DINÂMICA DA CAMADA DE MISTURA SUPERIOR DO ... - UFRJ
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<strong>DO</strong>URA<strong>DO</strong> (2002) investigou a CM da região equatorial do Atlântico Sul, a<br />
partir de resultados de um modelo numérico unidimensional (modelo desenvolvido<br />
por GASPAR et al., 1990), identificando a variabilidade da CM na escala diurna.<br />
SKIELKA et al. (2010) estudaram a dinâmica da CM na região equatorial, dentro<br />
da METAREA-V, por meio de um modelo de turbulência unidimensional (General<br />
Ocean Turbulence Model - GOTM). Os autores analisaram uma estação chuvosa<br />
(fevereiro - abril) e outra seca (agosto - outubro) e identificaram que no primeiro caso<br />
a profundidade CM foi mais rasa. Tal fato foi associado à diferença de intensidade<br />
das forçantes em superfície observada nos dois períodos.<br />
2.1.1 Escalas temporais de variação da CM<br />
A Escala Diurna é mais evidenciada nos períodos de primavera e verão nos<br />
quais, sob condições de ventos amenos, a radiação solar incidente promove um bal-<br />
anço positivo e um aquecimento da superfície do mar (figura 2.2). Cria-se desta<br />
forma uma camada estratificada próximo à superfície, tornando a CM mais rasa e<br />
aquecida. Este processo de estratificação é interrompido no período noturno, quando<br />
o balanço térmico passa a ser negativo, ou seja, o oceano cede calor para a atmosfera,<br />
ocasionando um resfriamento da superfície do mar (figura 2.2). Nesta situação, a<br />
camada superior torna-se mais densa, ocasionando uma convecção que irá resfriar e<br />
afundar a CM.<br />
Figura 2.2: Evolução temporal do perfil vertical de temperatura da bóia PIRATA<br />
8S30W, entre os dias 21 e 22/ago/2005, evidenciando o aquecimento no período<br />
diurno(a) e o resfriamento no período noturno(b).<br />
A Escala Sinótica é aquela onde as variações nas propriedades da CM es-<br />
tão associadas à passagem de sistemas frontais, ciclones e anti-ciclones atmosféricos<br />
(figura 2.3). Por exemplo, a passagem de uma frente fria numa região do oceano gera<br />
uma grande mistura turbulenta devido aos ventos fortes e dos fluxos de calor nega-<br />
tivos intensos. Esses fatores combinados superam o efeito da estratificação causado<br />
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