Língua portuguesa 5º ano do ensino Fundamental - SAERJ ...
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<strong>SAERJ</strong><br />
revista pedagógica<br />
<strong>Língua</strong> <strong>portuguesa</strong> <strong>5º</strong> <strong>ano</strong> <strong>do</strong> <strong>ensino</strong> <strong>Fundamental</strong><br />
ISSN 1948-5456<br />
2011
ISSN 1948-5456<br />
sAERJ2011<br />
SiStema de avaliação da educação <strong>do</strong> eSta<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
Rio de JaNeiRo<br />
ReviSta pedagógica<br />
língua <strong>portuguesa</strong> <strong>5º</strong> <strong>ano</strong> <strong>do</strong> <strong>ensino</strong> <strong>Fundamental</strong>
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO<br />
Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio de Janeiro<br />
Sérgio Cabral<br />
Vice-governa<strong>do</strong>r<br />
Luiz Fernan<strong>do</strong> de Souza<br />
Secretário de Educação<br />
Wilson Risolia<br />
Subsecretário de Gestão de Ensino<br />
Antonio José Vieira de Paiva Neto<br />
Equipe de Avaliação<br />
Vania Maria Macha<strong>do</strong> de Oliveira<br />
Edilene Nor onha Rodrigues<br />
Jaqueline Antunes Farias<br />
Alessandra Silveira Vasconcelos de Oliveira<br />
Saladino Correia Leite<br />
Messias Fernandes Santos
5<br />
10<br />
26<br />
43<br />
A ImpORTâNCIA dOs<br />
ResULTAdOs<br />
A esCALA de pROfICIêNCIA<br />
pAdRões de desempeNHO<br />
esTUdANTIL<br />
O TRABALHO CONTINUA<br />
6<br />
11<br />
12<br />
22<br />
27<br />
28<br />
33<br />
37<br />
40<br />
Os resulta<strong>do</strong>s da sua escola<br />
A estrutura da escala de proficiência<br />
<strong>do</strong>mínios e Competências<br />
Como formar um leitor proficiente?<br />
Baixo<br />
Intermediário<br />
Adequa<strong>do</strong><br />
Avança<strong>do</strong><br />
Com a palavra, o professor
A importânciA <strong>do</strong>s resultA<strong>do</strong>s<br />
as avaliações em larga escala<br />
realizadas pelo Sistema<br />
de avaliação da educação<br />
<strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio de Janeiro<br />
(SaeRJ), ao oferecer medidas<br />
acerca <strong>do</strong> progresso <strong>do</strong> sistema<br />
de <strong>ensino</strong> como um to<strong>do</strong> e,<br />
em particular, de cada escola,<br />
atendem a <strong>do</strong>is propósitos<br />
principais: o de prestar contas<br />
à sociedade sobre a eficácia<br />
<strong>do</strong>s serviços educacionais<br />
ofereci<strong>do</strong>s à população, e o<br />
de fornecer subsídios para o<br />
planejamento das escolas em<br />
suas atividades de gestão e de<br />
intervenção pedagógica. para<br />
as escolas, a oportunidade de<br />
receber os seus resulta<strong>do</strong>s<br />
de forma individualizada tem<br />
como finalidade prover subsídios<br />
para o planejamento de<br />
suas ações de aprendizagem.<br />
a Revista pedagógica, portanto,<br />
foi criada para atender ao<br />
objetivo de divulgar os da<strong>do</strong>s<br />
gera<strong>do</strong>s pelo SaeRJ de maneira<br />
que eles possam ser,<br />
efetivamente, utiliza<strong>do</strong>s como<br />
subsídio para as diversas instâncias<br />
gestoras, bem como<br />
por cada unidade escolar.<br />
Nesta Revista pedagógica você<br />
encontrará os resulta<strong>do</strong>s desta<br />
escola em língua <strong>portuguesa</strong><br />
para o <strong>5º</strong> <strong>ano</strong> <strong>do</strong> <strong>ensino</strong> <strong>Fundamental</strong>.<br />
para a interpretação<br />
pedagógica desses resulta<strong>do</strong>s,<br />
a escala de proficiência, com<br />
seus <strong>do</strong>mínios e competên-<br />
cias, será fundamental. com<br />
ela, torna-se possível entender<br />
em quais pontos os estudantes<br />
estão em relação ao desenvolvimento<br />
das habilidades consideradas<br />
essenciais ao aprendiza<strong>do</strong><br />
da língua <strong>portuguesa</strong>. como<br />
você verá, o detalhamento <strong>do</strong>s<br />
níveis de complexidade das<br />
habilidades, apresenta<strong>do</strong> nos<br />
<strong>do</strong>mínios e competências da<br />
escala, prioriza a descrição<br />
<strong>do</strong> desenvolvimento cognitivo<br />
ao longo <strong>do</strong> processo de escolarização.<br />
essas informações<br />
são muito importantes para o<br />
planejamento <strong>do</strong>s professores,<br />
bem como para as intervenções<br />
pedagógicas em sala de aula.<br />
os padrões de desempenho<br />
oferecem à escola os subsídios<br />
necessários para a elaboração<br />
de metas coletivas. assim, ao<br />
relacionar a descrição das habilidades<br />
com o percentual de<br />
estudantes em cada padrão, a<br />
escola pode elaborar o seu projeto<br />
com propostas mais concisas<br />
e eficazes, capazes de trazer<br />
modificações substanciais para o<br />
aprendiza<strong>do</strong> <strong>do</strong>s estudantes com<br />
vistas à promoção da equidade.<br />
também são apresenta<strong>do</strong>s,<br />
nesta revista, alguns artigos<br />
importantes sobre o <strong>ensino</strong> de<br />
língua <strong>portuguesa</strong> e depoimentos<br />
de professores que, como<br />
você, fazem toda a diferença nas<br />
comunidades em que atuam.<br />
5
6<br />
os resultA<strong>do</strong>s dA suA escolA<br />
os resulta<strong>do</strong>s desta escola no<br />
SaeRJ 2011 são apresenta<strong>do</strong>s<br />
sob seis aspectos, quatro deles<br />
estão impressos nesta revista.<br />
os outros <strong>do</strong>is, que se referem<br />
aos resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> percentual<br />
de acerto no teste, estão disponíveis<br />
no cd (anexo a esta<br />
revista) e no portal da avaliação,<br />
pelo endereço eletrônico<br />
www.saerj.caedufjf.net.<br />
resultA<strong>do</strong>s impressos nestA revistA<br />
1. Proficiência média<br />
apresenta a proficiência média desta escola. você pode<br />
comparar a proficiência com as médias <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, da sua<br />
diretoria regional e <strong>do</strong> seu município. o objetivo é proporcionar<br />
uma visão das proficiências médias e posicionar sua<br />
escola em relação a essas médias.<br />
2. Participação<br />
informa o número estima<strong>do</strong> de estudantes para a realização<br />
<strong>do</strong> teste e quantos, efetivamente, participaram da avaliação<br />
no esta<strong>do</strong>, na sua diretoria regional, no seu município e na<br />
sua escola.<br />
3. Evolução <strong>do</strong> percentual de estudantes por padrão de desempenho<br />
permite que você acompanhe a evolução <strong>do</strong> percentual de<br />
estudantes nos padrões de desempenho das avaliações<br />
realizadas pelo SaeRJ em suas últimas edições.
4. Percentual de alunos por padrão de desempenho<br />
apresenta a distribuição <strong>do</strong>s estudantes ao longo <strong>do</strong>s intervalos<br />
de proficiência no esta<strong>do</strong>, na sua diretoria regional,<br />
no seu município e na sua escola. os gráficos permitem<br />
que você identifique o percentual de estudantes para cada<br />
padrão de desempenho. isso será fundamental para planejar<br />
intervenções pedagógicas, voltadas à melhoria <strong>do</strong> processo<br />
de <strong>ensino</strong> e promoção da equidade escolar.<br />
resultA<strong>do</strong>s disponíveis no cd e no portAl dA AvAliAção<br />
5. Percentual de acerto por descritor 6. Resulta<strong>do</strong>s por estudante<br />
Apresenta o percentual de acerto<br />
no teste para cada uma das habilidades<br />
avaliadas. Esses resulta<strong>do</strong>s<br />
são apresenta<strong>do</strong>s por esta<strong>do</strong>,<br />
diretoria regional, município,<br />
escola, turma e estudante.<br />
Cada estudante pode ter acesso aos<br />
seus resulta<strong>do</strong>s no <strong>SAERJ</strong>. Nesse<br />
boletim, é informa<strong>do</strong> o padrão de<br />
desempenho alcança<strong>do</strong> e quais habilidades<br />
ele possui desenvolvidas<br />
em <strong>Língua</strong> Portuguesa para o <strong>5º</strong><br />
<strong>ano</strong> <strong>do</strong> Ensino <strong>Fundamental</strong>. Essas<br />
são informações importantes para<br />
o acompanhamento, pelo estudante<br />
e seus familiares, de seu desempenho<br />
escolar.<br />
9
10<br />
Domínios Competências Descritores<br />
apropriação <strong>do</strong><br />
sistema da escrita<br />
estratégias de leitura<br />
processamento <strong>do</strong> texto<br />
uma escala é a expressão da<br />
medida de uma grandeza.<br />
É uma forma de apresentar<br />
resulta<strong>do</strong>s com base em uma<br />
espécie de régua em que os<br />
valores são ordena<strong>do</strong>s e categoriza<strong>do</strong>s.<br />
para as avaliações<br />
em larga escala da educação<br />
básica realizadas no Brasil, os<br />
resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s estudantes em<br />
língua <strong>portuguesa</strong> são dispostos<br />
em uma escala de proficiência<br />
definida pelo Sistema<br />
Nacional de avaliação da educação<br />
Básica (SaeB). as escalas<br />
<strong>do</strong> SaeB permitem ordenar os<br />
resulta<strong>do</strong>s de desempenho em<br />
um continuum, ou seja, <strong>do</strong> nível<br />
identifica letras. *<br />
Reconhece convenções gráficas. *<br />
manifesta consciência fonológica. *<br />
lê palavras. *<br />
localiza informação. d1<br />
identifica tema. d6<br />
Realiza inferência. d3, d4 e d5, d16 e d17<br />
identifica gênero, função, e<br />
destinatário de um texto.<br />
d12<br />
estabelece relações lógico-discursivas. d2, d11 e d15<br />
identifica elementos de<br />
um texto narrativo.<br />
d10<br />
estabelece relações entre textos. d20<br />
distingue posicionamentos. d14<br />
identifica marcas linguísticas. d13<br />
* as habilidades relativas a essas competências são avaliadas nas séries iniciais <strong>do</strong> <strong>ensino</strong> <strong>Fundamental</strong>.<br />
A escAlA de proficiênciA<br />
mais baixo ao mais alto. assim,<br />
os estudantes que alcançaram<br />
um nível mais alto da escala, por<br />
exemplo, mostram que possuem<br />
o <strong>do</strong>mínio das habilidades presentes<br />
nos níveis anteriores.<br />
isso significa que o estudante<br />
<strong>do</strong> último <strong>ano</strong> <strong>do</strong> <strong>ensino</strong> médio<br />
deve, naturalmente, ser capaz<br />
de <strong>do</strong>minar habilidades em um<br />
nível mais complexo <strong>do</strong> que as<br />
de um estudante <strong>do</strong> <strong>5º</strong> <strong>ano</strong> <strong>do</strong><br />
<strong>ensino</strong> <strong>Fundamental</strong>.<br />
as escalas apresentam, também,<br />
para cada intervalo, as<br />
habilidades presentes naquele<br />
ponto, o que é muito importante<br />
para o diagnóstico das habilidades<br />
ainda não consolidadas em<br />
cada etapa de escolaridade.<br />
a grande vantagem da a<strong>do</strong>ção<br />
de uma escala de proficiência<br />
é sua capacidade de traduzir as<br />
medidas obtidas em diagnósticos<br />
qualitativos <strong>do</strong> desempenho<br />
escolar. com isso, os educa<strong>do</strong>res<br />
têm acesso à descrição<br />
das habilidades distintivas <strong>do</strong>s<br />
intervalos correspondentes a<br />
cada nível e podem atuar com<br />
mais precisão na detecção de<br />
dificuldades de aprendizagens,<br />
bem como planejar e executar<br />
ações de correção de rumos.
Baixo<br />
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />
A estruturA dA escAlA de proficiênciA<br />
Na primeira coluna da escala<br />
são apresenta<strong>do</strong>s os grandes<br />
<strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> conhecimento em<br />
língua <strong>portuguesa</strong> para toda<br />
a educação básica. esses <strong>do</strong>mínios<br />
são agrupamentos de<br />
competências que, por sua<br />
vez, agregam as habilidades<br />
presentes na matriz de referência<br />
de língua <strong>portuguesa</strong>.<br />
as colunas mostram a relação<br />
entre a escala e a matriz, para<br />
cada competência, trazen<strong>do</strong> os<br />
descritores que lhes são relaciona<strong>do</strong>s.<br />
intermediário<br />
adequa<strong>do</strong><br />
avança<strong>do</strong><br />
a gradação das cores indica a complexidade da tarefa.<br />
as habilidades, representadas por<br />
diferentes cores, que vão <strong>do</strong> amarelo-claro<br />
ao vermelho, estão dispostas<br />
nas várias linhas da escala.<br />
essas cores indicam a gradação<br />
de complexidade das habilidades<br />
pertinentes a cada competência.<br />
assim, por exemplo, a cor amarelo-clara<br />
indica o primeiro nível<br />
de complexidade da habilidade,<br />
passan<strong>do</strong> pelo laranja e in<strong>do</strong> até<br />
o nível mais complexo, representa<strong>do</strong><br />
pela cor vermelha. a legenda<br />
explicativa das cores informa sobre<br />
essa gradação na própria escala.<br />
Na primeira linha da escala<br />
estão dividi<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s os intervalos<br />
em faixas de 25 pontos,<br />
que vão <strong>do</strong> zero a 500. em tons<br />
de verde, estão agrupa<strong>do</strong>s os<br />
padrões de desempenho defini<strong>do</strong>s<br />
pela Secretaria de esta<strong>do</strong><br />
de educação <strong>do</strong> Rio de Janeiro<br />
para a <strong>5º</strong> <strong>ano</strong> <strong>do</strong> <strong>ensino</strong> <strong>Fundamental</strong>.<br />
os limites entre os<br />
padrões transpassam a escala,<br />
no senti<strong>do</strong> vertical, da primeira<br />
à última linha.<br />
11
12<br />
<strong>do</strong>mínios e competênciAs<br />
os <strong>do</strong>mínios da escala de proficiência agrupam as<br />
competências básicas ao aprendiza<strong>do</strong> de língua<br />
<strong>portuguesa</strong> para toda a educação básica.<br />
ao relacionar os resulta<strong>do</strong>s de sua escola a cada<br />
um <strong>do</strong>s <strong>do</strong>mínios da escala de proficiência e aos<br />
respectivos intervalos de gradação de complexidade<br />
da habilidade, é possível diagnosticar,<br />
com grande precisão, <strong>do</strong>is pontos principais: o<br />
primeiro se refere ao nível de desenvolvimento<br />
obti<strong>do</strong> no teste e o segun<strong>do</strong> ao que é espera<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong>s estudantes nas etapas de escolaridade em<br />
que se encontram. com esses da<strong>do</strong>s é possível<br />
implementar ações em nível de sala de aula com<br />
vistas ao desenvolvimento das habilidades ainda<br />
não consolidadas, o que, de certo, contribuirá<br />
para a melhoria <strong>do</strong> processo educativo da escola.<br />
identificA letrAs<br />
ApROpRIAçãO dO sIsTemA dA esCRITA<br />
professor, a apropriação <strong>do</strong> sistema de escrita é<br />
condição para que o estudante leia com compreensão<br />
e de forma autônoma. essa apropriação é o foco<br />
<strong>do</strong> trabalho nos <strong>ano</strong>s iniciais <strong>do</strong> <strong>ensino</strong> <strong>Fundamental</strong>,<br />
ao longo <strong>do</strong>s quais se espera que o estudante<br />
avance em suas hipóteses sobre a língua escrita.<br />
Neste <strong>do</strong>mínio, encontram-se reunidas quatro<br />
competências que envolvem percepções acerca <strong>do</strong>s<br />
sinais gráficos que utilizamos na escrita – as letras<br />
– e sua organização na página e aquelas referentes<br />
a correspondências entre som e grafia. o conjunto<br />
dessas competências permite ao alfabetizan<strong>do</strong> ler<br />
com compreensão.<br />
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />
uma das primeiras hipóteses que a criança formula com relação à língua escrita é a de que escrita<br />
e desenho são uma mesma coisa. Sen<strong>do</strong> assim, quan<strong>do</strong> solicitada a escrever, por exemplo, “casa”,<br />
a criança pode simplesmente desenhar uma casa. Quan<strong>do</strong> começa a ter contatos mais sistemáticos<br />
com textos escritos, observan<strong>do</strong>-os e ven<strong>do</strong> os ser utiliza<strong>do</strong>s por outras pessoas, a criança começa a<br />
perceber que escrita e desenho são coisas diferentes, reconhecen<strong>do</strong> as letras como os sinais que se<br />
deve utilizar para escrever. para chegar a essa percepção, a criança deverá, inicialmente, diferenciar<br />
as letras de outros símbolos gráficos, como os números, por exemplo. uma vez perceben<strong>do</strong> essa<br />
diferenciação, um próximo passo será o de identificar as letras <strong>do</strong> alfabeto, nomean<strong>do</strong>-as e saben<strong>do</strong><br />
identificá-las mesmo quan<strong>do</strong> escritas em diferentes padrões.<br />
os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 75 pontos, ainda não desenvolveram<br />
as habilidades relacionadas a esta competência.<br />
estudantes que se encontram em níveis de proficiência entre 75 e 100 pontos são capazes de<br />
diferenciar letras de outros rabiscos, desenhos e/ou outros sinais gráficos também utiliza<strong>do</strong>s<br />
na escrita. esse é um nível básico de desenvolvimento desta competência, representa<strong>do</strong> na<br />
escala pelo amarelo-claro.<br />
estudantes com proficiência entre 100 e 125 pontos são capazes de identificar as letras <strong>do</strong> alfabeto.<br />
este novo nível de complexidade desta competência é indica<strong>do</strong>, na escala, pelo amarelo-escuro.<br />
estudantes com nível de proficiência acima de 125 pontos diferenciam as letras de outros sinais<br />
gráficos e identificam as letras <strong>do</strong> alfabeto, mesmo quan<strong>do</strong> escritas em diferentes padrões<br />
gráficos. esse da<strong>do</strong> está indica<strong>do</strong> na escala de proficiência pela cor vermelha.
econHece convençÕes GrÁficAs<br />
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />
mesmo quan<strong>do</strong> ainda bem pequenas, muitas crianças que têm contatos frequentes com situações de<br />
leitura imitam gestos leitores <strong>do</strong>s adultos. Fazem de conta, por exemplo, que leem um livro, folhean<strong>do</strong>-<br />
-o e olhan<strong>do</strong> suas páginas. esse é um primeiro indício de reconhecimento das convenções gráficas.<br />
essas convenções incluem saber que a leitura se faz da esquerda para a direita e de cima para baixo<br />
ou, ainda, que, diferentemente da fala, se apresenta num fluxo contínuo e na escrita é necessário deixar<br />
espaços entre as palavras.<br />
os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 75 pontos, ainda não desenvolveram<br />
as habilidades relacionadas a esta competência.<br />
estudantes que se encontram em níveis de proficiência de 75 a 100 pontos reconhecem que<br />
o texto é organiza<strong>do</strong> na página escrita da esquerda para a direita e de cima para baixo. esse<br />
fato é representa<strong>do</strong> na escala pelo amarelo-claro.<br />
estudantes com proficiência acima de 100 pontos, além de reconhecerem as direções da esquerda<br />
para a direita e de cima para baixo na organização da página escrita, também identificam os<br />
espaçamentos adequa<strong>do</strong>s entre palavras na construção <strong>do</strong> texto. Na escala, este novo nível<br />
de complexidade da competência está representa<strong>do</strong> pela cor vermelha.<br />
mAnifestA consciênciA fonolÓGicA<br />
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />
a consciência fonológica se desenvolve quan<strong>do</strong> o sujeito percebe que a palavra é composta de unidades<br />
menores que ela própria. essas unidades podem ser a sílaba ou o fonema. as habilidades relacionadas<br />
a esta competência são importantes para que o estudante seja capaz de compreender que existe<br />
correspondência entre o que se fala e o que se escreve.<br />
os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 75 pontos, ainda não desenvolveram<br />
as habilidades relacionadas a esta competência.<br />
os estudantes que se encontram em níveis de proficiência entre 75 e 100 pontos identificam<br />
rimas e sílabas que se repetem em início ou fim de palavra. ouvir e recitar poesias, além de<br />
participar de jogos e brincadeiras que explorem a sonoridade das palavras contribuem para<br />
o desenvolvimento destas habilidades.<br />
estudantes com proficiência entre 100 e 125 pontos contam sílabas de uma palavra lida ou<br />
ditada. este novo nível de complexidade da competência está representa<strong>do</strong> na escala pelo<br />
amarelo-escuro.<br />
estudantes com proficiência acima de 125 pontos já consolidaram esta competência e esse<br />
fato está representa<strong>do</strong> na escala de proficiência pela cor vermelha.<br />
13
14<br />
lê pAlAvrAs<br />
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />
para ler palavras com compreensão, o alfabetizan<strong>do</strong> precisa desenvolver algumas habilidades. uma<br />
delas, bastante elementar, é a de identificar as direções da escrita: de cima para baixo e da esquerda<br />
para direita. em geral, ao iniciar o processo de alfabetização, o alfabetizan<strong>do</strong> lê com maior facilidade as<br />
palavras formadas por sílabas no padrão consoante/vogal, isso porque, quan<strong>do</strong> estão se aproprian<strong>do</strong> da<br />
base alfabética, as crianças constroem uma hipótese inicial de que todas as sílabas são formadas por<br />
esse padrão. posteriormente, em função de sua exposição a um vocabulário mais amplo e a atividades<br />
nas quais são solicitadas a refletir sobre a língua escrita, tornam-se hábeis na leitura de palavras<br />
compostas por outros padrões silábicos.<br />
os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 75 pontos, ainda não desenvolveram<br />
as habilidades relacionadas a esta competência.<br />
Na escala de proficiência, o amarelo-claro indica que os estudantes que apresentam níveis de<br />
proficiência entre 75 e 100 pontos são capazes de ler palavras formadas por sílabas no padrão<br />
consoante/vogal, o mais simples, e que, geralmente, é objeto de <strong>ensino</strong> nas etapas iniciais da<br />
alfabetização.<br />
o amarelo-escuro indica, na escala, que estudantes com proficiência entre 100 e 125 pontos<br />
alcançaram um novo nível de complexidade da competência de ler palavras: a leitura de palavra<br />
formadas por sílabas com padrão diferente <strong>do</strong> padrão consoante/vogal.<br />
a cor vermelha indica que estudantes com proficiência acima de 125 pontos já consolidaram<br />
as habilidades que concorrem para a construção da competência de ler palavras.
esTRATÉGIAs de LeITURA<br />
a concepção de linguagem que fundamenta o trabalho com a língua materna no <strong>ensino</strong> <strong>Fundamental</strong><br />
é a de que a linguagem é uma forma de interação entre os falantes. consequentemente, o texto deve<br />
ser o foco <strong>do</strong> <strong>ensino</strong> da língua, uma vez que as interações entre os sujeitos, mediadas pela linguagem,<br />
se materializam na forma de textos de diferentes gêneros. o <strong>do</strong>mínio “estratégias de leitura” reúne<br />
as competências que possibilitam ao leitor utilizar recursos varia<strong>do</strong>s para ler com compreensão textos<br />
de diferentes gêneros.<br />
locAliZA informAção<br />
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />
a competência de localizar informação explícita em textos pode ser considerada uma das mais elementares.<br />
com o seu desenvolvimento o leitor pode recorrer a textos de diversos gêneros, buscan<strong>do</strong> neles informações<br />
de que possa necessitar. esta competência pode apresentar diferentes níveis de complexidade - desde localizar<br />
informações em frases, por exemplo, até fazer essa localização em textos mais extensos - e se consolida<br />
a partir <strong>do</strong> desenvolvimento de um conjunto de habilidades que devem ser objeto de trabalho <strong>do</strong> professor<br />
em cada perío<strong>do</strong> de escolarização. isso está indica<strong>do</strong>, na escala de proficiência, pela gradação de cores.<br />
os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 100 pontos, ainda não desenvolveram<br />
as habilidades relacionadas a esta competência.<br />
estudantes que se encontram em um nível de proficiência entre 100 e 125 pontos localizam<br />
informações em frases, pequenos avisos, bilhetes curtos, um verso. esta é uma habilidade<br />
importante porque mostra que o leitor consegue estabelecer nexos entre as palavras que<br />
compõem uma sentença, produzin<strong>do</strong> senti<strong>do</strong> para o to<strong>do</strong> e não apenas para as palavras isoladamente.<br />
Na escala de proficiência, o desenvolvimento desta habilidade está indica<strong>do</strong> pelo<br />
amarelo-claro.<br />
os estudantes, que apresentam proficiência entre 125 e 175 pontos, localizam informações em<br />
textos curtos, de gênero familiar e com poucas informações. esses leitores conseguem, por<br />
exemplo, a partir da leitura de um convite, localizar o lugar onde a festa acontecerá ou ainda,<br />
a partir da leitura de uma fábula, localizar uma informação relativa à caracterização de um<br />
<strong>do</strong>s personagens. esta habilidade está indicada, na escala, pelo amarelo-escuro.<br />
os estudantes com proficiência entre 175 e 225 pontos localizam informações em textos mais<br />
extensos, desde que o texto se apresente em gênero que lhes seja familiar. esses leitores selecionam,<br />
dentre as várias informações apresentadas pelo texto, aquela(s) que lhes interesta(m).<br />
Na escala de proficiência, o laranja-claro indica o desenvolvimento desta habilidade.<br />
os estudantes com proficiência entre 225 e 250 pontos, além de localizar informações em textos<br />
mais extensos, conseguem localizá-las, mesmo quan<strong>do</strong> o gênero e o tipo textual lhe são menos<br />
familiares. isso está indica<strong>do</strong>, na escala de proficiência, pelo laranja-escuro.<br />
a partir de 250 pontos, encontram-se os estudantes que localizam informações explícitas,<br />
mesmo quan<strong>do</strong> estas se encontram sob a forma de paráfrases. esses estudantes já consolidaram<br />
a habilidade de localizar informações explícitas, o que está indica<strong>do</strong>, na escala de<br />
proficiência, pela cor vermelha.<br />
15
16<br />
identificA temA<br />
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />
a competência de identificar tema se constrói pelo desenvolvimento de um conjunto de habilidades<br />
que permitem ao leitor perceber o texto como um to<strong>do</strong> significativo pela articulação entre suas partes.<br />
os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 125 pontos, ainda não desenvolveram<br />
as habilidades relacionadas a esta competência.<br />
estudantes que apresentam um nível de proficiência entre 125 e 175 pontos identificam o tema de um<br />
texto desde que esse venha indica<strong>do</strong> no título, como no caso de textos informativos curtos, notícias<br />
de jornal ou revista e textos instrucionais. esses estudantes começam a desenvolver a competência<br />
de identificar tema de um texto, fato indica<strong>do</strong>, na escala de proficiência, pelo amarelo-claro.<br />
estudantes com proficiência entre 175 e 225 pontos fazem a identificação <strong>do</strong> tema de um texto<br />
valen<strong>do</strong>-se de pistas textuais. Na escala de proficiência, o amarelo-escuro indica este nível<br />
mais complexo de desenvolvimento da competência de identificar tema de um texto.<br />
estudantes com proficiência entre 225 e 275 pontos identificam o tema de um texto mesmo<br />
quan<strong>do</strong> esse tema não está marca<strong>do</strong> apenas por pistas textuais, mas é inferi<strong>do</strong> a partir da<br />
conjugação destas pistas com a experiência de mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> leitor. Justamente por mobilizar<br />
intensamente a experiência de mun<strong>do</strong>, estudantes com este nível de proficiência conseguem<br />
identificar o tema em textos que exijam inferências, desde que os mesmos sejam de gênero e<br />
tipo familiares. o laranja-claro indica este nível de complexidade mais eleva<strong>do</strong> da competência.<br />
Já os estudantes com nível de proficiência a partir de 275 pontos identificam o tema em textos<br />
de tipo e gênero menos familiares que exijam a realização de inferências nesse processo. esses<br />
estudantes já consolidaram a competência de identificar tema em textos, o que está indica<strong>do</strong><br />
na escala de proficiência pela cor vermelha.<br />
reAliZA inferênciAs<br />
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />
Fazer inferências é uma competência bastante ampla e que caracteriza leitores mais experientes, que<br />
conseguem ir além daquelas informações que se encontram na superfície textual, atingin<strong>do</strong> camadas<br />
mais profundas de significação. para realizar inferências, o leitor deve conjugar, no processo de<br />
produção de senti<strong>do</strong>s para o que lê, as pistas oferecidas pelo texto aos seus conhecimentos prévios,<br />
à sua experiência de mun<strong>do</strong>. estão envolvidas na construção da competência de fazer inferências as<br />
habilidades de: inferir o senti<strong>do</strong> de uma palavra ou expressão a partir <strong>do</strong> contexto no qual ela aparece;<br />
inferir o senti<strong>do</strong> de sinais de pontuação ou outros recursos morfossintáticos; inferir uma informação a<br />
partir de outras que o texto apresenta ou, ainda, o efeito de humor ou ironia em um texto.<br />
os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 125 pontos, ainda não desenvolveram<br />
as habilidades relacionadas a esta competência.
o nível de complexidade desta competência também pode variar em função de alguns fatores:<br />
se o texto apresenta linguagem não verbal, verbal ou mista; se o vocabulário é mais ou menos<br />
complexo; se o gênero textual e a temática abordada são mais ou menos familiares ao leitor,<br />
dentre outros. estudantes com proficiência entre 125 e 175 pontos apresentam um nível básico<br />
de construção desta competência, poden<strong>do</strong> realizar inferências em textos não verbais como,<br />
por exemplo, tirinhas ou histórias sem texto verbal, e, ainda, inferir o senti<strong>do</strong> de palavras ou<br />
expressões a partir <strong>do</strong> contexto em que elas se apresentam. Na escala de proficiência, o amarelo-<br />
-claro indica esta etapa inicial de desenvolvimento da competência de realizar inferências.<br />
aqueles estudantes que apresentam proficiência entre 175 e 225 pontos inferem informações em textos<br />
não verbais e de linguagem mista desde que a temática desenvolvida e o vocabulário emprega<strong>do</strong> lhes<br />
sejam familiares. esses estudantes conseguem, ainda, inferir o efeito de senti<strong>do</strong> produzi<strong>do</strong> por alguns<br />
sinais de pontuação e o efeito de humor em textos como piadas e tirinhas. Na escala de proficiência<br />
o desenvolvimento destas habilidades pelos estudantes está indica<strong>do</strong> pelo amarelo-escuro.<br />
estudantes com proficiência entre 225 e 275 pontos realizam tarefas mais sofisticadas como inferir o senti<strong>do</strong><br />
de uma expressão metafórica ou efeito de senti<strong>do</strong> de uma onomatopeia; inferir o efeito de senti<strong>do</strong> produzi<strong>do</strong><br />
pelo uso de uma palavra em senti<strong>do</strong> conotativo e pelo uso de notações gráficas e, ainda, o efeito de senti<strong>do</strong><br />
produzi<strong>do</strong> pelo uso de determinadas expressões em textos pouco familiares e/ou com vocabulário mais<br />
complexo. Na escala de proficiência o desenvolvimento destas habilidades está indica<strong>do</strong> pelo laranja-claro.<br />
estudantes com proficiência a partir de 275 pontos já consolidaram a habilidade de realizar inferências,<br />
pois, além das habilidades relacionadas aos níveis anteriores da escala, inferem informações em<br />
textos de vocabulário mais complexo e temática pouco familiar, valen<strong>do</strong>-se das pistas textuais, de<br />
sua experiência de mun<strong>do</strong> e de leitor e, ainda, de inferir o efeito de ironia em textos diversos, além<br />
de reconhecer o efeito <strong>do</strong> uso de recursos estilísticos. a consolidação das habilidades relacionadas<br />
a esta competência está indicada na escala de proficiência pela cor vermelha.<br />
identificA Gênero, função e destinAtÁrio de teXtos de diferentes Gêneros<br />
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />
a competência de identificar gênero, função ou destinatário de um texto envolve habilidades cujo desenvolvimento<br />
permite ao leitor uma participação mais ativa em situações sociais diversas, nas quais o texto escrito é utiliza<strong>do</strong> com<br />
funções comunicativas reais. essas habilidades vão desde a identificação da finalidade com que um texto foi produzi<strong>do</strong><br />
até a percepção de a quem ele se dirige. o nível de complexidade que esta competência pode apresentar dependerá<br />
da familiaridade <strong>do</strong> leitor com o gênero textual, portanto, quanto mais amplo for o repertório de gêneros de que o<br />
estudante dispuser, maiores suas possibilidades de perceber a finalidade <strong>do</strong>s textos que lê. É importante destacar que<br />
o repertório de gêneros textuais se amplia à medida que os estudantes têm possibilidades de participar de situações<br />
variadas, nas quais a leitura e a escrita tenham funções reais e atendam a propósitos comunicativos concretos.<br />
os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 100 pontos, ainda não desenvolveram<br />
as habilidades relacionadas a esta competência.<br />
estudantes que apresentam um nível de proficiência de 100 a 175 pontos identificam a finalidade de textos<br />
de gênero familiar como receitas culinárias, bilhetes, poesias. esta identificação pode se fazer em função<br />
da forma <strong>do</strong> texto, quan<strong>do</strong> ele se apresenta na forma estável em que o gênero geralmente se encontra<br />
em situações da vida cotidiana. por exemplo, no caso da receita culinária, quan<strong>do</strong> ela traz inicialmente<br />
os ingredientes, segui<strong>do</strong>s <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> de preparo <strong>do</strong>s mesmos. além de identificarem uma notícia. Na<br />
escala de proficiência esse início de desenvolvimento da competência está indica<strong>do</strong> pelo amarelo-claro.<br />
17
18<br />
aqueles estudantes com proficiência de 175 a 250 pontos identificam o gênero e o destinatário<br />
de textos de ampla circulação na sociedade, menos comuns no ambiente escolar, valen<strong>do</strong>-<br />
-se das pistas oferecidas pelo texto, tais como: o tipo de linguagem e o apelo que faz a seus<br />
leitores em potencial. Na escala de proficiência, a maior complexidade desta competência está<br />
indicada pelo amarelo-escuro.<br />
os estudantes que apresentam proficiência a partir de 250 pontos já consolidaram a competência<br />
de identificar gênero, função e destinatário de textos, ainda que estes se apresentem<br />
em gênero pouco familiar e com vocabulário mais complexo. esse fato está representa<strong>do</strong> na<br />
escala de proficiência pela cor vermelha.<br />
pROCessAmeNTO dO TeXTO<br />
Neste <strong>do</strong>mínio estão agrupadas competências cujo desenvolvimento tem início nas séries iniciais <strong>do</strong><br />
<strong>ensino</strong> <strong>Fundamental</strong>, progredin<strong>do</strong> em grau de complexidade até o final <strong>do</strong> <strong>ensino</strong> médio. para melhor<br />
compreendermos o desenvolvimento destas competências, precisamos lembrar que a avaliação tem<br />
como foco a leitura, não se fixan<strong>do</strong> em nenhum conteú<strong>do</strong> específico. Na verdade, diversos conteú<strong>do</strong>s<br />
trabalha<strong>do</strong>s no decorrer de to<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> de escolarização contribuem para o desenvolvimento das<br />
competências e habilidades associadas a este <strong>do</strong>mínio. chamamos de processamento <strong>do</strong> texto as<br />
estratégias utilizadas na sua constituição e sua utilização na e para a construção <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> texto.<br />
Neste <strong>do</strong>mínio, encontramos cinco competências, as quais serão detalhadas a seguir, consideran<strong>do</strong><br />
que as cores apresentadas na escala indicam o início <strong>do</strong> desenvolvimento da habilidade, as gradações<br />
de dificuldade e sua consequente consolidação.<br />
estABelece relAçÕes lÓGico-discursivAs entre pArtes de um teXto<br />
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />
a competência de estabelecer relações lógico-discursivas envolve habilidades necessárias para que o leitor<br />
estabeleça relações que contribuem para a continuidade, progressão <strong>do</strong> texto, garantin<strong>do</strong> sua coesão e coerência.<br />
essas habilidades relacionam-se, por exemplo, ao reconhecimento de relações semânticas indicadas<br />
por conjunções, preposições, advérbios ou verbos. ainda podemos indicar a capacidade de o estudante<br />
reconhecer as relações anafóricas marcadas pelos diversos tipos de pronome. o grau de complexidade<br />
das habilidades associadas a essa competência está diretamente associa<strong>do</strong> a <strong>do</strong>is fatores: a presença <strong>do</strong>s<br />
elementos linguísticos que estabelecem a relação e o posicionamento desses elementos dentro <strong>do</strong> texto,<br />
por exemplo, se um pronome está mais próximo ou mais distante <strong>do</strong> termo a que ele se refere.<br />
os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa cinza de 0 a 150 pontos ainda não desenvolveram<br />
as habilidades relacionadas a esta competência.<br />
os estudantes que se encontram no intervalo amarelo-claro, de 150 a 200, começam a desenvolver<br />
a habilidade de perceber relações de causa e consequência em texto não verbal e<br />
em texto com linguagem mista, além de perceberem aquelas relações expressas por meio de<br />
advérbios ou locuções adverbiais como, por exemplo, de tempo, lugar e mo<strong>do</strong>.
No intervalo de 200 a 250, indica<strong>do</strong> pelo amarelo-escuro, os estudantes já conseguem realizar<br />
tarefas mais complexas como estabelecer relações anafóricas por meio <strong>do</strong> uso de pronomes<br />
pessoais retos, e por meio de substituições lexicais. acrescente-se que já começam a estabelecer<br />
relações semânticas pelo uso de conjunções, como as comparativas.<br />
No laranja-claro, intervalo de 250 a 300 pontos na escala, os estudantes atingem um nível<br />
maior de abstração na construção <strong>do</strong>s elos que dão continuidade ao texto, pois reconhecem<br />
relações de causa e consequência sem que haja marcas textuais explícitas indican<strong>do</strong> esta<br />
relação semântica. esses estudantes também reconhecem, na estrutura textual, os termos<br />
retoma<strong>do</strong>s por pronomes pessoais oblíquos, por pronomes demonstrativos e possessivos.<br />
os estudantes com proficiência acima de 300 pontos na escala estabelecem relações lógico-<br />
-semânticas mais complexas, pelo uso de conectivos menos comuns ou mesmo pela ausência de<br />
conectores. a cor vermelha indica a consolidação das habilidades associadas a esta competência.<br />
É importante ressaltar que o trabalho com elementos de coesão e coerência <strong>do</strong> texto deve ser<br />
algo que promova a compreensão de que os elementos linguísticos que constroem uma estrutura<br />
sintática estabelecem entre si uma rede de senti<strong>do</strong>, o qual deve ser construí<strong>do</strong> pelo leitor.<br />
identificA elementos de um teXto nArrAtivo<br />
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />
os textos com sequências narrativas são os primeiros com os quais to<strong>do</strong>s nós entramos em contato<br />
e com os quais mantemos maior contato, tanto na oralidade quanto na escrita. daí, observarmos a<br />
consolidação das habilidades associadas a esta competência em níveis mais baixos da escala de proficiência,<br />
ao contrário <strong>do</strong> que foi visto na competência anterior. identificar os elementos estrutura<strong>do</strong>res<br />
de uma narrativa significa conseguir dizer onde, quan<strong>do</strong> e com quem os fatos ocorrem, bem como sob<br />
que ponto de vista a história é narrada. esta competência envolve, ainda, a habilidade de reconhecer<br />
o fato que deu origem à história (conflito ou fato gera<strong>do</strong>r), o clímax e o desfecho da narrativa. esses<br />
elementos dizem respeito tanto às narrativas literárias (contos, fábulas, crônicas, romances...) como a<br />
narrativas de caráter não literário, uma notícia, por exemplo.<br />
os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 150 pontos, ainda não desenvolveram<br />
as habilidades relacionadas a esta competência.<br />
os estudantes, cuja proficiência se encontra entre 150 e 175 pontos na escala, nível marca<strong>do</strong><br />
pelo amarelo-claro, estão começan<strong>do</strong> a desenvolver esta competência. esses estudantes<br />
identificam o fato gera<strong>do</strong>r de uma narrativa curta e simples, bem como reconhecem o espaço<br />
em que transcorrem os fatos narra<strong>do</strong>s.<br />
entre 175 e 200 pontos na escala, há um segun<strong>do</strong> nível de complexidade, marca<strong>do</strong> pelo amarelo-<br />
-escuro. Nesse nível, os estudantes reconhecem, por exemplo, a ordem em que os fatos são narra<strong>do</strong>s.<br />
a partir de 200 pontos, os estudantes agregam a esta competência mais duas habilidades: o<br />
reconhecimento da solução de conflitos e <strong>do</strong> tempo em que os fatos ocorrem. Nessa última habilidade,<br />
isso pode ocorrer sem que haja marcas explícitas, ou seja, pode ser necessário fazer uma<br />
inferência. a faixa vermelha indica a consolidação das habilidades envolvidas nesta competência.<br />
19
20<br />
estABelece relAçÕes entre teXtos<br />
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />
esta competência diz respeito ao estabelecimento de relações intertextuais, as quais podem ocorrer<br />
dentro de um texto ou entre textos diferentes. É importante lembrar, também, que a intertextualidade<br />
é um fator importante para o estabelecimento <strong>do</strong>s tipos e <strong>do</strong>s gêneros, na medida em que os relaciona<br />
e os distingue. as habilidades envolvidas nesta competência começam a ser desenvolvidas em níveis<br />
mais altos da escala de proficiência, revelan<strong>do</strong>, portanto, tratar-se de habilidades mais complexas, que<br />
exigem <strong>do</strong> leitor uma maior experiência de leitura.<br />
os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 225 pontos, ainda<br />
não desenvolveram as habilidades relacionadas a esta competência.<br />
os estudantes que se encontram entre 225 e 275 pontos na escala, marca<strong>do</strong> pelo<br />
amarelo-claro, começam a desenvolver as habilidades dessa competência. esses<br />
estudantes reconhecem diferenças e semelhanças no tratamento da<strong>do</strong> ao mesmo<br />
tema em textos distintos, além de identificar um tema comum na comparação entre<br />
diferentes textos informativos.<br />
o amarelo-escuro, 275 a 325 pontos, indica que os estudantes com uma proficiência<br />
que se encontra neste intervalo já conseguem realizar tarefas mais complexas ao<br />
comparar textos, como, por exemplo, reconhecer, na comparação entre textos, posições<br />
contrárias acerca de um determina<strong>do</strong> assunto.<br />
a partir de 325 pontos, temos o vermelho que indica a consolidação das habilidades<br />
relacionadas a esta competência. os estudantes que ultrapassam esse nível na escala<br />
de proficiência são considera<strong>do</strong>s leitores proficientes.<br />
distinGue posicionAmentos<br />
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />
distinguir posicionamentos está diretamente associa<strong>do</strong> a uma relação mais dinâmica entre o leitor e<br />
o texto.<br />
os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 200 pontos, ainda<br />
não desenvolveram as habilidades relacionadas a esta competência.<br />
esta competência começa a se desenvolver entre 200 e 225 pontos na escala de<br />
proficiência. os estudantes que se encontram no nível indica<strong>do</strong> pelo amarelo-claro<br />
distinguem fato de opinião em um texto narrativo, por exemplo.<br />
No amarelo-escuro, de 225 a 275 pontos, encontram-se os estudantes que já se relacionam<br />
com o texto de mo<strong>do</strong> mais avança<strong>do</strong>. Neste nível de proficiência, encontram-se<br />
as habilidades de identificar trechos de textos em que está expressa uma opinião e<br />
a tese de um texto.
o laranja-claro, 275 a 325 pontos, indica uma nova gradação de complexidade das<br />
habilidades associadas a essa competência. os estudantes cujo desempenho se localiza<br />
neste intervalo da escala de proficiência conseguem reconhecer, na comparação<br />
entre textos, posições contrárias acerca de um determina<strong>do</strong> assunto.<br />
o vermelho, acima <strong>do</strong> nível 325, indica a consolidação das habilidades envolvidas<br />
nesta competência.<br />
identificA mArcAs linGuísticAs<br />
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />
esta competência relaciona-se ao reconhecimento de que a língua não é imutável e faz parte <strong>do</strong> patrimônio<br />
social e cultural de uma sociedade. assim, identificar marcas linguísticas significa reconhecer<br />
as variações que uma língua apresenta, de acor<strong>do</strong> com as condições sociais, culturais, regionais e<br />
históricas em que é utilizada. esta competência envolve as habilidades de reconhecer, por exemplo,<br />
marcas de coloquialidade ou formalidade de uma forma linguística e identificar o locutor ou interlocutor<br />
por meio de marcas linguísticas.<br />
os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 125 pontos, ainda não desenvolveram<br />
as habilidades relacionadas a esta competência.<br />
os estudantes que se encontram no intervalo amarelo-claro, de 125 a 175 pontos na escala,<br />
começam a desenvolver essa competência ao reconhecer expressões próprias da oralidade.<br />
No intervalo de 175 a 225, amarelo-escuro, os estudantes já conseguem identificar marcas<br />
linguísticas que diferenciam o estilo de linguagem em textos de gêneros distintos.<br />
No intervalo de 225 a 275, laranja-claro, os estudantes apresentam a habilidade de reconhecer<br />
marcas de formalidade ou de regionalismos e aquelas que evidenciam o locutor de um texto<br />
expositivo.<br />
os estudantes que apresentam uma proficiência de 275 a 325 pontos, laranja-escuro, identificam<br />
marcas de coloquialidade que evidenciam o locutor e o interlocutor, as quais são indicadas<br />
por expressões idiomáticas.<br />
a faixa vermelha, a partir <strong>do</strong> nível 325 da escala de proficiência, indica a consolidação das<br />
habilidades associadas a esta competência. o desenvolvimento dessas habilidades é muito<br />
importante, pois implica a capacidade de realizar uma reflexão metalinguística.<br />
21
22<br />
Ler é uma atividade cognitiva, que<br />
exige operações mentais que vão além<br />
da decodificação. Para compreender<br />
um texto, é preciso associar várias<br />
informações, ou seja, ter uma postura<br />
de leitor ativo, capaz de mobilizar<br />
conhecimentos para construir o senti<strong>do</strong>.<br />
os resulta<strong>do</strong>s das avaliações externas em língua<br />
<strong>portuguesa</strong> apontam que, apesar da melhoria<br />
<strong>do</strong> desempenho <strong>do</strong>s alunos em leitura ao longo<br />
da última década, uma das dificuldades da escola<br />
brasileira que persiste é desenvolver habilidades de<br />
leitura para a plena participação social <strong>do</strong>s alunos.<br />
Segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sistema Nacional de avaliação<br />
da educação Básica (SaeB), em 2009, da amostra<br />
<strong>do</strong>s alunos avalia<strong>do</strong>s em língua <strong>portuguesa</strong>,<br />
apenas 34,2% e 26,3% apresentaram aprendiza<strong>do</strong><br />
adequa<strong>do</strong>, respectivamente, ao 5° e 9° <strong>ano</strong>s <strong>do</strong><br />
<strong>ensino</strong> <strong>Fundamental</strong>.<br />
apesar <strong>do</strong>s avanços, parcelas significativas <strong>do</strong><br />
aluna<strong>do</strong> permanecem em níveis de proficiência<br />
aquém <strong>do</strong>s espera<strong>do</strong>s para a série/<strong>ano</strong> ou idade.<br />
mas como as habilidades de leitura podem ser<br />
desenvolvidas? o que pode ser feito, no âmbito<br />
da escola e da sala de aula? essa reflexão exige,<br />
antes de tu<strong>do</strong>, que <strong>do</strong>centes e demais atores que<br />
como formAr um leitor proficiente?<br />
estão envolvi<strong>do</strong>s no processo educacional na escola<br />
tenham clareza <strong>do</strong> que é a leitura. assim, cabe<br />
perguntar: o que é ler?<br />
ao contrário <strong>do</strong> que se imagina, o ato de ler e compreender<br />
não se resume a passar os olhos pelas<br />
páginas de um livro ou um jornal. ler, no senti<strong>do</strong><br />
amplo, significa construir senti<strong>do</strong>. Quan<strong>do</strong> construímos<br />
senti<strong>do</strong> para o que lemos, então compreendemos.<br />
mais <strong>do</strong> que isso, é preciso ter em mente<br />
que ler é uma atividade complexa, pois o senti<strong>do</strong><br />
não está nas palavras e frases; não está da<strong>do</strong> no<br />
texto. Só é possível ler e compreender quan<strong>do</strong> os<br />
leitores relacionam as informações dadas com os<br />
conhecimentos que já têm armazena<strong>do</strong>s, fruto de<br />
suas vivências sociais, culturais e afetivas, resultantes<br />
de sua interação com o mun<strong>do</strong>.<br />
Sen<strong>do</strong> assim, ler é uma atividade cognitiva, que<br />
exige operações mentais que vão além da decodificação.<br />
para compreender um texto, é preciso associar<br />
várias informações, ou seja, ter uma postura<br />
de leitor ativo, capaz de mobilizar conhecimentos<br />
para construir o senti<strong>do</strong>.<br />
Mais além da superfície<br />
em qualquer tipo de texto, numa propaganda, por<br />
exemplo, sempre há várias pistas que nos conduzem<br />
ao senti<strong>do</strong>: o local onde ele é publica<strong>do</strong> ou<br />
veicula<strong>do</strong> (revista, tv, rádio etc.); a existência <strong>do</strong><br />
nome ou da logomarca da empresa responsável
pelo serviço ou produto oferta<strong>do</strong>. Se a empresa<br />
atua na região onde a propaganda é veiculada, a<br />
familiaridade das pessoas com seu nome ajuda na<br />
compreensão de que se trata de um anúncio – e<br />
não de uma matéria jornalística, por exemplo.<br />
além disso, em anúncios impressos é comum<br />
se relacionar o texto verbal a imagens, amplian<strong>do</strong><br />
os senti<strong>do</strong>s – desde que o leitor <strong>do</strong> anúncio<br />
tenha familiaridade com o repertório de imagens<br />
e situações apresentadas. ou seja, para compreender<br />
a mensagem, é preciso associar uma série<br />
de informações, nem sempre apresentadas de<br />
maneira explícita no texto.<br />
a compreensão de um texto como um to<strong>do</strong>, muitas<br />
vezes, ocorre rapidamente, assentan<strong>do</strong>-se<br />
não apenas na dimensão linguística (palavras<br />
e frases), mas na dimensão discursiva (os interlocutores,<br />
o meio de circulação e o objetivo<br />
<strong>do</strong> texto). esse é o movimento: associar o que o<br />
texto traz na sua superfície ao que já temos de<br />
conhecimento acumula<strong>do</strong>. essa associação é que<br />
produz o senti<strong>do</strong>. por isso, a linguista inge<strong>do</strong>re<br />
grunfeld villaça Koch afirma que a leitura é uma<br />
interação entre autor-texto-leitor.<br />
Sempre que se lê com compreensão – seja o texto<br />
verbal ou não – se está associan<strong>do</strong> informações<br />
dadas na superfície <strong>do</strong> texto com outras já armazenadas,<br />
oriundas das interações sociais: as<br />
pessoas conhecem dita<strong>do</strong>s populares, palavras<br />
e frases, músicas, poemas, conhecem diversos<br />
tipos de textos, estão ligadas a informações <strong>do</strong><br />
cotidi<strong>ano</strong>, conhecem ações típicas realizadas no<br />
dia a dia (pegar um ônibus, abrir a porta, encontrar<br />
com pessoas no eleva<strong>do</strong>r, pedir uma bebida num<br />
bar, chegar atrasa<strong>do</strong> a uma palestra). enfim, uma<br />
infinidade de conhecimentos científicos e vivências<br />
sociais, culturais, interpessoais acumula<strong>do</strong>s na<br />
memória e que são ativa<strong>do</strong>s pela leitura de um<br />
texto. por isso, alguns autores, muito apropriadamente,<br />
estabelecem uma metáfora para o texto: a<br />
metáfora <strong>do</strong> iceberg. um iceberg tem na superfície<br />
da água apenas uma pequena porcentagem de seu<br />
corpo, fican<strong>do</strong> imersa uma grande quantidade de<br />
massa de gelo. a parte de cima representa o texto,<br />
ou seja, as informações “dadas”. a parte “submersa”<br />
representa to<strong>do</strong> o conhecimento prévio<br />
acumula<strong>do</strong> na memória. a compreensão é fruto<br />
das relações estabelecidas entre as duas partes:<br />
a que emerge da superfície e a submersa.<br />
É importante que a escola amplie o conhecimento<br />
<strong>do</strong> aluno, colocan<strong>do</strong>-o em contato com diversos<br />
tipos de textos e materiais de comunicação, a fim<br />
de que ele amplie, cada vez mais, suas possibilidades<br />
de compreensão de textos e, como consequência,<br />
<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> que o cerca. cabe ao professor<br />
atuar em sala de aula no senti<strong>do</strong> de desenvolver,<br />
em seus alunos, habilidades de caráter inferencial,<br />
e não meramente de identificação de informações.<br />
dessa maneira, a escola enfoca os aspectos discursivos<br />
<strong>do</strong> texto, propician<strong>do</strong> ao aluno uma relação<br />
direta com a sociedade. para isso, é preciso que o<br />
trabalho escolar com a língua materna relacione<br />
o conhecimento discursivo, textual e linguístico,<br />
associan<strong>do</strong>-os às atividades de compreensão.<br />
esse tipo de trabalho, contu<strong>do</strong>, só é possível se<br />
houver uma preocupação e uma ênfase no letramento<br />
<strong>do</strong> professor: também ele deve ampliar seu<br />
conhecimento geral e especifico da área de conhecimento<br />
na qual atua. ademais, é fundamental que<br />
saibamos, com clareza, as estratégias necessárias<br />
para ensinar a ler.<br />
Caminhos para ensinar a ler<br />
existem alguns procedimentos, aponta<strong>do</strong>s em pesquisas,<br />
úteis para ampliar e fortalecer a capacidade<br />
de leitura <strong>do</strong>s alunos no contexto de um trabalho<br />
pedagógico sério e sistemático de investigação,<br />
análise e ação na escola, apresenta<strong>do</strong>s a seguir:<br />
1. como o conhecimento prévio é uma condição<br />
para que haja a compreensão, o ponto de partida é,<br />
justamente, expandir a visão de mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s alunos,<br />
suas vivências culturais, sociais e científicas. cabe<br />
à escola atuar em prol da ampliação <strong>do</strong> contato<br />
com as mais diversas formas de interação por<br />
meio da linguagem, estimulan<strong>do</strong> a interação das<br />
crianças e jovens com diversos textos e mídias.<br />
O professor desempenha um papel<br />
central ao promover a circulação<br />
<strong>do</strong> saber, conduzin<strong>do</strong> o trabalho<br />
de mo<strong>do</strong> a aguçar o interesse e<br />
a curiosidade <strong>do</strong>s alunos.<br />
23
24<br />
É importante que a escola amplie o<br />
conhecimento <strong>do</strong> aluno, colocan<strong>do</strong>-o<br />
em contato com diversos tipos de<br />
textos e materiais de comunicação,<br />
a fim de que ele amplie, cada<br />
vez mais, suas possibilidades de<br />
compreensão de textos e, como<br />
consequência, <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> que o cerca.<br />
os gêneros geralmente possuem um certo formato;<br />
então, quanto mais familiariza<strong>do</strong> com a<br />
diversidade deles, mais o aluno é capaz de reconhecer<br />
as regularidades textuais, auxilian<strong>do</strong>-o<br />
na compreensão. alargan<strong>do</strong> esse conhecimento,<br />
ampliam-se as possibilidades de compreensão.<br />
Nessa direção, as vivências extraescolares<br />
contribuirão sobremaneira para isso. ademais,<br />
a valorização da cultura da comunidade <strong>do</strong>s<br />
alunos é uma forma de aproximar a escola da<br />
realidade e vice-versa.<br />
2. cabe ao professor ativar to<strong>do</strong> conhecimento<br />
prévio <strong>do</strong> aluno sobre determina<strong>do</strong> tema, antes<br />
mesmo da leitura <strong>do</strong> texto. ou seja, é preciso fazer<br />
uma contextualização. Há algumas sugestões para<br />
ajudar nesse processo: apresentar, aos poucos,<br />
o título, a seção <strong>do</strong> jornal ou revista, o subtítulo.<br />
Neste momento, o professor pode, inclusive, antecipar<br />
o gênero textual que será li<strong>do</strong>, para que<br />
sejam lembradas também suas características.<br />
esse procedimento permite que o aluno mobilize<br />
uma série de conhecimentos, abrin<strong>do</strong>-se o caminho<br />
da compreensão: nessa antecipação são<br />
relembra<strong>do</strong>s vários acontecimentos e ocorrências,<br />
palavras, vivências, enfim, fundamentais no momento<br />
da leitura.<br />
3. outra dimensão é o acesso a materiais diversos<br />
e de qualidade – fundamental para que o aluno<br />
desenvolva seu senso crítico, sua capacidade de<br />
compreensão e abstração, além de habilidades<br />
mais sofisticadas. No entanto, de pouco vale o<br />
acesso a materiais de qualidade sem uma orientação<br />
adequada para as atividades. ou seja, o pro-<br />
fessor desempenha um papel central ao promover<br />
a circulação <strong>do</strong> saber, conduzin<strong>do</strong> o trabalho de<br />
mo<strong>do</strong> a aguçar o interesse e a curiosidade <strong>do</strong>s<br />
alunos, fazen<strong>do</strong>-os sanar suas próprias dúvidas.<br />
ele faz a mediação entre o aluno e o texto<br />
de forma experiente: ao mesmo tempo em que<br />
“conduz” a leitura, deixa que o aluno faça suas<br />
próprias descobertas, abrin<strong>do</strong> espaço para que<br />
o estudante dialogue com o texto de forma cada<br />
vez mais autônoma. essa tarefa não é fácil, mas<br />
como leitor maduro, o professor saberá interferir<br />
apenas quan<strong>do</strong> necessário.<br />
4. o professor pode, antes de ler o texto, pedir<br />
que os alunos formulem hipóteses. deve-se, nesse<br />
momento, ficar atento às pistas que emergem <strong>do</strong><br />
texto. para exemplificar, numa experiência realizada<br />
em sala de aula, foi solicita<strong>do</strong> aos alunos que<br />
formulassem algumas hipóteses a partir <strong>do</strong> título<br />
“Barbárie e cidadania”. inicialmente, os alunos<br />
disseram que poderiam aparecer palavras como<br />
sociedade, violência, convivência, polícia, escola,<br />
aprendizagem, dentre outras.<br />
como num jogo de adivinhação, foi dito à turma<br />
que o texto estava aloca<strong>do</strong> na seção esportiva<br />
de um jornal, o que levou à modificação <strong>do</strong> escopo<br />
das sugestões: os estudantes passaram a<br />
mencionar palavras relacionadas a esportes -<br />
futebol, violência entre torcidas, punições etc.<br />
em seguida, foi informa<strong>do</strong> que se tratava de texto<br />
<strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> argumentar, o que levou a formulação<br />
de hipóteses como: o autor vai defender a<br />
extinção das torcidas organizadas ou o autor vai<br />
sugerir formas de punir os torce<strong>do</strong>res que geram<br />
violência, dentre outras bastante plausíveis para<br />
o texto. essa capacidade de formular hipóteses<br />
facilita a leitura, pois ajuda a prever que tipo de<br />
informação pode aparecer no texto. desse mo<strong>do</strong>,<br />
o leitor processa a informação mais rapidamente,<br />
não se aten<strong>do</strong> ao visual, mas ao senti<strong>do</strong>.<br />
diante <strong>do</strong> texto, então, à medida que o aluno<br />
lê, vai testan<strong>do</strong>, aos poucos, suas hipóteses.<br />
Não é necessário “acertá-las”. contu<strong>do</strong>, o leitor<br />
maduro tem mais possibilidades de acertá-las,<br />
tamanho é o conhecimento que tem sobre o<br />
tema. Sua capacidade de prever é maior quan<strong>do</strong><br />
já conhece o gênero, o jornal, a posição política<br />
de um autor, o objetivo <strong>do</strong> texto etc. ao longo<br />
da leitura, é interessante que o leitor monitore<br />
sua compreensão, confirman<strong>do</strong> suas hipóteses<br />
ou reformulan<strong>do</strong>-as a cada momento em que
encontra informações inusitadas, não previamente<br />
reconhecidas.<br />
5. outro aspecto a se levar em conta é o fato de<br />
que a leitura torna-se mais proveitosa quan<strong>do</strong> o<br />
professor traça objetivos para ela.<br />
ao se estabelecer um objetivo, é possível focar<br />
determina<strong>do</strong>s aspectos de interesse para a atividade<br />
que realizada em sala de aula, ou para<br />
um projeto pedagógico em andamento na escola.<br />
a a<strong>do</strong>ção dessas estratégias favorece a leitura<br />
fluente e compreensão integral <strong>do</strong> texto. após<br />
a leitura propriamente dita, há duas estratégias<br />
que podem ser a<strong>do</strong>tadas: a construção de esquemas<br />
e a “reação” aos textos.<br />
1. a construção de esquemas envolve a percepção<br />
e a organização <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> apresenta<strong>do</strong>.<br />
assim, é possível elaborar uma lista <strong>do</strong>s tópicos<br />
e subtópicos cita<strong>do</strong>s no texto. No exemplo cita<strong>do</strong><br />
anteriormente (o texto argumentativo sobre<br />
esportes), os alunos perceberam que o autor<br />
apresentou um fato <strong>do</strong> cotidi<strong>ano</strong> (um confronto<br />
entre torce<strong>do</strong>res); em seguida, apresentaram algumas<br />
soluções propostas pelo senso comum<br />
para resolver o problema enfoca<strong>do</strong>. mais à frente,<br />
apresentaram sua própria solução para o problema<br />
(sua tese). em seguida, sustentaram sua<br />
proposta com comentários plausíveis em relação<br />
à sugestão feita. a utilização desse esquema favorece<br />
a internalização ao mesmo tempo em que<br />
tem uma compreensão global <strong>do</strong> texto.<br />
2. outra estratégia para a formação <strong>do</strong> leitor proficiente<br />
é o momento de reação frente ao texto. São<br />
inúmeras as reações que um texto pode provocar,<br />
fazen<strong>do</strong> com que as pessoas exercitem o senso<br />
de humor, a capacidade de argumentar, contra-<br />
-argumentar, de propor soluções, de comparar<br />
fatos. todas essas atividades fazem com que o<br />
aluno cresça intelectualmente.<br />
um gênero textual que focaliza essas reações e<br />
tem o objetivo de registrá-las é o chama<strong>do</strong> “diário<br />
de leitura”, pouco conheci<strong>do</strong> em escolas e universidades,<br />
mas bastante útil para que o leitor tenha<br />
uma atitude ativa e analítica diante da leitura. os<br />
exercícios de escrita no diário (<strong>ano</strong>tações que se<br />
faz durante e depois da leitura) proporcionam um<br />
movimento contínuo de reflexão, o que colabora<br />
para a formação <strong>do</strong> cidadão crítico e participativo<br />
que tanto enfatizamos na educação.<br />
em outras palavras, não basta escrever sobre o<br />
que foi li<strong>do</strong>: o aluno precisa, para além de descrever,<br />
analisar e avaliar o texto. de fato, é um<br />
instrumento que propicia ao aluno uma conscientização<br />
sobre seus processos de compreensão<br />
e de aprendizagem. ademais, permite que<br />
os professores detectem o esta<strong>do</strong> real de cada<br />
aluno em relação a esses processos, poden<strong>do</strong>,<br />
então, interferir de maneira mais eficaz no seu<br />
desenvolvimento.<br />
esse conjunto de estratégias evidencia que há uma<br />
constante necessidade de se retomar alguns princípios<br />
centrais e basilares sobre a leitura, referendan<strong>do</strong><br />
alguns conceitos talvez difusos em virtude<br />
<strong>do</strong> uso corrente no cotidi<strong>ano</strong> escolar.<br />
Da sala de aula para toda a escola<br />
em termos <strong>do</strong> processo pedagógico, a organização<br />
<strong>do</strong> currículo, somada à formação e qualificação<br />
<strong>do</strong>cente, são aspectos relevantes para a formação<br />
<strong>do</strong> leitor. afinal, a maneira como o currículo<br />
se estrutura pode favorecer uma percepção mais<br />
ampla <strong>do</strong>s processos sociais inerentes à leitura,<br />
favorecen<strong>do</strong> a aprendizagem. Nessa linha, o desenvolvimento<br />
de projetos pode dar bons resulta<strong>do</strong>s,<br />
na medida em que são desenvolvidas atividades<br />
socialmente relevantes e engajadas.<br />
ainda nessa direção, a interdisciplinaridade também<br />
contribui, pois promove uma integração<br />
temática e meto<strong>do</strong>lógica entre áreas <strong>do</strong> conhecimento,<br />
por meio de atividades conjuntas <strong>do</strong> corpo<br />
<strong>do</strong>cente, já que a leitura permeia todas as áreas<br />
<strong>do</strong> conhecimento.<br />
outro aspecto decorre da constatação que o desenvolvimento<br />
das habilidades de leitura é progressivo.<br />
assim, as crianças com dificuldades podem ser<br />
agrupadas em atividades extraclasse, a partir da<br />
verificação das habilidades não desenvolvidas, para<br />
um trabalho complementar a fim de avançar na<br />
direção <strong>do</strong> leitor proficiente.<br />
como se constata, muito já foi produzi<strong>do</strong> no campo<br />
<strong>do</strong> <strong>ensino</strong> de língua e já existe um corpo de conhecimento,<br />
produzi<strong>do</strong> inclusive a partir <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s<br />
das avaliações, que pode colaborar fortemente<br />
para a construção de uma escola de qualidade.<br />
25
26<br />
pAdrÕes de desempenHo estudAntil<br />
para uma escola ser considerada eficaz, ou seja, para<br />
fazer a diferença na vida de seus usuários, ela deve<br />
proporcionar altos padrões de aprendizagem a to<strong>do</strong>s, independente<br />
de suas características individuais, familiares e<br />
sociais. Se apenas um grupo privilegia<strong>do</strong> consegue aprender<br />
com suficiente qualidade o que é ensina<strong>do</strong>, aumentam-se<br />
as desigualdades intraescolares e, como consequência,<br />
elevam-se os indica<strong>do</strong>res de repetência, evasão e aban<strong>do</strong>no<br />
escolar. Na verdade, criam-se mais injustiças. esse é um<br />
cenário que, certamente, nenhum professor gostaria de<br />
ver em nenhuma escola.<br />
o desempenho escolar de qualidade implica, necessariamente,<br />
a realização <strong>do</strong>s objetivos de <strong>ensino</strong> propostos. os<br />
padrões de desempenho estudantil, nesse senti<strong>do</strong>, são<br />
baliza<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s diferentes graus de realização educacional<br />
alcança<strong>do</strong>s pela escola. por meio deles é possível<br />
analisar a distância de aprendizagem entre o percentual<br />
de estudantes que se encontra nos níveis mais altos de<br />
desempenho e aqueles que estão nos níveis mais baixos.<br />
a distância entre esses extremos representa, ainda que de<br />
forma alegórica, o abismo existente entre aqueles que têm<br />
grandes chances de sucesso escolar e, consequentemente,<br />
maiores possibilidades de acesso aos bens materiais,<br />
culturais e sociais; e aqueles para os quais o fracasso<br />
escolar e a exclusão social podem ser mera questão de<br />
tempo, caso a escola não reaja e promova ações com<br />
vistas à promoção da equidade. para cada padrão, são<br />
apresenta<strong>do</strong>s exemplos de item* <strong>do</strong> teste <strong>do</strong> SaeRJ.<br />
* o percentual de brancos e nulos não está contempla<strong>do</strong> nesses exemplos.
Leia o texto abaixo.<br />
LÁ VEM UM<br />
PREDADOR!<br />
PULE NA ÁGUA!<br />
ELE JÁ FOI<br />
EMBORA, MAMÃE? MAIS<br />
PODEMOS SAIR UM<br />
AGORA? MINUTINHO.<br />
OBRIGADA, SAMUEL.<br />
SÓ ASSIM PRO<br />
ANTONINHO<br />
TOMAR BANHO!<br />
Recreio. São Paulo: Abril, <strong>ano</strong> 10, n. 479, p. 24, 14 maio 2009. (P050619A9_SUP)<br />
(P050620A9) A intenção da mãe ao mandar Antoninho pular na água era<br />
A) afastá-lo <strong>do</strong> preda<strong>do</strong>r.<br />
B) escondê-lo <strong>do</strong> macaco.<br />
C) brincar com o filho.<br />
D) dar um banho no filho.<br />
BAIXO - Até 150 Pontos<br />
Neste padrão de desempenho, os alunos já consolidaram as habilidades relativas à apropriação <strong>do</strong> código e<br />
começam a desenvolver habilidades, ainda muito elementares, relativas à compreensão de textos.<br />
eles revelam ter desenvolvi<strong>do</strong> algumas habilidades indicativas da participação em eventos sociais e<br />
escolares de letramento. eles identificam a finalidade e o gênero de textos que circulam em contextos<br />
liga<strong>do</strong>s à vida cotidiana, como bilhetes, receitas e convites. Já conseguem, em textos simples, localizar<br />
informação explícita, identificar o assunto, poden<strong>do</strong>, também, reconhecer expressões próprias da<br />
linguagem coloquial.<br />
isso mostra que ainda não podem ser considera<strong>do</strong>s leitores autônomos, pois necessitam, para isso,<br />
desenvolver habilidades que lhes permitam interagir de mo<strong>do</strong> mais contextualiza<strong>do</strong>.<br />
A 9,0% B 6,9% C 6,4% D 75,9%<br />
a habilidade avaliada neste item é a de interpretar<br />
texto com auxílio de material gráfico diverso. o<br />
suporte emprega<strong>do</strong> neste item é uma tirinha que<br />
apresenta a conjugação de texto verbal e não verbal<br />
e na qual o efeito de humor é explora<strong>do</strong>.<br />
para realizar essa tarefa, os estudantes precisam<br />
ler to<strong>do</strong>s os quadros da tirinha para concluírem,<br />
na sequência das cenas, que a intenção da mãe<br />
de antoninho não era a de protegê-lo <strong>do</strong> preda<strong>do</strong>r,<br />
como mostra o primeiro quadrinho, mas sim<br />
dar-lhe um bom banho. intenção que se coloca<br />
apenas ao final.<br />
os estudantes que optaram pela letra d (75,9%), ou<br />
gabarito, demonstraram o <strong>do</strong>mínio da habilidade<br />
em questão, compreenden<strong>do</strong> a articiulação entre<br />
as cenas que compõem a sequência narrativa.<br />
aqueles que marcaram a alternativa a (9,0%)<br />
podem ter se vali<strong>do</strong> da leitura <strong>do</strong> primeiro quadrinho,<br />
pensan<strong>do</strong> que essa opção de resposta era<br />
a justificativa para a mãe <strong>do</strong> antoninho ter leva<strong>do</strong><br />
o filho para a água, desconsideran<strong>do</strong> as demais<br />
cenas.<br />
os estudantes que escolheram a opção B (6,9%),<br />
possivelmente, fizeram uma leitura superficial <strong>do</strong>s<br />
quadros, concluin<strong>do</strong> que o macaco era mesmo o<br />
preda<strong>do</strong>r e não um amigo brincalhão, cúmplice<br />
da mãe anta. de forma semelhante, aqueles que<br />
marcaram a letra c (6,4%) podem ter focaliza<strong>do</strong> sua<br />
atenção no segun<strong>do</strong> quadrinho, em que a mãe dá<br />
banho no filhote, cena que lembra uma brincadeira<br />
na água e que é muito apreciada pelas crianças.<br />
27
28<br />
Leia o texto abaixo.<br />
INTeRmedIáRIO - dE 150 Até 200 Pontos<br />
Neste padrão, manifestam-se habilidades que evidenciam uma maior autonomia de leitura de textos<br />
de alguns gêneros que circulam no contexto escolar e que apresentam temáticas familiares aos<br />
estudantes. Nota-se que, neste padrão, eles realizam operações relativas à inferência de senti<strong>do</strong><br />
de palavra ou expressão, de uso de pontuação, de informações em texto com estrutura simples e<br />
de efeitos de humor. também, identificam a finalidade de textos.<br />
Na apropriação de elementos que estruturam o texto, manifestam-se operações de retomada de<br />
informações por meio de pronomes pessoais retos, por substituição lexical e por reconhecimento<br />
de relações lógico-discursivas no texto, marcadas por advérbios e locuções adverbiais.<br />
constata-se, assim, que começam a desenvolver um leque habilidades que lhes permitirá avançar<br />
para um nível mais complexo de leitura.<br />
LÁ VEM UM<br />
PREDADOR!<br />
PULE NA ÁGUA!<br />
ELE JÁ FOI<br />
EMBORA, MAMÃE? MAIS<br />
PODEMOS SAIR UM<br />
AGORA? MINUTINHO.<br />
OBRIGADA, SAMUEL.<br />
SÓ ASSIM PRO<br />
ANTONINHO<br />
TOMAR BANHO!<br />
Recreio. São Paulo: Abril, <strong>ano</strong> 10, n. 479, p. 24, 14 maio 2009. (P050619A9_SUP)<br />
(P050619A9) Esse texto é engraça<strong>do</strong>, porque<br />
A) o preda<strong>do</strong>r queria pegar o filhote.<br />
B) o macaco fingiu que era preda<strong>do</strong>r.<br />
C) a mãe eng<strong>ano</strong>u o filhote para dar-lhe banho.<br />
D) a mãe fugiu com seu filhote para o lago.<br />
A 6,0% B 13,7% C 72,6% D 6,3%<br />
este item avalia a habilidade de identificar efeitos<br />
de humor no texto, que se apresenta nesse suporte<br />
por meio de uma tirinha, gênero que conjuga a<br />
linguagem verbal e não verbal.<br />
para responder corretamente a este item, os estudantes<br />
precisariam ler as cenas isoladamente,<br />
para perceberem que uma ação dá origem a outra<br />
e que a intenção <strong>do</strong> autor é produzir humor. essa<br />
intencionalidade aparece no terceiro quadrinho,<br />
quan<strong>do</strong> o leitor percebe que não havia nenhum<br />
preda<strong>do</strong>r, se tratava de uma estratégia da mãe<br />
para que seu filhote tomasse banho.<br />
os estudantes que marcaram a letra c (72,6%), o gabarito,<br />
demonstraram ter desenvolvi<strong>do</strong> a habilidade<br />
avaliada pelo item.<br />
os estudantes que marcaram a opção a (6,0%) podem<br />
ter se basea<strong>do</strong> nas informações <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is primeiros<br />
quadrinhos, que induzem o leitor a pensar na existência<br />
de um preda<strong>do</strong>r e na necessidade de fuga por<br />
parte <strong>do</strong>s outros animais. dessa forma, também,<br />
procederam os estudantes que escolheram a letra<br />
d (6,3%), pois, provavelmente, leram somente o primeiro<br />
quadro da tirinha, o que justifica a alternativa<br />
escolhida. em ambas as escolhas, esses estudantes<br />
distanciam-se da habilidade avaliada por pautarem-<br />
-se em partes <strong>do</strong> texto.<br />
aqueles estudantes que assinalaram a alternativa<br />
B (13,7%), possivelmente, focalizaram sua atenção<br />
no último quadrinho, desconsideran<strong>do</strong> a sequência<br />
narrativa. a imagem <strong>do</strong> macaco peralta, que circula<br />
em outras histórias provavelmente conhecidas pelo<br />
público infantil, associada ao agradecimento inicial<br />
presente na fala da mãe anta, pode ter pauta<strong>do</strong> a<br />
escolha desses estudantes.
Leia o texto abaixo.<br />
5<br />
10<br />
15<br />
VERDE<br />
No Nordeste brasileiro, as estações <strong>do</strong> <strong>ano</strong> são só duas: o inverno, de fevereiro a maio,<br />
é o tempo das chuvas; depois é o longo verão sem chuvas, de junho a janeiro.<br />
Em julho, a folha <strong>do</strong> mato começa a mudar. De agosto a setembro, as folhas secam e<br />
caem. De outubro em diante, o verde já desapareceu <strong>do</strong>s campos e das árvores. É só o<br />
chão ruivo e nu, as árvores de galhos secos parecem mortas. Verdes, só de longe em longe<br />
alguns juazeiros, que não perdem as folhas.<br />
A gente de lá a<strong>do</strong>ra o inverno, com suas águas, mas também gosta <strong>do</strong> tempo seco.<br />
Aquele sol de verão parece que purifica. Por ali não existem essas <strong>do</strong>enças <strong>do</strong>s climas<br />
úmi<strong>do</strong>s, como impaludismo, as feridas bravas, a sapiranga nos olhos, tantas outras. To<strong>do</strong><br />
mun<strong>do</strong> colheu e guar<strong>do</strong>u o milho e o feijão. Ten<strong>do</strong> mais uma cabra para dar leite às crianças,<br />
as galinhas no quintal, mandioca para fazer farinha, os sertanejos acham que é uma boa<br />
vida.<br />
Assim mesmo, a terra seca <strong>do</strong> verão não deixa de ser triste e até feia. Mas então, por fins<br />
de janeiro, começo de fevereiro, de repente, dá uma grande chuva, passa um dia e uma noite<br />
choven<strong>do</strong>. E, na manhã seguinte, quan<strong>do</strong> a gente se levanta, descobre um milagre.<br />
O chão, as moitas, as árvores – está tu<strong>do</strong> coberto de verde! Os galhos secos se encheram<br />
de rebentos verdes, e a terra está feito um tapete cerra<strong>do</strong> de brotos verdes que o povo<br />
chama babugem.<br />
O sertão ressuscita, vesti<strong>do</strong> de verde, e é a coisa mais linda <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.<br />
(P050213A9) Qual é o assunto desse texto?<br />
A) As águas <strong>do</strong> inverno.<br />
B) As <strong>do</strong>enças <strong>do</strong>s climas úmi<strong>do</strong>s.<br />
C) O clima <strong>do</strong> Nordeste.<br />
D) O povo brasileiro.<br />
este item avalia a habilidade de identificar o tema<br />
de um texto. para tanto, o suporte apresenta um<br />
fragmento <strong>do</strong> romance de Rachel de Queiroz. a linguagem<br />
em prosa poética, de vocabulário próprio da<br />
região Nordeste, pode ter se constituí<strong>do</strong> em elemento<br />
dificulta<strong>do</strong>r para a realização da tarefa.<br />
para responderem a este item, os estudantes<br />
precisam ler o texto na íntegra, articulan<strong>do</strong> suas<br />
partes, a fim de identificarem o eixo sobre o qual<br />
o texto se estrutura.<br />
os estudantes que optaram pela letra c (52,5%),<br />
o gabarito, demonstraram ter consegui<strong>do</strong> estabelecer<br />
relação entre o título “veRde” e as<br />
informações que permitem reconhecer o clima<br />
como ponto central das discussões apresentadas<br />
no texto.<br />
QUEIROZ, Rachel de. Memórias de Menina. Rio de Janeiro: José Olympio, 2006. (P050213A9_SUP)<br />
A 21,8% B 12,1% C 52,5% D 12,4%<br />
os estudantes que marcaram a alternativa a (21,8%)<br />
podem ter li<strong>do</strong> superficialmente o primeiro ou o terceiro<br />
parágrafos <strong>do</strong> texto, que fazem referência às<br />
estações <strong>do</strong> <strong>ano</strong> no nordeste brasileiro e focaliza<strong>do</strong> a<br />
atenção na palavra “chuvas” que, repetida nesses trechos,<br />
remeteu-os à ideia contemplada na alternativa.<br />
o mesmo pode ter ocorri<strong>do</strong> com os estudantes que<br />
optaram pela letra d (12,4%) e que, possivelmente, o<br />
fizeram porque a palavra “brasileiro” aparece tanto<br />
no início <strong>do</strong> texto quanto na alternativa escolhida.<br />
ambas as escolhas apontam para uma apropriação<br />
fragmentada <strong>do</strong> texto.<br />
essa mesma linha de raciocínio pode ter ocorri<strong>do</strong><br />
entre os que optaram pela letra B (12,1%), sen<strong>do</strong><br />
que, nesse caso, sustentaram a escolha nas informações<br />
sobre o cotidi<strong>ano</strong> <strong>do</strong>s nordestinos, que<br />
aparecem no terceiro parágrafo.<br />
29
30<br />
Leia o texto abaixo.<br />
(P050268EX) Segun<strong>do</strong> esse texto, o que são os “tesouros <strong>do</strong> impera<strong>do</strong>r”?<br />
A) Cidades.<br />
B) Fotografias.<br />
C) Livros.<br />
D) Novidades tecnológicas.<br />
este item avalia a habilidade de inferir informação<br />
implícita em um texto. Nesse caso, o suporte <strong>do</strong><br />
item é uma reportagem que apresenta informações<br />
acerca da admiração de <strong>do</strong>m pedro ii pela<br />
fotografia, sen<strong>do</strong> ilustra<strong>do</strong> por algumas fotografias<br />
<strong>do</strong> acervo <strong>do</strong> impera<strong>do</strong>r.<br />
essa habilidade solicita que os estudantes busquem<br />
informações que vão além <strong>do</strong> que está explícito e, à<br />
medida que atribuam senti<strong>do</strong> ao que está enuncia<strong>do</strong><br />
no texto, deduzam o que lhes foi solicita<strong>do</strong>. ao realizar<br />
esse movimento, são estabelecidas relações<br />
entre o texto e o seu contexto pessoal.<br />
Neste item, os estudantes precisam perceber que algumas<br />
das alternativas propostas se encontram no<br />
texto, outras remetem à relação <strong>do</strong> impera<strong>do</strong>r com<br />
o mun<strong>do</strong> da fotografia, mas só uma responde ao coman<strong>do</strong>.<br />
dessa forma, os estudantes que marcaram a<br />
letra B (62,2%) realizaram as inferências necessárias e<br />
perceberam que o título classifica as fotografias como<br />
“tesouros <strong>do</strong> impera<strong>do</strong>r”. portanto, identificaram o<br />
gabarito e demonstraram que <strong>do</strong>minam a habilidade<br />
(P050268EX_SUP)<br />
A 11,1% B 62,2% C 11,5% D 13,7%<br />
avaliada, ao buscarem, nas entrelinhas <strong>do</strong> texto, os<br />
da<strong>do</strong>s que justificam essa resposta.<br />
ao escolherem a letra a (11,1%), os estudantes,<br />
possivelmente, focalizaram sua atenção na<br />
informação que aparece ao final <strong>do</strong> texto sobre<br />
as cidades que o impera<strong>do</strong>r visitava, e não sobre<br />
as imagens que ele colecionava desses lugares.<br />
com essa escolha, os estudantes afastaram-se<br />
da habilidade avaliada quan<strong>do</strong> se valeram de uma<br />
informação explícita no texto, que não responde<br />
ao coman<strong>do</strong> <strong>do</strong> item.<br />
os estudantes que marcaram a alternativa c (11,5%)<br />
podem ter feito uma leitura superficial <strong>do</strong> texto até a<br />
segunda linha, deduzin<strong>do</strong> que o aparecimento <strong>do</strong> nome<br />
Biblioteca Nacional indica que a resposta certa é livRoS,<br />
desconsideran<strong>do</strong> as demais informações apresentadas<br />
no texto, que possibilitariam a inferência da resposta.<br />
Já aqueles estudantes que optaram pela letra d<br />
(13,7%), provavelmente, consideraram-na correta,<br />
porque se basearam na informação que aparece no<br />
início <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> parágrafo, distancian<strong>do</strong>-se, dessa<br />
forma, <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> atribuí<strong>do</strong> a “tesouros” nesse texto.
Leia o texto abaixo.<br />
5<br />
10<br />
Cuida<strong>do</strong> com o peso!<br />
As crianças têm anda<strong>do</strong> curvadas para a escola por causa <strong>do</strong> peso das mochilas imensas?<br />
Elas não deveriam passar por isso. Nem você. Veja como prevenir <strong>do</strong>res e lesões.<br />
Torne as mochilas mais leves. Não carregue mais de 25% <strong>do</strong> seu peso numa mochila,<br />
que deve ficar bem ajustada às costas para não balançar. Carregar 11 quilos pode cortar o<br />
fluxo sanguíneo para os braços depois de apenas 10 minutos, causan<strong>do</strong> cansaço e perda<br />
de mobilidade <strong>do</strong>s de<strong>do</strong>s.<br />
Mantenha o objeto próximo <strong>do</strong> seu corpo, especialmente enquanto se agacha e se ergue,<br />
diz o Dr. Kevin Gill, <strong>do</strong> Centro de estu<strong>do</strong>s sobre a Coluna, da Universidade <strong>do</strong> Texas, nos<br />
EUA. E evite os suportes lombares (usa<strong>do</strong>s frequentemente por pessoas que carregam muito<br />
peso). Um estu<strong>do</strong> recente mostrou que esses equipamentos não previnem a <strong>do</strong>r lombar.<br />
(P050509B1) A finalidade desse texto é<br />
A) divulgar um produto.<br />
B) divulgar uma pesquisa.<br />
C) fazer um alerta.<br />
D) narrar um fato.<br />
a habilidade avaliada por este item é a de identificar<br />
a finalidade de textos de diferentes gêneros.<br />
o gênero textual presente nesse suporte é uma reportagem<br />
que faz um alerta em relação ao peso carrega<strong>do</strong><br />
pelas crianças em suas mochilas escolares.<br />
a resolução deste item passa pelo reconhecimento,<br />
por parte <strong>do</strong>s estudantes, das características<br />
<strong>do</strong> suporte como o meio de divulgação <strong>do</strong> texto,<br />
<strong>do</strong> assunto aborda<strong>do</strong> no texto, da presença pre<strong>do</strong>minante<br />
da função injuntiva da linguagem e<br />
das informações baseadas na opinião de um especialista<br />
<strong>do</strong> assunto aborda<strong>do</strong>, inferin<strong>do</strong> tratar-<br />
-se de uma reportagem que visa a alertar sobre<br />
determinada conduta prejudicial.<br />
assim, os estudantes precisam perceber, através<br />
da leitura, o objetivo <strong>do</strong> texto, ou seja, o alerta aos<br />
usuários de mochila com excesso de peso. ao relacionarem<br />
as opções de resposta às informações<br />
trazidas pelo texto, os estudantes demonstram<br />
entendimento <strong>do</strong> tema central.<br />
os estudantes que marcaram a alternativa correta,<br />
letra c (53,5%), demonstraram ter <strong>do</strong>mínio<br />
da habilidade avaliada pelo item.<br />
Seleções Reader’s Digest. jan. 2009. p. 40. (P050509B1_SUP)<br />
A 15,4% B 20,3% C 53,5% D 9,4%<br />
os estudantes que escolheram a letra a (15,4%)<br />
podem ter reconheci<strong>do</strong>, no gênero, linguagem semelhante<br />
àquelas utilizadas em textos para lançamento<br />
de produtos no merca<strong>do</strong>. essa escolha<br />
afasta-se da habilidade avaliada no item, por ser o<br />
procedimento de enumerar desvantagens de um<br />
produto – atitude que não é comum no processo<br />
de divulgação de uma merca<strong>do</strong>ria.<br />
os estudantes que marcaram a alternativa B (20,3%),<br />
possivelmente, realizaram uma leitura superficial <strong>do</strong><br />
texto, consideran<strong>do</strong> somente os da<strong>do</strong>s numéricos<br />
da reportagem e o comentário feito na última linha<br />
sobre “um estu<strong>do</strong> recente”, deduzin<strong>do</strong> que esse<br />
estu<strong>do</strong> pode ser compreendi<strong>do</strong> como uma pesquisa.<br />
essa opção afasta-se da habilidade avaliada por<br />
pautar-se num fragmento <strong>do</strong> texto.<br />
aqueles estudantes que marcaram a letra d (9,4%),<br />
provavelmente, confundiram a característica que<br />
sustenta um texto <strong>do</strong> gênero informativo, que compõe<br />
uma reportagem, com os elementos de uma<br />
narrativa. essa marcação se afasta da habilidade<br />
avaliada, por demonstrar que esses estudantes,<br />
ainda, não conseguem diferenciar a narrativa de<br />
um acontecimento específico de uma apresentação<br />
de da<strong>do</strong>s informativos.<br />
31
32<br />
Leia o texto abaixo.<br />
Laerte. Folhinha. Sába<strong>do</strong>, 2 abr. 2011. (P051064RJ_SUP)<br />
(P051064RJ) Por que a bruxa queria transformar a an<strong>do</strong>rinha em pássaro?<br />
A) Porque a bruxa era malvada.<br />
B) Porque a bruxa queria assustar o animal.<br />
C) Porque a bruxa queria se divertir.<br />
D) Porque a bruxa sabia apenas um truque.<br />
A 18,0% B 16,9% C 7,5% D 56,1%<br />
este item avalia a habilidade de interpretar texto<br />
com auxílio de material gráfico diverso. Nesse<br />
caso, trata-se de uma história em quadrinhos,<br />
apresentada em seis cenas.<br />
para resolver este item, os estudantes devem realizar<br />
a conjugação de elementos imagéticos (não verbais)<br />
com as falas <strong>do</strong>s balões para a construção <strong>do</strong> senti<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> texto. dessa forma, precisam ler a história, atentos<br />
às informações apresentadas na sequência narrativa,<br />
para conseguirem compreender a explicação na fala<br />
da bruxa, na última cena.<br />
os estudantes que marcaram a alternativa d (56,1%),<br />
o gabarito, leram a história com compreensão, relacionan<strong>do</strong><br />
suas cenas, articulan<strong>do</strong> seus elementos e<br />
concluin<strong>do</strong> que a bruxa desejava transformar o passarinho<br />
em passarinho mesmo, porque era a única<br />
mágica que realmente sabia fazer.<br />
os estudantes que escolheram a letra a (18,0%)<br />
podem ter associa<strong>do</strong> essa alternativa à ideia de<br />
que as bruxas são personagens de natureza má<br />
e à leitura <strong>do</strong>s quatro primeiros quadrinhos, nos<br />
quais permanece implícita a intenção da feiticeira.<br />
aqueles estudantes que optaram pela letra B<br />
(16,9%) podem tê-lo feito basea<strong>do</strong>s nas falas da<br />
bruxa até a quarta cena, em que ela assusta o<br />
passarinho com suas ameaças de transformação,<br />
assim como pela negativa insistente da an<strong>do</strong>rinha<br />
<strong>do</strong> segun<strong>do</strong> ao quarto quadrinhos.<br />
os outros 7,5% de estudantes que escolheram<br />
a alternativa c, possivelmente, interpretaram<br />
que a bruxa não era má, mas sim brincalhona.<br />
essa escolha afasta-se da habilidade avaliada<br />
por não se sustentar nas falas apresentadas na<br />
sequência narrativa.
os estudantes cujas médias de proficiência estão situadas neste padrão de desempenho ampliam<br />
suas habilidades de leitura, sen<strong>do</strong> capazes de interagir com textos de temática menos familiar e de<br />
estrutura um pouco mais complexa.<br />
No que diz respeito à percepção de posicionamentos no texto, esses estudantes conseguem distinguir<br />
fato de opinião e identificar a tese e os argumentos que a defende.<br />
Na apropriação de elementos que estruturam o texto, manifestam operações de retomada de informações<br />
por meio de pronomes pessoais e, também, de indefini<strong>do</strong>s, por substituição lexical e por reconhecimento<br />
de relações lógico-discursivas no texto, marcadas por advérbios e locuções adverbiais e por marca<strong>do</strong>res<br />
de causa e consequência.<br />
No que diz respeito ao tratamento das informações globais, esses estudantes inferem o assunto de<br />
textos de temática <strong>do</strong> cotidi<strong>ano</strong>.<br />
Revelam a capacidade de selecionar informações <strong>do</strong> texto, distinguin<strong>do</strong> a principal das secundárias.<br />
No campo da variação linguística, identificam interlocutores por meio das marcas linguísticas.<br />
com relação às operações inferenciais, eles depreendem informações implícitas, o senti<strong>do</strong> de palavras<br />
ou expressões, o efeito <strong>do</strong> uso da pontuação e de situações de humor. além disso, reconhecem o efeito<br />
de senti<strong>do</strong> de notações em um texto de linguagem mista.<br />
Leia o texto abaixo.<br />
A galinha <strong>do</strong>s ovos de ouro<br />
Uma pessoa tinha uma galinha que punha ovos de ouro. Cren<strong>do</strong> que ela tinha dentro <strong>do</strong> ventre<br />
um monte de ouro, matou-a e viu que ela era igual às outras galinhas. Na esperança de encontrar<br />
toda a riqueza de uma só vez, ficou privada até de um pequeno ganho.<br />
(P030032A8) Essa história ensina que<br />
A) a esperança dá riqueza às pessoas.<br />
B) as galinhas colocam ovos de ouro.<br />
C) devagar se vai longe.<br />
D) quem tu<strong>do</strong> quer tu<strong>do</strong> perde.<br />
este item avalia a habilidade de inferir uma informação<br />
implícita em um texto, que, no caso desse<br />
suporte, é apresenta<strong>do</strong> por meio de uma fábula de<br />
esopo. esse gênero textual é amplamente utiliza<strong>do</strong><br />
no ambiente escolar, deven<strong>do</strong>, portanto, ser familiar<br />
aos estudantes desta etapa de escolarização.<br />
a fábula possui características discursivas de uma<br />
narrativa literária linear que, geralmente, apresenta<br />
animais protagonizan<strong>do</strong> a história (como nesse caso,<br />
uma galinha) e, após o desfecho, é apresentada uma<br />
moral, que, em geral, transmite um ensinamento.<br />
para realizar essa tarefa, os estudantes precisam ler<br />
o texto na íntegra, atentos à sequência apresentada,<br />
assim como às alternativas propostas, relacionan<strong>do</strong>-as<br />
aos seus conhecimentos anteriores, para que,<br />
a partir das hipóteses levantadas acerca da moral<br />
da história, possam realizar uma inferência.<br />
os estudantes que marcaram a letra d (35,1%), o<br />
gabarito, demonstraram ter desenvolvi<strong>do</strong> a habilidade<br />
avaliada pelo item.<br />
AdeqUAdO - dE 200 Até 250 Pontos<br />
Esopo. Fábulas completas. Trad. Neide Smolka. São Paulo: Moderna, 1998. (P030032A8_SUP)<br />
A 21,2% B 27,3% C 15,0% D 35,1%<br />
os estudantes que escolheram a alternativa<br />
a (21,2%), possivelmente, fizeram uma leitura<br />
fragmentada <strong>do</strong> texto, pautan<strong>do</strong>-se nas informações<br />
da última frase <strong>do</strong> mesmo. aqueles<br />
estudantes que optaram pela letra B (27,3%),<br />
provavelmente, seguiram a mesma linha de<br />
raciocínio, limitan<strong>do</strong>-se à leitura da primeira<br />
frase <strong>do</strong> texto. as duas escolhas afastam-se da<br />
habilidade avaliada, uma vez que a realização de<br />
uma inferência, além de requerer uma compreensão<br />
global <strong>do</strong> texto, geralmente, não aparece<br />
de forma explícita.<br />
os demais estudantes marcaram a opção c<br />
(15,0%) e, provavelmente, atentaram-se especificamente<br />
ao trecho “pequeno ganho”, desconsideran<strong>do</strong><br />
os demais trechos <strong>do</strong> texto, inferin<strong>do</strong><br />
que a riqueza <strong>do</strong> possui<strong>do</strong>r da galinha se daria<br />
aos poucos, mas estaria garantida a longo prazo,<br />
demonstran<strong>do</strong>, dessa forma, que não compreenderam<br />
a narrativa.<br />
33
34<br />
Leia o texto abaixo.<br />
este item avalia a habilidade de identificar os elementos<br />
que constroem a narrativa.<br />
o suporte apresenta fragmento de um conto de<br />
linguagem simples, que trata de fatos <strong>do</strong> cotidi<strong>ano</strong><br />
em discurso indireto, na primeira pessoa <strong>do</strong><br />
singular – características que permitem ao leitor<br />
reconhecer pistas textuais que o levam a concluir<br />
quem é o narra<strong>do</strong>r <strong>do</strong> texto.<br />
para responderem ao item, os estudantes deveriam<br />
acionar o conhecimento de que o narra<strong>do</strong>r é quem<br />
conta a história e, ao lerem o texto, atentar-se<br />
para as informações apresentadas no decorrer<br />
da narrativa, refletin<strong>do</strong> sobre as colocações que<br />
permitem pensar no narra<strong>do</strong>r como um <strong>do</strong>s elementos<br />
que compõem esse gênero textual.<br />
os estudantes que marcaram a letra c (45,9%), o<br />
gabarito, fizeram uma leitura com compreensão<br />
<strong>do</strong> texto e perceberam, pelas pistas textuais – o<br />
título, a narrativa em primeira pessoa, as referên-<br />
Irmão de enxurrada<br />
Fico lembran<strong>do</strong> dele espernean<strong>do</strong> no berço. Ele era uma coisica ainda mais estranha <strong>do</strong> que<br />
é hoje. Não, muito mais estranha: hoje ele é gente, fala, acha coisas sobre mim, sobre os outros<br />
irmãos, sobre a <strong>do</strong>na da padaria. Antes ele era... um...um montinho que se mexia também<br />
estranhamente. Eu ficava horas olhan<strong>do</strong> para ele.<br />
[...] Teve um tempo em que ele engatinhava. Rodava pela casa toda, gugu pra cá, dadá pra<br />
lá, passan<strong>do</strong> debaixo <strong>do</strong>s móveis, debaixo das pernas da gente – um saco!<br />
[...] E um dia que ele engoliu a cabeça de um bonequinho <strong>do</strong> “Forte Apache”? Ou foi o rabinho<br />
de um cavalo? Não lembro exatamente o que foi que ele engoliu, mas lembro <strong>do</strong> problemão que<br />
foi. [...] Minha mãe veio corren<strong>do</strong>, porque eu gritei <strong>do</strong> meu quarto...<br />
CISALPINO, Murilo. In: Ricar<strong>do</strong> Ramos. Irmão mais velho, irmão mais novo. São Paulo: Atual,1992. p. 64-71. (P050086EX_SUP)<br />
(P050086EX) Nesse texto, o narra<strong>do</strong>r é<br />
A) a <strong>do</strong>na da padaria.<br />
B) a mãe <strong>do</strong> bebê.<br />
C) o irmão mais velho.<br />
D) o pequeno bebê.<br />
A 18,1% B 18,6% C 45,9% D 15,9%<br />
cias sobre o estranhamento em relação ao bebê<br />
– que se tratava <strong>do</strong> irmão mais velho descreven<strong>do</strong><br />
o mais novo.<br />
os estudantes que escolheram as alternativas<br />
a (18,1%) e B (18,6%), possivelmente, em razão<br />
de ainda não <strong>do</strong>minarem a habilidade de identificar<br />
os elementos que compõem uma narrativa<br />
e, esperan<strong>do</strong> encontrar um narra<strong>do</strong>r com nome,<br />
focalizaram sua atenção em substantivos como<br />
“mãe” e “<strong>do</strong>na da padaria” e não perceberam que<br />
o narra<strong>do</strong>r, que se manifesta na primeira pessoa<br />
<strong>do</strong> singular em discurso indireto, era o irmão.<br />
uma percepção fragmentada <strong>do</strong> texto pode ser<br />
percebida na escolha daqueles estudantes que<br />
marcaram a letra d (15,9%), pois, provavelmente,<br />
confundiram o narra<strong>do</strong>r com a personagem que<br />
dá encadeamento à narrativa, ou seja, o irmão<br />
mais novo. essa marcação afasta-se da habilidade<br />
avaliada, uma vez que se pauta em passagens<br />
específicas <strong>do</strong> texto.
Leia o texto abaixo.<br />
Pico da Neblina, Monte Pascoal, De<strong>do</strong> de Deus, Pico das Agulhas Negras... São muitos os<br />
nomes das montanhas. Estas que citamos são apenas uma amostra das mais famosas que<br />
estão espalhadas pelo Brasil.<br />
Os nomes da<strong>do</strong>s aos elementos da paisagem tinham função semelhante à de um mapa:<br />
serviam para indicar rotas de caça, de água, de tipos de alimentos ou mesmo de abrigos<br />
referentes aos lugares por onde precisariam tornar a passar.<br />
FARIA, Antonio Paulo. Ciência Hoje. 2 ed, n. 180, p. 07, jul. 2007. Fragmento. (P050107EX_SUP)<br />
(P050107EX) Na primeira linha, as reticências (...) foram usadas para<br />
A) citar uma montanha que é a mais famosa de todas.<br />
B) destacar algumas montanhas que o autor prefere.<br />
C) indicar que há outras montanhas além daquelas citadas.<br />
D) iniciar uma explicação ao leitor sobre as montanhas.<br />
A 28,5% B 17,0% C 36,5% D 16,4%<br />
este item avalia a habilidade de reconhecer<br />
efeito de senti<strong>do</strong> decorrente <strong>do</strong> uso da pontuação.<br />
Nesse caso, o suporte apresenta<strong>do</strong> é<br />
o fragmento de um texto informativo que traz<br />
uma curiosidade acerca das montanhas brasileiras,<br />
edita<strong>do</strong> em veículo de comunicação,<br />
que tem como foco esse tipo de informação.<br />
para responder a este item, os estudantes<br />
precisam ler o texto, atentos ao seu conteú<strong>do</strong>,<br />
para entenderem que a intenção <strong>do</strong> autor não<br />
é falar de cada montanha nem de seu nome<br />
isoladamente, mas sim abordar o assunto de<br />
mo<strong>do</strong> mais abrangente. dessa forma, o uso de<br />
reticências, no texto em questão, tem a função<br />
de indicar que existem outros nomes de montanhas<br />
que não precisam ser citadas, apenas<br />
aponta-se a continuidade da sequência de seus<br />
nomes com o emprego das reticências.<br />
os estudantes que marcaram a letra c (36,5%),<br />
o gabarito, demonstraram ter desenvolvi<strong>do</strong> a<br />
habilidade avaliada pelo item.<br />
os estudantes que escolheram a alternativa<br />
a (28,5%) se afastaram da habilidade avaliada<br />
por demonstrarem que não compreenderam<br />
o uso das reticências, uma vez que essas não<br />
são usadas para citar um elemento. talvez<br />
esses estudantes tenham pauta<strong>do</strong> sua escolha<br />
na ideia de que o autor poderia escrever<br />
o nome de uma montanha em especial,<br />
desconsideran<strong>do</strong>, dessa forma, a frase que<br />
aparece na sequência das reticências, que<br />
sintetiza a intencionalidade <strong>do</strong> autor ao citar<br />
o nome de quatro montanhas.<br />
os que optaram pela alternativa B (17,0%)<br />
podem ter interpreta<strong>do</strong> que o autor, ao usar<br />
as reticências, quis realçar o nome das montanhas<br />
preferidas. Nesse caso, identificaram<br />
umas das funções de uso desse sinal de pontuação.<br />
No entanto, essa escolha não atende<br />
a habilidade avaliada no contexto.<br />
a escolha pela alternativa d (16,4%) pode ter<br />
si<strong>do</strong> efetivada em função da presença de uma<br />
frase posterior que se refere às montanhas (“...<br />
São muitoS oS NomeS daS moNtaNHaS”).<br />
essa opção afasta-se da habilidade avaliada,<br />
porque apresenta uma articulação posterior ao<br />
uso da pontuação, sem considerar a relação<br />
entre a primeira e a segunda frase.<br />
35
36<br />
Leia o texto abaixo.<br />
5<br />
10<br />
15<br />
O JUIZ<br />
Houve uma reunião <strong>do</strong> Moreirão e <strong>do</strong> Moreirinha comigo e com o Orlandinho, três dias<br />
antes <strong>do</strong> jogo, para tratar de um assunto importante. Quem seria o juiz? Quem apitava<br />
os jogos <strong>do</strong> Universal, normalmente era o seu Bruno, da farmácia. Mas o seu Bruno da<br />
farmácia não era de confiança. Às vezes se distraía, uma vez saíra no meio <strong>do</strong> jogo, dizen<strong>do</strong><br />
“Continuem, continuem”, para ir à farmácia dar uma injeção, e confessava que não gostava<br />
de marcar pênalti. “Não sou de dar pênalti”, dizia, como se fosse uma prova de bom caráter.<br />
Dava injeção sem dó, mas não dava pênalti. O seu Bruno da farmácia não servia.<br />
Propus o coronel Demétrio que gostava de assistir aos jogos no campinho, parecia<br />
conhecer as regras de futebol e, como militar, imporia respeito <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is la<strong>do</strong>s.<br />
– O quê?! – disse o Moreirão. – O coronel Demétrio mal pode caminhar!<br />
– Ele não precisa se mexer muito.<br />
– Duvi<strong>do</strong> que ele ainda possa soprar um apito!<br />
– Está certo – concedi.<br />
O coronel Demétrio também foi veta<strong>do</strong>.<br />
– E o Lúcio? [...]<br />
Também foi veta<strong>do</strong>.<br />
VERÍSSIMO, Luís Fernan<strong>do</strong>. O juiz. In: O cachorro que jogava na ponte esquerda. Rio de Janeiro: Rocco Jovens Leitores, 2010. p. 40-42.<br />
Fragmento. (P060158B1_SUP)<br />
(P060158B1) O que motivou o início dessa narrativa foi a<br />
A) busca por um juiz.<br />
B) distração de seu Bruno.<br />
C) proposta de nomes.<br />
D) reunião <strong>do</strong>s meninos.<br />
A 49,9% B 21,9% C 7,5% D 19,1%<br />
a habilidade avaliada neste item é a de identificar<br />
o conflito gera<strong>do</strong>r de uma narrativa.<br />
o suporte apresenta o fragmento de uma crônica<br />
de luís Fernan<strong>do</strong> veríssimo, retira<strong>do</strong> da coleção de<br />
obras <strong>do</strong> autor. trata-se de uma narrativa informal<br />
que aborda com sensibilidade um aspecto liga<strong>do</strong><br />
à vida cotidiana.<br />
para resolução deste item, os estudantes devem<br />
compreender que, numa narrativa, o enre<strong>do</strong> se<br />
constrói pela sequência de ações iniciada pelo fato<br />
que desencadeia a história.<br />
os estudantes que marcaram a letra a (49,9%)<br />
devem ter realiza<strong>do</strong> uma leitura atenta da sequência<br />
narrativa apresentada, articulan<strong>do</strong> essas<br />
informações com o que a tarefa solicita pelo coman<strong>do</strong>,<br />
demonstran<strong>do</strong> ter desenvolvi<strong>do</strong> a habilidade<br />
avaliada.<br />
os que optaram pela letra B (21,9%) podem ter<br />
focaliza<strong>do</strong> sua atenção no fato de seu Bruno<br />
da farmácia andar distraí<strong>do</strong> no exercício de sua<br />
função de juiz. essa escolha aponta para um<br />
elemento secundário da narrativa, que sustenta<br />
o problema, mas que não representa o elo desencadea<strong>do</strong>r<br />
da crônica.<br />
os estudantes que escolheram a alternativa c<br />
(7,5%), possivelmente, confundiram o assunto ou<br />
tema <strong>do</strong> texto com o conflito gera<strong>do</strong>r, pois durante<br />
to<strong>do</strong> o texto pode-se ver a sugestão de vários<br />
nomes de candidatos a juiz da partida de futebol.<br />
a escolha dessa alternativa não contempla a habilidade<br />
avaliada, porque se pauta em informações<br />
fragmentadas.<br />
Já aqueles que optaram pela letra d (19,1%), provavelmente,<br />
limitaram sua leitura às informações<br />
iniciais <strong>do</strong> texto sobre a realização de uma reunião.<br />
mas não conseguiram responder ao que solicita<br />
o enuncia<strong>do</strong>.
AVANçAdO - AcimA dE 250 Pontos<br />
Neste padrão de desempenho encontram-se habilidades mais elaboradas, exigin<strong>do</strong> <strong>do</strong>s<br />
estudantes uma autonomia de leitura em face das atividades cognitivas que lhes são exigidas<br />
e, também, <strong>do</strong>s textos com os quais irão interagir. esses estudantes já interagem com<br />
textos expositivos e argumentativos com temáticas conhecidas e são capazes de identificar<br />
informações parafraseadas e distinguir a informação principal das secundárias.<br />
em relação ao conhecimento das relações que conjunções, preposições, pronomes e<br />
advérbios estabelecem para que o texto se construa coeso e coerente, produzin<strong>do</strong> os<br />
efeitos de senti<strong>do</strong> pretendi<strong>do</strong>s pelo autor, os estudantes reconhecem essas relações<br />
estabelecidas no texto, expressas por advérbios e por conjunções, inclusive as de causa<br />
e de consequência. também recuperam informações em textos por meio de referência<br />
pronominal (além <strong>do</strong>s pronomes pessoais e <strong>do</strong>s indefini<strong>do</strong>s, acrescentem-se os pronomes<br />
demonstrativos e os possessivos). Recuperam, ainda, informações referenciais baseadas<br />
na omissão de um item, elipse de uma palavra, um sintagma ou uma frase.<br />
Quanto à variação linguística, os estudantes identificam expressões próprias de linguagem<br />
técnica e científica.<br />
No que se refere à intertextualidade, fazem a leitura comparativa de textos que tratam <strong>do</strong><br />
mesmo tema, revelan<strong>do</strong> um avanço no tratamento das informações presentes no texto.<br />
o processo inferencial, durante a leitura, é feito por esses estudantes pelo reconhecimento<br />
<strong>do</strong> tema <strong>do</strong> texto; <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> de expressões complexas; <strong>do</strong> efeito de senti<strong>do</strong> decorrente <strong>do</strong><br />
uso de notações em textos que conjugam duas ou mais linguagens; <strong>do</strong> efeito de senti<strong>do</strong><br />
decorrente <strong>do</strong> uso de recursos morfossintáticos. observa-se, assim, uma ampliação das<br />
ações inferenciais realizadas pelos estudantes que apresentam um desempenho que os<br />
posiciona neste padrão.<br />
com relação à leitura global de textos, os estudantes conseguem identificar a tese e os<br />
argumentos que a sustentam; reconhecem a função social de textos fabulares e de outros<br />
com temática científica, identifican<strong>do</strong>, ainda, sua finalidade.<br />
percebe-se, pois, que os estudantes que se localizam neste padrão de desempenho já<br />
desenvolveram habilidades a uma leitura autônoma.<br />
37
38<br />
Leia o texto abaixo.<br />
5<br />
10<br />
Faça chuva ou faça sol<br />
Apesar de o sertão ser logo lembra<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> se trata <strong>do</strong> tema, a relação de nossas<br />
vidas com o clima evidencia-se em to<strong>do</strong> canto. E, num país continental como o Brasil,<br />
“tempo feio” é expressão abstrata: pode querer dizer que cai uma chuva das boas, no<br />
Sudeste; ou que não há uma única nuvem no céu, no Nordeste.<br />
De Norte a Sul não há assunto mais recorrente no dia a dia: “Será que chove logo?”, “E<br />
o calor? Tá demais...”, “Parece que o tempo vai firmar...”. Não é para menos. As condições<br />
atmosféricas não interferem só no piquenique ou na praia; na roupa <strong>do</strong> dia ou no trânsito<br />
de fim de tarde. Importam à indústria, à aviação, ao comércio, ao turismo, à agricultura e<br />
à pesca.<br />
O tempo é sober<strong>ano</strong> – apesar das interferências nos ciclos da natureza que a humanidade<br />
vem causan<strong>do</strong>. Por maiores que sejam os avanços tecnológicos, o homem não desenvolveu<br />
nenhum aparato capaz de controlar o tempo. Aprendeu, no entanto, a lidar com ele – seja<br />
com os mais modernos equipamentos, seja com suas mandingas, crenças e sabe<strong>do</strong>rias.<br />
(P060303B1) Qual é o assunto trata<strong>do</strong> nesse texto?<br />
A) A necessidade de chuva no sertão.<br />
B) A relação <strong>do</strong> homem com o tempo.<br />
C) O melhor momento para se plantar.<br />
D) O significa<strong>do</strong> de expressões sobre o tempo.<br />
este item avalia a habilidade de identificar o<br />
tema de um texto que, no caso desse suporte,<br />
apresenta-se por meio de um texto <strong>do</strong> gênero<br />
informativo, com características de curiosidade,<br />
veicula<strong>do</strong> em uma publicação mensal<br />
de cultura geral. a principal característica<br />
discursiva desse gênero é a objetividade e a<br />
clareza das informações, que oportunizam ao<br />
estudante leitor a ampliação de conhecimento<br />
sobre determina<strong>do</strong> assunto.<br />
para que os estudantes identifiquem o tema<br />
desse texto, é necessário que eles relacionem<br />
as diferentes informações presentes no suporte<br />
para construir seu senti<strong>do</strong> global.<br />
os estudantes que marcaram a letra B (43,0%)<br />
demonstraram o <strong>do</strong>mínio da habilidade avaliada,<br />
PESCIOTTA, Natália. Almanaque da cultura popular. Mar. 2010, nº 131. (P060303B1_SUP)<br />
A 25,2% B 43,0% C 10,0% D 20,5%<br />
pois conseguiram as informações fornecidas<br />
pelo autor, extrain<strong>do</strong> <strong>do</strong> texto o assunto trata<strong>do</strong>.<br />
os estudantes que escolheram a alternativa<br />
a (25,2%) podem ter limita<strong>do</strong> a leitura à primeira<br />
linha <strong>do</strong> texto, que remete diretamente<br />
à necessidade de chuva.<br />
aqueles estudantes que optaram pelas letras<br />
c (10,0%) e d (20,5%), possivelmente,<br />
detiveram-se no argumento apresenta<strong>do</strong> no<br />
segun<strong>do</strong> parágrafo <strong>do</strong> texto, que discorre sobre<br />
a influência climática na produção de alimentos<br />
e às expressões populares utilizadas para<br />
definir o tempo. a escolha dessas opções afasta<br />
esses estudantes da habilidade avaliada, por<br />
pautarem-se em informações pontuais.
Leia o texto abaixo.<br />
5<br />
10<br />
15<br />
A menina Cecília<br />
Cecília Meireles nasceu no Rio de Janeiro, em 7 de novembro de 1901. Era filha<br />
de Carlos Alberto de Carvalho Meireles e Matilde Benevides. O pai morreu antes <strong>do</strong><br />
nascimento de Cecília; e a mãe, aos três <strong>ano</strong>s de idade da filhota. Os três irmãos também<br />
faleceram. Por isso, passou a vida na chácara da avó Jacinta Garcia Benevides.<br />
Quan<strong>do</strong> criança, Cecilinha tinha olhos azuis-esverdea<strong>do</strong>s, era curiosa e a<strong>do</strong>rava usar<br />
um vesti<strong>do</strong> de baba<strong>do</strong> branco cheio de rendas. Na infância, era muito sozinha. As crianças<br />
a chamavam para brincar, mas a avó nunca deixava. A vovó Jacinta morria de me<strong>do</strong> de<br />
sua menina ficar <strong>do</strong>ente, sabe?<br />
Naquele tempo, tu<strong>do</strong> era diferente, muito calmo, sem carros, sem aviões, nem prédios,<br />
nem supermerca<strong>do</strong>s e muito menos shopping center. Os vende<strong>do</strong>res andavam nas ruas<br />
venden<strong>do</strong> merca<strong>do</strong>rias. O fogão era a lenha, não havia televisão, nem computa<strong>do</strong>r.<br />
Por isso, sabe o que a menina fazia para se divertir? Cecília ficava um tempão<br />
imaginan<strong>do</strong> histórias no chão, olhan<strong>do</strong> os desenhos na madeira e pensan<strong>do</strong> que eram<br />
florestas, praias, montanhas, sol, rio... Gostava, também, de ficar olhan<strong>do</strong> livros, mesmo<br />
sem saber ler. Ela via as figuras e imaginava que de dentro <strong>do</strong>s livros saía uma voz que<br />
contava histórias.<br />
Disponível em: . Acesso em: 20 jan. 2010. (P060033B1_SUP)<br />
(P060034B1) Nesse texto, o trecho que apresenta uma expressão que indica lugar é:<br />
A) “O pai morreu antes <strong>do</strong> nascimento de Cecília;...”. ( . 2-3)<br />
B) “Por isso, passou a vida na chácara da avó Jacinta Garcia Benevides.”. ( . 4)<br />
C) “Quan<strong>do</strong> criança, Cecilinha tinha olhos azuis-esverdea<strong>do</strong>s,...”. ( . 5)<br />
D) “Ela via as figuras e imaginava que de dentro <strong>do</strong>s livros saía uma voz...”. ( . 15)<br />
A 28,6% B 31,5% C 13,4% D 24,7%<br />
este item avalia a habilidade de estabelecer<br />
relações lógico-discursivas presentes no<br />
texto, marcadas, nesse caso, pela presença<br />
de advérbio indicativo de lugar.<br />
o suporte deste item é um texto biográfico –<br />
no qual é narrada parte da infância de cecília<br />
meireles – veicula<strong>do</strong> em um sítio da internet<br />
direciona<strong>do</strong> ao público infantil. a característica<br />
discursiva desse gênero é a de relatar informações<br />
pessoais. Nesse caso, foram escolhidas<br />
as informações vivenciadas pela poetisa<br />
desde o seu nascimento, passan<strong>do</strong> pelos laços<br />
afetivos instituí<strong>do</strong>s com a avó materna até o<br />
seu encontro com o imaginário na infância.<br />
a realização dessa tarefa exige que os estudantes<br />
identifiquem os elementos coesivos<br />
que promovem o senti<strong>do</strong> entre as informações<br />
dentro <strong>do</strong> texto, selecionan<strong>do</strong>, dentre as alternativas,<br />
qual das expressões destacadas<br />
exprime ideia de lugar.<br />
ao marcarem a letra d (24,7%), o gabarito,<br />
os estudantes demonstraram ter desenvol-<br />
vi<strong>do</strong> a habilidade avaliada pelo item, pois<br />
perceberam que a locução “de dentro” é o<br />
lugar <strong>do</strong> qual saía a voz que cecília imaginava<br />
ouvir.<br />
os estudantes que escolheram a alternativa<br />
a (28,6%), possivelmente, confundiram-se<br />
com a noção de espaço que o advérbio aNteS<br />
também pode denotar em outros contextos;<br />
porém, no trecho destaca<strong>do</strong>, o termo apresenta<br />
ideia de tempo.<br />
os estudantes que marcaram a letra B<br />
(31,5%), provavelmente, basearam-se na<br />
indicação explícita de lugar na frase...”Na<br />
cHÁcaRa da avó JaciNta gaRcia BeNevideS”<br />
e desconsideraram a conjunção causal<br />
grifada na alternativa.<br />
aqueles que optaram pela alternativa c<br />
(13,4%), por conta de ainda não terem <strong>do</strong>mínio<br />
dessa habilidade, podem ter confundi<strong>do</strong><br />
o advérbio interrogativo de tempo QuaN<strong>do</strong><br />
com o advérbio de lugar.<br />
39
40<br />
Há mais de 20 <strong>ano</strong>s lecionan<strong>do</strong> língua <strong>portuguesa</strong><br />
no esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio de Janeiro, os professores<br />
José luiz Barbosa e Bianca maria araújo conhecem<br />
bem a realidade da educação nos municípios em que<br />
trabalham. ambos os educa<strong>do</strong>res, com formação em<br />
letras e especializações, atuam no senti<strong>do</strong> de garantir<br />
a aprendizagem <strong>do</strong>s seus alunos, em especial no<br />
âmbito da leitura e da escrita.<br />
José luiz e Bianca encontram desafios no cotidi<strong>ano</strong><br />
da profissão. para ela, os maiores obstáculos são a<br />
estrutura deficiente das escolas, a falta de estímulo<br />
<strong>do</strong>s alunos para participar integralmente <strong>do</strong> processo<br />
de aprendizagem e as jornadas de trabalho extras<br />
para complementar sua renda. Já para José luiz, há<br />
ainda outros problemas, tais como a precariedade<br />
da formação inicial e continuada, o uso de sistemas<br />
disciplinares antigos, a falta de participação da família<br />
e a desvalorização da profissão de educar.<br />
No entanto, o professor acredita que, com a superação<br />
dessas dificuldades e com uma visão mais humanista,<br />
os profissionais da educação poderão experimentar “o<br />
quanto o conhecimento fomenta<strong>do</strong> pela informação<br />
pode servir para ter sonhos bons, viver melhor e trabalhar<br />
por um mun<strong>do</strong> mais justo e fraterno.”<br />
com A PAlAvRA, o PRofEssoR<br />
por um <strong>ensino</strong> conteXtuAliZA<strong>do</strong> e HumAniZA<strong>do</strong><br />
professores relacionam desafios e superação<br />
No processo <strong>ensino</strong>-aprendizagem da língua <strong>portuguesa</strong>,<br />
Bianca almeja “atualizar o <strong>ensino</strong> numa perspectiva<br />
menos embasada nas regras vazias e evasivas<br />
da gramática.” ela entende que é preciso “tornar o<br />
aprendiza<strong>do</strong> da língua mais significativo e contextualiza<strong>do</strong><br />
para o aluno”.<br />
José luiz, que trabalha numa escola de internato e<br />
semi-internato, defende a concepção de que ler e<br />
escrever não são coisas naturais; porque subsiste<br />
na contemporaneidade um verdadeiro embate entre<br />
a gramática normativa e as estruturas sintáticas construídas<br />
espontaneamente pelos falantes. “portanto,<br />
oferecer a aprendizagem <strong>do</strong> nível formal da língua,<br />
condicionada ao respeito pelos dialetos preferenciais<br />
de cada aluno, é a luta que se trava to<strong>do</strong> dia no chão<br />
da escola”, destaca.<br />
Análise <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s<br />
os desafios apresenta<strong>do</strong>s pelos professores<br />
podem ser, de acor<strong>do</strong> eles, minimiza<strong>do</strong>s com a<br />
utilização <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s das avaliações externas<br />
no planejamento pedagógico. Bianca assevera que<br />
os da<strong>do</strong>s oriun<strong>do</strong>s <strong>do</strong> programa avaliativo mostram<br />
onde é preciso intervir, atuar ou redirecionar as<br />
práticas a<strong>do</strong>tadas no <strong>ensino</strong>. José luiz afirma
José luiz Barbosa<br />
professor<br />
que, por ser um retrato <strong>do</strong> sistema de <strong>ensino</strong>, os<br />
resulta<strong>do</strong>s das avaliações podem contribuir em<br />
duas instâncias: na sala de aula, para aperfeiçoar<br />
o trabalho em determinada área <strong>do</strong> conhecimento;<br />
e, num p<strong>ano</strong>rama mais geral, para subsidiar a<br />
elaboração de políticas públicas.<br />
o educa<strong>do</strong>r relata que, por meio da meto<strong>do</strong>logia<br />
empregada para compor os resulta<strong>do</strong>s das avaliações,<br />
é possível perceber quais conteú<strong>do</strong>s foram<br />
bem apropria<strong>do</strong>s ou não, tanto no planejamento<br />
das aulas, quanto na viabilização da recuperação<br />
paralela de alguns estudantes.<br />
acerca <strong>do</strong> modelo de preparação <strong>do</strong>s testes de múltipla<br />
escolha, a professora declara que sua aplicação<br />
em sala de aula “conduz o aluno a refletir sobre o<br />
texto, inferir informações e construir seu raciocínio”.<br />
para José luiz, quan<strong>do</strong> os professores aprenderem<br />
a formular as avaliações baseadas nesse méto<strong>do</strong>,<br />
haverá uma “promissora revolução na avaliação da<br />
aprendizagem”, desde que sua capacidade avaliativa<br />
esteja comprovada.<br />
Numa perspectiva mais prática, ambos têm a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong><br />
o modelo de múltipla escolha como mecanismo<br />
avaliativo, a fim de dinamizar as respostas <strong>do</strong>s<br />
alunos e prepará-los para os diversos exames de<br />
seleção e avaliação. “trabalhar essas questões em<br />
sala de aula é orientar e preparar o aluno para,<br />
posteriormente, pensá-las e resolvê-las sozinhos”,<br />
salienta Bianca.<br />
os padrões de desempenho determina<strong>do</strong>s pelo<br />
esta<strong>do</strong> podem garantir o alcance das metas que<br />
forem definidas. No esta<strong>do</strong> fluminense, a meta<br />
é que a unidade federativa esteja entre as cinco<br />
melhores no ideb em 2013, como informa José<br />
luiz. ele narra que melhorias estruturais têm si<strong>do</strong><br />
implementadas, mas que ainda é necessário, para<br />
ele, oferecer aulas de reforço e premiações por<br />
desempenho.<br />
a respeito das publicações pedagógicas, a educa<strong>do</strong>ra<br />
afirma que elas servem para auxiliar no seu trabalho<br />
em sala de aula, “sen<strong>do</strong> utilizadas como forma de atualização<br />
da minha prática educacional, principalmente<br />
através <strong>do</strong> conhecimento de atividades realizadas por<br />
outros profissionais”.<br />
o professor José luiz esclarece a função de uma escala<br />
de proficiência para o seu trabalho pedagógico.<br />
“ao avaliar a aprendizagem de um aluno, levamos<br />
em consideração as habilidades e competências de<br />
que ele se apossou num determina<strong>do</strong> espaço de<br />
tempo”, esclarece.<br />
41
A consolidação de uma escola de qualidade<br />
é uma exigência social. A aprendizagem<br />
de to<strong>do</strong>s no tempo e idade certos é um<br />
dever <strong>do</strong>s governos democráticos.<br />
Para tanto, as unidades escolares devem ser<br />
autônomas, capazes de planejar e executar<br />
seus projetos com o objetivo de garantir a<br />
aprendizagem <strong>do</strong>s estudantes. Tanto mais<br />
eficazes serão as ações desenvolvidas pelas<br />
escolas quanto mais informações acerca<br />
de si próprias elas tiveram à disposição.<br />
Nesse contexto, a avaliação se insere<br />
como forte instrumento prove<strong>do</strong>r de da<strong>do</strong>s<br />
sobre a realidade educacional. Portanto,<br />
os resulta<strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>s nesta revista,<br />
para atingir o fim a que se destinam, devem<br />
ser socializa<strong>do</strong>s, estuda<strong>do</strong>s, analisa<strong>do</strong>s e<br />
debati<strong>do</strong>s à exaustão em suas múltiplas<br />
possibilidades de uso pedagógico. Temos<br />
certeza que isso já está acontecen<strong>do</strong> em<br />
todas as escolas <strong>do</strong> Rio de Janeiro.
Reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora<br />
Henrique Duque de Miranda Chaves Filho<br />
Coordenação Geral <strong>do</strong> CAEd<br />
Lina Kátia Mesquita Oliveira<br />
Coordenação Técnica <strong>do</strong> Projeto<br />
Manuel Fernan<strong>do</strong> Palácios da Cunha Melo<br />
Coordenação da Unidade de Pesquisa<br />
Tufi Macha<strong>do</strong> Soares<br />
Coordenação de Análise e Publicações<br />
Wagner Silveira Rezende<br />
Coordenação de Instrumentos de Avaliação<br />
Verônica Mendes Vieira<br />
Coordenação de Medidas Educacionais<br />
Wellington Silva<br />
Coordenação de Operações de Avaliação<br />
Rafael de Oliveira<br />
Coordenação de Processamento de Documentos<br />
Benito Delage<br />
Coordenação de Produção Visual<br />
Hamilton Ferreira<br />
Responsável pelo Projeto Gráfico<br />
Edna Rezende S. de Alcântara
Ficha Catalográfica<br />
VOLUME 3 – PORTUGUÊS – <strong>5º</strong> <strong>ano</strong> Ensino <strong>Fundamental</strong><br />
RIO DE JANEIRO. Secretaria de Esta<strong>do</strong> de Educação. <strong>SAERJ</strong> – 2011 / Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd.<br />
v. 3 (jan/dez. 2011), Juiz de Fora, 2011 – Anual<br />
ANDRADE, Adriana de Lourdes Ferreira de; FINAMORE, Rachel Garcia; FULCO, Roberta; MACHADO, Maika Som; MARTINS, Leila Márcia<br />
Mafra; MICARELLO, Hilda Aparecida Linhares da Silva; OLIVEIRA, Camila Fonseca de; PIFANO, Higor Evérson de Araújo; SILVA, Josiane<br />
Tole<strong>do</strong> Ferreira (coord.); SILVA, Maria Diomara da; TAVARES, Ana Letícia Duin.<br />
Conteú<strong>do</strong>: <strong>5º</strong> <strong>ano</strong> <strong>do</strong> Ensino <strong>Fundamental</strong> – <strong>Língua</strong> Portuguesa<br />
ISSN 1948-5456<br />
CDU 373.3+373.5:371.26(05)
SeçõeS<br />
a importância <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s<br />
a escala de proficiência<br />
padrões de desempenho estudantil<br />
O trabalho continua