Edição 16 - Julho/07
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Depende de nós...<br />
Depende de nós...<br />
A infância, inegavelmente, é a melhor fase de nossa<br />
vida. Entretanto, infelizmente, nos dias atuais, a infância<br />
encontra-se ameaçada.<br />
A infância é o período da vida em que se constrói a<br />
base da personalidade, em que se edificam os princípios<br />
morais e éticos, em que se estabelecem os valores humanos.<br />
Para que a criança cresça e se desenvolva harmoniosamente,<br />
com equilíbrio e saúde, ela precisa de segurança e<br />
bem-estar. Ela precisa, sobretudo, confiar no mundo à sua<br />
volta, para entregar-se a ele. O sentimento de que “o mundo<br />
é bom” faz com que ela se vincule afetivamente e se<br />
relacione modo interessado com o mundo que a rodeia.<br />
Assim ela o apreende e aprende, através das experiências.<br />
Porém, nós educadores, temos que nos questionar,<br />
sempre, sobre a qualidade dessas experiências, já que é,<br />
através delas que as crianças crescem e se desenvolvem.<br />
Quando nos comprometemos a educar uma criança temos<br />
que nos questionar se estamos, realmente, oferecendo-lhe<br />
condições para que ela viva sua infância plenamente,<br />
atendendo às suas necessidades reais, e não às necessidades<br />
de uma sociedade que acelera cada vez mais os processos<br />
de “desenvolvimento”. É nosso dever preservar essa fase<br />
da vida do ser humano, protegendo a criança pequena de<br />
todas as influências negativas ao seu desenvolvimento.<br />
A infância pede ajuda! Pede ajuda para que não se<br />
queimem etapas fundamentais do desenvolvimento infantil<br />
e se acelerem processos fundamentais para sua existência.<br />
A atenção dos educadores deve estar voltada para a escolha<br />
de ambientes e atividades salutares: excesso de estímulos<br />
e racionalização, diferente do que se possa imaginar, não<br />
conduz a um desenvolvimento saudável. Já a fantasia<br />
adequada, alimenta a alma infantil e povoa de belas imagens<br />
o mundo interno da criança. A atividade motora, natural na<br />
criança, ajuda no desenvolvimento da vontade, sempre<br />
associada a um significado. A agitação do dia-a dia do<br />
mundo adulto é um péssimo modelo para a criança, que<br />
necessita de tempo e paciência para crescer. O culto do<br />
movimento pelo movimento, que leva a uma hiperatividade<br />
desinforma (não dá forma), portanto, não ajuda na formação<br />
da criança.<br />
Ritmo e repetição ajudam no fortalecimento da<br />
vitalidade, característica dessa fase humana. Criança<br />
pequena, ao contrário do adulto, precisa de rotina.<br />
Preservar a infância não é tarefa difícil. É preciso um<br />
olhar verdadeiramente interessado e comprometido para<br />
com o desenvolvimento desses pequeninos seres de quem<br />
depende o futuro da humanidade.<br />
Sônia Ruella<br />
Fonoaudióloga, coordenadora de Educação Infantil do<br />
Centro Educacional Waldorf Alecrim Dourado<br />
VIVA ZEN<br />
liberte a sua criança interior...<br />
Sítio Luz e Paz – Spa de Relaxamento<br />
“Zen” é uma daquelas palavras que ganharam múltiplos significados em nossa cultura.<br />
Se perguntarmos a um oriental o que é “zen”, sua resposta talvez não encontre eco em<br />
nós, pois a magia que envolve essas tradições ainda não está incutida à nossa cultura.<br />
Zen talvez seja um estado de ser. Zen talvez seja o despertar, o tornar-se íntimo de si<br />
mesmo, a grande porta para o fundir-se com todo o universo.<br />
E surge a pergunta: dá para ser “zen”, tendo agenda abarrotada? Dá!<br />
Enquanto escrevo este artigo, tenho roupa na máquina, meu banheiro está de molho<br />
na água sanitária e, na minha varanda, uma cômoda aguarda uma segunda demão de tinta.<br />
A porta aberta dá para o mato.... Ouço os passarinhos e identifico o canto de cada um.<br />
Estou em sintonia com tudo, enquanto aguardo hóspedes, que chegarão ao final da<br />
tarde. Claro que posso ser “zen” e fazer todas as minhas tarefas diárias. O importante<br />
é fazê-las com alegria no coração e calmamente, consciente de cada uma delas, não<br />
permitindo que a ansiedade gere o stress.<br />
E concluo, por tudo que já li e ouvi, que “viver zen” é um exercício de aceitação da<br />
vida como ela é. É um estado de plena receptividade aos acontecimentos diários. É a<br />
capacidade de alegria e paz que a profunda compreensão dos acontecimentos da vida<br />
pode nos trazer. Para ser zen, enfim, creio que é imprescindível tornar-se um pouco<br />
criança - não pensar no amanhã, esquecer o que aconteceu ontem, e viver como se<br />
somente o “aqui e o agora” importassem.<br />
Mudanças acontecem, e com muita rapidez. É necessário elevar o coração em profunda<br />
gratidão à medida que elas forem chegando e procurar ver sempre o lado melhor das<br />
coisas. Como disse Mestre Buda, “reverencie as adversidades e até seus inimigos, pois<br />
ali estão seus mestres”.<br />
Viver só é bom, se estivermos em profundo estado de alerta e sempre prontos para<br />
o que der e vier. Alegre-se! Surpreenda-se! Observe o colorido das árvores, de um pôrdo-sol,<br />
das flores, dos pássaros, do rosto de seu amor... Agradeça por todos os seus<br />
sentidos, que te permitem ver, ouvir, tocar, respirar, cheirar, sentir, experimentar...<br />
E, sem medo, extasie-se diante da beleza da vida! Entregue o comando de sua vida ao seu<br />
Eu Superior, à sua alma, à sua Criança Interior, e seja feliz agora. O ontem e o amanhã<br />
são formas patéticas de se viver!<br />
Fátima Gouvêa<br />
Reikiana e Proprietária do Spa de Relaxamento Sítio Luz y Paz