de domingo a domingo leituras de domingo - Paróquia de Matosinhos
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• O “caminho” que Jesus propõe aos seus discípulos (o<br />
“caminho” do amor, do serviço, do dom da vida) parece,<br />
à luz dos critérios com que a maior parte dos homens<br />
do nosso tempo avaliam estas coisas, um caminho <strong>de</strong><br />
fracasso, que não conduz nem à riqueza, nem ao po<strong>de</strong>r,<br />
nem ao êxito social, nem ao bem estar material – afinal,<br />
tudo o que parece dar verda<strong>de</strong>iro sabor à vida dos<br />
homens do nosso tempo. No entanto, Jesus garantiunos<br />
que era no caminho do amor e da entrega que<br />
encontraríamos a vida nova e <strong>de</strong>finitiva. Na minha leitura<br />
da vida e dos seus valores, o que é que prevalece: o<br />
pessimismo <strong>de</strong> alguém que se sente fraco, in<strong>de</strong>feso,<br />
humil<strong>de</strong> e que vai passar ao lado das gran<strong>de</strong>s experiências<br />
que fazem felizes os gran<strong>de</strong>s do mundo, ou a esperança<br />
<strong>de</strong> alguém que se i<strong>de</strong>ntifica com Jesus e sabe que<br />
é nesse “caminho” <strong>de</strong> amor e <strong>de</strong> dom da vida que se<br />
encontra a felicida<strong>de</strong> plena e a vida <strong>de</strong>finitiva?<br />
• Jesus garantiu aos seus discípulos o envio <strong>de</strong> um<br />
“<strong>de</strong>fensor”, <strong>de</strong> um “consolador”, que havia <strong>de</strong> animar a<br />
comunida<strong>de</strong> cristã e conduzi-la ao longo da sua marcha<br />
pela história. Nós acreditámos, portanto, que o Espírito<br />
está presente, animando-nos, conduzindo-nos, criando<br />
vida nova, dando esperança aos crentes em caminhada.<br />
Quais são as manifestações do Espírito que eu vejo na<br />
vida das pessoas, nos acontecimentos da história, na<br />
vida da Igreja?<br />
• A comunida<strong>de</strong> cristã, i<strong>de</strong>ntificada com Jesus e com o<br />
Pai, animada pelo Espírito, é o “templo <strong>de</strong> Deus”, o<br />
lugar on<strong>de</strong> Deus habita no meio dos homens. Através<br />
<strong>de</strong>la, o Deus libertador continua a concretizar o seu<br />
projecto <strong>de</strong> salvação. A Igreja é, hoje, o lugar on<strong>de</strong> os<br />
homens encontram Deus? Ela dá testemunho (em gestos<br />
<strong>de</strong> amor, <strong>de</strong> serviço, <strong>de</strong> humanida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>,<br />
<strong>de</strong> compreensão, <strong>de</strong> perdão, <strong>de</strong> tolerância, <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong><br />
para com os pobres) do Deus que quer oferecer<br />
aos homens a salvação? O que é que nos falta – a nós,<br />
“família <strong>de</strong> Deus” – para sermos verda<strong>de</strong>iros sinais <strong>de</strong><br />
Deus no meio dos homens?<br />
DE DOMINGO A DOMINGO<br />
1. Terça-feira, é o último dia <strong>de</strong> Maio. A Igreja<br />
celebra a Festa da VISITAÇÃO DE NOSSA SENHORA. Um<br />
bom dia para participar na Eucaristia das 18:30 horas.<br />
2. Quarta-feira, dia 1 <strong>de</strong> Junho, às 21:30 horas, no<br />
Centro <strong>de</strong> Comunhão e Cultura, haverá uma REUNIÃO DE<br />
AVALIAÇÃO da VISITA PASCAL. Contamos com a presença<br />
<strong>de</strong> todos os responsáveis dos grupos.<br />
3. Ainda no dia 1, haverá o encontro com os mais<br />
velhos: DAR VIDA AOS ANOS. Devem estar no Lar <strong>de</strong><br />
Sant’Ana, às 14:30 horas, para <strong>de</strong>pois se dirigirem até à<br />
Câmara Municipal para a activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse dia.<br />
4. Sábado, dia 4, às 09:00 horas, começa a NOVE-<br />
NA DO SENHOR DE MATOSINHOS.<br />
5. Continua o PEDITÓRIO PARA AS FLORES que<br />
ornamentarão a igreja paroquial durante a Festa do<br />
Senhor <strong>de</strong> <strong>Matosinhos</strong>. Des<strong>de</strong> já, se agra<strong>de</strong>ce toda a<br />
vossa generosida<strong>de</strong> e colaboração para po<strong>de</strong>rmos manter<br />
esta bela tradição.<br />
6. No dia 19 <strong>de</strong> Junho, vai celebrar-se o DIA DIO-<br />
CESANO DA FAMÍLIA. Os casais que celebram, este ano,<br />
10, 25, 50 ou 60 anos <strong>de</strong> Matrimónio, são convidados a<br />
participar nessa celebração, presidida pelo senhor D.<br />
Manuel Clemente, na Nave Polivalente, em Anta – Espinho.<br />
Para po<strong>de</strong>rem receber um diploma que assinale<br />
essas datas, <strong>de</strong>vem inscrever-se até ao dia 3 <strong>de</strong> Junho,<br />
no Cartório Paroquial.<br />
7. A disciplina da EDUCAÇÃO MORAL E RELIGIOSA<br />
CATÓLICA é uma boa oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formação. Não<br />
<strong>de</strong>ve confundir-se com a catequese. Os pais <strong>de</strong>vem<br />
incentivar os filhos a matricularem-se. Estão disponíveis<br />
à entrada da igreja uns <strong>de</strong>sdobráveis para quem quiser<br />
saber mais sobre esta disciplina.<br />
ANO A [15] #24 29 MAI 11<br />
TEMPO PASCAL<br />
LEITURAS DE DOMINGO<br />
VI<br />
E HOUVE MUITA ALEGRIA NAQUELA CIDADE.<br />
1. “Se Me amar<strong>de</strong>s, guardareis os meus mandamentos…”,<br />
assim começa a passagem do evangelho segundo<br />
João que a Igreja nos propõe para este (já!) sexto <strong>domingo</strong><br />
<strong>de</strong> Páscoa. Se me amar<strong>de</strong>s… Reparemos: não diz: se for<strong>de</strong>s<br />
valentes, se compreen<strong>de</strong>r<strong>de</strong>s, se for<strong>de</strong>s inteligentes…<br />
2. Nem sequer diz: se for<strong>de</strong>s obedientes… Muito<br />
menos diz: se não obe<strong>de</strong>cer<strong>de</strong>s, ireis para o inferno… Não.<br />
Diz simplesmente: se Me amar<strong>de</strong>s… O estímulo, a motivação,<br />
o estilo da nossa conduta, só po<strong>de</strong> ser o AMOR.<br />
3. Se for outra coisa, os nossos comportamentos,<br />
ainda que irrepreensíveis do ponto <strong>de</strong> vista da observância<br />
estrita e escrupulosa da lei, não somos cristãos. É muito<br />
importante isto, aliás referido pelo papa Bento XVI na sua<br />
encíclica ‘Deus é Amor’: “Ao início do ser cristão, não há<br />
uma <strong>de</strong>cisão ética ou uma gran<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ia, mas o encontro<br />
com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida<br />
um novo horizonte e, <strong>de</strong>sta forma, o rumo <strong>de</strong>cisivo.”<br />
4. Sim, Jesus, nos seus discursos <strong>de</strong> <strong>de</strong>spedida, não<br />
nos <strong>de</strong>ixa uma doutrina, um manual <strong>de</strong> instruções, muito
menos um código <strong>de</strong> direitos e <strong>de</strong>veres e sanções ou castigos.<br />
Deixa-nos um <strong>de</strong>sejo, um único <strong>de</strong>sejo: que amemos.<br />
5. Portanto, se apren<strong>de</strong>mos a amar, compreen<strong>de</strong>mos<br />
o fundamental. Se compreen<strong>de</strong>mos o amor, apren<strong>de</strong>mos<br />
tudo o que havia para compreen<strong>de</strong>r. Se apren<strong>de</strong>mos que a<br />
fé é o amor maior, estamos no único caminho, na única<br />
verda<strong>de</strong> que nos fará chegar à vida. Santo Agostinho haveria<br />
<strong>de</strong> escrever (sem romantismos estéreis, claro): ‘Ama e<br />
faz o que quiseres’.<br />
6. Neste discurso <strong>de</strong> <strong>de</strong>spedida, <strong>de</strong> que ouvimos uma<br />
passagem este <strong>domingo</strong>, é como se Jesus nos dissesse: se<br />
me amais, então Eu posso ir tranquilo; posso fiar-me <strong>de</strong><br />
vós, confiar em vós. Porque fareis as coisas como <strong>de</strong>ve ser;<br />
porque fareis a única coisa agradável a Deus. Porque sereis<br />
verda<strong>de</strong>iramente minhas testemunhas: «Por isto é que<br />
todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos<br />
amar<strong>de</strong>s uns aos outros.»<br />
7. A Igreja é Igreja <strong>de</strong> Cristo, não quando é lugar da<br />
obediência, da disciplina, da organização perfeitamente<br />
funcional, da ortodoxia, mas quando é a Igreja do AMOR.<br />
Bem sei algumas das consequências práticas que uma<br />
afirmação como esta encerra. Mas sei também,<br />
sobretudo, o quanto nos falta para vivermos a fé e o<br />
sermos cristãos a partir daqui e não <strong>de</strong> outras coisas. E<br />
isto é verda<strong>de</strong> para todos: para os que estão ‘<strong>de</strong>ntro’ e<br />
para os que ‘frequentam quando precisam’. Todos temos<br />
<strong>de</strong> sentir-nos permanentemente <strong>de</strong>safiados e aguilhoados<br />
por umas palavras como estas.<br />
8. Para isso, Jesus envia-nos o “Espírito da verda<strong>de</strong>,<br />
que o mundo não po<strong>de</strong> receber, porque não O vê nem O<br />
conhece, mas que vós conheceis, porque habita<br />
connvosco e está em vós”.<br />
9. Sim, o Espírito está em nós <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Baptismo.<br />
Mas, vêmo-lo verda<strong>de</strong>iramente a actuar nas nossas<br />
paróquias? Os outros po<strong>de</strong>m, verda<strong>de</strong>iramente, vê-lo na<br />
forma como vivemos e agimos, cada dia?<br />
10. A Igreja do Amor, a Igreja que <strong>de</strong>ixa o Espírito agir<br />
no seu interior, é uma Igreja marcadamente missionária. E<br />
a sua activida<strong>de</strong> apostólica ou evangelizadora converte-se<br />
em libertação cheia <strong>de</strong> alegria. Que alegria há, na nossa<br />
cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Matosinhos</strong>, por causa do testemunho que<br />
damos (pessoal e comunitariamente) da nossa fé?<br />
PALAVRA DO DOMINGO<br />
Evangelho <strong>de</strong> Nosso Senhor Jesus Cristo segundo<br />
São João (14,15-21)<br />
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:<br />
"Se Me amar<strong>de</strong>s, guardareis os meus mandamentos. E<br />
Eu pedirei ao Pai, que vos dará outro Defensor, para<br />
estar sempre convosco: o Espírito da verda<strong>de</strong>, que o<br />
mundo não po<strong>de</strong> receber, porque não O vê nem O<br />
conhece, mas que vós conheceis, porque habita convosco<br />
e está em vós. Não vos <strong>de</strong>ixarei órfãos: voltarei para<br />
junto <strong>de</strong> vós. Daqui a pouco o mundo já não Me verá,<br />
mas vós ver-Me-eis, porque Eu vivo e vós vivereis. Nesse<br />
dia reconhecereis que Eu estou no Pai e que vós<br />
estais em Mim e Eu em vós. Se alguém aceita os meus<br />
mandamentos e os cumpre, esse realmente Me ama. E<br />
quem Me ama será amado por meu Pai e Eu amá-lo-ei e<br />
manifestar-Me-ei a ele".<br />
(RE) LER O DOMINGO<br />
"Eu pedirei ao Pai e Ele vos dará outro Defensor".<br />
Prossegue o discurso <strong>de</strong> consolação iniciado no Domingo<br />
passado: Jesus dá novos motivos <strong>de</strong> confiança àqueles<br />
que O amam. Em primeiro lugar, Jesus promete aos<br />
seus amigos o envio do Espírito Santo: estamos perante<br />
a primeira <strong>de</strong> 5 promessas do Espírito que balizam os<br />
colóquios do Cenáculo (cf. 14, 26; 15, 26; 16, 7-11.12-<br />
14). Ao Espírito é dado o nome <strong>de</strong> "Paráclito" (Defensor,<br />
Consolador, Advogado...), o que pressupõe que também<br />
os discípulos estarão envolvidos num processo judicial -<br />
o mesmo, no fundo, com que Jesus se enfrenta (cf. a<br />
propósito, a 2ª leitura e o contexto da 1.ª) -. Também<br />
muito significativa é a <strong>de</strong>signação "Espírito <strong>de</strong> Verda<strong>de</strong>"<br />
que sublinha o papel do Espírito como Revelador (cf. 14,<br />
26; 16, 13). Em segundo lugar Jesus assegura aos seus<br />
discípulos que não os <strong>de</strong>ixará órfãos da sua presença. Já<br />
não será a presença corpórea a que eles se habituaram,<br />
mas nem por isso <strong>de</strong>ixará <strong>de</strong> ser menos real. A marca <strong>de</strong><br />
autenticida<strong>de</strong> da fé que habilita ao gozo <strong>de</strong>sta manifestação<br />
do Ressuscitado será a prática do amor concretizada<br />
na observância dos mandamentos <strong>de</strong> Jesus. É esse<br />
o sinal distintivo <strong>de</strong> toda a mística autêntica.<br />
ACTUALIZAR O DOMINGO<br />
• A paixão <strong>de</strong> Jesus continua a acontecer, todos os dias,<br />
na vida <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong> nós e na vida <strong>de</strong> tantos irmãos<br />
nossos. Sentimo-nos impotentes face à guerra e ao terrorismo;<br />
não conseguimos prever e evitar as catástrofes<br />
naturais; sofremos por causa da injustiça e da opressão;<br />
vemos o mundo construir-se <strong>de</strong> acordo com critérios <strong>de</strong><br />
egoísmo e <strong>de</strong> materialismo; não po<strong>de</strong>mos evitar a<br />
doença e a morte… Acreditamos no “Reino <strong>de</strong> Deus”,<br />
mas ele parece nunca mais chegar, e caminhamos,<br />
<strong>de</strong>sanimados e frustrados, para um futuro que não<br />
sabemos aon<strong>de</strong> conduzirá a humanida<strong>de</strong>. No entanto,<br />
nós os crentes temos razões para ter esperança: Jesus<br />
garantiu-nos que não nos <strong>de</strong>ixaria órfãos e que estaria<br />
sempre a nosso lado. Na minha leitura do mundo e da<br />
história, o que é que prevalece: o pessimismo <strong>de</strong> quem<br />
se sente só e perdido no meio <strong>de</strong> forças <strong>de</strong> morte, ou a<br />
esperança <strong>de</strong> quem está seguro <strong>de</strong> que Jesus ressuscitado<br />
continua presente, a acompanhar a caminhada da<br />
sua comunida<strong>de</strong> pela história?