Resumo: 10 a 15 linhas, com até cinco palavras-chave

O trabalho frenético de abertura de túmulos e jazigos realizado por duas empresas
funerárias licitadas pela Prefeitura foi destaque no período de desativação definitiva.
Já no mês de março de 2008, e já findo o prazo dado para que os familiares
retirassem os restos de seus entes, a frieza do trabalho formal prestado pela Prefeitura toma
conta do local.
Utilizando-se somente de luvas e uma máscara do tipo cirúrgica, paulatinamente os
homens contratados abriam os túmulos, os esvaziavam e iam enchendo a carroceria de um
caminhão com aquilo que sobrou das pessoas ali enterradas.
Entre sacos azuis e pretos histórias de vida eram ensacadas, levadas a outro
endereço, sem nem mesmo a presença de seus familiares.
Ilustração 5 – Funerárias locais retiram nos túmulos o que restou no cemitério central, em
24 de março de 2008. Foto de Fernanda Kieling Pedrazzi
Dessa forma a equipe da pesquisa acompanha a morte de um cemitério destruído,
depredado e antes freqüentado até mesmo por vândalos, no período noturno, com o
transporte em definitivo dos enterrados para um novo local, sagrado cercado e limpo.
Métodos e técnicas utilizados
Para o registro das imagens foi escolhida uma câmera Nikon D40 de 10 megapixels.
O aluno do Curso de Comunicação Social e a professora realizaram a captação das imagens
ao longo de 14 meses, ampliando os olhares sobre o objeto pesquisado. As últimas
fotografias foram capturadas no mês de outubro, quando completava um ano da data do
decreto 221/2007.
Os depoimentos da comunidade, de moradores e de representantes do poder publico,
foram gravados em forma de entrevista em gravador digital. Após a decupagem do