mtb-27-operacoes-de-mergulho - 4SGBM/I
mtb-27-operacoes-de-mergulho - 4SGBM/I
mtb-27-operacoes-de-mergulho - 4SGBM/I
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
MOM – MANUAL DE OPERAÇÕES DE MERGULHO<br />
profundida<strong>de</strong>s aceitáveis, que não eram atingidas até então. Outra vantagem do novo<br />
aparelho era a autonomia proporcionada pelos três cilindros <strong>de</strong> aço. O "aqualung",<br />
também conhecido como scuba (self-contained un<strong>de</strong>rwater breathing apparatus), se tornou<br />
disponível comercialmente em 1946.<br />
1.4 A última fronteira do <strong>mergulho</strong><br />
Anos <strong>de</strong>pois Jacques Cousteau, junto com Dumas e Philippe Tellez, criaram o<br />
“Groupe <strong>de</strong> Recherches Sous-marines”, que posteriormente se <strong>de</strong>nominaria<br />
“Grouped’Etu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Recherches Sous-marines (GERS)”, e a bordo <strong>de</strong> um caça-minas<br />
inglês da época da 2ª guerra, pesando 360 toneladas, com 42 m <strong>de</strong> cumprimento, batizado<br />
<strong>de</strong> Calypso e convertido em barco oceanográfico percorreram todos os mares do globo,<br />
apontando inúmeros <strong>de</strong>scobrimentos científicos e recuperando gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sítios<br />
arqueológicos.<br />
A gran<strong>de</strong> aventura dos <strong>de</strong>scobrimentos submarinos havia ganhado um significativo<br />
impulso e <strong>de</strong>pois, tudo seria uma sucessão <strong>de</strong> fatos e <strong>de</strong>scobrimentos. Homens da ciência<br />
passaram a se interessar pelas gran<strong>de</strong>s profundida<strong>de</strong>s. O primeiro <strong>de</strong>les foi o professor<br />
Auguste Piccard, cientista suíço que como Halley se cansou <strong>de</strong> procurar a aventura nas<br />
gran<strong>de</strong>s escaladas, preferindo conquistar as inóspitas profundida<strong>de</strong>s.<br />
Em 1948, Piccard junto com o físico belga Max-Cossyns, construiu a primeira<br />
nave <strong>de</strong> investigação abissal, a qual <strong>de</strong>nominaram Batiscafo (ou nave das profundida<strong>de</strong>s) e<br />
cujas siglas eram FRNS-2, que correspondiam à fundação belga patrocinadora. Sua<br />
primeira imersão se realizou nas águas das ilhas Cabo Ver<strong>de</strong>, chegando aos 1800 m.<br />
Ainda que a profundida<strong>de</strong> alcançada fosse importante para aquela época, a nave acusou<br />
certas <strong>de</strong>ficiências <strong>de</strong> construções que <strong>de</strong>pois foram corrigidas no mo<strong>de</strong>lo seguinte. Graças<br />
a colaboração <strong>de</strong> Jacques Cousteau e <strong>de</strong> Tilliez, a nova nave, <strong>de</strong>nominada FNRS-3, <strong>de</strong>sceu<br />
em 1953, nas águas <strong>de</strong> Marselha, a uma profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1550 m, cota que seria<br />
ultrapassada dias <strong>de</strong>pois, alcançado os 2.100 m. A mesma nave chegaria aos 4.050 m três<br />
anos <strong>de</strong>pois, em águas <strong>de</strong> Dakar.<br />
Mas não terminaram aí as tentativas do inquieto professor Piccard, pois<br />
imediatamente se colocou a trabalhar no projeto <strong>de</strong> uma nova nave submersível cujas<br />
primeiras provas realizou em agosto <strong>de</strong> 1953, com resultados plenamente satisfatórios; no<br />
Coletânea Manual Técnico <strong>de</strong> Bombeiros 41<br />
41