regiões semi-áridas, é uma das possíveis opções de substituição, parcial ou<br />
total, ao milho no Nordeste do Brasil.<br />
Atualmente verifica-se a expansão do cultivo da soja para o Brasil<br />
Setentrional, induzindo a formação de novos pólos avícolas, como o de<br />
Mimoso, no Oeste da Bahia. Os custos de produção da soja brasileira são<br />
próximos aos custos americanos, e segundo a opinião de alguns produtores e<br />
técnicos do setor, a tendência a curto e médio prazos, é de a soja tomar-se<br />
talvez o único cereal brasileiro em condições de competir no mercado externo.<br />
Nas regiões não-produtoras de grãos, em função do acréscimo de custos<br />
referentes ao transporte de grãos, o custo de produção de frangos toma-se<br />
inevitavelmente maior. O produtor nessas localidades, via de regra, não<br />
conseguirá enfrentar a concorrência dos frangos advindos das regiões
produtoras de grãos. Os frangos abatidos oriundos dessas últimas regiões,<br />
entretanto, penetram basicamente na modalidade congelados, em função da<br />
sua menor perecibilidade.<br />
A produção local de frangos, em regiões não produtoras de grãos,<br />
possui boa penetração de mercado para os frangos abatidos na modalidade<br />
resfriados, cujo prazo máximo de perecibilidade é de <strong>10</strong> dias. Esse prazo<br />
dificulta a penetração de frangos resfriados oriundos de longínquas regiões<br />
produtoras de grãos.<br />
187<br />
A cadeia de distribuição de frangos vivos, da granja de engorda até as<br />
unidades varejistas, acarreta em um processamento de frangos vivos em<br />
abatidos na hora. Os varejistas dessa cadeia desempenham assim uma<br />
atividade particular: o abate artesanal das aves. Tal performance pode<br />
acarretar em risco de acirramento de fiscalização sanitária nos pontos de<br />
varejo e/ou aumento de custos operacionais de mão-de-obra.<br />
O Comportamento do Consumidor no mercado de frango abatido na<br />
hora não possui registro de estudos acadêmicos ou de pesquisas de mercado<br />
por parte de produtores, atacadistas e varejistas de frangos vivos,<br />
individualmente ou em associações. A realização de pesquisas de mercado que<br />
confrontem a preferência de consumo do frango abatido na hora versus o<br />
frango resfriado, com base nos níveis de preços ao consumidor para os dois<br />
produtos, é fundamental para as três classes - produtores, atacadistas e<br />
varejistas - da cadeia de distribuição de frangos vivos.
No que se refere aos varejistas da cadeia de distribuição de frangos<br />
vivos, o conhecimento das preferências dos consumidores para cada tipo de<br />
produto - frango abatido na hora e frango resfriado - em função dos<br />
respectivos níveis de preços, permitiria ao lojista calcular as margens líquidas<br />
para os dois tipos de produto e adaptar a participação de cada um no composto<br />
de produtos vendidos.<br />
188<br />
No que diz respeito aos atacadistas de frangos vivos, as pesquisas de<br />
mercado acima descritas podem lhes orientar sobre a tendência de<br />
crescimento, estagnação ou declínio do mercado de frangos vivos. Em certas<br />
regiões os atacadistas respondem por cerca de 80% do comércio de aves vivas.<br />
No que tange aos produtores de frangos, as pesquisas de mercado<br />
acima referidas, permitiriam identificar o tamanho do mercado de frangos<br />
vivos e do mercado de frangos abatidos. Tal diagnóstico é fundamental para a<br />
decisão de operar só no mercado de aves vivas, só no mercado de aves<br />
abatidas ou em ambos os mercados simultaneamente. Conseqüentemente um<br />
dos principais fatores de decisão para a instalação, nível de operação e uso de<br />
capacidade instalada de abatedouros seria a análise comparativa entre os<br />
mercados consumidores de frangos abatidos na hora e de frangos resfriados.<br />
são:<br />
Os fatores que influem na delimitação de mercados para os abatedouros<br />
1) os custos de produção local de frangos vivos;
2) o porte econômico e o nível de verticalização da empresa. O<br />
maior risco de inadequação de capacidade instalada entre as<br />
diversas atividades pode ser diminuído com a operação do<br />
abatedouro;<br />
3) os mercados atuais e potenciais para: frangos congelados,<br />
frangos resfriados e frangos vivos:<br />
a) viabilidade de penetração nos mercados internos e<br />
externos de frangos congelados inteiros e em partes.<br />
Opção preferencial para abatedouros situados em<br />
regiões produtoras de grãos. Existe porém a<br />
possibilidade de os abatedouros situados em regiões<br />
não-produtoras de grãos, também realizarem<br />
exportações de cortes especiais;<br />
b) viabilidade de penetração no mercado de frangos<br />
resfriados inteiros e em partes. Opção preferencial<br />
para abatedouros de localização relativamente<br />
próxima aos mercados consumidores. Neste caso é<br />
de grande importância a mensuração da parcela<br />
passível de conquista do mercado de frangos inteiros<br />
189
abatidos na hora. É bastante plausível que o<br />
mercado para frangos resfriados em partes, devido à<br />
variedade de itens e à especialização do<br />
processamento, ocupe espaços antes preenchidos<br />
pelas partes de frangos do tipo abatidos na hora;<br />
4) o abatedouro como uma oportunidade para a empresa não se<br />
restringir ao mercado de commodities. Ele pode processar tipos<br />
de produtos diferenciados, com consolidação de uma marca e<br />
possibilidade de posicionamento superior para os produtos da<br />
empresa;<br />
5) o número de unidades de varejo atual e potencial para a<br />
comercialização de frangos resfriados e congelados, e a sua<br />
participação global na venda de aves. A disponibilidade de<br />
equipamentos apropriados para preservação das aves nessas lojas<br />
é um dos itens relevantes a serem pesquisados. Esses dados são<br />
muito variáveis entre as regiões do Brasil, o que indica a<br />
necessidade de estudos espaciais localizados. De acordo com<br />
pesquisas realizadas junto ao varejo no estado de São Paulo, em<br />
1991, pelos Profs. Juracy Parente e Francisco Rojo, e junto aos<br />
190<br />
\•....'<br />
'I.
abatedouros no estado de Pernambuco, em 1995, para a presente<br />
dissertação, tem-se que:<br />
a) no estado de São Paulo: os frangos resfriados são<br />
muito utilizados nas promoções dos supermercados.<br />
Esses produtos atraem clientes para dentro das lojas,<br />
embora ofereçam baixas margens de remuneração<br />
para os supermercadistas. A participação dos frangos<br />
resfriados nessas lojas corresponde a cerca de 90%<br />
das unidades vendidas. Esse percentual foi<br />
semelhante aos dados obtidos dos abatedouros em<br />
Pernambuco;<br />
b) no estado de São Paulo: os frangos congelados<br />
são mais utilizados como estoques de segurança das<br />
unidades de varejo que possuem balcões frigoríficos,<br />
notadamente supermercados. A participação dos<br />
frangos congelados nessas lojas corresponde a cerca<br />
de <strong>10</strong>% das unidades vendidas. Esse percentual foi<br />
semelhante aos dados obtidos dos abatedouros em<br />
Pernambuco;<br />
191
Mercado externo<br />
c) no estado de São Paulo, encontrou-se wna<br />
participação nas vendas das lojas de 75% para<br />
frangos inteiros e 25% para frangos em partes. No<br />
estado de Pernambuco, encontrou-se uma<br />
participação nas vendas dos abatedouros em tomo de<br />
50% para frangos inteiros e cerca de 50% para<br />
frangos em partes. Tal fato pode ser creditado ao<br />
constante aumento da participação de frangos em<br />
partes em relação a frangos inteiros, ocorrido ao<br />
longo dos últimos anos. Essa tendência de<br />
crescimento das partes de frango deve continuar no<br />
curto e médio prazos.<br />
As perspectivas de exportações de frangos para o Brasil são positivas,<br />
devido às condições naturais favoráveis à criação no país.<br />
192<br />
Os entraves internos às exportações podem ser classificados como: de<br />
maior dificuldade de resolução e de menor dificuldade de resolução. No<br />
primeiro tópico pode-se citar os altos custos portuários. No segundo tópico<br />
tem-se a taxação da cadeia de produção dirigida para o mercado externo e a<br />
valorização do câmbio.
193<br />
No plano externo os principais obstáculos que o Brasil enfrenta são: os<br />
subsídios dados às exportações do setor pelos Estados Unidos e França, e as<br />
barreiras à entrada do produto brasileiro na União Européia e no Nafta.<br />
O limite de volume de exportações subsidiadas pela União Européia,<br />
segundo acordos internacionais, deverá ser reduzido à 290.000 toneladas no<br />
ano 2.000. O valor dos subsídios, neste bloco econômico, deve se estabilizar<br />
em um teto máximo de US$ 390 por tonelada, ainda em 1996. Se no futuro o<br />
mercado livre prevalecer em detrimento do protecionismo, O Brasil, devido às<br />
suas características produtivas econômicas, pode se tornar um grande<br />
exportador de frangos.<br />
A estagnação dos volumes de frangos exportados nos últimos anos<br />
concorreu para uma maior oferta do produto no mercado interno. O aumento<br />
do volume de exportações brasileiras é fundamental para reduzir o excesso de<br />
oferta no mercado interno e, consequentemente, evitar o encerramento<br />
localizado de atividades de empresas produtoras.<br />
4.3. Perspectivas para a Verticalização das Empresas<br />
A verticalização das atividades de produção e distribuição de frangos de<br />
corte em uma empresa produtora, deve levar em consideração, principalmente,<br />
a localização geográfica e o porte da empresa produtora.
No que se refere à localização geográfica pode-se definir as empresas<br />
produtoras de frangos, como pertencentes às seguintes regiões:<br />
1) regiões produtoras de grãos; e<br />
2) regiões não-produtoras de grãos.<br />
1) empresas produtoras localizadas em regiões produtoras de grãos<br />
194 .<br />
A operação de empresas de processamento de óleos vegetais no Brasil,<br />
especificamente óleo de soja, fez surgir empresas verticalizadas na cadeia de<br />
nutrição de frangos de corte, notadamente nas atividades de fabricação de<br />
ração e de engorda de aves. Tal fato ocorreu devido ao aproveitamento do<br />
farelo de soja, um dos subprodutos da soja, junto com o óleo, na composição<br />
de ração para frangos de corte. A partir daí a própria necessidade de<br />
adequação de escala operacional, orientou as empresas produtoras de frangos<br />
de corte verticalizadas na cadeia de nutrição, à desempenharem também<br />
atividades verticalizadas na cadeia biológica defrangos de corte.<br />
De maneira similar, a existência de empresas produtoras de frangos<br />
verticalizadas na cadeia biológica de frangos de corte, orientou a performance<br />
vertical dessas empresas na cadeia de nutrição de frangos de corte,<br />
notadamente nas atividades: de engorda de aves, de fabricação de ração, e de<br />
produção de farelo e óleo de soja.<br />
",
195<br />
A verticalização nas cadeias biológica e de nutrição de frangos de<br />
corte, devido ao grande volume de operações, tende a ser tanto mais benéfica<br />
quanto maior a quantidade de aves, ou seja o maior porte da empresa.<br />
A expansão física na cadeia de produção de frangos de corte<br />
enfrentava porém um grande empecilho: a engorda dos frangos. A atividade de<br />
criação de frangos é muito meticulosa, o que dificulta a administração \/<br />
empresarial das granjas de engorda. É uma atividade que se presta mais em j<br />
propriedades familiares. Além disso, o investimento financeiro em instalações<br />
e equipamentos retardaria o ritmo de crescimento. A solução encontrada foi a<br />
importação do modelo americano de integração ou parceria avícola, que<br />
permitiu a enorme expansão física na produção brasileira de frangos verificada<br />
nos últimos anos.<br />
o mercado de frangos vivos, refletido na venda de frangos abatidos na<br />
hora em áreas não-sofisticadas do mercado interno, é dominado por<br />
atacadistas que negociam o produto de maneira informal. As características<br />
peculiares desse mercado de commodities vivas dificultam a atuação de<br />
empresas de grande e médio porte, principalmente, e até mesmo as de pequeno<br />
porte.<br />
A verticalização na cadeia de distribuição de frangos de corte vivos,<br />
devido ao controle efetivo do peso, tende a ser tanto mais problemática quanto<br />
maior a quantidade de aves, ou seja o maior porte da empresa.
A constituição de abatedouros ou frigoríficos pelas empresas produtoras<br />
de frangos, em regiões produtoras de grãos, é uma alternativa plausível devido<br />
a uma grande possibilidade de diversificação dos seus produtos. O menor<br />
custo de produção de frangos nessas regiões, permite maior possibilidade de<br />
penetração de produtos específicos em mercados segmentados<br />
geograficamente, a saber:<br />
a) frangos congelados em regiões longínquas, não-produtoras de<br />
grãos, como a região Nordeste do Brasil e alguns mercados<br />
externos;<br />
b) frangos resfriados em áreas sofisticadas do mercado interno. A<br />
delimitação da área de atendimento do frigorífico é decorrente da<br />
necessidade de manutenção das qualidades organolépticas do<br />
produto resfriado, em função do prazo de perecibilidade do<br />
mesmo.<br />
Do exposto acuna vê-se que as empresas produtoras de frangos,<br />
localizadas nas regiões produtoras de grãos, possuem muitas opções na cadeia<br />
de distribuição de frangos de corte abatidos. A proximidade dessas regiões em<br />
relação aos grandes centros consumidores no Sudeste e Sul do Brasil,<br />
196
contribuiu para o aumento contínuo na escala de produção e distribuição das<br />
empresas produtoras.<br />
A verticalização na cadeia de distribuição de frangos de corte abatidos,<br />
devido ao grande volume de operações, tende a ser tanto mais benéfica quanto<br />
maior a quantidade de aves, ou seja o maior porte da empresa.<br />
2) empresas produtoras localizadas em regiões não-produtoras de grãos<br />
A redução do mercado de criadores-produtores autônomos, fez com que<br />
as empresas processadoras de ração ampliassem o nível de verticalização, na<br />
cadeia de nutrição de frangos de corte, através da atividade de engorda de<br />
aves. Tal fato se justificou devido ao aproveitamento da capacidade produtiva<br />
das fábricas de ração. A partir daí a própria necessidade de adequação de<br />
escala operacional, orientou as empresas produtoras de frangos de corte<br />
verticalizadas na cadeia de nutrição, à desempenharem também atividades<br />
verticalizadas na cadeia biológica de frangos de corte.<br />
De maneira similar, a existência de empresas produtoras de frangos<br />
verticalizadas na cadeia biológica de frangos de corte, orientou a performance<br />
vertical dessas empresas na cadeia de nutrição de frangos de corte,<br />
notadamente na atividade de engorda de aves. A dependência de milho e de<br />
farelo de soja, de outras regiões produtoras de grãos, é um fator limitante das<br />
197 .
empresas que operam na cadeia de nutrição de frangos de corte, em regiões<br />
não-produtoras de grãos.<br />
198 .<br />
A verticalização na cadeia biológica de frangos de corte, com base em<br />
respostas de empresas produtoras de regiões não-produtoras de grãos, é<br />
importante para qualquer nível de verticalização da empresa. No que se refere<br />
à criação de matrizes especificamente, algumas empresas produtoras preferem<br />
trazer ovos férteis de outras regiões.<br />
A verticalização na cadeia de nutrição de frangos de corte, com base<br />
em respostas de empresas produtoras de regiões não-produtoras de grãos,<br />
inclui basicamente a fabricação de ração, independente do nível de<br />
verticalização da empresa.<br />
A expansão fisica na cadeia de produção de frangos de corte, com base<br />
em respostas de empresas produtoras de regiões não-produtoras de grãos,<br />
acontece através da parceria avícola e do arrendamento de granjas de<br />
engorda.<br />
O mercado de venda de frangos, em regiões não-produtoras de grãos, à<br />
época da pesquisa, revelava-se ocupado basicamente pela venda de frangos<br />
vivos. A comercialização de frangos abatidos na hora é intensa, sendo<br />
realizada por uma grande número de pequenos varejistas. Nesse mercado<br />
algumas questões se revelam desconhecidas: o conhecimento do<br />
comportamento do mercado consumidor de áreas não-sofisticadas em relação<br />
ao frango resfriado, e o conhecimento do nível de aceitação deste produto por
parte dos varejistas ali instalados. A decisão de implantar unidades de varejo<br />
para frangos abatidos industrialmente e/ou abatidos na hora está condicionada<br />
às respostas das duas questões acima.<br />
A verticalização na cadeia de distribuição de frangos de corte vivos,<br />
depende do conhecimento das preferências do mercado consumidor e do<br />
controle efetivo do peso, sendo adotada por empresas produtoras de diferentes<br />
portes, com diferentes níveis de verticalização, em regiões não-produtoras de<br />
grãos.<br />
A constituição de abatedouros ou frigoríficos pelas empresas produtoras<br />
de frangos, em regiões não-produtoras de grãos, é uma alternativa a ser<br />
analisada cuidadosamente. Mesmo com um pequeno número de abatedouros<br />
em funcionamento nessas regiões, essas unidades respondem somente por algo<br />
em tomo de 50 a 60% da produção das respectivas empresas produtoras. Tais<br />
participações podem indicar um perigoso processo de saturação do mercado de<br />
frangos resfriados local. O estudo da influência dos canais de distribuição<br />
sobre o mercado consumidor de frangos resfriados, notadamente no que se<br />
refere ao varejo, é fundamental para uma melhor compreensão do processo<br />
acima.<br />
199<br />
Constata-se pelas análises relatadas, que as empresas produtoras de<br />
frangos, localizadas nas regiões não-produtoras de grãos, possuem opções<br />
reduzidas de produtos, basicamente frangos resfriados; e de canais de
distribuição, basicamente supermercados, na cadeia de distribuição de frangos<br />
de corte abatidos, em relação às empresas das regiões produtoras de grãos.<br />
A verticalização na cadeia de distribuição defrangos de corte abatidos,<br />
200 .<br />
em regiões não-produtoras de grãos, devido ao reduzido número de produtos e<br />
de canais de distribuição, pode sugerir a implantação de mais um nível<br />
vertical: a implantação de unidades de varejo para frangos abatidos, e até<br />
mesmo frangos abatidos na hora, concomitantemente. A possibilidade de<br />
utilização de franquias parece ser bastante plausível. Essa alternativa pode ser<br />
adotada pelas empresas, independente do porte financeiro destas.<br />
4.4. Recomendações<br />
o estudo das atividades avícolas poderá ser mais aprofundado com a<br />
utilização de estudos departamentalizados, tais como a cadeia biológica, de<br />
nutrição, de distribuição de frangos vivos e de distribuição de frangos<br />
abatidos.<br />
A recente constituição da Associação Paulista de Produtores de Frangos<br />
Vivos parece dar mostras de que as quatro terminologias acima podem bem<br />
representar as diversas atividades do setor avícola de corte.
4.5. Limitações do Estudo<br />
201<br />
As empresas produtoras de frangos de corte podem assumir vários<br />
níveis de verticalização nas suas operações. A abrangência desse estudo<br />
exploratório não permitiu esmiuçar esses vários níveis na profundidade em que<br />
eles podem ser analisados individualmente.<br />
A falta de dados quantitativos, não coletados na pesquisa, reflete a<br />
preocupação de não intimidar as empresas respondentes e melhorar o perfil<br />
quantitativo da amostra. Enfatizou-se, assim, a participação percentual ao<br />
invés de números de produção e distribuição. A escassez desses dados pode vir<br />
a configurar uma limitação deste estudo.<br />
4.6. Sugestões para Estudos Ulteriores<br />
As cadeias de distribuição de frangos vivos e de frangos abatidos possui<br />
muitas possibilidades inexploradas, notadamente na área de Administração e<br />
particularmente na de Mercadologia. As pesquisas sobre o comportamento do<br />
consumidor em relação ao frango resfriado versus o frango abatido na hora<br />
mostram bem a falta de estudos sobre o tema.<br />
" .
202<br />
A cadeia de nutrição de frangos de corte pode ser melhor explorada em<br />
várias áreas: Administração da Produção, Economia Agrícola, Agronomia,<br />
Zootecnia e Veterinária.<br />
A cadeia biológica de frangos de corte apresenta muitas oportunidades<br />
de desenvolvimento de estudos, principalmente nas áreas de Veterinária e<br />
Zootecnia.
BIBLIOGRAFIA<br />
203 .<br />
• i<br />
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221 .
ANEXO<br />
QUESTIONARIO DA PESQUISA
A VERTIC AUZA, Ao DAS ATIVIDA<strong>DE</strong>S AVÍCOLAS <strong>DE</strong> CORTE COMO<br />
FORMA <strong>DE</strong> SOBRCVIVÊNCIA E OCUPAÇÃO <strong>DE</strong> ESPAÇOS<br />
MERC ADOLOGICOS PARA AS EMPRESAS DO SETOR<br />
CRITÉRIOS GERAIS<br />
Este questionário visa obter informações sobre a verticalização das atividades avícolas de<br />
corte e a distribuição de frangos vivos e abatidos. Seu objetivo é conseguir uma melhor<br />
conceituação teórica sobre tópicos como: (1) a tendência do mercado de aves vivas; (2)<br />
a tendência do mercado de aves abatidas; (3) aspectos relacionados a distribuição de<br />
aves abatidas no mercado interno e externo.<br />
Por favor responda a todas as perguntas. Compreendemos que para alguns casos as<br />
quantidades exatas podem não lhe parecer disponíveis. Para estes casos, serão suficientes<br />
suas estimativas aproximadas. Se desejar fazer um comentário sobre qualquer das<br />
perguntas ou respostas. por favor utilize o espaço nas margens ou anexe uma folha.<br />
NOME <strong>DE</strong> sux El\fPRESA:<br />
NOME DO<br />
ENTREVISTADO:<br />
CARGO out OCUP A:<br />
1. A 'ma empresa possui abatcdourof s) de aves:<br />
(Preencha todas as opções que forem pertinentes)<br />
o Em funcionamento<br />
O Em construção<br />
D Em projeto<br />
D Desativado(s)<br />
D Não<br />
D<br />
2. Caso a sua empresa possua abatedouroís) em funcionamento, indicar o(s) ano(s) de<br />
início de operação e a( s) suaí s) respectivaí s) localizaçãoí ões):<br />
19 - l.ocalidade<br />
19 Localidade<br />
19 - Localidade<br />
19 - Localidade<br />
19 - Localidade<br />
3. Caso a sua empresa possua abatedourof s) em construção, indicar o número de anos<br />
para 0(5) provávelíis) iniciots) de operação e a(s) sua(s) respectiva(s) localização(ões):<br />
N" de anos:<br />
N" de anos:<br />
N" de anos:<br />
- Localidade ------------------<br />
- Localidade -----------------<br />
- Localidade -----------------
4. Caso a sua empresa possua projeto(s) de construção de abatedouro(s), indicar o<br />
número de anos para o(s) prováveltis) início(s) de operação e a(s) sua(s) respectiva(s)<br />
localizaçãofões):<br />
N'1 de anos:<br />
Nº de anos:<br />
Nº de anos:<br />
- Localidade<br />
- Localidade<br />
- Localidade<br />
-------------------------------<br />
-------------------------------<br />
--------------------<br />
5. Caso a sua empresa possua abatedourots) desativadoís), preencher os anos de início e<br />
término de operação e a(s) sua(s) respectiva(s) localização(ões). Caso tenha planos de<br />
reativá-loís), indicar o número de anos para o(s) provável(is) início(s) de operação:<br />
Ano de início de Ano de término Localidade Nº de anos para uma<br />
operação de operação possível reabertura<br />
19 19 ano(s)<br />
19 19 ano(s)<br />
19 19 ano(s)<br />
6. Por favor, indique a importância das motivações listadas para que sua empresa<br />
montasse (monte) um abatedouro:<br />
Nada Extremamente<br />
ImQortante ImQortante<br />
• Diminuir risco(s) 2 3 4 5<br />
• Reduzir perda(s) 2 3 4 5<br />
• Antecipar diminuição do mercado de aves vivas devido 2 3 4 5<br />
a um possível acirramento de fiscalização sanitária nos<br />
pontos de venda que realizam o abate de aves vivas<br />
..)<br />
• Ter acesso ao mercado de aves abatidas inteiras 2 " 4 5<br />
• Ter acesso ao mercado de aves abatidas em partes 2 3 4 5<br />
• Ter acesso ao mercado de aves abatidas em cortes 2 3 4 5<br />
especializados<br />
• Ter acesso ao mercado de aves abatidas congeladas 2 3 4 5<br />
• Ter acesso ao mercado de aves abatidas resfriadas 2 3 4 5<br />
• Ter acesso a mercados geográficos brasileiros para aves 2 3 4 5<br />
abatidas inteiras onde normalmente não haveria<br />
vantagens de penetração no mercado de aves vivas<br />
• Ter acesso a mercados geográficos brasileiros para aves 2 3 4 5<br />
abatidas em partes onde normalmente não haveria<br />
vantagens de penetração no mercado de aves abatidas<br />
inteiras<br />
• Ter acesso a mercados geográficos brasileiros para aves 2 3 4 5<br />
abatidas em cortes especializados onde normalmente<br />
não haveria vantagens de penetração no mercado de<br />
aves abatidas em partes
• Ter acesso a mercados geográficos brasileiros para aves<br />
abatidas resfriadas onde normalmente não haveria<br />
vantagens de penetração no mercado de aves abatidas<br />
congeladas<br />
• Ter acesso a mercados geográficos de outros países<br />
para aves abatidas inteiras<br />
• Ter acesso a mercados geográficos de outros países<br />
para aves abatidas em partes<br />
• Ter acesso a mercados geográficos de outros países<br />
para aves abatidas em cortes especializados<br />
• Distribuir aves abatidas para pequenos varejistas<br />
• Distribuir aves abatidas para supermercados de porte<br />
médio<br />
• Distribuir aves abatidas para grandes cadeias de<br />
supermercados<br />
• Ter acesso a clientet s) importante(s)<br />
• Bloquear concorrentes<br />
7. Que atividades a sua empresa desempenha:<br />
(Preencha todas as opções que forem pertinentes)<br />
D<br />
D<br />
D<br />
D<br />
Plantio de milho<br />
Preparo de ração para frangos de corte<br />
Incubação de pintos<br />
Engorda de frangos em gr:lJ1ja(s) de terceiro(s). Especifique:<br />
D Integração<br />
D Arrendamento<br />
D Outra(s) rnodalidadeís):<br />
Nada<br />
Importante<br />
I 2<br />
Extremamente<br />
Importante<br />
345<br />
2 3 4 5<br />
2 3 4 5<br />
2 3 4 5<br />
2 3 4 5<br />
2 3 4 5<br />
2 3 4 5<br />
2 3 4 5<br />
2 3 4 5<br />
D Plantio de soja<br />
D Criação de matrizes<br />
D Engorda de frangos em granja(s)<br />
própria(s)<br />
8. Por favor, indique a importância que a sua empresa dá a cada uma das atividades<br />
listadas:<br />
• Plantio de milho<br />
• Plantio de soja<br />
• Meio de transporte próprio para milho e/ou soja<br />
• Terceirização do transporte para milho e/ou soja<br />
Nada Extremamente<br />
IrTJpo..rt~nt~ Importante<br />
1 2 3 4 5<br />
1 2 3 4 5<br />
2 3 4 5<br />
2 3 4 5
Nada Extremamente<br />
ImQortante ImQortante<br />
• Preparo de ração para frangos de corte 1 2 3 4 5<br />
• Venda de componente ou ração pronta para terceiros 1 2 3 4 5<br />
• Meio de transporte próprio para componentes ou ração 1 2 3 4 5<br />
pronta destinada às granjas<br />
• T erceirização do transporte para componentes ou ração 2 3 4 5<br />
pronta destinada às granjas<br />
• Criação de matrizes 2 3 4 5<br />
• Venda de 0VOS férteis 1 2 3 4 5<br />
• Incubação de pintos 1 2 3 4 5<br />
• \' enda de pintos de um dia 2 3 4 5<br />
• Eng-orda de frangos de corte em granja(s) própria(s) 2 3 4 5<br />
• Engorda de frangos de corte em granja( s) integrada( s) 2 3 4 5<br />
• Engorda de frangos de corte em granja(s) arrendada(s) 2 3 4 5<br />
• Compra de frangos de corte em granjas de terceiros 2 3 4 5<br />
• Meio de transporte próprio para aves vivas da granja ao 2 3 4 5<br />
comprador<br />
• Venda de aves vivas na granja com transporte a cargo 2 3 4 5<br />
do comprador<br />
• Terceirização do transporte para aves vivas da granja ao 1 2 3 4 5<br />
comprador<br />
• Depósitof<br />
vivas<br />
s) para esrocagern e/ou distribuição de aves 2 3 4 5<br />
• Rede de lojas com a logomarca da empresa para 1 2 3 4 5<br />
comercialização de aves vivas<br />
• Abatedouro de aves<br />
2 3 4 5<br />
• Meio de transporte próprio para aves ahatidas 1 2 3 4 5<br />
• Terceirização do transporte para aves abatidas 1 2 3 4 5<br />
• Depósitots) para estocagern e/ou distribuição de aves 2 3 4 5<br />
abatidas<br />
• Rede de lojas com a logornarca da empresa para 2 3 4 5<br />
comercialização de aves abatidas<br />
9. Que modalidade de vendas a sua empresa pratica e qual a participação de cada uma<br />
delas no total de aves comercializadas (Obs.: os dois percentuais devem somar <strong>10</strong>0%):<br />
OI<br />
<strong>10</strong> Venda de aves vivas<br />
% Venda de aves abatidas<br />
CASO S(!A El\IPRES.\ OPERE SOMENTE COM AVES ABATIDAS, PASSE<br />
P:\R.\ A Q{TEST.\O N° t3
<strong>10</strong>. Que regiões geográficas do Brasil são abrangidas por sua empresa e qual a<br />
participação de cada uma delas no total de aves vivas comercializadas (Obs.: os<br />
percentuais devem somar <strong>10</strong>0 0 ó):<br />
% Centro-Oeste<br />
% Nordeste<br />
% Norte<br />
% Sudeste<br />
% Sul<br />
11. Caso a Região Nordeste faça parte da área de comercialização de aves vivas da sua<br />
empresa. qual a participação de cada estado em relação ao total de aves vivas destinadas<br />
a região (Obs.: os percentuais devem somar <strong>10</strong>0%):<br />
% Piauí<br />
% Maranhão<br />
~·ó Alagoas % Rio Grande do Norte<br />
OI<br />
/0 Paraíba<br />
o' ,0 Bahia<br />
% Sergipe<br />
% Pernambuco<br />
°0 Ceará<br />
12. Que modalidades de distribuição são utilizadas por sua empresa e qual a participação<br />
de cada uma delas no total de aves vivas comercializadas (Obs.: os percentuais devem<br />
somar <strong>10</strong>0°'Ó):<br />
% Venda a atacadistaí s). (Clientes de compra semanal acima de 1500 aves)<br />
% Venda a varejistaf s) (Clientes de compra semanal até 1500 aves)<br />
% Venda através de ponto( s) de comercialização próprio( s). (Avícolas,<br />
açougues, varejões)<br />
% Outras modalidades Especifique: _<br />
C'.\SO A Sll.\ EMPRES.\ OPFRE SOMENTE COM AVES VIVAS, FAVOR<br />
N:\O RFSPON<strong>DE</strong>R NF.NIIl!!\1.\ DAS PERGUNTAS SEGVINTES<br />
13. Qual a destinação das aves abatidas por sua empresa e qual a participação de cada<br />
mercado em relação ao total de quilos de aves abatidas (Obs.: os dois percentuais devem<br />
somar <strong>10</strong>0%):<br />
~ o Mercado interno % Mercado externo<br />
CASO .\ Sll.\ FMPRFS.\ OPERE SOMENTE COM AVES ABATIDAS PARA O<br />
l\1FRC.\DO EXTERNO. PASSE PARA A QUESTAo N° 20
NO _.__ orr: SE REFERE A \'END,\ <strong>DE</strong> FRANGOS <strong>DE</strong> CORTE ABATIDOS PARA O<br />
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MIRC~\D-ºJ~.I[RN.O<br />
14. Que regioes geográficas do Brasil são abrangidas por sua empresa e qual a<br />
participação de cada uma delas no total de quilos de aves abatidas destinados ao<br />
mercado interno (Obs: os percentuais devem somar 1OO~'Ó):<br />
% Centro-Oeste % Norte % Sul<br />
% Nordeste % Sudeste<br />
15 Caso a região Nordeste faça parte da área de comercialização de aves abatidas da sua<br />
empresa, qual a participação de cada estado em relação ao total de quilos de aves<br />
abatid'rs destinados a regiãn(Ohs· 0S percentuais devem somar <strong>10</strong>0%):<br />
~ó Alagoas % Maranhão % Piauí<br />
~ó<br />
(%<br />
Bahia<br />
Ceará<br />
%<br />
%<br />
Paraíba<br />
Pernambuco<br />
%<br />
%<br />
Rio Grande<br />
Sergipe<br />
do Norte<br />
)6. Que modalidades de distribuição são utilizadas por sua empresa e qual a participação<br />
de cada uma delas no total de quilos de aves abatidas destinados ao mercado interno<br />
(Obs.: 0'> percentuais devem somar) 00%):<br />
% Atacadistas<br />
% Distribuidores<br />
% Vendas diretas para supermercados<br />
~.ó Vendas diretas para mercearias<br />
% Outras modalidades Especifique:<br />
17 Que tipos de frangos são processados por sua empresa e qual a participação de cada<br />
um deles no total de quilos de aves abatidas destinados ao mercado interno (Obs.: os<br />
dois percentuais devem somar <strong>10</strong>0%):<br />
~ ó Resfriados % Congelados<br />
18. Que tipos de frangos são processados por sua empresa e qual a participação de cada<br />
um deles no total de quilos de aves abatidas destinados ao mercado interno (Obs.: os<br />
dois percentuais devem somar 1()()O~):<br />
% Inteiros % Partes<br />
19. Que embalagem sua empresa utiliza no transporte de aves abatidas destinadas ao<br />
mercado interno:<br />
(Numerar em ordem decrescente de acordo com o grau de uso)<br />
Caixa de papelão<br />
Outras. Especifique:<br />
Caixa plástica
CASO A SUA EMPRESA N.\O OPERE COM EXPORTAÇÃO <strong>DE</strong> AVES<br />
ABA TIDAS. FA\'OR Ni\O RESPON<strong>DE</strong>R NENHUMA DAS PERGUNTAS<br />
SEGUINTES<br />
NO_Ql.~:,5E_RrJTRLA~rE~J),-'L<strong>DE</strong> ..FRANGOS <strong>DE</strong> CORTE ABATIDOS PARA<br />
EXPORTACÃO<br />
20. Indique que porcentagem de suas exportações totais tem como destino cada uma das<br />
seguintes regiões (Obs.: os percentuais devem somar <strong>10</strong>0%):<br />
% África/Oriente Médio<br />
% América do Sul<br />
% Ásia/Austrália<br />
% EUA e Canadá<br />
% Europa<br />
% México e América Central<br />
21. Por favor, indique que modalidades de distribuição são utilizadas por sua empresa e<br />
qual a participação de cada uma delas no total de quilos de aves abatidas dirigidos para o<br />
exterior (Obs.: os percentuais devem somar <strong>10</strong>0%):<br />
%<br />
%<br />
22 Que tipos de frangos são processados por sua empresa e qual a participação de cada<br />
um deles no total de quilos de aves abatidas dirigidos para o exterior (Obs.: os dois<br />
percentuais devem somar <strong>10</strong>0%):<br />
~ ó Resfriados % Congelados<br />
21 Que tipos de frangos são processados por sua empresa e qual a participação de cada<br />
um deles no total de quilos de aves abatidas dirigidos para o exterior (Obs.: os dois<br />
percentuais devem somar <strong>10</strong>0%):<br />
OI<br />
,o Inteiros<br />
%<br />
Partes<br />
24 Que embalagem de transporte sua empresa utiliza nas exportações de frangos:<br />
(Numerar em ordem decrescente de acordo com o grau de uso)<br />
Caixa de papelão<br />
Outras Especifique:<br />
%<br />
%<br />
%
FIM DO QUESTIONARIO<br />
A sua empresa autoriza o mestrando a publicar os dados acima respondidos em sua<br />
dissertação de Mestrado (circulação restrita a bibliotecas universitárias)<br />
Sim<br />
Caso a sua empresa não ache conveniente a publicação de sua razão social, os dados<br />
poderiam ser usados com o emprego de um nome fictício.<br />
Sim<br />
Em Termos. Explique:<br />
Não<br />
Não<br />
I\1UITO OnRIGADO POR snu TEMPO E COOPF.RAÇÃO<br />
CASO <strong>DE</strong>SEJE RECEI3ER UMA CÓPIA DOS RESULTADOS <strong>DE</strong>STE ESTUDO,<br />
POR GENTILEZA PREENCHA O ESPAÇO A SEGUTR COM SEU EN<strong>DE</strong>REÇO. OU<br />
ANEXE SEU CARTÃO <strong>DE</strong> VISITAS AO QUESTIONARIO RESPONDIDO.<br />
NOME:<br />
CARGO:<br />
EN<strong>DE</strong>REÇO