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Tecnologia de obtencao cerveja.pdf - Esalq

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO<br />

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA "LUIZ DE QUEIROZ"<br />

DEPARTAMENTO DE AGROINDÚSTRIA, ALIMENTOS E NUTRIÇÃO<br />

TECNOLOGIA DE OBTENÇÃO DA CERVEJA<br />

Profª Marília Oetterer


1. Consi<strong>de</strong>rações gerais<br />

AULA: TECNOLOGIA DE OBTENÇÃO DA CERVEJA<br />

Profª Marília Oetterer.<br />

A palavra "beer" provém do latim "bibere" que quer dizer beber.<br />

Há 5000 anos, já existia a <strong>cerveja</strong>, conforme inscrições em ruinas da Mesopotamia, do<br />

século 37 A.C. O Livro dos Mortos, do Antigo Egito, traz menções sobre a <strong>cerveja</strong> fabricada com<br />

cevada. Também na China há registros <strong>de</strong> 4000 anos da "kiu", <strong>cerveja</strong> feita a base <strong>de</strong> cevada,<br />

trigo, milho e arroz.<br />

Na época medieval, os mosteiros <strong>de</strong> toda a Europa Central fabricavam a <strong>cerveja</strong>.<br />

Os imigrantes, colonos primitivos ingleses e holan<strong>de</strong>ses, trouxeram a tecnologia doméstica<br />

<strong>de</strong> fabricação da <strong>cerveja</strong> para a América, preparando-a com milho e lúpulo.<br />

Na América, a primeira <strong>cerveja</strong>ria construida foi em 1544, na cida<strong>de</strong> do México.<br />

Em 1632 a Companhia Holan<strong>de</strong>sa das Indias Oci<strong>de</strong>ntais registrava uma <strong>cerveja</strong>ria na<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Nova York. Em 1664, uma força à qualida<strong>de</strong> da bebida foi dada pelas leis do Duque <strong>de</strong><br />

York, exigindo o uso <strong>de</strong> malte e a presença <strong>de</strong> um mestre cervejeiro para a fabricação da <strong>cerveja</strong>.<br />

Houve então a gran<strong>de</strong> expansão do processo doméstico da <strong>cerveja</strong> para o industrial.<br />

No Brasil, em 1900, já estava estabelecida a indústria cervejeira com 27 <strong>cerveja</strong>rias<br />

registradas. A Brahma foi fundada em 1904 e a Antarctica Paulista em 1891.<br />

O sucesso da indústria cervejeira brasileira se <strong>de</strong>ve à boa qualida<strong>de</strong> da bebida e ao clima<br />

do país que permite um consumo uniforme durante o ano todo, com uma pequena queda <strong>de</strong><br />

apenas 10% nos meses mais frios.<br />

Hoje, o Brasil exporta <strong>cerveja</strong> e é o 5º produtor mundial, com uma produção <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 65<br />

milhões <strong>de</strong> hectolitros por ano.<br />

O maior produtor mundial são os Estados Unidos, seguido da Alemanha, China e Japão.<br />

Além das marcas tradicionais, que disputam o mercado, a Brahma (55% da produção<br />

nacional) e a Antarctica (35%), há outras marcas significativas como a Kaiser, a Cerma, a Cerpa, a<br />

Schincariol, entre outras.<br />

Quanto ao consumo, o brasileiro bebe cerca <strong>de</strong> 38 L/pessoa/ano. Na Alemanha, o<br />

consumo é <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 150 L/pessoa/ano e na Bélgica chega a 143 L/pessoa/ano.<br />

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2. Definição <strong>de</strong> <strong>cerveja</strong><br />

Segundo as Normas Técnicas Relativas a Alimentos e Bebidas, <strong>cerveja</strong> é o produto obtido<br />

da fermentação alcoólica, pela Saccharomyces cerevisiae, <strong>de</strong> um mosto preparado com cevada<br />

maltada, adicionado ou não <strong>de</strong> outros cereais não maltados, lúpulo e água.<br />

As <strong>cerveja</strong>s, segundo a legislação, são classificadas <strong>de</strong> acordo com o grau <strong>de</strong> fermentação<br />

e o processo <strong>de</strong> preparação em:<br />

a) <strong>de</strong> baixa fermentação: são as <strong>cerveja</strong>s cuja fermentação se processa a temperaturas<br />

inferiores a 4º C.<br />

b) <strong>de</strong> alta fermentação: são as <strong>cerveja</strong>s cuja fermentação se processa a temperaturas<br />

superiores a 20º C.<br />

c) chopp: são <strong>cerveja</strong>s <strong>de</strong> baixa fermentação, não pasteurizadas e acondicionadas em<br />

vasilhames a<strong>de</strong>quados.<br />

As <strong>cerveja</strong>s sempre pertencem a dois gran<strong>de</strong>s grupos : tipo Lager e tipo Ale.<br />

As do tipo Lager são conhecidas com os nomes <strong>de</strong> Pilsen ou Pilsener, Dortmun<strong>de</strong>r, Viena,<br />

Munique (Munchen) e Bock. São as mais comuns em todo o mundo e é este tipo que se produz no<br />

Brasil, pois são mais a<strong>de</strong>quadas ao nosso clima. Elas se encaixam na <strong>de</strong>finição do tipo a, <strong>de</strong> baixa<br />

fermentação, um processo lento <strong>de</strong> fabricação. Estas <strong>cerveja</strong>s têm sabor suave e composição<br />

média <strong>de</strong> 3,58% <strong>de</strong> álcool em peso, 1,12% <strong>de</strong> açúcares expressos em maltose, pH 4,3 e 2,27<br />

volumes <strong>de</strong> CO2 no produto após envasamento.<br />

Assim, a Pilsen é <strong>de</strong> cor clara, sabor mediano a lúpulo; a Viena é <strong>de</strong> coloração ambar e<br />

sabor mediano a lúpulo; já a Munique tem cor mais escura, é "encorpada", tem sabor adocicado <strong>de</strong><br />

malte e leve a lúpulo. A <strong>cerveja</strong> Bock é "pesada" com sabor adocicado <strong>de</strong> malte.<br />

As <strong>cerveja</strong>s "light" entraram no mercado brasileiro pelas mãos da Brahma (São Paulo) em<br />

1982. Outras empresas menores também fabricam este tipo <strong>de</strong> <strong>cerveja</strong> para um público mais<br />

seleto, como a Cerma Export (Maranhão) e a Serramalt (Rio Gran<strong>de</strong> do Sul). São <strong>cerveja</strong>s tipo<br />

Lager, <strong>de</strong> baixa fermentação, porém com teor alcoólico <strong>de</strong> 2 %.<br />

As <strong>cerveja</strong>s do tipo Ale são conhecidas com os nomes <strong>de</strong> Porter e Stout. São as <strong>cerveja</strong>s<br />

do tipo b, <strong>de</strong> alta fermentação. As <strong>cerveja</strong>s Ale tem cerca <strong>de</strong> 5 % <strong>de</strong> álcool e menos lúpulo que as<br />

Lager; são adocicadas e <strong>de</strong>signadas <strong>de</strong> Malzbier ou Stout.<br />

O produto final, <strong>cerveja</strong>, é uma bebida não <strong>de</strong>stilada, com teor alcoólico na faixa <strong>de</strong> 3% a<br />

8%, que apresenta variações <strong>de</strong> sabor e <strong>de</strong> composição conforme a região on<strong>de</strong> é produzida; há<br />

especificações para cerca <strong>de</strong> 187 "tipos" consi<strong>de</strong>rando as mais conhecidas mundialmente.<br />

3


3. Matérias primas para fabricação <strong>de</strong> <strong>cerveja</strong><br />

Para fabricar uma <strong>cerveja</strong> necessita-se <strong>de</strong> basicamente: malte (enzimas), complementos<br />

do malte (amido), levedura, lúpulo e água.<br />

3.1 Malte<br />

É a cevada germinada. Po<strong>de</strong> ser preparado com outros cereais como o milho, o arroz e o<br />

trigo, entre outros.<br />

Para se proce<strong>de</strong>r à maltagem que é a operação que envolve a germinação e posterior<br />

secagem do grão, a cevada é colocada sob maceração em água até alcançar cerca <strong>de</strong> 45% <strong>de</strong><br />

umida<strong>de</strong>; a germinação <strong>de</strong>ve ser feita em condições controladas <strong>de</strong> temperatura, umida<strong>de</strong> e<br />

aeração e <strong>de</strong>pois seca-se até cerca <strong>de</strong> 10% <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> a temperaturas próximas <strong>de</strong> 70º C.<br />

O malte também é matéria prima para a fabricação do whisky e a principal razão do seu<br />

uso para qualquer processo <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> bebidas é o seu alto po<strong>de</strong>r diastásico, ou seja a alta<br />

ativida<strong>de</strong> enzimática ou alta ativida<strong>de</strong> da invertase do grão.<br />

As enzimas presentes são α-amilase, β-amilase, maltase e proteases. A α-amilase aparece<br />

em teores <strong>de</strong> 30 a 60 unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>xtrinas e o po<strong>de</strong>r diastásico chega a 250%, quando na<br />

cevada é <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 50%. Estas enzimas transformam o amido, presente no próprio malte e<br />

originalmente na cevada, em açúcares para a ação das leveduras e produção <strong>de</strong> álcool.<br />

4


3.1.1 Maceração da cevada<br />

Os tanques <strong>de</strong> maceração são geralmente <strong>de</strong> aço inox, abertos, com dispositivo para<br />

aeração forçada. Ver Figura 1.<br />

Figura 1 – Tanques <strong>de</strong> maceração da cevada.<br />

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O tempo <strong>de</strong> maceração é <strong>de</strong> 3 a 5 dias, com temperaturas <strong>de</strong> 10º a 20º C. O volume <strong>de</strong><br />

água é <strong>de</strong> 300 a 350 L/ 100 L <strong>de</strong> cevada, atingindo o conjunto, 2/3 do volume do tanque. A água<br />

po<strong>de</strong> ser trocada quando a temperatura aumentar muito e é utilizada para fermentações<br />

industriais, pois é rica em açúcares, substâncias nitrogenadas e sais minerais. Adição <strong>de</strong> SO2 ou<br />

hipoclorito à agua promove a assepcia e facilita o entumescimento.<br />

3.1.2 Germinação<br />

A germinação po<strong>de</strong> ser feita da forma tradicional, em naves construidas <strong>de</strong> alvenaria e piso<br />

<strong>de</strong> cimento ou asfalto, por espalhamento do cereal macerado em camadas <strong>de</strong> 30 cm <strong>de</strong> altura,<br />

aspersão <strong>de</strong> água e revolvimento; mantendo o sistema ao abrigo da luz. O processo tem duração<br />

<strong>de</strong> 8 dias, em temperatura ótima <strong>de</strong> 15º C; é exotérmico e termina quando o grão alcança a sua<br />

fase máxima <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> enzimas, ou seja, quando a radícula atingir 2/3 do comprimento total<br />

do grão. Ver Figura 2.<br />

Figura 2 – Caixa <strong>de</strong> germinação da cevada.<br />

A germinação po<strong>de</strong> ser feita mecanicamente ou pelo processo Galland ou <strong>de</strong> tambor, on<strong>de</strong><br />

se injeta O2 e elimina-se CO2, o que diminui o tempo <strong>de</strong> germinação.<br />

6


3.1.3 Secagem<br />

A secagem é feita para paralisar a ativida<strong>de</strong> biológica da germinação após ser atingido o<br />

ótimo. Do malte ver<strong>de</strong> ( 45% <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>) obtém-se o malte seco, que tem <strong>de</strong> 9 a 14% <strong>de</strong><br />

umida<strong>de</strong>.<br />

A secagem é feita em 2 fases, <strong>de</strong> início a temperaturas <strong>de</strong> 20 a 70º C, por 20 min. Na fase<br />

final, o secador estará a 70º a 95ºC, por 2 a 3 min, para se obter o malte claro <strong>de</strong>stinado à<br />

fabricação <strong>de</strong> <strong>cerveja</strong>s Lager, ou por 5 min., para malte escuro e fabricação das Ale.<br />

O controle da umida<strong>de</strong> e da temperatura nas fases do aquecimento são importantes<br />

porque há condições <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da reação <strong>de</strong> Maillard, o que caracterizará a cor do<br />

malte obtido. Tostadores po<strong>de</strong>m ser utilizados quando se preten<strong>de</strong> obter o malte "caramelo",<br />

porém a ativida<strong>de</strong> enzimática é reduzida.<br />

Na Escócia, há a tradição <strong>de</strong> <strong>de</strong>fumar-se o malte com a queima da turfa (restos vegetais<br />

que se acamam em regiões frias) para se obter um sabor especial no whisky.<br />

O malte pronto é estocado em silos <strong>de</strong> carga móvel que chegam a ter capacida<strong>de</strong> para 500<br />

toneladas. Nos silos se faz o revolvimento das sementes para outras unida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>vido à<br />

respiração das sementes, que forma CO2 e calor, po<strong>de</strong>ndo trincar a pare<strong>de</strong> do silo, se não houver<br />

manejo bem feito.<br />

3.2 Complementos do malte<br />

São as fontes <strong>de</strong> carboidratos principalmente o amido fornecedores dos açúcares<br />

redutores fermentescíveis.<br />

As enzimas do malte agem sobre o amido da cevada que lhe <strong>de</strong>u origem, porém precisam<br />

<strong>de</strong> mais substrato para uma maior sacarificação; este vem dos complementos adicionados, que<br />

po<strong>de</strong>m entrar na proporção <strong>de</strong> até 50% da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> malte.<br />

Os sucedâneos do malte mais usados são o milho, o arroz, o trigo e a cevada não maltada.<br />

No Brasil, o melhor, por condições <strong>de</strong> preço é a quirera <strong>de</strong> arroz.<br />

As indústrias vêm adotando o xarope <strong>de</strong> maltose como fonte <strong>de</strong> açúcar fermentescível, que<br />

tem a função <strong>de</strong> acelerar a mosturação e fornecer substrato para a ação das maltases.<br />

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3.3 Leveduras<br />

As mais utilizadas são as do genero Saccharomyces cerevisiae e Saccharomyces uvarum .<br />

A levedura pura e selecionada provém <strong>de</strong> meio <strong>de</strong> cultura sólido ou são células liofilizadas.<br />

Essas leveduras têm que ter habilida<strong>de</strong> em produzir álcool, além <strong>de</strong> flocular e sedmentar, o que<br />

permite a separação da <strong>cerveja</strong> obtida do inóculo.<br />

A forma melhor e mais rápida <strong>de</strong> se multiplicar o fermento é a partir <strong>de</strong> uma fermentação<br />

vigorosa, on<strong>de</strong> o mosto em fermentação é diluído em mosto estéril. O fermento <strong>de</strong>verá ter 10 6 a<br />

10 8 células/ ml.<br />

Nos aparelhos fermentadores <strong>de</strong> cultura pura, o volume vai aumentando <strong>de</strong> 1:10 até se<br />

chegar a 4000 L. Diluições <strong>de</strong> 1:1000 são feitas no processo Galland, chegando ao volume <strong>de</strong><br />

800.000 L nos propagadores. Ver Figura 3.<br />

Figura 3 – Tanque propagador <strong>de</strong> leveduras.<br />

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3.4 Lúpulo<br />

É uma planta cultivada na Alemanha. Os cachos florais são colhidos da trepa<strong>de</strong>ira e as<br />

flores são secas e comercializadas na forma <strong>de</strong> pellets.<br />

As flores contém a lupulina, que é um material resinoso, <strong>de</strong> sabor amargo, on<strong>de</strong><br />

predominam resinas, antocianinas, tanino e α-ácidos. O lúpulo tem dupla função, a aromática e a<br />

que propicia o sabor amargo.<br />

O lúpulo é adicionado na fase final <strong>de</strong> fervura do mosto.<br />

3.5 Água<br />

É fator importante na escolha do local para a <strong>cerveja</strong>ria, pois o volume usado é da or<strong>de</strong>m<br />

<strong>de</strong> 1000 L para cada 100 L <strong>de</strong> <strong>cerveja</strong> obtida. Deve ser potável, não alcalina, levemente dura, com<br />

cerca <strong>de</strong> 500 mg/ml <strong>de</strong> sulfato <strong>de</strong> cálcio e corrigida quimicamente, se estiver fora dos padrões.<br />

4. Processamento da <strong>cerveja</strong><br />

O processo, <strong>de</strong>ntro da fábrica <strong>de</strong> <strong>cerveja</strong>, inicia-se com a moagem do malte.<br />

O malte estocado nos silos, é moido por esmagamento entre rolos, em número <strong>de</strong> 2, 4 ou<br />

6. O importante é que a moagem não seja muito severa para não prejudicar a fase <strong>de</strong> filtragem,<br />

pois as cascas é que se constituem no filtro. Ver Figura 4.<br />

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Figura 4 – Moinhos <strong>de</strong> malte.<br />

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Também, a moagem, se muito grossa, não preencherá o seu objetivo, que é <strong>de</strong> facilitar a<br />

hidrólise do amido pela maior superfície <strong>de</strong> contato.<br />

Os complementos do malte <strong>de</strong>vem ser moidos mais finamente.<br />

A seguir, as matérias primas <strong>de</strong>vem ser agrupadas e a sequência <strong>de</strong> operações será a<br />

mosturação, fervura, fermentação e maturação.<br />

4.1 Mosturação<br />

É a fase <strong>de</strong> preparação do mosto.<br />

Consiste em se misturar o malte moído, a água e os sucedâneos do malte, em dornas que<br />

trabalham a temperaturas baixas <strong>de</strong> início, e vão aquecendo por etapas até 75ºC.<br />

O objetivo é gomificar o amido para facilitar a hidrólise <strong>de</strong>ste por parte das enzimas do<br />

malte.<br />

Os complementos do malte como o arroz ou o milho são cozidos à parte até formação <strong>de</strong><br />

goma e a seguir são adicionados às dornas <strong>de</strong>vido à viscosida<strong>de</strong>.<br />

Quando se <strong>de</strong>seja obter a <strong>cerveja</strong> escura, na fase <strong>de</strong> mosturação é que se incorpora o<br />

caramelo.<br />

Há 2 formas <strong>de</strong> se proce<strong>de</strong>r à mosturação, que são a infusão e a <strong>de</strong>cocção, esta a utilizada<br />

para processos <strong>de</strong> baixa fermentação.<br />

Alguns recursos <strong>de</strong>vem ser utilizados para ir-se elevando gradativamente a temperatura,<br />

como por exemplo, cozinhar 1/3 do mosto separadamente à ebulição e incorporá-lo ao restante.<br />

Assim, esta porção eleva a temperatura do conjunto, já estando completamente gomificada, o que<br />

facilita o trabalho das enzimas.<br />

Proce<strong>de</strong>-se a 3 fervuras e as temperaturas do mosto vão se alterando, com sucessivos<br />

aquecimentos e resfriamentos, e as enzimas vão agindo.<br />

Quando a massa estiver a 50ºC, estarão agindo as proteases, a 60ºC - 65ºC, ocorre a<br />

sacarificação pela β-amilase e a 70ºC - 75ºC, a <strong>de</strong>xtrinização do amido pela α-amilase.<br />

O amido ao ser atacado pela α-amilase e β-amilase, quebrará as ligações α-1,4 com<br />

produção <strong>de</strong> maltose, que será <strong>de</strong>gradada a glicose pela ação da maltase.<br />

As <strong>de</strong>xtrinas com ligações α-1,6 permanecerão sem <strong>de</strong>gradar e propiciarão o "corpo" à<br />

<strong>cerveja</strong>, além <strong>de</strong> colaborarem no sabor e aroma da <strong>cerveja</strong>.<br />

O ponto fundamental da mosturação é a <strong>de</strong>gradação do amido, que se hidrolisa a açúcares<br />

fermentescíveis como maltose, glicose e maltotrioses, além <strong>de</strong> formar <strong>de</strong>xtrinas.<br />

O amido hidrolisado se liquefaz.<br />

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Na mosturação é importante a ação das enzimas proteolíticas. Os aminoácidos produzidos<br />

pelas enzimas proteolíticas <strong>de</strong>vem estar presentes para servirem <strong>de</strong> nutrientes às leveduras, na<br />

fase <strong>de</strong> fermentação. As proteinas não <strong>de</strong>gradadas também são necessárias para proporcionar<br />

boa qualida<strong>de</strong> e estabilida<strong>de</strong> à espuma da <strong>cerveja</strong>.<br />

Ao final da mosturação, quando as enzimas já estão inativas a 75ºC, proce<strong>de</strong>-se à<br />

clarificação ou filtração do mosto, por gravida<strong>de</strong>, através das cascas do malte que formam uma<br />

cama no fundo da dorna. Após a drenagem, faz-se a aspersão <strong>de</strong> água a 75ºC, por várias vezes,<br />

até o resíduo se apresentar com 1% <strong>de</strong> extratos solúveis. Ver Figura 5.<br />

Figura 5 – Filtração do mosto ao final da mosturação.<br />

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4.2 Fervura ou ebulição do mosto.<br />

A operação anterior <strong>de</strong> mosturação e esta <strong>de</strong> fervura são <strong>de</strong>signadas <strong>de</strong> brassagem na<br />

<strong>cerveja</strong>ria.<br />

Nesta fase há precipitação <strong>de</strong> proteinas, resinas e taninos. Ver Figura 6.<br />

Figura 6 – Cal<strong>de</strong>iras para ebulição do mosto.<br />

Após a filtragem, o mosto é levado à fervura em dornas a 100ºC, durante 2 horas.<br />

O objetivo principal é esterilizar o mosto, para receber a levedura.<br />

Também ocorre a concentração <strong>de</strong>ste, a aromatização e a caramelização <strong>de</strong> alguns<br />

açúcares.<br />

O lúpulo é adicionado, à base <strong>de</strong> 2 a 3 g/L ao final da fervura, uma vez que os óleos<br />

essenciais responsáveis pelo aroma são voláteis e po<strong>de</strong>m se per<strong>de</strong>r na fervura.<br />

O mosto é filtrado novamente e vai para o resfriamento em trocadores <strong>de</strong> calor; a<br />

temperatura cai para 8ºC a 10ºC.<br />

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4.3 Fermentação<br />

Ocorre em dornas fechadas <strong>de</strong> aço inox, que recebem o mosto resfriado <strong>de</strong> 4ºC a 8ºC.<br />

Quanto mais baixa a temperatura, melhor a qualida<strong>de</strong> da <strong>cerveja</strong>. Ver Figura 7.<br />

Figura 7 – Dorna para fermentação da <strong>cerveja</strong>.<br />

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O fermento preparado com uma concentração <strong>de</strong> células <strong>de</strong> 10 6 a 10 8 /mL, que equivale a<br />

77 g <strong>de</strong> levedura (matéria seca) em 100 L <strong>de</strong> mosto, é adicionado inicialmente nas dornas abertas.<br />

Após algumas horas começa a aparecer uma fina espuma branca; na fase mais tumultuosa<br />

da fermentação, a temperatura atinge 15º C e a velocida<strong>de</strong> da fermentação é fundamental para a<br />

boa qualida<strong>de</strong> do produto.<br />

O mosto é então transferido para a dorna fechada, com serpentinas para resfriamento, do<br />

tipo "out door", medindo 17 a 20 m <strong>de</strong> altura e 7 m <strong>de</strong> diametro.<br />

O pH cai <strong>de</strong> 5,2 para 3,8, nas primeiras fases da fermentação e é favorável ao<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da levedura. Correção com ácido lático.<br />

Durante a fermentação, ocorre a utilização do açúcar pelas leveduras e produção <strong>de</strong> CO2 e<br />

álcool. Assim temos:<br />

C6H12O6 ------→ 2C2H5OH + 2CO2 (ver Figura 8)<br />

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Figura 8 – Produção <strong>de</strong> álcool pelas leveduras, a partir do açúcar fermentescível.<br />

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O acompanhamento da fermentação po<strong>de</strong> ser feito através da medida dos sólidos em<br />

solução, graus Brix. Depen<strong>de</strong>ndo da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sólidos no início, traduzidos pelos açúcares<br />

fermentescíveis, tem-se uma quantida<strong>de</strong> maior ou menor <strong>de</strong> álcool na fase final da fermentação.<br />

No final da fermentação, a temperatura cai <strong>de</strong> 6ºC para 2ºC; as leveduras floculam e<br />

<strong>de</strong>cantam.<br />

Após 7 a 12 dias estará completada a fermentação, que é chamada <strong>de</strong> fermentação<br />

principal.<br />

Como produto, temos a chamada <strong>cerveja</strong> "ver<strong>de</strong>".<br />

O CO2 se mantém solubilizado <strong>de</strong>ntro da <strong>cerveja</strong> porque está frio; o mosto vai sendo<br />

manuseado e ele vai se <strong>de</strong>spren<strong>de</strong>ndo. O CO2 é lavado e reutilizado lequefeito para uso no<br />

acabamento e engarrafamento da <strong>cerveja</strong>.<br />

Po<strong>de</strong>-se recuperar as leveduras da parte mediana das dornas e incorporá-las à ração<br />

animal como "single cell protein".<br />

4.4 Maturação<br />

Após a fermentação principal ocorrer, a <strong>cerveja</strong> ver<strong>de</strong>, que ainda possui uma suspensão <strong>de</strong><br />

leveduras e uma parte <strong>de</strong> material fermentescível passa por uma fermentação secundária,<br />

chamada maturação.<br />

Na verda<strong>de</strong>, é um repouso prolongado a temperaturas frias, <strong>de</strong> 0ºC a 3ºC que contribui<br />

para a clarificação da <strong>cerveja</strong> e melhoria do sabor.<br />

Po<strong>de</strong> durar 40 dias (caso da Brahma Extra) ou mais tempo.<br />

Há precipitação <strong>de</strong> leveduras e proteinas.<br />

Os ésteres formados, como o acetato <strong>de</strong> etila e o acetato <strong>de</strong> amila é que caracterizam a<br />

<strong>cerveja</strong> "madura".<br />

As células restantes vão ao fundo; o amargor do lúpulo se atenua e o sabor da <strong>cerveja</strong> se<br />

estabelece.<br />

A seguir são feitas a clarificação, a carbonatação e a filtragem, como operações <strong>de</strong><br />

acabamento da <strong>cerveja</strong>.<br />

A clarificação utiliza tipos variados <strong>de</strong> filtros. Ver Figuras 9, 10 e 11.<br />

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Figura 9 – Filtos <strong>de</strong> lâminas para clarificação da <strong>cerveja</strong>.<br />

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Figura 10 – Filtros <strong>de</strong> terra diatomácea para clarificação da <strong>cerveja</strong>.<br />

19


Figura 11 – Detalhes do filtro <strong>de</strong> Kieselguhr para clarificação da <strong>cerveja</strong>.<br />

A carbonatação sob pressão, faz com que o gás seja absorvido pela <strong>cerveja</strong>, em<br />

substituição a parte do oxigenio.<br />

Filtros <strong>de</strong> terra diatomácea e <strong>de</strong> placas <strong>de</strong> celulose, são utilizados na última etapa do<br />

processo; a <strong>cerveja</strong> <strong>de</strong>scansa 24 h. antes <strong>de</strong> ser embalada.<br />

Na Figura 12 é apresentado o diagrama do fluxo <strong>de</strong> produção da <strong>cerveja</strong>.<br />

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Figura 12 – Fluxo <strong>de</strong> produção da <strong>cerveja</strong>.<br />

5. Produto final<br />

Apresenta-se em garrafas pasteurizadas, ou latas <strong>de</strong> alumínio com adição <strong>de</strong> CO2 ou barris<br />

<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira ou inox, mantidos a 4 a 5 atmosferas, com adição <strong>de</strong> CO2 e que <strong>de</strong>vem ser mantidos<br />

sob refrigeração. Ver Figura 13.<br />

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Figura 13 – Barris para acondicionamento da <strong>cerveja</strong>.<br />

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A adição <strong>de</strong> CO2 é feita no fundo da garrafa, antes <strong>de</strong> se colocar a <strong>cerveja</strong>; a seguir é feito<br />

o enchimento e as garrafas entram no túnel pasteurizador, durante 25 a 27 min.; neste a faixa <strong>de</strong><br />

60 a 62ºC é mantida por 7 min e ao final a garrafa estará a 30º C.<br />

Para se produzir 100 L <strong>de</strong> <strong>cerveja</strong> a 3,7 G.L., são necessários cerca <strong>de</strong> 14 kg <strong>de</strong> cevada<br />

maltada, 5 kg <strong>de</strong> complementos do malte, 1000 L <strong>de</strong> água, 0,16 kg <strong>de</strong> lúpulo e 3 kg do CO2.<br />

O laboratório <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma <strong>cerveja</strong>ria é fundamental, analisa as<br />

matérias primas, os produtos em processo e a bebida e suas características.<br />

No mosto são analisados: gravida<strong>de</strong> específica, pH, aci<strong>de</strong>z total, açúcares redutores,<br />

aminoácidos livres, proteína, amido, cor e viscosida<strong>de</strong>.<br />

Na <strong>cerveja</strong> em processo são analisados: gravida<strong>de</strong> específica, grau <strong>de</strong> fermentação, pH,<br />

aci<strong>de</strong>z total, açúcar fermentescível, aminoácidos livres, proteína, cor, oxigênio dissolvido e<br />

bactérias contaminantes.<br />

Na <strong>cerveja</strong> finalizada são analisados: teor alcoólico, gravida<strong>de</strong> específica, extrato original,<br />

extrato final, grau <strong>de</strong> fermentação, estabiblida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espuma, oxigênio dissolvido, proteínas, amido,<br />

iso α ácidos, pH, diacetil, SO2, Cobre, Sódio, Oxalato <strong>de</strong> Cálcio, flavour, estabilida<strong>de</strong> do flavour,<br />

CO2, clareza, bactérias contaminantes.<br />

Os aromas e flavours <strong>de</strong>sejáveis são no malte os produtos voláteis <strong>de</strong> Maillard como o<br />

maltol e dimetil-sulfi<strong>de</strong>. No lúpulo, as iso-humulonas, óleos essenciais e produtos <strong>de</strong> oxidação<br />

como o linalol. No produto fermentado, o etanol, ésteres como o etil acetato e ácidos orgânicos<br />

como o ácido acético.<br />

23


6. Referências Bibliográficas<br />

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