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COLCHA DE RETALHOS: DA LEITURA LITERÁRIA<br />
À FORMAÇÃO DE UMA COLCHA TECIDA ENTRE SABERES, PRÁTICAS E<br />
AFETOS<br />
1<br />
Maria Aglair Barros de Melo<br />
aglair41@gmail.com<br />
Regina Coelli Bezerra Pereira Nobre<br />
reginanobre1952@gmail.com<br />
Escola Estadual Professor Joaquim Torres<br />
RESUMO<br />
A abordagem a seguir discorre a atuação de um clube para idosos, criado na Escola Estadual<br />
Professor Joaquim Torres, após um trabalho feito na referida escola com um livro de Literatura<br />
Infantil, cujo titulo é A colcha de Retalhos de Conceil Corrêa da Silva e Nye Ribeiro Silva. Neste<br />
estabelecimento de ensino sempre houve o envolvimento dos alunos com os livros, da Sala de<br />
Leitura, porém o livro já citado promoveu uma integração, e engajamento com todos os alunos e<br />
professores que fizeram coletivamente uma colcha de retalhos com pedaços de tecidos trazidos<br />
pelos alunos. Por tratar-se de uma história que fala de uma avó e um neto como personagens<br />
principais retratando a afetividade, surge deste momento a necessidade da criação do clube,<br />
denominado Clube dos Avós do Joaquim, com intuito de favorecer a ligação entre<br />
aluno/escola/avós promovendo assim uma integração entre escola/família/alunos, além de<br />
resgatar saberes, valores e práticas em um intercâmbio entre gerações. Tal clube passou a ser<br />
tratado como projeto que tem reuniões festivas periódicas com registros escritos e fotográficos.<br />
Palavras-chave: Leitura, escola, aluno, avós, interação.<br />
1. INTRODUÇÃO<br />
1.1 JUSTIFICATIVA<br />
À abordagem a seguir discorre um trabalho de Literatura que acontece na Escola<br />
Estadual Professor Joaquim Torres, com atuação dos alunos e a criação de um clube para<br />
idosos, após a leitura do livro infantil cujo título é “A Colcha de Retalhos” de Conceil<br />
Corrêa da Silva, Nye Ribeiro Silva.<br />
Nesta escola sempre há envolvimento dos alunos com os livros da Sala de Leitura,<br />
porém com este livro citado o trabalho foi muito envolvente, pois houve uma integração
e um engajamento com muito compromisso, sobre o qual alunos de todas as salas e<br />
professores dos dois turnos, fizeram coletivamente duas colchas de retalhos com pedaços<br />
de tecidos trazidos pelos próprios alunos.<br />
Frisa-se que eles ao trazerem os retalhos falavam sobre esses, como e de onde<br />
vinham, criando-se assim uma ligação entre aluno-professor e família.<br />
O livro trabalhado fala de uma avó e um neto como personagens principais e no<br />
decorrer da história fica bem presente o relacionamento afetivo entre eles, o qual se<br />
transportou para a escola, nas conversas que as crianças passaram a ter com seus avós e o<br />
que eles trouxeram deles, como: receitas culinárias, brincadeiras, cantigas, costumes,<br />
histórias...<br />
Dentro do Projeto que foi trabalhado este livro, um dos produtos foi a<br />
apresentação, na culminância, das duas colchas de retalhos, uma tamanho casal e uma<br />
colcha pequena como se fosse de boneca, sendo essa a que deu origem ao clube dos<br />
idosos denominado Clube – Os avós do Joaquim.<br />
2. DESENVOLVIMENTO<br />
Para falar do livro “A Colcha de Retalhos”, tem que se contar como foi que esse<br />
chegou até aqui. À Escola Estadual Prof ° Joaquim Torres foi contemplada para fazer<br />
parte de um projeto da Secretaria de Educação com o título Mediadores da Leitura, por<br />
causa desse projeto cada escola receberia uma mala contendo 94 livros. Nos dias 1 e 2 de<br />
agosto de 2006, aconteceu um seminário no Instituto Kennedy com debates e discussões<br />
sobre leitura e foi apresentada uma mala cheia de livros igual as que seriam enviadas ao<br />
estabelecimentos de ensino. Naquele momento professores das escolas ali representadas,<br />
teriam que escolher um livro para fazer parte de um projeto. Esse livro seria como um<br />
carro chefe e teria que ser trabalhado nas mais variadas formas. Claro que os alunos<br />
também iriam usar os outros livros, mas esse escolhido seria o marco, o ponto de partida,<br />
para iniciar o projeto.<br />
Naquele momento cada escola escolheu o seu livro e a nossa optou com o livro “A<br />
Colcha de Retalhos”.<br />
2
A chegada da mala de livros foi uma manhã de muita alegria. Os alunos foram<br />
informados que uma coisa maravilhosa iria chegar ao pátio e eles foram para lá<br />
indagando, perguntando de que se tratava. A diretora conseguiu emprestados<br />
instrumentos de uma bandinha para acompanhar o cortejo que conduzia a mala. Os<br />
alunos que participavam do desfile estavam todos caracterizados com roupas<br />
apropriadas: Chapeuzinho Vermelho, bruxas, fadas, palhaços... e o menino que ia à<br />
frente puxando a mala que tem carretéis, estava caracterizado como um mágico de<br />
cartola e fraque. No som se colocou músicas daquelas que tocam em circo e duas<br />
meninas vestidas de balizas abriram o desfile fazendo estrelinhas. Nem os alunos que<br />
participavam do desfile sabiam o que havia ali dentro. Interessante é que havia um sino<br />
pequeno na mala e quando esta ia sendo puxada o sininho fazia aquele barulho peculiar,<br />
e aí é que os alunos se empolgavam.<br />
O desfile saiu da secretaria e seguiu por uma ala que vai até o pátio. Após uma<br />
volta e quando os alunos se posicionaram em seus lugares a música parou de tocar, o<br />
menino que estava a conduzir a mala a abriu e os alunos ficaram encantados com tanto<br />
livro bonito. Os meninos que participavam do desfile levavam em suas mãos papel<br />
picado prateado e dourado e no momento em que a mala foi aberta eles jogaram os<br />
papéis para cima, o que fez um efeito visual muito bonito. Alguns professores falaram da<br />
alegria e da importância dos livros na nossa vida. Alguns alunos também falaram<br />
expondo seu entusiasmo e sua alegria.<br />
Foi feito um horário e cada dia uma professora leva a mala para sua classe. Quando<br />
essa chega às salas é aquele entusiasmo e aquele alvoroço prazeroso, depois os alunos se<br />
acalmam e vão curtir o momento de leitura, que é contornado com a dinâmica do<br />
professor.<br />
Para desenvolver o Projeto do livro “A Colcha de Retalhos”, cada professor fez<br />
com seus alunos várias atividades, tal como: leituras, releituras, desenhos, colchas feitas<br />
de papel toda desenhada em quadros como se fosse pedaços de tecidos, cópias de receitas<br />
culinárias enviadas pelos avós que resultou em um caderno de receitas, entrevistas com<br />
os avós, comidas feitas na classe pelos alunos, como brigadeiro de chocolate e bolo de<br />
chocolate, porque o livro fala das comidas feitas pela avó.<br />
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Para ficar mais dinâmico o Projeto, cada professora fez com seus alunos duas<br />
faixas com os quadros feitos com pedaços de tecidos trazidos pelos alunos. Os quadros<br />
foram alinhavados na classe com ajuda dos alunos. Uma professora ficou encarregada de<br />
costurar na máquina todos os quadros e unir as faixas para formar uma colcha de casal,<br />
também colocou forro e uma barra em toda volta. Essa colcha tornou-se um sucesso, ela<br />
ficou para a escola, pois não poderia ser de um dono só. Quando há festa na escola,<br />
cobre-se a mesa com ela, que passa a ser toalha de banquete.<br />
Os alunos ficam felizes e fazem comentário dos dias que estavam fazendo a colcha<br />
e cada pedaço de pano tem uma história.<br />
Por causa da inclusão, os alunos que são atendidos na Sala de Recursos<br />
Multifuncionais são alunos das salas regulares no Contraturno e esses já haviam feito<br />
parte na confecção da colcha grande e para não ficar uma redundância foi feito com eles,<br />
no turno matutino, uma colchinha como se fosse de boneca e a trajetória foi a mesma,<br />
retalhos trazidos pelos alunos e cada um com sua história. A colchinha foi concluída e<br />
ganhou até uma caminha e almofadas.<br />
Dentre as atividades feitas com os alunos da inclusão, que foram várias referentes<br />
ao livro, a mais emocionante foi falar da palavra saudade, palavra que se encontra no<br />
texto do livro, e a mais divertida foi com o bolo e o brigadeiro de chocolate feito pelos<br />
alunos e a professora, com direito a touca na cabeça, como um ato de higiene.<br />
Por causa da colchinha de retalhos que ficou exposta na sala, uma avó veio buscar<br />
seus netos e ficou encantada com a pequenina colcha e quis saber toda a história. Ela<br />
pediu o livro emprestado para ler e não só leu como mostrou as suas vizinhas e todas<br />
além de lerem o livro fizeram também colchas de retalhos. Quando a avó falou na escola<br />
da revolução dos retalhos na sua rua, em conversa resolveu-se juntar os avós para um dia<br />
de bate papo em um momento bem descontraído. Foi feita uma entrevista e enviada para<br />
os avós. Com a resposta da entrevista, enviou-se nominalmente um convite para cada avô<br />
e avó para uma manhã alegre e bem diferente.<br />
No dia da primeira reunião com os avós os alunos fizeram homenagem a eles com<br />
um coral, uma dança e uma apresentação de fantoche. Houve a exposição das duas<br />
colchas de retalhos e algumas peças feitas, com retalhos, por uma avó, como: blusas,<br />
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vestidos, roupinhas de bebê e panos de berço, tudo com muita criatividade. Um avô<br />
contou a história do seu namoro e o casamento com sua esposa que estava presente e até<br />
cantou uma música que ele fez pra ela. No término da reunião houve lanche e avaliação<br />
dessa manhã, também foi escolhido o nome do clube que passou a ser “Clube – Os avós<br />
do Joaquim”.<br />
Além dos avós e pessoas da escola também estavam presentes representantes da 1ª<br />
DIRED que vieram prestigiar esse encontro.<br />
O desenvolvimento desse trabalho engloba as várias áreas de conhecimentos<br />
porque se trabalha leitura, escrita, debates, explanação sobre alimentos e seus nutrientes,<br />
pontos geográficos, fatos e acontecimentos, distância entre cidades, sobre avós que não<br />
moram aqui em Natal,...<br />
São feitos também trabalhos artísticos (cênicos, plásticos e musicais), porém o que<br />
mais toca à sensibilidade dos avós, dos netos e de todos que estão envolvidos é quando<br />
fala-se nos sentimentos que direcionam nossas emoções. Esse momento é muito<br />
gratificante porque nas reuniões existe a hora do conto, na qual os avós podem contar<br />
uma ficção ou um acontecimento real, e eles geralmente dão depoimentos das suas vidas,<br />
igualmente aos alunos quando falam dos seus avós, eles contam histórias engraçadas e<br />
emocionantes, alguns até passam para o papel.<br />
Nas reuniões alguns avós levam livros de literatura da Sala de Leitura, a título de<br />
empréstimos, e depois devolvem através dos seus netos. Alguns alunos atendidos na Sala<br />
de Recursos Multifuncionais fizeram pesquisa na casa dos seus avós sobre objetos<br />
antigos e trouxeram muitas informações o qual resultou em uma roda de conversa e<br />
apresentação dos desenhos referentes a esses objetos.<br />
Atualmente um grupo de alunos está trabalhando seis livros que fazem um<br />
relacionamento com o livro A Colcha de Retalhos, pois esses seis livros são histórias de<br />
avós. Além deles fazerem a Ciranda dos livros, três desses foram escolhidos para serem<br />
trabalhados, são eles: “Ou isto ou aquilo” de Cecília Meirelles com a poesia As duas<br />
velhinhas, “No tempo dos meus bisavós”, de Nye Correia para exposição de objetos<br />
antigos e “Só um minutinho” conto mexicano com adaptação de Ana Maria Machado,<br />
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para ser feito uma peça de teatro. Essas apresentações estão agendadas para próxima<br />
reunião dos avós em dezembro de 2010 na confraternização natalina.<br />
O trabalho com livros que se relacionam com o livro A Colcha de Retalhos, tem<br />
muito significado para os avós e para os alunos porque passa uma troca de sentimentos<br />
tanto nas crianças que estão se apresentando, naquele momento, quanto para os avós que<br />
estão recebendo aquele carinho, como foi com o livro A Casa Sonolenta de Andrey<br />
Wood, que os alunos fizeram uma peça e a leitura do livro Guilherme Augusto Araújo<br />
Fernandes de Mem Fox, que fala sobre a memória.<br />
O calendário das reuniões entra em sintonia com o planejamento dos professores<br />
sobre as datas comemorativas e estas reuniões são periódicas e temáticas com uma<br />
programação planejada incluindo dinâmicas, hora do conto, hora da música, a palavra é<br />
sua, a minha história, hora da poesia...e a agenda fica sempre aberta à sugestões. No final<br />
das reuniões são feitas as entregas de brindes e o lanche, no qual os netos vêm das suas<br />
salas para o lanche com seus avós. Porém existe um critério, os avós e os netos não<br />
podem fazer seus próprios pratos, ou os avós fazem o prato para os netos ou os netos<br />
fazem o prato para os avós.<br />
Ressalta-se aqui o poder transformador da leitura, pois a leitura do livro A Colcha<br />
de Retalhos, já citado várias vezes , foi o fator que despertou tudo isso, exposto nesse<br />
trabalho e mais ainda trouxe a família para dentro da escola corroborando que a meta da<br />
educação é a interação família-escola e as vantagens dessa parceria. Quanto a isso,<br />
reporta-se Maimone e Bortone quando afirma a importância do envolvimento de pais na<br />
vida escolar dos alunos sobre o qual se inclui os avós pela afetividade e a troca de<br />
saberes.<br />
Um dos itens desse Projeto é firmar e procurar desenvolver os objetivos que estão<br />
propostos, que são:<br />
1. Trazer os avós para dentro da escola para que haja um intercâmbio<br />
e uma interação entre gerações;<br />
2. Entrosar os avós com a realidade escolar no intuito que eles sejam<br />
mais um co-adjuvante no desempenho estudantil dos seus netos;<br />
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3. Proporcionar aos avós a oportunidade de verbalizar suas histórias,<br />
música, poesias, piadas e metas de vida;<br />
4. Oferecer aos alunos a alegria de ter seu avós na sua escola em um<br />
momento descontraído e envolvente além de desenvolver múltiplas habilidades;<br />
5. Enfatizar a leitura como ação transformadora;<br />
No fazer da colcha de retalhos com os pedaços de panos trazidos pelos alunos, não<br />
foi tecida apenas uma colcha de panos, foi tecida uma teia de emoção, uma troca, e<br />
acima de tudo uma teia de convivência, o qual nos reporta a Rubem Alves no livro<br />
“Aprendiz de mim”. Capítulo 6 “Os mosaicos” p. 32, quando ele diz: “Os cacos do<br />
aprendiz que mosaicos formariam? E as peças do quebra cabeça? Em tudo há de se<br />
descobrir os sonhos. Quem só vê cacos e peças não vê nada”. Pois é a mesma coisa quem<br />
só vê pedaços de pano não vê nada, não vê a criatividade, a imaginação, o sonho, o<br />
entrelace entre retalhos e uma história de vida que é capaz de um resgate e a formação de<br />
uma colcha não só de panos mas de sentimentos seguindo as linhas do próprio rosto.<br />
O que fica de bom nessa experiência entre tantas coisas é o diálogo que tanto fluiu,<br />
nas conversas, nas risadas, na comunicação, sobre a qual se refere Perissé 2004 p. 126,<br />
“A linguagem humana é comunicação. E a verdadeira comunicação não é mera<br />
transmissão de conteúdos, mesmo quando é preciso transmitir os conteúdos”.<br />
É portanto, motivo de alegria quando um tema, um título, um livro conseguem<br />
prender a atenção e ainda mais conseguem mobilizar toda uma escola que chega a<br />
transpor os seus muros e traz para dentro dela a família dos alunos. É aí que a escola tem<br />
de enfatizar e dinamizar o ato de ler, tornando-o criativo e envolvente, porque segundo<br />
Cunha 1995 p. 18. “O quadro relativo ao hábito de leitura no Brasil só poderá melhorar<br />
quando toda a postura do adulto relativo ao livro e a função dele na educação se<br />
modificar. Isto surgirá com o melhor conhecimento de fenômeno literário...”<br />
É a escola, por excelência, um lugar de leitor, um lugar de formação, de<br />
transformação, de entrosamento, de sentimentos, de valorização e acima de tudo de<br />
convivência o qual nos respalda Assmam 1998 p. 29, “O ambiente pedagógico tem de ser<br />
lugar de fascinação e inventibilidade. Não inibir, mas propiciar aquela dose de<br />
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alucinação consensual, entusiástica...” Que ela venha acompanhada de sensação de<br />
prazer não é de modo algum, um aspecto secundário”.<br />
O que a escola tem que fazer com seus alunos é proporcionar aos mesmos<br />
oportunidades que abram seus caminhos para que eles fortifiquem e vivam a sua história<br />
agora e já, porque se eles fizerem bem o seu presente seu passado será ótimo e seu futuro<br />
melhor ainda. Que eles também se reportem a história dos antepassados valorizando a<br />
participação e a contribuição desses para toda a humanidade, mas com os olhos bem<br />
abertos e espantados como olhos de criança ávidos ao saber, ao crescer e ao novo, tudo<br />
isso associado à esperança porque olhar de crianças é uma olhar sempre esperançoso,<br />
pois segundo Freire, 1996 p. 80, “Há uma relação entre a alegria necessária à atividade<br />
educativa e a esperança de que professor e alunos juntos podemos aprender, ensinar,<br />
inquietarmos, produzir e juntos igualmente resistir aos obstáculos a nossa alegria”.<br />
Diante de tudo isso chega-se a conclusão que, em um mundo o qual o homem já<br />
chegou à lua, um mundo em que estamos e somos teleguiados, em que a INTERNET nos<br />
diz e nos conduz, e ela é apenas um exemplo sinalizador, em um mundo no qual a<br />
violência e a impunidade imperam e a Natureza é devastada, a gente se alegra quando um<br />
trabalho tão simples, feito com retalhos de panos, coisa do tempo dos avós dos nossos<br />
avós, consegue encantar crianças e adultos em um entrosamento sério, lúdico,<br />
comprometido e afetivo que chega a agregar pessoas, e aí a gente sente que nem tudo<br />
está perdido, e temos que acreditar no que há de mais completo e bem feito que existe no<br />
mundo, que é o SER HUMANO!<br />
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
De acordo com a receptividade tanto dos avós, quanto dos netos, dos professores,<br />
diretora, supervisores e demais funcionários da escola, abriu-se uma discussão para<br />
avaliação e planejamento de metas com base nos seguintes itens:<br />
3.1 A leitura é uma locomotiva que pode conduzir o leitor para caminhos inesperados<br />
e promissores.<br />
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3.2 Esse Projeto vem a demonstrar como uma boa leitura pode desenvolver<br />
habilidades e proporcionar momentos de prazer.<br />
3.3 Um projeto fundamentado na participação e engajamento coletivo traz alegria<br />
mútua entre escola/alunos e família.<br />
REFERÊNCIA<br />
ALVES, Rubem. Aprendiz de mim: Um bairro que virou escola. São Paulo Editora<br />
Papirus, 2004.<br />
ASSMAN, Lhugo. Reencantar a Educação: rumo à sociedade aprendente.Rio de<br />
Janeiro: Editora Vozes, 1998.<br />
CUNHA, Maria Antonieta Nunes. Literatura Infantil: Teoria Prática. São Paulo<br />
Editora Ática, 1985.<br />
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São<br />
Paulo: Editora Paz e Terra S/A., 1996.<br />
MAIMONI, Eulália H; BERTONE, Márcia E. Colaboração família-escola em um<br />
procedimento de leitura para alunos de séries iniciais Psicol. Esc. Educ. 6(1); 37-48<br />
jan/jun – 2001.<br />
PERISSÉ, Gabriel. A arte de ensinar. São Paulo: Editora Eco Graf., 2004.<br />
SILVA, Conceil Correia da; SILVA, Nye Ribeiro. A Colcha de Retalhos. São Paulo:<br />
Editora do Brasil, 1995<br />
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