mtb-27-operacoes-de-mergulho - 4SGBM/I
mtb-27-operacoes-de-mergulho - 4SGBM/I
mtb-27-operacoes-de-mergulho - 4SGBM/I
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
MOM – MANUAL DE OPERAÇÕES DE MERGULHO<br />
Naquela época, se utilizava na Grécia, um aparato para submergir e permanecer<br />
<strong>de</strong>baixo d’água, que <strong>de</strong>nominavam <strong>de</strong> “Lebeta”, que era um primitivo sino <strong>de</strong> <strong>mergulho</strong>.<br />
Aristóteles havia mencionado em seus escritos sobre a “Lebeta”, da seguinte forma:<br />
“Trata-se <strong>de</strong> uma espécie <strong>de</strong> sino cheio <strong>de</strong> ar, colocado em posição invertida, <strong>de</strong><br />
forma cônica, em cujo interior, uma vez submergida, coloca-se a cabeça e a parte<br />
superior do corpo do mergulhador.”<br />
Nos relatos sobre a conquista <strong>de</strong> Tiro pelas tropas <strong>de</strong> Alexandre Magno, constam<br />
que os gregos levavam mergulhadores a bordo <strong>de</strong> suas embarcações, os quais lograram<br />
<strong>de</strong>struir as <strong>de</strong>fesas submarinas dos fenícios. Outro historiador, Quinto Quercio (41 a 45<br />
a.C.), diz também, sobre os mesmo fatos, que os fenícios cercados pelas tropas <strong>de</strong><br />
Alexandre, o Gran<strong>de</strong>, receberam ajuda <strong>de</strong> víveres e armas por meio <strong>de</strong> mergulhadores e<br />
que, graças a isto, conseguiram resistir ao ataque durante<br />
sete meses.<br />
Os mergulhadores gregos se distinguiam por<br />
umas incisões que se fazia no nariz e nas orelhas; sobre<br />
estes cortes, apesar das várias conjecturas sobre o<br />
motivo, nunca se chegou a encontram uma razão que as<br />
justificasse. Resta pensar, apenas, que representavam<br />
uma espécie <strong>de</strong> distintivo entre os <strong>de</strong>mais homens do<br />
mar, para aqueles mergulhadores que na Grécia se rendia<br />
um tributo <strong>de</strong> admiração.<br />
Figura 1-1 Alexandre o Gran<strong>de</strong>, vê o fundo do mar.<br />
Por mais estranho que possa parecer o comentário anterior, não é menos estranho o<br />
costume que tinham os homens <strong>de</strong> introduzir na boca e nos ouvidos pedaços <strong>de</strong> esponjas<br />
embebidas em azeite, cuja utilida<strong>de</strong> tampouco se conhece a razão correta. Utilizavam para<br />
melhorar a visão submarina. A técnica era a seguinte: uma vez submergidos mordiam o<br />
pedaço <strong>de</strong> esponja, fazendo sair gotas <strong>de</strong> azeita, os quais faziam <strong>de</strong>slizar até os olhos; uma<br />
vez ali, permaneciam por certo tempo na órbita ocular, reduzindo os erros <strong>de</strong> refração da<br />
água. Este procedimento, que po<strong>de</strong> parecer absurdo e ineficaz, não é tanto, visto que,<br />
quem realizou a prova logrou resultados bastante satisfatórios. Que não se po<strong>de</strong> averiguar<br />
Coletânea Manual Técnico <strong>de</strong> Bombeiros 23<br />
23