EBD 10 – 11 de março - Igreja Batista da Capunga
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“SETE PROFETAS MENORES”- HABACUQUE<br />
05/13 <strong>–</strong> O triunfo <strong>da</strong> fé inabalável<br />
“Ain<strong>da</strong> que a figueira não floresça, nem haja fruto na vi<strong>de</strong>; o produto <strong>da</strong> oliveira minta, e os campos não produzam<br />
mantimento; as ovelhas sejam arrebata<strong>da</strong>s do aprisco, e nos currais não haja gado, to<strong>da</strong>via eu me alegro em<br />
YHWH, exulto no Deus <strong>da</strong> minha salvação.” (Habacuque 3.17-18)<br />
Olá Amado(a).<br />
O texto áureo acima certamente vos trará agradáveis lembranças, mesmo aos menos<br />
acostumados com a leitura Bíblica. É, sem dúvi<strong>da</strong>, um dos mais belos testemunhos <strong>de</strong> fé <strong>de</strong> to<strong>da</strong><br />
literatura sacra. Encerra a canção <strong>de</strong> Habacuque, testemunha<strong>da</strong> no Capítulo 3 <strong>de</strong> seu Livro, após o<br />
entendimento que lhe advém acerca dos questionamentos feitos a YHWH (YAHU), particulari<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
do testemunho <strong>de</strong> sua profecia.<br />
Dois questionamentos são apresentados por Habacuque diante <strong>de</strong> sua observação acerca <strong>de</strong><br />
seu tempo e, principalmente acerca do império dominador em sua época, o Império Babilônico.<br />
O primeiro questionamento está em 1.3-4: “Por que razão me mostras a iniqüi<strong>da</strong><strong>de</strong>, e me fazes ver a<br />
opressão? Pois que a <strong>de</strong>struição e a violência estão diante <strong>de</strong> mim, havendo também quem suscite a<br />
conten<strong>da</strong> e o litígio. Por esta causa a lei se afrouxa, e a justiça nunca se manifesta; porque o ímpio<br />
cerca o justo, e a justiça se manifesta distorci<strong>da</strong>”.<br />
O segundo questionamento, como que não enten<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> todo a resposta <strong>da</strong><strong>da</strong> anteriormente, se<br />
encontra em 1.12-17, como veremos em parte: “Tu és tão puro <strong>de</strong> olhos, que não po<strong>de</strong>s ver o mal, e a<br />
opressão não po<strong>de</strong>s contemplar. Por que olhas para os que proce<strong>de</strong>m aleivosamente, e te calas<br />
quando o ímpio <strong>de</strong>vora aquele que é mais justo do que ele?” (v.13). “E por que farias os homens<br />
como os peixes do mar, como os répteis, que não têm quem os governe?” (v.14). “Deve ele continuar<br />
a esvaziar a sua re<strong>de</strong> e a <strong>de</strong>struir sem pie<strong>da</strong><strong>de</strong> os povos?” (v.17)<br />
A sinceri<strong>da</strong><strong>de</strong> dos questionamentos <strong>de</strong> Habacuque se vê na ênfase <strong>da</strong><strong>da</strong> ao seu posicionamento,<br />
como se lê em 1.2 e 2.1: “Até quando, YHWH, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei:<br />
Violência! e não salvarás?” (1.2); “Sobre a minha torre <strong>de</strong> vigia estarei, e sobre a fortaleza me<br />
apresentarei e vigiarei, para ver o que falará a mim, e o que eu respon<strong>de</strong>rei a esta queixa.” (2.1).<br />
A primeira resposta <strong>de</strong> YHWH <strong>de</strong>ixa perplexo Habacuque, motivo se seu questionamento seguinte:<br />
“Ve<strong>de</strong> entre os gentios e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos; porque realizarei em vossos dias<br />
uma obra que vós não crereis, quando for conta<strong>da</strong>. Porque eis que suscito os cal<strong>de</strong>us, nação amarga<br />
e impetuosa, ... , para apo<strong>de</strong>rar-se <strong>de</strong> mora<strong>da</strong>s que não são suas”(v.5-6). Os cal<strong>de</strong>us (babilônios)<br />
foram levantados pelo próprio YHWH para exercer o Seu juízo! É a Palavra <strong>de</strong> YHWH que o diz.<br />
À resposta ao segundo questionamento, YHWH or<strong>de</strong>na que seja escrita em tábuas e li<strong>da</strong> para o<br />
entendimento <strong>de</strong> muitos; Mostra a Habacuque o castigo que advirá aos injustos e a todos os que<br />
buscam <strong>de</strong>uses falsos, acenando também com Bênçãos que nos transportam ao Messias, como se lê:<br />
“Porque a visão é ain<strong>da</strong> para o tempo <strong>de</strong>terminado, mas se apressa para o fim, e não enganará; se<br />
tar<strong>da</strong>r espera-o, porque certamente virá, não tar<strong>da</strong>rá. Eis que a sua alma está orgulhosa, não é reta<br />
nele; mas o justo pela sua fé viverá.”(2.3-4); “Ai <strong>da</strong>quele que edifica a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> com sangue, e que<br />
fun<strong>da</strong> a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> com iniqüi<strong>da</strong><strong>de</strong>!”(2.12); “Porque a terra se encherá do conhecimento <strong>da</strong> glória <strong>de</strong><br />
YHWH, como as águas cobrem o mar.”(2.14); “Que aproveita a imagem <strong>de</strong> escultura, <strong>de</strong>pois que a<br />
esculpiu o seu artífice? Ela é máscara e ensina mentira.”(2.18); “ Mas YHWH está no seu santo<br />
templo; cale-se diante Dele to<strong>da</strong> a terra.” (2.20).<br />
Quase na<strong>da</strong> se conhece acerca <strong>de</strong> Habacuque, mas seu nome, originado <strong>de</strong> uma planta regional,<br />
significa “Abraço”. Abraço apertado, <strong>de</strong> carinho, que enche <strong>de</strong> prazer e preenche as dúvi<strong>da</strong>s do<br />
relacionamento. A canção final <strong>de</strong> Habacuque representa este abraço do Profeta, em seu DEUS,<br />
após o entendimento <strong>da</strong> Soberania <strong>de</strong> YHWH sobre todos e sobre to<strong>da</strong> a Terra. Halelu YA! Sempre.<br />
Em Cristo.<br />
Zazá (Cante você também louvores como um gran<strong>de</strong> “habacuque”, ao Soberano DEUS “YAHU”).
.<strong>EBD</strong> 04 <strong>–</strong> 30 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>.<br />
Habacuque e o triunfo <strong>da</strong> fé inabalável<br />
Texto bíblico<br />
Habacuque 1-3<br />
Texto áureo<br />
Habacuque 3.17,18<br />
”Ain<strong>da</strong> que a figueira não floresça, nem haja fruto na vi<strong>de</strong>; o produto <strong>da</strong> oliveira minta, e os<br />
campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebata<strong>da</strong>s do aprisco, e nos currais<br />
não haja gado, to<strong>da</strong>via eu me alegro no YHWH, exulto no Deus <strong>da</strong> minha salvação.”<br />
DIA A DIA COM A BÍBLIA<br />
Segun<strong>da</strong> Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo<br />
Habacuque<br />
1.1-9<br />
Habacuque<br />
1.<strong>10</strong>-17<br />
Habacuque<br />
2.1-7<br />
Habacuque<br />
2.8-20<br />
Habacuque<br />
3.1-8<br />
Habacuque<br />
3.9-13<br />
Habacuque<br />
3.1-19<br />
SITUAÇÃO HISTÓRICA DE ISRAEL<br />
Se nas lições anteriores era o império dominador, na época do profeta Habacuque o<br />
império forte era o babilônico (1.6), que em 612 a.C. <strong>de</strong>struiu <strong>de</strong> vez os assírios na batalha <strong>de</strong><br />
Nínive e, em 605 a.C., na batalha <strong>de</strong> Carquemish (Síria), frustrou a tentativa dos egípcios <strong>de</strong><br />
serem os novos dominadores, expulsando-os <strong>da</strong> Palestina. Era a época do profeta Jeremias,<br />
quando Daniel e seus amigos nobres foram levados como reféns por Nabucodonozor, que<br />
estava construindo na Babilônia um megaimpério, tirando recursos materiais e humanos dos<br />
povos conquistados. Anos <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>ssa primeira leva <strong>de</strong> ju<strong>de</strong>us para o exílio, Jerusalém foi<br />
<strong>de</strong>struí<strong>da</strong> (586 a. C). É provável que Habacuque tenha pregado entre 612 e 586 a. C., visto que<br />
não faz uma alusão direta à <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> Jerusalém, mas ao domínio dos cal<strong>de</strong>us.<br />
QUEM ERA HABACUQUE?<br />
Sabemos quase na<strong>da</strong> sobre Habacuque. O seu nome <strong>de</strong>signa uma planta herbácea<br />
palestina. Seu livro não menciona o nome do pai nem o local do nascimento. O profeta se<br />
<strong>de</strong>fine em 2.1 como sentinela que se põe <strong>de</strong> pé na torre <strong>de</strong> vigia para receber respostas <strong>de</strong><br />
Deus às suas queixas. É aqui que encontramos a alma do profeta. Enquanto os outros profetas<br />
recebem a Palavra <strong>de</strong> Deus e passam-na aos seus ouvintes, Habacuque se adianta a esse<br />
movimento, perguntando ao SENHOR e esperando <strong>de</strong>le respostas. Profecia aqui é o resultado<br />
do diálogo entre o profeta e Deus.<br />
O DIÁLOGO COM DEUS<br />
No seu diálogo com Deus (cap. 1), Habacuque lhe dirige duas queixas e recebe duas<br />
respostas. Na primeira queixa pe<strong>de</strong> contas a Deus pelo seu modo <strong>de</strong> governar o mundo,<br />
principalmente sobre o porquê <strong>da</strong> permissão divina para o mal (v. 2-4). Argumenta que as<br />
pessoas que não enten<strong>de</strong>m a justiça divina são mais ten<strong>de</strong>ntes a <strong>de</strong>sobe<strong>de</strong>cer aos padrões<br />
morais <strong>de</strong> conduta. O SENHOR lhe respon<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixando-o perplexo, pois o que tem para dizer-
lhe é algo difícil <strong>de</strong> acreditar (v. 5): a Babilônica foi levanta<strong>da</strong> por Deus para punir os ju<strong>de</strong>us<br />
(v. 6). Nos versículos 7-<strong>11</strong>, o profeta <strong>de</strong>screve os babilônios e suas táticas militares, afirmando<br />
que o <strong>de</strong>us <strong>de</strong>les é o seu po<strong>de</strong>rio bélico. Chocado com a reposta <strong>de</strong> Deus, faz outra queixa<br />
como se quisesse orientar o SENHOR. Em nossos dias diria assim: “Acho que o SENHOR não<br />
está enten<strong>de</strong>ndo o que acontece aqui embaixo. O SENHOR, Deus Eterno, é tão puro que não<br />
consegue ver a mal<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s pessoas. O SENHOR assiste <strong>de</strong> forma passiva á prosperi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
dos maus e ao sofrimento dos justos (v. 12, 13). Sentimo-nos como peixes fisgados pelos<br />
anzóis dos cal<strong>de</strong>us. Mas, peixes não tem um governador moral e nós não somos peixes, somos<br />
homens (v. 14, 15). Continuaremos sendo tratados como peixes?” A partir <strong>de</strong>sata segun<strong>da</strong><br />
queixa Habacuque passará por um período <strong>de</strong> reflexão enquanto aguar<strong>da</strong> a resposta <strong>de</strong> Deus.<br />
Aliás, eis aqui um aspecto <strong>da</strong> oração esquecido por muitos. Orar não é apenas falar para<br />
Deus; é também procurar ouvi-lo no silêncio <strong>da</strong> oração. A resposta vem no capítulo 2 com um<br />
pedido curioso. O profeta <strong>de</strong>ve fazer um outdoor e registrar a Palavra para que, mais tar<strong>de</strong>,<br />
quando cumpri<strong>da</strong> for, sirva <strong>de</strong> testemunho. A Palavra <strong>de</strong> Deus não falha, é só uma questão <strong>de</strong><br />
tempo <strong>de</strong> Deus (v. 2,3). Agora, temos o núcleo <strong>da</strong> mensagem do livro <strong>de</strong> Habacuque. Em 2.4,<br />
no original hebraico, temos: “Eis inchado o que não tem a sua alma reta, mas o justo em sua<br />
fi<strong>de</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> viverá”. O SENHOR quer o profeta e seus ouvintes enten<strong>da</strong>m que o opressor, que<br />
não opera com retidão, está inflamado <strong>de</strong> arrogância e será <strong>de</strong>struído pelo seu próprio<br />
orgulho (v. 5), pois tem a confiança centra<strong>da</strong> em sim mesmo. Porém o justo, que espera em<br />
Deus, continuará a viver em sua fi<strong>de</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> (“emunah” <strong>–</strong> firmeza, constância). É justamente<br />
por isso que o apóstolo Paulo faz a releitura <strong>de</strong>ste texto em Romanos 1.17 e Gálatas 3.<strong>11</strong>, para<br />
esvaziar a tentativa <strong>de</strong> se ligar a salvação aos méritos humanos, conduzindo assim os cristãos<br />
á graça sempre constante <strong>de</strong> Deus por meio <strong>de</strong> uma fé sempre firme <strong>da</strong>s pessoas.<br />
OS CINCO “AIS” CONTRA O OPRESSOR.<br />
Ain<strong>da</strong> no capítulo 2, por meio <strong>de</strong> sátiras (v. 6a), Habacuque <strong>de</strong>senvolve o argumento <strong>da</strong><br />
que<strong>da</strong> dos cal<strong>de</strong>us arrogantes que se inflaram em sua autossuficiência. Os cinco ais con<strong>de</strong>nam<br />
as seguintes práticas inimigas:<br />
1 <strong>–</strong> A voraci<strong>da</strong><strong>de</strong> dos opressores na pilhagem dos bens dos povos conquistados, tornandose<br />
assim <strong>de</strong>vedores <strong>de</strong>sses povos (v. 6b-8);<br />
2- os saques <strong>de</strong> tesouros sagrados e <strong>da</strong>s riquezas dos povos massacrados para a<br />
construção <strong>da</strong> “gran<strong>de</strong> Babilônia”, cujo “ninho” tinha a pretensão <strong>de</strong> ser elevado ao céu (v. 9-<br />
<strong>11</strong> <strong>–</strong> as torres, estátuas, muralhas, jardins suspensos);<br />
3- A política <strong>de</strong> violência e <strong>de</strong> repressão como proposta <strong>de</strong> edificação do império 9v. 13-<br />
14). Esses três primeiros “ais” nos lembram um fato contemporâneo. Durante a Segun<strong>da</strong><br />
Guerra Mundial, os nazistas exterminaram milhões <strong>de</strong> ju<strong>de</strong>us, tomando todos os seus bens e<br />
riquezas, inclusive o ouro <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>ntes, <strong>de</strong>positando o resultado do crime nos bancos <strong>da</strong><br />
Suíça.<br />
4- O cinismo do inimigo, que age como a alguém que provoca a embriaguez do seu<br />
próximo para <strong>de</strong>ixá-lo vulnerável à vergonha (v. 15-17);<br />
5- A adoração <strong>de</strong> imagens mu<strong>da</strong>s e sem vi<strong>da</strong>, próprias <strong>da</strong> religião babilônica. O<br />
argumento dos cinco ais é mostrar que os inimigos cairão por suas próprias pernas (v. 7,8).<br />
Violência gera mais violência (v.17). O prazer <strong>de</strong> “beber” a vergonha dos outros se converterá<br />
no <strong>de</strong>sprazer <strong>de</strong> beber o cálice <strong>da</strong> ira <strong>de</strong> Deus (v. 16). Os ídolos mudos e mortos <strong>de</strong>vem <strong>da</strong>r
lugar àquele único e ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro Deus, adorado por homens vivos, porém, mudos diante do<br />
po<strong>de</strong>r do SENHOR (v.20 <strong>–</strong> “...cale-se diante <strong>de</strong>le to<strong>da</strong> a terra”).<br />
O CÂNTICO DA FÉ INABALÁVEL<br />
Convencido <strong>de</strong> que Deus não é injusto com os homens, Habacuque faz, no cântico do<br />
capítulo 3, uma revisão <strong>da</strong> soberania <strong>de</strong> Deus na história, segui<strong>da</strong> <strong>de</strong> uma confissão <strong>de</strong> fé.<br />
Aplica essa soberania ao que está acontecendo no seu momento histórico (v. 2). As referências<br />
a Temã (Edom) e a Parã (entre o Sinai e Edom), no versículo 3, remontam à época <strong>de</strong> viagem<br />
no <strong>de</strong>serto, quando Deus interveio a favor <strong>de</strong> seu povo. Nos versículos 3-15, o profeta recorre<br />
aos atos po<strong>de</strong>rosos <strong>de</strong> Deus na história sagra<strong>da</strong>, ressaltando o controle do SENHOR sobre as<br />
forças cósmicas que geravam o caos (o mar revolto, as tempesta<strong>de</strong>s, o abismo) sob o comando<br />
dos <strong>de</strong>uses babilônicos (v. 8-<strong>10</strong>). É a fé no Deus Criador, que põe or<strong>de</strong>m no caos, acalmando<br />
as águas com o seu Espírito (Gn 1.2b). Na<strong>da</strong> foge ao seu po<strong>de</strong>r. Deus intervém para salvar o<br />
seu povo ungido (v.13). Se o SENHOR é soberano sobre os po<strong>de</strong>res cósmicos quanto mais<br />
sobre os po<strong>de</strong>res terrenos. Habacuque treme diante <strong>de</strong>ssa revelação (v. 16), mas conta com a<br />
vitória <strong>de</strong> Deus. Contudo, essa vitória não lhe é ain<strong>da</strong> tangível fisicamente, pois a terra <strong>de</strong><br />
Judá sofre as consequências <strong>de</strong> invasões, <strong>de</strong>solações e <strong>da</strong> própria estiagem. O profeta sabe<br />
que a estiagem po<strong>de</strong>rá não <strong>de</strong>saparecer logo, mas isso não abalará a vitória <strong>da</strong> fé inabalável<br />
em Deus. Habacuque mantém a sua fé no SENHOR e o louva, apesar <strong>da</strong> adversi<strong>da</strong><strong>de</strong>, pois crê<br />
firmemente que Deus é po<strong>de</strong>roso para fazê-lo caminhar sobre os “lugares altos” (v.17-19), ou<br />
seja, coloca-lo acima <strong>da</strong>s situações.<br />
A MENSAGEM DE HABACUQUE HOJE<br />
O livro <strong>de</strong> Habacuque é extremamente relevante numa época em que se negocia a fé em<br />
Deus, convertendo-a em “títulos do tesouro divino” que po<strong>de</strong>m ser trocados com o SENHOR<br />
por bênçãos imediatas. É a fé do tipo “pague e leve”. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> fé que Habacuque nos<br />
apresenta é, em primeiro lugar, o do justo que vive em sua fi<strong>de</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>, ou seja, em sua<br />
constância na relação <strong>de</strong> confiança em Deus. Depois, o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> uma fé que não está<br />
fun<strong>da</strong><strong>da</strong> no que se consegue imediatamente, mas uma fé que se ergue a partir do revés,<br />
quando tudo <strong>de</strong>saba, quando na<strong>da</strong> se colhe. Não é uma fé do tipo “tome posse” ou “<strong>de</strong>clare”,<br />
mas, sim, do tipo “mesmo que não” ou “apesar <strong>de</strong>”. Esse tipo <strong>de</strong> fé não se adquire com a<br />
visão periférica e crítica dos acontecimentos, mas po<strong>de</strong> nascer a partir <strong>de</strong>sses conflitos, como<br />
nasceu em Habacuque. É preciso subir para os “lugares altos” (v. 19b) para conhecê-la e<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong>scer para vivê-la, momento em que se torna inabalável. Que o SENHOR nos aju<strong>de</strong> a<br />
ter esse tipo <strong>de</strong> fé.<br />
***********************<br />
************<br />
Lição reproduzi<strong>da</strong> <strong>da</strong> Revista Compromisso <strong>–</strong> JUERP <strong>–</strong> 4º trimestre-20<strong>11</strong>.<br />
(Autor <strong>–</strong> Marcos Antônio Miran<strong>da</strong> Bittencourt <strong>–</strong> Professor do Seminário <strong>Batista</strong> do Norte do Brasil/PE)<br />
Obs.: Substituímos o termo “Senhor” pela forma “SENHOR” to<strong>da</strong> vez que se referiu a YHWH.<br />
<strong>EBD</strong> <strong>–</strong> IBCAPUNGA CLASSE DE CASAIS - Prof. Edzard Gomes. Cópia <strong>da</strong> JUERP.