24/05/05 - Câmara dos Deputados

CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ COM REDAÇÃO FINAL
Nome: CPI - Tráfico de Armas
Número: 0661/05 TRANSCRIÇÃO IPSIS VERBIS Data: 24/05/05
fechar, pelo menos, a porta de entrada no nosso Estado. Mas entendemos que,
quando todos são unânimes em dizer que a rota vem via Paraguai, Mato Grosso,
Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, por que não fechar no seu nascedouro. Existe
um problema sério, que nós sabemos, no Rio de Janeiro, que é sua geomorfologia.
Todos têm conhecimento da nossa cidade maravilhosa, mas há morros
encastelados dentro da própria área metropolitana. Para que os senhores tenham
idéia, nós temos, na área do Rio de Janeiro, uma média de 600 áreas conflagradas,
como chamamos, áreas problemas entre favelas. Então, dentro da própria cidade,
está a Rocinha, que é pontuada pela mídia, Vidigal e outras tantas que estão no
cerne da Capital, e é nessa área mesmo em que ocorrem os maiores embates e que
nós vamos perceber, se os senhores me permitirem passar alguma coisa. Lógico,
que é a síntese do que está aqui, as apreensões no dia-a-dia da corporação. Mas,
tratando por tipo e calibre de arma, que pode ser algo que me venha a ser
questionado, nós temos, em termos de armas nacionais e estrangeiras, dessas
83.096 armas, 59.246 armas são nacionais, 7.951 armas são confirmadamente
estrangeiras. Aí, eu volto à minha palavra inicial, quanto ao restante, que vai em
torno de 15 mil, não tenho ainda esse dado compilado porque rastreamento de
armas compete à Polícia Federal, no caso do Estado, ao Comando Militar do Leste e
à própria Secretaria de Segurança Pública com a Polícia Civil, que, acredito, já tenha
vindo aqui. Então, dessas 15 mil, por certo, a grande maioria delas será de origem
nacional e outras tantas estrangeiras. Então, a gente percebe que não vai flutuar e
não vai modificar esse percentual de 70% para 30% de armas estrangeiras. E, no
Rio de Janeiro, nós temos como característica principal, e aí falando como órgão de
inteligência, na questão do crime organizado — é falado em uma vertente maior —
nós tratamos como facções criminosas ou grupos que estão se articulando para
imprimir a violência em certas áreas, onde a Polícia está presente nos confrontos,
quando são feitas apreensões; há confrontos em que há baixa de ambos os lados.
E, no Rio de Janeiro, não poderia ser dessa forma. Nós temos, no nosso Estado,
como eu falei, áreas que a gente classifica em áreas de inteligência, como
conflagradas, porque têm confrontos permanentes. Em busca de trazer a paz para
essa população, nós estamos permanentemente nessas áreas, quer com
policiamento ostensivo ordinário, que a Polícia Militar executa, quer com as ações
complementares com as diversas unidades especiais, que possuem desde do BOE,
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