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avaliação no ciclo de alfabetização: mitos e fatos - TV Brasil

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dizem respeito à forma <strong>de</strong> distribuição/or-<br />

ganização/partição dos a<strong>no</strong>s que os alu<strong>no</strong>s<br />

passam na escola. Po<strong>de</strong>mos organizar esse<br />

tempo dividido a<strong>no</strong> a a<strong>no</strong> (séries / organi-<br />

zação seriada), como po<strong>de</strong>mos organizar/<br />

dividir esse tempo <strong>de</strong> dois em dois a<strong>no</strong>s,<br />

três em três a<strong>no</strong>s, quatro em quatro a<strong>no</strong>s<br />

(<strong>ciclo</strong>s / organização em <strong>ciclo</strong>s). Entretanto,<br />

tal distribuição diferenciada (por <strong>ciclo</strong>s) traz<br />

implicações profundas não só na forma <strong>de</strong><br />

avaliar, como também na forma <strong>de</strong> se or-<br />

ganizar o conhecimento escolar ao longo<br />

do tempo, na relação professor-alu<strong>no</strong>, nas<br />

relações família/escola, na cultura escolar.<br />

Po<strong>de</strong>mos, então, dizer que os <strong>ciclo</strong>s afetam<br />

sobremaneira a organização escolar, sendo,<br />

portanto, uma lógica diferente <strong>de</strong> se pensar<br />

a educação escolar e a escola em si.<br />

A construção dos <strong>ciclo</strong>s data das décadas <strong>de</strong><br />

1960/1970 <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> e tem um crescimento<br />

<strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s 1980 nas séries iniciais do Ensi<strong>no</strong><br />

Fundamental (os Ciclos Básicos <strong>de</strong> Alfabeti-<br />

zação), tendo se ampliado para as <strong>de</strong>mais sé-<br />

ries ao longo dos a<strong>no</strong>s 1990. Essa construção<br />

histórica foi tecida por educadores especia-<br />

listas, professores que participaram <strong>de</strong> con-<br />

gressos, fóruns e não somente por técnicos<br />

<strong>de</strong> secretarias <strong>de</strong> educação. A forma como<br />

a experiência aconteceu em cada região do<br />

país foi diferenciada e fez parte da constru-<br />

ção histórica e das condições <strong>de</strong> produção<br />

<strong>de</strong> cada comunida<strong>de</strong> educativa.<br />

Ainda em 1983, na re<strong>de</strong> estadual <strong>de</strong> São Pau-<br />

lo, instituiu-se o Ciclo Básico <strong>de</strong> Alfabetiza-<br />

ção para todas as escolas, com o objetivo <strong>de</strong><br />

reorganizar gradativamente a escola pública<br />

<strong>de</strong> 1° grau, tendo como marca principal al-<br />

terar o sistema <strong>de</strong> seriação: as duas séries<br />

iniciais foram transformadas em um <strong>ciclo</strong><br />

<strong>de</strong> dois a<strong>no</strong>s e o alu<strong>no</strong> não po<strong>de</strong>ria ser re-<br />

provado <strong>no</strong> primeiro a<strong>no</strong> <strong>de</strong> escolarização.<br />

Em Minas Gerais, o Ciclo Básico <strong>de</strong> Alfabeti-<br />

zação foi implantado em toda a re<strong>de</strong> estadu-<br />

al a partir <strong>de</strong> 1985, em caráter experimental,<br />

e em 1990 tomou caráter oficial. No Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro implantou-se nas escolas públicas <strong>de</strong><br />

1º grau, ainda ao final da década <strong>de</strong> 1970 e<br />

início dos a<strong>no</strong>s 1980, o Bloco Único: dois pri-<br />

meiros a<strong>no</strong>s da <strong>alfabetização</strong> como um úni-<br />

co <strong>ciclo</strong> e sem reprovação. Santa Catarina<br />

também teve experiência semelhante ainda<br />

na década <strong>de</strong> 1980. No Paraná, o Ciclo Básico<br />

foi implantado em 1988/1989, e em 1990 atin-<br />

giu todas as escolas estaduais.<br />

No Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, em mapeamen-<br />

to realizado em 2007 e em 2011, mais <strong>de</strong> 50%<br />

dos municípios já possuíam <strong>ciclo</strong>s <strong>de</strong> alfa-<br />

betização antes da recomendação do CNE e<br />

das Diretrizes Curriculares Nacionais (FER-<br />

NANDES, 2012).<br />

O histórico da implantação dos <strong>ciclo</strong>s bá-<br />

sicos <strong>de</strong> <strong>alfabetização</strong> <strong>no</strong> país <strong>no</strong>s permite<br />

compreen<strong>de</strong>r a recomendação existente nas<br />

Novas Diretrizes Curriculares Nacionais so-<br />

bre a adoção do Ciclo <strong>de</strong> Alfabetização para<br />

os três primeiros a<strong>no</strong>s do Ensi<strong>no</strong> Fundamen-<br />

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