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indisciplina na escola, uma abordagem investigativa - Esab

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torne mais atualizada para que os alunos gostem dela; e, ainda, garantir espaço<br />

para a construção de conhecimentos científicos significativos, que contribuam para<br />

<strong>uma</strong> análise crítica da realidade.<br />

Sem desconsiderar a existência de fatores externos que influenciam <strong>na</strong>s relações e<br />

comportamentos no ambiente <strong>escola</strong>r, evidencia-se que é no próprio espaço da<br />

<strong>escola</strong> onde se constituem muitas manifestações de <strong>indiscipli<strong>na</strong></strong>, particularmente<br />

ligadas ao sistema de organização <strong>escola</strong>r. Parte-se das regras <strong>escola</strong>res que,<br />

muitas vezes, são impostas para os alunos, mas não estão claras. Manifestações de<br />

Indiscipli<strong>na</strong> podem ser decorrentes do descontentamento por essas regras e pela<br />

não compreensão das mesmas. A <strong>escola</strong> é a responsável pelo estabelecimento e<br />

pela clareza das normas. O não entendimento das mesmas pode reverter em<br />

tomadas de decisão indevidas com relação ao grupo de alunos. À medida que a<br />

<strong>escola</strong> ‘vigia e pune’ o aluno confirma que sua atitude é irregular e alheia ao<br />

esperado por ela, assim, ele assume a posição de excluído e não adequado ao<br />

ambiente <strong>escola</strong>r (FOUCAULT apud SILVA, 1998).<br />

À medida que cobra do aluno o respeito, o cumprimento das normas, o bom<br />

desempenho, a <strong>escola</strong> precisa oferecer subsídios para tais práticas. Como um aluno<br />

irá desenvolver conceitos de justiça e praticá-los se é freqüentemente injustiçado e<br />

punido, se não é ouvido ou mesmo questio<strong>na</strong>do sobre o que se passa com ele? E o<br />

que é pior, <strong>na</strong> maioria das vezes, a culpa ou a origem dos fracassos e da <strong>indiscipli<strong>na</strong></strong><br />

recai sobre o próprio aluno. O sistema <strong>escola</strong>r isenta-se de suas responsabilidades e<br />

desconsidera suas práticas excludentes.<br />

Nesse sentido, segundo Frazatto é importante que os alunos participem do processo<br />

de construção das regras, não as recebam prontas, pois "ao participar da construção<br />

de regras, a criança aprende a ser parte de um grupo, ao mesmo tempo em que<br />

desenvolve sua autonomia” (apud FERREIRA 2001, p.175).<br />

É importante que a <strong>escola</strong> adote a discussão dos "temas-problema" com os<br />

diferentes grupos que a compõem. A ausência de um plano comum de ação <strong>na</strong><br />

<strong>escola</strong> é um sintoma da inexistência de discussão sobre esse assunto. Outro<br />

sintoma é quando se invertem as prioridades, dando mais importância para a<br />

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