13.04.2013 Views

Edição 16 - Julho/07

Edição 16 - Julho/07

Edição 16 - Julho/07

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

- 12 -<br />

Depende de nós...<br />

Depende de nós...<br />

A infância, inegavelmente, é a melhor fase de nossa<br />

vida. Entretanto, infelizmente, nos dias atuais, a infância<br />

encontra-se ameaçada.<br />

A infância é o período da vida em que se constrói a<br />

base da personalidade, em que se edificam os princípios<br />

morais e éticos, em que se estabelecem os valores humanos.<br />

Para que a criança cresça e se desenvolva harmoniosamente,<br />

com equilíbrio e saúde, ela precisa de segurança e<br />

bem-estar. Ela precisa, sobretudo, confiar no mundo à sua<br />

volta, para entregar-se a ele. O sentimento de que “o mundo<br />

é bom” faz com que ela se vincule afetivamente e se<br />

relacione modo interessado com o mundo que a rodeia.<br />

Assim ela o apreende e aprende, através das experiências.<br />

Porém, nós educadores, temos que nos questionar,<br />

sempre, sobre a qualidade dessas experiências, já que é,<br />

através delas que as crianças crescem e se desenvolvem.<br />

Quando nos comprometemos a educar uma criança temos<br />

que nos questionar se estamos, realmente, oferecendo-lhe<br />

condições para que ela viva sua infância plenamente,<br />

atendendo às suas necessidades reais, e não às necessidades<br />

de uma sociedade que acelera cada vez mais os processos<br />

de “desenvolvimento”. É nosso dever preservar essa fase<br />

da vida do ser humano, protegendo a criança pequena de<br />

todas as influências negativas ao seu desenvolvimento.<br />

A infância pede ajuda! Pede ajuda para que não se<br />

queimem etapas fundamentais do desenvolvimento infantil<br />

e se acelerem processos fundamentais para sua existência.<br />

A atenção dos educadores deve estar voltada para a escolha<br />

de ambientes e atividades salutares: excesso de estímulos<br />

e racionalização, diferente do que se possa imaginar, não<br />

conduz a um desenvolvimento saudável. Já a fantasia<br />

adequada, alimenta a alma infantil e povoa de belas imagens<br />

o mundo interno da criança. A atividade motora, natural na<br />

criança, ajuda no desenvolvimento da vontade, sempre<br />

associada a um significado. A agitação do dia-a dia do<br />

mundo adulto é um péssimo modelo para a criança, que<br />

necessita de tempo e paciência para crescer. O culto do<br />

movimento pelo movimento, que leva a uma hiperatividade<br />

desinforma (não dá forma), portanto, não ajuda na formação<br />

da criança.<br />

Ritmo e repetição ajudam no fortalecimento da<br />

vitalidade, característica dessa fase humana. Criança<br />

pequena, ao contrário do adulto, precisa de rotina.<br />

Preservar a infância não é tarefa difícil. É preciso um<br />

olhar verdadeiramente interessado e comprometido para<br />

com o desenvolvimento desses pequeninos seres de quem<br />

depende o futuro da humanidade.<br />

Sônia Ruella<br />

Fonoaudióloga, coordenadora de Educação Infantil do<br />

Centro Educacional Waldorf Alecrim Dourado<br />

VIVA ZEN<br />

liberte a sua criança interior...<br />

Sítio Luz e Paz – Spa de Relaxamento<br />

“Zen” é uma daquelas palavras que ganharam múltiplos significados em nossa cultura.<br />

Se perguntarmos a um oriental o que é “zen”, sua resposta talvez não encontre eco em<br />

nós, pois a magia que envolve essas tradições ainda não está incutida à nossa cultura.<br />

Zen talvez seja um estado de ser. Zen talvez seja o despertar, o tornar-se íntimo de si<br />

mesmo, a grande porta para o fundir-se com todo o universo.<br />

E surge a pergunta: dá para ser “zen”, tendo agenda abarrotada? Dá!<br />

Enquanto escrevo este artigo, tenho roupa na máquina, meu banheiro está de molho<br />

na água sanitária e, na minha varanda, uma cômoda aguarda uma segunda demão de tinta.<br />

A porta aberta dá para o mato.... Ouço os passarinhos e identifico o canto de cada um.<br />

Estou em sintonia com tudo, enquanto aguardo hóspedes, que chegarão ao final da<br />

tarde. Claro que posso ser “zen” e fazer todas as minhas tarefas diárias. O importante<br />

é fazê-las com alegria no coração e calmamente, consciente de cada uma delas, não<br />

permitindo que a ansiedade gere o stress.<br />

E concluo, por tudo que já li e ouvi, que “viver zen” é um exercício de aceitação da<br />

vida como ela é. É um estado de plena receptividade aos acontecimentos diários. É a<br />

capacidade de alegria e paz que a profunda compreensão dos acontecimentos da vida<br />

pode nos trazer. Para ser zen, enfim, creio que é imprescindível tornar-se um pouco<br />

criança - não pensar no amanhã, esquecer o que aconteceu ontem, e viver como se<br />

somente o “aqui e o agora” importassem.<br />

Mudanças acontecem, e com muita rapidez. É necessário elevar o coração em profunda<br />

gratidão à medida que elas forem chegando e procurar ver sempre o lado melhor das<br />

coisas. Como disse Mestre Buda, “reverencie as adversidades e até seus inimigos, pois<br />

ali estão seus mestres”.<br />

Viver só é bom, se estivermos em profundo estado de alerta e sempre prontos para<br />

o que der e vier. Alegre-se! Surpreenda-se! Observe o colorido das árvores, de um pôrdo-sol,<br />

das flores, dos pássaros, do rosto de seu amor... Agradeça por todos os seus<br />

sentidos, que te permitem ver, ouvir, tocar, respirar, cheirar, sentir, experimentar...<br />

E, sem medo, extasie-se diante da beleza da vida! Entregue o comando de sua vida ao seu<br />

Eu Superior, à sua alma, à sua Criança Interior, e seja feliz agora. O ontem e o amanhã<br />

são formas patéticas de se viver!<br />

Fátima Gouvêa<br />

Reikiana e Proprietária do Spa de Relaxamento Sítio Luz y Paz

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!