baixar em PDF - Coleção Aplauso - Imprensa Oficial
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que pode. Então, é preciso ter respeito. Para que<br />
fazer um comentário desagradável? Dou muito<br />
valor ao esforço que o artista faz. Sei o quanto é<br />
duro construir uma carreira. Eu comecei a minha<br />
b<strong>em</strong> cedo e também não foi fácil.<br />
Minha família foi obrigada a mudar-se para<br />
São Paulo <strong>em</strong> 1942. Naquela época, <strong>em</strong> Santos,<br />
quase não havia mais trabalho para o meu pai.<br />
Em compensação, na década de 40, a cidade de<br />
São Paulo teve um grande crescimento e oferecia<br />
mais oportunidades. Por isso, meu pai foi para<br />
a capital, onde logo conseguiu um <strong>em</strong>prego<br />
de carroceiro das Indústrias Matarazzo. Só que<br />
eu continuei <strong>em</strong> Santos por mais dois meses lá,<br />
hospedada na casa da família Auri<strong>em</strong>a, amigos<br />
nossos. Havia ganhado uma bolsa de estudos<br />
no conservatório da cidade e não queria abandonar<br />
tudo. Estudava piano e era boa aluna.<br />
Assim que consegui uma transferência para um<br />
conservatório de São Paulo, me uni à família.<br />
Estava com 13 anos e voltei a morar com meus<br />
pais, meus irmãos Paco, Mário e Milton e meu<br />
tio Pepe, irmão da mamãe. Nossa casa ficava <strong>em</strong><br />
uma vilazinha na Rua Maria Eugênia, ao lado da<br />
Igreja Cristo Rei, no bairro do Tatuapé. As cocheiras<br />
da Matarazzo ficavam próximas de onde<br />
a gente morava, na Rua Tuiuti. Depois, quando<br />
vend<strong>em</strong>os a nossa casinha de Santos – que era<br />
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