O CURRÍCULO PENSADO NO CURSO DE PEDAGOGIA: UM ... - 2
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XVI ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino - UNICAMP - Campinas - 2012<br />
Considerações Preliminares<br />
A partir da análise do currículo pensado materializado nos projetos pedagógicos<br />
que formam a concepção política para formação de professores das duas instituições da<br />
região agreste, identificamos que as ementas dos componentes curriculares Estágio<br />
Supervisionado delineiam o perfil do profissional pedagogo e contribuem para o<br />
entendimento de que apesar de estarem situadas na mesma cidade, possuem um<br />
currículo diferenciado.<br />
O projeto curricular da IES A propõe uma formação aonde além das<br />
especificidades do pedagogo (exercício da docência na Educação Infantil, nos anos<br />
iniciais do Ensino Fundamental e gestão), inclui o estágio em Movimentos Sociais, o<br />
que contribui com a formação social do educador, favorecendo novas possibilidades de<br />
atuação profissional. Enquanto a IES B possui uma formação que privilegia o espaço<br />
escolar, capacitando os profissionais da educação para a docência na Educação Infantil,<br />
nos primeiros anos do Ensino Fundamental, no Normal Médio e na gestão escolar.<br />
Apesar das diferenças encontradas, identificamos que as duas instituições tomam<br />
as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do curso de Pedagogia como base, onde há<br />
prioridade do estágio em Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental,<br />
ficando a critério da instituição as outras áreas específicas a serem abordadas. Isto é<br />
retratado no Art. 7º, II: “300 horas dedicadas ao Estágio Supervisionado<br />
prioritariamente em Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental,<br />
contemplando também outras áreas específicas, se for o caso, conforme o projeto<br />
pedagógico da instituição;” (CNE, 2006).<br />
Deste modo, se confirma a nossa concepção de currículo como um espaço<br />
multifacetado, onde há um direcionamento do global, mas que se recontextualiza diante<br />
das ideologias locais. De acordo com Lopes (2008)<br />
As tensões e os conflitos nos movimentos de globalização produzem<br />
reformas curriculares que não visam obrigatoriamente às mesmas<br />
finalidades, nem tampouco podem ser compreendidos com base em<br />
um modelo de relações unidirecionais entre centro e periferia, entre<br />
global e local (pp.157-158).<br />
Assim, cada contexto ressignifica sua política curricular de acordo com a<br />
interpretação que faz da realidade e da ideologia a qual é vinculada. Dessa forma, a -<br />
Junqueira&Marin Editores<br />
Livro 2 - p.002733<br />
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