O CURRÍCULO PENSADO NO CURSO DE PEDAGOGIA: UM ... - 2
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Entendemos dessa forma, que para a concretização desta pesquisa, é preciso nos<br />
debruçarmos inicialmente sobre o estudo da atual conjuntura da sociedade<br />
contemporânea baseada nos princípios da globalização. Esse enfoque é justificado a<br />
partir do entendimento de que os processos globais influenciam os cenários locais,<br />
significando dizer com isso que as políticas educacionais e, dentro destas, as políticas<br />
curriculares dos diversos países – e especificamente do Brasil – apresentam essa<br />
influência. Essa é, portanto, uma questão exemplificada por Silva (2010) quando afirma<br />
que<br />
XVI ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino - UNICAMP - Campinas - 2012<br />
As globalizações se materializam, por exemplo, nas políticas de<br />
reforma do Estado e, em particular, no sistema educacional, enquanto<br />
uma estratégia pragmática de adequação dos países a nova lógica<br />
mundial (as globalidades hegemônicas). As políticas curriculares e de<br />
avaliação do final do século passado e do início deste representam<br />
bem essas ações de materialização do ideário global para a educação.<br />
(p. 323).<br />
Assim, características de políticas hegemônicas perpassam as políticas<br />
educacionais e curriculares dos contextos locais, transformando-as em palcos de<br />
enfrentamento entre o local e o global. Dessa forma, a globalização não é de modo<br />
algum um fenômeno isento de disputas.<br />
Neste sentido, investimos esforços na análise do conceito de currículo<br />
compreendido como um conjunto de experiências que molda seres humanos para<br />
transformá-los em pessoas (BALL, 2010). Acreditamos, assim que o currículo ao<br />
possibilitar ao professor (a) / aluno (a) em formação o conhecimento sobre a sua própria<br />
formação contribui para que este sujeito possa ressignificar os aspectos que influenciam<br />
(ou não) a constituição da sua profissionalidade.<br />
Diante desta compreensão, Santiago (2006) ao nos trazer as contribuições<br />
teóricas de Paulo Freire sobre o desenvolvimento do pensamento curricular, afirma que<br />
embora este autor não tenha se dedicado de modo específico aos estudos curriculares,<br />
não se pode negar as influencias dele para com os que se detém a estudar esse campo de<br />
investigação. Ao se reportar a criatividade e a criticidade como dois importantes<br />
conceitos freireanos para pensarmos em estudos da prática e da teoria curricular, a<br />
autora afirma que a<br />
curiosidade e criticidade ocupam um lugar de destaque na teoria e<br />
prática curricular. É portanto uma exigência e, ao mesmo tempo,<br />
uma condição para manter o / a estudante mobilizado / a para o<br />
desenvolvimento dos processos de aprendizagens, para conhecer e<br />
Junqueira&Marin Editores<br />
Livro 2 - p.002728<br />
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