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CCL3 - Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG

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freqüência e po<strong>de</strong> provocar hepatite necrótica conheci<strong>da</strong> como “black disease” (SINCLAIR,<br />

1967). A hepatite necrótica é uma enfermi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> caráter agudo e a <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> “black<br />

disease” foi <strong>da</strong><strong>da</strong> <strong>de</strong>vido à presença <strong>de</strong> sangue venoso cianótico no tecido subcutâneo e,<br />

aparentemente, na pele. No fígado são observa<strong>da</strong>s áreas necróticas <strong>de</strong> coloração cinza-<br />

amarela<strong>da</strong>s, circun<strong>da</strong><strong>da</strong>s por áreas hemorrágicas, <strong>de</strong>correntes <strong>da</strong> ação <strong>da</strong>s toxinas produzi<strong>da</strong>s<br />

pelo agente (NASCIMENTO et al., 2004).<br />

Na fase crônica <strong>da</strong> infecção o parasito localiza-se nos ductos e na vesícula biliar do<br />

hospe<strong>de</strong>iro e inicia ali sua postura <strong>de</strong> ovos. A <strong>de</strong>scamação e ulceração provoca<strong>da</strong>s pelos<br />

espinhos e ventosas nos ductos hepáticos levam a infiltração <strong>de</strong> várias células, inclusive<br />

fibroblastos, que são diretamente responsáveis pelos processos <strong>de</strong> fibrose ocorridos no fígado<br />

(DAWES, 1963a). Nesta fase, os ductos biliares começam a dilatar-se, levando à uma<br />

hiperplasia dos mesmos. Entre 16 e 20 semanas após a infecção, observa-se <strong>de</strong>posição <strong>de</strong><br />

cálcio nas pare<strong>de</strong>s dos ductos biliares. Essas alterações culminam em hemorragia e necrose <strong>da</strong><br />

mucosa dos ductos (ROSS et al., 1967; SINCLAIR, 1967; DOW et al., 1968; BORAY, 1969).<br />

No início <strong>de</strong>sta fase é relatado o encontro <strong>de</strong> um pequeno infiltrado inflamatório local. A<br />

hiperplasia dos ductos biliares acentua-se com o <strong>de</strong>correr <strong>da</strong> infecção e atinge níveis extremos<br />

levando a necrose <strong>de</strong>sses ductos e a um quadro <strong>de</strong> hemorragia (BEHM & SANGSTER, 1999).<br />

A fasciolose crônica é caracteriza<strong>da</strong> por per<strong>da</strong> <strong>de</strong> peso, ascite, <strong>de</strong>senvolvimento gradual <strong>de</strong><br />

e<strong>de</strong>ma submandibular, anemia, hipoproteinemia, hipoalbuminemia, eleva<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

enzimática no fígado, eosinofilia e em cargas parasitárias muito altas, a infecção po<strong>de</strong> levar o<br />

animal à morte (BEHM & SANGSTER, 1999).<br />

Em camundongos após a ingestão <strong>da</strong>s metacercárias, as mesmas <strong>de</strong>sencistam-se e as formas<br />

jovens po<strong>de</strong>m ser encontra<strong>da</strong>s a<strong>de</strong>ri<strong>da</strong>s à pare<strong>de</strong> do intestino. Este achado é incomum, uma<br />

vez que nos procedimentos <strong>de</strong> necropsia o parasito po<strong>de</strong> <strong>de</strong>spren<strong>de</strong>r-se <strong>da</strong> pare<strong>de</strong> intestinal e<br />

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