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Espaçotempos e horizontes na educação de infâncias e ju

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quanto <strong>de</strong> métodos e práticas educacio<strong>na</strong>is”, disse<br />

o palestrante, referindo-se aos currículos obsoletos<br />

que muitas instituições ainda mantêm.<br />

O direito ao acolhimento<br />

O painelista apontou que, paralelamente, entre<br />

os elementos que passaram a pautar a <strong>educação</strong><br />

básica no Brasil, particularmente no Ensino<br />

Médio, há uma nova cultura <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenhos estudantil e escolar. Ele enten<strong>de</strong><br />

que exames <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is, como o Enem (Exame<br />

Nacio<strong>na</strong>l do Ensino Médio), elaborados a partir<br />

<strong>de</strong> expectativas educacio<strong>na</strong>is gerais, já são referências<br />

que não po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>radas.<br />

Por outro lado, e lamentavelmente, <strong>na</strong> corrida<br />

por melhor classificação, tem havido uma competição<br />

entre instituições e re<strong>de</strong>s escolares, que<br />

visa, às vezes, objetivos mercadológicos em vez<br />

da busca pela qualida<strong>de</strong> educacio<strong>na</strong>l. “Numa<br />

escola marista, por exemplo, a busca pelo bom<br />

<strong>de</strong>sempenho não <strong>de</strong>ve implicar a seleção prévia<br />

<strong>de</strong> estudantes em pre<strong>ju</strong>ízo ao direito <strong>de</strong> todos ao<br />

acolhimento, ao cuidado e ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />

não discrimi<strong>na</strong>tório”, exemplificou.<br />

Nesse sentido, comentou que no Ensino Médio<br />

da escola marista, a <strong>educação</strong> que será colocada<br />

em prática <strong>de</strong>ve preservar a vocação da instituição<br />

para uma formação humanista, capacitando<br />

os jovens para a cidadania ple<strong>na</strong>. Isso implica,<br />

<strong>na</strong> visão do painelista, preparar seres humanos<br />

que possam superar os diferentes obstáculos que<br />

uma socieda<strong>de</strong> em permanente transição impõe,<br />

tanto para garantir ingresso no ensino superior<br />

<strong>de</strong>sejado, quanto igualmente para uma participação<br />

significativa e solidária <strong>na</strong> vida social e<br />

Luis Carlos <strong>de</strong> menezes, paulo <strong>de</strong> Tarso e sandra Regi<strong>na</strong> garcia<br />

48 | brasil marista<br />

produtiva. “Para enfrentar esses <strong>de</strong>safios, essa<br />

escola <strong>de</strong>verá ser um ambiente <strong>de</strong> produção<br />

cultural intensa, <strong>de</strong> protagonismo <strong>ju</strong>venil permanente”,<br />

afirmou.<br />

Segundo o professor, tais escolas <strong>de</strong>vem ter<br />

características próprias, incorporadas a um projeto<br />

pedagógico que atenda os aspectos sociais,<br />

culturais ou econômicos da comunida<strong>de</strong>, assim<br />

como às especificida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seus estudantes.<br />

Entre as especificida<strong>de</strong>s listadas por Luis Carlos<br />

estão a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> explicitação <strong>de</strong> princípios,<br />

objetivos, métodos, práticas e regras <strong>de</strong> convívio<br />

escolares, que assegurem maior comprometimento<br />

<strong>de</strong> gestores, professores, funcionários,<br />

estudantes e suas famílias; aulas e ativida<strong>de</strong>s<br />

participativas; vivência e contextualização dos<br />

conhecimentos discipli<strong>na</strong>res; avaliações do<br />

aprendizado que não fiquem restritas a situações<br />

<strong>de</strong> prova; utilização <strong>de</strong> novos recursos <strong>de</strong><br />

comunicação com os educandos, como as re<strong>de</strong>s<br />

sociais virtuais; discussão <strong>de</strong> questões sociais,<br />

econômicas, culturais, tecnológicas e ambientais;<br />

mobilização <strong>de</strong> voluntários da comunida<strong>de</strong><br />

escolar para atuação solidária; e intercâmbio<br />

entre as comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> escolas maristas, partilhando<br />

experiências e questio<strong>na</strong>mentos <strong>de</strong> forma<br />

contínua. Sandra Regi<strong>na</strong> <strong>de</strong> Oliveira Garcia,<br />

doutora em Educação e Coor<strong>de</strong><strong>na</strong>dora Geral <strong>de</strong><br />

Ensino Médio no Ministério da Educação, também<br />

participou como palestrante do evento. Ela<br />

abordou os dados estatísticos do MEC a respeito<br />

do perfil dos estudantes brasileiros por faixa etária<br />

e grau <strong>de</strong> formação, a<strong>na</strong>lisando o movimento<br />

<strong>de</strong> permanência e evasão durante o histórico<br />

estudantil ao longo da Educação Básica.

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