Revista ANP - União Sul-Brasileira
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você se sentiria<br />
se seus pensamentos<br />
se<br />
tornassem audíveis?<br />
Como<br />
ficaria sua imagem<br />
pública se, por onde você andasse,<br />
todas as pessoas ouvissem os seus<br />
pensamentos mais íntimos? Mesmo<br />
que os demais seres humanos não conheçam<br />
os nossos pensamentos, Deus<br />
os conhece e deseja colocá-los em sintonia<br />
com Sua Palavra. Para isso, necessitamos<br />
uma conversão diária que nos<br />
faça novas criaturas (2Co. 5:17) com “a<br />
mente de Cristo” (1Co. 2:16). O verdadeiro<br />
reavivamento nos leva a buscar<br />
constantemente a Deus através da oração<br />
e do estudo da Bíblia.<br />
Abandono do desejo de supremacia<br />
Os discípulos de Cristo tinham<br />
dificuldade de entender a natureza do<br />
reino que Ele viera estabelecer. Certa<br />
ocasião eles chegaram mesmo a discutir<br />
“entre si sobre qual era o maior”; e<br />
Cristo lhes advertiu: “Se alguém quer<br />
ser o primeiro, será o último e servo de<br />
todos” (Mc 9:34-35). Em outra ocasião,<br />
Cristo afirmou: “Em verdade vos digo<br />
que vós, os que me seguistes, quando,<br />
na regeneração, o Filho do homem se<br />
assentar no trono da sua glória, também<br />
vos assentareis em doze tronos para julgar<br />
as doze tribos de Israel” (Mt. 19:28).<br />
Motivados aparentemente por esta declaração,<br />
Tiago e João, acompanhados<br />
de sua mãe (Mt. 20:20), pediram a Cristo:<br />
“Permite-nos que, na tua glória, nos<br />
assentemos um à tua direita e outro à<br />
REVISTA <strong>ANP</strong> 10<br />
tua esquerda.”<br />
Mas Este lhes<br />
disse: “Sabeis<br />
que os que são<br />
considerados<br />
governadores<br />
dos povos têm-nos sob seu domínio,<br />
e sobre eles os seus maiorais exercem<br />
autoridade. Mas entre vós não é assim;<br />
pelo contrário, quem quiser tornar-se<br />
grande entre vós, será esse o que vos<br />
sirva; e quem quiser ser o primeiro entre<br />
vós será servo de todos” (Mc 10:37,<br />
42-44).<br />
Sob a poderosa influência do<br />
Espírito Santo, os discípulos deixaram<br />
de lado todo o desejo de supremacia e<br />
de grandeza, perseverando “unânimes”<br />
(At 2:46). Em outras palavras, “haviam<br />
deixado de ser um grupo de unidades<br />
independentes, ou elementos discordantes<br />
em conflito. Sua esperança não<br />
mais repousava sobre a grandeza ter-<br />
Nossa civilização ocidental se caracteriza por<br />
uma sede desenfreada de sexo, violência e<br />
misticismo, onde o amor ao lazer e ao prazer<br />
estão suplantando os valores bíblicos<br />
o verdadeiro reavivamento gera o abandono<br />
do desejo de supremacia pessoal e promove<br />
a unidade entre os crentes.<br />
restre.” – Atos dos Apóstolos, p. 45. Portanto,<br />
o verdadeiro reavivamento gera<br />
o abandono do desejo de supremacia<br />
pessoal e promove a unidade entre os<br />
crentes.<br />
Uma vez que reavivamento<br />
sem reforma é mera ilusão, é indispensável<br />
considerarmos também a questão<br />
da reforma na vida espiritual.<br />
REFORMA<br />
(Efeito / Consequência)<br />
A reforma espiritual gerada<br />
pelo verdadeiro reavivamento, provoca<br />
grandes mudanças comportamentais<br />
na vida cristã, dentre as quais destacaremos<br />
cinco, que podem ser consideradas<br />
básicas.<br />
Sensibilidade espiritual<br />
O apóstolo Paulo afirma que<br />
“o homem natural não aceita as coisas<br />
do Espírito de Deus, porque lhe são<br />
loucura; e não pode entendê-las, porque<br />
elas se discernem espiritualmente”<br />
(1Co 2:14). Mas “estando nós mortos”<br />
em nossos delitos e pecados, Deus nos<br />
ressuscitou espiritualmente e “nos deu<br />
vida juntamente com Cristo” (Ef 2:1,<br />
5-6). Portanto, a reforma motivada pelo<br />
reavivamento desenvolve maior sensibilidade<br />
para com as questões espiritu-<br />
ais.<br />
Mudança de ênfase<br />
O mundo pós-moderno em<br />
que vivemos estimula a satisfação<br />
dos gostos e instintos pessoais<br />
acima dos princípios divinos. Neste contexto,<br />
muitos cristãos hoje querem ser<br />
salvos nos seus pecados, mas não dos<br />
seus pecados. Devemos reconhecer, no<br />
entanto, que os gostos e instintos pessoais<br />
nem sempre estão em harmonia<br />
com a vontade de Deus (ver Is 55:8-9),<br />
pois “há caminho que ao homem parece<br />
direito, mas ao cabo dá em caminhos<br />
de morte” (Pv 14:12). Por contraste, a<br />
reforma motivada pelo reavivamento<br />
gera uma mudança de ênfase: dos gostos<br />
pessoais para a conformidade com<br />
os princípios divinos.