Resumo: 10 a 15 linhas, com até cinco palavras-chave
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contemporâneas que se apresenta à fotografia é a exploração da paisagem urbana”. Com o<br />
projeto “Visita ao Antigo Cemitério Municipal de Frederico Westphalen - RS” foi possível<br />
exercitar o registro de acontecimentos, tendo a imagem <strong>com</strong>o um testemunho de um<br />
movimento de desativação de um cemitério.<br />
Ilustração 1 – Entrada do antigo cemitério municipal de Frederico Westphalen em 30 de<br />
agosto de 2007. Foto de Fernanda Kieling Pedrazzi<br />
Com a foto o olhar jornalístico ganha lente de aumento. Das primeiras reportagens<br />
de guerra no século XIX, às revistas ilustradas chegando aos dias de hoje, o fotografável<br />
ganha amplitude. Do interesse pelo exótico, curioso, diferente chega-se ao documento.<br />
Embora muda, a fotografia fixa, admite uma volta infinita ao ponto de<br />
observação, uma contemplação detida, longa, múltipla e repetida. A<br />
imagem pode ser lida <strong>com</strong>o um mosaico que muda constantemente de<br />
configuração, à medida que o olhar perpassa através dos planos e grãos,<br />
conforme o distanciamento em que a fotografia é colocada ou do grau de<br />
ampliação que dela se faz. (FLUSSER, 1985, p.11)<br />
O trabalho de fotografar um espaço abandonado, esquecido, <strong>com</strong>eçou a ser<br />
desenvolvido <strong>com</strong> o enfoque de apenas ser um registro fotográfico temporal e passou a ser<br />
mais amplo <strong>com</strong> os novos fatos relacionados ao tema: um decreto municipal e um edital de<br />
chamamento público. Assim, o trabalho acadêmico rompe fronteiras não sendo apenas a<br />
captação da imagem do cemitério abandonado para ser também, e principalmente, ser o<br />
registro da memória de toda uma cidade, um documento histórico. Com isso criam-se as<br />
condições de documentar um momento único: o fim de um patrimônio cultural. Segundo<br />
Côrrea & Freitas (2005, p. 23) “as cidades, assim <strong>com</strong>o as pessoas, são feitas de suas<br />
memórias”.