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avaliação no ciclo de alfabetização: mitos e fatos - TV Brasil

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tal em todas as escolas, a partir da imple-<br />

mentação do Ensi<strong>no</strong> Fundamental <strong>de</strong> <strong>no</strong>ve<br />

a<strong>no</strong>s <strong>no</strong> país.<br />

“(...) mesmo quando o sistema <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong><br />

ou a escola fizerem opção pelo regime<br />

seriado, será necessário consi<strong>de</strong>rar os<br />

três a<strong>no</strong>s iniciais do ensi<strong>no</strong> fundamental<br />

como um bloco pedagógico ou um <strong>ciclo</strong><br />

sequencial não passível <strong>de</strong> interrupção,<br />

voltado para ampliar a todos os alu<strong>no</strong>s<br />

as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sistematização e<br />

aprofundamento das aprendizagens<br />

básicas. Pesquisas já <strong>de</strong>tectaram que a<br />

repetência durante esse período escolar<br />

não garante a <strong>alfabetização</strong> e po<strong>de</strong> pre-<br />

judicar o rendimento escolar da criança<br />

<strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> fundamental como um todo<br />

e, particularmente, na passagem do pri-<br />

meiro para o segundo a<strong>no</strong> <strong>de</strong> escolarida-<br />

<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ste para o terceiro 2 .”<br />

Por fim, a questão que se coloca polêmica<br />

em relação à <strong>avaliação</strong> <strong>no</strong> Ciclo <strong>de</strong> Alfabeti-<br />

zação é a não reprovação ao longo do <strong>ciclo</strong>.<br />

Tal ação é recomendada em diversos docu-<br />

mentos oficiais e não oficiais (Parecer CNE/<br />

CEB n. 200208; LDB n. 9394/96; MEC, 2007;<br />

Diretrizes Curriculares Nacionais).<br />

A estreita relação entre <strong>ciclo</strong>s e não reprova-<br />

ção existe, uma vez que a implantação dos<br />

<strong>ciclo</strong>s acaba, em princípio, com a reprova-<br />

ção, na medida em que um <strong>ciclo</strong> pressupõe<br />

a ruptura com a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> uma programação<br />

ou planejamento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s curriculares<br />

anuais, sob a qual todos os estudantes <strong>de</strong>ve-<br />

riam “dar conta” ao final <strong>de</strong> um único a<strong>no</strong> e<br />

<strong>de</strong> forma mais ou me<strong>no</strong>s homogênea. Prin-<br />

cípios como o da diferença, da heterogenei-<br />

da<strong>de</strong>, da auto<strong>no</strong>mia, dos diferentes tempos<br />

e ritmos <strong>de</strong> aprendizagem, do trabalho em<br />

equipe, do conhecimento construído e par-<br />

tilhado e da verda<strong>de</strong> provisória sustentam,<br />

teoricamente, essa <strong>no</strong>va lógica <strong>de</strong> se pensar<br />

e organizar a escola, que pressupõe, por-<br />

tanto, um alargamento <strong>de</strong>sse tempo anual,<br />

levando em consi<strong>de</strong>ração as diferenças <strong>de</strong><br />

ritmo dos estudantes e, da mesma forma,<br />

perseguindo ou não um ponto <strong>de</strong> chegada<br />

comum àquela geração escolar.<br />

A adoção <strong>de</strong> um regime <strong>de</strong> promoção conti-<br />

nuada dos alu<strong>no</strong>s <strong>no</strong> <strong>ciclo</strong>, sem reprovação,<br />

traz mudanças profundas para a dinâmica,<br />

a organização escolar e as relações que fa-<br />

zem parte da cultura escolar, posto que a<br />

<strong>no</strong>ssa escola vive a “cultura da repetência”,<br />

como se a reprovação fosse a re<strong>de</strong>ntora dos<br />

problemas que não foram resolvidos, ao lon-<br />

go <strong>de</strong> um a<strong>no</strong> letivo, acerca dos processos<br />

<strong>de</strong> ensinar e apren<strong>de</strong>r. A reprovação passa<br />

a ser, em <strong>no</strong>ssa escola, uma estratégia pe-<br />

dagógica tão po<strong>de</strong>rosa <strong>de</strong> solução para as<br />

não aprendizagens, que outras possibilida-<br />

<strong>de</strong>s ficam ofuscadas e sem legitimida<strong>de</strong> <strong>no</strong>s<br />

2 Disponível em: http://portal.mec.gov.br/in<strong>de</strong>x.php?option=com_content&view=article&id=16166<br />

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