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10 PRINCIPAL ESTRATÉGIA DE CRESCI~IENTO NAS CADEIAS ...

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1199601134<br />

- 1111111111111111111111111111111111111111<br />

VERTICALIZAÇ.-\.O COJ\;<strong>10</strong> <strong>PRINCIPAL</strong> <strong>ESTRATÉGIA</strong><br />

<strong>DE</strong> <strong>CRESCI~IENTO</strong> <strong>NAS</strong> CA<strong>DE</strong>IAS <strong>DE</strong> PRODIIÇAo E<br />

DISTRIBl'IÇ.\.O <strong>DE</strong> FRANGOS <strong>DE</strong> CORTE<br />

Um estudo exploratório de empresas produtoras<br />

no estado de Pernambuco<br />

Banca Examinadora<br />

Prot" Orientadora: Prof'. Maria Cecilia Coutinho de Arruda<br />

Prof. --.--., .<br />

Prof. .<br />

I .~~_ Fundação Getulio Varga~<br />

Escola de Administração<br />

" FG V de Empresas de SAo Paulo<br />

I .. Biblioteca '<br />

1199601134<br />

( - -------- - -----


FUNDAÇAo GETllLIO VARGAS<br />

ESCOLA <strong>DE</strong> .-\DMI:\'ISTRAÇÃO <strong>DE</strong> EMPRESAS <strong>DE</strong> sxo PAULO<br />

MARNIX CARLOS <strong>DE</strong> VOCHT<br />

VERTICALlZ.-\ÇÃO COMO <strong>PRINCIPAL</strong> ESTRATEGIA <strong>DE</strong> CRESCIMENTO<br />

<strong>NAS</strong> C\<strong>DE</strong>I!\S <strong>DE</strong> PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO <strong>DE</strong> FRANGOS <strong>DE</strong> CORTE<br />

Um estudo exploratório de empresas produtoras no estado de Pernambuco<br />

SÃO PAULO<br />

1996<br />

Dissertação apresentada ao Curso<br />

de Pós-Graduação da FGV /EAESP<br />

Area de Concentração:<br />

Mercadologia<br />

como requisito para obtenção de<br />

título de mestre em Administração.<br />

Orientadora<br />

Prof" Maria Cecilia C de Arruda


VOCHT.<br />

de<br />

Marnix Carlos de. Verticalização como principal estratégia<br />

crescimento nas cadeias de produção e distribuicào de franeos de corte: um<br />

estudo exploratório de empresas produtoras no estado de Pernambuco. São<br />

Paulo. EAESP/FG\'. 1996. 200 p.. Dissertação de Mestrado apresentada ao<br />

Curso de Pós-Graduação da EAESP/FGV. Área de Concentração:<br />

Mercadologia.<br />

Resumo: Trata dos vanos níveis de operações verticalizadas adotados pelas<br />

empresas produtoras de frangos de corte. Analisa as vantagens da implantação<br />

de mais um nível avançado de verticalização: o abatedouro de aves, e os<br />

possíveis canais de distribuição para frangos vivos e abatidos.<br />

Palavras-chave: Verticalização - Frangos - Canais de Distribuição - Mercados<br />

-Abatedouros - Grãos - Pernambuco.


Introdução<br />

I. Tema<br />

2. Justificativa<br />

3. Objetivos<br />

4. Pressuposto básico<br />

5. Descrição dos capítulos<br />

íNDICE<br />

I - Conceitos Preliminares e Revisão Bibliográfica<br />

I. I. Definições operacionais<br />

1.2. Conceito de estratégia mercadológica<br />

1.3. Estratégias de Crescimento<br />

1.4. Canais de distribuição<br />

2 - As Cadeias de Produção e Distribuição<br />

Pá{!ina<br />

de Frangos de Corte 40<br />

2.1. Definições operacionais 41<br />

2.2. Cadeia biológica de frangos de corte 43<br />

2.2.1. Granja avozeira: produção de matrizes 44<br />

2.2.2. Granja de matrizes: produção de ovos férteis 45<br />

2.2.3. lncubatório: processamento de ovos em pintos de 1 dia 49<br />

2<br />

5<br />

5<br />

6<br />

7<br />

8<br />

9<br />

<strong>10</strong><br />

29


1.1.4. Granja de engorda: preparação para o repovoamento<br />

de pintos de 1 dia e recebimento de pintos de 1 dia 51<br />

2.3. Cadeia de nutrição de frangos de corte 55<br />

1.3.1. Plantio de milho<br />

..,..•I PI . d .<br />

_.-'._. anuo e sOJa 60<br />

1.3.3. Unidade de fabricação de ração: processamento de<br />

milho. soja e outros componentes: e a nutrição de<br />

frangos de corte 68<br />

1.3.4. Granja de engorda: alimentação dos pintos desde<br />

1 dia de idade ate alcançar a faixa de peso de mercado 75<br />

1.4. Cadeia de distribuição de frangos de corte vivos 86<br />

1.4.1. Granja de engorda: a comercialização dos frangos<br />

de corte vivos<br />

1.4.2. O atacado de frangos de corte vivos 93<br />

1.4.3. O varejo de frangos de corte vivos: recebimento<br />

de frangos de corte vivos e venda de frangos de<br />

corte vivos e abatidos na hora 98<br />

1.4.4. Abatedouro: recepção de frangos de corte vivos e<br />

seu processamento<br />

1.5. Cadeia de distribuição de frangos de corte abatidos 114<br />

1.5.1. Frigorífico: venda de frangos de corte abatidos<br />

resfriados e congelados 115<br />

55<br />

87<br />

<strong>10</strong>4


2.5. I. I. Oportunidades e tendências para os frigoríficos 115<br />

2.5.1.2. A distribuição de aves abatidas no mercado interno 117<br />

2.5.1.3. A distribuição de aves abatidas no mercado externo 123<br />

3 - Pesquisa Junto às Empresas Produtoras 142<br />

3.1. Metodologia da pesquisa 143<br />

3.2. Pesquisa de campo junto aos produtores 145<br />

3.2. I. Objetivo da pesquisa de campo 145<br />

3.2.2. Metodologia da pesquisa junto aos produtores 145<br />

3.2.3. Análise e conclusões da pesquisa de campo 148<br />

3.2.4. Análise horizontal 168<br />

3.2.5. Síntese de Informações 177<br />

4 - Considerações finais 183<br />

4.1. Definições operacionais 184<br />

4.2. Perspectivas para a avicultura de corte no Brasil 184<br />

4.3. Perspectivas para a verticalização das empresas 193<br />

4.4. Recomendações 200<br />

4.5. Limitações do estudo 20 I<br />

4.6. Sugestões para estudos ulteriores 201<br />

5 - Bibliografia<br />

203<br />

.' ,~<br />

• j ~


6 - Anexo (Questionário) 222


INTRODUÇÃO<br />

1


1. TEMA<br />

Verticalização como principal estratégia de crescimento nas cadeias de<br />

produção e distribuição de frangos de corte: um estudo exploratório de<br />

empresas produtoras no Estado de Pemambuco.<br />

2. JUSTIFICATIVA<br />

A consolidação crescente da avicultura de corte brasileira é mais um<br />

dos trunfos que diversos organismos políticos desejam manipular para obter<br />

resultados em proveito próprio.<br />

Evita-se por exemplo falar que o Brasil possui uma péssima taxa de<br />

desfrute bovino, o que eqüivale ao payback da produção de gado. A<br />

produtividade leiteira do país revela-se deficiente. sendo bastante inferior à<br />

dos outros membros do Mercosul.<br />

Pouco se comenta sobre as dificuldades financeiras dos criadores de<br />

suínos. No que se refere à piscicultura, o país possui uma enorme extensão de<br />

litoral e alguns dos maiores rios do mundo em extensão e volume d' água, mas<br />

a população faminta simplesmente não come peixes. Este é mais caro do que a<br />

came de frango e bovina.<br />

O Brasil já foi grande produtor e exportador de algodão, e hoje é um<br />

dos maiores importadores do produto. Da mesma forma as fábricas de<br />

2


chocolate brasileiras provavelmente realizarão, se já não o fazem, importações<br />

de cacau da África.<br />

Ao que parece, em 1996, o Brasil também vat importar café da<br />

Colômbia. As importações de coco seco, em um país tropical, são uma<br />

realidade. O Brasil é considerado o maior produtor de frutas do mundo, mas<br />

uma grande parcela da produção é perdida entre o campo e a cidade, por falta<br />

de tratamento pós-colheita.<br />

A cana de açúcar e o frango de corte são uma das poucas exceções de<br />

competitividade brasileira atualmente.<br />

A avicultura brasileira, e mundial, para continuar realizando os índices<br />

atuais de crescimento, deve ser acompanhada de um enorme esforço mundial<br />

na produção de grãos. Os estoques globais de arroz, trigo, milho e soja estão<br />

em níveis baixíssimos. A demanda avícola irá pressionar ainda mais a<br />

produção dos dois últimos. milho e soja.<br />

A alimentação da população brasileira, e mundial. é tratada como uma<br />

conseqüência natural do desenvolvimento econômico, e não como um objetivo<br />

a ser alcançado.<br />

O crescimento vegetativo da população mundial ultrapassa os 2%<br />

anuais. A renda per capita dos países subdesenvolvidos oscila entre 3 e 5% ao<br />

ano. O aumento conseqüente na demanda de alimentos é, portanto, de 4 a 6%<br />

ao ano, considerando uma elasticidade-renda de 0,6. Não existe uma dezena de<br />

3


países que tenham realizado crescimento agrícola de pelo menos 5% ao ano,<br />

nas últimas décadas I .<br />

Sempre que o Brasil atinge um novo recorde de produção de carne de<br />

frango há uma efusiva comemoração sobre essa atividade promissora e um<br />

mínimo de análise sobre o que esse fato representa. Na esperança de que a<br />

avicultura brasileira de corte não possua o destino comum das culturas de<br />

algodão e cacau no Brasil. todas duas culturas "promissoras" em seus tempos<br />

áureos. iniciar-se-á este trabalho.<br />

A falta de estudos acadêmicos na área de administração sobre um dos<br />

poucos setores que se destacam no agribusiness brasileiro e que faturou mais<br />

de US$ 5,0 bilhões em 1995, computado somente o valor da produção de<br />

frangos de corte, é uma realidade.<br />

Talvez mais crítico do que essa constatação, seja o fato de não existir<br />

uma base teórica que permita a divisão estruturada das atividades do setor. A<br />

falta dessa estruturação coloca atividades como alojamento de matrizes de<br />

corte, produção de grãos, o mercado de produtores de frangos vivos, e a<br />

exportação de cortes de frango para o Japão, por exemplo, juntos, mesclados<br />

dentro de um artigo, o que dificulta análises específicas.<br />

Um estudo exploratório sobre as atividades avícolas de corte justifica-<br />

se, portanto, não somente pela falta de estudos sobre um tema<br />

economicamente importante. mas também pela possibilidade de formular uma<br />

IProdução esbarra na tecnologia. Agroanalysis. Janeiro 1996. p.04<br />

"<br />

4


classificação das atividades que regem o setor e, em decorrência, analisar<br />

melhor as relações entre os produtores e os diversos mercados envolvidos na<br />

produção e distribuição de frangos de corte.<br />

3. OBJETIVOS<br />

Este estudo tem como objetivos:<br />

- definir possíveis mveis de verticalização. nas cadeias de produção e<br />

distribuição de frangos de corte, para as empresas produtoras de frangos de<br />

corte;<br />

- verificar as vantagens possíveis na adoção de mais um nível de verticalização<br />

avançado na cadeia de distribuição de frangos de corte, a operação de<br />

abatedouros, para as empresas do setor.<br />

4. PRESSUPOSTO BÁSICO<br />

A adoção de maior nível de operações verticalizadas pelas empresas<br />

produtoras de frangos de corte, principalmente através da constituição de<br />

abatedouros. oferece maiores vantagens competitivas às empresas do setor.<br />

5


5. <strong>DE</strong>SCRIÇÃO DOS CAPÍTULOS<br />

o capítulo um faz uma breve descrição sobre as estratégias de<br />

crescimento a serem adotadas pelas empresas, principalmente a integração<br />

vertical. Também e realizado um estudo sumário sobre os canais de<br />

distribuição.<br />

o capítulo dois aborda as cadeias de produção e distribuição de frangos<br />

de corte. A cadeia de produção de frangos de corte foi dividida em cadeia<br />

biológica e cadeia de nutrição de frangos de corte: e a cadeia de distribuição<br />

de frangos de corte foi dividida em cadela de distribuição de frangos de corte<br />

vivos e de frangos de corte abatidos.<br />

o capítulo três refere-se a uma pesqi.isa realizada com empresas<br />

produtoras de frangos de corte no estado de Pernambuco. uma região não-<br />

produtora de grãos. Nela se aborda os níveis atuais de verticalização de cada<br />

empresa, bem como a importância atribuída a mais um nível avançado de<br />

verticalização, a operação de abatedouros. Também foram pesquisados os<br />

canais utilizados na distribuição e a segmentação geográfica dos compradores.<br />

No capítulo final são abordadas as perspectivas para o setor avícola de<br />

1,<br />

corte no Brasil, com análise das tendências das diversas atividades avícolas a<br />

longo, médio e curto prazos.<br />

6


CAPÍTULO 1<br />

CONCEITOS PRELIMINARES E<br />

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA<br />

7


Este capuu,o aborda as possíveis estratégias de crescimento passíveis de<br />

adoção pelas empresas: crescimento nos atuais mercados com os produtos<br />

existentes: aumentar o número de produtos para os mercados atuais: aumentar<br />

os mercados para os produtos atuais; e a integração vertical, bem como a<br />

alternativa a esta última: a quasi-integração.<br />

A estratégia de diversificação não foi abordada. em função do objeto do<br />

presente trabalho estar centrado nas atividades avícolas de corte.<br />

O estudo dos canais de distribuição faz uma breve descrição sobre a<br />

política de formação estrutural de canais, a seleção de canais e a sua<br />

interrelação com o composto mercadológico da empresa. e as funções básicas<br />

dos intermediários. Como parte do público alvo deste trabalho é o<br />

empresariado avícola de corte, abriu-se um espaço para a demonstração da<br />

importância da centralização de trocas e da figura do intermediário.<br />

1.1. <strong>DE</strong>FINIÇÕES OPERACIONAIS<br />

Para fins deste estudo consideramos os termos mercadologia e<br />

markcting como similares.<br />

O termo verticalização neste trabalho abrange a integração vertical e a<br />

quasi-integração, Quando uma organização possuir, sob uma única<br />

propriedade. dois ou mais estágios de produção. ela opera em sistema de<br />

integração vertical; caso ela atue em suas operações de forma verticalizada<br />

8


sem ter a propriedade da outra empresa, ela é operadora de um sistema de<br />

quast-trüegracão.<br />

Neste estudo serào utilizados os termos canal de marketing, canal de<br />

comércio e canal de distribuição como similares".<br />

1.2. CONCEITO <strong>DE</strong> <strong>ESTRATÉGIA</strong> MERCADOLÓGICA<br />

A estratégia mercadológica consiste em encontrar os objetivos de<br />

marketing que melhor se adaptem aos objetivos da empresa. Os objetivos<br />

mercadológicos devem combinar todos os elementos do composto de<br />

marketing e configurá-los em diversos arranjos de acordo com as mudanças no<br />

ambiente empresarial.<br />

A estratégia mercadológica que uma empresa adota ao longo do<br />

tempo deve ter o máximo de flexibilidade para adaptar-se ás rápidas mudanças<br />

tecnológicas vivenciadas nos últimos anos.<br />

Dois dos maiores desafios experimentados nesta década sào:<br />

(1) selecionar os ativos potencialmente úteis para a empresa:<br />

(2) encontrar fontes externas que antes de solucionar as<br />

dificuldades da empresa, agreguem valor ao serviço prestado.<br />

CKotlcr. Philip .. -ulministracão de Morketing: análise. planejamento. tmplementação e controle.<br />

Tradução: Ailton Bonfim Brandão. ~' edição. S:<strong>10</strong> Paulo: Atlas. 1')')4. p. ~:'.t.<br />

9


Estes dois fatores acima são interrelacionados e complementares.<br />

A estratégia de marketing implica na elaboração de orçamentos anuais,<br />

ainda que simplificados. sendo elaborados tantos orçamentos quantos forem o<br />

número de anos previstos para a rnaximização dos objetivos propostos pela<br />

empresa.<br />

Um dos objetivos empresariais básicos é a sobrevivência. Em mercados<br />

de alta taxa de crescimento é natural que a sobrevivência implique na adoção<br />

de estratégias de crescimento.<br />

1.3. <strong>ESTRATÉGIA</strong>S <strong>DE</strong> CRESCIMENTO<br />

A tendência normal de uma empresa é buscar o crescimento. Quando há<br />

crescimento a empresa absorve mais trabalhadores, ocupa mais máquinas.<br />

realiza mais vendas. agrega mais valor aos produtos e serviços. proporciona<br />

mais lucros e aumenta os seus recursos.<br />

o crescimento eleva a coesão da equipe e determina um ritmo mais<br />

acelerado de resolução de problemas. Não bastasse isto. o aumento da escala<br />

. de operações é uma das condições de viabilidade em determinados mercados.<br />

Ao optar por uma estratégia de crescimento a empresa deve verificar de<br />

que produtos dispõe e em que mercados opera. Há quatro possibilidades<br />

básicas de atuação:<br />

<strong>10</strong>


(1) crescer nos atuais mercados com o portfôlio de produtos<br />

disponível:<br />

(2) aumentar o portfolio de produtos para o mercado atual:<br />

(3) aumentar o tamanho do mercado para o portfôlio de produtos<br />

disponível:<br />

(4) integrar verticalmente.<br />

1.3.1. CRESCIMENTO NOS ATUAIS MERCADOS COM O<br />

PORTFÔL/O <strong>DE</strong> PRODUTOS DISPONÍVEL<br />

o fato de uma empresa ter diversos anos de atuação num ramo de<br />

atividades lhe traz uma experiência enorme com o seu produto e uma<br />

familiaridade com o mercado por ela atingido. A curva de experiência é uma<br />

grande aliada da firma.<br />

O crescimento pode ser obtido de duas formas: elevando a taxa de uso<br />

do produto entre os consumidores atuais e elevando a participação de mercado.<br />

A primeira sempre que possível é mais desejável, pois evita as vicissitudes<br />

decorrentes da captura de vendas dos concorrentes.<br />

A taxa de uso do produto corresponde ao numero de unidades<br />

consumidas em determinado período. É útil fazer uma análise da taxa de uso<br />

em função da relação produto/usuário. Podemos estratificar dois grupos:<br />

grandes usuários e pequenos usuários. As questões-chave são: que fatores os<br />

11


levam aos níveis atuais de consumo: e sob que condições ficariam aptos e<br />

dispostos a elevar suas respectivas taxas de uso<br />

Segundo Aaker', há duas fonnas de crescimento nos mercados atuais da<br />

empresa sem alterar o seu portfálio de produtos: elevando a taxa de uso do<br />

produto e aumentando a participação de mercado.<br />

A taxa de uso do produto pode ser elevada através de:<br />

(a) descoberta de novas modalidades de consumo para os<br />

usuários do produ/o: um produto muitas vezes é associado a uma<br />

característica particular de uso, podendo entretanto ser usado para<br />

outros fins. Algumas ferramentas estào à disposição da empresa<br />

para que ela encontre novos usos para os seus produtos: a<br />

pesquisa de mercado é uma delas; e procurar novos usos dados<br />

aos produtos dos concorrentes. outra opção possível.<br />

(b) aumentar a freqüência de uso: os caminhos mais procurados<br />

para aumentar a freqüência de uso de um produto consistem em:<br />

tornar mais conveniente o uso do produto no seu local de<br />

consumo; estimular através de propagandas e promoções a<br />

lembrança do uso do produto: reestimular uma posição de<br />

'Aakcr. David A.. Strategic Xlarket Management, -lth, cdition. Ncw York: John Wilev & Sons. Ine ..<br />

1995. p. 239.<br />

12


consumo cada vez mars freqüente do produto incitando uma<br />

regularidade no uso; e reduzir ou eliminar barreiras de uso, ainda<br />

que com alguma eventual mudança no produto.<br />

(c) aumentar a quantidade usada em cada aplicação: o aumento<br />

da quantidade usada em cada ocasião de consumo pode ser obtido<br />

pelos mesmos meios do aumento da freqüência. Também pode se<br />

procurar alterar o padrão de consumo através de maiores volumes<br />

nas embalagens: e ceder benefícios ou vantagens financeiras aos<br />

usuários na compra de um maior número de unidades.<br />

o aumento na participação de mercado pode ser alcançado através de<br />

alterações no composto mercadológico. Isto implicará provavelmente em<br />

maiores custos e no risco de acirrar o grau de concorrência direta. O aumento<br />

na participação de mercado só deve ser procurado quando conduzir a uma<br />

vantagem competitiva sustentável. Muitas vezes a empresa consegue uma<br />

parcela maior do mercado às custas de perda de rentabilidade, por exemplo, o<br />

que não é interessante.<br />

l3


1.3.2. AUMENTO DO PORTFÓLIO <strong>DE</strong> PRODUTOS PARA O<br />

MERCADO ATUAL<br />

Há quatro linhas básicas de ação para desenvolver produtos em um<br />

mercado já conhecido:<br />

(a) introduzir um novo ciclo de vida ao produto: a introdução de<br />

um novo ciclo de vida é importante para revitalizar um produto<br />

que está se tomando obsoleto ou quando existe a possibilidade de<br />

uma nova tecnologia ser aplicada ao produto.<br />

(b) adicionar elementos extra ao produto: a adição de novas<br />

características ao produto procura passar ao consumidor a idéia<br />

de um plus. ou seja, algo a mais ofertado no produto. A vantagem<br />

para a empresa reside no fato de ela aproveitar suas atuais<br />

estruturas de produção, administração e marketing. As<br />

desvantagens estão na alocação inevitável de recursos destinados<br />

à nova característica e por ser uma oportunidade de crescimento<br />

que inevitavelmente atrairá a concorrência.<br />

(c) expandir a linha de produtos: a expansão da linha de<br />

produtos e viável na medida em que a empresa pode utilizar<br />

14


eficientemente seus ativos e habilidades nos novos produtos;<br />

quando ela tem os recursos necessários para proceder à pesquisa<br />

e desenvolvimento do produto: quando as estruturas de produção<br />

e marketing estão aptas ao aumento da linha de produtos; quando<br />

os consumidores se beneficiam de uma linha de produtos ampla;<br />

e quando a extensão da linha de produtos é compatível com a<br />

marca da empresa.<br />

(d) utilizar lima marca conhecida para introduzir novos<br />

produtos: lima marca possui um valor intrínseco, de difícil<br />

mensuração. Fora ó produto ou a linha de produtos associada à<br />

marca, a empresa pode incorporar outra categoria de produtos,<br />

realizando uma extensão de sua marca. Com isso ela procura<br />

adquirir sinergias. A chave para o sucesso, como nos itens<br />

anteriores. é conseguir eficiência operacional. Um ponto que deve<br />

ser analisado criteriosamente é se a associação de imagem da<br />

marca com a nova categoria de produtos será bem aceita pelo<br />

consumidor.<br />

15


1.3.3. AUMENTO DO MERCADO PARA O PORTFÓLIO <strong>DE</strong><br />

PRODUTOS DISPONíVEL<br />

Apresenta-se como uma opção atrativa. pois aproveita a tecnologia e o<br />

conhecimento do portfolio atual da empresa, muitas vezes mantendo as<br />

operações na mesma fábrica, através de canais de distribuição conhecidos. Os<br />

investimentos realizados para o aumento de escala de operações podem<br />

conduzir à redução de custos unitários de produção e distribuição, o que<br />

configuraria uma vantagem competitiva sustentável.<br />

empresa:<br />

Há duas opções para expandir o mercado do leque de produtos da<br />

(a) aumentar a área de alcance geográfico dos produtos:<br />

significa expandir a atuação da empresa no âmbito estadual,<br />

regional, nacional e internacional.<br />

(h) aumentar as Fendas nos segmentos potenciais: consiste em<br />

localizar o maior número possível de segmentos imagináveis e<br />

identificar em quais destes é possível incorporar maior aceitação<br />

pelo consumidor.<br />

16


1.3.4. INTEGRAÇÃO VERTICAL<br />

Integração vertical é a comhinação. sob uma única posse. de<br />

dois 011 mais estágios de produção ou distribuição (ou ambos)<br />

que são usualmente separados . .J<br />

A integração vertical é o conjunto tecnologicamente diferenciado de<br />

produção, distribuição, vendas e/ou outros processos econômicos, dentro dos<br />

limites de uma única empresa. Como tal, representa uma decisão, que ela<br />

toma, de fazer uso de transações internas ou administrativas. ao invés de<br />

transações no mercado. visando a atingir propósitos econôrnicos.?<br />

A determinação do nível ótimo de integração vertical da firma depende<br />

do setor em que ela está inserida, e do seu posicionamento estratégico no setor.<br />

Uma lista dos possíveis beneficios da empresa integrada verticalmente foi<br />

obtida de informações fornecidas por executivos e de artigos publicados sobre<br />

(1) margens de lucro adicionais;<br />

(2) despesas de marketing reduzidas;<br />

·'Suzzcll. Robert D. Is vertical integration profitablc? IIarvard Business Review. Jan. - Fcb. 1983. p.<br />

92-<strong>10</strong>2.<br />

'Richers. Rairnar: Ferreira. Janc. "Competitive Strategy' de .II. Porter: um resumo. São Paulo:<br />

RR&CA. 1995. p. 65.<br />

IiColc. Robert. Vertical Integration In Marketing in Mallen. Bruce (org.). lhe Marketing Channel: a<br />

Conccptual Viewpoint . Ncw York: John Wilcy & Sons. 1967. p. 156.<br />

17


(3) estabilidade de operações;<br />

(4) certeza de materiais e de fornecimentos;<br />

(5) melhor controle da distribuição do produto:<br />

(6) realização de ambições pessoais;<br />

(7) controle de qualidade dos produtos;<br />

(8) revisão imediata das políticas de produção e distribuição:<br />

(9) melhor controle de estoque;<br />

(<strong>10</strong>) possibilidade de utilizar marcas e tirar proveitos das<br />

vantagens decorrentes:<br />

( 11) oportunidade para aumentar fluxo de informações:<br />

( 12) maior poder de compra;<br />

(13) possibilidade de manter pessoal melhor treinado.<br />

Além dos treze itens identificados por Cole, pode-se acrescentar outros<br />

quatro beneficios estratégicos da integração vertical estudados por Porter:<br />

(14) economias de operações casadas, juntando-se eficientemente<br />

operações tecnologicamente diferentes;<br />

( 15) Capacidade de diferenciação da empresa em relação aos<br />

concorrentes pode ser aumentada;<br />

( 16) as barreiras de entrada e mobilidade tornam-se elevadas;<br />

Richcrs. "( 'ompctttive ... p. 6(,-7<br />

18


(17) mesmo que não haja benefícios, a integração vertical pode<br />

ser necessária como defesa contra impedimentos impostos por<br />

fornecedores.<br />

Segundo Aaker", a integração vertical pode ser vantajosa nos seguintes<br />

casos, arrolados a seguir como benefícios:<br />

(18) quando não existe fornecedor para o produto:<br />

(19) quando não existe pontos de varejo para o produto; O<br />

(20) quando o comprador ou vendedor detém o nome da marca:<br />

(21) quando o comprador ou vendedor possui uma participação<br />

muito grande no fluxo de negócios;<br />

(22) quando o comprador ou vendedor tem um forte poder sobre a<br />

tecnologia utilizada:<br />

(23) quando o comprador ou vendedor tem um grande<br />

conhecimento das operações da empresa a ponto de tomar-se<br />

essencial para o seu funcionamento.<br />

Uma lista dos possíveis custos da integração vertical pôde ser elaborada<br />

por Cole'>, a partir de informações obtidas junto a executivos e artigos<br />

especializados. Ela incluía os seguintes itens:<br />

"Aakcr. Strategic ... p. 25].<br />

19


(1) limitações administrativas;<br />

(2) inflexibilidade de operações;<br />

(3) incapacidade de algumas firmas marginais operarem<br />

rentavelmente em condições de integração vertical:<br />

(4) restrições sobre a variedade de produtos;<br />

(5) disparidade entre estágios de operação;<br />

(6) dificuldade de tentar novos campos de ação:<br />

(7) posse de crescentes estoques:<br />

(8) opinião pública e ação governamental:<br />

(9) disparidade aumentada em margens e "líderes":<br />

(lO) falta de especialização.<br />

Segundo Porter'" alguns dos principais custos estratégicos da integração<br />

vertical podem ser acrescidos à lista de Cole:<br />

(11) custos de ultrapassar barreiras de mobilidade;<br />

(12) aumento da alavancagem operacional;<br />

( 13) flexibilidade para troca de sócios se reduz;<br />

(14) barreiras de saída ficam mais elevadas;<br />

9Colc. I ética/ ... p. 157.<br />

"Richcrs. "Competitive .. p. 67-S.<br />

20


(15) necessidades de investimento de capital;<br />

(16) impedimento de acesso a fornecedor ou pesquisa e know-how<br />

de cliente;<br />

(17) manutenção do equilíbrio entre os extremos da integração é<br />

muito importante para evitar o surgimento de problemas;<br />

(18) perda de incentivos externos;<br />

( 19) necessidades diferenciadas de pessoal de gerência.<br />

Aaker ' coloca alguns dos possíveis custos da integração vertical:<br />

(20) não há garantias de que os custos associados das duas<br />

atividades não excederão os custos de transação entre duas<br />

firmas;<br />

(21) é improvável que as duas operações trabalhem nas<br />

respectivas capacidades ótimas. o que elevará os custos da que<br />

estiver com capacidade em excesso;<br />

(22) sem a disciplina da concorrência de preços externos, pode<br />

haver desincentivos para o controle de custos, pois o fluxo de<br />

transação já está garantido;<br />

(23) usualmente um preço de transferência simulando um preço<br />

de mercado é utilizado intra-organização, sendo este preço de<br />

II Aakcr. Strategic ... p, 255-(,.<br />

21


transferência sujeito a informações falsas . ou pressões<br />

organizacionais, o que tomaria uma unidade mais lucrativa e a<br />

outra mais deficitária do que na realidade o são;<br />

(24) a administração de negócios diferentes;<br />

(25) dependência aumentada do ramo de atuação:<br />

(26) flexibilidade ambiental reduzida.<br />

Foram abordados os principais beneficios e custos da integração<br />

vertical de forma generica, mas é importante distinguir que características<br />

influenciam mais a integração vertical para a frente e a integração vertical para<br />

trás 12. As características estratégicas específicas na integração para a frente<br />

são:<br />

- melhoria na capacidade de diferenciar o produto;<br />

- acesso aos canais de distribuição: melhor acesso à informação de mercado:<br />

- obtenção de preços mais elevados pode ocorrer com a venda a diferentes<br />

clientes de um produto que seja essencialmente o mesmo.<br />

Na integração vertical para trás é possível distinguir':':<br />

IZRichcrs. "Competitive ... p. 68-'.1.<br />

IIRichcrs ... ( 'ompetitive .. p. 6'.1.<br />

22


- direitos de propriedade de conhecimento poderão ser retidos com a empresa<br />

se ela fabricar partes essenciais, não tendo que dividi-los com seus<br />

fornecedores:<br />

- diferenciação pode ser conseguida através de controle sobre matérias-primas<br />

básicas.<br />

É muito comum os executivos exagerarem as possibilidades efetivas da<br />

integração vertical na melhoria da condução dos negócios da empresa.<br />

Segundo Porter. algumas das crenças mais comuns SãO I4 :<br />

- uma forte posição de mercado em um estágio pode automaticamente ser<br />

transferida a outro:<br />

- é sempre mais barato fazer as coisas internamente;<br />

- é sempre lógico integrar verticalmente estando num negócio competitivo;<br />

- a integração vertical pode salvar um negócio estrategicamente doente;<br />

- a experiência da unidade pioneira qualifica automaticamente o pessoal da<br />

gerência a dirigir uma unidade anterior ou posterior na cadeia vertical.<br />

Através de algumas análises baseadas em informações do programa de<br />

pesquisa PIMS tProfit lmpact ofMarket Strategtesí; contendo dados de I. 742<br />

unidades de negócios. Robert D. Buzzell, Harvard Business School,<br />

1.1Richcrs. "Competiuve ... p. 70.<br />

23


selecionou 1.649 unidades de negócios nas áreas de manufatura e<br />

processamento. Eles se referem a produtos de consumo, componentes e<br />

produtos industriais, matérias-primas e produtos semi-acabados. As<br />

informações dizem respeito a períodos de quatro anos consecutivos durante a<br />

década de 70. Somente os blocos dos quatro anos mais recentes foram<br />

utilizados.<br />

É importante explicitar o termo unidade de negócios. Cada unidade de<br />

negócios é uma subdivisão da empresa. geralmente uma divisão de produtos<br />

ou uma linha de produtos que se distingue dos outros setores da companhia,<br />

pelos compradores que ela atende, pelos competidores que enfrenta e pelos<br />

recursos que emprega 15.<br />

I 'Buzzcll. 15 vertical ... p. ')~<br />

24


Figura 1 - Integração vertical e rentabilidade<br />

Integração Lucro líquido Investimento Lucro líquido Número de<br />

vertical medida como como como unidades de<br />

pelo valor percentagem de percentagem de percentagem de negócios<br />

adicionado vendas vendas investimento analisados no<br />

como PIMS<br />

percentagem de<br />

vendas<br />

Abaixo de 40% 8% 38% 26% 267<br />

40-50% 8 45 22 341<br />

50-60% 9 54 20 389<br />

60-70% <strong>10</strong> 56 22 338<br />

Acima de 70% 12 65 24 314<br />

Fonte: Adaptado de Buzzell. Robert D. ls vertical integration profitable?<br />

Harvard Business Review. Jan. - Feb. 1983. p. 97<br />

A figura I determina o impacto na rentabilidade em função do grau de<br />

integração vertical. Verifica-se que ocorreu um aumento no lucro líquido como<br />

percentual de vendas, decorrente da maior integração vertical; entretanto não<br />

ocorreu um acréscimo do lucro líquido como percentual do investimento<br />

realizado IÓ.<br />

IA Aakcr .. Strategic ... p. 257.<br />

25


40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

<strong>10</strong><br />

5<br />

Figura 2 - Gráfico do Lucro Líquido como Percentagem<br />

de Investimento em Sistema de Integração vertical<br />

O+-----~------~----~------~----~<br />

< 40 40-50 50-60 60-70 >70<br />

-+- Lucro líquido como<br />

percentagem de<br />

investimento<br />

A figura 2 coloca em gráfico o que foi exposto no parágrafo anterior.<br />

Ela revela o curioso conceito de que os negócios mais lucrativos estão nos<br />

extremos do spectrum da integração vertical. Por isso os fabricantes devem se<br />

precaver em adotar verticalizações parciais. A empresa que prefere comprar a<br />

fabricar, tende a minimizar investimentos, buscar preços baixos, e ter o<br />

máximo de flexibilidade. A firma com grande participação de ativos integrados<br />

irá maximizar os benefícios da integração vertical'".<br />

Análises de outros autores confirmaram os dados da figura 1 para<br />

produtores de bens de consumo e bens industriais, mas mostraram que para<br />

fabricantes de matérias-primas e de produtos semi-acabados, o retomo sobre o<br />

investimento declinou consistentemente à medida que o valor agregado como<br />

percentagem de vendas subiu".<br />

l-Idem.<br />

I"Buzzcll. Is vertical ... p. %.<br />

26


Quando a empresa pode intensificar a integração vertical sem ter que se<br />

submeter a investimentos de capital proporcionalmente maiores, as<br />

perspectivas são melhores.<br />

As empresas maiores têm melhores possibilidades de utilizar a<br />

integração vertical do que seus concorrentes menores, porque podem operar<br />

melhor em escalas eficientes a cada estágio da atividade")<br />

Um outro item que merece atenção. pois diz respeito ao passado recente<br />

do Brasil. é que entre as empresas que trabalharam com inflação nos seus<br />

custos de materiais o retomo sobre o investimento que elas alcançaram foi<br />

maior quando o nível de integração vertical era baixo. e menor quando o grau<br />

de integração vertical era alto"'.<br />

Quanto à política de inovação de produto, em mercados maduros e em<br />

crescimento, as maiores taxas de introdução de produtos novos apareceram nas<br />

empresas mais integradas verticalmente. Isto talvez se explique pelo fato de a<br />

própria necessidade de inovação ter levado a empresa a uma estratégia de<br />

integração vertical. visto se tratar de um produto bastante explorado, e do<br />

crescimento do mercado.<br />

"Tdcm.<br />

2


1.3.5. QU4SI-INTEGRAÇAO<br />

Antes de finalizar o tópico, convém localizar as diversas possibilidades<br />

alternativas à integração vertical, englobadas sob a designaçào de quasi-<br />

integração:<br />

- contratos de longo prazo entre empresas independentes;<br />

- contratos de curto prazo:<br />

-joint vcntures:<br />

- investimento com minoria acionária;<br />

- propriedade de ativos;<br />

- acordos exclusivos;<br />

- empréstimos:<br />

- créditos de compras;<br />

- alianças estratégicas:<br />

- p & O cooperativo:<br />

- licenças de tecnologias:<br />

- instalações logísticas especializadas; e<br />

- franchising'" .<br />

:1Aakcr. Strateg:« ... p. 256 c Richcrs. "( 'ompetitive .. p. 6')-70.<br />

28


Quando se cogita em integrar verticalmente as operações de uma<br />

empresa, pode-se delinear um roteiro com três linhas de pensamento, nesta<br />

ordem:<br />

( I) analisar alternativas possíveis à integração vertical;<br />

(2) selecionar opções de integração vertical com seus diversos<br />

níveis possíveis de investimentos em função de escalas eficientes<br />

de operação:<br />

(3) evitar posições intermediárias na figura 1.<br />

1.4. CANAIS <strong>DE</strong> DISTRIBUiÇÃO<br />

Os canais de marketing são:<br />

... todos os fluxos que se estendem do produtor ao usuário. Estes<br />

incluem os fluxos de posse física, propriedade. promoção.<br />

negociação, financiamento, risco. pedido. e pagamento:', "<br />

Segundo Breyer. um canal de comércio é formado quando ocorrem<br />

relações comerctats que (ornam possível a passagem de título e/ou posse<br />

22Mallen. lhe Marketing Channel.: p. 124 (Referência a Ronald S. Vaile: E.T. Grether: Reavis Coxo<br />

NcwYork: RonaldPress. 1


(geralmente os dois) de hem do produtor ao último consumidor, sendo<br />

transacionadas pelos estabelecimentos de comércio que compõem o sistema",<br />

Para Kotler, os canais de marketing podem ser vis/os como um<br />

conjunto de organizações independentes envolvidas no processo de tornar o<br />

produ/o ou serviço disponível para uso ou consumo": Esse processo engloba<br />

várias funções-chave: informações; promoção; negociação: pedido;<br />

financiamento; risco; posse física; pagamento e propriedade.".<br />

Um nível de canal é determinado pelo trabalho realizado por cada<br />

intermediário para mover o produto do fabricante ao usuário final. Todos que<br />

realizam ao menos uma etapa do processo, inclusive o fabricante e o usuário,<br />

constituem níveis de canal. Com o aumento do número de níveis do canal<br />

aumenta a dificuldade do produtor de obter informações sobre os usuários<br />

finais. O processo de seleção de canais é uma das decisões mais difíceis em<br />

marketing. O produtor deve escolher quantos níveis vai interpor entre ele e o<br />

consumidor final, em que níveis ele vai assumir as funções de marketing e em<br />

que níveis vai selecionar organizações independentes para representá-lo. Por<br />

isso a análise mercadológica dos canais deve começar identificando os' custos<br />

relacionados à criação de utilidade de posse, de lugar e de ternpo".<br />

23 Brcycr. Ralph. Some Obscrvations On "Structural" Formation And Thc Growth or Marketing<br />

Channcls in.Mallcn, The Marketing Channel ... p. 22.<br />

:4Kotlcr .. +dministracão de Marketing ... p. 454.<br />

2sldem. p. 455.<br />

:r,Aldcrson. \Vroc. Factors Govcrning Thc Dcvclopment or Markcting Channcls in Mallcn. File<br />

Markcting i 'hannet. p. 1,7.<br />

30


A utilidade de posse está intrinsecamente ligada à figura do<br />

intermediário. Consideremos cinco produtores (A, B, C O e E), produzindo<br />

cada um somente um artigo, realizando trocas entre si. Para ganhar eficiência,<br />

cada um deles. ao se relacionar com o outro, já realiza a duplicação do<br />

transporte, ou seja, o produtor "A" segue com seu produto e retoma com o do<br />

produtor "8", reduzindo o número de trocas total do sistema. Serão<br />

necessárias dez operações para todos intercambiarem seus produtos: quatro<br />

operações. de A para B. C O e E; três operações. de 8 para C O e E: duas<br />

operações. de C para O e E: e uma operação. de O para E. A fórmula para<br />

expresssar o número "T" de transações em um mercado descentralizado é:<br />

T=n(n-l)/2<br />

onde "n' é o número de produtores, com a produção de somente um artigo<br />

cada.<br />

Concebe-se agora a figura de um intermediário que detenha a posse das<br />

mercadorias. Admita-se que ele possui um estoque com margem de segurança<br />

para não deixar faltar produtos. Desta forma o produtor .,A", ao entregar sua<br />

produção ao intermediário, já leva de volta os produtos de "B", "C", "O" e<br />

"E"; da mesma forma o produtor "8" ao entregar suas unidades, já retoma com<br />

os produtos de "A", "C", "O" e "E"; o mesmo acontecendo com os produtores<br />

"O" e "E". Serão necessárias. neste caso. somente cinco operações para<br />

intercambiar todos os produtos. O número de transações "T" é igual ao<br />

número de produtores "n",<br />

31


Imagine-se um mercado com somente <strong>10</strong>0 produtores (n = <strong>10</strong>0), um<br />

número absolutamente pequeno. Em um mercado de trocas descentralizado<br />

haverá 4950 transações [T = n (n - 1) / 21, enquanto em um mercado<br />

centralizado com um intermediário ocorrerào somente <strong>10</strong>0 transações (T = n],<br />

Neste exemplo básico verifica-se que fabricantes com uma produção<br />

especializada, utilizando um intermediário com distribuição exclusiva, podem<br />

obter vantagens competitivas. A economia moderna, entretanto, é bem mais<br />

complexa e o mercado envolve muitos fatores intervenientes.<br />

A utilidade de lugar e de tempo está relacionada à distância existente<br />

entre o comprador e o vendedor. Para que haja qualquer negociação, um deles<br />

deve realizar despesas de comunicação. transporte e hospedagem, para<br />

contatar o outro. Por essas dificuldades, o número de intermediários tende a<br />

crescer com a maror distância geográfica. Deve-se inclusive aprofundar o<br />

conceito de distància: não somente a amplitude geográfica, mas a qualidade<br />

dos meios de transporte, a qualidade da comunicação. a incidência de impostos<br />

e a facilidade de créditos. Neste sentido a fixação de uma marca para os<br />

produtos da empresa pode diminuir a distância representada por uma série de<br />

especificações do produto.<br />

O produtor deve confrontar o custo de realizar as funções-chave, ele<br />

próprio versus as utilidades de posse, lugar e tempo que poderiam ser ganhas<br />

com o uso de intermediários. Quanto mais funções o fabricante executar,<br />

maiores os seus custos. Se ele decidir utilizar intermediários, a margem de<br />

32


lucro acrescentada pelos mesmos deve ser menor do que a econonua de<br />

operações da empresa, para um mesmo nível de eficiência'".<br />

Os principais intermediários atuantes em um canal de comércio são os<br />

atacadistas e varejistas. Segundo a American Marketing Association, ()<br />

atacadista é uma unidade de negócio que compra e revende mercadorias para<br />

varejistas e outros distribuidores e/ou para consumidores industriais,<br />

institucionais, mas que não vendem a consumidores finais'". No Brasil é<br />

freqüente os atacadistas também realizarem vendas para consumidores finais.<br />

Varejista. segundo a American Marketing Association, é uma unidade<br />

de negócio que compra mercadorias de fabricantes. atacadistas e outros<br />

distribuidores e vende diretamente a consumidores finais e, eventualmente, a<br />

outros consumi 'd. ores 29.<br />

A política de formação estrutural de canais de distribuição decorre<br />

principalmente dos recursos financeiros da empresa. Qualquer alteração na<br />

constituição dos membros do canal resulta:<br />

( 1) no investimento de quantias substanciais para executar as<br />

novas atividades; ou<br />

(2) na possível perda financeira resultante da liquidação de ativos<br />

e de operações.<br />

:~Kollcr.. ulministração de Marketing' ... p. 455<br />

:RCobra. Marcos .. uiministração de Marketing . São Paulo: Atlas. 1990. p. .t9.t.<br />

:~Cobra.. ldminislraçiio de Xlarketmg ... p. 504.<br />

33


Pelos motivos acima, geralmente há pouca flexibilidade em relação a<br />

alterações nos membros do canal''".<br />

Cada vez que um intermediário novo entra na estrutura de distribuição,<br />

um ou mais canais são fonnados. Da mesma forma cada produto novo<br />

introduzido cria um novo canal e cada produto retirado de circulação desfaz<br />

outro canal. Cada estrutura de distribuição possui tantos canais quantos forem<br />

os produtos por ela distribuídos. A justificativa para tal linha de raciocínio<br />

fundamenta-se nas seguintes constatações:<br />

- cada produto, ainda que existam produtos similares pertencentes a uma<br />

mesma linha, possui diferentes características mercadológicas;<br />

- cada produto é vendido individualmente para os consumidores;<br />

- cada produto é identificado individualmente por marcas ou logomarcas.<br />

Todos os dias com a introdução de novos produtos e novos membros na<br />

estrutura de distribuição. o número de canais se multiplica a uma taxa muito<br />

maior do que a do número de empresas ou produtos.<br />

Uma das maneiras de se avaliar o crescimento do canal individual é<br />

mensurar o número de unidades fisicas distribuídas por ele em um período de<br />

"Brcvcr in.Mallcn, The Marketing ( 'hannel. .. p. 23.<br />

34


tempo. Medidas baseadas em critérios financeiros não são muito adequadas,<br />

pois o sistema de preços está sujeito a variações ao longo do ternpo" .<br />

A formação de um grupo de canais OCOITequando há distribuição de<br />

produtos em posse de um membro de um canal individual (por exemplo: um<br />

atacadista) para um membro de outro canal individual (por exemplo: um<br />

varejista ou mesmo um atacadista de menor porte). O interesse maior de um<br />

fabricante está no estabelecimento da rede de canais de distribuição dos seus<br />

produtos. de maneira a explorar ao máximo os mercados potenciais e assegurar<br />

a rnaxirnização de lucros no longo prazo. O problema é que sempre ocorrem<br />

inovações de produtos e alterações geográficas nos padrões de demanda de<br />

quase todos os produtos. entre outras mudanças. Com isso a composição de<br />

canais do grupo deve ser alterada constantemente.<br />

Muitas vezes o produtor na ânsia de fazer uma distribuição ampla, não<br />

assume a condição de capitão de canal, fazendo uso indiscriminado de todos<br />

os canais possíveis. Agindo assim a configuração do grupo de canais<br />

apresentar-se-á altamente instável, sujeita a condições de mercado e táticas de<br />

concorrentes. Nos mercados de commodities agrícolas e animais é muito<br />

freqüente a ocorrência de distribuição intensiva instável.<br />

No caso de produtores com marcas bem posicionadas e promovidas a<br />

formação do grupo de canais é geralmente um processo bem pensado e<br />

3\ Idem. p. 2 ..L<br />

35


cuidadosamente planejado, onde a ênfase está na escolha dos membros dos<br />

canais, e tende a se utilizar de distribuição exclusiva ou seletiva.<br />

Para se realizar uma avaliação do crescimento do grupo de canais não é<br />

muito interessante mensurar as unidades físicas, como é feito no canal<br />

individuaL pois é comum a comercialização de diferentes produtos em cada<br />

canal. Uma solução seria a mensuração de crescimento através da análise de<br />

subgrupos de canais, baseada no tipo de canal. natureza do produto e area<br />

geográfica'".<br />

A política de seleção de canais está diretamente relacionada ao<br />

composto de marketing da organização":<br />

'2Idem. p. 25.<br />

(l) produto: a distribuição depende dos atributos do produto,<br />

como seu valor intrínseco, sua diversidade de usos, a necessidade<br />

de ajustes aos consumidores, volume e perecibilidade.<br />

Em geral produtos de baixo valor unitário usam<br />

distribuição indireta. No caso de Commodities perecíveis, estas<br />

devem seguir no canal o mais rápido possíveL quando não se<br />

dispuser de intermediário que possa colocar o produto<br />

rapidamente no ponto de venda, a empresa deverá usar a<br />

distribuição direta.<br />

']Mallcn, lhe Marketing Channel. . p. Im.<br />

36


Quanto maior o número de produtos similares, vendidos<br />

no mesmo ponto de venda, menor as despesas fixas de venda caso<br />

a empresa adote a distribuição direta.<br />

da empresa.<br />

A embalagem deve se adequar ao sistema de distribuição<br />

A seleção do canal depende do ciclo de vida do produto:<br />

muitas vezes um produto para ser introduzido e aceito no<br />

mercado necessita distribuição direta para lojas de varejo<br />

especializadas. podendo-se depois maximizar a sua distribuição.<br />

(2) preço: as margens podem ser controladas através de descontos<br />

e de controle de preços de revenda. Muitos fatores afetam as<br />

margens dos intermediários como: grau de concorrência, custo<br />

operacional, mark-up, poder de barganha e poder de controlar o<br />

preço de revenda.<br />

Os métodos de controle de preços incluem distribuição<br />

direta em todos os níveis, vendas em consignação. escolher<br />

intermediários sem ou com pouco poder, preços de revenda<br />

estampados no produto quando possível e conceder somente<br />

pequenos descontos.<br />

37


Em suma, o número de canais, o poder dos intermediários<br />

e o grau de distribuição direta interagem profundamente com a<br />

formação de preços ao consumidor.<br />

(3) promoção: a promoção e a seleção de canais são<br />

interrelacionadas. Quanto mais utilizada a distribuição direta e a<br />

venda pessoal, menor o esforço de promoções de vendas e<br />

propaganda. com uma pequena parcela destas duas últimas<br />

dirigida aos atacadistas.<br />

Inversamente, o uso da distribuição indireta pressupõe<br />

menos venda pessoal, e mais propaganda e promoções de vendas,<br />

com aumento da fatia promocional destinada aos atacadistas.<br />

(4) distribuição fisica: o composto de distribuição engloba a<br />

distribuição física e a seleção do canal de distribuição.<br />

O intermediário pode ser um agente que atenda os<br />

varejistas, enquanto a empresa garante os níveis de estoque. ou<br />

um atacadista que se responsabilize pelas duas tarefas.<br />

O desenvolvimento tecnológico na área de transportes e de<br />

manuseio de materiais possibilita a uma empresa aprofundar seus<br />

mercados, o que pode alterar as participações relativas da<br />

distribuição direta e indireta no composto de distribuição.<br />

38


A localização das fábricas e dos depósitos próximos dos<br />

mercados pode viabilizar uma maior participação da distribuição<br />

direta.<br />

39


CAPÍTULO 2<br />

AS CA<strong>DE</strong>IAS <strong>DE</strong> PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO<br />

<strong>DE</strong> FRANGOS <strong>DE</strong> CORTE<br />

40


As cadeias de produção e distribuição de frangos de corte apresentam-<br />

se como interdependentes, porém com características próprias. Serão assim<br />

analisadas individualmente.<br />

A cadeia de produção. para fins deste trabalho. será dividida em duas<br />

cadeias: a biológica, em que temos a seleção genética e o ciclo de evolução de<br />

frangos de corte; e a de nutrição, em que a se estuda a ração dos frangos de<br />

corte e os seus principais componentes, o milho e a soja.<br />

A cadeia de distribuição também será dividida. para fins deste estudo,<br />

em duas cadeias: a de frangos vivos, em que se analisa a distribuição das aves<br />

das granjas de engorda até as unidades de recepção do produto vivo, o que<br />

inclui os abatedouros; e a de frangos abatidos, em que se estuda a distribuição<br />

das aves dos abatedouros até as unidades de recepção do produto abatido.<br />

2.1. <strong>DE</strong>FINIÇÕES OPERACIONAIS<br />

Para fins deste trabalho o termo cadeia é utilizado para definir uma<br />

estrutura composta de vários níveis, onde cada nível representa uma etapa de<br />

processamento ou transferência de produtos, realizada pelo produtor ou por<br />

uma fonte quasi-integrada. em direção ao consumidor final.<br />

41


A expressão produtor de frangos ou simplesmente produtor representa<br />

a empresa que realiza a maioria ou a totalidade dos investimentos na atividade<br />

de produção das aves.<br />

O termo criador de frangos ou simplesmente criador representa o<br />

proprietário da granja, que exerce a atividade de confinamento ou engorda das<br />

aves. Se o criador é autônomo, ou seja, se ele desempenha a maioria ou a<br />

totalidade dos investimentos por sua conta e risco, ele também recebe o título<br />

de produtor.<br />

O sistema mais difundido de criação de frangos no Brasil é a integração<br />

avícola ou simplesmente integração, em que o criador atua como uma fonte<br />

de terceirização para o produtor, na etapa de engorda das aves. Para evitar<br />

possíveis confusões com o termo integração vertical, neste trabalho será usado<br />

a expressão parceria avícola ou simplesmente parceria em substituição à<br />

integração avícola.<br />

Os termos abatedouro e frigorifico são utilizados como sinônimos.<br />

Normalmente dá-se preferência a utilizar o termo abatedouro quando se<br />

descreve os aspectos relacionados ao processamento de frangos. e o uso do<br />

termo frigoriftco está mais relacionado com a comercialização de frangos<br />

resfriados e congelados.<br />

A expressão aba/ido na hora serve para designar o frango abatido<br />

artesanalmente em lojas varejistas de frangos vivos, situadas geralmente na<br />

periferia de grandes e médias cidades, e em pequenas cidades do interior.<br />

42


Salvo algum engano a expressão abatido na hora sempre aparecerá em itálico<br />

para facilitar a compreensão do leitor.<br />

2.2. CA<strong>DE</strong>IA BIOLÓGICA <strong>DE</strong> FRANGOS <strong>DE</strong> CORTE<br />

Escolheu-se a cadeia biológica de frangos de corte para abrir este<br />

trabalho. no intuito de familiarizar o leitor leigo em avicultura de corte com as<br />

atividades do setor.<br />

A cadeia biológica de frangos de corte possui quatro participantes: a<br />

granja avozeira. a granja de matrizes. o incubatório e a granja de engorda de<br />

pintos.<br />

o termo biologico é aplicado a esta cadeia em função dela lidar com os<br />

diversos estágios de formação de seres vivos - os frangos de corte. A escolha<br />

da linhagem genética das galinhas matrizes. que é transmitida<br />

hereditariamente aos ovos fertilizados, e destes aos pintos, proporcionará aos<br />

futuros frangos de corte um padrão estabelecido de produção em termos<br />

qualitativos e quantitativos.<br />

Dentro do conceito de cadeia biológica de frangos de corte, enfatiza-se<br />

a importância econômica no processo biológico de evolução matriz - ovo -<br />

pinto - frango de corte.<br />

43


2.2.1. Granja Avozeira: produção de matrizes<br />

f Incubatório I f Granja de I<br />

Engorda<br />

As granjas avozeiras estabelecidas no Brasil obtêm seu plantei através<br />

de importação das galinhas avós. A tecnologia genética para desenvolver as<br />

avozeiras é um segredo industrial de empresas geneticistas estrangeiras.<br />

Através de cruzamentos entre as avós importadas, via licença de<br />

tecnologia, as granjas avozeiras obtêm as linhagens genéticas de matrizes<br />

direcionadas para a produção de frangos de corte: Hubbard, Arbor Acres,<br />

Ross, Avian Farms ou Shaver, Cobb, Hybro e Isa Vedette.<br />

o número de linhagens tem diminuído constantemente ao longo das<br />

últimas décadas. Isto é creditado" à redução nas margens de lucro e ao<br />

conseqüente aumento de investimentos de capital e de tecnologia ocorrido nas<br />

granjas de engorda nos últimos dois decênios, no Brasil. Com o aumento do<br />

"Llnhagcns e tecnologia garantem produtividade aos frangos dc corte .. 1ves & Ovos /1 Revista da<br />

.'vIa de rn a Avicultura. Setembro 1994. p. 16-7 (Comentários de José Roberto Soltura. veterinário e<br />

diretor-técnico da Associação Paulista de Avicultura - APA)<br />

44


capital investido e a perda de rentabilidade, os criadores de frangos de corte<br />

não querem arriscar em linhagens menos produtivas.<br />

o licenciamento de tecnologia das linhagens de corte é feito às<br />

empresas brasileiras, que constituem um oligopólio no mercado de matrizes:<br />

Granja Rezende - Hubbard, Sadia - Arbor Acres, Agroceres - Ross, Isa<br />

Avícola - Isa Vedette. Esta última, Isa Vedette, é a única exceção em relação<br />

ao licenciamento de tecnologia: a ISA Avícola que a produz é filial da ISA,<br />

empresa francesa do grupo Rhône Poulenc 35 .<br />

Algumas dessas empresas, em função do seu porte, apresentam alto<br />

grau de integração vertical, possuindo granjas de matrizes, incubatórios e<br />

granjas de engorda. Graças à introdução da parceria avícola no Brasil pelo<br />

frigorífico Sadia". este último participante da cadeia foi maciçamente<br />

terceirizado, possibilitando uma extraordinária expansão fisica do sistema.<br />

Alguns grandes produtores industriais da região Sul e líderes de<br />

mercado no Brasil possuem granjas avozeiras, como a Sadia e a Perdigão.<br />

2.2.2. Granja de Matrizes: produção de ovos férteis<br />

Analistas do setor avícola acreditam que as matrizes de corte que<br />

tendem a predominar serão aquelas cujas linhagens atendam a mercados<br />

J5Idcm.<br />

1(,Antunes. Renan. Vigilantes de frango. I 'eja, 051l2fl)O. p.17<br />

45


específicos: linhagens especializadas em velocidade de crescimento para o<br />

mercado de frangos inteiros ou carcaças; e linhagens de maior produção de<br />

carne de peito para o mercado de cortes"'7.<br />

o criador de matrizes. ao optar por uma das 1inhagens , entra em<br />

contato com a granja avozeira e adquire as aves. Após o transporte das<br />

mesmas, o matrizeiro as cria por um período de seis meses até que se inicie o<br />

processo de produção de ovos, o qual dura 45 semanas. A matriz, de acordo<br />

com o padrão preestabelecido pela sua linhagem. deve produzir uma média de<br />

170 ovos totais férteis. aptos a serem incubados".<br />

o mercado de ovos férteis é transacionado de acordo com o tamanho<br />

das unidades. Os ovos maiores geram pintos maiores. e estes por sua vez<br />

geram crescimento mais acelerado de frangos de corte. Por este motivo os ovos<br />

maiores são mais bem remunerados.<br />

A relação entre a granja de matrizes e o incubatório pode ser:<br />

(1) a granja de matrizes e o incubatório são integrados verticalmente,<br />

ou seja, são unidades de negócios da mesma empresa;<br />

(2) a granja de matrizes e o incubatório são quasi-integrados, ou seja,<br />

possuem alguma relação contratual que presume maior coesão de<br />

operações do que se fossem participantes autônomos;<br />

.11Linhagens ... p. 17<br />

1HControlede Qualidade. Integração Outubro 1990. p. O]. (Publicação da MAFISA AvíCOLA.<br />

Recife)<br />

46


(3) a granja de matrizes e o incubatório são participantes autônomos<br />

na cadeia.<br />

A granja de matrizes e o incubatário são integrados verticalmente na cadeia<br />

biológica de frangos de corte<br />

Um incubatório autônomo não pressupõe a propriedade de uma granja<br />

de matrizes, mas seria muito arriscado para um produtor possuir uma granja de<br />

matrizes sem um incubatório atrelado a ela.<br />

Todos os dias sem exceção são coletados os ovos férteis das matrizes.<br />

Embora haja um mercado de incubatórios que compre estes ovos. o nível de<br />

perdas poderia ser muito grande numa operação autônoma. A solução mais<br />

sensata para o matrizeiro é operar integrado verticalmente, com as capacidades<br />

mais aproximadas possíveis.<br />

O criador de matrizes pode destinar parte da produção de ovos para o<br />

incubatório próprio e parte para clientes. O tamanho dos ovos que ele fornecer<br />

ao comprador, que normalmente prefere pagar um pouco mais por ovos<br />

maiores, define a sua remuneração.<br />

47


A granja de matrizes e o incubatório são quasi-integrados na cadeia<br />

biológica de frangos de corte<br />

Quando há dúvidas em relação ao desenvolvimento futuro das<br />

atividades, é comum o matrizeiro realizar o arrendamento das instalações<br />

fisicas de um incubatório desativado.<br />

A cadeia biológica possui uma boa adaptabilidade no que se refere à<br />

mudança de um participante para outra posição na cadeia. Há casos, por<br />

exemplo, em que uma granja de matrizes teve suas instalações adaptadas para<br />

galpões de engorda. Para não transferir a posse ou desativar o incubatório que<br />

lhe era integrado, ele contratou uma parceria avícola com uma empresa<br />

produtora de frangos de corte, dona das matrizes, em que os pintos destinados<br />

à sua nova estrutura de engorda fossem exclusivamente incubados nas suas<br />

instalações e não no incubatório do parceiro produtor como acontece de praxe<br />

na parceria avícola.<br />

A granja de matrizes e o incubatório são participantes autônomos na cadeia<br />

biológica de frangos de corte<br />

É uma modalidade adotada por alguns incubatórios, pois evita o enorme<br />

investimento e o risco de contaminação presentes em uma granja de matrizes,<br />

além do comprometimento com a escolha de uma linhagem.<br />

A granja de matrizes que erra na escolha de linhagens pode ter sérias<br />

dificuldades na colocação dos ovos no mercado.<br />

48


2.2.3. Incubatório: processamento de ovos em pintos de 1 dia<br />

o transporte dos ovos férteis ao incubatório é realizado por caminhões<br />

do tipo baú, preparados especialmente para evitar quebras e trincamentos nos<br />

ovos. A incubação se dá num período de 21 dias.<br />

De cada 170 ovos férteis, aptos para a incubação, recebidos pelo<br />

incubatório, espera-se uma produção de 140 pintos. A eclosão se dá em<br />

chocadeiras elétricas.<br />

A relação entre o incubatório e a granja de engorda pode ser:<br />

(1) as duas são integradas verticalmente;<br />

(2) as duas são quasi-integradas;<br />

(3) as duas são participantes autônomas na cadeia.<br />

o incubatório e a granja de engorda são integrados verticalmente na cadeia<br />

biológica de frangos de corte<br />

Com o advento da parceria avícola, os incubatórios reduziram muito os<br />

investimentos na aquisição de granjas. Entretanto, mesmo se a estratégia não<br />

for orientada para a integração vertical, é de extrema utilidade o incubatório<br />

dispor de alguma(s) granja(s) própria(s) com galpões livres, haja visto ser<br />

muito freqüente que as granjas do sistema de parceria tenham atrasos na<br />

preparação para o recebimento dos pintos.<br />

49


o incubatório e a granja de engorda são quasi-integrados na cadeia<br />

biológica de frangos de corte<br />

É o caso do arrendamento e da parceria avícola. No arrendamento, o<br />

dono da granja cede suas instalações por um valor fixo mensal, ou um tipo de<br />

remuneração por lote, que pode ser fixa, ou adotar algum critério variável. O<br />

arrendatário que assume as operações da granja acumula as funções de<br />

produtor e criador.<br />

No que se refere aos pintos, especificamente, pode haver conflitos entre<br />

o incubador - criador. no que diz respeito à qualidade do produto e prazo de<br />

entrega.<br />

Como o criador. no sistema de parceria, recebe sua remuneração em<br />

função da produtividade do lote, fica muito sensível quanto à qualidade dos<br />

pintos que lhe são enviados.<br />

O criador também se preocupa com o prazo. pOIS a mão-de-obra<br />

constitui seu principal custo, sendo suas despesas praticamente constantes,<br />

esteja a granja alojada ou não.<br />

o incubatório e a granja de engorda são participantes autônomos na cadeia<br />

biológica de frangos de corte<br />

É o caso do criador por sua própria conta e risco. pertencente ao que em<br />

São Paulo se chama mercado paralelo"; em que o criador não está vinculado<br />

1 9 Dc Ccsarc, Claudia Facchini. O setor avícola se divide. Gazela Mercantit. 01/02/96, p. B - IG<br />

50


às parcenas avícolas. A possibilidade de surgir conflitos é maior,<br />

especialmente no que tange à qualidade do produto, preço, prazo de entrega e<br />

serviço pós-venda.<br />

Quando o conflito é identificado, entretanto, toma-se mais fácil a sua<br />

resolução, em função da tendência de ambos em querer preservar a relação<br />

comercial.<br />

2.2.4. Granja de Engorda: preparação para o repovoamento de pintos de 1<br />

dia e recebimento de pintos de 1 dia<br />

A granja de engorda desempenha suas atividades de forma cíclica. O<br />

processo ideal consiste em alojar todos os pintos de uma só vez, em um único<br />

dia. Procedendo assim, terá a seu favor o fato de o lote de aves desenvolver-se<br />

em todos os galpões de forma homogênea, evitando contaminações oriundas<br />

de aves mais velhas para aves mais jovens dentro da granja.<br />

O fluxo de trabalho no lote único de engorda também fica facilitado,<br />

pois há um ganho de escala nas quatro tarefas básicas desempenhadas pela<br />

granja de engorda:<br />

( I) recebimento de pintos de um dia;<br />

(2) conversão dos pintos de um dia via alimentação e cuidados<br />

em frangos de corte aptos a seguirem ao mercado:<br />

51


(3) expedição dos frangos de corte para os canais de distribuição;<br />

(4) preparação para o repovoamento de pintos de um dia.<br />

Na cadeia biológica de frangos de corte, a participação da granja de<br />

engorda fica restrita, na seguinte ordem, às tarefas de preparação para o<br />

repovoamento de pintos de um dia, e recebimento de pintos de um dia.<br />

a) a preparação para o repovoamento de pintos de um dia. Deve ser<br />

considerada como o início de todo o ciclo de engorda. Esta etapa consiste em:<br />

I) retirar o subproduto esterco, deixado no aviário pelo último<br />

lote de aves vendidas, do piso dos galpões;<br />

2) lavar, limpar, e desinfetar com microbicidas os galpões e<br />

equipamentos;<br />

3) deixar em repouso para ação dos microbicidas os itens citados;<br />

4) a nova montagem dos equipamentos para recepção de outro<br />

lote de pintos de um dia.<br />

Cada dia de atraso na preparação para o repovoamento implica em um<br />

dia a mais de custos para o criador e no atraso de um dia no ciclo que se inicia .•<br />

Se a data para o alojamento já tiver sido confirmada, haverá redução no prazo<br />

de repou~o ou de vazio sanitário, o que pode vir a prejudicar o futuro'<br />

desenvolvimento das aves.<br />

52


A remoção do esterco ou estrume deve ser feita imediatamente após a<br />

saída das aves do lote anterior. A procura pelo esterco sofre variações ao longo<br />

do ano, em função das épocas de sua aplicação nas culturas agrícolas e das<br />

condições dos pastos utilizados para a alimentação de bovinos. O esterco ou<br />

cama-de-galinha possui alto teor de proteína bruta, o que tem viabilizado o<br />

desenvolvimento crescente do seu uso nos últimos anos, como suplemento<br />

protéico para bovinos e até para suínos.<br />

Em épocas de pouca demanda, é comum o criador constituir estoques,<br />

longe das instalações avícolas, para uso próprio ou vendas futuras. Em<br />

Pernambuco, no ano de 1995 4 °, o preço do esterco na granja - preço F.O.S.,<br />

flutuou entre R$ 20,00 e R$ 60,00 por tonelada.<br />

Removido todo o estrume do aviário, procede-se à lavagem geral do<br />

galpão e dos equipamentos. Segue-se a desinfecção, quando se prepara uma<br />

mistura com fungicidas à base de cobre, creolina e formal, que é pulverizada<br />

no aviário e nos equipamentos. O próximo passo é a pintura do aviário com<br />

uma solução de água e cal virgem, deixando-se o galpão em repouso.<br />

A importância do vazio sanitário ou repouso sanitário, que dura em<br />

tomo de duas semanas, é que ele maximiza a atuação dos microbicidas. Pode-<br />

se assim evitar grandes prejuízos decorrentes de uma possível contaminação<br />

no material que vai servir de forração de piso para os pintos que vão chegar.<br />

"Observações do próprio autor. em função de suas atividades profissionais.<br />

53


Três dias antes da chegada dos pintos, forra-se o piso do aviário com<br />

um material de boa absorção de umidade, preferencialmente maravalha ou pó-<br />

de-serragem. Também são utilizados vários outros materiais. de acordo com a<br />

disponibilidade, a saber: bagaço-de-cana, palha-de-arroz, palha-de-capim, e<br />

pó-de-coco.<br />

Na seqüência, montam-se os equipamentos de alimentação, os<br />

dispositivos para a água e a fonte de aquecimento, a gás ou com lâmpadas, e<br />

aguarda-se o envio dos pintos provenientes do incubatório.<br />

b) o recebimento dos pintos de um dia. Consiste em descarregar as<br />

caixas plásticas ou de papel do caminhão especializado tipo baú, colocá-Ias no<br />

interior do galpão, e contar os pintos um a um. Cada caixa possui cerca de <strong>10</strong>0<br />

pintos, com ligeiras variações para mais ou para menos. No aviário são<br />

preenchidos vários círculos, com 500 pintos, contados, em cada um deles.<br />

Terminada a conferência é aberta uma ficha contendo os dados da granja, do<br />

galpão e o número total de pintos. A quantidade de pintos conferidos<br />

normalmente está muito próxima da quantidade enviada e anotada pelo<br />

incubatório.<br />

Esta etapa encerra a cadeia biológica de frangos de corte e dá início à<br />

cadeia de nutrição dos frangos de corte na granja.<br />

54


2.3. CA<strong>DE</strong>IA <strong>DE</strong> NUTRIÇÃO <strong>DE</strong> FRANGOS <strong>DE</strong> CORTE<br />

I Plantio de Milho I ~<br />

I Plantio de Soja I<br />

2.3.1. Plantio de Milho<br />

55<br />

Unidade de Fabricação de Ração I ---i~~G~ra~n!l.!ja!..!d~e~E~n~gO~r~daul<br />

o milho é classificado como uma planta da família das gramíneas.<br />

Cultura milenar, cultivada em escala mundial, presente em todos os<br />

continentes. serve de hábito alimentar para diversos povos, notadamente os do<br />

continente africano e da América do Sul.<br />

Atualmente ele é largamente utilizado na alimentação de bovinos em<br />

confinamento e na formulação de rações animais, notadamente para aves -<br />

animais de extrema aptidão na conversão de grãos em carne. O milho<br />

apresenta uma participação aproximada de 70% do peso total da ração pronta -<br />

produto acabado - consumida pelos frangos de corte. Em decorrência disto,<br />

mesmo apresentando baixo custo relativo em relação aos outros componentes<br />

da ração, é a matéria-prima mais crítica da cadeia de nutrição de frangos de<br />

corte.<br />

O alto custo de operação dos portos brasileiros constitui um grave<br />

entrave para os produtores. Enquanto no exterior paga-se em média US$ 3.~O<br />

por tonelada, os importadores no Brasil pagam uma média de US$ 11.00 por


tonelada". O custo da mão-de-obra é maior que em outros países: a estiva é<br />

muito onerosa e o custo da conferência se toma proibitivo, ambos fatores<br />

decorrentes do forte corporativismo sindical no setor.<br />

Com raras exceções, o calado dos portos brasileiros é baixo, o que<br />

dificulta a atracação de navios de grande porte, ou seja, os graneleiros com<br />

capacidade de até 40.000 toneladas. Estas embarcações possuem um custo de<br />

frete unitário comparativamente menor do que as atuais embarcações que<br />

fazem o transporte do milho, em tomo de 15.000 toneladas'j.<br />

Os poucos atracadouros no Brasil que possuem calados mais profundos<br />

ainda padecem da falta de infra-estrutura portuária do país. Um exemplo típico<br />

é o porto de Suape, em Pernambuco, com capacidade potencial de atracar os<br />

navios de grande porte acima citados. As obras do terminal graneleiro<br />

atualmente estão paralisadas por falta de recursos. A iniciativa privada já<br />

investiu cerca de R$ 16 milhões, sendo necessários apenas R$ 4 milhões para<br />

concluir os trabalhos':'.<br />

No caso da região Nordeste em particular, a política governamental de<br />

abastecimento também é problemática. Em determinadas épocas, o Governo 44<br />

libera estoques da Conab - Companhia Nacional de Abastecimento, sendo<br />

41Andrade. Jaqueline. Avicultores de PE têm custo 30% mais alto. Diário de Pernambuco. 7/1/96.<br />

p.C-8 (informação fornecida pelo Sr. Edgar Navais. presidente da Associação Avícola de<br />

Pernambuco)<br />

42Idem.<br />

43Quadros, Maria José. Escassez de milho no Nordeste. Gazeta Mercantil. Finanças e Mercados -<br />

Agribusiness. 02/1/96. p. 8-16<br />

44Ao longo da dissertação, sempre que se mencionar Governo. refere-se ao Governo federal. e não ao<br />

Estadual.<br />

56


mais comum a importação direta do produto pelos produtores. Neste último<br />

caso, o transporte é feito por navios, e o produto normalmente procede da<br />

Argentina, Estados Unidos e Canadá. Geralmente há financiamento por parte<br />

dos exportadores, com a adoção de juros internacionais, o que muitas vezes é<br />

preferível a comprar o produto nas condições de negociação dentro do Brasil.<br />

o milho oriundo das demais regiões do país também sofre com a<br />

precariedade da infra-estrutura de transportes no Brasil. A navegação de<br />

cabotagem, marítima ou fluvial, enfrenta os mesmos problemas da navegação<br />

oceânica. O custo de transporte de porto para porto é imprevisível, em função<br />

de diferentes tarifas para as operações de estiva, conferência e armazenagem,<br />

No caso específico de Pernambuco, o Porto de Petrolina, no Rio São<br />

Francisco, praticamente não é utilizado para o transporte de grãos. A Falta de<br />

condições físicas ou de um sistema eficaz de logística adaptadas a este porto<br />

fluvial não favorece a atividade de cabotagem no Estado.<br />

O Brasil possui uma expressiva extensão de malha ferroviária: cerca de<br />

30.000 km em 1986 45 . A maioria dos traçados segue ortogonalmente no<br />

sentido litoral-costa. O transporte de grandes massas homogêneas, como a de<br />

cereais em grão, através de extensas distâncias é vantajoso quando efetuado<br />

por trens, devido à uniformização de operações. No caso de Pernambuco, a<br />

conclusão de 300 km de ferrovia, da cidade de Salgueiro até a cidade de<br />

45Novaes. Antonio Galvão N.: Alvarenga. Antonio Carlos. Logística Aplicada: Suprimento e<br />

Distribuição Física. São Paulo: Pioneira. 1994. p. <strong>10</strong>4<br />

57


Petrolina, tomaria possível a ligação intennodal da Ferrovia Transnordestina à<br />

Hidrovia do Rio São Francisco. Com a complementação do trecho de<br />

Salgueiro, PE, até Missão Velha, CE, Recife e Fortaleza, dois fortes pólos<br />

avícolas do Nordeste, estariam automaticamente conectados a corredores de<br />

escoamentos de grãos na Bacia do Rio São Francisco".<br />

A malha rodoviária pavimentada no Brasil é de aproximadamente<br />

123.000 km. Acresce-se a esse número a extensão das estradas não-<br />

pavimentadas, que corresponde a cerca de 1,3 milhão de quilômetros":<br />

Os desafios para o abastecimento de milho entretanto não são referentes<br />

unicamente ao setor de transportes, mas à própria capacidade de plantio do<br />

grão em nível global. Segundo o Secretário da Agricultura dos Estados Unidos<br />

Dan Glickman'", pode haver um grande aumento no abate mundial de animais,<br />

a curto prazo, em função da limitada oferta de milho. Os estoques do cereal<br />

nos Estados Unidos atingiram o volume mais baixo dos últimos 20 anos, em<br />

conseqüência de tal fato o governo deste país liberou o cultivo de terras, em<br />

caráter emergencial, de áreas reservadas para programas ambientais.<br />

A China em 1995 importou muitos alimentos e matérias-primas. A<br />

Argentina, que responde como maior fornecedor de milho para a região<br />

Nordeste, já revela preferências pelo mercado chinês 49 .<br />

"Navais, Edgar in Quadros. Maria José. Escassez de milho no Nordeste. Gazeta Mercantil. Finanças<br />

e Mercados - Agribusiness. 02/1/96. p. B-16<br />

47Novaes. A.G.N. Logística ... p. <strong>10</strong>4<br />

48Estoque de milho é o menor em 20 anos. Gazeta Mercantil. 30/1/96, p. B -16<br />

49 0 ano da reviravolta para os agricultores. (Jazera Mercantil. 30/1/96. p. B -16<br />

58


Para Edward Schuh'", o limite de produtividade de cereais está<br />

estagnado, em função da falta de verbas para pesquisas, a nível mundial. Há<br />

trinta anos não surge nenhum desenvolvimento novo em termos de genética de<br />

cereais. Mesmo que "os institutos de pesquisa fossem imediatamente<br />

reestruturados e dinamizados em todo o mundo, levaríamos <strong>10</strong> a 15 anos para<br />

obter avanços expressivos em novas tecnologias. Enquanto isso, a demanda<br />

mundial de alimentos continuará crescendo ,,51.<br />

o sorgo como produto substituto do milho<br />

o uso do sorgo, um cereal originário da África, poderia ser uma<br />

alternativa de substituição parcial ou total ao milho no preparo de rações<br />

animais. O sorgo, com 95% do valor nutricional do milho, apresenta-se<br />

altamente tolerante a períodos de seca 52 .<br />

No semi-árido nordestino, região de insolação muito elevada - 2.800<br />

horas/ano, as precipitações médias situam-se na faixa de 400-600 mm anuais,<br />

distribuídas desigualmente ao longo do ano e evaporação ao redor de 2000<br />

mmlano, o que para culturas tradicionais resulta em baixos índices de<br />

produtividade. O sorgo para ser cultivado necessita de 300-400 mm de<br />

precipitação anual, enquanto o milho exige no mínimo 700 mm de precipitação<br />

anual.<br />

sOprodução esbarra na tecnologia. Agroanalysis. Janeiro 1996. p. 03 (Entrevista com o Prof. Edward<br />

Schuh. Reitor do Hubert Humphrcy Institutc ofPublic Affairs da Universidade de Minnesota, USA)<br />

51Idem. p. 04<br />

52Andrade. Avicultores ... p. C-8<br />

59


Segundo o Secretário de Agricultura do Estado de Pernambuco, José<br />

Geraldo Eugênio de França'", " a instabilidade do clima do Estado não<br />

favorece a expansão da safra de milho. Espera-se em cada dez anos, dois de<br />

boa produtividade. A média do Nordeste por cada hectare fica em torno de 700<br />

quilos. Na região Sul é superior a cinco mil ". A Secretaria de Agricultura<br />

encontra-se empenhada na criação de um projeto piloto de plantio do sorgo em<br />

uma área de 30 hectares na região do semi-árido.<br />

2.3.2. Plantio de Soja<br />

A soja é uma planta das famílias das leguminosas. No Brasil, ela é vista<br />

exclusivamente como produto de exportação. Entretanto os subprodutos do seu<br />

beneficiamento, o farelo de soja e o óleo de soja, são largamente utilizados na<br />

fabricação de rações animais e na culinária, respectivamente. 54<br />

o farelo de soja contribui com cerca de 15% da composição da ração de<br />

frangos de corte.<br />

o óleo de soja é o óleo vegetal mais consumido no mundo. O óleo de<br />

dendê, oriundo de planta do mesmo nome muito cultivada na Ásia e pouco<br />

cultivada no Brasil, deve ultrapassar o óleo de soja na escala de consumo<br />

53Idem.<br />

54Nonino. Carlos Alberto. Soja no Brasil também é um bom negócio. O Estado de Sôo Pau/o.<br />

17/0l/96. p.G-6<br />

60


global nos próximos anos. A razão de tal fato é o dendê pOSSUIrmaior<br />

produção de óleo por unidade de área, cerca de dez vezes mais, do que a soja.<br />

Graças a constantes ganhos de produtividade e a expansão das<br />

atividades agrícolas nos cerrados, o país passou de 1%, em 1975, para 20%,<br />

em 1995, da produção mundial da leguminosa. A soja, devido às condições<br />

climáticas do Brasil, principalmente por apresentar o menor risco de geadas,<br />

talvez seja o único produto brasileiro em condições de competir no mercado<br />

~s<br />

externo' .<br />

o maior concorrente brasileiro é também o maior produtor mundial, os<br />

Estados Unidos da América, apresentam índices de produtividade superiores<br />

aos do Brasil. De acordo com o ex-Secretário de Agricultura do Estado de São<br />

Paulo Geraldo Diniz Junqueira, caso o país aumente a produção total de soja<br />

os Estados Unidos irão optar por cambiar a soja pelo milho, devido às suas<br />

vantagens competitivas imbatíveis nesta última cultura.".<br />

Custo da Soja - Preço F.O.B. no Porto de Embarque (US$/tonelada)<br />

Estados Unidos Brasil<br />

Custo de Produção 181,42 244,29<br />

Custo de Transporte 15,00 90,00<br />

Custo Total 196,42 334,29<br />

Fonte: Adaptado de Gazela Mercantil, 03/01/96. p. B-14<br />

SSIdem.<br />

56Idem.<br />

61


No quadro acima, os Estados Unidos da América, maior produtor<br />

mundial de soja, apresentam custos de produção inferiores aos do Brasil. O<br />

agricultor norte-americano gasta, em média, US$ 501.46 por hectare para<br />

produzir 2.764 kg de soja. Da mesma forma, a alta participação das hidrovias<br />

(61%) no composto de distribuição da soja nos EUA reduz bastante os custos<br />

de transporte, em tomo de US$ 15 por tonelada.<br />

Modalidades de Transporte de Soja (%)<br />

Estados Unidos Brasil<br />

Hidrovia 61 5<br />

Ferrovia 23 28<br />

Rodovia 16 67<br />

Fonte: Gazeta Mercantil, 03/01/96. p. B-14<br />

No Brasil, os agricultores despendem em média US$ 546.72 para<br />

cultivar um hectare de soja, com produção média de 2.238 kg. Com o<br />

desenvolvimento de novas áreas no celeiro agrícola dos cerrados central, no<br />

Centro-Oeste, e setentrional, no Norte e Nordeste brasileiro, pode-se estimar<br />

62


um incremento de 50 milhões de toneladas, podendo levar a produção<br />

brasileira anual de soja a atingir mais de 75 milhões de toneladas".<br />

Na atual configuração brasileira, a participação maciça das rodovias na<br />

estrutura de distribuição da soja aumenta enormemente os custos de transporte.<br />

Isto faz com que a soja oriunda das áreas de produção mais distantes apresente<br />

custos de até US$ 90 por tonelada, até o porto de Paranaguá ou de Santos.<br />

Entrementes, nos EU A, o transporte até o porto de embarque da exportação<br />

alcança em média US$ 15 por tonelada.<br />

A criação do corredor Centro-Norte até o Porto Ponta da Madeira, em<br />

São Luís do Maranhão, provável futuro maior escoadouro da soja produzida<br />

no Centro-Oeste, Norte e Nordeste do país "; e do corredor Noroeste, pelos<br />

rios Madeira e Amazonas, a partir de Porto Velho, poderá baixar o frete<br />

interno dos atuais US$ 90 para até US$ 25 por tonelada. "Como o custo de<br />

produção, dentro da fazenda, tem caído gradativamente e com a redução do<br />

frete, a soja brasileira terá maior poder de competição no mercado'f". Assim, a<br />

redução efetiva dos custos de produção e de transporte constituirá uma<br />

vantagem competitiva sustentável para o complexo soja brasileiro.<br />

No que se refere à exportação de soja propriamente dita, a tarifa em<br />

alguns portos brasileiros não anima muito os produtores. É o caso do Porto de<br />

Paranaguá, onde a tarifa é três vezes superior à norte-americana e à argentina,<br />

57Ucio. Antonio in Oricolli. Sílvio. A viabilidade do cerrado central. Gazeta Mercantil. 03/0 1/96.<br />

p.B-14<br />

580ricolli. Sílvio. A viabilidade do cerrado central. Gazeta Mercantil. 03/Ol/96. p.B-14<br />

59Idem.<br />

63


e 125% maior que a do Porto da Ponta da Madeira'", de acordo com estudo<br />

elaborado pela economista Gilda Bozza Borges, do Departamento Técnico e<br />

Econômico da Faep - Federação da Agricultura do Estado do Paraná.<br />

As indústrias processadoras de soja já estão iniciando ou ampliando os<br />

seus investimentos em direção ao Brasil setentrional. A Ceval Alimentos,<br />

maior empresa alimentícia de capital nacional, responsável pela metade do<br />

esmagamento nacional de soja, maior processadora e industrializadora de soja<br />

da América Latina, e uma das quatro grandes do mundo, decidiu aumentar em<br />

50% a capacidade de esmagamento da sua unidade em Mimoso, município<br />

próximo a Barreiras, no oeste da Bahia. Esta unidade responde pelo<br />

abastecimento na região Nordeste. Concomitantemente, também em Mimoso,<br />

a empresa irá instalar mais uma unidade integrada verticalmente: um<br />

frigorífico de aves e suínos?'.<br />

Serão feitos também investimentos em uma unidade esmagadora de soja<br />

no município de Balsas, no Maranhão, onde a Ceval possui uma unidade de<br />

armazenamento de soja'".<br />

o próximo passo na estratégia de integração vertical da empresa será a<br />

construção de uma unidade refinadora de óleo de soja no Ceará, possivelmente<br />

em Fortaleza".<br />

IiOOricolli. Sílvio. Paraná assume liderança na soja. Gazeta Mercantil. 25/01/96. p.B-14<br />

ólKassai. Lucia. Com US$ 2.5 bilhões. Ceval cresce 17,3%. Gazeta Mercantil. 25/01/96. p.B-14 &<br />

Branco. Alex. A Cevallevanta US$ 175 milhões. Gazeta Mercantil. <strong>10</strong>/01/96. p. B-14<br />

62Idem.<br />

R3Idem.<br />

64


A explicação para o destino dos investimentos é do Sr. Antonio Carlos<br />

Silva, diretor de Relações com o Mercado da Ceval: " Os investimentos serão<br />

destinados à região Nordeste, por se tratar de um mercado com acelerado<br />

crescimento da demanda por alimentos"?'.<br />

Segundos dados preliminares da Conab, as vendas ao exterior do<br />

complexo soja devem aumentar em <strong>10</strong>% em 1996, alcançando US$ 4,2<br />

bilhõ 65<br />

1 oes ,<br />

Os cálculos da Abiove - Associação Brasileira das Indústrias de Óleos<br />

vegetais para 1996 prevêem queda nas exportações de grãos de soja em torno<br />

Na area de subprodutos entretanto os mercados apresentam-se em<br />

crescimento. O óleo de soja apresentou um crescimento em volume de 11,5%,<br />

em relação a safra passada?".<br />

Os registros de vendas externas do farelo de soja para a safra 1995/96<br />

apontaram um volume 80% maior que o de igual período do ano passado, A<br />

procura interna também encontra-se em alta, com elevação de 78% no mesmo<br />

período, criando um mercado interno de maior expressividade. Tal intensidade<br />

de procura em parte é refletida pelo aumento global na produção mundial de<br />

64Branco. Alex. A Ccval Ievanta US$ 175 milhões. Gazeta Mercantil. <strong>10</strong>/01/96. p. B-14<br />

650e Ccsare. Claudia<br />

18<br />

66Idem.<br />

1i7Idem .<br />

Facchini. Vendas de farelo de soja decolam. Gazeta .•.• 1ercantil. 08/01/96. p. B-<br />

65


frangos de corte, que no caso brasileiro vem crescendo a uma taxa de <strong>10</strong>% ao<br />

an0 68 .<br />

o farelo de soja, como substituto parcial do milho na formulação de<br />

rações animais, encontra-se em geral com preços mais atraentes.<br />

Milho e soja: produtos substitutos e complementares<br />

É importante realizar um pequeno estudo comparativo entre o produto<br />

milho e o produto soja. A análise recai sobre fatores biológicos, operacionais,<br />

financeiros e de distribuição física do produto.<br />

Do ponto de vista biológico, as gramíneas, entre as quais se encontra o<br />

milho, apresentam geralmente sérias deficiências de absorção de Nitrogênio.<br />

Este elemento químico, junto com o Fósforo e o Potássio, constituem os três<br />

macroelementos essenciais de todos os vegetais, ou seja, eles devem estar<br />

presentes em grandes quantidades na planta para que se obtenha níveis<br />

razoáveis de produtividade agrícola.<br />

A família das leguminosas, onde se classifica a soja, pOSSUI<br />

propriedades de fixar na camada agrícola do solo uma bactéria denominada<br />

Rhyzobium. A presença desta bactéria no solo permite que ele, ao ser<br />

posteriormente cultivado com milho , aumente a absorção de nitrogênio por<br />

parte desta gramínea, elevando a produção da mesma.<br />

66


Do ponto de vista operacional. o cultivo do milho e da soja são<br />

geralmente feitos em areas extensas. nas regiões conhecidas como celeiros<br />

agrícolas. e com alto grau de mecanização. Muitos agricultores costumam<br />

plantar as duas culturas como forma de diminuir o risco agrícola e/ou<br />

econômico.<br />

Do ponto de vista financeiro'", o milho em Mato Grosso do Sul, na<br />

safra 94/95, alcançou uma produtividade média de 3.930 Kg/ha, enquanto a<br />

soja apresentou 2.189 Kg/ha, no mesmo Estado. Em uma observação da<br />

evolução da relação de preços milho/soja dos últimos dez anos. no estado do<br />

Paraná 70 encontrou-se uma média anual de 1,81 sacas de milho para comprar<br />

uma saca de soja. Aplicando-se este índice de 1.81 sobre a produtividade da<br />

soja, 2. 189 Kg/ha. ter-se-á um resultado equivalente a 3.962 Kg/ha de milho,<br />

ou seja uma receita bruta um pouco maior para o agricultor que optou pela<br />

soja, não configurando uma diferença significativa de faturamento entre ambas<br />

culturas.<br />

Do ponto de vista da distribuição física. nota-se uma sinergia muito<br />

forte entre o milho e a soja. A produção das duas culturas em fazendas<br />

localizadas nas mesmas áreas aumenta a escala de volume das operações de<br />

transporte. A distribuição no mercado interno de farelo de soja e milho utiliza<br />

o mesmo pool de distribuição.<br />

'~Violeta. Myrian. Produtividade da soja deve cair no MS. Folha de 5;. Paulo. 2:\/0 1/% p. G-:1(fonte<br />

do quadro: Secretaria Estadual de Agricultura e Pecuária MS e IBGEl.<br />

=o Estado de ,\'. Paulo. 03/01/%. p.G-'+ (fonte do quadro: Agromarken.<br />

67


Pode-se observar do exposto acima que o composto de produtos<br />

milho/soja revela-se como substituto e complementar ao mesmo tempo.<br />

2.3.3. Unidade de Fabricação de Ração: processamento de milho, soja e<br />

outros componentes; e a nutrição de frangos de corte<br />

o item ração de frangos de corte representa aproximadamente 70% dos<br />

custos de produção de frangos de corte. A importância financeira deste insumo<br />

é fundamental na minimizaçào de custos, motivo pelo qual os produtores lhe<br />

destinam uma atenção especial.<br />

2.3.3.1. Distribuição espacial das unidades<br />

Nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. o desenvolvimento da parceria<br />

avícola para frangos de corte foi mais precoce devido à presença de fortes<br />

grupos agropecuários. A instalação de abatedouros industriais por parte desses<br />

grupos. com o processamento de frangos provenientes da parceria avícola com<br />

as granjas de engorda, induziu também a interiorização das unidades de<br />

fabricação de ração para peI<strong>10</strong> das granjas parceiras e das áreas produtoras de<br />

grãos.<br />

A produção de ração proxrma as áreas produtoras de milho e soja<br />

representa uma importante vantagem competitiva para o fabricante de ração.<br />

68


No Brasil. a maioria das unidades de processamento encontra-se com maior<br />

força nas áreas de celeiros agrícolas, como no caso da região Sul. do estado de<br />

São Paulo. e da região Centro-Oeste. onde a produção de ração. e de frangos,<br />

ainda é incipiente.<br />

Na região Nordeste do Brasil, devido à ausência de empresas<br />

patrocinadoras do sistema de parceria avícola, quase todas as granjas de<br />

engorda eram participantes autônomas na cadeia de nutrição de frangos de<br />

corte. As granjas, por esse motivo, localizavam-se não muito distantes dos<br />

centros consumidores e forneciam frangos de corte vivos aos atacadistas e<br />

varejistas desses centros. As fábricas de ração, quase todas autônomas àquela<br />

época. década de 70, instalaram-se nas áreas produtoras de aves.<br />

2.3.3.2. Ração: a importância da nutrição nos frangos de corte<br />

A criação de frangos de corte apresenta-se como a atividade zootécnica<br />

que mais evoluiu em termos de rendimento animal. haja visto que:<br />

I) possui o mais rápido ciclo de crescimento entre os animais<br />

domésticos. Por volta de 1950, um frango pesava 1.8 Kg após 70<br />

dias de criação: em 1994, um frango necessitava de apenas 42<br />

dias para alcançar um peso de I,9Kg;<br />

69


2) o frango é o animal doméstico que apresenta a melhor taxa de<br />

conversão alimentar: uma faixa de I, 98 a I. 85 Kg de ração<br />

consumida para produzir IKg de carne viva:<br />

3) os plantéis revelam boa viabilidade econômica, com urna faixa<br />

de mortalidade entre 3 a 5%.71<br />

EVOLUÇÃO DA AVICULTURA NO SÉCULO XX<br />

EVOLUÇÃO DO FRANGO <strong>DE</strong> CORTE NOS ÚLTIMOS ANOS<br />

Ano Peso Frango Conversão Idade<br />

(g) Alimentar (Dias)<br />

1930 1.500 3,50 <strong>10</strong>5<br />

1940 1.550 3,00 98<br />

1950 1.800 2,50 70<br />

1960 1.600 2,25 56<br />

1970 1.800 2,00 49<br />

1980 1.700 2,00 49<br />

1984 1.860 1,98 45<br />

1989 1.940 1,96 45<br />

•<br />

2001 ( ) 2.240<br />

( ) Previsão<br />

Fonte: .1I'ex e (}mx. Julho. 11)1)2. pg. I)<br />

A razão da evolução acima deve-se à melhoria:<br />

a) nas linhagens genéticas, e<br />

1,78 41<br />

b) na nutrição animal. no manejo e na sanidade do plante!".<br />

'I .<br />

Linhagens ... p. 17<br />

':Idern.<br />

70


No que se refere às linhagens genéticas, o assunto foi abordado na<br />

cadeia biológica de frangos de corte: o manejo e a sanidade do plantei são<br />

abordados em todas as cadeias. sempre relacionados ao item granja de<br />

engorda; e a nutrição será estudada agora.<br />

A nutrição de frangos de corte tem como objetivo "produzir frangos em<br />

menor tempo, de melhor qualidade e a um custo mais baixo,,73. Ela começa no<br />

aspecto fisico de obtenção de enormes volumes de matérias-primas,<br />

principalmente milho e soja, e depois passa à etapa de arranjo dos<br />

componentes para obter a melhor relação qualidade/preço na fabricação da<br />

ração.<br />

o milho corresponde a aproximadamente 70% do peso da ração, o<br />

farelo de soja participa com 15% do peso, a farinha de carne e o farelo de trigo<br />

possuem composição variável no rol de matérias-primas básicas.<br />

Outras matérias-primas alternativas são pesquisadas em segredo pelas<br />

fábricas de ração. entre elas o sorgo, a aveia. a algaroba. farelos de arroz,<br />

algodão. cacau, amendoim. babaçu e girassol.<br />

Fora as matérias-primas, os demais componentes da ração sào o fosfato<br />

bi-cálcico e outros minerais. o calcário, os aminoácidos. as vitaminas, os<br />

promotores de crescimento e os anticoccidianos. Eles são agrupados em<br />

-'Alta tecnologia a serviço da alimentação das aves. Aves & ()\'()s. Agosto 1')')0. p.l-l (Comentário<br />

de Júlio Flávio Neves:<br />

71


função da composição química das matérias-primas. da linhagem genética das<br />

aves e da idade dos animais.<br />

Os aminoácidos são responsáveis pela constituição do tecido e pela<br />

estrutura de crescimento. Como as linhagens de frangos de corte<br />

desenvolveram um crescimento cada vez mais acelerado, o atual período de<br />

engorda, 36 a 49 dias, não é suficiente para que o metabolismo das aves<br />

permita a transformação da proteína até chegar à cadeia de aminoácidos 74. A<br />

solução viável é acrescentar aminoácidos sintéticos à ração.<br />

O milho possui vários tipos de aminoácidos. sendo a metionina o de<br />

maior participação e importância. Cada variedade de milho apresenta<br />

quantidades diferentes de metionina. entretanto nenhuma delas é suficiente<br />

para a necessidade das linhagens genéticas melhoradas. sendo necessário a<br />

adição de metionina sintética.<br />

A metionina é um aminoácido sintetizado por poucas firmas produtoras.<br />

Na América do Sul existe uma única fábrica. localizada no pólo petroquímico<br />

de Carnaçari. Salvador. Bahia. A Rhône-Poulenc, proprietária da unidade,<br />

possui as demais fábricas situadas estrategicamente em países chaves: duas<br />

unidades produtoras na França, uma nos Estados' Unidos e uma na Espanha.<br />

Ela responde pela maior capacidade mundial instalada em metionina de<br />

, 75<br />

síntese .<br />

-·'Idem. p. 16.<br />

-'Pó ou líquido') Aves (t: Ovos. Setembro 1


A unidade do Brasil, em 1990. destinou 93% da sua produção de 9 mil<br />

toneladas anuais de metionina DL à avicultura. A empresa faz também<br />

formulações para seus clientes: fábricas de ração e de premix.<br />

O premix é um sub-componente da ração. que reúne um pacote de<br />

aminoácidos, rmnerais. vitaminas, promotores de crescimento e<br />

anticoccidianos que, juntos ou isolados, podem ser misturados na unidade de<br />

fabricação de ração às matérias-primas de menor custo e de maior<br />

disponibilidade.<br />

O farelo de soja possui em quantidade suficiente um outro aminoácido<br />

básico: a lisina. Em função do preço da soja entretanto às vezes é mais<br />

rentável trabalhar com a lisina sintética importada. Segundos técnicos do setor,<br />

o maior uso de aminoácidos sintéticos reduziria o preço das rações. com<br />

ganhos de eficiência e digestibilidade para os frangos de corte".<br />

As vitaminas aumentam a resistência dos frangos, reduzindo a<br />

incidência de doenças. o que acarreta ganhos de produtividade. Sem as<br />

vitaminas. seguramente o índice de mortalidade das aves iria aumentar.<br />

As unidades de processamento de ração iniciam o planejamento da<br />

produção em três etapas:<br />

1~) a análise da composição quirmca das matérias-primas. que<br />

consiste em determinar o teor de proteína. energia. fibra, gordura,<br />

aminoácidos. vitaminas e minerais:<br />

-r,Alta tecnologia ... p.16 (Comentário de Renato Jose Borcnstcin)<br />

73


2ª) os dados obtidos são colocados em um programa de<br />

computador que os cruza com os requerimentos nutricionais dos<br />

frangos. de acordo com o padrão da linhagem. da idade das aves,<br />

do custo e da disponibilidade das matérias-primas:<br />

3 a ) a partir daí verifica-se a quantidade dos demais componentes<br />

necessários e tem-se pronta a formulação da ração a ser enviada<br />

às granjas de engorda.<br />

2.3.3.3. Transporte de ração<br />

o transporte de ração da unidade de processamento para a granja de<br />

engorda pode ser feito através de duas modalidades de veículos de transporte:<br />

a) os caminhões não-especializados que transportam a carga em<br />

sacos de ráfia ou bolsas de papel; e<br />

b) os veículos graneleiros especializados. com uma carrocena<br />

metálica fechada. que recebem a ração a granel diretamente dos<br />

silos das fábricas, e possuem um braço mecànico que despeja o<br />

produto em silos receptores na granja.<br />

o transporte da ração em bolsas de papel ou sacos de ráfia acarreta os<br />

seguintes custos operacionais extraordinários. em relação ao transporte a<br />

granel, para as fábricas de ração: aquisição das embalagens. enchimento dos<br />

74


sacos. costura dos sacos. embarque da ração nos veículos, desembarque da<br />

ração nas granjas, perdas de embalagens rasgadas e de conteúdos derramados.<br />

A bolsa de papel apresenta geralmente um custo unitário de aquisição<br />

menor do que o saco de ráfia. O custo de uma bolsa de papel impressa pode<br />

custar até 0,50 R$/unidade, para um preço de venda de um saco de ração em<br />

tomo de 13 R$/saco de 40Kg, preços CIF na granja, em Pernambuco.<br />

O manuseio das bolsas de papel, entretanto, é mais problemático que o<br />

dos sacos de ráfia. Elas freqüentemente se rompem no carregamento do<br />

veículo na fábrica. ou na recepção e no manuseio na granja, acarretando<br />

perdas de ração.<br />

2.3.4. Granja de Engorda: alimentação dos pintos desde 1 dia de idade até<br />

alcançar a faixa de peso de mercado<br />

A unidade de engorda tem duas preocupações básicas. no que diz<br />

respeito ao produto ração: qualidade e custo.<br />

A qualidade é fundamental porque uma ração de formulação inferior e<br />

matérias-primas não-selecionadas seguramente acarretará prejuízos, seja<br />

porque será consumida ração em excesso. seja porque os frangos não<br />

alcançarão a faixa de peso de mercado no período normal de engorda.<br />

75


o período de engorda tem sido decrescente ao longo dos anos,<br />

conforme analisado no item 2.3.3.2. em função da evolução nas cadeias<br />

biológica e de nutrição de frangos de corte. Em 1995 concebia-se um intervalo<br />

entre 36 e 49 dias de criação para se obter frangos com uma faixa de peso de<br />

mercado, entre 1,6 e 2,5Kg. Para se enquadrar neste perfil de produção, o<br />

criador deve contar com uma linhagem superior, uma boa sanidade do plantei<br />

e um manejo correto das aves desde I dia de idade até o momento da retirada<br />

das aves.<br />

Como a ração apresenta uma participação muito grande nos custos de<br />

produção do frango de corte, a pressão para evitar desperdícios no seu<br />

manuseio é muito grande.<br />

2.3.4.1. O processo de alimentação dos frangos nas granjas de engorda<br />

Existem dois sistemas básicos de distribuição interna de ração para as<br />

aves nas granjas de engorda: o manual e o automatizado.<br />

Sistema manual de distributção interna de ração<br />

a) o criador não dispõe de silos, recebendo a ração da unidade de<br />

processamento já ensacada. Os operários transferem os sacos de ração para o<br />

interior dos aviários e transpõem o seu conteúdo para comedores. que são<br />

dispositivos de alimentação das aves. em formas de tubos com um prato na<br />

76


ase. Periodicamente, cinco a seis vezes por dia. os operários giram os pratos e<br />

a ração estocada nos tubos cai por gravidade nos pratos. A capacidade<br />

individual de um comedor do modelo tubular é de 20Kg, suficiente para um a<br />

três dias de consumo. Antes de secar os tubos, os operários devem repor a<br />

ração nos mesmos.<br />

b) o criador dispõe de silos para recepção da ração a granel e deve<br />

realizar um serviço manual de ensacamento por gravidade da ração junto ao<br />

silo. Para isso, ele dispõe de um jogo de sacos de ráfia, suficientes para um ou<br />

dois dias de abastecimento de comedores de frangos em idade adulta,<br />

reutilizáveis ao longo do lote. Os sacos são enchidos, um de cada vez, e<br />

procede-se ao abastecimento e reposição dos comedores como exposto na letra<br />

(a).<br />

O jogo de sacos de ráfia é reutilizável somente ao longo do lote atual<br />

de criação, não podendo ser reaproveitado em lotes posteriores por razões<br />

sanitárias.<br />

A justificativa para utilização de silos com distribuição manual de ração<br />

fundamenta-se:<br />

I) na economia global proporcionada pelo transporte graneleiro,<br />

conforme analisado no item Transporte de ração;<br />

2) na quantidade reduzida de sacos de ráfia em relação ao total de<br />

bolsas de papel ou sacos de ráfia recebidos pelo sistema descrito<br />

em (a); e<br />

77


3) no possível menor desperdício de ração em encher os sacos do<br />

que o ocorrido quando o caminhão é descarregado. conforme<br />

sistema exposto em (a).<br />

As desvantagens para a granja de engorda residem em:<br />

1) o tempo despendido para o enchimento dos sacos ser<br />

possivelmente maior do que o tempo necessário para descarregar<br />

os sacos do caminhão, de acordo com o sistema explanado em<br />

(a);<br />

2) obter uma quantidade reduzida de sacos de ráfia ao final do<br />

lote em relação ao total de bolsas de papel ou sacos de ráfia<br />

recebidos conforme sistema relatado em (a).<br />

o criador obtém uma receita unitária em tomo de O, <strong>10</strong> R$/unidade pela<br />

bolsa de papel, em Pernambuco, no mercado secundário, ou seja o mercado<br />

pós-uso na granja. Essas bolsas geralmente são destinadas a pequenas<br />

mercearias ou supermercados, para servir como embalagem de transporte. Os<br />

sacos de ráfia são um pouco mais valorizados no mercado secundário.<br />

Em ambos os casos, (a) e (b), a não-colocação de operários no período<br />

noturno pode implicar num consumo reduzido de ração pelas aves. Isto ocorre<br />

porque os comedores tubulares, quando não são girados durante a noite,<br />

restringem a comida das aves, até a manhã seguinte, à quantidade de ração<br />

78


disposta no prato quando do último giro do dia anterior. .-\ movimentação<br />

física de operários no interior dos galpões também desperta os frangos<br />

incitando-os a comer.<br />

Os processos de transferência da ração dos sacos para os comedores<br />

tubulares e de giro dos pratos provoca a queda excessiva de ração no piso dos<br />

aviários, constituindo desperdícios.<br />

Sistema automático de distrtbuição interna de ração<br />

c) o criador dispõe de silos para recepção da ração a granel e de um<br />

sistema motriz que transfere a ração dos silos para os comedores. Ele pode:<br />

I) utilizar um sistema de canos de distribuição específicos<br />

no interior do aviário que conduz a ração aos diversos<br />

pratos de alimentação distribuídos ao longo do<br />

encanamento:<br />

2) utilizar um sistema de esteira rolante que se desloca no<br />

interior de calhas. sendo estas últimas dispostas no interior<br />

do galpão em um circuito fechado. '\este caso. os<br />

comedores ou pontos de alimentação das aves consistem na<br />

própria extensão das calhas.<br />

Em ambos os casos. (1) e (]), a distribuição de ração no interior dos<br />

aviários é automatizada. sendo programada através de um temporizador ou<br />

79


timer, o que assegura fornecimentos constantes dia e noite. com otimização do<br />

tempo de freqüência de distribuição. Isto evita inconstâncias no ciclo de<br />

alimentação dos frangos. o que melhora a taxa de conversão alimentar.<br />

O uso de sistemas automatizados de distribuição interna de ração tende<br />

a proporcionar melhor rendimento animal. menor desperdício de ração e<br />

economias de pessoal.<br />

O ganho de utilidade de tempo e de forma na ração transportada a<br />

granel, e distribuída automaticamente nas granjas. enfrenta uma barreira: o<br />

custo de aquisição dos equipamentos.<br />

Esta barreira tornar-se-á tão mais frágil quanto maior for o número e o<br />

porte das granjas de engorda, em função da diluição dos custos fixos de<br />

aquisição dos veículos graneleiros.<br />

O aumento no custo e a dificuldade de formação técnica da mão-de-<br />

obra no meio rural conduzem cada vez mais à automação das granjas.<br />

A relação entre li unidade de fabricação de ração e li granja de engorda<br />

A relação entre estas duas unidades pode ser:<br />

(1) as duas são integradas verticalmente:<br />

(2) as duas são quast-integradas:<br />

(3) as duas são participantes autônomas na cadeia.<br />

80


A unidade de fabricação de ração e a granja de engorda são integradas<br />

verticalmente na cadeia de nutrição de frangos de corte<br />

O produtor que dispõe de granjas de engorda e unidades de<br />

processamento de ração é o que dispõe da melhor possibilidade de utilizar<br />

veículos graneleiros e distribuir automaticamente a ração nos aviários.<br />

O fato acima justifica-se por:<br />

a) o porte financeiro maior do produtor que tem condições de<br />

comprar um veículo graneleiro lhe dá mais condições para que<br />

suas granjas sejam adaptadas de sistemas manuais para sistemas<br />

automáticos de distribuição interna de ração:<br />

b) com o transporte especializado ele terá condições de fazer um<br />

maior número de viagens por unidade de tempo do que os<br />

veículos não-especializados. pois há economias de tempo e<br />

pessoal nas tarefas de embarque e desembarque da carga. o que<br />

lhe permite expandir o sistema de distribuição física para um<br />

número maior de granjas:<br />

c) o período da noite o produtor preferencialmente reserva para<br />

transportar ração às granjas próprias, pois ocupa-se somente um<br />

funcionário. o motorista. no veículo e um funcionário na granja<br />

para abrir o cadeado do silo:<br />

81


d) durante o dia ele preferencialmente reserva para unidades de<br />

engorda onde ele pode desempenhar a função de parceiro<br />

produtor. sem criar atritos de horário com o parceiro criador.<br />

Uma situação peculiar acontece quando a unidade de processamento de<br />

ração encontra-se localizada no mesmo espaço físico da granja. É uma<br />

situação que pode ser frequentemente encontrada em granjas não-vinculadas a<br />

uma parceria avícola. O transporte da unidade de ração para a granja<br />

comumente é feita em sacos de ráfia.<br />

Existe também a possibilidade, para granjas de altíssima capacidade de<br />

lotação de frangos. de distribuir a ração diretamente do silo da unidade de<br />

processamento para os aviários através de dutos específicos, repetindo em<br />

ambiente externo a operação feita no interior dos aviários no sistema de<br />

distribuição automatizado com canos. conforme analisado acima (item<br />

2.3.4.l.c.I). Esta última opção não é muito aconselhada devido a maior<br />

flexibilidade do transporte em veículos. o que facilita o aumento ou a<br />

diminuição no plantei de aves em função de alterações na quantidade de<br />

granjas.<br />

82


A unidade de fabricação de ração e a granja de engorda são quasr-<br />

integradas na cadeia de nutrição de frango .,,"de corte<br />

Nas parcerias avícolas. a unidade de fabricação de ração e a granja de<br />

engorda ocupam espaços físicos distintos. Como a fábrica de ração trabalha<br />

com múltiplas granjas. a granja de engorda poderia transmitir alguma<br />

contaminação à unidade de ração agregada. e esta disseminá-la para outras<br />

granjas do sistema.<br />

No caso das parcerias. as granjas de engorda recebem exclusivamente a<br />

ração pronta da(s) unidade(s) de fabricação do parceiro produtor. Muitas vezes<br />

o parceiro produtor financia ou empresta silos ao parceiro criador para que o<br />

transporte seja feito nos caminhões graneleiros.<br />

Um conflito muito freqüente entre os membros criador - produtor é o<br />

que diz respeito à propriedade dos sacos de ráfia usados como embalagem da<br />

ração. no caso de distribuição manual de ração nas granjas. Muitas vezes o<br />

parceiro produtor prefere utilizar sacos de ráfia do que bolsas de papel. e<br />

retomá-los do criador procedendo à lavagem e desinfecção dos mesmos para<br />

uma outra reutilização. o que seria mais econômico.<br />

Há criadores que não aceitam a prática acima. pois afirmam que:<br />

I) quando a embalagem de transporte utilizada é bolsas de papel,<br />

o parceiro criador fica com a posse das mesmas:<br />

83


2) as granjas de engorda autônomas ao comprar a ração ficam<br />

com a posse da embalagem. seja esta bolsa de papel ou saco de<br />

ráfia:<br />

3) a receita do parceiro criador obtida com a venda dos sacos de<br />

ráfia seria significativa em relação a remuneração obtida pelo<br />

mesmo com a criação dos frangos para o parceiro produtor.<br />

Estimativas de cálculo realizadas para (3) apontam uma relação em<br />

torno de 7%, de acordo com os cálculos mostrados abaixo.<br />

Considerando uma criação inicial de <strong>10</strong>.000 aves. com mortalidade de<br />

5% ao longo do lote. com peso final de cada ave vendida de 2.254Kg e com<br />

peso médio do lote na idade de abate de 2,142Kg, aos 49 dias de idade,<br />

obteve-se uma conversão alimentar de 2,02Kg de ração para 1.0Kg de ave".<br />

Portanto.<br />

Então:<br />

9500 aves vendidas x 2.254Kglave x 2.02 Kg raçào/Kg de ave =<br />

= 43.254,26Kg de ração.<br />

Como os sacos de ração em questão são de 40Kg. ter-se-á:<br />

n'' sacos = 43.254,26Kg./40.<br />

n~ sacos = 1.081 sacos.<br />

Apuração do custo do quilo de frango vivo na granja em USS oficial media mensal - Julho/lJ-l. ,I \'es<br />

& ()\'Os ,·1Revista da .t/oderna Avicuitura. Setembro 1994. Tabelas da Avicultura, p. ()lJ<br />

84


A receita obtida com a venda de sacos. considerando o preço de um<br />

saco O.IORS no mercado secundário é de:<br />

1.081 x O,<strong>10</strong>RS = <strong>10</strong>8.00 RS.<br />

A receita obtida com a criação de aves é de /8 :<br />

0.16RS/cabeça x 9.500 aves = 1.520,00 RS .<br />

Receita sacos / Receita aves = <strong>10</strong>8,00RS/1.520,00RS = 7,11%.<br />

o parceiro produtor, no entanto, paga bem mais de 0,1 ORS por um saco<br />

de ráfia novo (em tomo de 0.50RS, conforme item 2.3.3.3). A solução mais<br />

econômica a ser aplicada, a depender do entendimento particular do produtor<br />

sobre a questão. e do tipo de poder exercido na cadeia. talvez consistisse em o<br />

produtor remunerar o criador pelo preço da bolsa no mercado secundário:<br />

0.<strong>10</strong>RS/unidade. no caso. A desvantagem poderia estar em o criador sentir-se<br />

induzido a evitar desperdícios de ração.<br />

O parceiro criador. no entanto. tem interesse em evitar desperdícios de<br />

ração e conseguir uma boa conversão alimentar. pois a sua remuneração é<br />

variável de acordo com os resultados obtidos no lote.<br />

-:'Oliveira. Darcio, Sua excelência. o frango. Isto e.:> 1/01/%. p. 22<br />

85


A unidade de fabricação de ração e a granja de engorda são participantes<br />

autônomas na cadeia de nutrição de frangos de corte<br />

A granja de engorda pode adquirir a ração pronta ou um sub-<br />

componente da ração para adicionar à(s) matéria(s)-prima(s) na propriedade. A<br />

ração pronta, por possuir um maior nível de serviços agregados. resulta<br />

relativamente mais onerosa do que a obtenção de sub-componentes e matérias-<br />

primas isoladas.<br />

A aquisição de milho. porém, dificulta a operação das unidades de<br />

ração nas granjas, particularmente as autônomas: não só há pouca oferta como<br />

a qualidade do milho brasileiro em geral é inferior. fruto da tendência<br />

generalizada em não se utilizar sementes selecionadas para o plantio.<br />

Como as fábricas de ração. pelo seu porte e especialização. tem mais<br />

condições de adquirir e realizar um controle de qualidade mais eficiente nos<br />

componentes. especialmente o milho, algumas granjas de menor porte<br />

preferem comprar a ração pronta.<br />

2.4. CA<strong>DE</strong>IA <strong>DE</strong> DISTRIBUIÇÃO <strong>DE</strong> FRANGOS <strong>DE</strong> CORTE VIVOS<br />

Atacado<br />

Abatedouro<br />

86


2.4.1. Granja de Engorda: a comercialização dos frangos de corte vivos<br />

2.4.1.1. Considerações econômicas sobre a idade de venda das aves<br />

A faixa de peso de mercado, descrita anteriormente na cadeia de<br />

nutrição de frangos de corte (item 2.3.4.), consiste em uma faixa de equilíbrio<br />

entre o custo de produção do frango de corte e o que o mercado consumidor<br />

deseja. Assim o mercado. em 1995, dificilmente compraria um frango vivo<br />

com menos do que 1.6Kg, mas se quisesse um frango maior do que L5Kg<br />

normalmente deveria pagar um valor maior por quilo.<br />

O custo de produção do quilo de frango de corte vivo apresenta uma<br />

elevação considerável em função do aumento do período de engorda. Analistas<br />

do setor consideravam como regra geral. em 1995. que frangos vendidos com<br />

mais de 49 dias de idade tornavam-se antieconómicos.<br />

A idade de engorda elevada toma-se antieconómica por vários motivos:<br />

a) a taxa de conversão de ração em carne de frango decresce com<br />

o aumento da idade. o que implica em maiores gastos com ração:<br />

b) a taxa de mortalidade aumenta com um maior período de<br />

engorda. e essas aves, por serem mais velhas. também sào mais<br />

pesadas. o que acarreta maior nível de perdas:<br />

c) o ciclo de produção toma-se mais lento o que reduz o volume<br />

de capital de giro.<br />

87


Cálculo dos CIISTOs extraordinários de ração nofrango de idade avançada:<br />

um exemplo ilustrativo<br />

Então:<br />

Entretanto:<br />

Então:<br />

a) suponha que aos 49 dias tem-se conversão alimentar (CA.) = 2,0.<br />

I frango de 2,5Kg = 5Kg de ração.<br />

b) aos 38 dias tem-se CA. = 1,9.<br />

I frango de 2.0Kg = 3.8Kg de ração.<br />

Logo, para se obter <strong>10</strong>Kg de frango em a. foram necessários20 Kg de<br />

ração. enquanto os mesmos <strong>10</strong>Kg de frango em h consumiram 19K9 de ração,<br />

uma economia de 5~'Óna ração. Este item. ração. corresponde a cerca de 70%<br />

dos custos. donde: 0.05 x 0.7 = 3.5% de economia nos custos totais advindos<br />

somente da economia de ração.<br />

2.4.1.2 A comercialização dos frangos de corte vivos<br />

o primeiro comentário importante a ser feito é sobre o componente<br />

elasticidade de preço do frango com relação a demanda. Considera-se. na<br />

88


cadeia de distribuição de frangos de corte \'IVOS. que a procura aumenta<br />

consideravelmente quando há redução dos preços.<br />

O segundo comentário. feito com freqüência pelos produtores. é o de<br />

que muitas vezes eles diminuem os preços. em função do excesso de aves de<br />

idade avançada nas granjas. mas os preços ao consumidor não acompanham a<br />

redução. Normalmente os atacadistas apenas repassam o preço, acrescentando<br />

uma margem bruta média de 0,<strong>10</strong> aO, 15R$ por quilo. Tais constatações fazem<br />

crer que certas unidades varejistas não são muito ágeis no que se refere a<br />

rebaixar os preços.<br />

O terceiro comentário é sobre a informalidade do mercado de frangos<br />

de corte vivos, no sentido de que não existem muitas exigências fiscais para a<br />

compra. transporte e venda das aves. A falta de regulamentação do setor<br />

provavelmente contribuiu muito para a expansão das atividades. Entretanto<br />

abriu-se o caminho para aventureiros desprovidos do menor senso ético.<br />

O critério de honestidade. é fundamental pois a mensuração das<br />

transações está baseada na apuração dos quilos de frango obtidos na leitura da<br />

balança. Em se tratando de aves vivas pode haver perdas de peso. conhecidas<br />

no setor como quebras de peso. o que dificulta o controle efetivo.<br />

Para lotes destinados exclusivamente a depósitos. a pesagem pode ser<br />

feita em balança rodoviária próxima à granja. O embarque das aves na granja,<br />

neste caso, normalmente é feito diretamente nas caixas - plásticas,<br />

padronizadas. com espaços abertos para a ventilação.<br />

89


Cada grade plástica de transporte pode acondicionar um máximo de até<br />

dez frangos. A quantidade alojada vai depender do volume corporal das aves -<br />

para frangos de 2,5Kg médios recomenda-se trabalhar no máximo com oito<br />

aves por grade. Para transporte em distâncias maiores e em horários quentes do<br />

dia é recomendável diminuir a lotação.<br />

Normalmente o lote é transportado da granja diretamente para mais de<br />

um varejista. A cultura comercial destes em geral não aceita um peso médio<br />

global. A prática adotada então é a pesagem individual na granja das caixas de<br />

transporte .<br />

No interior do aviano. os frangos são colocados em sacos de ráfia,<br />

numa quantidade por saco igual a que será acondicionada na grade de<br />

transporte. Geralmente na porta de saída do aviário posiciona-se a balança.<br />

Após a pesagem individual de cada saco. O carregador leva o mesmo ao<br />

veículo estacionado ao lado do galpão. O saco é entregue a dois. três ou mais<br />

funcionários, que em cima do caminhão transplantam as aves de cada saco de<br />

ráfia para cada grade plástica.<br />

A remuneração do parceiro criador<br />

Após a retirada dos frangos. o parceiro criador espera um período de<br />

sete a quatorze dias para receber a remuneração da empresa produtora. Neste<br />

período é calculado o total da ração consumida. o peso total das vendas de<br />

frangos. a conversão alimentar. a quantidade de frangos vendidos. o peso<br />

90


médio do frango vendido. a idade média de retirada das aves e a viabilidade<br />

econômica.<br />

A viabilidade econorruca é a relação entre o numero de frangos<br />

vendidos e o número de pintos alojados. Tal relação flutua em torno de 5%.<br />

De posse dos dados acima, é calculado o fator de produção. um índice<br />

que mede a produtividade do lote e cujo resultado serve como base de cálculo<br />

para o pagamento dos produtores aos criadores.<br />

A fórmula para o fator de produção pode ser expressa como:<br />

F.P. = (peso médio do lotei idade média de retirada das aves) x<br />

(viabilidade econômica! conversão alimentar) x <strong>10</strong>0.<br />

Um exemplo ilustrativo<br />

Considere-se um lote de frangos com os seguintes resultados: peso<br />

médio - 2.5Kg, idade média de retirada - 50 dias. viabilidade econômica -<br />

95%. e conversão alimentar - 2.0. Então:<br />

F.P. = (2.5KgI 50 dias) x ( 0.9512.0) x <strong>10</strong>0 = 237.5.<br />

o fator de produção médio oscila em tomo de 230, podendo alcançar<br />

até a casa dos 270, para excelentes resultados.<br />

A remuneração média dos parceiros criadores está em tomo de 0.16R$<br />

por cabeça de frango. para um fator de produção em tomo de 240. Resultados<br />

de 270 podem receber até 0,20RSI cabeça, ou mais. Os resultados inferiores no<br />

91


fator de produção são menos remunerados. Há um limite para o nível inferior<br />

de resultados aceitável pelas empresas produtoras .. Abaixo desse limite mínimo<br />

a empresa pode não pagar ou até mesmo exigir uma indenização do criador<br />

pelos prejuízos. Tal fato se justifica por haver casos de desonestidade por parte<br />

de criadores que desviam a ração das aves.<br />

Como o item ração é o que apresenta maiores diferenças regionais no<br />

custo de produção de frangos, e esse item é bancado pelo produtor, a<br />

remuneração unitária aos criadores é mais ou menos homogênea em todo o<br />

país. Existem no entanto diferenças na quantidade de frangos alojados por<br />

metro quadrado, conhecido no setor como densidade de aves alojadas. em<br />

função de temperaturas regionais diferentes. No caso da região Nordeste aloja-<br />

se um máximo de <strong>10</strong> frangos por metro quadrado. enquanto no Sul aloja-se até<br />

16 aves no mesmo espaço.<br />

A remuneração no caso de arrendamento da granja de engorda<br />

Existem diversas modalidades de remuneração no arrendamento de<br />

granjas de engorda. O pagamento é estipulado com base na capacidade de<br />

alojamento de aves da granja. O valor computado pode ser fixo. normalmente<br />

mensal. ou variável.<br />

destacam:<br />

No caso de remuneração variável. duas formas de pagamento se<br />

92<br />

, . .:


a) O arrendatário pode pagar um valor monetário correspondente<br />

a um número determinado de quilos. para um certo número de<br />

aves. A desvantagem nesse método é o preço de venda do quilo<br />

do frango variar ao longo do ano, normalmente com patamares<br />

superiores no segundo semestre.<br />

b) No caso de parcerias avícolas, o arrendatário-criador pode<br />

pagar um percentual estabelecido em cima da remuneração obtida<br />

do produtor. Esta última é comprovada através da exibição do<br />

recibo expedido pela empresa produtora. Trata-se de um caso<br />

particular de quarteirização, com a vantagem de o pagamento não<br />

oscilar muito ao longo do ano, em função da maioria das<br />

empresas produtoras pagarem aos criadores valores fixados em<br />

função da produtividade. e não de preços de mercado.<br />

2.4.2. O Atacado de Frangos de Corte Vivos<br />

A relação entre a granja de engorda e o atacado de frangos de corte<br />

vivos pode ser:<br />

( I) os dois são integrados verticalmente:<br />

(2) os dois são quasi-integrados:<br />

(3) os dois são participantes autônomos na cadeia.<br />

93


A granja de engorda e () atacado são integrados verticalmente<br />

Ocorre quando o produtor é proprietário de um ou mais pontos de<br />

atacado. Estes pontos geralmente são localizados às margens das vias de<br />

acesso para as cidades. na periferia das mesmas.<br />

atacado sào:<br />

Os motivos básicos que levam um produtor a montar um ponto de<br />

1) evitar e/ou diminuir a dependência de atacadistas fortes:<br />

2) possuir um ponto estrategicamente localizado em relação ao<br />

mercado varejista:<br />

3) quando o produtor opera mais de uma granja, há vantagens<br />

sanitárias. administrativas e de distribuição aumentadas em<br />

possuir um escoadouro de produção centralizado:<br />

4) quando o produtor tem a(s) granja(s) localizada(s) distante(s)<br />

do mercado varejista. o ponto de distribuição pode viabilizar uma<br />

logística de entregas a varejistas: e<br />

5) aumentar a margem de lucro.<br />

A granja de engorda e () atacado são quasi-integrados<br />

Muitas vezes o produtor tem necessidade de operar uma unidade de<br />

atacado, mas não dispõe dos meios financeiros ou administrativos para realizar<br />

tal empreendimento.<br />

94


Se o produtor não dispuser de meios financeiros, dificilmente<br />

conseguirá efetuar algum tipo de contrato em que o intermediário se disponha<br />

a ser um atacadista exclusivo. em troca do fornecimento assegurado. Uma das<br />

principais características do atacado de frangos vivos é a guerra de preços<br />

entre produtores e atacadistas, associada a períodos freqüentes de excesso de<br />

oferta de aves.<br />

O aspecto do controle efetivo dos pesos de vendas é um dos principais<br />

entraves para os produtores quasi-integrarem uma unidade de atacado. A<br />

opção normalmente recai sobre a integração vertical. Os que assim o fazem,<br />

freqüentemente passam a administrar suas antigas atividades no novo negócio<br />

ou deslocam algum membro da família para exercer as novas tarefas.<br />

Uma alternativa de quasi-integração para o produtor que possui os<br />

meios financeiros. mas não os administrativos. é ceder as instalações físicas de<br />

depósito e/ou veículos ao intermediário. em troca do fornecimento dos<br />

frangos. Essa modalidade também existe na relação autônoma produtor -<br />

unidade varejista. conforme será visto mais adiante.<br />

A granja de engorda e () atacado .•.• tão autônomo s<br />

A função de produção de frangos de corte é especializada, não existindo<br />

muito espaço para uma diferenciação do produto vivo. Como as quantidades' ,<br />

produzidas sào geralmente grandes, e a distribuição disseminada através de<br />

95


vendas para numerosos pontos de varejo, tem-se a presença de numerosos<br />

atacadistas.<br />

Estes intermediários. também conhecidos como atravessadores no<br />

segmento de frangos de corte vivos. respondem pela quase totalidade da<br />

distribuição. Todos possuem meios de transporte próprios para as viagens da<br />

granja ás unidades de varejo.<br />

Um aspecto que ainda se revela muito ineficiente no transporte das aves<br />

vivas é o congestionamento de caminhões na granja aguardando o embarque<br />

dos animais. O problema reside na imprevisibilidade do horário de chegada<br />

dos atacadistas. Há momentos em que não há nenhum embarque. e momentos<br />

nos quais o produtor é obrigado a colocar duas ou mais turmas de<br />

trabalhadores para agilizar o carrego.<br />

Uma das soluções tem sido a utilização de caminhões do produtor ou<br />

fretados pelo mesmo. Assim. é possível prever o tempo necessário entre<br />

VIagens. e escalar o tamanho da frota e a necessidade de pessoal para o<br />

embarque.<br />

O transporte a cargo do produtor é muito utilizado nas viagens longas,<br />

como o embarque de frangos vivos de Pernambuco para o Rio Grande do \ ,<br />

Norte. A desvantagem desta modalidade para o atacadista implica na utilização<br />

obrigatória de depósitos de aves vivas.<br />

96<br />

'I<br />

\ \


o uso intensivo de depósitos tem como conseqüências:<br />

a) a necessidade de otimização de ventilação e segurança nos<br />

galpões, o que aumenta os custos; e<br />

b) a perda de peso das aves e o aumento da mortalidade<br />

decorrentes do stress da viagem aliado ao manuseio de<br />

desembarque, alojamento no galpão e reembarque das aves vivas<br />

nas caixas.<br />

Muitas vezes o produtor oferece ao atacadista a possibilidade de<br />

realizar a entrega nos seus pontos de varejo - do atacadista - sem custo<br />

adicional. Mas procedendo assim o atacadista pode expor demasiadamente a<br />

sua carteira de clientes.<br />

Por mais das vezes o atacadista opta por fazer a distribuição<br />

diretamente aos varejistas. utilizando o galpão de armazenamento para estoque<br />

de segurança e alguma sobra de aves das entregas.<br />

Há muito espaço para cooperação e para conflitos na relação autônoma<br />

produtor - atacadista. sendo talvez a relação mais crítica do canal de<br />

distribuição.<br />

Os conflitos freqüentemente ocorrem na negociação de preços e de peso<br />

do frango de corte. O atacadista quer obter do produtor o menor preço por<br />

quilo. para maximizar seus lucros. e o maior peso por ave. para satisfazer ao<br />

97


varejista: e o produtor deseja exatamente o oposto. pOIS com a elevação da<br />

idade do frango os custos de produção são proporcionalmente maiores.<br />

2.4.3. O Varejo de Frangos de Corte Vivos: recebimento de frangos de<br />

corte vivos e venda de frangos de corte vivos e abatidos na hora<br />

É interessante tecer-se um comentário sobre as lojas de varejo que ·<br />

recebem os frangos de corte vivos. Estas lojas recebem as aves vivas. mas as<br />

vendem tanto vivas como abatidas, através de um abate artesanal no próprio.<br />

ponto de venda. A participação dos frangos abatidos artesanalmente beira à ' I<br />

quase totalidade das unidades vendidas, em relação à venda de frangos vivos,<br />

nas unidades varejistas.<br />

Este atividade está longe de se constituir em um abate ecologicamente<br />

correto. As penas e outros restos das aves são jogados no lixo ou a céu aberto.<br />

Em ocasiões esporádicas a Vigilância Sanitária faz visitas a esses<br />

estabelecimentos. Mas não se pode dizer que até a presente data o mercado de<br />

frangos vivos tenha sido diminuído em função de fiscalizações sanitárias nos I<br />

pontos de varejo.<br />

Por haver um pequeno intervalo entre o abate e a venda ao consumidor,<br />

os frangos são chamados de abatidos na hora. O processo de abate começa de<br />

madrugada e às vezes se estende durante o dia todo. se houver bastante<br />

procura. O varejista pode optar por deslocar um funcionário ou ele mesmo<br />

98


ealizar a tarefa. \lo entanto é muito comum a utilização de peladeiras, moças<br />

ou senhoras que trabalham cerca de duas horas todas as manhãs. cedo. Essas<br />

peladeiras. devido à sua especialização. deixam o frango abatido na hora<br />

bastante limpo - sem marcas de penas. e com um bom aspecto visual.<br />

Pelas condições inerentes ao seu funcionamento. o varejo de frangos<br />

VIVOS não é mais encontrado em bairros sofisticados. mas se encontra<br />

amplamente disseminado na periferia das grandes cidades e nas cidades<br />

menores. Talvez a falta de um maior número de supermercados e mercearias<br />

com balcões frigorificos. que ofertassem frangos de corte abatidos resfriados<br />

oriundos de frigoríficos industriais. explique o quase monopólio do frango<br />

abatido na hora nessas áreas.<br />

o fato é que, em visitas a essas zonas e aos estabelecimentos varejistas<br />

ali instalados. pode-se perceber a aceitação popular do frango abatido na hora<br />

e o intenso movimento de fregueses à procura da ave.<br />

pode ser:<br />

A relação entre a granja de engorda e o varejo de frangos de corte vivos<br />

( 1) os dois são integrados verticalmente:<br />

(2) os dois são quasi-tntegrados:<br />

(3) os dois são participantes autônomos na cadeia.<br />

99<br />

" \/ I<br />

i \,


A granja de engorda e () varejo são integrados verticalmente<br />

As lojas de varejo integradas verticalmente as granjas de engorda<br />

geralmente nâo dispõem de grande variedade de produtos. A. quase totalidade<br />

de suas vendas reside no produto frango de corte: vivo ou abatido na hora. É<br />

muito comum também a venda de ovos nesse estabelecimentos. conhecidos<br />

como varejões.<br />

varejo sào:<br />

Os motivos básicos que levam um produtor a montar um ponto de<br />

1) possuir um escoadouro da produção:<br />

2) evitar e/ou diminuir a dependência de varejistas fortes:<br />

3) possuir um ponto de varejo localizado distante<br />

geograficamente de seus clientes, para implementar uma política<br />

de vendas própria. sem criar conflitos no seu canal:<br />

4) possuir um ponto de varejo localizado no meio geográfico do<br />

canal para forçar a redução de preços e o conseqüente aumento de<br />

vendas: e<br />

5) aumentar a margem de lucro.<br />

A granja de engorda e () varejo são quasi-integrados<br />

Nesta modalidade normalmente o frango desempenha a participação<br />

mais importante nas vendas. mas é comum existir um outro produto ou linha<br />

de produtos que divide as vendas da loja. É o caso dos açougues - venda de ~j<br />

<strong>10</strong>0<br />

t.


outras carnes: e das merceanas - venda de frutas. verduras e alimentos<br />

embalados.<br />

Uma alternativa de quasi-integraçào para o produtor que pOSSUI os<br />

meios financeiros, mas não os administrativos. é ceder as instalações físicas do<br />

ponto de vendas para um intermediário varejista. em troca do fornecimento dos<br />

frangos. Há modalidades que incluem a cessão de balança e freezer. A<br />

dificuldade maior para implantação de um sistema destes reside no nível de<br />

comprometimento entre as partes. principalmente do varejista. É bastante<br />

comum o varejista comprar frangos a outro produtor ou atacadista. desonrando<br />

o acordo inicial.<br />

Uma solução plausível seria a implantação de lojas de franchising que<br />

poderiam vender os frangos abatidos na hora e/ou abatidos industrialmente. A<br />

empresa produtora. caso possua abatedouro industrial. poderia determinar, de<br />

acordo com o nível de sofisticação dos bairros. quais lojas venderiam somente<br />

o produto abatido industrialmente. e que lojas poderiam vender<br />

concomitantemente o produto abatido na hora e o abatido industrialmente.<br />

A granja de engorda e () varejo ...• tão autônomos<br />

Nesta modalidade existe muita diversidade entre as lojas e os itens de<br />

vendas. ocorrendo desde lojas especializadas em frangos. carnes e ovos. até<br />

minimercados com bastante variedade.<br />

rr ,"':~,~'. r • I~<br />

j~<br />

'-.;<br />

<strong>10</strong>1


A maioria das unidades de varejo que comercializam o frango vivo e<br />

abatido na hora são familiares e de pequeno porte. Existe também algumas<br />

lojas de porte maior, normalmente situadas perto de feiras-livres e pontos<br />

movimentados.<br />

Os varejistas fazem muita questão no item tamanho do frango. Os<br />

consumidores, em geral. preferem frangos de maior peso, o que revela-se<br />

antieconômico para o produtor (ver item 2.4. LI.).<br />

Os varejistas geralmente não gostam de manter estoques elevados de<br />

frangos vivos nas suas lojas em função das despesas com ração. otimização de<br />

ventilação. e segurança, nos galpões. Ocorre também perda de peso e<br />

mortalidade das aves em decorrência de stress.<br />

Há pontos que realizam vendas de <strong>10</strong>0 até 3.000 aves por semana. A<br />

freqüência de vendas. para os varejistas. pode ser de 2 a 7 entregas semanais.<br />

sendo mais comum em torno de três recebimentos por semana. O prazo de<br />

pagamento dado ao varejista varia entre 3 e 14 dias. A margem do varejista é<br />

bastante variável entre as diversas lojas. em função de diferentes níveis de<br />

preços de venda.<br />

A remuneração da empresa produtora<br />

Nas vendas para outros Estados. existe obrigatoriedade de emissão de<br />

• d "<br />

nota fiscal. Apos a venda dos frangos. a empresa produtora pode ter um prazo ~<br />

de até quatorze dias para receber o pagamento dos atacadistas ou varejistas.<br />

<strong>10</strong>2


No comércio varejista. em geral. não há nenhum tipo de compromisso<br />

de pagamento assinado. Esse é um dos motivos porque muitas vezes as<br />

empresas produtoras preferem operar com atacadistas do que varejistas.<br />

No caso da empresa possuir lojas de "arejo integradas ou quasi-<br />

integradas. o prazo de recebimento é quase nulo em função da autornaticidade<br />

das vendas.<br />

A remuneração das empresas produtoras de frangos VIVOS está<br />

diretamente relacionada ao preço do quilo de frango vivo. à idade de venda das<br />

aves. e à eficiência operacional na granja de engorda. Esta última é medida<br />

através do/à/o r de produção (ver a remuneração do parceiro criador. no item<br />

2.4.1.2. ), que engloba entre outros fatores a conversão alimentar.<br />

Um exemplo ilustrativo: desperdício de ração<br />

Considere-se que uma empresa produtora de frangos aumentou a sua<br />

taxa de conversão alimentar média de 2.0 para 2.1 Kg ração! Kg ave. Então<br />

para uma produção de 500.000 frangos/mês. com 2.5Kg quilos vivos médios. e<br />

preço de 1.00RS/Kg, ter-se-á:<br />

Receita de vendas = 500.000 x 2.5Kg x 1.00RS/Kg = 1.250.000RS<br />

Para um custo de ração de 0,30 RS/Kg, ter-se-á:<br />

Situação 1) C. A. : 2.0.<br />

Despesas com ração = 1.250.000Kg x 2.0 x 0.30RS/Kg = 750.000RS<br />

<strong>10</strong>3


Situação 2) c.x. 2.1.<br />

Despesas com ração = l.250.000Kg x 2.1 x O.30R$/Kg = 787.500R$<br />

No caso de se aceitar uma margem de lucro líquido para o setor de <strong>10</strong>%<br />

do faturamento, ou seja 125. OOOR$, provavelmente superestimada. a diferença<br />

entre a situação 1 e 2, 37.500R$, representa cerca de 33% do lucro líquido<br />

mensal.<br />

Os pequenos produtores (ornam-se criadores<br />

o elevado custo de produção e a dificuldade de comercialização dos<br />

frangos vivos são dois fatores que contribuem muito para a perda de<br />

rentabilidade do pequeno produtor-criador e a conseqüente retirada de muitos<br />

deles para a atividade exclusiva de criador em uma parceria avícola.<br />

2.4.4. Abatedouro: recepção de frangos de corte vivos e seu processamento<br />

Uma das embalagens de venda dos frangos em partes é uma bandeja<br />

com filme transparente. o qual expõe defeitos tais como coágulos,<br />

descoloração. cortes no músculo e queimaduras. Devido a tal fato. muitas<br />

falhas nas operações do abatedouro ficam expostas aos consumidores.<br />

A tendência de participação cada vez maior de frangos em partes no<br />

composto de vendas do abatedouro obriga a uma responsabilidade dobrada das -, " . .•<br />

<strong>10</strong>4<br />

\. /\<br />

-c, ,


equipes de apanha de ares nas granjas de engorda. 1<strong>10</strong> embarque dos frangos<br />

no veículo e no transporte para o abatedouro.<br />

o uso de equipes treinadas que realizem as tarefas de forma ágil, mas<br />

com atenção bastante para não machucar ou quebrar os membros dos frangos,<br />

é fundamental.<br />

o veículo. ao chegar no abatedouro, segue diretamente para a balança<br />

rodoviária, onde é registrado o horário de chegada. os dados do caminhão e a<br />

granja de origem das aves. O controle do horário na unidade de abate é<br />

fundamental para a conferencia com o horário de saída da granja, anotado pelo<br />

responsável da expedição.<br />

Após a realização da pesagem. o frango segue para as operações de<br />

abate propriamente ditas. São elas 79:<br />

1) recepção defrangos vivos<br />

O veículo dirige-se a uma área coberta. bem ventilada. instalada com<br />

aspersores que proporcionam um banho de uma a duas horas para resfriar a<br />

temperatura corporal das aves e facilitar o procedimento de sangria. Em<br />

seguida. os frangos são retirados das caixas e pendurados, no interior do<br />

abatedouro, em ganchos. nas nórias de transporte. Nessa etapa. devem ser<br />

tomados cuidados para não injuriar coxas e asas,<br />

-·jAbatedouro de aves é o maior do Nordeste. Integração. Agosto I


Através de voltagem elétrica. as aves são insensibilizadas. O excesso de<br />

voltagem pode causar deslocamentos súbitos das aves com retenção parcial de<br />

sangue. quebramento de clavículas ou pontos vermelhos nas asas.<br />

2) sangria, escaldagem e depenagem<br />

A sangria bem executada exige um período de tempo mínimo, pois a má<br />

execução desta operação pode acarretar em um frango de pele com coloração<br />

avermelhada. O risco do excesso de sangue também pode causar problemas<br />

ambientais. através da contaminação da água de escaldamento ou água de<br />

Chiller.<br />

O controle da temperatura e do tempo é fundamental na escaldagem. A<br />

temperatura alta em período prolongado pode queimar a pele e provocar seu<br />

rompimento na etapa de depenagem.<br />

A utilização de dedos de borracha com pressão ajustada na etapa de<br />

depenagem diminui a incidência de cortes e quebra de partes.<br />

3) evisceração<br />

Atualmente a tendência é de automatização do sistema de evisceração, o<br />

que permite uma elevação de até 2% no grau de aproveitamento da carne. A<br />

automatização da recepção de aves vivas e da evisceração pode reduzir em até<br />

15% o custo do quilo produzido'".<br />

"Leonora. Andréa. O abate ecologicamente correto. Gazeta Xlcrcantil . OSlO 1/96. p. B -20<br />

<strong>10</strong>6


-i) resfriamento<br />

<strong>10</strong>7<br />

o objetivo do resfriamento é a diminuição de 40')C para menos de <strong>10</strong> 0 e<br />

na temperatura da carcaça. Procura-se assim evitar a multiplicação de<br />

micróbios patogênicos e deterioradores.<br />

5) gotejamento e embalagem<br />

o gotejamento consiste em suspender as carcaças pelas asas, coxas ou<br />

pescoço e deixar a água aderida no resfriamento escorrer. Uma carcaça de<br />

qualidade superior deve possuir abaixo de 8% do seu peso em água".<br />

6) cortes e desossa<br />

Os operadores no sistema manual de cortes realizam o trinchamento<br />

sempre no mesmo local. o que aumenta o nível de perdas. No sistema<br />

mecànico o frango é cortado em função do seu peso e sempre nas juntas. o que<br />

reduz perdas e melhora a apresentação visual do produto.<br />

Quanto á desossa, estimava-se em 1992 que cerca de 70% dos peitos de<br />

aves nos EUA. a carne de maior preferência do consumidor americano, eram<br />

desossados. o que faz crer que o Brasil poderá aumentar essa modalidade'".<br />

,1 Na trilha dos embutidos .. 1I"el" ,\. Ovos. Setembro 1992. p. l-l<br />

':[dem.


o processo de abate aumenta em média 40~/ó o custo de produção do<br />

quilo de frango abatido em relação ao custo do quilo de frango vivo. Após o<br />

processamento ainda OCOITeuma perda média de 15% no peso da ave ".<br />

() grupo controlador de múltiplas empresas produtoras de frangos e a<br />

especialização nas cadeias de produção e distribuição de frangos de corte<br />

o fato de um grupo controlador possuir múltiplas empresas no setor<br />

avícola de corte permite especializações no alocamento dos recursos. em<br />

função de vantagens comparativas específicas para cada operação e região. tais<br />

como:<br />

1) menor número de unidades de criação de matrizes atendendo<br />

a um maior número de incubatorios longínquos. Situação<br />

bastante frequente em função do mercado existente para ovos<br />

férteis. entre médias e grandes empresas produtoras. Estas últimas<br />

em geral possuem incubatórios:<br />

2) menor número de incubatorios atendendo a um maior número<br />

de granjas de engorda longínquas. Situação pouco frequente. É<br />

"Andrade. Jaqueline. Empresa lidera ranking estadual. In Avicultores de PE têm custo ~OfX) mais<br />

alto. Diário de Pernambuco. ()7/0 IN6. p.C -8 (informação fornecida pelo Sr. José Edson Cavalcanti.<br />

gerente industrial do frigorífico Pena Branca em Paulista. PE)<br />

<strong>10</strong>8


mais comum o repasse de ovos férteis do que o de pintos de um<br />

dia, entre médias e grandes empresas produtoras:<br />

3) menor número de abatedouros atendendo a um maior número<br />

de granjas de engorda longínquas. Situação pouco frequente. Os<br />

frangos vivos são vitimas de problemas de stress em viagens<br />

longas, ocorrendo perdas econômicas;<br />

4) menor numero de abatedouros atendendo a mercados<br />

geográficos consumidores longínquos. Situação bastante<br />

frequente no caso de frangos congelados. A Sadia, Perdigão,<br />

Seara e Chapecó. que possuem menores custos de produção em<br />

função de produzirem frangos em centros de produção de grãos,<br />

colocam o produto congelado a preços mais acessíveis em regiões<br />

não-produtoras de grãos. do que as empresas locais. No caso de<br />

frangos resfriados ° período máximo de validade do produto, <strong>10</strong><br />

dias, favorece a atuação das empresas produtoras locais<br />

<strong>10</strong>9


A evolução da produção e consumo de frangos 1<strong>10</strong> Brasil<br />

Os cálculos e as estimativas de produção de frangos de corte<br />

normalmente são feitos com base no alojamento de galinhas matrizes no país.<br />

O alojamento de matrizes permite saber:<br />

1) a estimativa de produção de pintos de corte:<br />

2) de posse da estimativa de pintos de corte a serem alojados nas<br />

granjas de engorda. adota-se:<br />

a) um padrão de mortalidade; e<br />

b) um padrão de peso médio para os frangos a serem<br />

produzidos:<br />

3) de posse dos dados calculados em 2a) e 2h) pode-se estimar o<br />

total da produção de quilos vivos em um determinado período:<br />

1<strong>10</strong>


Em 1970 a produção brasileira de frango de corte foi de 217.000<br />

toneladas. Vinte e cinco anos depois, em 1995. obteve-se cerca de 4.000.000<br />

de toneladas. o que representou um crescimento da produção de mais de<br />

1.700%84.<br />

Produção Nacional de Frangos<br />

(em milhões de toneladas)<br />

O~--~--~--~--~--~--~--~--~--~--~<br />

1985 xc, S7 88 S9 90 91 n 93 94 95'<br />

Em 1970 o consumo de frango no Brasil estava em tomo de 2.3 quilos<br />

per capild~5e o preço do quilo de frango vendido ao consumidor foi de US$<br />

4.50. Em 1995. o consumo ficou em 23.3 quilos por habitante'f'e o preço<br />

flutuou em torno de US$ I.OO R7 .<br />

"Baldan. A arte ... p.77<br />

"OI' . tvcira. . Sua e.\ce I" el1Cla... p. _( ) )<br />

SÓOe Cesare. Claudia Facchini. O frango de Pequim entra em cena. Gazeta vtercanul.<br />

8-14<br />

19/() I/l)(,. p.<br />

'·Bueno. Márcio. Avicultura: matéria dc reforma .. /gro{//l(Ihsis. Dezembro 19l)5. p. 2 (Entrevista<br />

com o Sr. Cláudio Martins. Diretor-Executivo da Abcf - Associação Brasileira dos Produtores e<br />

Exportadores de Frango).<br />

111


Consumo Anual de Frango Per Capita no Brasil (Em Kg)<br />

1985 R6 87 ~8 R9 90 91 92 93


<strong>10</strong>0<br />

Comparação de preços entre o frango e o acérn<br />

O+-----.----...----"""'T""---.------.------/<br />

1999 90 91 92 93 94 95<br />

Fonte' Adaprad •.. " de Globo Rural, Fevereiro de 1\}l)6. p. :R<br />

lndices dos preços rnedros. em dólar por Quilo<br />

EiIPreço do Frango 11Preço do Acém<br />

Em 1996 o frango deverá aumentar de preço, em função de elevações<br />

nos preços de milho, farelo de soja, energia elétrica e tributos, mas deverá<br />

continuar em níveis inferiores aos da carne bovina até o final do século,<br />

seguindo tendências internacionais'".<br />

Para 1996, de acordo com o alojamento de matrizes, o Brasil terá<br />

capacidade de produzir 4.300.000 toneladas. Entretanto. deverào ser<br />

produzidos entre 4.200.000 e 4.250.000 toneladas?'.<br />

A maioria dos dados e informações publicados sobre o mercado<br />

consumidor de frangos de corte diz respeito ao consumo de frangos abatidos<br />

resfriados e congelados. O mercado consumidor de frangos abatidos na hora e<br />

frangos vivos dificilmente é abordado. Tal fato decorre de:<br />

"Campo. Sueli e Centeno. Ayrton. Excesso de oferta derruba preço do frango. () Estado de São<br />

Paulo 2]/0 1/96. p. 8) (Informação do Sr. Heitor Muller. presidente da lT8A - União Brasileira de<br />

Avicultorcsi<br />

)f)DeCesare. O frango de Pequim ... p. 8 -l-l (Informação do Sr. José Carlos Godoy. secretário<br />

executivo da Apinco -Associação Brasileira dos Produtores de Pinto de Cone I.<br />

113


I) os frigoríficos constituírem um pequeno universo, com porte<br />

econômico considerável:<br />

2) os frigoríficos representarem uma atividade formal, com<br />

registros em órgãos de fiscalização fazendária e inspeção<br />

sanitária;<br />

3) os pontos de varejo que realizam a venda de aves abatidas<br />

resfriadas e congeladas serem empresas legalmente constituídas,<br />

ao contrário de muitas unidades varejistas que lidam com frangos<br />

vivos e abatidos na hora, submersas na economia informal.<br />

2.5. CA<strong>DE</strong>IA <strong>DE</strong> DISTRIBUIÇÃO <strong>DE</strong> FRANGOS <strong>DE</strong> CORTE<br />

ABATIDOS<br />

I Frigorifico I<br />

114


2.5.1. Frigorífico: venda de frangos de corte abatidos resfriados e<br />

congelados<br />

2.5.1.1. Oportunidades e tendências para os frigoríficos<br />

Os abatedouros ou frigorificos devem ser vistos como oportunidades<br />

para as empresas produtoras de aves saírem do mercado de commodities, ao<br />

procurar prever a demanda de mercado por produtos especializados.<br />

Concomitantemente deve-se posicionar a marca com base no crescimento do<br />

volume de produtos de maior valor agregado.<br />

O aumento do portfolio de produtos e uma realidade na produção e<br />

processamento de frangos. No produto frango inteiro tem-se os galetos e os<br />

f · ~ I I)J" i ..rangoes. como o c iestcr . !~o setor de frango corta do<br />

em partes tem-se:<br />

peito. coxas. sobrecoxas e asas. Essas partes podem ser processadas com osso<br />

ou já desossadas. como filé de peito e filé de coxa.<br />

Há também os cortes especiais, com mais de 170 itens. como coxa -<br />

com ou sem pele. sobrecoxa - com ou sem osso, passarinho e tulipa'".<br />

';Os <strong>10</strong> anos do chester. AI'es & ()ms. Setembro 19


A inclusão de temperos adicionados à ração na etapa de alimentação<br />

das aves. nas granjas de engorda. que impregnariam toda a carne dos frangos,<br />

já está sendo testada. ~o que se refere à adição de temperos no próprio<br />

abatedouro. recentemente a empresa Perdigão lançou uma linha de recheados<br />

práticos - peito de frango com diferentes recheios. Depois da boa aceitação no<br />

mercado externo. ela colocou no Brasil peito de frango recheado com<br />

espinafre e com brócolis". A empresa pretende lançar duas novas opções<br />

dentro desta mesma linha por mês até abril de 1996.<br />

Em 1995 a divisão de carnes da Ceval Alimentos. marca Seara. dobrou<br />

o volume de vendas de frango Classy, temperados. em relação a 1994')4<br />

A embalagem de venda para as partes pode ser bandejas, caixas ou<br />

sacos plásticos. O tamanho das embalagens é outro aspecto a ser considerado.<br />

As tarefas de fazer compras e cozinhar demandam tempo. Atualmente a maior<br />

participação feminina nos postos de trabalho aumentou a procura por<br />

alimentos de rápida preparaçào e pelas refeições congeladas.<br />

A Sadia. em 1995. criou um padrão visual novo para bandejas de frango<br />

congelado, colocou no mercado partes temperadas em bandejas e uma linha de<br />

partes embaladas individualmente para tomar mais prática sua utilização pela<br />

dona de casa".<br />

' J.l Idem,<br />

"Coelho. Edilson &: Ncumann. Denise. Indústria de alimentos dj salto na produção. () Estado de .)'.<br />

Paulo. 08/Ol/96. p. B-:><br />

"Tglecia. Cristina. Indústrias de alimentos investiram em produtividade .. i innentos & Tecnologia.<br />

p.25<br />

116


A diferenciação de marcas através de tipos de produtos exclusivos é<br />

possível na cadeia de frangos de corte devido à formação de linhagens<br />

genéticas exclusivas. como o chester. que representa barreiras de entrada aos<br />

concorrentes. Os chesters são vendidos inteiros, em partes. ou em subprodutos<br />

industrializados.<br />

2.5.1.2. A distribuição de aves abatidas no mercado interno<br />

À. partir de pesquisa realizada pela PR - Parente & Rojo Consultores de<br />

Marketing, e apresentada em um seminário de marketing promovido pela APA<br />

- Associação Paulista de Avicultura, e com o apoio da .-\PAS - Associação<br />

Paulista de Supermercados, em outubro de 1993, foi possível pela primeira vez<br />

traçar um perfil do mercado brasileiro para frangos de corte. Neste trabalho<br />

foram abordados assuntos como: o consumo per capita: a queda de preços do<br />

produto e o papel dos supermercados. avícolas. açougues e restaurantes: o<br />

perfil do consumidor: e os atributos do produto no momento da compra".<br />

Através de dados da pesquisa acima citada. detectou-se que. 1<strong>10</strong><br />

composto de distribuição de frangos abatidos, as lojas de auto-serviço possuem<br />

uma participação estimada entre 35 e 40%, com tendência ascendente, embora<br />

esta participação esteja em níveis abaixo da normalmente verificada para<br />

"o frango de corte em busca de novos índices de consumo .. h'cs & ()m.\'.i .'?CI'ISla da Xladerna<br />

.1vicultura. Setembro 1994 p.ux<br />

117


produtos industrializados comercializados tradicionalmente em<br />

')"7<br />

supermercados, cerca de 80% "<br />

Em contraposição às lojas de auto-serviço, o conjunto de avícolas,<br />

açougues. feiras e sacolões. mercados municipais e granjas. todos do estado de<br />

São Paulo, participou com 60 a 65% das vendas de aves .. -\ participação de<br />

cada unidade varejista foi:<br />

a) avícolas: cerca de 20 a 25%;<br />

b) açougues: cerca de 20 a 25%;<br />

c) feiras e sacolões: cerca de 15%;<br />

d) mercados municipais e granjas: cerca de 5%'JR.<br />

As avícolas revelaram-se mais participantes no interior de São Paulo,<br />

talvez em função da possível menor presença de supermercados.<br />

As lojas de auto-serviço correspondem a 84% do faturamento de vendas<br />

varejistas de alimentos com uma participação de 15% na quantidade de<br />

unidades de varejo. A seção de Carnes e Aves dos supermercados responde<br />

. ')9<br />

por algo em tomo de 12% das vendas desses estabelecimentos .<br />

No que se refere à seção de Carnes e Aves em particular. o frango<br />

preenche 21% do espaço de exposição e colabora com cerca de 33% das<br />

vendas. Em relação à àrea total de exposição das lojas. o frango representa<br />

0,6%. enquanto responde por ~,7% do faturamento. o que para o Prof.<br />

" A grande sacada do frango .. 1\'f:'S & ()\,().I'. Setembro 1993. p.()X<br />

)~Idem. p. nó<br />

)9Idem. p. OI)<br />

118


Francisco Rojo "revela. sem dúvida. mequivoca relação de eficiência do<br />

[J % na Área de<br />

Exposição<br />

[J % nas Vendas<br />

[J % na Arca de<br />

Exposição<br />

Participação de Frangos em Relação<br />

a seção de Cames e i\ves das lojas<br />

o <strong>10</strong> 20 30 40<br />

Participação de Frangos em Relação<br />

ao total das loj as<br />

Segundo os gerentes dos supermercados pesquisados. todos do estado<br />

de São Paulo. os frangos são usados em promoções de preços pelos seguintes<br />

motivos:<br />

i "Tdem. p. 12<br />

a) possuem rápido giro:<br />

b) atraem para dentro da loja os consumidores:<br />

c) o setor de frigoríficos oferece opções competitivas, tomando<br />

possível repassar aos consumidores ofertas promocionais.<br />

JJ<br />

3.7<br />

119


No que tange à remuneração do setor supermercadista com o produto<br />

frango, foram feitas as seguintes observações:<br />

a) há um bom prazo entre o giro de estoque e o pagamento aos<br />

frigoríficos:<br />

b) os frangos inteiros resfriados. os mais util izados nas<br />

promoções, possuem margem baixa;<br />

c) os produtos de maior remuneração e menor competição de<br />

preços são 05 frangos em partes.<br />

No que diz respeito à preferência do consumidor, os frangos resfriados<br />

foram responsáveis por 90% do faturamento dos supermercados, ficando os<br />

congelados com os <strong>10</strong>% restantes. Segundo o Prof. Juracy Parente "os frangos<br />

congelados são usados sobretudo para estoque de segurança nas <strong>10</strong>jas,·II)I. com<br />

tendência entre alguns supermercadistas grandes de aumentar o volume de<br />

frangos desta modalidade.<br />

Os frangos inteiros participaram com 75% do total das vendas,<br />

enquanto os frangos em partes contribuíram com os 25% restantes. com<br />

tendência de crescimento no composto de vendas.<br />

120


A pesquisa de comportamento do consumidor revelou fatos<br />

interessantes. Aproximadamente 45% das compras sào realizadas por impulso.<br />

As consumidoras dào preferência a frangos:<br />

a) de cor clara - 43%:<br />

b) amarelo - 30%: e<br />

c) rosado - 27%.<br />

o tamanho das aves e a data de validade são observados. A presença de<br />

manchas e odores estranhos desqualifica as aves. Os itens tamanho e odor<br />

apresentaram-se mais relevantes que o item limpeza. para as compradoras.<br />

A freqüência média de consumo foi de quatro dias e a quantidade<br />

consumida revelou-se maior nas classes A e B, entre as donas de casa mais<br />

jovens'l'" No ano de 1995, as classes C e O respondiam por 45% do consumo<br />

I(H<br />

de frango<br />

..<br />

Foram citados como fatores positivos do frango:<br />

a) carne de menor preço e maior rentabilidade no preparo:<br />

b) carne branca. mais digestiva e sem colesterol: e<br />

c) facilidade no preparo e opções de partes e receitas diversas.<br />

"':0 frango de corte ... pOR<br />

,r; J Olivcira. Sua excelência ... p. 20<br />

121


qumucos.<br />

Os aspectos negativos citados foram a embalagem e os conservantes<br />

No que se refere às embalagens de venda. os gerentes de supermercados<br />

dão as seguintes sugestões:<br />

a) maior beleza plástica e presença de cores:<br />

b) maior resistência, para não abrir e soltar sangue;<br />

c) melhor serviço de transporte para evitar amassos; e<br />

d) a colocação de informações sobre o produto.<br />

Como sugestão para ampliar as vendas. os gerentes sugenram a<br />

publicação e distribuição de receitas de frangos. Em função das características<br />

atribuladas da vida moderna. seria interessante colocar receitas simples e<br />

práticas.<br />

No tocante às embalagens de transporte. a caixa de papelão é a mais<br />

aceita pelas lojas maiores. em razão de não terem retorno e facilitarem o<br />

transporte e a armazenagem. As desvantagens dessa modalidade de transporte<br />

consistem na absorção de umidade proveniente da água do frango e na<br />

dificuldade de armazenagem. pois o empilhamento pode deformar o frango.<br />

As caixas plásticas transmitem uma idéia de menor custo para os<br />

pequenos varejistas. As dificuldades operacionais residem em:<br />

a) manuseio pouco prático:<br />

b) pouca disponibilidade de espaço para guardar as caixas vazias:<br />

c) necessidade da operação de devolução.<br />

122


2.5.1.3. A distribuição de aves abatidas no mercado externo<br />

2.5.1.3.1. Os maiores países exportadores de frangos e a influência da<br />

União Européia e do Nafta<br />

123<br />

o Brasil possui os custos mais baixos de produção de frangos dentre 11<br />

países selecionados, segundo estudo publicado pelo lntemational Finance<br />

Corporation, IFC, do Banco Mundial, em setembro de 1995. Os principais<br />

fatores que reduzem a competitividade do produto brasileiro no exterior são:<br />

a) os altos custos dos portos brasileiros:<br />

b) a exportação de impostos; e<br />

c) a valorização do real frente ao dólar.


usto da ave viva<br />

USé/Kg peso vivo)<br />

· Custo do pinto de um dia<br />

· Custo da ração<br />

· Pagamento ao criador<br />

· Medicamentos veterinários<br />

· Administração<br />

· Produtor<br />

· Transporte da a \'C<br />

Custo da ave viva no<br />

atedouro<br />

usto da Carne na indústria<br />

Sé/kg limpo)<br />

· Condenações<br />

O Recuperação dos Dejetos<br />

I. Custo Líquido da Carne<br />

Indústria<br />

ustos da Indústria<br />

Sé/kg limpo)<br />

2. Mão-de-Obra<br />

3. Embalagem<br />

4. Instalações<br />

5. Custos Administrativos<br />

. Custos Fixos<br />

7. Mão-de-Obra<br />

tra-crnpresa<br />

8. Total não desagregado 22.0<br />

Custo de produção de frangos em países selecionados<br />

Argentira Brasil China Frarça Hungria I lolanla I'cru Polônia T~rilfnldia<br />

1994 1993 1994 1993 1994 1993 1994 1993 1994<br />

14.6 'iA <strong>10</strong>.0 1-1.3 12.7<br />

-16.7 -'5.9 -12.9 57.1 55.6<br />

IH 5." 5.S 19.2 20.3<br />

3.3 0.1 2.D 1.3 0.8<br />

9.2 (U)<br />

S7.5 50.7 (jO.7 01,9 S9,3<br />

1.5 1.0 1.8<br />

87.5 52.2 (j 1.7 '>3.6 S9.3<br />

<strong>10</strong>9.4 ú8.9 SI.4 123.6 117.9<br />

<strong>10</strong>9.-1 (lX.9 SI.-I 123.6 117.9<br />

, ,<br />

.'.J<br />

1.7<br />

16.2<br />

2.0 S.6<br />

.~.2<br />

2.8<br />

<strong>10</strong>.1<br />

11.4<br />

1). Total outros custos 22.0<br />

11.8 .,5.0<br />

usto operacional total I3I.4 X5.4 '13.2 158.6 1-15.5<br />

onte: International Financiai Corporation<br />

(World Bank):<br />

.tgroanatvsis Dezembro 191)5. p. ()~<br />

Io.s<br />

II.S<br />

-'50<br />

16Jl Il.~ 15.3<br />

55.2 ~6.() (,5.6<br />

25.S 5.0 15.2<br />

1.5 (I.SI<br />

1.0<br />

(}S.4 <strong>10</strong>5.0 98.0<br />

129.9 13U 129.4<br />

129.9 131.-' 129.-1<br />

lú3.-I<br />

zi.o<br />

21.0<br />

'}.S<br />

-1.-'<br />

7.1<br />

1.6<br />

1-'.0<br />

152.-' 152.2<br />

'l.S<br />

51.5<br />

('.3<br />

1.7<br />

69.3<br />

2.0<br />

71.-'<br />

')4.2<br />

')4.2<br />

12.4<br />

<strong>10</strong>6."<br />

124<br />

TUIqUia<br />

1994<br />

12.0<br />

-17.7<br />

2 \.4<br />

1.5<br />

No àmbito externo. a formação de blocos econorrucos mundiais tem<br />

dificultado as exportações brasileiras de frangos. O Nafta - North Arnerican<br />

Free Trade Agreernent, e a UE - União Européia. possuem mecarusmos<br />

protecionistas para membros internos produtores. notadamente os Estados<br />

Unidos e a França. É também comum a colocação de barreiras sanitárias para<br />

impedir a entrada do produto brasileiro nesses blocos.<br />

S.2<br />

-1.1<br />

..1.1<br />

82.7<br />

1.0<br />

S3,7<br />

1<strong>10</strong>.5<br />

1<strong>10</strong>.5<br />

7.9<br />

-1.0<br />

3.2<br />

1.0<br />

R.3<br />

16.1<br />

126.6<br />

EUA<br />

1994<br />

S.3<br />

36,8<br />

8.8<br />

\.1<br />

1.1<br />

56,1<br />

2,8<br />

58,8<br />

77,4<br />

\,0<br />

..2.2<br />

76.2<br />

15.4<br />

4,6<br />

2,6<br />

2.9<br />

3.3<br />

13,4<br />

28.9<br />

<strong>10</strong>5.0


As políticas individuais adotadas por estes dois paises acima. de<br />

subsidiar elevadamente as exportações, contribuem ainda mais para reduzir a<br />

competitividade do frango brasileiro no exterior'?'.<br />

o Nafta e os Estados Unidos<br />

o Nafta constitui o bloco de maior produção. maior consumo e maior<br />

exportação de aves. No que se refere às importações, o único país que as<br />

realiza é o México. Em 1994, as projeções para o Nafta indicavam uma<br />

produção de 14.832.000 toneladas. um consume de 14.067.000 toneladas e<br />

exportações para fora do bloco de 765.000 toneladas. O total das importações<br />

mexicanas, todas provindas dos Estados Unidos pois o mercado não é aberto a<br />

terceiros. serão de 199.000 toneladas I 05.<br />

Em 1995. no primeiro semestre, o volume de exportações americanas<br />

aumentou cerca de 36% em relação a igual período de 1994 <strong>10</strong>6 .<br />

Em 1996 acredita-se que os Estados Unidos elevem em 7% suas<br />

exportações. colocando mais I 16 mil toneladas no mercado. em relação a<br />

A evolução das exportações americanas começou em 1984. Os Estados<br />

Unidos àquela época ocupavam o terceiro lugar entre os exportadores. com<br />

11I4Bucno. Avicultura.... p. OI<br />

1"'Blocos mundiais pilotam o comercio de US$ l-l trilhões, Aves & Ovos.' Rcrvista da Xloderna<br />

.tvtcultura. Janeiro 1!J9-l. p.lO .<br />

;I>(,Bueno. A· 1 O'<br />

\"ICU tura .... p. ..•<br />

;r'-De Cesare. Claudia Facchini. Ave francesa bate a brasileira. Gazeta Mercanul. 12/0 1!!)6. p. B-14<br />

125


185.000 toneladas. o que representava 16,6% do volume mundial exportado.<br />

Teve início então um programa de subsídios - o l:EP. Export Enhancement<br />

Program - que patrocinava a diferença de preços entre o mercado externo, em<br />

geral mais barato, e o mercado interno, normalmente mais caro. O produtor<br />

recebia a diferença através de certificados de commodittes. De posse do<br />

certificado, ele retira o valor equivalente em produtos do governo, optando<br />

geralmente pelo milho.<br />

A justificativa para a adoção do programa consistia na concorrência<br />

desleal da França, principalmente. e de outros países que subsidiavam a<br />

exportação de frangos. O desenvolvimento das exportações foi<br />

. 'fi . <strong>10</strong>8<br />

slgm icanvo e em 1995 os Estados Unidos embarcaram 1.700.000<br />

toneladas!", cerca de 40% do volume mundial exportado I <strong>10</strong>. Este número<br />

constituiu um volume maior neste ano do que França. Hong Kong e Brasil<br />

juntos 111, respectivamente segundo. terceiro e quarto maiores exportadores.<br />

A estratégia de penetração dos Estados Unidos nos mercados externos é<br />

diferente da brasileira. Dentro dos EUA a maior demanda é pela parte mais<br />

. .<br />

nobre. o peito; e as demais partes. coxas e sobrecoxas. ou seja carnes mais<br />

escuras, são enviadas para o mercado exterior.<br />

:1l~8ueno. Avicultura .... pp. 02 -:1<br />

!Il<br />

Q De Cesare. Ave francesa ... p. 8-1 .•<br />

! "Bueno. Avicultura .... p. 02<br />

! ; 1 De Cesare. Ave francesa ... p. 8-1 .•<br />

126


Os amencanos procuram. em geral. mercados menos sofisticados,<br />

oferecendo preços bastante competitivos. Em [995 os principais mercados-<br />

alvo foram Hong Kong e Rússia l12<br />

Mesmo no caso do Japão. um mercado mais exigente, a Federação de<br />

Exportadores de Carne dos Estados Unidos utiliza a estratégia de visar<br />

exclusivamente aos clientes - importadores, atacadistas e cadeias de<br />

supermercados - e não aos consumidores finais 113 .<br />

.4 União Européia e a França<br />

A União Européia responde pela segunda maior produção. segundo<br />

maior consumo e segunda maior exportação de aves. O bloco constitui-se no<br />

maior importador mundial. com grande comércio intra-bloco. Em 1994, as<br />

projeções para a UE indicavam uma produção de 7.654.000 toneladas e um<br />

consumo de 7.235.000 toneladas 114.<br />

Segundo estas projeções. em [994. a UE exportaria para fora do bloco<br />

626.000 toneladas. Dentro do bloco o volume exportado seria de 1.047.000<br />

toneladas. O total das exportações seria de 1.673.000 toneladas I 15<br />

No que se refere às importações, a UE importaria de fora do bloco. ou<br />

seja de todos os outros países inclusive o Brasil. uma cota máxima de 207.000<br />

112Sucno. Avicultura ... p. 0.+<br />

! 11 Idcl11 .<br />

11~B1ocosmundiais .. p.20<br />

!1'Idcm.<br />

127


toneladas. As importações intra-bloco seriam de 1.047.000 toneladas. O total<br />

das i ~ -c. "'5 I d I' li<br />

as importaçoes perrana I..: 4.000 tone a as ' ,<br />

A União Européia, no ano de 1995, em função de um acordo firmado na<br />

esfera do Gatt, dividiu uma cota de importação anual de 15.500 toneladas de<br />

peito de frango, livre de taxas por um período de cinco anos, e que era tida<br />

como exclusiva para o Brasil, entre mais dois países. A partilha das 15.500<br />

toneladas ocorreu da seguinte forma: Brasil, 46%: Tailândia, que nem sequer<br />

era signatária do acordo em questão, 33%: e China, que não faz parte do Gatt,<br />

A parcela das vendas perdidas nesse acordo corresponde a cerca de US$<br />

60 milhões por ano. Considerando o prazo de cinco anos, ter-se-á uma perda<br />

de faturamento aproximado de US$ 300 milhõesi'".<br />

Neste caso particular o Itamarati aceitou as ponderações da Abef -<br />

Associação Brasileira de Exportadores de Frangos. e prepara os procedimentos<br />

rotineiros para enviar o caso à Organização Mundial do Comércio I 11).<br />

O mercado europeu de peito de frango é muito importante. pois ele<br />

torna viável todo o composto de exportação de partes. Os outros mercados<br />

externos do Brasil para partes de frangos, notadamente o asiático, não tem o<br />

hábito de consumir carne branca. o que desvaloriza este produto para níveis de<br />

preço abaixo dos da carne escura, ou bloqueia a sua venda. Quando a União<br />

::"Idem .<br />

. ~. Bueno, Avicultura .... p. 04<br />

:,xldem.<br />

·'~Idem.<br />

128


Européia não compra o peito de frango ao Brasil. este perde nos preços ou<br />

inviabiliza o processo de exportação de partes 1::0.<br />

Os franceses e americanos estão cientes deste problema. mas se o Brasil<br />

reduzir sua participação no composto de partes. eles ganham novos mercados<br />

para receber subsídios. A França tem uma restituição financeira. que é<br />

determinada periodicamente pela União Européia. A justificativa alegada é a<br />

de que é preciso tomar o custo de produção européia compatível com o custo<br />

do mercado intemacional" e os Estados Unidos por causa do EEP, programa<br />

em que os valores subsidiados podem chegar a até L'SS 600 por tonelada<br />

exportada, para um preço de venda médio no mercado externo de US$ 1.200 a<br />

tonelada 122.<br />

Ainda em 1995. a União Européia elevou a alíquota do imposto de<br />

importação incidente sobre o frango brasileiro de 60% para 80%, com o aval<br />

da OMe - Organização Mundial de Comércio. o que inviabiliza qualquer<br />

ão d .c. d B '1 123<br />

contestação e tantas por parte oras! .<br />

Em 1995 a França exportou cerca de 500.000 toneladas. constituindo-se<br />

no segundo maior exportador mundial em termos de volume e faturamento.<br />

Em relação a 1994, a França teve um acréscimo de 20.000 toneladas nas suas<br />

, 124<br />

exportaçoes .<br />

12"Martins. Cláudio. Protecionismo exacerbado: exportações brasileiras de frango para a Comunidade<br />

Econômica Européia foram taxadas em US$ 620 por tonelada .. lI·es e Ovos. Junho 1992. p. n.<br />

121Bueno. Avicultura ... p. 03<br />

122Idem.<br />

12JDeCesare. Ave francesa .. p. B-I-l<br />

I 24 Idcm .<br />

129


o Mercosul e o Brasil<br />

o Mercosul poderia vir a representar um mercado importador de 60.000<br />

toneladas de frangos por ano para o Brasil. principalmente em função da<br />

demanda argentina. Este país em 1994 consumiu cerca de 50.000 toneladas do<br />

produto brasileiro, principalmente na modalidade de frangos inteiros.<br />

Há um esforço evidente de substituição das importações de frangos por<br />

parte do governo argentino. o que se reflete na elevação recente da produção<br />

local de frangos. Este fato. aliado à valorização da moeda brasileira junto à<br />

argentina. em decorrência do Plano Real. fez com que o nível de exportações<br />

do Brasil em 1995 ficasse em tomo de 13.000 toneladasi".<br />

No que diz respeito à produção de frangos no Brasil. há vários anos<br />

esse país vem assegurando a posição de segundo maior produtor mundial,<br />

tendo alternado com a França, até 1994, a condição de segundo maior<br />

exportador. O primeiro produtor mundial e primeiro exportador. conforme<br />

visto acima, são os Estados Unidos.<br />

Em 1975 o Brasil iniciou suas exportações de frango. Nesse ano, o<br />

volume físico embarcado foi de cerca de 3 mil toneladas 1::!6 Em 1984, o Brasil<br />

já havia ultrapassado o volume de 280.000 toneladas anuais de frangos<br />

exportados, quando teve InICIO a política de subsídios norte-americanos. O<br />

!:~De Cesarc. Ave francesa ... p. 8-14 (Estimativa de cálculo para esta disscrtaaçào)<br />

126 0 avanço da avicultura brasileira .. 1ves & Ovos. Dezembro I \J1}2. p.16<br />

130<br />

'\ ..


país reagiu então com a diversificação da pauta de exportações do produto,<br />

partindo para a venda de cortes de frango, produtos de valor agregado maior,<br />

cujos níveis médios de preços são de 1,5 vez o preço do frango inteiro. Cada<br />

vez mais, o país desenvolve esses produtos. para atender aos novos<br />

consumidores, que procuram produtos de rápido preparo .. -\ tendência para o<br />

futuro é o frango em cortes ser mais consumido do que o frango inteiro 127.<br />

o reflexo dessa atitude pode ser verificado na alteração do composto de<br />

frangos exportados pelo Brasil ao longo dos últimos anos. Em 1985 a<br />

participação de frangos em partes correspondia a 13% do volume exportado 128;<br />

em 1993, a 34%: em 1994, a 42%129; de janeiro a agosto de 1995. as partes<br />

corresponderam a 47% contra 53% de inteiros'".<br />

Em 1994 as exportações de frangos brasileiros alcançaram cerca de<br />

480.000 toneladas. com receitas F.O.S. em tomo de US$ 600 milhões 131.<br />

Em 1995 as exportações brasileiras caíram 13% em relação ao ano<br />

anterior. totalizando aproximadamente 430 mil toneladas. ou seja. I 1,5% do<br />

volume mundial exportado. O país ocupou a quarta posição. atrás<br />

respectivamente dos ECA. França e Hong Kong.<br />

1:~Sueno. Avicultura ... p. 03<br />

I:sNa trilha dos embutidos. Aves & Ovos, Setembro 1992. p. l-l<br />

;:9Sueno. Avicultura. p. 03<br />

I.l


Em termos de faturamento. no ano de 1995 o Brasil exportou<br />

aproximadamente US$ 620 milhões de dólares, passando para o terceiro lugar<br />

mundiaL atrás dos EUA e da França':".<br />

700000<br />

600000<br />

500000<br />

Exportações Brasileiras de Carne de Frango (Em Toneladas)<br />

400000 321.754<br />

300000<br />

:00000<br />

<strong>10</strong>0000<br />

o<br />

1991<br />

.170.937<br />

416.952<br />

480.000<br />

430.000<br />

1992 1993 1994 1995<br />

11<br />

Receita de Exportações Brasileiras de Carne de Frango (Em US$ milhÕer)<br />

700<br />

1i00<br />

~OO<br />

40()<br />

1()O<br />

200<br />

IDO<br />

O<br />

463.59<br />

.;93.44<br />

433.04<br />

,.-<br />

-<br />

-<br />

(iOO.OO<br />

r--<br />

(20 ) DO<br />

1991 1992 1993 1994 1')95<br />

'3:De Ccsare. Ave francesa ... p. B-I4<br />

r--<br />

l32<br />

,


Hong Kong<br />

133<br />

Hong Kong é um país importador e reexportador de frangos. Em 1995<br />

ele foi o terceiro maior exportador em volume. embarcando 450.000 toneladas,<br />

uma elevação de 58% em relação a 1994 . Suas exportações referem-se a<br />

partes menos nobres, como asa ou pé de frango, que possuem preços baixos e<br />

são de larga aceitação popular na Ásia.<br />

Para 1996 a taxa de crescimento das exportações não deve se igualar à<br />

de 1995. Mesmo assim, espera-se um alto crescimento de vendas, cerca de<br />

16~'Ó.atingindo aproximadamente 525.000 toneladas J.\3<br />

China Continental<br />

A China. em função da sua abertura econômica. está se transformando<br />

em um grande produtor mundial de frangos. Grandes empresas mundiais da<br />

cadeia de produção de frangos de corte. na área de linhagens genéticas e<br />

equipamentos. se instalaram na China Continental. O mercado mundial de<br />

grãos encontra-se com excesso de demanda. em função do crescimento da<br />

avicultura chinesa.<br />

Um estudo da OMS - Organização Mundial de Saúde informa que na<br />

China o consumo de frango per capita é de três quilos por ano. quando o


menor nível protéico recomendado é alcançado com o consumo de treze quilos<br />

de frango per capita por ano':".<br />

Em conseqüência destes fatos. a produção chinesa deverá crescere<br />

possivelmente ocupar espaços do mercado interno. Para 1996, espera-se uma<br />

produção de 4.000.000 de toneladas de frangos na China Continental. Em<br />

1997, ou no máximo em 1998, a continuar o ritmo de crescimento chinês, a<br />

produção chinesa deverá suplantar a brasileira. A produção chinesa cresceu<br />

90% nos últimos cinco anos, contra 72% da brasileira no mesmo período 135.<br />

134<br />

Em 1995 a China exportou cerca de 350.000 toneladas. e para 1996<br />

espera-se um embarque de 480.000 toneladas. ultrapassando provavelmente o<br />

volume de exportações brasileiras. A China Continental também realiza<br />

importações de frango, notadamente de Hong Kong.<br />

Em 1997, com a reanexação de Hong Kong, a China Continental pode<br />

ultrapassar o volume de 1.000.000 toneladas exportadas por ano. Tal fato<br />

talvez nào aconteça em decorrência da eliminação da parcela de exportações<br />

de Hong Kong para a China 13(,.<br />

"<strong>10</strong> ano da reviravolta para os agricultores. (jazera Mercantil. 30/01/96. p. 8-1 Ú<br />

:.1'Idem.<br />

i.16Idem


2.5.1.3.2. Os mercados externos brasileiros<br />

Os mercados extemos brasileiros podem ser analisados em mercados<br />

para frangos inteiros e em mercados para frangos em partes.<br />

Frangos inteiros<br />

As exportações de frangos inteiros ainda têm a maior participação no<br />

composto de exportações em volume do frango brasileiro. Todavia a venda de<br />

frangos inteiros apresentou uma grande retração em 1995.<br />

Oriente Médio<br />

Um dos motivos do Brasil ter conquistado os mercados do Oriente<br />

Médio. consumidores tradicionais de frangos inteiros brasileiros. foi a<br />

capacidade de adaptação dos frigoríficos brasileiros em realizar o abate e o<br />

corte das aves em consonância com os preceitos e rituais islâmicos.<br />

A Árabia Saudita importou um volume cerca de 15% menor do que em<br />

1994. No entender da Abef este gradiente de exportações. aproximadamente<br />

22.000 toneladas, provavelmente foi conquistado pela França 137.<br />

Para se ter uma idéia da importância desses mercados para a exportação<br />

de frangos inteiros. ver-se-á a participação dos principais compradores em<br />

1995: a Arábia Saudita foi o maior cliente do Brasil. com cerca de 60% do<br />

11-<br />

. De Cesare. Ave francesa ... p. B-l-l<br />

135


volume exportado. vindo em segundo lugar o Kuwait. com aproximados 9%.<br />

Os Emirados Árabes com cerca de 4%, ocuparam a quarta posição, e o Catar a<br />

. . d o 1,8<br />

qumta, com aproxima os 3 Yo - .<br />

América do Sul<br />

A Argentina, com uma participação de cerca de 5% do volume de<br />

importações ocupou o terceiro lugar entre os países importadores de frangos<br />

inteiros do Brasil no ano de 1995.<br />

As perspectivas para o Brasil na América do Sul não sào boas. ao<br />

menos entre os países do Mercosul. pelos motivos anteriormente expostos.<br />

i "Baldan. A arte ... p.79<br />

136


1<br />

9<br />

9<br />

5<br />

1<br />

9<br />

9<br />

O<br />

19.tl9%<br />

Frangos Inteiros<br />

(Total - 143.883 Toneladas)<br />

2.8 ~.6 5A<br />

60.4<br />

Frangos Inteiros<br />

--<br />

(Total - 1<strong>10</strong>.495 Toneladas)<br />

3.08!J'o22% 5.21%<br />

DCatar<br />

li Emirados Árabes<br />

DArgcntina<br />

DKuwalt<br />

• Arábia Saudita<br />

DOutros<br />

DOma<br />

11Emirados ..\raocs<br />

D Angola<br />

DKuwait<br />

• Arábia Saudita<br />

DOutros<br />

OPRSS<br />

DCuoa<br />

• Bahrein<br />

137


Frangos em partes<br />

Asia<br />

Os países asiáticos são os maiores consumidores de partes de frango<br />

brasileiras, respondendo por mais de 65% do volume exportado.<br />

O Japão é o maior importador de frango do mundo e o segundo maior<br />

comprador de frango do Brasil, posicionando-se atrás apenas da Árabia<br />

Saudita. Em 1995 o mercado japonês adquiriu aproximadamente 95.000<br />

toneladas de partes de frango brasileiras, um crescimento de 37% sobre 1994.<br />

Somente o Japão responde por cerca de 46% das exportações brasileiras de<br />

frangos em partes.<br />

Vários frigoríficos já se dispuseram a entrar no mercado japonês, e<br />

outros estão adaptando suas linhas de cortes para fazê-lo. A Mafisa Avícola,<br />

de Pernambuco, atualmente desativada. foi uma das precursoras e o primeiro<br />

frigorífico do Nordeste a realizar cOltes especiais para o Japão, num volume<br />

mensal de 600 toneladas .. -\ avícola Felipe, do Paraná. proprietária da marca<br />

Mister Frango, exportará 150 toneladas mensais de cortes especiais, a saber:<br />

, • -ÓrÓ» 1'9<br />

pe, asa e coxa, para o pais asianco . .<br />

O Brasil. em 1995. já se encontrava produzindo mais de 20 cortes<br />

diferentes de frango para o mercado japonês. Esse mercado é particularmente<br />

1190ricolli. Sílvio. Frigonfico do Paraná exporta cortes de frango para o Japão. Gazeta Mercanul.<br />

17/01/96. p. B -16<br />

138


interessante para os produtores e exportadores brasileiros. porque não enfrenta<br />

a concorrência direta dos Estados Unidos. Este último. na sua política habitual<br />

de exportar as sobras de carnes escuras, restringe sua participação a coxas e<br />

sobrecoxas 140.<br />

Hong Kong, concorrente do Brasil nas exportações, é também o<br />

segundo mercado em importação na Ásia e o segundo mercado comprador de<br />

partes de frango brasileiras. Em 1995 o país importou 38.700 toneladas de<br />

cortes do Brasil. um crescimento de aproximadamente 45% em relação a 1994.<br />

Hong Kong participa com cerca de 21~i'Ó das exportações brasileiras de frangos<br />

em partes l41 .<br />

Europa<br />

brasileiras.<br />

A Europa responde por mais de <strong>10</strong>% do consumo de partes de frango<br />

A Espanha e o terceiro mercado comprador de partes de frango<br />

brasileiras. Em 1995 o país importou em tomo de <strong>10</strong>.000 toneladas de cortes.<br />

o crescimento em relação a 1994 foi de cerca de 37%. Os espanhóis<br />

respondem por aproximadamente 5% das exportações brasileiras de frangos<br />

em partes.<br />

i~(·Bueno.Avicultura ... p. O.•<br />

i· II De Cesare. Ave francesa ... p. B-I"<br />

139


A participação das exportações brasileiras nos demais países da Europa<br />

em 1995 foi decrescente. Os embarques para a Alemanha e Itália diminuíram,<br />

resultando em reduções de volumes exportados de respectivamente 70 e<br />

46%142, para participações respectivas de cerca de 4.0 e 2.5% do volume total<br />

de partes de frango brasileiras exportadas em 1995.<br />

1<br />

9<br />

9<br />

5<br />

Frangos em Partes<br />

(Total - 130.023 Toneladas)<br />

2.6 3.9<br />

-16.3<br />

5.2<br />

140<br />

IJ Italia IlIAlcmanha<br />

IJ Espanha IJHong Kong<br />

• Japão IJOutros


1<br />

9<br />

9<br />

O<br />

Frangos em Partes<br />

(Total - 43.082 Toneladas)<br />

12.11~o<br />

40.68%<br />

Leste Europeu: uma possibilidade<br />

Olapão<br />

I!lIHollg Kong<br />

DSuiça<br />

OAJemanha<br />

.It:ilia<br />

o Ilhas Canárias<br />

!JOutros<br />

A Rússia é um mercado em expansão, mas de difícil possibilidade<br />

comercial para o Brasil em função da concorrência amencana. Os Estados<br />

Unidos exportàm as sobras de carne escura. a tonelada de pernas por exemplo,<br />

por cerca de USS 800 para o mercado IUSSO, um preço impraticável para os<br />

exportadores brasileiros.<br />

A possibilidade de penetração do frango brasileiro no Leste Europeu<br />

depende de acordos governamentais, tais como operações do tipo barter 143. A<br />

globalização do sistema financeiro entretanto, diminuiu a participação de<br />

operações de troca de mercadorias, nas duas últimas décadas.<br />

i4.1Bueno.Avicultura ... p. 04 tBarter. neste caso. significa permuta internacional)<br />

141


CAPÍTULO 3<br />

PESQLISA JUNTO ÀS EMPRESAS PRODLTORAS<br />

142


Neste capítulo foram pesquisados: os níveis de verticalização adotados<br />

por empresas produtoras de frangos de corte no estado de Pernambuco, a<br />

importância atribuída à operação de abatedouros de aves, os principais canais<br />

de distribuição de frangos vivos e abatidos utilizados pelas empresas. e a<br />

participação dos Estados da Federação compradores de aves das empresas<br />

pernambucanas. A importância desta participação. tanto em frangos vivos e<br />

abatidos, é a de visualizar novos horizontes para a penetração de: frangos<br />

vivos; frangos abatidos inteiros; e frangos abatidos em partes, que possuem<br />

maior valor agregado.<br />

3.1. METODOLOGIA DA PESQUISA<br />

No que se refere aos abatedouros foi realizada uma questão, com a<br />

atribuição de importância por parte das empresas produtoras, aos diversos<br />

produtos passíveis de processamento e a correlação destes com mercados<br />

segmentados geograficamente. Tratando-se de um estudo exploratório. não<br />

constitui o intuito desta pesquisa definir hipóteses. e nem mesmo atribuir-lhes<br />

um tratamento estatístico que venha a comprovar a sua validade. Sabe-se que,<br />

embora muito se comente sobre o assunto, poucas análises acadêmicas na área<br />

de Administração dizem respeito. direta ou indiretamente. ao processo de<br />

verticalização de atividades avícolas de corte. Não existe, ainda. uma estrutura<br />

metodológica rigidamente estabelecida, uma vez que o restrito volume de<br />

143


material disponível na área de Administração. relativo ao tema, não apresenta<br />

um conjunto de proposições ou idéias com suficiente ordenação a ponto de<br />

servir de base para pesquisas posteriores. Esse estudo visa, justamente. a<br />

estabelecer alguns destes fundamentos sobre os quais se possa. no futuro,<br />

alicerçar novos trabalhos, formular hipóteses. verificar procedimentos ou<br />

servir de subsídios para a tomada de decisões estratégicas nas empresas do<br />

setor.<br />

144<br />

Formulou-se um pressuposto básico que pudesse nortear toda a<br />

monografia, procurando explorá-lo da forma mais extensiva possível.<br />

O objeto do estudo concentrou-se, assim. nos seguintes aspectos:<br />

a) identificar os níveis possíveis de Verticalização das atividades<br />

avícolas de corte;<br />

b) avaliar a opinião dos produtores de frangos sobre os possíveis<br />

beneficios de aumentar o grau de Verticalização através da<br />

instalação de abatedouro de aves:<br />

c) analisar a viabilidade dos abatedouros no que diz respeito à<br />

distribuição de aves abatidas no mercado interno e externo.<br />

Para tanto, realizou-se a revisão da bibliografia existente disponível<br />

sobre o assunto e o levantamento através de uma pesquisa primária sobre os<br />

diversos níveis de verticalização adotados pelas empresas avícolas no estado<br />

de Pernambuco.


3.2. PESQUISA <strong>DE</strong> CAMPO JUNTO AOS PRODUTORES<br />

3.2.1. Objetivo da Pesquisa de Campo<br />

o objetivo da pesquisa de campo efetuada foi verificar a perspectiva<br />

individual de algumas empresas com diferentes níveis de verticalização, em<br />

relação a gestão de atividades avícolas determinadas.<br />

A coleta de dados foi realizada junto a dirigentes de empresas sediadas<br />

em Pernambuco. Para tanto, foi utilizado c formulário anexo, como<br />

questionário a ser preenchido por cada dirigente, conforme metodologia<br />

descrita a seguir.<br />

3.2.2. Metodologia da Pesquisa junto aos Produtores<br />

As empresas foram selecionadas por julgamento, com base no critério<br />

de abranger exclusivamente todas as empresas constituídas juridicamente no<br />

setor avícola de corte, no estado de Pernambuco.<br />

O fato de se escolher exclusivamente pessoas jurídicas fundamenta-se<br />

em que um dos níveis avançados de verticalização das empresas do setor, a<br />

operação de abatedouros. requer a formalização das atividades. No mercado de<br />

aves vivas. isto não é mandatário.<br />

145


146<br />

Na pesquisa junto aos produtores de frangos. foi utilizado um<br />

questionário estruturado não disfarçado, procurando centrar as questões em<br />

tópicos como:<br />

a) identificação dos tipos de atividades desempenhadas pelas<br />

empresas;<br />

b) grau de motivação para o desempenho das atividades;<br />

c) existência e longevidade de abatedouros;<br />

d) intenção ou disposição para construir novos abatedouros:<br />

e) grau de motivação em relação a operação de um abatedouro:<br />

f) verificação dos tipos de produtos e dos mercados geográficos<br />

atingidos ou a serem atingidos pelos abatedouros:<br />

g) a participação de frangos vivos e abatidos no composto de<br />

vendas fisicas das empresas produtoras;<br />

h) localização das unidades geográficas compradoras de frangos<br />

vivos e abatidos:<br />

i) verificação dos canais utilizados na distribuição de frangos<br />

vivos e abatidos;<br />

j) classificação de uso dos tipos de embalagens de transporte de<br />

aves abatidas no mercado interno e externo:<br />

Caberia falar. outrossim. do elevado grau de respostas encontrado<br />

(66,7%). Dos doze questionários enviados por fax. oito foram respondidos,


três não foram recebidos. apesar de nova solicitação por fax. e uma empresa<br />

manifestou suas escusas por não participar da pesquisa. Todas as respostas<br />

foram enviadas no mês de janeiro de 1996. Verifica-se relevante o fato de que<br />

foi possível cobrir <strong>10</strong>0% dos abatedouros industriais em funcionamento ou que<br />

chegaram a funcionar. no estado de Pernambuco.<br />

147<br />

Pode-se considerar muito satisfatório o nível de colaboração dos<br />

empresários pernambucanos do setor avícola de corte. Constatou-se um<br />

empresariado avícola muito participativo, refletido no excelente número de<br />

respostas ao questionário. e profundamente interessado em receber os<br />

resultados da pesquisa. ainda que esta possua um cunho acadêmico.<br />

Posição dos Questionários<br />

Questionários N O/o<br />

, ,<br />

Respondidos 8 66,7<br />

Escusas por não poder<br />

responder<br />

I<br />

!<br />

Não respondidos 3 25,0<br />

Enviados 12 <strong>10</strong>0,0<br />

1<br />

8,3


3.2.3. Análise e conclusões da pesquisa de campo<br />

Uma vez encerrada a etapa de coleta e tratamento dos dados referentes<br />

às atividades avícolas, seguem a análise e as conclusões da pesquisa efetuada<br />

em campo. Serão analisadas a seguir as empresas produtoras de frangos em<br />

Pernambuco e os seus respectivos níveis de verticalização.<br />

A avicultura, de corte e de postura, ocupa 1.800 granjas e oferece<br />

emprego a cerca de 155.000 pessoas no estado de Pernambuco. No ano de<br />

1995 o faturamento dos produtores de aves e ovos no Estado foi de R$ 452<br />

milhões, correspondentes a 3,6% do PIS estadual 144<br />

Em 1995 a produção de frangos de corte em Pernambuco foi de<br />

aproximadamente 253.000 toneladas, um aumento de cerca de <strong>10</strong>% sobre<br />

1994. Para 1996 espera-se uma taxa de crescimento similar, o que resultaria<br />

em uma produção em tomo de 278.000 toneladas'Y.<br />

De acordo com o presidente da Associação Avícola do Estado de<br />

Pernambuco!"; o mercado atacadista responde por 80% das vendas de frango<br />

vivo e os 20% restantes são destinados aos abatedouros frigoríficos.<br />

No que se refere à origem das empresas produtoras de frangos de<br />

Pernambuco, a maior parte delas é composta por empresas locais e algumas<br />

144 Andrade, Jaqueline. Setor tem crescimento de <strong>10</strong>% in Diário de Pernambuco. 07/01/96, pp. C - 8<br />

145 Idem.<br />

146 Idem (conforme depoimento do Sr. Edgar Navais)<br />

148


pertencem a grupos empresariais oriundos do Sul do país, com atuação em<br />

diversos estados.<br />

1) Grupo abatedouro<br />

As quatro empresas produtoras que formam o universo de abatedouros<br />

que realizaram ou realizam operações de abate industrial no estado de<br />

Pernambuco estiveram presentes nos questionários respondidos. A esse grupo<br />

convencionou-se chamar grupo abatedouro. O critério utilizado para tal<br />

designação foi o da experiência efetiva de operação. Esse grupo consistia das<br />

seguintes empresas produtoras, com os seguintes níveis de verticalização das<br />

atividades:<br />

Empresa A: Pena Branca S/A Moagem e Avicultura, detentora da marca de<br />

frangos Pena Branca, com abatedouro localizado no município de Paulista, PE,<br />

arredores da cidade do Recife. O início das operações da unidade de abate<br />

ocorreu em 1975.<br />

Atividades verticalizadas: 4<br />

plantio de milho - NÃO<br />

plantio de soja - NÃO<br />

unidade de fabricação de ração - SIM<br />

criação de matrizes - NÃO<br />

incubatório - SIM<br />

149


granjas de engorda - SIM<br />

abatedouro industrial - SIM<br />

unidades de varejo para frangos vivos e/ou abatidos - NÃO<br />

Modalidade(s) de criação defrangos:<br />

engorda em granjas próprias - NÃO<br />

engorda em granjas arrendadas - NÃO<br />

parceria avícola - SIM<br />

150<br />

A empresa A é constituída por diversos ativos localizados nos estados<br />

de Pernambuco e da Paraíba, com sede administrativa na cidade de Olinda,<br />

arredores de Recife. O gmpo controlador da empresa A também possui outras<br />

empresas atuantes no setor avícola com unidades de abate industrial de frangos<br />

em outros Estados, na seguinte ordem de proximidade geográfica com<br />

Pernambuco: Maranhão, Pará, São Paulo - duas unidades, e Rio Grande do<br />

Sul.<br />

A empresa A possui quatro ativídades verticalizadas, a saber: preparo<br />

de ração para frangos de corte, incubação de pintos, engorda de frangos e<br />

abate industrial de aves.<br />

A empresa A atribui valores mais altos à terceirização do transporte<br />

para milho e/ou soja (4), ao preparo de ração (5), e à terceirização do<br />

transporte para componentes ou ração pronta destinada às granjas (4).


151<br />

A criação de matrizes (2), a venda de ovos férteis (2) e a venda de<br />

pintos de um dia (2) não mereceram destaque. A empresa no entanto atribui<br />

valor alto à incubação de pintos (5).<br />

A empresa A trabalha somente com granjas de engorda em sistema de<br />

parceria avícola (5), preferindo vender as aves vivas com transporte a cargo do<br />

comprador (5). A empresa possui uma posição intermediária no que se refere a<br />

depósito(s) para estocagem e/ou distribuição de aves vivas (3) e uma<br />

pontuação mais alta para rede de lojas com a logomarca da empresa para<br />

comercialização de aves vivas (4).<br />

O abatedouro de aves (4), a terceirização do transporte para aves<br />

abatidas (4) e a rede de lojas com a logomarca da empresa para<br />

comercialização de aves abatidas (4) mereceram destaque, enquanto o meio de<br />

transporte próprio para aves abatidas (2) e depósito(s) para estocagem e/ou<br />

distribuição de aves abatidas (3) não foram considerados muito importantes.<br />

Principais conclusões sobre a empresa A<br />

A empresa A, note-se, atribui uma nítida importância à terceirização do<br />

transporte em todos os níveis, pelo transporte de aves vivas a cargo do<br />

comprador, pela engorda de frangos em granjas no sistema de parceria avícola:<br />

e pela distribuição de aves vivas e abatidas através de unidades varejistas com;<br />

maior esforço de marketing.<br />

.;<br />

.


Observações adicionais sobre a empresa A<br />

152<br />

A empresa A comercializou 13.600 toneladas de frangos em 1995, um<br />

aumento de cerca de 5% sobre o ano anterior. Para 1996 a empresa espera uma<br />

taxa de crescimento de 15%, configurando uma produção de mais de 15.000<br />

toneladas de frangos. A empresa lidera as vendas de frango resfriado em<br />

Pernambuco, com 45% de participação de mercado 147.<br />

o grupo controlador da empresa A responde por mais de 60% do<br />

consumo de frango resfriado nas regiões Norte e Nordeste. Como possui<br />

abatedouros múltiplos, o grupo controlador da empresa A pode escolher entre<br />

os diversos tipos de frangos, inteiros e partes, resfriados e congelados, e<br />

segmentar os mercados específicos de atuação de cada unidade de abate.<br />

Empresa B: Varig Agropecuária S/A, detentora da marca de frangos Seletto,<br />

com abatedouro localizado no município de Igarassú, PE, arredores da cidade<br />

• I .<br />

do Recife. O início das operações da unidade de abate ocorreu em 1995.<br />

Atividades verticalizadas: 5<br />

plantio de milho - NÃO<br />

plantio de soja - NÃO<br />

unidade de fabricação de ração - SIM<br />

criação de matrizes - SIM<br />

incubatório - SIM<br />

147 Andrade, Jacqueline. Empresa lidera ... p. C-8


granjas de engorda - SIM<br />

abatedouro industrial - SIM<br />

unidades de varejo para frangos vivos e/ou abatidos - NÃO<br />

Modalidade(s) de criação defrangos:<br />

engorda em granjas próprias - SIM<br />

engorda em granjas arrendadas - NÃO<br />

parceria avícola - SIM<br />

A empresa B é constituída por diversos ativos localizados nos estados<br />

de Pernambuco e da Paraíba, com sede administrativa na cidade de Recife. O<br />

grupo controlador da empresa B também possui outra empresa que se dedica<br />

ao setor avícola no estado do Maranhão, desprovida de incubatório e de<br />

abatedouro. A empresa B se encarrega de fornecer pintos de um dia para a<br />

empresa controlada pelo grupo no Maranhão.<br />

153<br />

A empresa B possui cinco atividades verticalizadas, a saber: preparo de<br />

ração para frangos de corte, criação de matrizes, incubação de pintos, engorda<br />

de frangos e abate industrial de aves.<br />

A empresa B atribui valores mais altos à terceirização do transporte<br />

para milho e/ou soja (4), e ao preparo de ração (5). O meio de transporte<br />

próprio para componentes ou ração pronta destinada às granjas (3) e a<br />

terceirização do transporte para componentes ou ração pronta destinada às<br />

granjas (3) receberam pontuações intermediárias.


A criação de matrizes (4), a incubação de pintos (4) e a venda de pintos !I<br />

de um dia (4) mereceram destaque. A empresa no entanto atribui pou1a<br />

importância à venda de ovos férteis (2).<br />

154<br />

A empresa B trabalha com granjas de engorda em sistema de parceria<br />

I<br />

avícola (4) e com granjas de engorda próprias (4), preferindo vender as aves<br />

vivas com transporte a cargo do comprador (4). Ela atribui pouca importância<br />

no que se refere a depósito(s) para estocagem e/ou distribuição de aves vivas<br />

(1) e para rede de lojas com a logomarca da empresa para comercialização de<br />

aves vivas (1).<br />

o abatedouro de aves (5), a terceirização do transporte para aves<br />

abatidas (5) e a rede de lojas com a logomarca da empresa para<br />

comercialização de aves abatidas (4) mereceram destaque, enquanto o meio de<br />

transporte próprio para aves abatidas (1) e depósito(s) para estocagem e/ou<br />

distribuição de aves abatidas(3) não foram considerados muito importantes.<br />

Principais conclusões sobre a empresa B<br />

A empresa B, note-se, atribui uma nítida importância à terceirização do<br />

transporte para milho e/ou soja e aves abatidas. Possui preferência pelo<br />

transporte de aves vivas a cargo do comprador, pela engorda de frangos em<br />

granjas próprias e no sistema de parceria avícola, e pela distribuição de aves<br />

abatidas através de unidades varejistas com maior esforço de marketing.


Empresa Ç: Laroche Agropecuária, detentora da marca de frangos Avicil,<br />

com abatedouro localizado no município de Paulista, PE, arredores da cidade<br />

do Recife. O início das operações de abate ocorreu em 1995.<br />

Atividades verticalizadas: 4<br />

plantio de milho - NÃO<br />

plantio de soja - NÃO<br />

unidade de fabricação de ração - SIM<br />

criação de matrizes - NÃO<br />

incubatório - NÃO<br />

granjas de engorda - SIM<br />

abatedouro industrial - SIM<br />

unidades de varejo para frangos vivos e/ou abatidos - SIM<br />

Modalidade(s) de criação de frangos:<br />

engorda em granjas próprias - SIM<br />

engorda em granjas arrendadas - SIM<br />

parceria avícola - NÃO<br />

A empresa C possui quatro atividades verticalizadas, a saber: preparo<br />

de ração para frangos de corte, engorda de frangos, abate industrial de aves e<br />

unidades de varejo para frangos vivos e abatidos.<br />

155


A empresa C atribuiu valores mais altos à terceirização do transporte<br />

para milho e/ou soja (5), ao preparo de ração (5), e à terceirização do<br />

transporte para componentes ou ração pronta destinada às granjas (5).<br />

A incubação de pintos (5) mostrou-se importante para a empresa.<br />

A empresa C trabalha com granjas de engorda próprias (5) e granjas<br />

arrendadas (4), preferindo vender as aves vivas com meio de transporte próprio<br />

(4). Ela atribui bastante importância no que se refere a depósito(s) para<br />

estocagem e/ou distribuição de aves vivas (5) e uma pontuação favorável para<br />

rede de lojas com a logomarca da empresa para comercialização de aves vivas<br />

(4).<br />

o abatedouro de aves (4), o meio de transporte próprio para aves<br />

abatidas (4), e a rede de lojas com a logomarca da empresa para<br />

comercialização de aves abatidas (4) mereceram destaque, enquanto o( s)<br />

depósito(s) para estocagem e/ou distribuição de aves abatidas (3) obteve<br />

importância mediana.<br />

Principais conclusões sobre a empresa C<br />

A empresa C, note-se, possui uma nítida preferência pelo mero de<br />

transporte próprio para aves vivas e abatidas, pela engorda de frangos em<br />

granjas próprias e em granjas arrendadas, e pela distribuição de aves vivas e<br />

abatidas através de unidades varejistas com maior esforço de marketing.<br />

156


Empresa D: Avie Alimentos Selecionados S/A , detentora da marca de<br />

frangos Mafisa, com abatedouro localizado no município de Belo Jardim, PE,<br />

distante cerca de 180km de Recife. O início das operações de abate ocorreu<br />

em 1994 e o término das mesmas em 1995. A empresa manifestou desejo de<br />

retomar ao mercado no prazo de um ano.<br />

Atividades verticalizadas: 6<br />

plantio de milho - NÃO<br />

plantio de soja - NÃO<br />

unidade de fabricação de ração - SIM<br />

criação de matrizes - SIM<br />

incubatório - SIM<br />

granjas de engorda - SIM<br />

abatedouro industrial- SIM<br />

unidades de varejo para frangos vivos e/ou abatidos - SIM<br />

Modalidade(s) de criação de frangos:<br />

engorda em granjas próprias - NÃO<br />

engorda em granjas arrendadas - NÃO<br />

parceria avícola - SIM<br />

A empresa D possuía seis atividades verticalizadas na época do<br />

encerramento de suas atividades, a saber: preparo de ração para frangos de<br />

corte, criação de matrizes, incubação de pintos, engorda de frangos,abate<br />

157


industrial de aves e unidades de varejo para frangos vivos e abatidos - lojas<br />

franqueadas.<br />

A empresa D atribuía valores mais altos ao meio de transporte próprio<br />

para milho e/ou soja (4), ao preparo de ração (5), e à terceirização do<br />

transporte para componentes ou ração pronta destinada às granjas (5).<br />

A criação de matrizes (5) e a incubação de pintos (5) mereceram<br />

destaque. A empresa no entanto atribuía valor baixo à venda de ovos férteis (2)<br />

e à venda de pintos de um dia (2).<br />

158<br />

A empresa D trabalhava somente com granjas de engorda em sistema de<br />

parceria avícola (5), preferindo vender as aves vivas com transporte<br />

terceirizado (5). Ela atribuía uma importância mediana no que se refere a<br />

depósito(s) para estocagem e/ou distribuição de aves vivas (3), e uma<br />

pontuação mais alta para rede de lojas com a logomarca da empresa para<br />

comercialização de aves vivas (5).<br />

O abatedouro de aves (5), a terceirização do transporte para aves<br />

abatidas (5) e a rede de lojas com a logomarca da empresa para<br />

comercialização de aves abatidas (5) mereceram destaque, enquanto o meio de<br />

transporte próprio para aves abatidas (4) e depósito(s) para estocagem e/ou<br />

distribuição de aves abatidas( 4) também foram considerados muito<br />

importantes.


Principais conclusões sobre a empresa D<br />

A empresa D, note-se, possuía uma nítida preferência pela terceirização<br />

do transporte em todos os níveis, menos no transporte de milho e/ou soja.<br />

Também nutria preferências pela engorda de frangos em granjas no sistema de<br />

parceria avícola e pela distribuição de aves vivas e abatidas através de<br />

unidades varejistas com maior esforço de marketing.<br />

2) Grupo não-abatedouro<br />

159<br />

Um total de quatro empresas produtoras que estão em fase de<br />

construção ou possuem projeto de construção de abatedouro industrial também<br />

estiveram presentes nos questionários respondidos. A esse grupo<br />

convencionou-se chamar grupo não-abatedouro. Esse grupo consistia das<br />

seguintes empresas produtoras, com os seguintes níveis de verticalização das<br />

atividades:<br />

Empresa E: Belasa, com abatedouro em construção no município de Belo<br />

Jardim, PE, distante cerca de 180km de Recife. O início das operações de<br />

abate está previsto para ocorrer em treze meses.<br />

Atividades verticalizadas: 4<br />

plantio de milho - NÃO<br />

plantio de soja - NÃO<br />

unidade de fabricação de ração - SIM


criação de matrizes - SIM<br />

incubatório - SIM<br />

granjas de engorda - SIM<br />

unidades de varejo para frangos vivos e/ou abatidos - NÃO<br />

Modalidadets) de criação de frangos:<br />

engorda em granjas próprias - SIM<br />

engorda em granjas arrendadas - SIM<br />

parceria avícola - SIM<br />

A empresa E possui quatro atividades verticalizadas, a saber: preparo<br />

de ração para frangos de corte, criação de matrizes, incubação de pintos e<br />

engorda de frangos.<br />

A empresa E atribui valores mais altos à terceirização do transporte<br />

para milho e/ou soja (4), ao preparo de ração (5), e à terceirização do<br />

transporte para componentes ou ração pronta destinada às granjas (3).<br />

160<br />

A criação de matrizes (5), a venda de ovos férteis (5), a incubação de<br />

pintos (5) e a venda de pintos de um dia (5) demonstram a importância desse<br />

segmento para a empresa.<br />

A empresa E trabalha com todas as três modalidades de granjas de<br />

engorda, atribuindo maior importância ao sistema de parceria avícola (4),<br />

preferindo vender as aves vívas com transporte terceirizado (5) ou a cargo do<br />

comprador (5). Ela atribui pouca importância no que se refere a depósito(s)


para estocagem e/ou distribuição de aves vivas (1) e uma pontuação pouco<br />

favorável para rede de lojas com a logomarca da empresa para comercialização<br />

de aves vivas (2).<br />

161<br />

O abatedouro de aves (5), o mero de transporte próprio para aves<br />

abatidas (3) e depósito( s) para estocagem e/ou distribuição de aves abatidas( 4)<br />

mereceram destaque, enquanto a terceirização do transporte para aves abatidas<br />

(2) e a rede de lojas com a logomarca da empresa para comercialização de<br />

aves abatidas (3) tiveram menor importância.<br />

Principais conclusões sobre a empresa E<br />

A empresa E, note-se, possui uma nítida preferência pela terceirização<br />

do transporte em todos os níveis, menos no transporte de aves abatidas. Nutre<br />

preferências também pela engorda de frangos em granjas no sistema de<br />

parceria avícola.<br />

Empresa F: Agropecuária Serrote Redondo Ltda., com abatedouro em<br />

construção no município de Afogados da Ingazeira, PE, distante cerca de<br />

400Km de Recife. O início das operações de abate está previsto para ocorrer<br />

no prazo de um ano.<br />

Atividades verticalizadas: 5<br />

plantio de milho - NÃO<br />

plantio de soja - NÃO


unidade de fabricação de ração - SIM<br />

criação de matrizes - SIM<br />

incubatório - SIM<br />

granjas de engorda - SIM<br />

unidades de varejo para frangos vivos ou abatidos - SIM<br />

Modalidade(s) de criação defrangos:<br />

engorda em granjas próprias - SIM<br />

engorda em granjas arrendadas - SIM<br />

parceria avícola - SIM<br />

162<br />

A empresa F possui cinco atividades verticalizadas, a saber: preparo de<br />

ração para frangos de corte, criação de matrizes, incubação de pintos, engorda<br />

de frangos e unidades de varejo para frangos vivos e abatidos.<br />

A empresa F atribui valores mais altos ao meio de transporte próprio<br />

para milho e/ou soja (5) e ao preparo de ração (5). As modalidades de<br />

transporte para componentes ou ração pronta destinada às granjas também<br />

merecem destaque: o meio de transporte próprio (5) e a terceirização do<br />

transporte (5).<br />

A criação de matrizes (5), a venda de ovos férteis (5), a incubação de<br />

pintos (5) e a venda de pintos de um dia (5) demonstram a importância desse<br />

segmento para a empresa.


163<br />

A empresa F trabalha com todas as três modalidades de granjas de<br />

engorda, atribuindo maior importância às granjas de engorda em sistema de<br />

parceria avícola (5) e às granjas de engorda próprias (5), preferindo vender as<br />

aves vivas com meio de transporte próprio (5) ou a cargo do comprador (5).<br />

Ela atribui importância mediana no que se refere a depósito(s) para estocagem<br />

e/ou distribuição de aves vivas (3) e uma pontuação muito favorável para rede<br />

de lojas com a logomarca da empresa para comercialização de aves vivas (5).<br />

O abatedouro de aves (5), o meio de transporte próprio para aves<br />

abatidas (5), o(s) depósito(s) para estocagem e/ou distribuição de aves abatidas<br />

(5) e a rede de lojas com a logomarca da empresa para comercialização de<br />

aves abatidas (5) mereceram destaque. A terceirização do transporte para aves<br />

abatidas (4) também foi considerada importante.<br />

Principais conclusões sobre a empresa F<br />

A empresa F, note-se, possui uma nítida preferência pelo meio de<br />

transporte próprio em todos os níveis, pela engorda de frangos em granjas<br />

próprias e no sistema de parceria avícola. Também nutre preferências pela<br />

distribuição de aves vivas e abatidas através de unidades varejistas com maior<br />

esforço de marketing.<br />

Empresa G: Pavane Agroindustrial Ltda., com projeto para abatedouro a ser<br />

localizado possivelmente no município de Vitória de Santo Antão, PE,


arredores da cidade do Recife. O início das operações de abate está previsto<br />

para ocorrer em prazo de dois anos.<br />

Atividades verticalizadas: 4<br />

plantio de milho - NÃO<br />

plantio de soja - NÃO<br />

unidade de fabricação de ração - SIM<br />

criação de matrizes - NÃO<br />

incubatório - SIM<br />

granjas de engorda - SIM<br />

unidades de varejo para frangos vivos ou abatidos - SIM<br />

Modalidade(s) de criação defrangos:<br />

engorda em granjas próprias - SIM<br />

engorda em granjas arrendadas - SIM<br />

parceria avícola - SIM<br />

A empresa G possui quatro atividades verticalizadas, a saber: preparo<br />

de ração para frangos de corte, incubação de pintos, engorda de frangos e<br />

unidades de varejo para frangos vivos.<br />

164<br />

A empresa G atribui valores mais altos ao preparo de ração (5) e a<br />

terceirização do transporte para componentes ou ração pronta destinada às<br />

granjas (5).


165<br />

A criação de matrizes (4), a venda de ovos férteis (4), a incubação de<br />

pintos (4) e a venda de pintos de um dia (4) demonstram a importância desse<br />

segmento para a empresa.<br />

A empresa G trabalha com todas as três modalidades de granjas de<br />

engorda, atribuindo maior importância ao sistema de parceria avícola (5),<br />

preferindo vender as aves vivas com transporte a cargo do comprador (4). Ela<br />

atribui pouca importância no que se refere a depósito(s) para estocagem e/ou<br />

distribuição de aves vivas (1) e uma pontuação muito favorável para rede de<br />

lojas com a logomarca da empresa para comercialização de aves vivas (5).<br />

O abatedouro de aves (5) e a rede de lojas com a logomarca da empresa<br />

para comercialização de aves abatidas (5) merecem destaque. O(s) depósito(s)<br />

para estocagem e/ou distribuição de aves abatidas (3) recebem um grau de<br />

importância mediano. As modalidades de transporte para aves abatidas<br />

recebem pontuações baixas: O meio de transporte próprio (1) e a terceirização<br />

do transporte (1).<br />

Principais conclusões sobre a empresa G<br />

A empresa G, note-se, possui preferência pela terceirização do<br />

transporte para componentes ou ração pronta destinada às granjas e pelo<br />

transporte de aves vivas a cargo do comprador. Atribui maior importância à<br />

engorda de frangos em granjas no sistema de parceria avícola e pela \/,


distribuição de aves vivas e abatidas através de unidades varejistas com maior<br />

esforço de marketing.<br />

Empresa H: Avícola Brilhante Ltda., com projeto para abatedouro sem<br />

localização definida. O início das operações de abate está previsto para ocorrer<br />

em prazo de dois anos.<br />

Atividades verticallzadas: 6<br />

plantio de milho - SIM<br />

plantio de soja - NÃO<br />

unidade de fabricação de ração - SIM<br />

criação de matrizes - SIM<br />

incubatório - SIM<br />

granjas de engorda - SIM<br />

unidades de varejo para frangos vivos ou abatidos - SIM<br />

Modalidade(s) de criação de frangos:<br />

engorda em granjas próprias - SIM<br />

engorda em granjas arrendadas - SIM<br />

parceria avícola - SIM<br />

166<br />

A empresa H possui seis atividades verticalizadas, a saber: plantio de<br />

milho, preparo de ração para frangos de corte, criação de matrizes, incubação<br />

de pintos, engorda de frangos e unidades de varejo para frangos vivos.


A empresa H atribui valores altos às modalidades de transporte para<br />

matérias primas: o meio de transporte próprio para milho e/ou soja (4) e a<br />

terceirização do transporte para milho e/ou soja (4). O preparo de ração (5) e<br />

as modalidades de transporte para componentes ou ração pronta destinada às<br />

granjas: o meio de transporte próprio (4) e a terceirização do transporte (4),<br />

também foram valorizados.<br />

167<br />

A criação de matrizes (4), a venda de ovos férteis (4), a incubação de<br />

pintos (4) e a venda de pintos de um dia (4) demonstra a importância desse<br />

segmento para a empresa.<br />

A empresa H trabalha com todas as três modalidades de granjas de<br />

engorda, atribuindo maior importância às granjas de engorda em sistema de<br />

parceria avícola (4) e às granjas arrendadas (4), preferindo vender as aves<br />

vivas com meio de transporte próprio (4). Ela atribui bastante importância no<br />

que se refere a depósito(s) para estocagem e/ou distribuição de aves vivas (4) e<br />

uma pontuação muito favorável para rede de lojas com a logomarca da<br />

empresa para comercialização de aves vivas (5).<br />

O abatedouro de aves (4), o meio de transporte próprio para aves<br />

abatidas (4), o(s) depósito(s) para estocagem e/ou distribuição de aves abatidas<br />

(5) e a rede de lojas com a logomarca da empresa para comercialização de<br />

aves abatidas (5) mereceram destaque. A terceirização do transporte para aves<br />

abatidas (3) obteve importância mediana.


Principais conclusões sobre a empresa H<br />

168<br />

A empresa H, note-se, possui uma nítida preferência pelo meto de<br />

transporte próprio para aves vivas e abatidas, e pela engorda de frangos no<br />

sistema de parceria avícola e em granjas arrendadas. A empresa também nutre<br />

preferências pela distribuição de aves vivas e abatidas através de unidades<br />

varejistas com maior esforço de marketing.<br />

3.2.4. Análise Horizontal<br />

1) Milho<br />

A quantidade de milho requerida por uma empresa produtora é muito<br />

grande. Para se ter uma idéia um produtor que possua uma capacidade alojada<br />

de 1.000.000 de aves, com faixa de peso de venda em tomo de 2,5Kg por<br />

frango, realizando uma conversão alimentar média de 2,0, irá consumir em<br />

tomo de 5.000 toneladas de ração para alimentar este planteI. Considerando<br />

uma média de 70% de milho na composição da ração, ter-se-á 3.500 toneladas<br />

de milho gastas na elaboração da ração.<br />

No período de um ano tem-se uma média de cmco criadas, o que<br />

implica em um consumo de 17.500 toneladas de milho anuais. Para realizar tal<br />

produção um produtor deveria semear 5.000 hectares, considerando-se uma<br />

produção média de 3.500 toneladas por hectare/ano.<br />

\ '


169<br />

A falta de sinergia nas operações de plantio de milho e produção de<br />

frangos, no estado de Pernambuco, aliados ao enorme comprometimento<br />

fmanceiro para realizar a produção do cereal praticamente inviabilizam a<br />

integração vertical destas atividades para os produtores pernambucanos.<br />

Entre as empresas pesquisadas somente uma dedica-se ao plantio de<br />

milho. A possibilidade de produção de grãos em regiões irrigadas do semi-<br />

árido nordestino próximas ao rio São Francisco é uma realidade. Todavia o<br />

agricultor nestas áreas confronta-se com a opção entre o plantio de culturas<br />

tradicionais ou a formação de pomares. Esta última atividade, a fruticultura<br />

irrigada, tem-se mostrado mais procurada nos últimos tempos, em função de<br />

sua maior rentabilidade.<br />

Os sistemas de irrigação possuem um custo bastante elevado o que<br />

dificulta a obtenção de viabilidade econômica. Certos equipamentos no<br />

entanto apresentam-se com dificuldades para a irrigação de fruteiras, em<br />

decorrência da configuração fisica do pomar ou do porte elevado atingido<br />

pelas plantas. Um destes equipamentos é o pivô central, um conjunto<br />

composto por um eixo fixo no meio da área a ser irrigada e uma série de torres<br />

modulares desmontáveis que permitem flexibilização da área molhada. Usado i,.<br />

para extensas áreas, possue um inconveniente que é a altura máxima das torres<br />

entre 2,5 e 3,0 metros, apresentando-se entretanto perfeitamente adaptado para<br />

culturas como o milho.


2) Soja<br />

A soja, a despeito de suas enormes possibilidades para o Brasil, não<br />

oferece muitas condições agronômicas para o estado de Pernambuco em<br />

particular. Talvez por este motivo, fora o aspecto da falta de sinergia também<br />

encontrado no milho, não se obteve entre as empresas pesquisadas nenhuma<br />

que se dedicasse ao plantio desta leguminosa.<br />

170<br />

Por se tratar de uma cultura em grande expansão territorial no Brasill,<br />

sena interessante observar as novas áreas de cultivo e verificar qual(is)<br />

modalidade(s) de distribuição poderiam ser utilizadas a um menor custo. A<br />

atuação governamental pode ser decisiva neste aspecto.<br />

3) Ração<br />

o item preparo de ração para frangos de corte apresentou númer6<br />

máximo de respostas, com todos os oito pesquisados respondendo. Também<br />

mostrou maior nível de concordância , com todos pesquisados atribuindo a<br />

mesma nota. Este item obteve ainda maior nota individual, todos designaram<br />

(5), e o maior somatório, 40 pontos.<br />

A importância da fabricação de ração, em diferentes níveis de<br />

agregação de componentes e matérias primas, reflete-se no fato dela ser o<br />

componente principal dos custos de produção de frangos de corte.<br />

Outro tópico que despertou atenção na análise foi o transporte de ração<br />

pronta das unidades de processamento até as granjas. Enquanto o item meio de ';/", ,.


I 171<br />

transporte próprio para componentes ou ração pronta destinada às granjas<br />

obteve um somatório de 20 pontos, o item terceirização do transporte para<br />

componentes ou ração pronta destinada às granjas obteve 34 pontos, em oito<br />

respostas, configurando-se no quarto item em importância.<br />

Há de se considerar que o peso de ração transportado corresponde em<br />

termos médios ao dobro do peso de transporte dos frangos vivos. A expansão<br />

de contratos de parcena avícola e/ou arrendamentos aumenta<br />

consideravelmente o volume de cargas das empresas produtoras, e até mesmo<br />

o volume global de frete de ração. É muito comum as granjas autônomas, de<br />

criadores individuais, trabalharem com capacidade ociosa.<br />

A importância dada à terceirização do transporte de ração pelas<br />

empresas produtoras pressupõe também uma presença pouco intensa de silos<br />

receptores nas granjas de engorda. Este fato, em função da elevada relação<br />

custo-beneficio deste equipamento, pode refletir possíveis ineficiências<br />

interativas entre as fábricas de ração e as granjas de engorda na cadeia<br />

verticalizada de produção. É um tema a ser analisado mais profundamente.<br />

4) Matrizes<br />

Das oito empresas produtoras, cinco se apresentaram realizando criação<br />

de matrizes. O item criação de matrizes apresentou-se com sete respostas,<br />

tendo sido atribuídas três notas (5), três notas (4)e uma nota (2).<br />

, "<br />

r.,. I


172<br />

No que se refere ao item venda de ovos férteis encontrou-se uma<br />

discrepância entre o grupo abatedouro, com três notas (2), e o grupo não-<br />

abatedouro com duas notas (5) e duas notas (4).<br />

~'I~r~<br />

JI \<br />

I , . \ I<br />

5) Incubatório<br />

i~..<br />

Das oito empresas produtoras apenas uma não realiza incubação de ',,\<br />

~ .. ~<br />

pintos. O item incubação de pintos apresentou-se com cinco notas (5) e\ três;, I<br />

, \ (,<br />

notas (4), somando 37 pontos, em oito respostas, configurando-se no segundo L ,)<br />

. I "\1<br />

maior item em grau de importância. I<br />

I\ 1<br />

No que se refere ao item venda de pintos de um dia encontro h-se t l 1(',<br />

\<br />

também uma discrepância entre o grupo abatedouro, com uma nota (4) e duas!<br />

, \<br />

notas (2), e o grupo não-abatedouro com duas notas (5) e duas notas (\4)1,<br />

~{<br />

respostas idênticas em número e origem às que este grupo deu no item venda<br />

de ovos férteis.<br />

6) Granjas de engorda<br />

Todas as oito empresas produtoras possuem granjas verticalizadas. O<br />

grupo abatedouro tem duas empresas produtoras que atuam somente na \ ~,<br />

modalidade de criação parceria avícola, e as outras duas empresas atuantes " J<br />


173<br />

o grupo não-abatedouro tem suas quatro empresas operando, sem<br />

exceções, nas três modalidades de criação de frangos.<br />

A modalidade de criação de frangos que recebeu maior importância, o<br />

item engorda de frango (5) de corte em granjats) integrada(s) ou parceria(s)<br />

avícola(s), apareceu com quatro notas (5) e três notas (4), somando 32 pontos, I<br />

(<br />

em sete respostas, configurando-se no quinto maior item em grau de<br />

importância.<br />

o item engorda de frango (5) de corte em granjats) prápriats) com duas<br />

notas (5), duas notas (4), uma nota (3), duas notas (2) e uma nota (1), somando<br />

26 pontos, em oito respostas, configurou-se na segunda modalidade de criação<br />

de frangos em importância.<br />

o item engorda de frango(s) de corte em granjats) arrendadats) com<br />

três notas (4), quatro notas (2) e uma nota (1), somando 21 pontos, em oito<br />

respostas, configurou-se na terceira modalidade de criação de frangos em<br />

importância.<br />

o item compra de frangos de corte em granjas de terceiros não<br />

despertou muita importância entre os pesquisados. O grupo abatedouro obteve<br />

uma nota (4), uma nota (3), uma nota (2) e uma nota (1). O grupo não-<br />

abatedouro obteve exatamente os mesmos resultados do outro grupo. A soma<br />

total correspondeu a 20 pontos, em oito respostas.<br />

No que diz respeito à importância atribuída às modalidades de<br />

transporte de frangos vivos, a preferência recaiu sobre o item venda de aves


vivas na granja com transporte a cargo do comprador, com um total de 27<br />

pontos em sete respostas.<br />

o segundo lugar na preferência foi o item terceirização do transporte<br />

para aves vivas da granja ao comprador, com um total de 25 pontos em sete<br />

respostas.<br />

A terceira modalidade escolhida, o item meio de transporte próprio<br />

para aves vivas da granja ao comprador, obteve 24 pontos em oito respostas.<br />

7) Unidades de varejo para aves vivas<br />

174<br />

o item depôsitots) para estocagem e/ou distribuição de aves vivas<br />

obteve 21 pontos em oito respostas, com bastante variação entre as respostas.<br />

Existe uma correlação entre este tópico e o item compra de frangos de corte<br />

em granjas de terceiros, haja visto que os depósitos são geralmente utilizados<br />

pelas empresas cuja quantidade de aves vendidas excede a quantidade<br />

produzida.<br />

o item rede de lojas com a logomarca da empresa para<br />

comercialização de aves vivas, com quatro notas (5), duas notas (4), uma nota<br />

"'.1<br />

(2) e uma nota (1), somando 31 pontos em oito respostas, configurou-se no<br />

sexto item em importância atribuída.


8) Abatedouro<br />

175<br />

o item abatedouro de aves obteve no grupo abatedouro duas notas (5)<br />

e duas notas (4). No grupo não-abatedouro os resultados indicaram três notas<br />

I' r')<br />

(5) e uma nota (4). A soma total foi de 37 pontos em oito respostas, tendo este;<br />

item dividido o segundo lugar em importância, junto com o item incubação de<br />

pintos.<br />

"<br />

I! j<br />

No que diz respeito a importância atribuída às modalidades de<br />

transporte de frangos abatidos, todas duas somaram exatamente o mesmo<br />

número de pontos, 24, mas o número de respostas variou. No item meio de<br />

transporte próprio para aves abatidas foram obtidas oito respostas, enquanto<br />

no item terceirização do transporte para aves abatidas houve sete respostas, o<br />

que revelaria maior importância para este item.<br />

o mais interessante no que se refere às modalidades de transporte foi a<br />

inversão de pontuações entre os dois grupos em relação às duas modalidades.<br />

Enquanto os participantes do grupo abatedouro preferiram estabelecer maiores<br />

pontuações individuais ao item terceirização do transporte para aves abatidas<br />

do que ao item meio de transporte próprio para aves abatidas , os participantes<br />

do grupo não-abatedouro reduziram ou igualaram suas pontuações individuais<br />

ao abordarem o item terceirização do transporte para aves abatidas.<br />

j


9) Unidades de varejo para aves abatidas<br />

O item depôsitots) para estocagem e/ou distribuição de aves abatidas<br />

obteve no grupo abatedouro uma nota (4) e três notas (3), enquanto no grupo<br />

não-abatedouro os resultados indicaram duas notas (5), uma nota (4) e uma<br />

nota (3). A soma total foi de 30 pontos em oito respostas, tendo este item<br />

ocupado o sétimo lugar em importância atribuída.<br />

O item rede de lojas com a logomarca da empresa para<br />

comercialização de aves abatidas, com quatro notas (5), três notas (4) e uma<br />

nota (3), somando 35 pontos em oito respostas, configurou-se no terceiro item<br />

em importância atribuída.<br />

176


3.2.5. Síntese de Informações<br />

1 - Atividades em que a empresa atua:<br />

Parte I<br />

177<br />

Grupo: Abatedouro Não-Abatedouro<br />

A B C D E F G H<br />

Plantio de milho<br />

Plantio de soja<br />

Sim<br />

Preparo de ração para frangos de corte Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim<br />

Criação de matrizes Sim Sim Sim Sim Sim<br />

Incubação de pintos Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim<br />

Engorda de frangos Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim<br />

Abate industrial de frangos de corte Sim Sim Sim Sim<br />

Venda a varejo de frangos vivos e/ou abatidos Sim Sim Sim Sim Sim


2 - Importância que a empresa dá a cada uma das atividades listadas:<br />

178<br />

A B C O E F G H L Ordem<br />

• Preparo de ração para frangos de corte<br />

• Incubação de pintos<br />

• Abatedouro de aves<br />

• Rede de lojas com a logomarca da empresa<br />

5<br />

5<br />

4<br />

4<br />

5<br />

4<br />

5<br />

4<br />

5<br />

5<br />

4<br />

4<br />

5<br />

5<br />

5<br />

5<br />

5<br />

5<br />

5<br />

3<br />

5<br />

5<br />

5<br />

5<br />

5<br />

4<br />

5<br />

5<br />

5<br />

4<br />

4<br />

5<br />

40<br />

37<br />

37<br />

35<br />

1<br />

2<br />

2<br />

3<br />

para comercialização de aves abatidas<br />

• Terceirização do transporte para componentes<br />

ou ração pronta destinada às granjas<br />

4 3 5 5 3 5 5 4 34 4<br />

• Engorda de frangos de corte em granja(s)<br />

integrada( s)<br />

5 4 5 4 5 5 4 32 5<br />

• Rede de lojas com a logomarca da empresa 4 4 5 2 5 5 5 31 6<br />

para comercialização de aves vivas<br />

• Depósito(s) para estocagem e/ou distribuição<br />

de aves abatidas<br />

3 3 3 4 4 5 3 5 30 7<br />

• Terceirização<br />

soja<br />

do transporte para milho e/ou 4 4 5 3 4 4 4 29 8<br />

• Criação de matrizes<br />

• Venda de aves vivas na granja com transporte<br />

a cargo do comprador<br />

2<br />

5<br />

4<br />

4<br />

5<br />

3<br />

5<br />

5<br />

5<br />

5<br />

4<br />

4<br />

4 29<br />

I 27<br />

8<br />

9<br />

• Venda de pintos de um dia 2 4 2 5 5 4 4 26 <strong>10</strong><br />

• Engorda de frangos de corte em granja(s)<br />

própria(s)<br />

2 4 5 2 5 4 3 26 <strong>10</strong><br />

• Terceirização do transporte para aves vivas da 4 3 5 5 4 3 25 11<br />

granja ao comprador<br />

• Venda de ovos férteis 2 2 2 5 5 4 4 24 12<br />

• Meio de transporte próprio para aves vivas da<br />

granja ao comprador<br />

2 3 4 2 2 5 2 4 24 12<br />

• Meio de transporte próprio para aves abatidas 2 1 4 4 3 5 I 4 24 12<br />

• Terceirização do transporte para aves abatidas 4 5 5 2 4 1 3 24 12<br />

• Engorda de frangos de corte em granja(s)<br />

arrendada(s)<br />

2 4 2 2 4 2 4 21 13<br />

• Depósito(s) para estocagem e/ou distribuição<br />

de aves vivas<br />

3 5 3 3 4 21 13<br />

• Meio de transporte próprio para componentes<br />

ou ração pronta destinada às granjas<br />

2 3 2 2 5 2 4 20 14<br />

• Compra de frangos de corte em granjas de<br />

terceiros<br />

3 4 2 4 2 3 20 14<br />

• Meio de transporte próprio para milho e/ou<br />

soja<br />

2 2 4 5 4 19 15<br />

• Plantio de milho 5 2 2 3 4 18 16<br />

• Plantio de soja 5 2 2 I 3 I 2 16 17<br />

• Venda de componente ou ração pronta para<br />

terceiros<br />

2 2 2 5 2 15 18


1 - Mercado para frangos de corte vivos<br />

Modalidade de Venda<br />

Venda de aves vivas<br />

Região<br />

Nordeste<br />

Estados<br />

Alagoas<br />

Bahia<br />

Ceará<br />

Maranhão<br />

Paraíba<br />

Pernambuco<br />

Piauí<br />

Rio Grande do Norte<br />

Sergipe<br />

Parte 11<br />

179<br />

Grupo: Abatedouro Não-Abatedouro<br />

(Em %) A B C O E F G H<br />

43 34 60 O <strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0<br />

Grupo: Abatedouro Não-Abatedouro<br />

(Em %) A B C D E F G H<br />

<strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0<br />

Grupo: Abatedouro Não-Abatedouro<br />

(Em %) A B C O E F G H<br />

50 5 3<br />

<strong>10</strong><br />

20<br />

<strong>10</strong><br />

6<br />

20<br />

<strong>10</strong>0 80 <strong>10</strong>0<br />

Grupo: Abatedouro<br />

Modalidades de Distribuição<br />

(Em %) A B C D<br />

Venda a atacadista(s). (Clientes de compra 90 <strong>10</strong>0<br />

semanal acima de 1500 aves)<br />

Venda a varejista(s). (Clientes de compra <strong>10</strong><br />

semanal até 1500 aves)<br />

Venda através de ponto(s) de comercialização<br />

próprio(s). (Avícolas, açougues, varejões)<br />

2 - Mercado para frangos de corte abatidos<br />

Modalidade de Venda<br />

Venda de aves abatidas<br />

2.1 - Mercado interno para frangos de corte abatidos<br />

Destinação das Aves Abatidas<br />

Mercado interno<br />

Região<br />

Nordeste<br />

Grupo: Abatedouro<br />

(Em %) A B C D<br />

57 66 40 <strong>10</strong>0<br />

Grupo: Abatedouro<br />

(Em %) A B C D<br />

<strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0 70<br />

Grupo: Abatedouro<br />

(Em %) A B C D<br />

<strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0 <strong>10</strong>0<br />

25 <strong>10</strong> 5 20<br />

20 30 80 71<br />

<strong>10</strong><br />

5 <strong>10</strong> <strong>10</strong><br />

Não-Abatedouro<br />

E F G H<br />

<strong>10</strong>0 70 70 18<br />

70 20 20 16<br />

30 <strong>10</strong> <strong>10</strong> 66


Grupo: Abatedouro<br />

Estados (Em %) A B C D<br />

Alagoas 15 <strong>10</strong> 20<br />

Bahia 5<br />

Ceará <strong>10</strong><br />

Maranhão<br />

Paraíba 5 5 <strong>10</strong><br />

Pernambuco 80 70 <strong>10</strong>0 50<br />

Piauí<br />

Rio Grande do Norte <strong>10</strong><br />

Sergipe <strong>10</strong><br />

Grupo: Abatedouro<br />

Modalidades de Distribuição (Em %) A B C D<br />

Atacadistas . 15 5 5<br />

Distribuidores 30 5<br />

Vendas diretas para supermercados 55 95 70 80<br />

Vendas diretas para mercearias 30 <strong>10</strong><br />

Grupo: Abatedouro<br />

Tipos de Frangos (Em %) A B C D<br />

Resfriados 90 35 90 70<br />

Congelados <strong>10</strong> 65 <strong>10</strong> 30<br />

Grupo: Abatedouro<br />

Tipos de Frangos (Em %) A B C D<br />

Inteiros 50 40 50 25<br />

Partes 50 60 50 75<br />

Classificação de Embalagens pelo Uso<br />

Caixa plástica<br />

Caixa de papelão<br />

Saco de ráfia<br />

2.2 - Mercado externo para frangos de corte abatidos<br />

Destinação das Aves Abatidas<br />

Mercado externo<br />

País<br />

Japão<br />

Modalidades de Distribuição<br />

Empresa importadora<br />

Grupo: Abatedouro<br />

A B C D<br />

I" 1~ 1º 2"<br />

2º<br />

Grupo: Abatedouro<br />

(Em %) A B C D<br />

O O O 30<br />

Grupo: Abatedouro<br />

(Em %) A B C D<br />

<strong>10</strong>0<br />

Grupo: Abatedouro<br />

(Em %) A B C D<br />

<strong>10</strong>0<br />

180


Grupo: Abatedouro<br />

Tipos de Frangos (Em %) A B C D<br />

Congelados <strong>10</strong>0<br />

Grupo: Abatedouro<br />

Tipos de Frangos (Em %) A B C D<br />

Partes <strong>10</strong>0<br />

Grupo: Abatedouro<br />

Classificação de embalagens pelo uso A B C D<br />

Caixa de papelão Iº<br />

Parte 111<br />

1 - Importância das motivações listadas para que a empresa montasse (monte) um<br />

abatedouro:<br />

181<br />

Grupo: Abatedouro Não-<br />

Abatedouro<br />

A B C D E F G H L Ordem<br />

• Ter acesso ao mercado de aves abatidas em<br />

partes<br />

5 3 5 5 5 5 4 5 37 1<br />

• Ter acesso ao mercado de aves abatidas<br />

resfriadas<br />

4 4 5 5 5 5 5 4 37 1<br />

• Ter acesso ao mercado de aves abatidas em<br />

cortes especializados<br />

5 5 5 5 5 4 5 34 2<br />

• Ter acesso a mercados geográficos brasileiros<br />

para aves resfriadas onde normalmente não<br />

haveria vantagens de penetração no mercado de<br />

aves abatidas congeladas<br />

5 4 5 5 5 3 4 31 3<br />

• Diminuir risco(s) 3 4 4 4 5 5 5 30 4<br />

• Ter acesso a cliente(s) importante(s) 4 3 5 4 5 5 4 30 4<br />

• Ter acesso ao mercado de aves abatidas<br />

inteiras<br />

4 5 5 5 5 3 29 5<br />

• Distribuir aves abatidas para supermercados<br />

porte médio<br />

de 5 4 3 4 5 5 3 29 5<br />

• Ter acesso a mercados geográficos brasileiros<br />

para aves abatidas em partes onde<br />

normalmente não haveria vantagens de<br />

penetração no mercado de aves abatidas<br />

inteiras<br />

5 3 2 5 5 4 4 28 6<br />

• Ter acesso a mercados geográficos brasileiros<br />

para aves abatidas em cortes especializados<br />

onde normalmente não haveria vantagens de<br />

penetração no mercado de aves abatidas em<br />

partes<br />

5 4 2 5 3 4 5 28 6<br />

• Distribuir aves abatidas para grandes cadeias<br />

de supermercados<br />

3 5 5 4 5 5 I 28 6


182<br />

• Ter acesso a mercados geográficos brasileiros<br />

para aves abatidas inteiras onde normalmente<br />

não haveria<br />

vantagens de penetração no mercado de aves<br />

4 3 5 5 4 23 7<br />

vrvas<br />

• Distribuir aves abatidas para pequenos<br />

varejistas<br />

3 2 3 5 5 4 - 22 8<br />

• Ter acesso a mercados geográficos de outros<br />

países para aves abatidas em cortes<br />

especializados<br />

5 5 5 3 21 9<br />

• Reduzir perda(s)<br />

• Antecipar diminuição do mercado de aves<br />

vivas devido a um possível acirramento de<br />

3<br />

2<br />

4<br />

3<br />

4<br />

4<br />

4<br />

5<br />

5<br />

5<br />

20<br />

20<br />

<strong>10</strong><br />

<strong>10</strong><br />

fiscalização sanitária nos pontos de venda que<br />

•<br />

realizam o abate de aves vivas<br />

Ter acesso a mercados geográficos de outros<br />

países para aves abatidas em partes<br />

5 3 5<br />

..,<br />

.) 19 11<br />

• Ter acesso a mercados geográficos de outros<br />

países para aves abatidas inteiras<br />

5 3 5 17 12<br />

• Bloquear concorrentes 3 I 3 4 3 16 13<br />

• Ter acesso ao mercado de aves abatidas<br />

congeladas<br />

2 4 4 13 14


CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS<br />

183


Neste capítulo final aborda-se as perspectivas para as empresas<br />

produtoras, e a possibilidade delas operarem em diversos níveis de<br />

verticalização. A localização das empresas produtoras de frangos em regiões<br />

produtoras de grãos ou regiões não-produtoras de grãos, mostra-se<br />

fundamental para a estratégia mercadológica a ser adotada pelas empresas.<br />

4.1. Definições Operacionais<br />

184<br />

o termo áreas sofisticadas (de consumo de frangos), representa as<br />

diversas localidades que, por quaisquer dos motivos verificados ao longo deste<br />

trabalho, consomem maior quantidade de frangos resfriados do que frangos<br />

abatidos na hora.<br />

o termo áreas não-sofisticadas (de consumo de frangos), representa as<br />

diversas localidades que consomem maior quantidade de frangos abatidos na<br />

hora do que frangos resfriados.<br />

4.2. Perspectivas para a Avicultura de Corte no Brasil<br />

A avicultura de corte, a curto prazo, tende a acentuar ainda mais a<br />

especialização das linhagens genéticas, com posicionamento de duas linhas<br />

chaves de produção de frangos:<br />

,. I


185<br />

a) as linhagens de maior velocidade de crescimento, que refletem um<br />

maior rendimento de carcaça, direcionadas para a futura comercialização de<br />

frangos inteiros;<br />

b) as linhagens de maior produção de partes, que possuem um maior<br />

rendimento de partes nobres como peito e coxa, destinadas à futura<br />

comercialização de frangos em partes;<br />

o frango de corte nesse século se caracterizou por ser o animal<br />

doméstico de maior evolução de índices zootécnicos, pelos seguintes motivos:<br />

a) Redução na idade de abate do frango, de mais de <strong>10</strong>0 dias em<br />

1930 para previstos 40 dias em 2001;<br />

b) Aumento no peso do frango no abate, de 1,5Kg em 1930 para<br />

previstos 2,30Kg em 2001;<br />

c) Redução da conversão alimentar do frango, de 3,50 Kg de<br />

ração/Kg de ave em 1930 para previstos 1,78 Kg de ração/Kg de<br />

ave em 2001.<br />

A redução da conversão alimentar é especialmente importante para os<br />

produtores de frangos de regiões não-produtoras de grãos. O menor volume de<br />

ração consumido por unidade de frango implica na menor participação do item<br />

transporte de grãos nos custos unitários de produção de frangos. Somente o<br />

.- -


item ração corresponde, em média, a 70% dos custos de produção de frangos<br />

de corte.<br />

186<br />

Todavia continua mais econômico realizar as atividades de engorda e<br />

abate de frangos em regiões produtoras de grãos. O custo de transporte por<br />

tonelada dos grãos corresponde em média a US$ 50, quando o valor médio do<br />

produto é de US$ 230 por tonelada. O custo de transporte por tonelada dos<br />

frangos congelados, em caminhões frigoríficos, corresponde em média a US$<br />

<strong>10</strong>0, em relação a um valor médio do produto de US$ 1,500 por tonelada.<br />

O Brasil é muito prejudicado nas suas importações de milho pelos altos<br />

custos de operações portuárias. O sorgo granífero, de produção adaptada à<br />

regiões semi-áridas, é uma das possíveis opções de substituição, parcial ou<br />

total, ao milho no Nordeste do Brasil.<br />

Atualmente verifica-se a expansão do cultivo da soja para o Brasil<br />

Setentrional, induzindo a formação de novos pólos avícolas, como o de<br />

Mimoso, no Oeste da Bahia. Os custos de produção da soja brasileira são<br />

próximos aos custos americanos, e segundo a opinião de alguns produtores e<br />

técnicos do setor, a tendência a curto e médio prazos, é de a soja tomar-se<br />

talvez o único cereal brasileiro em condições de competir no mercado externo.<br />

Nas regiões não-produtoras de grãos, em função do acréscimo de custos<br />

referentes ao transporte de grãos, o custo de produção de frangos toma-se<br />

inevitavelmente maior. O produtor nessas localidades, via de regra, não<br />

conseguirá enfrentar a concorrência dos frangos advindos das regiões


produtoras de grãos. Os frangos abatidos oriundos dessas últimas regiões,<br />

entretanto, penetram basicamente na modalidade congelados, em função da<br />

sua menor perecibilidade.<br />

A produção local de frangos, em regiões não produtoras de grãos,<br />

possui boa penetração de mercado para os frangos abatidos na modalidade<br />

resfriados, cujo prazo máximo de perecibilidade é de <strong>10</strong> dias. Esse prazo<br />

dificulta a penetração de frangos resfriados oriundos de longínquas regiões<br />

produtoras de grãos.<br />

187<br />

A cadeia de distribuição de frangos vivos, da granja de engorda até as<br />

unidades varejistas, acarreta em um processamento de frangos vivos em<br />

abatidos na hora. Os varejistas dessa cadeia desempenham assim uma<br />

atividade particular: o abate artesanal das aves. Tal performance pode<br />

acarretar em risco de acirramento de fiscalização sanitária nos pontos de<br />

varejo e/ou aumento de custos operacionais de mão-de-obra.<br />

O Comportamento do Consumidor no mercado de frango abatido na<br />

hora não possui registro de estudos acadêmicos ou de pesquisas de mercado<br />

por parte de produtores, atacadistas e varejistas de frangos vivos,<br />

individualmente ou em associações. A realização de pesquisas de mercado que<br />

confrontem a preferência de consumo do frango abatido na hora versus o<br />

frango resfriado, com base nos níveis de preços ao consumidor para os dois<br />

produtos, é fundamental para as três classes - produtores, atacadistas e<br />

varejistas - da cadeia de distribuição de frangos vivos.


No que se refere aos varejistas da cadeia de distribuição de frangos<br />

vivos, o conhecimento das preferências dos consumidores para cada tipo de<br />

produto - frango abatido na hora e frango resfriado - em função dos<br />

respectivos níveis de preços, permitiria ao lojista calcular as margens líquidas<br />

para os dois tipos de produto e adaptar a participação de cada um no composto<br />

de produtos vendidos.<br />

188<br />

No que diz respeito aos atacadistas de frangos vivos, as pesquisas de<br />

mercado acima descritas podem lhes orientar sobre a tendência de<br />

crescimento, estagnação ou declínio do mercado de frangos vivos. Em certas<br />

regiões os atacadistas respondem por cerca de 80% do comércio de aves vivas.<br />

No que tange aos produtores de frangos, as pesquisas de mercado<br />

acima referidas, permitiriam identificar o tamanho do mercado de frangos<br />

vivos e do mercado de frangos abatidos. Tal diagnóstico é fundamental para a<br />

decisão de operar só no mercado de aves vivas, só no mercado de aves<br />

abatidas ou em ambos os mercados simultaneamente. Conseqüentemente um<br />

dos principais fatores de decisão para a instalação, nível de operação e uso de<br />

capacidade instalada de abatedouros seria a análise comparativa entre os<br />

mercados consumidores de frangos abatidos na hora e de frangos resfriados.<br />

são:<br />

Os fatores que influem na delimitação de mercados para os abatedouros<br />

1) os custos de produção local de frangos vivos;


2) o porte econômico e o nível de verticalização da empresa. O<br />

maior risco de inadequação de capacidade instalada entre as<br />

diversas atividades pode ser diminuído com a operação do<br />

abatedouro;<br />

3) os mercados atuais e potenciais para: frangos congelados,<br />

frangos resfriados e frangos vivos:<br />

a) viabilidade de penetração nos mercados internos e<br />

externos de frangos congelados inteiros e em partes.<br />

Opção preferencial para abatedouros situados em<br />

regiões produtoras de grãos. Existe porém a<br />

possibilidade de os abatedouros situados em regiões<br />

não-produtoras de grãos, também realizarem<br />

exportações de cortes especiais;<br />

b) viabilidade de penetração no mercado de frangos<br />

resfriados inteiros e em partes. Opção preferencial<br />

para abatedouros de localização relativamente<br />

próxima aos mercados consumidores. Neste caso é<br />

de grande importância a mensuração da parcela<br />

passível de conquista do mercado de frangos inteiros<br />

189


abatidos na hora. É bastante plausível que o<br />

mercado para frangos resfriados em partes, devido à<br />

variedade de itens e à especialização do<br />

processamento, ocupe espaços antes preenchidos<br />

pelas partes de frangos do tipo abatidos na hora;<br />

4) o abatedouro como uma oportunidade para a empresa não se<br />

restringir ao mercado de commodities. Ele pode processar tipos<br />

de produtos diferenciados, com consolidação de uma marca e<br />

possibilidade de posicionamento superior para os produtos da<br />

empresa;<br />

5) o número de unidades de varejo atual e potencial para a<br />

comercialização de frangos resfriados e congelados, e a sua<br />

participação global na venda de aves. A disponibilidade de<br />

equipamentos apropriados para preservação das aves nessas lojas<br />

é um dos itens relevantes a serem pesquisados. Esses dados são<br />

muito variáveis entre as regiões do Brasil, o que indica a<br />

necessidade de estudos espaciais localizados. De acordo com<br />

pesquisas realizadas junto ao varejo no estado de São Paulo, em<br />

1991, pelos Profs. Juracy Parente e Francisco Rojo, e junto aos<br />

190<br />

\•....'<br />

'I.


abatedouros no estado de Pernambuco, em 1995, para a presente<br />

dissertação, tem-se que:<br />

a) no estado de São Paulo: os frangos resfriados são<br />

muito utilizados nas promoções dos supermercados.<br />

Esses produtos atraem clientes para dentro das lojas,<br />

embora ofereçam baixas margens de remuneração<br />

para os supermercadistas. A participação dos frangos<br />

resfriados nessas lojas corresponde a cerca de 90%<br />

das unidades vendidas. Esse percentual foi<br />

semelhante aos dados obtidos dos abatedouros em<br />

Pernambuco;<br />

b) no estado de São Paulo: os frangos congelados<br />

são mais utilizados como estoques de segurança das<br />

unidades de varejo que possuem balcões frigoríficos,<br />

notadamente supermercados. A participação dos<br />

frangos congelados nessas lojas corresponde a cerca<br />

de <strong>10</strong>% das unidades vendidas. Esse percentual foi<br />

semelhante aos dados obtidos dos abatedouros em<br />

Pernambuco;<br />

191


Mercado externo<br />

c) no estado de São Paulo, encontrou-se wna<br />

participação nas vendas das lojas de 75% para<br />

frangos inteiros e 25% para frangos em partes. No<br />

estado de Pernambuco, encontrou-se uma<br />

participação nas vendas dos abatedouros em tomo de<br />

50% para frangos inteiros e cerca de 50% para<br />

frangos em partes. Tal fato pode ser creditado ao<br />

constante aumento da participação de frangos em<br />

partes em relação a frangos inteiros, ocorrido ao<br />

longo dos últimos anos. Essa tendência de<br />

crescimento das partes de frango deve continuar no<br />

curto e médio prazos.<br />

As perspectivas de exportações de frangos para o Brasil são positivas,<br />

devido às condições naturais favoráveis à criação no país.<br />

192<br />

Os entraves internos às exportações podem ser classificados como: de<br />

maior dificuldade de resolução e de menor dificuldade de resolução. No<br />

primeiro tópico pode-se citar os altos custos portuários. No segundo tópico<br />

tem-se a taxação da cadeia de produção dirigida para o mercado externo e a<br />

valorização do câmbio.


193<br />

No plano externo os principais obstáculos que o Brasil enfrenta são: os<br />

subsídios dados às exportações do setor pelos Estados Unidos e França, e as<br />

barreiras à entrada do produto brasileiro na União Européia e no Nafta.<br />

O limite de volume de exportações subsidiadas pela União Européia,<br />

segundo acordos internacionais, deverá ser reduzido à 290.000 toneladas no<br />

ano 2.000. O valor dos subsídios, neste bloco econômico, deve se estabilizar<br />

em um teto máximo de US$ 390 por tonelada, ainda em 1996. Se no futuro o<br />

mercado livre prevalecer em detrimento do protecionismo, O Brasil, devido às<br />

suas características produtivas econômicas, pode se tornar um grande<br />

exportador de frangos.<br />

A estagnação dos volumes de frangos exportados nos últimos anos<br />

concorreu para uma maior oferta do produto no mercado interno. O aumento<br />

do volume de exportações brasileiras é fundamental para reduzir o excesso de<br />

oferta no mercado interno e, consequentemente, evitar o encerramento<br />

localizado de atividades de empresas produtoras.<br />

4.3. Perspectivas para a Verticalização das Empresas<br />

A verticalização das atividades de produção e distribuição de frangos de<br />

corte em uma empresa produtora, deve levar em consideração, principalmente,<br />

a localização geográfica e o porte da empresa produtora.


No que se refere à localização geográfica pode-se definir as empresas<br />

produtoras de frangos, como pertencentes às seguintes regiões:<br />

1) regiões produtoras de grãos; e<br />

2) regiões não-produtoras de grãos.<br />

1) empresas produtoras localizadas em regiões produtoras de grãos<br />

194 .<br />

A operação de empresas de processamento de óleos vegetais no Brasil,<br />

especificamente óleo de soja, fez surgir empresas verticalizadas na cadeia de<br />

nutrição de frangos de corte, notadamente nas atividades de fabricação de<br />

ração e de engorda de aves. Tal fato ocorreu devido ao aproveitamento do<br />

farelo de soja, um dos subprodutos da soja, junto com o óleo, na composição<br />

de ração para frangos de corte. A partir daí a própria necessidade de<br />

adequação de escala operacional, orientou as empresas produtoras de frangos<br />

de corte verticalizadas na cadeia de nutrição, à desempenharem também<br />

atividades verticalizadas na cadeia biológica defrangos de corte.<br />

De maneira similar, a existência de empresas produtoras de frangos<br />

verticalizadas na cadeia biológica de frangos de corte, orientou a performance<br />

vertical dessas empresas na cadeia de nutrição de frangos de corte,<br />

notadamente nas atividades: de engorda de aves, de fabricação de ração, e de<br />

produção de farelo e óleo de soja.<br />

",


195<br />

A verticalização nas cadeias biológica e de nutrição de frangos de<br />

corte, devido ao grande volume de operações, tende a ser tanto mais benéfica<br />

quanto maior a quantidade de aves, ou seja o maior porte da empresa.<br />

A expansão física na cadeia de produção de frangos de corte<br />

enfrentava porém um grande empecilho: a engorda dos frangos. A atividade de<br />

criação de frangos é muito meticulosa, o que dificulta a administração \/<br />

empresarial das granjas de engorda. É uma atividade que se presta mais em j<br />

propriedades familiares. Além disso, o investimento financeiro em instalações<br />

e equipamentos retardaria o ritmo de crescimento. A solução encontrada foi a<br />

importação do modelo americano de integração ou parceria avícola, que<br />

permitiu a enorme expansão física na produção brasileira de frangos verificada<br />

nos últimos anos.<br />

o mercado de frangos vivos, refletido na venda de frangos abatidos na<br />

hora em áreas não-sofisticadas do mercado interno, é dominado por<br />

atacadistas que negociam o produto de maneira informal. As características<br />

peculiares desse mercado de commodities vivas dificultam a atuação de<br />

empresas de grande e médio porte, principalmente, e até mesmo as de pequeno<br />

porte.<br />

A verticalização na cadeia de distribuição de frangos de corte vivos,<br />

devido ao controle efetivo do peso, tende a ser tanto mais problemática quanto<br />

maior a quantidade de aves, ou seja o maior porte da empresa.


A constituição de abatedouros ou frigoríficos pelas empresas produtoras<br />

de frangos, em regiões produtoras de grãos, é uma alternativa plausível devido<br />

a uma grande possibilidade de diversificação dos seus produtos. O menor<br />

custo de produção de frangos nessas regiões, permite maior possibilidade de<br />

penetração de produtos específicos em mercados segmentados<br />

geograficamente, a saber:<br />

a) frangos congelados em regiões longínquas, não-produtoras de<br />

grãos, como a região Nordeste do Brasil e alguns mercados<br />

externos;<br />

b) frangos resfriados em áreas sofisticadas do mercado interno. A<br />

delimitação da área de atendimento do frigorífico é decorrente da<br />

necessidade de manutenção das qualidades organolépticas do<br />

produto resfriado, em função do prazo de perecibilidade do<br />

mesmo.<br />

Do exposto acuna vê-se que as empresas produtoras de frangos,<br />

localizadas nas regiões produtoras de grãos, possuem muitas opções na cadeia<br />

de distribuição de frangos de corte abatidos. A proximidade dessas regiões em<br />

relação aos grandes centros consumidores no Sudeste e Sul do Brasil,<br />

196


contribuiu para o aumento contínuo na escala de produção e distribuição das<br />

empresas produtoras.<br />

A verticalização na cadeia de distribuição de frangos de corte abatidos,<br />

devido ao grande volume de operações, tende a ser tanto mais benéfica quanto<br />

maior a quantidade de aves, ou seja o maior porte da empresa.<br />

2) empresas produtoras localizadas em regiões não-produtoras de grãos<br />

A redução do mercado de criadores-produtores autônomos, fez com que<br />

as empresas processadoras de ração ampliassem o nível de verticalização, na<br />

cadeia de nutrição de frangos de corte, através da atividade de engorda de<br />

aves. Tal fato se justificou devido ao aproveitamento da capacidade produtiva<br />

das fábricas de ração. A partir daí a própria necessidade de adequação de<br />

escala operacional, orientou as empresas produtoras de frangos de corte<br />

verticalizadas na cadeia de nutrição, à desempenharem também atividades<br />

verticalizadas na cadeia biológica de frangos de corte.<br />

De maneira similar, a existência de empresas produtoras de frangos<br />

verticalizadas na cadeia biológica de frangos de corte, orientou a performance<br />

vertical dessas empresas na cadeia de nutrição de frangos de corte,<br />

notadamente na atividade de engorda de aves. A dependência de milho e de<br />

farelo de soja, de outras regiões produtoras de grãos, é um fator limitante das<br />

197 .


empresas que operam na cadeia de nutrição de frangos de corte, em regiões<br />

não-produtoras de grãos.<br />

198 .<br />

A verticalização na cadeia biológica de frangos de corte, com base em<br />

respostas de empresas produtoras de regiões não-produtoras de grãos, é<br />

importante para qualquer nível de verticalização da empresa. No que se refere<br />

à criação de matrizes especificamente, algumas empresas produtoras preferem<br />

trazer ovos férteis de outras regiões.<br />

A verticalização na cadeia de nutrição de frangos de corte, com base<br />

em respostas de empresas produtoras de regiões não-produtoras de grãos,<br />

inclui basicamente a fabricação de ração, independente do nível de<br />

verticalização da empresa.<br />

A expansão fisica na cadeia de produção de frangos de corte, com base<br />

em respostas de empresas produtoras de regiões não-produtoras de grãos,<br />

acontece através da parceria avícola e do arrendamento de granjas de<br />

engorda.<br />

O mercado de venda de frangos, em regiões não-produtoras de grãos, à<br />

época da pesquisa, revelava-se ocupado basicamente pela venda de frangos<br />

vivos. A comercialização de frangos abatidos na hora é intensa, sendo<br />

realizada por uma grande número de pequenos varejistas. Nesse mercado<br />

algumas questões se revelam desconhecidas: o conhecimento do<br />

comportamento do mercado consumidor de áreas não-sofisticadas em relação<br />

ao frango resfriado, e o conhecimento do nível de aceitação deste produto por


parte dos varejistas ali instalados. A decisão de implantar unidades de varejo<br />

para frangos abatidos industrialmente e/ou abatidos na hora está condicionada<br />

às respostas das duas questões acima.<br />

A verticalização na cadeia de distribuição de frangos de corte vivos,<br />

depende do conhecimento das preferências do mercado consumidor e do<br />

controle efetivo do peso, sendo adotada por empresas produtoras de diferentes<br />

portes, com diferentes níveis de verticalização, em regiões não-produtoras de<br />

grãos.<br />

A constituição de abatedouros ou frigoríficos pelas empresas produtoras<br />

de frangos, em regiões não-produtoras de grãos, é uma alternativa a ser<br />

analisada cuidadosamente. Mesmo com um pequeno número de abatedouros<br />

em funcionamento nessas regiões, essas unidades respondem somente por algo<br />

em tomo de 50 a 60% da produção das respectivas empresas produtoras. Tais<br />

participações podem indicar um perigoso processo de saturação do mercado de<br />

frangos resfriados local. O estudo da influência dos canais de distribuição<br />

sobre o mercado consumidor de frangos resfriados, notadamente no que se<br />

refere ao varejo, é fundamental para uma melhor compreensão do processo<br />

acima.<br />

199<br />

Constata-se pelas análises relatadas, que as empresas produtoras de<br />

frangos, localizadas nas regiões não-produtoras de grãos, possuem opções<br />

reduzidas de produtos, basicamente frangos resfriados; e de canais de


distribuição, basicamente supermercados, na cadeia de distribuição de frangos<br />

de corte abatidos, em relação às empresas das regiões produtoras de grãos.<br />

A verticalização na cadeia de distribuição defrangos de corte abatidos,<br />

200 .<br />

em regiões não-produtoras de grãos, devido ao reduzido número de produtos e<br />

de canais de distribuição, pode sugerir a implantação de mais um nível<br />

vertical: a implantação de unidades de varejo para frangos abatidos, e até<br />

mesmo frangos abatidos na hora, concomitantemente. A possibilidade de<br />

utilização de franquias parece ser bastante plausível. Essa alternativa pode ser<br />

adotada pelas empresas, independente do porte financeiro destas.<br />

4.4. Recomendações<br />

o estudo das atividades avícolas poderá ser mais aprofundado com a<br />

utilização de estudos departamentalizados, tais como a cadeia biológica, de<br />

nutrição, de distribuição de frangos vivos e de distribuição de frangos<br />

abatidos.<br />

A recente constituição da Associação Paulista de Produtores de Frangos<br />

Vivos parece dar mostras de que as quatro terminologias acima podem bem<br />

representar as diversas atividades do setor avícola de corte.


4.5. Limitações do Estudo<br />

201<br />

As empresas produtoras de frangos de corte podem assumir vários<br />

níveis de verticalização nas suas operações. A abrangência desse estudo<br />

exploratório não permitiu esmiuçar esses vários níveis na profundidade em que<br />

eles podem ser analisados individualmente.<br />

A falta de dados quantitativos, não coletados na pesquisa, reflete a<br />

preocupação de não intimidar as empresas respondentes e melhorar o perfil<br />

quantitativo da amostra. Enfatizou-se, assim, a participação percentual ao<br />

invés de números de produção e distribuição. A escassez desses dados pode vir<br />

a configurar uma limitação deste estudo.<br />

4.6. Sugestões para Estudos Ulteriores<br />

As cadeias de distribuição de frangos vivos e de frangos abatidos possui<br />

muitas possibilidades inexploradas, notadamente na área de Administração e<br />

particularmente na de Mercadologia. As pesquisas sobre o comportamento do<br />

consumidor em relação ao frango resfriado versus o frango abatido na hora<br />

mostram bem a falta de estudos sobre o tema.<br />

" .


202<br />

A cadeia de nutrição de frangos de corte pode ser melhor explorada em<br />

várias áreas: Administração da Produção, Economia Agrícola, Agronomia,<br />

Zootecnia e Veterinária.<br />

A cadeia biológica de frangos de corte apresenta muitas oportunidades<br />

de desenvolvimento de estudos, principalmente nas áreas de Veterinária e<br />

Zootecnia.


BIBLIOGRAFIA<br />

203 .<br />

• i<br />

.,f


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221 .


ANEXO<br />

QUESTIONARIO DA PESQUISA


A VERTIC AUZA, Ao DAS ATIVIDA<strong>DE</strong>S AVÍCOLAS <strong>DE</strong> CORTE COMO<br />

FORMA <strong>DE</strong> SOBRCVIVÊNCIA E OCUPAÇÃO <strong>DE</strong> ESPAÇOS<br />

MERC ADOLOGICOS PARA AS EMPRESAS DO SETOR<br />

CRITÉRIOS GERAIS<br />

Este questionário visa obter informações sobre a verticalização das atividades avícolas de<br />

corte e a distribuição de frangos vivos e abatidos. Seu objetivo é conseguir uma melhor<br />

conceituação teórica sobre tópicos como: (1) a tendência do mercado de aves vivas; (2)<br />

a tendência do mercado de aves abatidas; (3) aspectos relacionados a distribuição de<br />

aves abatidas no mercado interno e externo.<br />

Por favor responda a todas as perguntas. Compreendemos que para alguns casos as<br />

quantidades exatas podem não lhe parecer disponíveis. Para estes casos, serão suficientes<br />

suas estimativas aproximadas. Se desejar fazer um comentário sobre qualquer das<br />

perguntas ou respostas. por favor utilize o espaço nas margens ou anexe uma folha.<br />

NOME <strong>DE</strong> sux El\fPRESA:<br />

NOME DO<br />

ENTREVISTADO:<br />

CARGO out OCUP A:<br />

1. A 'ma empresa possui abatcdourof s) de aves:<br />

(Preencha todas as opções que forem pertinentes)<br />

o Em funcionamento<br />

O Em construção<br />

D Em projeto<br />

D Desativado(s)<br />

D Não<br />

D<br />

2. Caso a sua empresa possua abatedouroís) em funcionamento, indicar o(s) ano(s) de<br />

início de operação e a( s) suaí s) respectivaí s) localizaçãoí ões):<br />

19 - l.ocalidade<br />

19 Localidade<br />

19 - Localidade<br />

19 - Localidade<br />

19 - Localidade<br />

3. Caso a sua empresa possua abatedourof s) em construção, indicar o número de anos<br />

para 0(5) provávelíis) iniciots) de operação e a(s) sua(s) respectiva(s) localização(ões):<br />

N" de anos:<br />

N" de anos:<br />

N" de anos:<br />

- Localidade ------------------<br />

- Localidade -----------------<br />

- Localidade -----------------


4. Caso a sua empresa possua projeto(s) de construção de abatedouro(s), indicar o<br />

número de anos para o(s) prováveltis) início(s) de operação e a(s) sua(s) respectiva(s)<br />

localizaçãofões):<br />

N'1 de anos:<br />

Nº de anos:<br />

Nº de anos:<br />

- Localidade<br />

- Localidade<br />

- Localidade<br />

-------------------------------<br />

-------------------------------<br />

--------------------<br />

5. Caso a sua empresa possua abatedourots) desativadoís), preencher os anos de início e<br />

término de operação e a(s) sua(s) respectiva(s) localização(ões). Caso tenha planos de<br />

reativá-loís), indicar o número de anos para o(s) provável(is) início(s) de operação:<br />

Ano de início de Ano de término Localidade Nº de anos para uma<br />

operação de operação possível reabertura<br />

19 19 ano(s)<br />

19 19 ano(s)<br />

19 19 ano(s)<br />

6. Por favor, indique a importância das motivações listadas para que sua empresa<br />

montasse (monte) um abatedouro:<br />

Nada Extremamente<br />

ImQortante ImQortante<br />

• Diminuir risco(s) 2 3 4 5<br />

• Reduzir perda(s) 2 3 4 5<br />

• Antecipar diminuição do mercado de aves vivas devido 2 3 4 5<br />

a um possível acirramento de fiscalização sanitária nos<br />

pontos de venda que realizam o abate de aves vivas<br />

..)<br />

• Ter acesso ao mercado de aves abatidas inteiras 2 " 4 5<br />

• Ter acesso ao mercado de aves abatidas em partes 2 3 4 5<br />

• Ter acesso ao mercado de aves abatidas em cortes 2 3 4 5<br />

especializados<br />

• Ter acesso ao mercado de aves abatidas congeladas 2 3 4 5<br />

• Ter acesso ao mercado de aves abatidas resfriadas 2 3 4 5<br />

• Ter acesso a mercados geográficos brasileiros para aves 2 3 4 5<br />

abatidas inteiras onde normalmente não haveria<br />

vantagens de penetração no mercado de aves vivas<br />

• Ter acesso a mercados geográficos brasileiros para aves 2 3 4 5<br />

abatidas em partes onde normalmente não haveria<br />

vantagens de penetração no mercado de aves abatidas<br />

inteiras<br />

• Ter acesso a mercados geográficos brasileiros para aves 2 3 4 5<br />

abatidas em cortes especializados onde normalmente<br />

não haveria vantagens de penetração no mercado de<br />

aves abatidas em partes


• Ter acesso a mercados geográficos brasileiros para aves<br />

abatidas resfriadas onde normalmente não haveria<br />

vantagens de penetração no mercado de aves abatidas<br />

congeladas<br />

• Ter acesso a mercados geográficos de outros países<br />

para aves abatidas inteiras<br />

• Ter acesso a mercados geográficos de outros países<br />

para aves abatidas em partes<br />

• Ter acesso a mercados geográficos de outros países<br />

para aves abatidas em cortes especializados<br />

• Distribuir aves abatidas para pequenos varejistas<br />

• Distribuir aves abatidas para supermercados de porte<br />

médio<br />

• Distribuir aves abatidas para grandes cadeias de<br />

supermercados<br />

• Ter acesso a clientet s) importante(s)<br />

• Bloquear concorrentes<br />

7. Que atividades a sua empresa desempenha:<br />

(Preencha todas as opções que forem pertinentes)<br />

D<br />

D<br />

D<br />

D<br />

Plantio de milho<br />

Preparo de ração para frangos de corte<br />

Incubação de pintos<br />

Engorda de frangos em gr:lJ1ja(s) de terceiro(s). Especifique:<br />

D Integração<br />

D Arrendamento<br />

D Outra(s) rnodalidadeís):<br />

Nada<br />

Importante<br />

I 2<br />

Extremamente<br />

Importante<br />

345<br />

2 3 4 5<br />

2 3 4 5<br />

2 3 4 5<br />

2 3 4 5<br />

2 3 4 5<br />

2 3 4 5<br />

2 3 4 5<br />

2 3 4 5<br />

D Plantio de soja<br />

D Criação de matrizes<br />

D Engorda de frangos em granja(s)<br />

própria(s)<br />

8. Por favor, indique a importância que a sua empresa dá a cada uma das atividades<br />

listadas:<br />

• Plantio de milho<br />

• Plantio de soja<br />

• Meio de transporte próprio para milho e/ou soja<br />

• Terceirização do transporte para milho e/ou soja<br />

Nada Extremamente<br />

IrTJpo..rt~nt~ Importante<br />

1 2 3 4 5<br />

1 2 3 4 5<br />

2 3 4 5<br />

2 3 4 5


Nada Extremamente<br />

ImQortante ImQortante<br />

• Preparo de ração para frangos de corte 1 2 3 4 5<br />

• Venda de componente ou ração pronta para terceiros 1 2 3 4 5<br />

• Meio de transporte próprio para componentes ou ração 1 2 3 4 5<br />

pronta destinada às granjas<br />

• T erceirização do transporte para componentes ou ração 2 3 4 5<br />

pronta destinada às granjas<br />

• Criação de matrizes 2 3 4 5<br />

• Venda de 0VOS férteis 1 2 3 4 5<br />

• Incubação de pintos 1 2 3 4 5<br />

• \' enda de pintos de um dia 2 3 4 5<br />

• Eng-orda de frangos de corte em granja(s) própria(s) 2 3 4 5<br />

• Engorda de frangos de corte em granja( s) integrada( s) 2 3 4 5<br />

• Engorda de frangos de corte em granja(s) arrendada(s) 2 3 4 5<br />

• Compra de frangos de corte em granjas de terceiros 2 3 4 5<br />

• Meio de transporte próprio para aves vivas da granja ao 2 3 4 5<br />

comprador<br />

• Venda de aves vivas na granja com transporte a cargo 2 3 4 5<br />

do comprador<br />

• Terceirização do transporte para aves vivas da granja ao 1 2 3 4 5<br />

comprador<br />

• Depósitof<br />

vivas<br />

s) para esrocagern e/ou distribuição de aves 2 3 4 5<br />

• Rede de lojas com a logomarca da empresa para 1 2 3 4 5<br />

comercialização de aves vivas<br />

• Abatedouro de aves<br />

2 3 4 5<br />

• Meio de transporte próprio para aves ahatidas 1 2 3 4 5<br />

• Terceirização do transporte para aves abatidas 1 2 3 4 5<br />

• Depósitots) para estocagern e/ou distribuição de aves 2 3 4 5<br />

abatidas<br />

• Rede de lojas com a logornarca da empresa para 2 3 4 5<br />

comercialização de aves abatidas<br />

9. Que modalidade de vendas a sua empresa pratica e qual a participação de cada uma<br />

delas no total de aves comercializadas (Obs.: os dois percentuais devem somar <strong>10</strong>0%):<br />

OI<br />

<strong>10</strong> Venda de aves vivas<br />

% Venda de aves abatidas<br />

CASO S(!A El\IPRES.\ OPERE SOMENTE COM AVES ABATIDAS, PASSE<br />

P:\R.\ A Q{TEST.\O N° t3


<strong>10</strong>. Que regiões geográficas do Brasil são abrangidas por sua empresa e qual a<br />

participação de cada uma delas no total de aves vivas comercializadas (Obs.: os<br />

percentuais devem somar <strong>10</strong>0 0 ó):<br />

% Centro-Oeste<br />

% Nordeste<br />

% Norte<br />

% Sudeste<br />

% Sul<br />

11. Caso a Região Nordeste faça parte da área de comercialização de aves vivas da sua<br />

empresa. qual a participação de cada estado em relação ao total de aves vivas destinadas<br />

a região (Obs.: os percentuais devem somar <strong>10</strong>0%):<br />

% Piauí<br />

% Maranhão<br />

~·ó Alagoas % Rio Grande do Norte<br />

OI<br />

/0 Paraíba<br />

o' ,0 Bahia<br />

% Sergipe<br />

% Pernambuco<br />

°0 Ceará<br />

12. Que modalidades de distribuição são utilizadas por sua empresa e qual a participação<br />

de cada uma delas no total de aves vivas comercializadas (Obs.: os percentuais devem<br />

somar <strong>10</strong>0°'Ó):<br />

% Venda a atacadistaí s). (Clientes de compra semanal acima de 1500 aves)<br />

% Venda a varejistaf s) (Clientes de compra semanal até 1500 aves)<br />

% Venda através de ponto( s) de comercialização próprio( s). (Avícolas,<br />

açougues, varejões)<br />

% Outras modalidades Especifique: _<br />

C'.\SO A Sll.\ EMPRES.\ OPFRE SOMENTE COM AVES VIVAS, FAVOR<br />

N:\O RFSPON<strong>DE</strong>R NF.NIIl!!\1.\ DAS PERGUNTAS SEGVINTES<br />

13. Qual a destinação das aves abatidas por sua empresa e qual a participação de cada<br />

mercado em relação ao total de quilos de aves abatidas (Obs.: os dois percentuais devem<br />

somar <strong>10</strong>0%):<br />

~ o Mercado interno % Mercado externo<br />

CASO .\ Sll.\ FMPRFS.\ OPERE SOMENTE COM AVES ABATIDAS PARA O<br />

l\1FRC.\DO EXTERNO. PASSE PARA A QUESTAo N° 20


NO _.__ orr: SE REFERE A \'END,\ <strong>DE</strong> FRANGOS <strong>DE</strong> CORTE ABATIDOS PARA O<br />

.- •...._ ... _-~_._--_ ... -_ ... ------ -----------------------_. -- -<br />

MIRC~\D-ºJ~.I[RN.O<br />

14. Que regioes geográficas do Brasil são abrangidas por sua empresa e qual a<br />

participação de cada uma delas no total de quilos de aves abatidas destinados ao<br />

mercado interno (Obs: os percentuais devem somar 1OO~'Ó):<br />

% Centro-Oeste % Norte % Sul<br />

% Nordeste % Sudeste<br />

15 Caso a região Nordeste faça parte da área de comercialização de aves abatidas da sua<br />

empresa, qual a participação de cada estado em relação ao total de quilos de aves<br />

abatid'rs destinados a regiãn(Ohs· 0S percentuais devem somar <strong>10</strong>0%):<br />

~ó Alagoas % Maranhão % Piauí<br />

~ó<br />

(%<br />

Bahia<br />

Ceará<br />

%<br />

%<br />

Paraíba<br />

Pernambuco<br />

%<br />

%<br />

Rio Grande<br />

Sergipe<br />

do Norte<br />

)6. Que modalidades de distribuição são utilizadas por sua empresa e qual a participação<br />

de cada uma delas no total de quilos de aves abatidas destinados ao mercado interno<br />

(Obs.: 0'> percentuais devem somar) 00%):<br />

% Atacadistas<br />

% Distribuidores<br />

% Vendas diretas para supermercados<br />

~.ó Vendas diretas para mercearias<br />

% Outras modalidades Especifique:<br />

17 Que tipos de frangos são processados por sua empresa e qual a participação de cada<br />

um deles no total de quilos de aves abatidas destinados ao mercado interno (Obs.: os<br />

dois percentuais devem somar <strong>10</strong>0%):<br />

~ ó Resfriados % Congelados<br />

18. Que tipos de frangos são processados por sua empresa e qual a participação de cada<br />

um deles no total de quilos de aves abatidas destinados ao mercado interno (Obs.: os<br />

dois percentuais devem somar 1()()O~):<br />

% Inteiros % Partes<br />

19. Que embalagem sua empresa utiliza no transporte de aves abatidas destinadas ao<br />

mercado interno:<br />

(Numerar em ordem decrescente de acordo com o grau de uso)<br />

Caixa de papelão<br />

Outras. Especifique:<br />

Caixa plástica


CASO A SUA EMPRESA N.\O OPERE COM EXPORTAÇÃO <strong>DE</strong> AVES<br />

ABA TIDAS. FA\'OR Ni\O RESPON<strong>DE</strong>R NENHUMA DAS PERGUNTAS<br />

SEGUINTES<br />

NO_Ql.~:,5E_RrJTRLA~rE~J),-'L<strong>DE</strong> ..FRANGOS <strong>DE</strong> CORTE ABATIDOS PARA<br />

EXPORTACÃO<br />

20. Indique que porcentagem de suas exportações totais tem como destino cada uma das<br />

seguintes regiões (Obs.: os percentuais devem somar <strong>10</strong>0%):<br />

% África/Oriente Médio<br />

% América do Sul<br />

% Ásia/Austrália<br />

% EUA e Canadá<br />

% Europa<br />

% México e América Central<br />

21. Por favor, indique que modalidades de distribuição são utilizadas por sua empresa e<br />

qual a participação de cada uma delas no total de quilos de aves abatidas dirigidos para o<br />

exterior (Obs.: os percentuais devem somar <strong>10</strong>0%):<br />

%<br />

%<br />

22 Que tipos de frangos são processados por sua empresa e qual a participação de cada<br />

um deles no total de quilos de aves abatidas dirigidos para o exterior (Obs.: os dois<br />

percentuais devem somar <strong>10</strong>0%):<br />

~ ó Resfriados % Congelados<br />

21 Que tipos de frangos são processados por sua empresa e qual a participação de cada<br />

um deles no total de quilos de aves abatidas dirigidos para o exterior (Obs.: os dois<br />

percentuais devem somar <strong>10</strong>0%):<br />

OI<br />

,o Inteiros<br />

%<br />

Partes<br />

24 Que embalagem de transporte sua empresa utiliza nas exportações de frangos:<br />

(Numerar em ordem decrescente de acordo com o grau de uso)<br />

Caixa de papelão<br />

Outras Especifique:<br />

%<br />

%<br />

%


FIM DO QUESTIONARIO<br />

A sua empresa autoriza o mestrando a publicar os dados acima respondidos em sua<br />

dissertação de Mestrado (circulação restrita a bibliotecas universitárias)<br />

Sim<br />

Caso a sua empresa não ache conveniente a publicação de sua razão social, os dados<br />

poderiam ser usados com o emprego de um nome fictício.<br />

Sim<br />

Em Termos. Explique:<br />

Não<br />

Não<br />

I\1UITO OnRIGADO POR snu TEMPO E COOPF.RAÇÃO<br />

CASO <strong>DE</strong>SEJE RECEI3ER UMA CÓPIA DOS RESULTADOS <strong>DE</strong>STE ESTUDO,<br />

POR GENTILEZA PREENCHA O ESPAÇO A SEGUTR COM SEU EN<strong>DE</strong>REÇO. OU<br />

ANEXE SEU CARTÃO <strong>DE</strong> VISITAS AO QUESTIONARIO RESPONDIDO.<br />

NOME:<br />

CARGO:<br />

EN<strong>DE</strong>REÇO

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