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Jaime Pereira Filho<br />
também duque alemão Guilherme IV em 1516. Surgia<br />
a Reinheitsgebot, lei de pureza que determina que<br />
as cervejas alemãs somente podem possuir em sua<br />
receita três ingredientes: malte, lúpulo e água! Esta lei<br />
é vigente em toda Alemanha até os dias atuais, tendo<br />
somente sido atualizada para permitir a inclusão do<br />
fermento industrializado.<br />
A cerveja somente desembarcou no Brasil em<br />
1808, trazida pela família real portuguesa que estava de<br />
mudança para o Brasil colônia. Quase meio século mais<br />
tarde ela começaria a ser produzida comercialmente<br />
pela Cervejaria Imperial, que mais tarde passou a se<br />
chamar Companhia Cervejaria Bohemia, posteriormente<br />
vendida à Antarctica, hoje pertencente à AmBev.<br />
São dados como estes aqui apresentados que<br />
fundamentam minha teoria de que ainda estamos<br />
engatinhando quando o assunto é cerveja. Não questiono<br />
os méritos das grandes cervejarias de terem adaptado<br />
as fortes e amargas cervejas alemãs ao clima brasileiro,<br />
tendo com isso conquistado a esmagadora liderança<br />
de mercado que até hoje defendem. Porém tento<br />
abrir os olhos do consumidor para o fato de que o que<br />
conhecemos e a que somos submetidos como sendo a<br />
“história da cerveja” muito se distancia da realidade.<br />
Ainda hoje, no Brasil, mais de 90% da cerveja<br />
consumida é do tipo Pilsen, o qual só foi desenvolvido<br />
em 1842 d.C na República Tcheca. Poucos são os<br />
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