OS FLAGELADOS - Eduardo Campos
OS FLAGELADOS - Eduardo Campos
OS FLAGELADOS - Eduardo Campos
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
elevadíssimo e o trabalho desapareceu completamente. À<br />
criação acha-se dizimada e o que é mais angustioso é que<br />
não se tem para quem apelar. Parece que será uma seca<br />
singular.”<br />
3.4.1915<br />
CONTRASTE DOLOR<strong>OS</strong>O<br />
“E o que se está passando atualmente no Cariri.<br />
Chuvas abundantes, torrenciais mesmo, e a miséria, e a<br />
fome, invadindo os lares despovoando os campos. Após 50<br />
dias de verão, aniquiladas as sementeiras de janeiro,<br />
ressequida pastagem nascente, quando já se tinha perdido<br />
toda a esperança, os céus inclementes se abrandam, numa<br />
cruel ironia, e despejam sobre aqueles campos adustos<br />
chuvas diluvionais.”<br />
“Contém-se no comércio dali, por esta tabela horrível,<br />
os preços do mercado::<br />
Feijão (litro) $600<br />
Farinha (litro) $200<br />
Milho (litro) $250<br />
Rapadura (uma) $500<br />
Sem estes gêneros que formam a cozinha do pobre<br />
não é possível a vida”<br />
7.4.1915<br />
AS PROVIDÊNCIAS CONTRA A SECA<br />
Telegrama de resposta à bancada cearense constituída<br />
dos deputados <strong>Eduardo</strong> Saboya, Moreira da Rocha, Tomaz<br />
Rodrigues, <strong>Eduardo</strong> Studart, José Lino, Álvaro Fernandes,<br />
Gustavo Barroso, Ozório de Paiva e Ildefonso Albano,<br />
informando-se da situação da seca no Ceará:<br />
144 EDUARDO CAMP<strong>OS</strong>