CCL3 - Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG
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controla<strong>da</strong> por linfócitos T auxiliares do tipo 2 (linfócitos Th2), que expressam o <strong>de</strong>terminante<br />
antigênico CD4 (CD4 + ) na superfície celular e secretam, principalmente, as citocinas<br />
<strong>de</strong>nomina<strong>da</strong>s interleucina-4 (IL-4), IL-5, IL-6, IL-9, IL-10 e IL-13 em resposta à estimulação<br />
antigênica. No entanto, os possíveis mecanismos regulados por estas citocinas que são<br />
responsáveis pela proteção contra helmintos ou, em alguns casos, pelo aumento <strong>da</strong> lesão e<br />
conseqüentemente <strong>da</strong> patologia associa<strong>da</strong> à infecção, ain<strong>da</strong> não foram claramente<br />
estabelecidos (MOSSMAN & COFFMAN, 1989).<br />
A infecção por F. hepatica, assim como por outros helmintos, é acompanha<strong>da</strong> por uma<br />
elevação dos níveis <strong>de</strong> IgE, eosinofilia e to<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>mais alterações induzi<strong>da</strong>s pela<br />
subpopulação <strong>de</strong> linfócitos Th2 (MULCAHY et al., 1999). A infecção induz uma eosinofilia<br />
marcante no sangue periférico e nas células <strong>da</strong> medula óssea <strong>de</strong> camundongos, ratos e<br />
ovelhas. Em ovelhas, estudos histológicos nos focos inflamatórios presentes no fígado <strong>de</strong><br />
animais infectados evi<strong>de</strong>nciaram infiltrados <strong>de</strong> eosinófilos e células CD4 + na fase inicial <strong>da</strong><br />
infecção; na fase crônica surgem também focos inflamatórios formados por infiltrados <strong>de</strong><br />
células CD8 + e células γδTCR + (O’NEILL et al., 2000).<br />
Segundo Sinclair (1968), a resposta imune do hospe<strong>de</strong>iro é importante para a proteção do<br />
mesmo contra os <strong>da</strong>nos causados por F. hepatica, uma vez que ovelhas infecta<strong>da</strong>s e trata<strong>da</strong>s<br />
com corticói<strong>de</strong>s apresentaram maiores lesões no fígado, além <strong>de</strong> um <strong>de</strong>senvolvimento mais<br />
rápido dos parasitos. Esses animais <strong>de</strong>senvolveram a doença <strong>de</strong> forma mais rápi<strong>da</strong> e grave.<br />
Em camundongos atímicos infectados por F. hepatica, observa-se a morte dos mesmos<br />
invariavelmente durante a fase <strong>de</strong> migração do parasito pelo fígado, encontrando-se extensos<br />
<strong>da</strong>nos no órgão e ausência <strong>de</strong> infiltrado celular nos locais <strong>da</strong>s lesões (BEHM & SANSTER,<br />
1999).<br />
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