Leia mais... - De Sambas e Congadas

de São Luiz, entre São Sebastião e Rio Abaixo, no
caminho para Taubaté era um importante foco
da cultura afro-brasileira na região.
Em pesquisa de campo realizada pela
equipe do projeto “De Sambas e Congadas” na
cidade de São Luiz, com a intenção de recuperarmos
parte da história do Jongo presente na
memória de jongueiros e moradores que presenciaram
esta expressão, entrevistamos seu Vicente
Rocha, Rosana Silva Ribeiro e o historiador João
Rafael Cursino. Concordamos com João Rafael
quando este afirma em seu relato que o Jongo
mesmo não sendo mais celebrado na cidade de
São Luiz do Paraitinga deixou algumas heranças,
dentre elas a visão de uma comunidade que tem
muito a ganhar com as ações voltadas para o coletivo,
assim como os valores sobre a importância
de se preservar a memória. São valores ainda
presentes em grupos de Congada e Moçambique
da localidade. De acordo com historiador, uma
das causas pela qual o Jongo deixou de ser praticado
em São Luiz é o fato desta manifestação se
configurar como uma instituição fechada, a qual
teve uma menor renovação para se adaptar ao
contexto contemporâneo. Seja devido às migrações
de antigos jongueiros para outras cidades,
ao falecimento destes, ou mesmo pela diminuição
do espaço rural, o Jongo em São Luiz é nos
dias atuais parte da memória da cidade. Contudo,
para antigos jongueiros como seu Vicente Rocha,
e outros espalhados pelas proximidades, o Jongo
é referência viva e atual capaz de despertar lembranças
e muita nostalgia.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIAS, Paulo; DURANTE, Henry. Jongo de São
Luiz do Paraitinga. In: DURANTE, Henry; COR-
REA, Lucimara (orgs.). De São Luiz a São Luís.
São Paulo: Associação Cultural Cachuera!, 2007.