13.04.2013 Views

01 – Ladrão de Almas

01 – Ladrão de Almas

01 – Ladrão de Almas

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

278/664<br />

menos <strong>de</strong> um minuto, Adair reconheceu o velho pelo cheiro,<br />

o fedor <strong>de</strong> enxofre e podridão.<br />

— <strong>Ladrão</strong>! É assim que você agra<strong>de</strong>ce meu apoio e minha<br />

confiança? — O físico rugia com ódio e jogou Adair no chão<br />

com tanta força que ele escorregou até a parte <strong>de</strong> trás do<br />

celeiro. Antes que pu<strong>de</strong>sse recuperar a respiração, o velho<br />

estava sobre ele novamente, agarrando-o pelos ombros e<br />

levantando-o novamente do chão. Adair fervia <strong>de</strong> dor e confusão:<br />

o físico era senil, como um homem velho po<strong>de</strong>ria<br />

levantá-lo tão facilmente? Adair teve só um minuto para<br />

pensar sobre isso antes que o velho o arremessasse ao chão<br />

pela segunda vez e começasse a esmurrá-lo e a chutá-lo. As<br />

pancadas eram muito fortes; a cabeça <strong>de</strong> Adair latejava <strong>de</strong><br />

dor e ele tinha certeza <strong>de</strong> que ia <strong>de</strong>smaiar. Ele percebeu que<br />

estava sendo carregado, sentia o movimento do vento a seu<br />

redor. Eles viajaram em gran<strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>, a cavalo, mas<br />

parecia impossível que o velho cavalo <strong>de</strong> guerra conseguisse<br />

correr tão rápido. Com certeza era tudo uma ilusão, disse a si<br />

mesmo, produzida por algum tipo <strong>de</strong> elixir que o velho o<br />

forçara a beber enquanto dormia. Era muito mágico e assustador<br />

para ser real.<br />

Ainda em estado <strong>de</strong> estupor, Adair sentiu o ar entrando<br />

em seus pulmões, o corpo novamente com peso humano.<br />

Então, os cheiros chegaram até ele: a umida<strong>de</strong> mofada da<br />

casa, o resíduo <strong>de</strong> ervas queimando e o enxofre pairando no<br />

ar. Sentiu-se coalhado <strong>de</strong> medo. Caindo no chão, abriu um<br />

pouco os olhos e ficou <strong>de</strong>vastado ao ver que estava <strong>de</strong> volta à<br />

casa, que tinha voltado a sua prisão.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!