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visões e desafios na américa latina - America Latina e Marx ...

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Nesse contexto político e econômico, o Consenso de Washington reformula<br />

suas propostas para desenvolver uma alter<strong>na</strong>tiva que seja incorporada por novas<br />

forças sociais emergindo. De acordo com Martins (2006), isso significariam<br />

propostas como: 1) substituição do câmbio fixo e apreciado pelo câmbio flutuante e<br />

administrado; 2) elevação do superávit primário dos governos para reduzir o<br />

endividamento; 3) maior flexibilização do mercado de trabalho, para aumentar o<br />

nível de emprego; aumento da poupança inter<strong>na</strong> por meio da reforma da<br />

previdência; 5) controle público dos preços em setores não-competitivos<br />

privatizados; 6) maior transparências em futuras privatizações.<br />

Na realidade, <strong>na</strong>da de fato novo advém das propostas dos organismos<br />

fi<strong>na</strong>nceiros inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is. Pelo contrário, elas reiteram em nova conjuntura<br />

econômica e política, as propostas e projetos de ajustes estruturais desenvolvidos<br />

em anos anteriores. No entanto, a emergência de inúmeros movimentos sociais e o<br />

aparecimento de novas forças políticas contrárias às políticas neoliberais termi<strong>na</strong>m<br />

por impor uma nova forma política de conduzir esse quadro.<br />

Nesse sentido, os próprios diagnósticos das instituições fi<strong>na</strong>nceiras<br />

inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is não deixam de si<strong>na</strong>lizar preocupações crescentes sobre o<br />

crescimento do que eles cunham como “pobreza”.<br />

O FMI concorda com o fracasso das políticas econômicas <strong>na</strong> América Lati<strong>na</strong><br />

Para o Banco Mundial (2005), a América Lati<strong>na</strong> e Caribe obtiveram os<br />

melhores resultados em crescimento econômico em relação aos últimos 24 anos.<br />

Esse resultado ancora-se no crescimento mundial, ampliação das exportações da<br />

região, os preços dos produtos básicos e uma ampla liquidez mundial. México, Chile<br />

e Brasil, no período, aumentaram sua produção, enquanto Argenti<strong>na</strong>, Uruguai e<br />

Venezuela recuperaram-se das crises que lhe afetaram em anos anteriores.<br />

A maioria dos países da região, ainda de acordo com a análise da<br />

instituição, mantém superávit comercial, reduziu suas necessidades de<br />

fi<strong>na</strong>nciamento externo e acumulou grandes quantidades de reservas inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is.<br />

Em decorrência desse quadro, o déficit fiscal se reduziu e as <strong>na</strong>ções melhoraram o<br />

seu endividamento externo.

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