(MODELO PARA APRESENTAÇÃO DE ARTIGO) - ECA-USP

II JORNADA DISCENTE
PPGMPA – USP
São Paulo, 14 de outubro de 2011
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A segunda forma de recuperação de um catálogo é através da reedição da obra
integral, do LP completo, com todos os seus fonogramas, da mesma forma que foi lançado
originalmente. No caso da Discos Marcus Pereira, a decisão foi a de recuperar as obras
completas.
Artistas versus Conceito
A Discos Marcus Pereira foi, segundo entrevista concedida por Aluízio Falcão, diretor
artístico da gravadora durante o período de 1972 a 1975, focada na produção de discos
conceituais e não em obras de artistas. A Marcus Pereira não possuía um casting de artistas
contratados. Segundo Falcão, em primeiro lugar vinha o conceito do que seria a obra e a parte
de execução e procura por artistas ocorria mais tarde.
Desta forma, entendo como natural que um processo de reedição não aconteça através
de fonogramas individuais mas das obras completas. Para Moreira, que tem trabalhado na
reedição do acervo da Copacabana através de compilações de sucessos e caixas de síntese de
obras de artistas de maior relevância, a Discos Marcus Pereira seria “o biscoito fino dentro da
Copacabana”, ou seja, discos de maior qualidade que devem ser reeditados de forma
diferenciada do processo geralmente usado para os artistas mais populares do catálogo da
Copacabana e da própria EMI Music.
Entendo que seria importante explicar, em linhas gerais, que a Discos Marcus Pereira
foi incorporada pela Copacabana não em função de seu acervo ou de semelhança em
estratégias comerciais, mas porque a Marcus Pereira era distribuída pela Copacabana, o que
gerou dívidas que não puderam ser pagas. Quando a Marcus Pereira fechou as portas, estas
dívidas foram sanadas com a transferência do acervo da Marcus Pereira para a Copacabana.
Começando pelo começo
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