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Divórcio - Palavra Criativa

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<strong>Divórcio</strong><br />

Ao falarmos do divórcio, precisamos ter uma prévia do casamento. É óbvio que no início<br />

da raça humana não existia Cartório, Juiz de Paz e nem tampouco Rabino ou qualquer outra<br />

autoridade eclesiástica para oficializar o casamento. No entanto, vimos que Deus cuidou de<br />

criar o homem a sua imagem e semelhança e formar a mulher da costela de Adão.<br />

Em Gn.1.27 “Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou;<br />

homem e mulher os criou.” Embasados nesta passagem extraída da Torá ou Talmuld, livro<br />

sagrado dos judeus, eles afirmam que D’us criou uma alma gêmea e quando um homem<br />

encontra numa mulher sua alma gêmea eles completam a imagem perfeita de Deus.<br />

Em Malaquias 2.13-15, observamos Deus falando que quando um casal separa-se o<br />

altar do templo chora, e Deus diz que tornou os dois uma só carne para que sejam forte e fiel<br />

um para com o outro, pois o próprio Deus foi e tem sido testemunha da aliança entre o homem<br />

e a mulher da tua aliança e Ele odeia o divórcio.<br />

Quando os evangelhos afirmam, “o que Deus uniu não separe o homem”, está integrada<br />

a aliança estabelecida no sangue (alma) entre o casal, pelo rompimento do hímen feminino, há<br />

um sangramento natural e aí firmam a aliança entre o casal, tornando-se os dois agora uma só<br />

carne podendo dissolver só com a morte de um dos cônjuges.<br />

Quanto ao descrito em Lv.20.10, o adultério é um pecado que sentencia à morte.<br />

Observa-se no entanto, que as partes que não se envolveram no adultério, ficaram livres<br />

para contrair novo matrimônio, conforme descrito em I Cor.7.39. »ROMANOS [7]<br />

1 Ou ignorais, irmãos (pois falo aos que conhecem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem<br />

por todo o tempo que ele vive?<br />

2 Porque a mulher casada está ligada pela lei a seu marido ENQUANTO ELE VIVER; mas, se<br />

ele morrer, ela está livre da lei do marido.<br />

3 De sorte que, ENQUANTO VIVER O MARIDO, será chamado adúltera, se for de outro<br />

homem; mas, se ele morrer, ela está livre da lei, e assim não será adúltera se for de outro<br />

marido.<br />

Os judeus afirmam ainda que houve um rompimento entre a relação de Deus com sua<br />

“esposa” Israel, em virtude da construção do bezerro de ouro construído pelo povo, quando<br />

Moisés fora ao Monte Sinai, sendo considerado isso um ato de adultério e por esta razão, fora<br />

posto a prova com o desmanchar da imagem dando a cada um de beber água com o pó de<br />

ouro do bezerro e aquele que tivesse adulterado a relação com Deus, seria destruído, ou morto<br />

com a ingestão da água e aquele que não se envolveu com este relacionamento extraconjugal,<br />

seria dado o dom da vida, ou seja, seria preservado. Após isso, decretou-se a lei constante no<br />

livro de Nm.5.<br />

Aí da afirmativa por causa da dureza do coração do homem, foi que Moisés permitiu dar<br />

carta de divórcio, pois os homens estavam por qualquer razão, rompendo sua relação conjugal,<br />

não apenas por adultério e sim por qualquer motivo. Buscando criar dificuldade para<br />

dissolvição, foi baixado um decreto que para oficializar o divórcio, seria necessário ser redigida<br />

o Guet, uma carta transcrita letra por letra, com pena e tinta especial sobre pergaminho, por um<br />

escriba credenciado, perante duas testemunhas aptas, não tendo valor nenhum quando escrita<br />

de outra forma ou pelo próprio marido, e enviada à um rabino que conhecesse a fundo as leis e<br />

temente a Deus, deveria dar provimento e deferir (aceitar) o pedido ou indeferir (não aceitar)<br />

dependendo da justificativa apresentada pelos maridos.


Se neste depoimento o homem mentisse, difamando sua esposa, para poder divorciarse<br />

dela, ele seria açoitado e não poderia mais se separar dela por toda sua vida, conforme<br />

descrito em Dt. 22.13-19, 29.<br />

O cuidado do povo Judeu era tanto que os Cohen (Lv.21.7, 13,14) não podiam casar<br />

com mulher divorciada, nem viúva, apenas mulher virgem e que fosse judia, caso contrário,<br />

estaria sendo excluído do trabalho no templo.<br />

Há várias questões que pairam e são discutidas em convenções de instituições<br />

religiosas, para saber como fica o caso dos divorciados, se continuam ou não exercendo<br />

ministério e se ele poderia contrair novo matrimônio e continuar atuando no ministério.<br />

Observemos o que está escrito em I Tim.3.2 “É necessário, portanto, que o bispo seja<br />

irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para<br />

ensinar,....(4) que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o<br />

respeito (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de<br />

Deus?)...(8) semelhantemente, quanto aos diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de<br />

uma só palavra,...(12) O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a<br />

própria casa.” Em Tito 1.6 fala que semelhantemente devem ser os presbíteros. Em I Cor.7.2<br />

“mas, por causa da impureza(DST), cada um tenha sua própria esposa, e cada uma, o seu<br />

próprio marido.”<br />

Sabemos de caso onde a pessoa divorciou-se do seu cônjuge e agora conheceu uma<br />

outra pessoa com quem gostaria de casar, o que fazer?<br />

Em I Cor.7.26 b “..., ser bom para o homem permanecer assim como está. (27) Estás casado?<br />

Não procures separar-te....” e no versículo (39), afirma que a mulher está ligada enquanto vive<br />

o marido; contudo se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, mas somente no<br />

Senhor. Ou seja, há uma preocupação para que a pessoa não se coloque em jugo desigual,<br />

casando-se com outra pessoa que não seja cristã. (II Cor.6.14,15) Todavia, não deve ser o<br />

pretexto de separar-se do cônjuge por que ele não quer freqüentar a mesma religião do que<br />

você, conforme menciona I Cor.7.11-16. Observemos que alguns descasados buscam<br />

argumentar que com base no verso 15, ficam livres para casar-se novamente, no entanto, a<br />

interpretação é que não haverá mais a obrigação dita no v.3-5, dentre outras que existem entre<br />

os casais. Lembrando Rom.7.2.<br />

Ainda conhecemos casos de pessoas que se casaram, tiveram filhos e divorciaram-se<br />

depois de um tempo e casaram-se com outra pessoa e também tiveram filhos e agora quer<br />

voltar para seu primeiro casamento, o que fazer?<br />

Vamos observar o que está escrito em Deut.24.1-4, acerca do divórcio, lembrando que<br />

no livro do profeta Malaquias 2.16 – “Porque o Senhor, Deus de Israel, diz que odeia o divórcio<br />

e também aquele que cobre de violência suas vestes, diz o Senhor dos Exércitos; Portanto,<br />

cuidai de vós mesmos e não sejais infiéis.” (grifo nosso)<br />

O divórcio era permitido pela lei mosaica, por causa da dureza do coração do homem<br />

conforme citado por Jesus posteriormente em Mt.19.9 e a restrição para um novo casamento<br />

para um casal divorciado seria para desencorajar divórcios casuais.<br />

Acreditar e defender que uma pessoa que já foi casada uma ou mais vezes enquanto<br />

estava no mundo e agora se converteu, deve voltar para seu primeiro marido, equivoca-se e é<br />

anti-bíblico conforme se observa em Dt.24.1-4. E mesmo que tente afirmar com base em<br />

At.17.30 e II Cor.5.17, estarão buscando desvirtuar ou deturpar a <strong>Palavra</strong> de Deus e isso é<br />

Heresia.<br />

Entendendo um pouco da Lei Brasileira a cerca do divórcio


Qual a diferença entre separação e divórcio?<br />

A separação tanto consensual quanto à litigiosa, só põe fim nas obrigações entre os<br />

deveres entre os cônjuges e ao regime de bens.<br />

Separação consensual é caracterizada pelo acordo entre os cônjuges, homologado pelo<br />

juiz. A separação litigiosa é caracterizada pela impossibilidade de acordo entre os cônjuges em<br />

qualquer dos requisitos como: divisão de bens, falta de vontade de se separar, guarda dos<br />

filhos menores, pensão, etc, sob sentença judicial.<br />

A separação em si não extingue o vínculo do casamento, enquanto o divórcio extingue o<br />

vínculo do casamento, podendo casar-se novamente, daí a importância de converter a<br />

separação em divórcio.<br />

A separação legal de corpus sem a intenção de reconciliação, deverá ser comprovada<br />

através de testemunhas para que o juiz possa homologar o divórcio.<br />

Vemos que o repudiar, era semelhante ao separar e dar carta de divórcio que era da<br />

competência do rabino, agora competência do Juiz. (Mt.5.31)<br />

Quais os motivos que posso divorciar-me?<br />

Segundo o Evangelho de Marcos 10.1-11; Mt.19.3-9, vemos a narrativa em que Jesus<br />

foi para Judéia e ensinava o povo como de costume e foi ali abordado por alguns fariseus, que<br />

com o objetivo de ver para qual partido político Jesus pendia, Shamai ou Hilel,<br />

experimentaram-lhe perguntando-lhe se era lícito o marido repudiar sua mulher?<br />

E Jesus como conhecedor e praticante da lei mosaica, respondeu-lhes com outra<br />

pergunta: (3) “..., que vos ordenou Moisés?” Então como num debate eles responderam: (4) “...:<br />

Moisés permitiu lavrar carta de divorcio e repudiar” como visando favorecer a forma deles<br />

pensarem e Jesus complementa o texto mencionado pelos fariseus, (5) “...: Por causa da<br />

dureza do vosso coração, ele vos deixou escrito esse mandamento. (9) ”Portanto o que Deus<br />

uniu, não separe o homem.” Surgindo dúvidas entre os discípulos, quando chegaram em casa<br />

foram perguntar para Jesus sobre o assunto e Jesus respondeu: (11) “...: Quem repudiar sua<br />

mulher e casar com outra comete adultério contra aquela. (12) E, se ela repudiar seu marido e<br />

casar com outro, comete adultério.<br />

Observem que no AT só os homens repudiavam e davam carta de divórcio e no NT<br />

tanto o homem quanto a mulher passam a ter direitos iguais.<br />

No livro de Mateus 5.32, vemos que Jesus demonstra a qual linhagem política apoiava,<br />

ao afirmar: “Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de<br />

relações sexuais ilícitas anteriores ao casamento(Lv.18), a expõe a tornar-se adultera; e aquele<br />

que casar com a repudiada comete adultério.”<br />

Segundo os ensinos de Jesus Cristo, além da morte, só uma coisa tem o poder de<br />

romper a aliança de um casal: o adultério, e mesmo assim não dá o direito aos que se separam<br />

ao novo casanmento, e ainda assim, devemos ter o espírito perdoador e restaurar a aliança,<br />

conforme I Cor.7.10,11 “Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se<br />

separe do marido (se porém, ela vier a separar-se, que não se case, OU QUE SE<br />

RECONCILIE com seu marido); e que o marido não se aparte de sua mulher.”<br />

Mesmo sabendo que existem casos horripilantes, de abuso até criminoso por parte de<br />

um dos cônjuges, onde a separação torna-se uma preservação da própria vida. Ainda que<br />

viciado, em drogas ilegais ou legalizadas que torna o cônjuge irresponsável, violento, justifica a<br />

separação e o divórcio, mas não o novo casamento.


Dados históricos da linhagem política<br />

Ambos viveram na época de Heródes<br />

SHAMMAI – Grande rabino, extremamente radical, apoiava a separação apenas em caso de<br />

adultério.<br />

HILLEL – Rabino, teólogo liberal, aprovava qualquer motivo.<br />

Novo casamento<br />

Segundo alguns adeptos de Hillel ou mesmo de Shammai, que apóiam o novo<br />

casamento, embasam sua teoria em At.17.30; I Tim.1.13, onde diz que Deus não leva em<br />

conta o tempo da ignorância, ou seja, se você casou, divorciou e se converteu, pode casar-se<br />

novamente sem preocupação, por que as coisas velhas já passaram e tudo se fez novo (II<br />

Cor.5.17).<br />

Perspicazes não? Pois gostaria de avisar a estes, que Jesus veio não para extinguir a<br />

lei, mais para cumpri-la (Mt.5.17). E só lembrando Romanos 7.1-3, citado no início desta<br />

pesquisa diz no versículo (1): “Ou ignorais, irmãos (pois falo aos que conhecem a lei), que a lei<br />

tem domínio sobre o homem por todo o tempo que ele vive?”<br />

Veja mais sobre casamento e divorcio no Ministério<br />

http://www.palavracriativa.org.br/PDFS/ETICA%20MINISTERIAL%20PARTE%202.pdf<br />

Referencias do Reverendo W. M. Branham<br />

http://www.palavracriativa.org.br/PDFS/ETICA%20MINISTERIAL%20PARTE%203.pdf<br />

TABERNÁCULO EVANGÉLICO A VOZ DE DEUS<br />

SÃO LEOPOLDO – RS – BRASIL<br />

Pr. Luís Henrique Stockmann<br />

contato@palavracriativa.org.br<br />

www.palavracriativa.org.br

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