mtb-27-operacoes-de-mergulho - 4SGBM/I
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MOM – MANUAL DE OPERAÇÕES DE MERGULHO<br />
“Portavam capuzes <strong>de</strong> couro com um tubo na parte superior, que aflorava à<br />
superfície, e saco cheio <strong>de</strong> ar para sustentar sua flutuação, construídos com a pele do<br />
estômago dos cor<strong>de</strong>iros.”<br />
Seu quase contemporâneo Diego Ufano introduziu algumas modificações nos<br />
<strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> Vegetius, tais como colocar pesos nos pés do mergulhador e abrir orifícios no<br />
capuz na altura dos olhos, acoplando umas lentes <strong>de</strong> haste muito <strong>de</strong>lgadas, fixadas com<br />
aran<strong>de</strong>las. Não cabe dúvida <strong>de</strong> que isto <strong>de</strong>monstrava o interesse daqueles povos em<br />
melhorar o equipamento dos mergulhadores. A vista do <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> Vegetius se vê<br />
facilmente que um tubo respirador daquela longitu<strong>de</strong> não era utilizável.<br />
Alguns outros engenhos também surgiram, como <strong>de</strong>monstra o <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> Pedro<br />
Le<strong>de</strong>sma, a respeito <strong>de</strong> um equipamento concebido no ano <strong>de</strong> 1623. Fora os tímidos<br />
projetos <strong>de</strong> Leonardo, Vegetius e Diego Ufano, não se tem notícias <strong>de</strong> que outros<br />
<strong>de</strong>senhos ou invenções. O sino <strong>de</strong> <strong>mergulho</strong> (“lebeta”) ainda era utilizado, com as<br />
limitações conhecidas, pois ainda não se havia obtido a renovação do ar em seu interior,<br />
nem conhecidas as causas <strong>de</strong> sua escassez, da qual os sábios da época diziam:<br />
“resolvia- se em maus e fortes humores.”<br />
Conscientes do mal que atacava implacavelmente os mergulhadores dos sinos<br />
trataram <strong>de</strong> resolver o problema suprindo ar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a superfície por meio <strong>de</strong> um tubo,<br />
operação irrealizável sem po<strong>de</strong>r dispor <strong>de</strong> um compressor <strong>de</strong> ar, por cuja razão o projeto<br />
teve que ser <strong>de</strong>senhado, pois escapava mais ar do que penetrava no interior. Esta situação<br />
se manteve até o ano <strong>de</strong> 1648, quando o famoso físico francês Blas Pascal <strong>de</strong>u lugar ao<br />
seu conhecido teorema, que seria o princípio fundamental da hidrostática. Descobrindo<br />
que unindo o realizado na mesma época pelo físico italiano Evangelista Torricelli, com o<br />
que se po<strong>de</strong> medir a pressão atmosférica, aclararam se gran<strong>de</strong> parte dos muitos problemas<br />
que até então atormentavam os cientistas.<br />
Com alguns conceitos científicos mais claros, mas ainda limitados quanto aos<br />
meios materiais que na época eram disponíveis para a construção <strong>de</strong> seus inventos apenas<br />
materiais como o ferro, a ma<strong>de</strong>ira e o couro, os físicos franceses, alemães e italianos<br />
trabalharam em excesso para <strong>de</strong>senhar aparatos mais ou menos fantásticos, alguns<br />
distanciados do clássico sino e, <strong>de</strong>ntre outros, cabe <strong>de</strong>stacar por sua originalida<strong>de</strong> para a<br />
época o do físico italiano Giovanni Alfonso Borelli, no ano <strong>de</strong> 1652. O invento consistia<br />
Coletânea Manual Técnico <strong>de</strong> Bombeiros <strong>27</strong><br />
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