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20º aniversário da reelevação a vila - Gazeta Das Caldas

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10<br />

Alfeizerão<br />

Alfeizerão<br />

12 | Agosto | 2011<br />

<strong>20º</strong> <strong>20º</strong> Aniversário Aniversário <strong>da</strong> <strong>da</strong> <strong>da</strong> Reelevação Reelevação a a Vila<br />

Vila<br />

José José Almei<strong>da</strong>, Almei<strong>da</strong>, um um alfeizerense alfeizerense que<br />

que<br />

deu deu várias várias voltas voltas ao ao mundo mundo no no mar<br />

mar<br />

Alfeizerão sempre foi terra de embarcadiços e são muitos os que, agora reformados, têm histórias de navios e de oceanos, de<br />

longas viagens em cargueiros e do glamour dos paquetes turísticos.<br />

Este é um dos vários testemunhos possíveis em Alfeizerão. José Almei<strong>da</strong> andou 42 anos no mar e fez tantas viagens que, ao<br />

todo somariam várias voltas ao mundo. Começou a sua carreira na marinha mercante portuguesa transportando tropas para<br />

guerra colonial e, mais tarde, passou a trabalhar para um armador grego subindo na hierarquia <strong>da</strong> carreira de Hotelaria que tirou<br />

na Escola de Caxias, aos 18 anos. Hoje tem 61 e diz que “sempre “sempre ganhei ganhei ganhei muito muito muito bem bem no no no mar” mar”. mar”<br />

José Almei<strong>da</strong> tem 61 anos e é natural de Alfeizerão. Tal como muitos trabalhar pois precisava de ganhar dinheiro. “Não “Não tenho tenho tenho más más recor<strong>da</strong>- recor<strong>da</strong>- recor<strong>da</strong>- recor<strong>da</strong>-<br />

José José Almei<strong>da</strong> Almei<strong>da</strong> recor<strong>da</strong> recor<strong>da</strong> recor<strong>da</strong> com com sau<strong>da</strong>de sau<strong>da</strong>de o o tempo tempo que que que passou passou no no mar.<br />

mar.<br />

Conheceu Conheceu o o mundo mundo e e diz diz que que entre entre os os seus seus países países favoritos favoritos estão estão o<br />

o<br />

jovens <strong>da</strong> sua i<strong>da</strong>de que viviam nos concelhos <strong>da</strong>s Cal<strong>da</strong>s e de Alfeizerão, ções” ções”, ções” disse o marítimo, à excepção de quando parava nas colónias e<br />

Brasil, Brasil, Israel, Israel, Escócia Escócia Escócia e e Noruega Noruega<br />

Noruega<br />

cedo tomou a resolução de fazer vi<strong>da</strong> no mar. “Ganhava-se “Ganhava-se nos nos nos navios<br />

navios<br />

muito muito melhor melhor do do que que em em em terra, terra, onde onde os os salários salários eram eram muito<br />

muito<br />

baixos” baixos”, baixos” conta, acrescentando que na locali<strong>da</strong>de muitos rapazes optavam<br />

por esta forma de vi<strong>da</strong> e “eram “eram as as pessoas pessoas que que viviam viviam melhor” melhor”. melhor”<br />

José olhava à sua volta e via rapazes <strong>da</strong> sua i<strong>da</strong>de “que “que “que tinham tinham me- memelhor lhor lhor vi<strong>da</strong> vi<strong>da</strong> do do que que que a a minha minha pois pois os os seus seus pais pais já já eram eram marítimos” marítimos”. marítimos”<br />

E por isso os seus pais tentaram colocá-lo a trabalhar no mar, tal como<br />

fizeram com o seu irmão, João Almei<strong>da</strong>, de 55 anos que ain<strong>da</strong> an<strong>da</strong> embarcado.<br />

Em 1968, José Almei<strong>da</strong>, então com 18 anos, integra a Escola <strong>da</strong> Marinha<br />

Mercante em Caxias e “de “de certo certo modo modo ficávamos ficávamos livres livres de de de ir ir ir para<br />

para<br />

a a guerra” guerra”, guerra” disse. Isto porque, apesar de ter que cumprir o serviço militar<br />

quando chegasse à i<strong>da</strong>de, o facto de integrar a Marinha Mercante fazia com<br />

que não tivesse que ir para os teatros de guerra nas então províncias ultrama-<br />

perguntava por alguns militares que tinham transportado e que tinham<br />

morrido em combate.<br />

José Almei<strong>da</strong> casou com 21 anos com Isil<strong>da</strong> Almei<strong>da</strong>, também de Alfeizerão,<br />

quando este veio cumprir o serviço militar. Para tal teve que sair do<br />

Infante D. Henrique mas uma vez cumprido o dever, logo regressou ao<br />

navio.<br />

As vin<strong>da</strong>s a casa implicavam esta<strong>da</strong>s entre oito a dez dias e José Almei<strong>da</strong><br />

ain<strong>da</strong> se lembra do seu primeiro salário de 7800$00 (38,9 euros). Nessa<br />

altura, a média de salários em terra não passava os 1000$00 (cinco euros).<br />

“A “A “A minha minha mãe mãe até até chorou” chorou”, chorou” recor<strong>da</strong>.<br />

O salário base era de três contos de ordenado mas falta somar as horas<br />

extraordinárias “ao “ao todo todo nunca nunca tirava tirava menos menos de de sete sete contos contos (35<br />

(35<br />

euros)” euros)”. euros)” euros)”<br />

Aos 22 anos o marítimo conseguiu ter dinheiro para construir a sua<br />

<strong>da</strong>s Caraíbas e do Brasil que ia sempre que era Inverno na Europa. Recor<strong>da</strong><br />

ain<strong>da</strong> que quando rebentou a 1ª Guerra no Golfo an<strong>da</strong>vam a fazer cruzeiros<br />

entre Israel, Chipre e Egipto com passageiros ingleses. Pouco tempo depois<br />

“todos “todos os os paquetes paquetes de de turismo turismo turismo vieram vieram embora embora pois pois guerra guerra e<br />

e<br />

turismo turismo é é algo algo que que não não se se coaduna” coaduna”, coaduna” disse.<br />

Na memória ficou-lhe um grande temporal que apanhou no mar do Norte,<br />

quando viajava no Funchal <strong>da</strong> Suécia para Lisboa. A violência <strong>da</strong>s vagas fez<br />

desprender as âncoras que estavam amarra<strong>da</strong>s na proa, rasgando a bor<strong>da</strong><br />

do navio e este tivesse começado a meter água.<br />

Num dos cinco bares <strong>da</strong>quele paquete encontrava-se um piano Steinway<br />

& Sons que está aparafusado com cavilhas em ferro ao chão. “O “O piano<br />

piano<br />

arrancou-se arrancou-se e e foi foi espetar-se espetar-se contra contra o o tecto, tecto, tendo tendo ficado ficado ficado feito<br />

feito<br />

em em palitinhos palitinhos”, palitinhos recordou.<br />

rinas. Em troca “tínhamos “tínhamos que que an<strong>da</strong>r an<strong>da</strong>r embarcados embarcados seis seis anos anos em<br />

em<br />

navios navios portugueses”<br />

portugueses”, portugueses” pelo que José Almei<strong>da</strong> esteve embarcado em<br />

própria casa, graças ao que juntava no mar.<br />

Nos navios <strong>da</strong> marinha mercante portuguesa José Almei<strong>da</strong> esteve sem-<br />

DISCIPLINA DISCIPLINA A A BORDO BORDO É É PARA PARA CUMPRIR<br />

CUMPRIR<br />

navios de passageiros <strong>da</strong> Companhia Colonial de Navegação.<br />

Na escola, José Almei<strong>da</strong> tirou o curso de Hotelaria e, passados dez meses<br />

pre ligado aos bares.<br />

Após o 25 de Abril e a descolonização, e também com a massificação do “As “As regras regras no no mar mar são são diferentes diferentes de de terra. terra. São São mesmo mesmo para<br />

para<br />

já estava nos navios mercantes, trabalhando nos bares.<br />

transporte aéreo, não se justificava que Portugal mantivesse uma frota cumprir cumprir à à risca” risca” . Palavras de José Almei<strong>da</strong>,que acrescenta que um<br />

O primeiro paquete em que embarcou – já tinha 19 anos - foi o Império, mercante desta dimensão. “Alguns “Alguns navios navios navios foram foram vendid vendidos vendid s ao ao desdes-<br />

navio é como um avião, ou seja, não espera por ninguém. As refeições<br />

que estava fretado ao Estado e transportava as tropas para África. Eram barato barato e e outros outros desmantelados”<br />

desmantelados”, desmantelados” lamenta José Almei<strong>da</strong>.<br />

também têm horários rígidos a cumprir. Por norma, os cruzeiros têm a<br />

grandes navios que transportavam três mil homens para as frentes de com- Durante seis meses ain<strong>da</strong> integrou a tripulação do paquete Rita Maria <strong>da</strong> duração de uma semana com entra<strong>da</strong> a um domingo e saí<strong>da</strong> no seguinte,<br />

bate, que ficavam instalados nos camarotes, mas também em alojamentos Socie<strong>da</strong>de Geral e fez carreiras Lisboa-Cabo Verde que depois também mas há outras ofertas de vários meses quando se trata de <strong>da</strong>r a volta ao<br />

improvisados nas cobertas dos porões. José Almei<strong>da</strong> não esquece as áreas terminaram. “Tive “Tive que que procurar procurar outra outra coisa, coisa, coisa, sobretudo sobretudo sobretudo junto junto dos<br />

dos mundo.<br />

de dois mil metros quadrados cheias de beliches onde as tropas viajavam. navios navios estrangeiros”<br />

estrangeiros”, estrangeiros” afirmou.<br />

Por estar ligado aos bares, a sua vi<strong>da</strong> no mar esteve sempre relaciona<strong>da</strong><br />

Seguiam também profissionais de várias áreas que escolhiam as colónias<br />

para viver e trabalhar. Seis meses passados e José Almei<strong>da</strong> a<strong>da</strong>ptava-se<br />

muito bem à vi<strong>da</strong> de marítimo.<br />

“Nunca “Nunca enjoei” enjoei” enjoei”, enjoei” enjoei” conta, explicando que a rota de África implicava passagens<br />

por S. Tomé, Angola África do Sul e Moçambique. No regresso paravase<br />

também na Madeira.<br />

Passado meio ano, e ain<strong>da</strong> no Império, viveu o seu primeiro acidente no<br />

mar. O navio teve um rombo sério na casa <strong>da</strong>s máquinas, quando passava<br />

Dakar, a caminho de Angola.<br />

“Ficámos “Ficámos “Ficámos no no mar mar durante durante dois dois dias dias à à deriva” deriva”, deriva” contou José Almei<strong>da</strong>.<br />

O governo português mandou um avião <strong>da</strong> Força Aérea Portuguesa para<br />

poder vigiar a embarcação e dois navios mais pequenos “para “para o o caso caso do<br />

do<br />

navionavio ir ir ao ao fundo fundo e e para para se se poder poder transferir transferir as as pessoas, pessoas, sobresobre-<br />

Entretanto o armador grego George Photomianus comprou o paquete<br />

Funchal e José Almei<strong>da</strong> foi para aquele paquete onde se inicia como<br />

barman. Uns anos depois o mesmo responsável comprou o Infante D.<br />

Henrique e “como “como sabia sabia sabia que que eu eu tinha tinha an<strong>da</strong>do an<strong>da</strong>do muitos muitos muitos anos anos na- na- na- na- na-<br />

quele quele navio, navio, navio, convidou-me convidou-me para para lá lá lá trabalhar” trabalhar”. trabalhar”<br />

No Funchal, para onde foi trabalhar em finais <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 70 e onde<br />

esteve 12 anos, chegou a chefe dos bares, tendo passado a auferir 300<br />

contos (1496 euros) de salário base. Até ao final <strong>da</strong> sua carreira vai ficar<br />

ligado à mesma companhia e duplicar o vencimento base.<br />

Ao longo do seu percurso profissional acabou por levar para o mar muita<br />

gente de Alfeizerão e <strong>da</strong> zona <strong>da</strong>s Cal<strong>da</strong>s pois “as “as “as pessoas pessoas estavam<br />

estavam<br />

sem sem trabalho trabalho e e eu eu conseguia-lhes conseguia-lhes bons bons bons lugares” lugares”, lugares” disse. José<br />

Almei<strong>da</strong> conta como se tornou amigo do patrão grego que lhe <strong>da</strong>va carta<br />

com as festivi<strong>da</strong>des e os shows. “Num “Num cruzeiro cruzeiro cruzeiro praticamente praticamente todos todos<br />

todos<br />

os os dias dias há há festas” festas”, festas” disse, comentando ain<strong>da</strong> que o seu lugar também lhe<br />

exigia fazer de Relações Publicas.<br />

Por todo o lado há sempre muita fartura de comi<strong>da</strong> desde o pequenoalmoço<br />

até à noite e, muitas vezes, José Almei<strong>da</strong> fazia com frequência<br />

refeições só de fruta por ter enjoa<strong>da</strong> as lautas refeições.<br />

“Sei “Sei “Sei qualquer qualquer coisa coisa de de inglês inglês inglês e e um um pouco pouco pouco de de francês francês tam- tamtam- bém” bém”, bém” disse o marítimo, o suficiente para uma carreira bem sucedi<strong>da</strong> .<br />

E quais são os países que mais gostou? José Almei<strong>da</strong> aprecia os <strong>da</strong><br />

América do Sul e entre eles elege o Brasil como “o “o mais mais lindo” lindo”, lindo” sem<br />

deixar de referir também a Argentina.<br />

Diz que Israel é também especial, assim como a Suécia e a Noruega.<br />

tudo, tudo, as as tropas” tropas”. tropas”<br />

branca para organizar as necessi<strong>da</strong>des do sector do navio onde trabalhava. Deixou-se também encantar pela Escócia e pelo Egipto e refere a diferen-<br />

O rombo não se resolveu no mar e por ordens do Ministério <strong>da</strong> Marinha “foi “foi um<br />

um “Faziam “Faziam o o que que eu eu pedisse” pedisse”, pedisse” conta José Almei<strong>da</strong>, relembrando que era ça e a efervescência de Istambul ao passo que os países europeus “já “já se<br />

se<br />

reboque reboque grego grego que que estava estava estaciona<strong>da</strong> estaciona<strong>da</strong> na na Guiné Guiné que que veio veio ao ao ao nosso<br />

nosso um trabalho onde não há folgas, feriados ou domingos. “É “É um um trabalho<br />

trabalho parecem parecem todos todos uns uns uns com com os os outros” outros”. outros”<br />

encontro encontro rebocar-nos rebocar-nos rebocar-nos para para Cabo Cabo Verde, Verde, durante durante quatro quatro dias” dias”, dias” disse. em em contínuo contínuo e e eu eu eu começava começava às às às sete sete <strong>da</strong> <strong>da</strong> manhã manhã manhã e e só só só terminava<br />

terminava No Infante D. Henrique - que entretanto mudou o nome para Vasco <strong>da</strong><br />

O Império foi acompanhado por uma fragata e dois draga-minas <strong>da</strong> Mari- de de madruga<strong>da</strong>”<br />

madruga<strong>da</strong>”, madruga<strong>da</strong>” disse.<br />

Gama – José Almei<strong>da</strong> passou a ser hotel superviser, e finalmente chegou a<br />

nha de Guerra pois o governo português “receava “receava ataques ataques ataques de de países<br />

países Fazia então cruzeiros em to<strong>da</strong> a parte do mundo. Desde os fiordes na hotel manager. Foi com este cargo que se reformou no final de 1992, a<br />

hostis hostis hostis a a Portugal” Portugal” Portugal”. Portugal”<br />

Noruega, passando pela Suécia, Escócia e Finlândia. Havia também a zona pedido sobretudo <strong>da</strong> família que o desejava em terra.<br />

O navio ficou a reparar em Cabo Verde e José Almei<strong>da</strong> veio com a maioria<br />

<strong>da</strong> tripulação para Portugal noutro barco <strong>da</strong> companhia, o paquete Pátria,<br />

“gémeo” do Império.<br />

“A “A Marinha Marinha Mercante Mercante portuguesa portuguesa portuguesa era era a a segun<strong>da</strong> segun<strong>da</strong> maior maior <strong>da</strong><br />

<strong>da</strong><br />

Europa Europa e e tinha tinha a a segun<strong>da</strong> segun<strong>da</strong> maior maior frota frota mercante mercante de de paquetes” paquetes”, paquetes”<br />

disse o marítimo que regressa a Lisboa em 1969, após o incidente.<br />

A Companhia Colonial de Navegação disponibilizou a José Almei<strong>da</strong> a<br />

possibili<strong>da</strong>de de embarcar em três navios: o paquete Santa Maria, o Vera<br />

Cruz e o Infante D. Henrique. O primeiro ia para os EUA e os restantes<br />

seguiam a rota africana. “O “O Infante Infante D. D. Henrique Henrique era era o o maior maior maior e e o<br />

o<br />

mais mais recente recente entre entre os os paquetes paquetes e e e foi foi na na sua sua sua tripulação tripulação que<br />

que<br />

ingressei” ingressei”, ingressei” ingressei” contou.<br />

A viagem de i<strong>da</strong> e volta pelos países africanos levava no total cerca de 50<br />

E hoje sente sau<strong>da</strong>des <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> no mar? “Claro, “Claro, então então já já viu viu a a vi<strong>da</strong><br />

vi<strong>da</strong><br />

que que eu eu tinha?” tinha?”, tinha?” responde José Almei<strong>da</strong>.<br />

Os navios de hoje continuam a ser autênticas ci<strong>da</strong>des, com lojas, ginásios,<br />

cabeleireiro e massagista e assiste-se a uma maior rentabilização <strong>da</strong>s embarcações,<br />

como acontece com o Funchal que de 400 passará a poder<br />

transportar 700 pessoas.<br />

Hoje já não se ganha tão bem como no tempo de José Almei<strong>da</strong>, sobretudo<br />

porque agora se aposta nas tripulações mistas indo os armadores contratar<br />

pessoas a países onde os salários são baixos, o que fez reduzir a média dos<br />

rendimentos pagos às tripulações.<br />

“Só “Só se se ganha ganha bem bem nos nos bons bons lugares” lugares” lugares”, lugares” lugares” diz José Almei<strong>da</strong>, que sente<br />

que ain<strong>da</strong> poderia regressar à firma Transworld Cruise pois continua sem<br />

dias e “era “era um um prazer prazer ver ver aquela aquela gare gare marítima marítima de de Luan<strong>da</strong>,<br />

Luan<strong>da</strong>,<br />

falhar à festa de Natal que esta organiza em Lisboa.<br />

sempre sempre sempre cheia cheia cheia de de de gente gente à à à nossa nossa chega<strong>da</strong>” chega<strong>da</strong>” chega<strong>da</strong>”, chega<strong>da</strong>” chega<strong>da</strong>” contou José Almei<strong>da</strong>. Na<br />

E o que é necessário para se trabalhar hoje em dia num cruzeiro? “Na<br />

“Na<br />

sua opinião Portugal naquela época “era “era uma uma ver<strong>da</strong>deira ver<strong>da</strong>deira potência” potência”, potência” e<br />

base base é é preciso preciso preciso saber saber bem bem inglês inglês e e serserser uma uma pessoa pessoa com com basbas-<br />

ain<strong>da</strong> se lembra do tempo em “que “que o o escudo escudo era era era tão tão bom bom como como o<br />

o<br />

tante tante genica” genica”, genica” disse José Almei<strong>da</strong>, que considera que os navios são dos<br />

dólar dólar e e muito muito superior superior à à peseta” peseta”. peseta”<br />

transportes mais seguros do mundo para viajar, a par com os comboios. “Os<br />

“Os<br />

acidentes acidentes são são rarísssimos. rarísssimos. Ouve-se Ouve-se muito muito mais mais tragédias tragédias com<br />

com<br />

GANHAR GANHAR SETE SETE VEZES VEZES MAIS MAIS DO DO QUE QUE EM EM TERRA<br />

TERRA<br />

Aos Aos 19 19 anos anos no no Infante Infante D. D. Henrique Henrique e e vinte vinte anos anos depois depois depois como<br />

como<br />

chefe chefe chefe dos dos bares bares no no mesmo mesmo mesmo paquete paquete paquete entretanto entretanto adquirido adquirido por por um um<br />

um<br />

os os aviões” aviões”, aviões” rematou José Almei<strong>da</strong>.<br />

Este alfeizerense esteve na rota africana durante seis anos, inicialmente a armador armador grego grego que que mudou mudou o o nome nome do do navio navio para para Vasco Vasco <strong>da</strong> <strong>da</strong> Gama Gama<br />

Gama<br />

Natacha Natacha Narciso<br />

Narciso<br />

trabalhar nos bares. Conta que não foi duro, já que tinha muita vontade de<br />

nnarciso@gazetacal<strong>da</strong>s.com

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