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Joaquim Gomes de Souza e as Controvérsias Sobre o Uso das

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140 Carlos Fernan<strong>de</strong>z, Cícero <strong>de</strong> <strong>Souza</strong><br />

conta do erro que se cometia ao substituir a solução por termos<br />

<strong>de</strong> uma série <strong>as</strong>sintótica, nem tampouco analisou <strong>as</strong> condições<br />

sobre <strong>as</strong> quais isso é factível.<br />

Devemos <strong>as</strong>sinalar que esta polêmica se manteve até o final<br />

do século, quando a acumulação <strong>de</strong> c<strong>as</strong>os anômalos e rebel<strong>de</strong>s<br />

impussam a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rever o que era negado e voltar <strong>as</strong><br />

condições iniciais do modo <strong>de</strong> sistematização em um nível qualitativo<br />

superior, encerrando-se, <strong>as</strong>sim, um ciclo dialético. M<strong>as</strong> este salto<br />

qualitativo, que leva a síntese dialética aos princípios heurísticos<br />

eulianos e ao rigor crítico-teórico, não era possível sem um <strong>de</strong>senvolvimento<br />

interno da teoria d<strong>as</strong> funções, em especial, <strong>de</strong> uma compreensão<br />

mais ampla do problema da representação analítica. Por outro<br />

lado, tinha-se que produzir mudanç<strong>as</strong> extern<strong>as</strong> n<strong>as</strong> comunida<strong>de</strong>s<br />

científic<strong>as</strong> que são, afinal <strong>de</strong> cont<strong>as</strong>, responsáveis pela elaboração,<br />

sistematização e aplicação do saber matemático.<br />

Tod<strong>as</strong> est<strong>as</strong> mudanç<strong>as</strong> vão se processando sincronicamente<br />

até produzir o salto qualitativo. Entretanto, <strong>as</strong> condições objetiv<strong>as</strong><br />

e subjetiv<strong>as</strong> não amadureceram o suficiente para propiciarem a<br />

modificação racional da prática matemática 8 , ou seja, <strong>as</strong> contradições,<br />

que mo<strong>de</strong>lavam o seu <strong>de</strong>senvolvimento, levavam a situações paradoxais<br />

e, por conseguinte, justificavam <strong>as</strong> polêmic<strong>as</strong>, o que não quer dizer<br />

que se justifique a discriminação e a intolerância, como nos parece<br />

ocorrer com <strong>Gomes</strong> <strong>de</strong> <strong>Souza</strong>.<br />

3 Consi<strong>de</strong>rações Crític<strong>as</strong> <strong>Sobre</strong> o <strong>Uso</strong> d<strong>as</strong> Séries<br />

Divergentes por <strong>Gomes</strong> <strong>de</strong> <strong>Souza</strong><br />

Il doit donc y avoir quelque chose <strong>de</strong> réel et <strong>de</strong><br />

légitime dans l’emploi et l’usage qu’on fait <strong>de</strong>s<br />

suites divergentes, quelqu’on ne puisse p<strong>as</strong><br />

tout-a-fait justifier leur emploi [SOUZA, 1882,<br />

p. 37].<br />

I<strong>de</strong>ação,Feira <strong>de</strong> Santana, n.3, p.131-157, jan./jun. 1999.

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