Leia o artigo completo - Revista Analytica
Leia o artigo completo - Revista Analytica
Leia o artigo completo - Revista Analytica
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Artigo<br />
RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />
De acordo com a ANVISA (8), as entidades International<br />
Union ofPureandAppliedChemistry (IUPAC) e a Chemical Abstract<br />
Service (CAS), adotam as designações genéricas para<br />
o DEET respectivamente como N,N-dietil-meta-toluamida e<br />
N,N-dietil-3-metilbenzamida (sic). De fato, a nomenclatura<br />
IUPAC para o DEET é [N-N]-diethyl-m-toluamide, e ambos<br />
os rótulos (Tabela 1), tanto para o produto que saiu de linha<br />
como para o OFF! Novo! estão, portanto, usando sinonímias.<br />
A Tabela 1 mostra os resultados para a comparação entre<br />
os repelentes OFF! que saiu de linha e o produto novo.<br />
Considerando-se todas as réplicas, a média de tentativas<br />
de picadas nos dedos não protegidos por repelentes foi alta<br />
(160,4 picadas /15 min; DP = 20,8), indicando uma forte pressão<br />
de ataque. Para os dedos protegidos pelos repelentes, o<br />
teste estatístico mostrou que não houve diferença significativa<br />
entre as avaliações JAA (t = 1; gl = 6; P = 0,1779) e 2hAA (t<br />
= -1,6917; gl = 6; P = 0,0708), e que a proteção permitida por<br />
ambas as formulações foi praticamente completa, alcançando<br />
valores acima de 96%. Para a avaliação 4hAA entretanto,<br />
houve diferença estatisticamente significativa (t = -3.0437; gl<br />
= 6; P = 0,0113) entre as duas formulações, com o produto<br />
OFF! antigo mostrando-se mais eficiente do que o OFF! novo.<br />
Tabela 1. Índice de proteção percentual médio (Desvio Padrão) às<br />
picadas de Aedes aegypti para os períodos Justamente Após (JAA), 2<br />
horas (2hAA), e 4 horas (4hAA) após a aplicação de duas fórmulas de<br />
um repelente à base de DEET.<br />
4<br />
Produto<br />
(Ingrediente Ativo)*<br />
OFF! Repelente de Insetos<br />
(N-N-Dietiltoluamida 7.1%)<br />
OFF! Repelente de Insetos<br />
Novo!<br />
(Diethyl Toluamide)<br />
Período após a Aplicação<br />
JAA 2hAA 4hAA<br />
100 (0,0)a 99,2 (1,02)a 96,8 (1,53)a<br />
99,8 (0,37)a 96,6 (3,43)a 86,9 (9,01)b<br />
*De acordo com o rótulo<br />
Para cada coluna, medias seguidas pela mesma letra não diferem<br />
significativamente pelo teste de t de Student.<br />
Ao estabelecerem também em gaiolas uma curva dose-<br />
-resposta de mosquitos Ae. aegypti ao DEET, para uma série<br />
de diluições, Buescheret al. (11) registraram uma curva exponencial<br />
negativa, significando que cada incremento na concentração<br />
permitia um incremento progressivamente menor<br />
na proteção às picadas. Assim, para um aumento ou diminuição<br />
em concentrações baixas, podem-se esperar variações<br />
maiores do que quando se aumenta ou se diminui concentrações<br />
já altas. E de acordo com Fradin (12), os repelentes<br />
com altas concentrações de DEET são de fato melhores por<br />
oferecerem proteções por períodos de tempo maiores, sendo<br />
que modelos matemáticos mostram que a eficiência e persistência<br />
em repelir são relacionadas ao logaritmo das doses.<br />
CONCLUSÕES<br />
Pode-se concluir então que, embora a informação do fabricante<br />
pelo serviço de atendimento ao consumidor não tenha<br />
sido específica, e foi de que a nova fórmula possui entre<br />
6% e 9% i.a., de fato o produto deve possuir concentração<br />
inferior ao produto que saiu de linha (7,1%).<br />
R E f E R ê N C I A S<br />
CURTIS, C.F. Personal protection methods against vectors of disease.Rev.<br />
Med. Vet. Entomol. 80: 543-53, 1992.<br />
FRADIN, M.S. Insect repellents.E-medicine (2002).. USA. . Acessoem Nov. 12,<br />
2009.<br />
KOREN G.; MATSUI D. & B. BAILEY.DEET-based insect repellents:<br />
safety implications for children and pregnant and lactating women.<br />
Can. Med. Assoc. J. 169: 209-212, 2003.<br />
ANDRADE, C.F.S. Repelentes de Mosquito - Base Técnica para<br />
Avaliação (2008). Artigos Técnicos em Ecologia Aplicada - Unicamp.<br />
Disponível em: <br />
Acesso em Jun. 15, 2011.<br />
SYED, Z. & W.S. LEAL. Mosquitoes smell and avoid the insect repellent<br />
DEET. Proc. Natl. Acad. Sci.105: 13598–13603. (2008).<br />
Disponível em: Acesso em Ag. 22, 2010.<br />
PICKETT, J.A.; BIRKETT, M.A. & J.G. LOGAN.DEET repels ORNery<br />
mosquitoes. Proc. Natl. Acad. Sci. 105: 13195-13196. (2008).<br />
Disponível em: <br />
Acesso em Jun. 21, 2011.<br />
OFF Insect Repellents. Which OFF! ® product with DEET is right for<br />
you? 2009. Available at Acesso<br />
em Ag. 22, 2009.<br />
ANvISA.Câmara Técnica de Cosméticos – CATEC. Parecer Técnico<br />
Nº 2. 2006.Utilização do DEET em preparações de repelentes para<br />
insetos. Available at <br />
Acessoem Jun. 2011.<br />
ANDRADE, C.F.S. & v.S. BUENO.Evaluation of three laboratory<br />
methods for the comparative test of mosquito repellents using<br />
Aedesalbopictus (Skuse) (Diptera: Culicidae) in Brazil. The Annals of<br />
Medical Entomology. 10: 34-40, 2001.<br />
COMBEMALE, P.; DERUAZ, D.; vILLANOvA, D. & P. GUILLAUMONT.<br />
Lês insectfuges ou lês répellents. Ann. Dermatol. Venereol. 119:<br />
411-434,1992.<br />
BUESChER, M.D.; RUTLEDGE, L.C.; WIRTZ, R.A. & J.h. NELSON.<br />
The dose-persistence relationship of deet against Aedesaegypti.<br />
Mosquito News 43: 364-366, 1983.<br />
FRADIN, M.S. Mosquitoes and Mosquito Repellents: A cliniciscian´s<br />
guide. Ann. International Medicine. 128: 931-940, 1998.