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2.5. O Prana (energia vital) e suas variações (Apana, Vyana, Samana, Udana) 6 :<br />Yama ensinando:<br />“Nenhum mortal vive apenas pelo Prana, que sobe, nem pelo Apana, que desce. O<br />homem vive por uma causa diferente, de quem dependem o Prana e o Apana” [Parte<br />II; (2,5)];<br />Ainda Yama:<br />“Ele é quem conduziu a Prana para o alto e para baixo, espalhando-o. Todos os<br />Devas O adoram, esse Ser situado no meio” [Parte II; (2,3)];<br />Mais uma vez Yama:<br />“Existem cento e uma artérias que partem do coração, uma das quais conduz ao<br />topo do crânio. Na morte, o Ser interno do homem caminha através dessa artéria,<br />saindo do corpo, alcançando a imortalidade. Mas, quando o seu Prana segue através<br />de outras artérias, caminhando em outras direções, então, o Ser interno volta a<br />renascer no mundo” [Parte II; (3,16)].<br />2.6. A sílaba sagrada OM (AUM), que representa Brahman 7 :<br />Yama ensinando:<br />“Esta sílaba é Brahman. Esta sílaba é a expressão do Mais Elevado. Todo aquele que<br />conhece verdadeiramente esta sílaba, não sofre, não é atormentado por desejos”<br />[Parte I; (2,16)].<br />2.7. A importância do papel do Guru (Mestre espiritual), na libertação do<br />discípulo (Moksha, Kaivalya ) 8 :<br />Yama ensinando:<br />“O Atman sutil não pode ser ouvido por muitos. Mesmo que consigam ouvi-lo,<br />muitos não o compreendem. Maravilhoso é o Atman que está sempre desejando ser<br />ouvido, mas raros são os ouvintes; raros também são os que experimentam o<br />Atman, mesmo com o auxílio de um preceptor espiritual” [Parte I; (2,7)];<br />Ainda Yama:<br />“Levantai! Despertai! Aproximai-vos dos sábios e procurai aprender. Eles dizem que<br />o caminho para o Atman é semelhante ao afiado gume de uma navalha. É um<br />caminho difícil de ser trilhado, duro de ser transposto” [Parte I; (3,14)].<br />2.8. Os Gunas 9 :<br />2.9. Os diversos corpos que “revestem” o Amam (upadhis) e a fisiologia mística<br />(chakras, nadis e relação entre os Pranas e os órgãos sensoriais):<br />Yama ensinando:<br />“O homem sábio, percebendo o Atman morando dentro dos corpos impermanentes,<br />sendo Ele mesmo sem corpo, vasto e a tudo permeando, liberta-se do sofrimento”<br />[Parte I; (2,22)];<br />Ainda Yama:<br />6 Excepcionalmente, este sintetizador-reprodutor selecionou três versos, inclusive invertendo a<br />seqüência numérica dos dois primeiros.<br />7 Excepcionalmente Tinôco indicou apenas um verso sobre esse ensinamento, o que indica que não<br />há outra passagem nessa Upanishad sobre o mesmo.<br />8 Para esse ensinamento Tinôco aponta apenas dois versos, o que indica que a Upanishad não o<br />aborda em outras passagens.<br />9 Tinôco nada selecionou neste tema, o que pressupõe que esta Upanishad não aborda os gunas.<br />4
“O Atman deve ser realizado primeiramente como Existência (limitado por upadhis) e<br />depois, pela Sua natureza transcendental. Desses dois aspectos, o Atman realizado<br />como Existência, leva aquele que O procura à realização de Sua própria natureza”<br />[Parte II; (3,13)].<br />2.10. O Karama e o Samsara (ciclo de morte-renascimento):<br />Yama ensinando:<br />“O outro mundo nunca revela a si mesmo a uma pessoa discriminadora e perplexa<br />diante da ilusão das riquezas. Essas pessoas pensam: ‘Somente este mundo existe,<br />não há outro’. Assim, permanecem, sempre e sempre, sob o meu domínio” [Parte I;<br />(2,6)] 10;<br />Ainda Yama:<br />“Alguns Jivas entram em úteros para encarnarem como seres vivos e outros, vão<br />para o mundo vegetal, de acordo com suas ações e de acordo com seus<br />conhecimentos” [Parte II; (2,7)];<br />Mais uma vez Yama:<br />“Se um homem pode realizar Brahman aqui nesta vida, antes do seu corpo físico<br />perecer, alcança a Libertação. Não conseguindo isso, o homem reencarna novamente<br />em mundos criados” [Parte II; (3,4)].<br />2.11. Avidya (ignorância) e Maya (ilusão que o mundo produz através dos<br />sentidos) 11 :<br />Naciketas falando:<br />“Contai-me Ó Yama, o segredo sobre a morte, o segredo sobre o qual os homens<br />guardam profunda dúvida” [Parte I; (1,29)].<br />Convencido da firmeza de Naciketas, Yama ensinou o segredo da imortalidade.<br />Yama ensinando:<br />“A ignorância e o conhecimento conduzem a caminhos diferentes. Ouvindo a<br />resposta ao pedido que formulastes, as pessoas podem compreender diferentemente.<br />Decide certo quem escolhe o caminho do bem. Aqueles que escolhem o caminho dos<br />prazeres ou da ignorância, caminham para o fim” [Parte I; (2,1)];<br />“Tudo depende do caminho escolhido pelo homem; o do conhecimento ou o da<br />ignorância. A alma cheia de calma, examina ambos os caminhos e faz sua escolha.<br />Ele prefere o bem ao prazer. Mas os tolos escolhem o prazer e a avareza” [Parte I;<br />(2,2)];<br />10 Pedro Kupfer oferece a seguinte tradução a esse verso conforme apresentada em Katha<br />Upanishad; há vida além da morte? [Parte I], contida em Cadernos de Yoga, de Outuno de 2004 [p.<br />36/37]: “A passagem [morte] não está clara para aqueles com mentalidade infantil, ofuscados pelas<br />ilusões do mundo material. Pensando “este é o mundo real! Não há nada além dele!”, eles voltam<br />vezes e mais vezes a ficar sob meu controle [continuam presos na roda do samsara, ciclo de mortes<br />e renascimentos sucessivos]”. Em seguida oferece o seguinte comentário: “Aqui Yama aborda a<br />questão matéria/espírito tão direta que pode parecer incompreensível para o leitor desatento.<br />Quando Yama diz que há pessoas com mentalidade infantil, quer dizer que levamos nossa vidinha<br />material muito a sério, chorando quando nossos brinquedos quebram, assustando-nos com filmes<br />violentos, emocionando-nos com telenovelas, preocupando-nos com futilidades ... As diferentes<br />experiências criam impressões na mente que não nos permitem transcender o mundo<br />unidimensional, e acabamos por nos transformar em crianças grandes, mantendo intactas a<br />ignorância e a conduta infantil. Assim, o mundo limitado que criamos para nós mesmos através das<br />nossas conquistas e derrotas no plano material transforma-se na nossa única realidade, na qual<br />ficamos girando e girando, presos no nosso parquinho de diversões particular. E assim, a vida vai<br />passando...”.<br />11 Excepcionalmente, neste tópico este sintetizador-reprodutor abordou um diálogo entre Naciketas<br />e Yama. Ao mesmo tempo, interligou dois conjuntos de versos apontados por Tinôco para<br />demonstrá-lo, isto é, uniu os versos 1 e 2 do capítulo 2 da primeira parte com os versos 4, 5 e 6 ,<br />inserindo como parte integrante do diálogo o verso 3.<br />5
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