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TURISMO E DESENVOLVIMENTO LOCAL: O MISTICISMO ... - UCDB

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A modalidade fenomenológica como forma de compreender estas experiências,<br />

através do mundo-vida do sujeito, se faz presente em pesquisas desta natureza, pelas<br />

possibilidades de conhecimento do fenômeno a ser investigado. Se busco desvelar, no meu<br />

encontro com o outro, os significados de um fenômeno, temos como base teórica os autores:<br />

Augras (1993), Heidegger (1995), Merleau-Ponty (1990; 1994), Husserl (1989) e Heigel.<br />

Seguindo esta linha de raciocínio, faz-se necessário compreender o espaço<br />

sagrado para quem visita, “o sagrado pode ser tanto terrível quanto fascinante, as pessoas o<br />

temem e se sentem irresistivelmente atraídos para ele” (ROSENDAHL 1996, p.29), tornando-<br />

se religiosidade, e assim “a manifestação do sagrado num objeto qualquer, uma árvore, uma<br />

pedra, ou uma pessoa implica em algo de misterioso, ligado à realidade que não pertence ao<br />

nosso mundo” (ROSENDAHL 1996, p.27), fatos estes verificados e contextualizados no<br />

espaço.<br />

Assim sendo, iremos contextualizar o significado do sagrado, em uma<br />

abordagem no viés geográfico, não adquirindo, mas reconhecendo o viés da antropologia e<br />

sociologia. Pois, a geografia dedica-se cada vez mais na compreensão da hierocracia, ou seja,<br />

o poder do sagrado.<br />

Interessante, a conotação dada por Eliade (1993, p.297) referente à consagração<br />

do espaço, “de fato, o lugar nunca é “escolhido” pelo homem; ele é, simplesmente,<br />

“descoberto” por ele, ou, por outras palavras, o espaço sagrado revela-se-lhe sob uma ou<br />

outra forma”. Podemos, consagrar espaços por diferentes interesses ou aptidões, porém<br />

devemos nos ater aos “interesses religiosos”, visto que, conceitos referentes ao assunto tendem<br />

a ser analisados.<br />

Portanto, antes devemos dar atenção ao conceito de lugar, visto que, apresentase<br />

em diferentes escalas, podendo estar conotado em uma casa, bairro, cidade, nação, enfim,<br />

conforme Tuan apud Mello (2001), denotando o etnocentrismo, do lugar vivido.<br />

Podemos ainda, falar em lugares, quando não vividos, porém referendados,<br />

como lugares concebidos ou míticos, onde o imaginário conjuga-se a consciência criativa.<br />

Conforme Tuan (1980, p.168), os lugares sagrados são locais de hierofanias,<br />

onde explica que; “a moita, a fonte ou a montanha adquire caráter sagrado onde quer que<br />

com o espaço, tornando-o qualitativamente forte, demarcado e diferenciado, definido por Eliade apud Rosendahl<br />

(1996, p.81)<br />

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