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ÍNDICE<br />
EDITORIAL<br />
Um coral com 200 vozes, regido pelo maestro Roberto Minczuk, da<br />
Orquestra Sinfônica Brasileira e da Filarmônica do Canadá, acompanhado<br />
também pelos músicos da Orquestra Sinfônica Brasileira,<br />
cantando numa praça da capital paulista por ocasião das celebrações<br />
natalinas. Até aqui nada de extraordinário, mesmo sendo noticiado<br />
pela Rede Globo de Televisão e outras emissoras de TV. Mas quando<br />
o jornalista, que fazia a reportagem do evento para o Bom Dia São<br />
Paulo da Rede Globo, informa que o coral é formado por homens<br />
que viviam nas ruas da cracolândia da capital paulista, ex-viciados<br />
em crack, a história muda de perspectiva. Cantando com alegria e<br />
júbilo, os integrantes do Coro Cristolândia proclamavam em alto e<br />
bom som “eu sou livre”. O maestro Roberto Minczuk não se conteve<br />
e foi às lagrimas. O público, emocionado e totalmente tomado pelo<br />
som das músicas cantadas, não podia acreditar que aqueles homens<br />
que agora celebravam a Jesus eram os mesmos que vivam no lixo das<br />
ruas da cracolândia da cidade. A mensagem estampada na camisa<br />
amarela que já se tornou uma marca do projeto era impactante e<br />
transmitia o que realmente aconteceu com cada um deles: JESUS<br />
TRANSFORMA. Enquanto via a matéria transmitida pela Rede Globo<br />
não me contive, chorei de alegria e emoção.<br />
Considero tudo isso um verdadeiro milagre de Natal, pois a<br />
transformação da vida destes homens somente foi possível porque<br />
um dia o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e<br />
de verdade. Também é um milagre porque não é fácil lidar com a<br />
restauração de vidas que estão escravizadas pelas drogas. Só pela<br />
Cartas de e-mails .........................................................................4<br />
Gente que faz <strong>Missões</strong><br />
PIB de Atibaia visita a Mangueira ....................06<br />
Impactando vidas .............................................07<br />
Caravana missionária no Cariri .......................07<br />
Testemunho<br />
Alcançando os surdos .......................................08<br />
Desafi os e vitórias .............................................08<br />
Gestos que garantem a eternidade ...................08<br />
Mobilização<br />
Dicas para promotores de missões .....................9<br />
Sempre Orando<br />
Agenda de oração de dezembro de 2011 ..........10<br />
Um Milagre de Natal<br />
graça e misericórdia do Senhor é possível superar este inimigo, que<br />
veio matar, roubar e destruir.<br />
O Espírito Santo tem usado os missionários e voluntários que<br />
trabalham com amor e dedicação para alcançar essas preciosas vidas<br />
que perambulam pelas ruas sem esperança e sem a verdadeira<br />
alegria. Pessoas que dormem nas ruas, comem lixo e não têm mais<br />
forças para superar a situação deplorável em que se encontram. É<br />
preciso que uma mão de compaixão se estenda e ministre graça<br />
em nome de Jesus. Aí o milagre acontece. A primeira mensagem a<br />
ser pregada é amor, mas na prática. A principal estratégia da Missão<br />
Batista Cristolândia é amar o próximo sem preconceito. Cada<br />
pessoa que vive nas ruas das cracolândias é preciosa para Jesus e<br />
também para nós, seus discípulos. É bom lembrar que uma alma<br />
vale mais que o mundo inteiro.<br />
Aproveito para agradecer aos batistas brasileiros que têm orado,<br />
apoiado e contribuído para o avanço missionário em nossa pátria.<br />
Dou graças a Deus pelos irmãos voluntários que têm ajudado as<br />
Cristolândias em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. Em breve teremos<br />
Cristolândias em Vitória, Belo Horizonte e Brasília. Não posso<br />
deixar de agradecer àqueles que mensalmente contribuem com o<br />
PAM Brasil para sustentar esta grande obra. Não podemos recuar,<br />
é preciso avançar.<br />
Desejo em nome de <strong>Missões</strong> <strong>Nacionais</strong>, Feliz Natal e um abençoado<br />
ano novo para todos e que em 2012 o Coral Cristolândia cresça<br />
muito mais e proclame que verdadeiramente JESUS TRANSFORMA.<br />
Pr. Fernando Brandão<br />
Diretor Executivo<br />
Clubinho Missionário<br />
O pão também é nosso .....................................12<br />
Matéria de Capa<br />
Trans: mola propulsora para a multiplicação ...14<br />
Entrevista<br />
Para libertar os cativos .....................................17<br />
Panorama Missionário<br />
Notícias do campo ............................................18<br />
História de <strong>Missões</strong><br />
Um passado marcado pela evangelização .......24<br />
A Grande Comissão<br />
<strong>Missões</strong> para hoje ........................................................................26
CARTAS E E-MAILS<br />
Neste ano, a <strong>APPC</strong> completa 65 anos de informação missionária em nosso Brasil.<br />
Agradecemos a Deus e a você, nosso leitor, por sua fidelidade. Se você tem sido edificado<br />
por este veículo, mande-nos uma mensagem para redacao@missoesnacionais.org.br<br />
ou deixe um recado em facebook.com/missoesnacionais<br />
“É a Pátria para Cristo, aos 65 anos de árduo trabalho no Brasil. Muitos foram edificados por esta<br />
obra.!!!!!”<br />
Humberto Marinho – pelo Facebook<br />
“Eu tenho esse chamado. Quero ir para o Radical Amazônia. Deus está comigo e estou disposto. Sou de<br />
São José do Rio Preto, SP.”<br />
André – pelo Youtube<br />
“Fico feliz que mais vidas serão alcançadas por Deus por meio desse ministério.”<br />
Nara Neiva sobre a Cristolândia Recife – pelo Facebook<br />
“Glória a Deus pelos infantes dessa guerra. No tempo de Deus estarei lá.”<br />
Wendel Silva sobre os novos missionários da JMN – pelo Facebook<br />
“É muito bom saber como Deus tem trabalhado por intermédio dos nossos missionários, que doam<br />
suas vidas para resgatar outras. Engrandecido seja o nosso Deus!”<br />
Rozinete Marinho – pelo Facebook<br />
“Sergipe será impactado com minha vida. Em nome de Jesus!”<br />
Rafaela Carneiro – pelo Facebook<br />
“Louvamos e agradecemos a Deus por vocês, que estão aí sendo usados na obra de maneira tão especial<br />
e abençoadora”.<br />
Laurênio e Eunice Ramos sobre a Cristolândia SP – por e-mail<br />
Uma publicação da Junta de <strong>Missões</strong> <strong>Nacionais</strong><br />
da Convenção Batista Brasileira<br />
Ano LXVI nº 253 - Tiragem: 30.000<br />
Dezembro/2011<br />
Direção Executiva<br />
Pr. Fernando Brandão<br />
Gerência Executiva de Soluções Estratégicas<br />
Pr. Jeremias Nunes<br />
Redação<br />
Jornalista Responsável<br />
Marize Gomes Garcia – DRT 25.994/RJ<br />
Assistentes<br />
Ana Luiza Menezes / Tiago Pinheiro Monteiro<br />
Revisão<br />
Adalberto Alves de Sousa<br />
Arte<br />
Oliverartelucas<br />
Nossa Missão:<br />
Conquistar a Pátria para Cristo.<br />
Nossa Visão:<br />
Ser uma agência missionária dinâmica e criativa, com<br />
excelência na gestão missionária, voltada para servir às<br />
igrejas da CBB no cumprimento da sua missão.<br />
Endereço da Sede:<br />
Rua Gonzaga Bastos, 300 – Vila Isabel<br />
20541-000 – Rio de Janeiro – RJ<br />
Telefax: (21) 2107-1818
UUm grupo formado por 46 irmãos da 1ª<br />
IB de Atibaia (SP) visitou a comunidade<br />
da Rua Sinimbu, na Mangueira, no Rio<br />
de Janeiro (RJ). Foram realizadas visitas,<br />
houve evangelismo pessoal e orações em<br />
locais específicos do morro. Foi organizado<br />
um torneio de futebol e outros serviços<br />
foram prestados como de manicure,<br />
corte de cabelo, fisioterapia e medição<br />
de pressão arterial e glicose. Quanto às<br />
caminhadas de oração e outras ações, o<br />
missionário Wagner José Oliveira contou:<br />
“As pessoas paravam para observar,<br />
pois isso não tinha acontecido aqui na<br />
Mangueira. Pretendemos realizar outras<br />
caminhadas no futuro, pois o nosso objetivo<br />
é levar Cristo a todos os moradores<br />
da comunidade”.<br />
Como resultado da ação, 78 casas foram<br />
visitadas, 38 estudos bíblicos foram<br />
agendados e mais de 400 folhetos foram<br />
entregues. Muitas pessoas receberam os<br />
atendimentos sociais disponibilizados.<br />
“Esta viagem foi ao interior do meu coração<br />
e me desafiou a fazer isso mais vezes.<br />
Foi um presente de Deus para minha<br />
vida”, disse um dos integrantes do grupo<br />
de São Paulo, Adilson Quaresma, de 24<br />
anos. Segundo ele, o tempo foi curto e<br />
ainda há muito a ser feito. Mesmo assim,<br />
pôde afirmar: “Voltei feliz por ser usado<br />
pelo Mestre Jesus”.<br />
6<br />
GENTE QUE FAZ MISSÕES<br />
PIB de Atibaia visita<br />
a Mangueira<br />
Jovens de Atibaia na Mangueira<br />
Deus tem resgatado vidas por intermédio<br />
do ministério do missionário<br />
Wagner, na Mangueira. “Meu maior<br />
prazer é servir, e foi muito bom ver o<br />
que o missionário Wagner tem feito ali<br />
na Mangueira e também como Deus o<br />
usa de tal maneira”, comentou uma<br />
das voluntárias, Giovanna Rufino, de<br />
16 anos. O apoio dado pelos parceiros<br />
que visitam os campos é sempre válido,<br />
pois além de fortalecer a obra, promove<br />
salvação e edifica as vidas de todos os<br />
participantes. “Foi muito gratificante<br />
fazer parte desse ministério, uma honra<br />
e privilégio. Quem acha que vai ensinar<br />
algo, acaba voltando com o caráter<br />
acusado e com as prioridades afetadas”,<br />
afirmou Luiz Ricardo Macedo, de 25<br />
anos, que também foi como voluntário<br />
do grupo paulista. Quanto à experiência<br />
que teve, completou: “O poder<br />
de Deus está claramente evidenciado<br />
quando olhamos para a situação atual<br />
do Morro da Mangueira. O missionário<br />
Wagner e outros estão sendo capacitados<br />
por Deus para efetuarem a obra<br />
independentemente da situação e das<br />
barreiras no caminho”.
Impactando vidas<br />
A Igreja Batista na Paulicéia, em Duque<br />
de Caxias, foi realmente impactada<br />
pela Campanha de <strong>Missões</strong> <strong>Nacionais</strong>.<br />
Inspirados e com o objetivo de usar suas<br />
vidas para abençoar as pessoas que estão<br />
ao redor de onde vivem, os irmãos da<br />
igreja promoveram um impacto missionário<br />
no aterro sanitário de Jardim Gramacho,<br />
em Caxias, RJ.<br />
Entre as outras atividades realizadas<br />
recentemente pela igreja, estão a adesão<br />
ao MIT – Minuto que Impacta e Transforma<br />
–, festa missionária, arrecadação<br />
de alimentos para a Cristolândia RJ, semana<br />
intensiva de oração e espaço mis-<br />
Caravana missionária no Cariri<br />
UUma equipe formada por 87 irmãos<br />
da Igreja Batista de Barão da Taquara, do<br />
Rio de Janeiro, esteve na região do Cariri<br />
cearense. Eles visitaram as cidades de Juazeiro<br />
do Norte, Barbalha e adjacências,<br />
onde distribuíram cestas básicas e ofereceram<br />
serviços médicos (clínico geral e<br />
ginecológico) odontológicos, psicológicos,<br />
enfermagem, cursos para trabalhos ma-<br />
1. IB Barão da Taquara no Cariri<br />
sionário, funcionando dominicalmente<br />
com o material da promoção. Houve a<br />
programação ‘Brasil de tantas etnias’,<br />
com o testemunho de uma mulçumana<br />
que se converteu ao cristianismo.<br />
Certamente, essas são apenas algumas<br />
das muitas ações de que eles farão<br />
parte por amor aos que carecem da salvação<br />
que há em Cristo. “A cada atividade,<br />
os membros foram se envolvendo<br />
e assumindo o compromisso de intercessão,<br />
parceria e voluntariado. A cada<br />
momento missionário, nos três cultos<br />
semanais, a igreja vem demonstrando<br />
o crescimento de seu amor pela causa<br />
nuais, corte de cabelo e esportes, cada dia<br />
finalizando as atividades com o musical<br />
‘A escolha’, sobre a vida de Jesus e atraindo<br />
pessoas para ouvir a mensagem do evangelho<br />
de Cristo.<br />
Em apenas três dias de trabalho, 135<br />
residências já tinham sido visitadas, foi<br />
possível contabilizar um total de 220<br />
atendimentos pelos dentistas e mais de<br />
cem pessoas pelos serviços médicos, atendimento<br />
infantil<br />
e na escolinha de<br />
futebol. “Continuo<br />
empenhada<br />
em missões. Faço<br />
parte de uma igreja<br />
missionária e<br />
respiro missões.<br />
Juazeiro do Norte<br />
me encheu de<br />
alegria. Que Deus<br />
Impactando vidas no aterro sanitário<br />
missionária. Glorificamos a Deus, na<br />
certeza de que missões nacionais é uma<br />
realidade em nosso meio o ano inteiro”,<br />
disse Cláudia de Souza Lino, promotora<br />
de missões.<br />
nos dê, a cada dia, mais vigor para o engrandecimento<br />
de sua obra”, disse a irmã<br />
Isabel Gama, que foi uma das voluntárias<br />
da caravana carioca. O pastor da igreja,<br />
Carlos Novaes, destacou o apoio oferecido<br />
pelo missionário Francisco Washington<br />
Oliveira, que é o coordenador regional de<br />
missões em Barbalha, CE. “Eles nos desafiou,<br />
dando todas as condições de infraestrutura<br />
para a realização de todas essas<br />
atividades”, elogiou pastor Novaes.<br />
O missionário Francisco Washington<br />
expressou sua gratidão aos irmãos do Rio<br />
de Janeiro, que aceitaram o desafio de participar<br />
de um projeto que preparou muitos<br />
corações para receberem a Cristo. Sobre a<br />
continuidade de trabalhar com as vidas<br />
impactadas pela caravana, ele afirmou:<br />
“Todos estamos empenhados em colher<br />
os frutos desta safra que o Senhor nos proporcionou”.<br />
7
Alcançando os surdos<br />
Apesar das campanhas de conscientização contra o preconceito,<br />
muitas pessoas continuam excluídas, sendo discriminadas até<br />
pelos próprios familiares. Fazer com que o evangelho seja levado<br />
aos surdos tem sido a missão daqueles que não se limitam a<br />
aprender a se comunicar, mas que vão até eles, não importa onde<br />
estejam, mesmo que seja preciso ir para outras cidades.<br />
Acompanhe os testemunhos de cristãos que têm participado<br />
de projetos que visam alcançar surdos em todo o Brasil.<br />
Desafios e vitórias<br />
No primeiro dia de evangelismo,<br />
eu e a equipe saímos,<br />
procurando surdos de casa em<br />
casa. Paramos em uma e enquanto<br />
eu falava com a dona<br />
da casa, vi uma mulher passando<br />
pela rua. Perguntei se ela<br />
conhecia algum surdo naquela<br />
região ou na família dela. Ela<br />
Christiana evangelizando respondeu que não e eu continuei<br />
conversando com a dona da casa. Instantes depois, aquela<br />
mulher voltou onde eu estava e me disse que conhecia uma surda.<br />
Me alegrei e perguntei onde poderia encontrá-la e ela disse que a<br />
surda que conhecia era sua filha; que só se comunicava com ela<br />
de vez em quando, por mímica ou gestos. Perguntei se poderia ir à<br />
sua casa, mas ela não deixou; não foi a nenhuma programação e<br />
também não levou a filha de 7 anos a nenhuma das programações<br />
para crianças. Fiquei chocada. Dias depois, estávamos fazendo o<br />
mesmo quando paramos em uma casa e fiz a mesma pergunta:<br />
“Você conhece algum surdo na sua família ou que more aqui na<br />
rua?”. O senhor respondeu que não e caminhamos por 5 ou 10<br />
minutos quando, de repente, ouvi alguém chamar, em alta voz:<br />
“Dona, dona, espera, eu lembrei. Eu conheço um surdo e ele mora<br />
em outro setor”. Este senhor chegou até nós com os olhos lacrimejando,<br />
com falta de ar de tanto correr atrás de nós e supereufórico.<br />
Este, ao contrário da mãe que teve vergonha da filha, quis que a<br />
mensagem chegasse até o surdo.<br />
O que mais me chamou a atenção foi a falta de interesse das<br />
famílias em não querer aprender a se comunicar com seus filhos.<br />
Na maioria das casas a que fui, as famílias acham que eles não precisam<br />
estudar e que não podem sair sozinhos. Vi surdos chegando<br />
com um semblante triste, abatido e sem rumo nos primeiros dias, e<br />
8<br />
TESTEMUNHO<br />
T<br />
saindo com outro. Um semblante de paz, alegria e com a autoestima<br />
bem melhor. Este é o Deus a quem sirvo. Um Deus que restaura,<br />
transforma, salva e preenche todo o vazio que alguém possa sentir.<br />
Missionária Christiana Silveira – 1ª IB de Goiânia<br />
Gestos que garantem a<br />
eternidade<br />
Tivemos a oportunidade<br />
de encontrar duas senhoras<br />
surdas, que são irmãs<br />
(72 e 55 anos). Elas sabem<br />
poucos sinais em libras e<br />
sua comunicação é basicamente<br />
por gestos criados<br />
por elas e pela família. Fomos<br />
bem recebidos por elas<br />
e na primeira visita conversamos<br />
muito e entregamos o folheto ‘A escolha’. Elas ficaram interessadas<br />
e marcamos outra visita para estudá-lo. Lá chegando,<br />
ensinamos por meio das imagens e desenhos, e alguns gestos, e<br />
elas entenderam bem a diferença entre céu e inferno; apontaram<br />
que queriam o céu. Usamos também o cubo e quando mostramos<br />
a figura de Cristo na cruz, logo o reconheceram.<br />
Nas demais visitas, mostramos o folheto ‘O grande amor<br />
de Deus’. Achamos que seria difícil para elas entenderem a<br />
história da criação, da origem do pecado, mas elas entendem<br />
que Jesus Cristo, filho de Deus, morreu na cruz. Então, explicamos<br />
(com desenhos do folheto) que Ele ressuscitou e está<br />
no céu. Mostramos que Deus queria morar no coração delas<br />
e que quando elas morrerem aqui, poderão ir para o céu com<br />
Jesus. Naquele momento, vimos os rostos daquelas senhoras<br />
brilhar de alegria e esperança e, por meio de gestos, elas<br />
mostraram que querem Deus no coração e querem morar no<br />
céu. Então, oramos por elas e cremos que poderemos nos encontrar<br />
no céu. Em nosso<br />
coração, cremos que a<br />
semente do evangelho de<br />
Cristo foi plantada no coração<br />
daquelas senhoras<br />
e jamais será arrancada.<br />
Equipe: Sinara Ribeiro,<br />
Susy Silva, João Vitor Leite e<br />
Pr. Fernando Cruz (surdo)<br />
As duas irmãs que receberam estudos<br />
Equipe que alcançou as senhoras
MOBILIZAÇÃO<br />
M<br />
Oportunidade<br />
de servir<br />
LAR BATISTA F. F. SOREN<br />
Estamos precisando de voluntários que tenham disponibilidade<br />
nos fins de semana ou que venham passar um período<br />
conosco para o desenvolvimento das seguintes atividades:<br />
Pai ou Mãe social; Aulas de Violão e Teclado; Projeto Férias<br />
com Cristo (mês de janeiro de 2012) - oficinas de<br />
artesanato, atletismo, lazer, brincadeiras, palestras, gincanas<br />
e outras atividades; Reforço escolar; Atividades na<br />
Brinquedoteca; Aulas de Inglês; Manutenção Geral (pedreiro,<br />
eletricista, pintor e outros); Capacitação para as<br />
missionárias cuidadoras; nutricionista, psicólogo, dentista,<br />
médico e outros.<br />
Notas para boletim<br />
As informações a seguir foram feitas especialmente para a utilização no boletim de sua<br />
igreja. Dessa maneira, fica mais fácil tornar acessíveis aos membros os projetos da JMN.<br />
Trans 2012<br />
Em janeiro, o Sul do país, Sergipe<br />
e Amazonas, esperam por você. Participe<br />
das mobilizações missionárias<br />
Jesus Transforma e ajude a conquistar<br />
a Pátria para Cristo. Mais informações<br />
e inscrições pelo site www.missoesnacionais.org.br<br />
100 Dias de Oração<br />
<strong>Missões</strong> <strong>Nacionais</strong> está preparando um grande movimento<br />
de oração em 2012. Serão 100 dias de intercessão<br />
pelo Brasil, além de propostas de vigílias, oração em família<br />
e outras. Para mais detalhes, adquira na Loja JMN<br />
o manual 100 Dias que Impactarão o Brasil, disponível a<br />
partir de fevereiro.<br />
Mobileze-se<br />
Capacitar a igreja para a obra de<br />
evangelização e ainda arrecadar<br />
recursos para missões. Esse foi<br />
o pensamento do promotor Luiz<br />
Carlos Pereira, da Igreja Batista do<br />
Forte, quando apresentou a ideia da<br />
Biblioteca Missionária. A sugestão<br />
é simples e aplicável em qualquer<br />
contexto, como mostramos a seguir:<br />
Adquira livros sobre evangelização.<br />
Você poderá comprá-los ou pedir<br />
doações dos próprios irmãos.<br />
Organize um espaço para colocar<br />
o material em exposição. Escolha um<br />
lugar estratégico, de preferência na<br />
entrada do templo.<br />
Anuncie. Peça uma oportunidade para falar a respeito da<br />
biblioteca. Estimule e mostre a importância dessa atividade.<br />
Uma boa divulgação fará a diferença no resultado de sua<br />
estratégia.<br />
Dica: Enfeite a biblioteca com os cartazes missionários da<br />
atual campanha. Isso dará identidade à ação.<br />
Se você também é uma pessoa<br />
criativa e deseja compartilhar ideias<br />
de momentos missionários, envie<br />
suas sugestões para<br />
redacao@missoesnacionais.org.br .<br />
9
10<br />
SEMPRE ORANDO<br />
INTERCEDENDO NA ESPERANÇA DE VER<br />
GRANDES TRANSFORMAÇÕES<br />
Agenda de Oração<br />
Dezembro 2011<br />
“INVOQUE O NOME DO SENHOR”<br />
“Isaque construiu nesse lugar um altar e<br />
invocou o nome do Senhor...” (Gen 26.25)<br />
Grandes desafi os Deus tem apresentado para o<br />
crescimento da Obra Missionária no nosso Brasil;<br />
grandes fransformações esperamos ver. Juntos con -<br />
nuemos a invocá-LO, para vermos a manifestação da<br />
sua glória sobre o nosso Brasil!<br />
RADICAL BRASIL<br />
Amazônia e Cracolândia<br />
1 –Ore por voluntários para o Radical Amazônia. O início<br />
do Treinamento da nova turma será em Janeiro de<br />
2012. (2 Corín os 5-7)<br />
2 – Ore pelo casal de missionários (Pr Donaldo e Marinalva<br />
– Manaus/AM) líderes do Radical Amazônia e<br />
sua família; por proteção, capacitação e sustento. (2<br />
Corín os 8-10)<br />
3 – Ore por recursos fi nanceiros para aquisição de um<br />
local próprio para funcionamento da Sede do Projeto<br />
Radical Amazônia. (2 Corín os 11-13)<br />
4 – Ore pela expansão da evangelização entre os Ribeirnhos<br />
da Amazônia. (Gálatas 1-3)<br />
5 – Ore por recursos fi nanceiros para aquisição de<br />
dois barcos(um maior e outro menor) para transporte<br />
dos Radicais pelas Comunidades Ribeirinhas.<br />
(Gálatas 4-6)<br />
6 – Ore pela turma Radical Cracolândia ES. O treinamento<br />
dessa turma teve início em Novembro de 2011.<br />
(Efésios 1-3)<br />
7 – Ore por voluntários para o Radical Cracolândia RJ,<br />
MG e PI. O início do Treinamento das novas turmas<br />
será em Março de 2012. (Efésios 4-6)<br />
8 – Ore por missionários vocacionados para liderança<br />
das Cristolândias, e por aqueles que já se encontram<br />
no “Campo de Batalha”. (Filipenses 1-4)<br />
9 – Ore por uma par cipação cada vez mais efe va<br />
das Igrejas Ba stas nos Projetos de Plantação de Igreja<br />
nas Cracolândias do nosso Brasil. (Colossenses 1-4)<br />
10- Ore por recursos fi nanceiros para manutenção das Cristolândias<br />
em todo o nosso Brasil. (1 Tessalonicenses 1-5)<br />
“CLAME AO SENHOR”<br />
“Clame a mim e EU responderei e lhe direi<br />
coisas grandiosas e insondáveis que você não<br />
conhece.” (Jer 33.3)<br />
Que Deus nos ajude a clamar tanto tempo quanto<br />
necessário!<br />
VALE DO AMANHECER - DF<br />
11 – Ore por um lugar para congregar os novos decididos<br />
do Vale do Amanhecer. Isso implica a compra de<br />
um terreno e a construção de um Templo Ba sta. (2<br />
Tessalonicenses 1-3)<br />
12 – Ore pelo casal de missionários (Valdeir e Morgana)<br />
líderes do Vale do Amanhecer e sua família; por<br />
proteção, capacitação e sustento. (1 Timóteo 1-3)<br />
13 – Ore pela consolidação da fé nos novos decididos,<br />
pois eles são fortemente pressionados a voltar para a<br />
doutrina do Vale. (1 Timóteo 4-6)<br />
14 - Ore por voluntários que amem o povo do “Vale do<br />
Amanhecer”, que tenham compaixão, sem julgamento.<br />
(2 Timóteo 1-4)<br />
15 - Ore pelas crianças e adolescentes envolvidos com<br />
violência e marginalidade que vivem na comunidade<br />
do Vale do Amanhecer. (Tito 1/ Filemom)<br />
CRIANÇAS PRA JESUS<br />
16 - Ore pelo Pr. Marcelo Farias, coordenador do Programa<br />
de Evangelização de Crianças da Junta de <strong>Missões</strong><br />
<strong>Nacionais</strong> da CBB. (Hebreus 1-4)
17 – Ore pelo Programa de Evangelização de Crianças<br />
da Junta de <strong>Missões</strong> <strong>Nacionais</strong>, que tem como<br />
alvo evangelizar crianças de todas as classes sociais<br />
e culturais, na faixa etária de 4 a 12 anos de idade.<br />
(Hebreus 5-7)<br />
18 - Ore pelos Congressos de Evangelização de Crianças:<br />
Crianças para Jesus! Para que nossas Igrejas tenham<br />
a visão de inseri-las no plano de evangelização<br />
da nossa Pátria. (Hebreus 8-10)<br />
19 - Ore pelos projetos missionários de plantação de<br />
igrejas que têm u lizado o Pepe como meio de oferecer<br />
atendimento socioeducacional e espiritual a crianças<br />
de 4 a 6 anos e suas famílias, em comunidades de<br />
baixa renda. (Hebreus 11-13)<br />
20 - Ore pela conscien zação e capacitação de nossas<br />
Igrejas para assumirem a responsabilidade de evangelizar,<br />
discipular e integrar as crianças que se encontram<br />
ao seu redor. (Tiago 1-5)<br />
“LUTANDO EM ORAÇÃO”<br />
“... Não te deixare ir, a não ser que me<br />
abençoes” (Gen 32.26)<br />
Que Deus nos ajude a sermos perseverantes em<br />
oração!<br />
100 DIAS DE ORAÇÃO<br />
100 MIl INTERCESSORES<br />
21 – Ore pelos “ 100 DIAS QUE IMPACTARÃO O BRA-<br />
SIL” (Cem dias de Oração); pela confecção do MANU-<br />
AL. Os 100 Dias De Oração acontecerá de 22 de abril a<br />
31 de julho de 2012. (1 Pedro 1-5)<br />
22 - Ore por muitas Igrejas Ba stas par cipando dos<br />
100 Dias de Oração; pelos pastores para que mobilizem<br />
suas Igrejas para par ciparem dos 100 Dias de<br />
Oração. (2 Pedro 1-3)<br />
23 –Ore por 400 Igrejas que assumam o compromisso<br />
de orar durante 6 horas, sem cessar, em um dos 100<br />
Dias de Oração. (1 João 1-5)<br />
24 - Ore por 2.400 líderes que assumirão a responsabilidade<br />
de orar por uma hora durante os 100 Dias de<br />
Oração. Cada líder será responsável por um horário<br />
específi co e mobilizará mais pessoas para orar naquele<br />
período. (2 e 3 João / Judas)<br />
25 - Ore por 100 Mil Intercessores pedindo por mudanças<br />
profundas em nossa Pátria. Unidos em oração<br />
pela transformação do Brasil! (Apocalipse 1-3)<br />
100 MIL VOLUNTÁRIOS<br />
TRANS 2012<br />
26 – Ore por 100 MIL VOLUNTÁRIOS para as Trans<br />
(Projeto Evangelização Jesus Transforma) que acontecerão<br />
em 2012; pela gigantesca organização. (Apocalipse<br />
4-6)<br />
27 – Ore por 18 MIL VOLUNTÁRIOS para o Estado<br />
de São Paulo; por 11 MIL VOLUNTÁRIOS para Minas<br />
Gerais; por 6 MIL VOLUNTÁRIOS para o Espírito<br />
Santo; por 37 MIL VOLUNTÁRIOS do Rio de Janeiro.<br />
(Apocalipse 7-9)<br />
28 –Ore por 10 MIL VOLUNTÁRIOS para o Estado da<br />
Bahia; por 5 MIL VOLUNTÁRIOS para Pernambuco;<br />
por 1600 VOLUNTÁRIOS para Alagoas; por 3 MIL VO-<br />
LUNTÁRIOS para o Maranhão. (Apocalipse 10-12)<br />
29 –Ore 2 MIL VOLUNTÁRIOS para Goiás; 2 MIL VO-<br />
LUNTÁRIOS para o Mato Grosso do Sul; por 2 MIL VO-<br />
LUNTÁRIOS para o Distrito Federal; por 3 MIL VOLUN-<br />
TÁRIOS para o Pará. (Apocalipse 16-18)<br />
30 –Ore pelas TRANS que acontecerão em JAN de<br />
2012: PR, SC, RS, SE, AM. ; pelos voluntários que<br />
estarão participando; pela coordenação. Para que<br />
Deus esteja no controle de tudo; para que muitas<br />
vidas sejam salvas pelo precioso sangue de Jesus!<br />
(Apocalipse 19-22)<br />
31 -Ore por 1500 VOLUNTÁRIOS para o Rio Grande do<br />
Sul; 4 MIL VOLUNTÁRIOS para o Paraná; 1400 VOLUN-<br />
TÁRIOS para Santa Catarina; por MIL VOLUNTÁRIOS<br />
para Sergipe; 2 MIL VOLUNTÁRIOS para o Amazonas.<br />
(Apocalipse 13-15)<br />
“O PODER DO LOUVOR”<br />
“Entrem por suas portas com ações de<br />
graças, e em seus átrios, com louvor;<br />
dêem-lhe graças e bendigam o seu nome”.<br />
(Salmos 100.4)<br />
11
MATÉRIA M DE CAPA<br />
Trans: mola propulsora<br />
para a multiplicação<br />
Unindo batistas de todo o Brasil, a mobilização Jesus Transforma<br />
é uma ferramenta valiosa no contexto missionário<br />
Em 1974, quando era realizada a pri-<br />
meira ira mobilização m Jesus Transforma – a<br />
então entã Operação Op Transtotal – há quem<br />
não o im imaginasse imag que ela tomaria uma<br />
posição ção de<br />
vanguarda entre os batistas.<br />
Trinta Ti t<br />
e sete t anos depois, a Trans tornou-<br />
-se o elo que une a denominação em<br />
torno da evangelização e, consequentemente,<br />
uma mola propulsora para a<br />
plantação de igrejas. No próximo ano,<br />
há previsão de uma grande colheita:<br />
mais de 2,5 milhões de pessoas alcançadas<br />
pelas Trans 2012. Essa estimativa é<br />
logicamente proporcional ao número de<br />
voluntários. Entretanto, na matemática<br />
da Trans, a mesma estimativa passa a ser<br />
um dever se considerarmos os mais de<br />
1,5 milhão de batistas brasileiros.<br />
As Trans são, atualmente, a linha de<br />
frente no processo de avanço missionário,<br />
abrindo portas para tornar conhecido<br />
o evangelho e o modo de ser igreja dos<br />
batistas. Sem se importar com o lugar, as<br />
condições climáticas ou a dificuldade de<br />
penetração da mensagem de Cristo, um<br />
grande exército de “amarelinhos” – como<br />
são conhecidos os participantes, por conta<br />
da cor do uniforme do projeto – toma as<br />
ruas de grandes centros e pequenos municípios.<br />
Essa mobilização é, na maioria das<br />
14<br />
vezes, o pontapé inicial da plantação de<br />
igrejas multiplicadoras, as quais, em período<br />
de quatro anos, geram outras cinco<br />
missões em comunidades vizinhas.<br />
Mas o processo de plantação de igrejas<br />
com DNA missionário não é tão simples.<br />
Se assim fosse, já teríamos conquistado<br />
a Pátria para Cristo. Parece que esbarramos<br />
em um dos piores problemas que<br />
impedem o avanço de missões: a letargia<br />
e a falta de visão de muitos. Temos<br />
jovens, líderes e voluntários para todas<br />
as ações que ousarmos empreender,<br />
mas onde eles estão? O que parece óbvio<br />
é também triste: eles estão dentro das<br />
igrejas. “Nosso país está clamando pelo<br />
evangelho, então nós temos que fazer a<br />
obra do Senhor. A hora é agora, com tantos<br />
líderes e jovens em nossas igrejas...<br />
creio que podemos evangelizar o Brasil”,<br />
convoca o pastor Fernando Brandão em<br />
vídeo promocional da Trans.<br />
Os apelos de <strong>Missões</strong> <strong>Nacionais</strong> ecoam<br />
todos os anos por mais voluntários em<br />
ações evangelísticas. Graças à atuação do<br />
Espírito Santo, não raras as vezes encon-<br />
Juliana, ao centro, ministra treinamento sobre evangelização para voluntários da Trans
tram corações como o de Juliana Costa,<br />
22 anos, que em 2010 sentiu-se desafiada<br />
a participar de uma Trans. “Vi na Trans<br />
uma forma de participar de um projeto<br />
de grande alcance evangelístico e com<br />
uma duração que eu poderia incluir, por<br />
exemplo, em um período de férias”, disse<br />
a voluntária, experimentando um pouco<br />
do que era viver como um missionário,<br />
respirando o campo 24h por dia.<br />
Nem o interior do Amazonas, nem o<br />
solo gelado do Rio Grande do Sul. Juliana<br />
evangelizou em Anchieta, bairro da zona<br />
norte do Rio de Janeiro. Sobre a decisão<br />
de ter ajudado na evangelização no local<br />
onde sua igreja já atua, ela ressaltou: “Entendo<br />
que meu lugar precisa ser tomado<br />
pelo amor de Deus por meu intermédio,<br />
pois vivo lá. E fica mais fácil na hora de<br />
planejar ações quando já se sabe o estilo<br />
de vida do lugar”. Esse sentimento de<br />
pertencer, de relação com o ambiente e<br />
as pessoas tranquiliza e facilita o avanço<br />
missionário, podendo ser ainda a chave<br />
para as Trans de julho de 2012, cuja expectativa<br />
é a adesão de 100 mil voluntários<br />
em todo o Brasil. O gerente executivo<br />
de Evangelismo e Discipulado da JMN,<br />
pastor Nilton Antônio de Souza, afirma<br />
que a possibilidade de igrejas realizarem<br />
Trans em seus próprios ambientes de atuação<br />
não está descartada, mas ainda há<br />
questões estruturais a serem avaliadas e<br />
consideradas. “Temos duas possibilidades:<br />
uma é fazer conforme a Trans tradicional,<br />
em que a Junta e as convenções definem<br />
as cidades e as bases... Outra opção é a<br />
igreja, no seu próprio ambiente de trabalho,<br />
no seu próprio local de atuação. Essa<br />
igreja então resolve fazer uma Trans por<br />
ela mesma usando fins de semanas, usando<br />
cinco dias, dividindo por turnos”.<br />
Pr. Marcolino e voluntário da Trans visitam lares em Santo Antônio<br />
Por que participar da<br />
Trans?<br />
A Trans por si só prova sua eficácia<br />
ao longo dos anos. Muitas frentes missionárias<br />
foram plantadas com o apoio<br />
de voluntários desse projeto. Mas, para<br />
além dos resultados, há de se considerar<br />
alguns aspectos que fazem dessa estratégia<br />
uma das mais importantes no avanço<br />
dos batistas brasileiros. A primeira<br />
delas é a capacitação recebida no projeto.<br />
“Quando um voluntário vem para a<br />
Trans, ele é treinado e desafiado a fazer<br />
o mesmo quando voltar para sua igreja”,<br />
aponta o pastor Nilton. Ivan Regis,<br />
63 anos, membro da Igreja Batista da<br />
Capunga, em Recife (PE), tem em seu<br />
currículo ministerial a passagem por<br />
cinco projetos Trans. Mesmo com a experiência<br />
de um veterano, não desanima<br />
e se prepara para mais uma participação<br />
em janeiro de 2012, na Trans Sergipe.<br />
Com o aprendizado adquirido, Ivan tam-<br />
bém tem deixado sua marca no interior<br />
de PE, evangelizando de porta em porta<br />
com um grupo de irmãos. “Nosso Mestre<br />
andava por cidades e aldeias... A minha<br />
motivação é o amor do nosso Salvador”,<br />
mencionou ele, que também é aluno do<br />
Seminário Teológico Batista do Norte do<br />
Brasil.<br />
Outra razão para participar da Trans<br />
é o apoio aos missionários, que, devido<br />
aos desafios do campo, precisam de<br />
encorajamento. “Às vezes ele está desanimado<br />
e, com a passagem da Trans,<br />
ele tem uma nova motivação porque<br />
agora conta com a abundância de frutos<br />
para conservar”, comenta pastor<br />
Nilton. Essa abundância foi conhecida<br />
no campo missionário do pastor Marcolino<br />
de Pontes Jr., obreiro na cidade<br />
de Santo Antônio (RN). Apoiado pela<br />
Trans no início da plantação de sua<br />
frente missionária, a Igreja Batista Betel,<br />
ele destaca algumas impressões que<br />
teve sobre a mobilização, explicando a<br />
15
Igreja Batista Betel – plantada sobre os alicerces de uma Trans<br />
forma como foi abençoado em seu ministério.<br />
“Durante esse período de 15<br />
dias em que as duplas saem pelas ruas,<br />
a população passa a conhecer a frente<br />
de trabalho. Lembro-me que mesmo<br />
depois de alguns meses as pessoas ainda<br />
comentavam a respeito do trabalho<br />
realizado pelos batistas aqui em nossa<br />
comunidade. De certa forma todo esse<br />
trabalho se torna um marco nas cidades<br />
que têm o privilégio de receber essa<br />
operação”, disse o missionário.<br />
O apoio dos voluntários traz credibilidade<br />
ao trabalho desenvolvido<br />
pelos missionários. No caso de pr.<br />
Marcolino, numa região marcada pelos<br />
maus feitos de seitas, é de grande<br />
importância as ações de pessoas que<br />
zelam pelo evangelho, pelo nome de<br />
Cristo. “Quando minha família e eu<br />
16<br />
chegamos aqui no RN, em 2008, muita<br />
gente não acreditava numa igreja que<br />
se reunia na garagem de nossa própria<br />
casa. Com a chegada dos voluntários e<br />
o alvoroço que eles fizeram pelas ruas,<br />
pregando a palavra de Deus de casa<br />
em casa, isso nos trouxe credibilidade<br />
e confiança. Vale lembrar que as nossas<br />
igrejas não são conhecidas nessa<br />
região... daí a relevância desse grupo<br />
apoiando a chegada da família missionária<br />
nessas cidades”.<br />
Fazendo discípulos<br />
com estratégia<br />
Boa parte da eficácia da Trans vem<br />
logicamente de sua estratégia de evangelização.<br />
Tendo como principal ferramenta<br />
a própria Palavra de Deus,<br />
seus métodos são simples, podendo<br />
ser apresentados a quem nunca teve<br />
a curiosidade de examinar as Escrituras.<br />
“Fazer discípulos é muito diferente<br />
de entregar um simples folheto<br />
nas tardes de domingos. Esse grupo é<br />
treinado para entrar nos lares e ouvir<br />
as necessidades das pessoas pacientemente,<br />
como Cristo fazia”, lembrou o<br />
missionário.<br />
Na Trans, a estratégia de evangelização<br />
está intimamente ligada ao conceito<br />
de discipulado multiplicador. “Aqui em<br />
Santo Antônio tenho procurado colocar<br />
em prática essa estratégia. Hoje temos<br />
cinco igrejas plantadas em cidades diferentes,<br />
além de minha esposa e eu, nós<br />
temos quatro casais de obreiros da terra<br />
que atuam nessas cidades (Passa e Fica,<br />
Lagoa d’Anta, Serrinha, Espírito Santo<br />
e Santo Antônio). Louvamos a Deus<br />
porque conseguimos injetar um DNA de<br />
multiplicação nessas vidas. Graças a essa<br />
visão de Cristo de fazer discípulos de todas<br />
as nações é que chegamos até aqui”,<br />
concluiu.<br />
Um ditado antigo diz que “quem<br />
quer ir depressa vai sozinho, mas quem<br />
quiser ir mais longe precisa de companhia”.<br />
Se desejamos mais igrejas<br />
plantadas como resposta aos desafios<br />
missionários, precisamos nos unir em<br />
torno de estratégias como as Trans. Não<br />
perca a oportunidade de impactar o<br />
Brasil. Você pode fazer parte do grupo<br />
dos que fazem a diferença.
ENTREVISTA<br />
Para libertar os cativos<br />
Vale ale do d Amanhecer é uma seita<br />
constituída consti por 600 comunidades mís-<br />
ticas espalhados espalh por toda a nação bra-<br />
sileira. silei Sua sede se está situada nas proxi-<br />
midades mid<br />
de Brasília Br e é lá que estão os<br />
missionários Valdeir e Morgana Contaifer<br />
para levar a Palavra que liberta<br />
e transforma. Saiba sobre os desafios<br />
desse ministério e no que consiste a<br />
crença dessa seita, que tem enganado<br />
tantos por meio do envolvimento com<br />
espíritos e do sincretismo religioso.<br />
Traçando um panorama, como<br />
vocês definem o Vale do Amanhecer?<br />
Missionários - Eles são espiritualistas.<br />
As pessoas confundem espiritistas<br />
com espiritualistas, mas quando se<br />
pensa em espíritos cósmicos, envolvendo<br />
outros planetas, não é apenas espiritismo,<br />
é espiritualismo. O Vale passou<br />
a existir a partir da busca do contato<br />
com esses espíritos. Neiva Zelaia, uma<br />
senhora que teve uma experiência,<br />
na época inicial de Brasília, passou a<br />
acreditar nos espíritos. Ela passou a<br />
crer que precisava fundar um vale em<br />
Brasília, abrindo uma nova era para<br />
conhecimentos de uma espiritualidade<br />
chamada de ‘doutrinador’.<br />
Como começou o envolvimento<br />
de vocês na evangelização dos<br />
adeptos dessa seita?<br />
Missionário - Desde quando eu<br />
era adolescente, a partir de um caso<br />
pontual que envolvia uma pessoa<br />
que estava passando por<br />
muitas lutas. Ele foi levado<br />
ao vale pelo próprio pai e<br />
passou a crer que merecia<br />
passar por aquilo, pois era<br />
o carma dele. Com isso,<br />
não venceu as lutas, mas se<br />
entregou a elas. Eu fiquei,<br />
desde aquela época, com o<br />
desejo de levar Jesus para<br />
o vale. Eles são muito dedicados,<br />
fazem rituais, mas<br />
Jesus está longe. A redenção<br />
da alma, que é a grande<br />
mensagem do cristianismo,<br />
está excluída do vale.<br />
Como vocês avaliam a<br />
ação das igrejas na evangelização<br />
desse grupo?<br />
Missionários - É quase<br />
zero porque é um campo missionário<br />
muito novo. Então, como muitos não<br />
sabem como abordar, não evangelizam.<br />
Nossa proposta é entrar como<br />
uma igreja que zele realmente pela<br />
Palavra de Deus.<br />
Usando o conceito de que a luz<br />
e as trevas não se misturam,<br />
muitos não pregam para esse<br />
povo. Como é manter esse relacionamento<br />
e como é o desafio<br />
de preparar um grupo que vai<br />
evangelizar?<br />
Missionários - Uma das características<br />
da seita é serem muito<br />
educados. Na Trans, os voluntários<br />
Valdeir e Morgana trabalham para que haja<br />
resgate no vale<br />
foram treinados nesse mesmo sentido<br />
de tratá-los bem e, assim, abrir<br />
diálogos e conseguir chegar perto<br />
deles. Estivemos lá dentro, no templo<br />
e conversamos com eles. Somos<br />
gratos a Deus porque um mestre<br />
nos convidou para irmos à casa<br />
dele e disse que não poderia aceitar<br />
Jesus porque o preço era muito<br />
alto, mas que queria que seus filhos<br />
aceitassem. E os meninos vieram e<br />
aceitaram.<br />
Outro rapaz recebeu tanto carinho<br />
dos jovens que, no fim da Trans, aceitou<br />
a Jesus, voltou ao vale para devolver<br />
suas roupas e está com a gente. A<br />
base é amor e ousadia de Deus.<br />
17
Pesquisa de missionário escolhida<br />
para virar material didático<br />
A Associação Indígena Akwe (AIA), uma organização indígena<br />
para a preservação da Cultura Xerente, com o objetivo de publicar<br />
materiais culturais e educacionais da tribo, concorreu a uma<br />
licitação feita pela Secretaria de Cultura do Estado do Tocantins.<br />
Entre esses materiais dois são de autoria do missionário Rinaldo<br />
de Mattos, que há anos pesquisa sobre a cultura desses indígenas,<br />
com os quais ele e sua esposa, Gudrum, trabalham no ministério<br />
de plantação de igrejas, na Aldeia Salto, TO.<br />
Após uma reunião com a Secretaria de Educação do Estado<br />
do Tocantins, quarenta professores xerentes, por unanimidade,<br />
votaram que o primeiro trabalho a ser publicado<br />
deve ser o livro ‘Língua Xerente – Como se lê, como se<br />
escreve’, produzido pelo missionário. Eles afirmaram que<br />
é exatamente isso que os professores dessa etnia estão precisando<br />
em sala de aula. A outra pesquisa do missionário<br />
Rinaldo, escolhida para o processo de licitação é uma coleção<br />
de mitos e discursos pronunciados por vários anciãos<br />
xerentes das décadas de 60 e 70, hoje, já falecidos, que foram<br />
gravados e transcritos por ele. <strong>Missões</strong> e cultura estão<br />
relacionados, uma vez que antes de evangelizar um povo é<br />
preciso estudar seus costumes.<br />
18<br />
Ações do Dentista Cidadão<br />
Radical sendo atendida<br />
PANORAMA MISSIONÁRIO<br />
Radicais da Cristolândia Rio de Janeiro foram abençoados<br />
por meio da ação chamada ‘Pratas da Casa’, realizada pelo programa<br />
Dentista Cidadão. “Estamos mapeando a saúde bucal<br />
deles e, com isso, vamos acompanhá-los para erradicar os problemas<br />
bucais existentes”, disse Dani Alves Paes, coordenador<br />
do programa, que conta com a ajuda de José Miranda, dentista<br />
voluntário, que se disponibilizou para estar, semanalmente, na<br />
Unidade de Assistência Social (UAS) do Dentista Cidadão, na<br />
Mangueira. Segundo Dani, a meta é implantar também uma<br />
UAS na Central do Brasil para atender não apenas os radicais,<br />
mas as pessoas das comunidades próximas. Esse projeto é também<br />
uma ferramenta para compartilhar a Palavra de Cristo,<br />
além do atendimento odontológico.<br />
Batismos em<br />
Colônia Leopoldina<br />
Primeiros frutos do novo ministério<br />
Após dois anos trabalhando em Maragogi (AL), o pastor José<br />
Agenildo e Isabel Soares aceitaram o desafio de redirecionar<br />
o ministério de plantação de igrejas para Colônia Leopoldina,<br />
outro município de Alagoas. Estando há quatro meses no novo<br />
campo, eles têm se surpreendido com o agir de Deus. Recentemente,<br />
sete irmãos foram batizados, “confirmando o desejo de<br />
serem multiplicadores para impactar essa nação’, como afirmou<br />
o missionário.<br />
Entre outras conquistas, o casal missionário destacou o<br />
novo local de reuniões da Missão Batista em Colônia Leopoldina,<br />
que tem capacidade para receber 80 pessoas, já que no<br />
antigo o espaço estava apertado. “Deus tem nos surpreendido.<br />
Ele demonstra sua fidelidade àqueles que se colocam à disposição<br />
para se juntar a Ele, onde Ele está operando”, disseram os<br />
missionários.
Recentemente, o casal recebeu a visita de seis jovens de várias<br />
igrejas batistas de Alagoas e Pernambuco. O grupo já havia<br />
estado no município durante a Trans de julho e, com o desejo<br />
de continuar apoiando o ministério dos missionários, realizaram<br />
uma Escola Bíblica Infantil especial do dia das crianças,<br />
que contou com a participação de mais de 140 crianças, sendo<br />
a maioria de origem carente.<br />
Essa região da mata norte-alagoana também é muito carente<br />
espiritualmente. Existem várias cidades sem uma igreja batista.<br />
Por causa desse desafio, os missionários sentiram o desejo de<br />
plantar igrejas na histórica Colônia Leopoldina, uma cidade com<br />
aproximadamente 25 mil habitantes, que vivem basicamente do<br />
cultivo da cana-de-açúcar para fabricação do álcool ou etanol.<br />
Não deixe de interceder por esse e outros projetos para que o<br />
evangelho continue se expandindo em cada canto do Brasil.<br />
Crianças evangelistas<br />
No intuito de impactar e conduzir as crianças para Jesus, 17<br />
crianças da Frente Missionária de Sapiranga (RS) participaram da<br />
distribuição de convites e folhetos nas ruas da cidade. Foram entregues<br />
mais de cem folhetos para crianças e adultos. O pastor Walter<br />
Azevedo, que lidera a missão no município gaúcho, dirigiu o carro<br />
que estava com o som alto para chamar a atenção de todos.<br />
A esposa dele, missionária Nair de Azevedo, coordenou o<br />
evento. A filha do casal, Naiara, está sendo preparada para se<br />
tornar líder do ministério infantil, com mais duas jovens, que<br />
são novas convertidas. O percurso da caminhada dos pequenos<br />
foi superior a 3 km. “No fim, apesar do cansaço, todos estavam<br />
felizes por cumprir essa fase na evangelização de crianças”,<br />
contou pastor Walter.<br />
Prontos para o desafio de compartilhar Jesus<br />
Potencial para crescer<br />
Recentemente houve a celebração do primeiro batismo da<br />
Congregação Batista em Maraponga, quando a irmã Neci,<br />
fruto deste novo trabalho, desceu às águas. Devido ao fato de<br />
a congregação estar ainda em sua fase inicial, o batismo foi<br />
realizado no templo da Igreja Batista em Henrique Jorge, que é<br />
a igreja-mãe do novo projeto liderado pelos obreiros de <strong>Missões</strong><br />
<strong>Nacionais</strong>, José Carlos Marcelino e Francisca Maria de Freitas.<br />
Os missionários explicaram que Maraponga é o bairro que<br />
mais cresce em Fortaleza (CE), contando atualmente com 75 mil<br />
habitantes. Segundo eles, porém, não há nenhuma igreja batista.<br />
Dispostos a mudar esse quadro, aceitaram o desafio de levar a<br />
mensagem de Cristo para os moradores. “Vemos nesse bairro um<br />
grande potencial para uma igreja batista”, disse Marcelino.<br />
Confiantes no poder de Deus, os missionários acreditam que<br />
esse batismo foi o primeiro de muitos outros que irão presenciar,<br />
para a glória do Senhor. Eles contam com as orações dos irmãos<br />
para que mais vidas sejam resgatadas. No momento, a congregação<br />
tem oito membros e nove congregados, além dos visitantes.<br />
Evangelho para outras etnias<br />
Louvor no culto hispânico<br />
<strong>Missões</strong> <strong>Nacionais</strong> investe no evangelismo de outros povos<br />
que vivem no Brasil, uma vez que o objetivo é alcançar cada<br />
pessoa em solo brasileiro. Em São Paulo, A missionária Sueli<br />
Câmara tem trabalhado com os hispânicos e a obra está avançando.<br />
Novos crentes já foram batizados e os membros da igreja<br />
têm participado das atividades e do ministério de louvor.<br />
19
Quanto ao desenvolvimento espiritual dos irmãos, Sueli<br />
disse: “É gratificante vê-los crescer dia a dia na presença do<br />
Senhor”. Também foi implantado um PEPE que atende, há<br />
mais de um mês, várias crianças que, além dos ensinamentos<br />
bíblicos e brincadeiras, têm almoço garantido. “Tem sido maravilhoso<br />
desfrutar da grande alegria de vê-los chegando com<br />
tanto entusiasmo para la escuelita”, contou a missionária.<br />
O trabalho ainda enfrenta desafios como produção de material<br />
evangelístico e de discipulado em espanhol, aquisição de<br />
bíblias em espanhol, levantamento de mais líderes e começo do<br />
ministério esportivo com crianças de 6 a 10 anos. “Continuem<br />
dobrando seus joelhos e intercedendo por este povo e para que<br />
mais irmãos sejam tocados e chamados para este ministério<br />
tão lindo e edificante”, convocou a missionária Sueli, contando<br />
com o apoio não apenas financeiro mas no que diz respeito às<br />
orações de seus parceiros do PAM Brasil.<br />
20<br />
Bênçãos em Morro do Chapéu<br />
Fachada do templo da igreja<br />
música. “O resultado tem sido o aumento do número de crianças<br />
na EBD e mudanças de comportamento entre elas”, contaram<br />
os missionários.<br />
Eventos para os adultos, como o ‘Chá entre Amigas’,<br />
organizado recentemente, contou com a presença de mais<br />
de 70 mulheres. As mulheres da igreja organizaram testemunhos<br />
e uma palestra sobre depressão. Como resultado,<br />
foram preenchidas várias fichas para estudo bíblico e visita<br />
nos lares.<br />
Outros destaques, apontados pelo casal missionário,<br />
são o movimento de oração ‘Desperta Débora’, que também<br />
tem envolvido o ministério feminino da igreja; o<br />
treinamento de liderança; e o trabalho de evangelização<br />
na cidade, e demais povoados. Fora isso, “as atividades rotineiras<br />
do campo continuam a todo o vapor”, afirmaram<br />
os missionários.<br />
Agir de Deus no interior gaúcho<br />
Os missionários Filipe e Cristiane Niemeyer têm experimentado<br />
as bênçãos de Deus em Santo Antônio da Patrulha,<br />
RS. Desde que a igreja liderada por eles mudou<br />
de endereço, indo para a avenida principal da cidade,<br />
a obra avançou e a frequência nos cultos passou de 15<br />
para 40 pessoas. Recentemente, sete pessoas foram batizadas<br />
e já estão frutificando e discipulando outros sete,<br />
conforme a estratégia de igreja multiplicadora. Duas<br />
famílias batistas passaram a fazer parte da igreja e já<br />
estão sendo preparadas para plantar dois novos pontos<br />
de pregação.<br />
Muitos têm sido os motivos de gratidão a Deus na Igreja<br />
Batista de Morro do Chapéu (BA). De acordo com os missionários<br />
Renê e Jaqueline Santos, depois da inauguração do templo,<br />
ficou possível ter espaço para realizar diversas atividades, além<br />
do culto. Entre elas, está o futebol para meninos, que acontece<br />
todo domingo, após a EBD.<br />
Eles explicam que para participar do futebol é preciso primeiro<br />
estudar a Bíblia para aprender a não brigar e xingar.<br />
Para as meninas, são oferecidas atividades relacionadas à arte e Festa da igreja atraiu mais de 400 pessoas
Por estarem perto dos principais prédios da cidade como<br />
câmara de vereadores, prefeitura, rodoviária, tabelionato e<br />
biblioteca municipal, os missionários têm aproveitado cada<br />
oportunidade para mostrar sua relevância perante a sociedade<br />
local. Depois que fizeram a festa do Dia das Crianças,<br />
realizada em frente à igreja, com a autorização do secretário<br />
de turismo e da prefeitura, eles ganharam destaque<br />
no jornal e foram chamados para que apresentassem uma<br />
peça durante a Feira do Livro. A proposta se estendeu, inclusive,<br />
para um estande com literatura cristã. Sobre as vitórias<br />
recebidas, os missionários declararam: “Estamos felizes<br />
com a manifestação de Deus e, assim, seguimos militando<br />
nos pampas gaúchos”.<br />
Deixai vir a mim os pequeninos<br />
A missionária Ana Paula e William<br />
Em Timbó (SC), os missionários Wilton e Ana Paula<br />
Farias viram surgir o primeiro fruto do trabalho recém-<br />
-iniciado por eles na cidade. William Araújo, de 9 anos de<br />
idade, é filho de um casal que recebeu a família missionária<br />
no campo catarinense. Seus pais se converteram na<br />
Igreja Batista de Balneário Camboriú e, por causa de uma<br />
transferência no trabalho, mudaram-se para Timbó. “Ficaram<br />
sabendo que a JMN iria enviar missionários para a<br />
cidade e abriram as portas de casa para nos receber até que<br />
alugássemos nossa moradia”, relatou Wilton.<br />
Por iniciativa própria, William pediu estudo bíblico e,<br />
assim que as lições começaram, tomou sua decisão. “Foi a<br />
primeira vez que hospedamos missionários em nossa casa<br />
e eu adorei. No segundo dia, pedi para eles me darem um<br />
estudo da Bíblia e escolhi o livro ‘O que Jesus deseja que<br />
você faça’. Todas as noites, eles me davam o estudo, que era<br />
muito bom, e eu aceitei a Jesus”, disse William, que alegrou<br />
o coração de seus pais.<br />
“Ele é muito firme em suas convicções e nos impressiona<br />
pela vontade de ver logo uma igreja formada aqui em<br />
Timbó”, contou o missionário Wilton, que também contou<br />
que o menino pede para que seja realizada uma Trans na<br />
cidade, pois deseja participar de uma. Em sua Palavra, Jesus<br />
disse para que deixassem os pequeninos irem até Ele.<br />
Muitos obreiros têm testemunhado sobre o que Deus tem<br />
feito por intermédio das crianças, seja pelos testemunhos<br />
que dão perante familiares ou pela bênção que elas, de fato,<br />
representam no ministério, uma vez que ajudam bastante e<br />
amam ao Senhor com um coração puro.<br />
Shopping arrecada doações<br />
para Cristolândia BH<br />
Os gerentes regionais da JMN em Minas Gerais, Pr. Gerson<br />
e Lizete Perruci, foram procurados pelas donas da Ambientarte,<br />
Cláudia Moura e Sheilla Antão, que mostraram<br />
interesse em apoiar o projeto que vai ser instalado na capital<br />
mineira. Dispostas a divulgar o projeto na cidade, elas<br />
colocaram a Cristolândia para ser beneficiada no concurso<br />
de árvores de natal no shopping Minascasa. “Nosso objetivo,<br />
desde que recebemos o convite pela Associação Brasileira<br />
de Designers de Interiores (AMB) para participar da<br />
mostra no Minascasa, era trazer à memória das pessoas o<br />
verdadeiro sentido do Natal”, relatou Sheilla Antão, uma<br />
das sócias da empresa.<br />
A árvore, formada por caixas onde as pessoas podem colocar<br />
donativos para a Cristolândia atraiu a atenção dos<br />
21
Os missionários com as sócias da Ambientarte<br />
presentes ao coquetel de inauguração da mostra. “Foi bacana<br />
perceber que deixamos claro que as caixas de presente<br />
que compõem a nossa árvore estão simbolizando a ajuda à<br />
instituição e não o consumismo presente em nossa sociedade”,<br />
contou Sheilla. Na árvore, que ficará montada até<br />
o mês de janeiro, também foram colocados os fôlderes de<br />
parceria do PAM Brasil para o projeto Cristolândia BH, que<br />
será iniciado no ano que vem.<br />
Além disso, a diretora de marketing do shopping cedeu à<br />
Cristolândia todos os presentes depositados, em dezembro, no<br />
‘Baú de Presentes’ – um baú onde as pessoas colocam presentes<br />
para instituições sociais. “É um projeto que tem muito de Deus.<br />
O nosso objetivo ao entrar no concurso e mostra de árvore de<br />
Natal era falar de Cristo. E, hoje, quando olhamos os resultados,<br />
percebemos que a luz de Cristo brilha por intermédio<br />
das vidas restauradas por Ele, por meio do projeto. E ficamos<br />
muito felizes quando percebemos que, com nossa árvore, podemos<br />
contribuir para a divulgação deste projeto aqui em Belo<br />
Horizonte”, afirmou Cláudia Moura. Ela é membro da Igreja<br />
Batista do Barro Preto e conheceu o projeto em um congresso<br />
de <strong>Missões</strong> <strong>Nacionais</strong> realizado em sua igreja, que teve como<br />
preletor o pastor Fernando Brandão. Faça a sua parte e apoie ou<br />
divulgue esse e outros projetos de <strong>Missões</strong> <strong>Nacionais</strong>, que visam<br />
à libertação dos que estão cativos.<br />
22<br />
Batismo entre o povo macuxi<br />
Como disseram os missionários Marcelo e Elaine Okasawara,<br />
a Água da Vida tem sido dada e muitos têm bebido. Eles<br />
têm atuado com indígenas da tribo macuxi, de Roraima e, ao<br />
completarem 1 ano de trabalho, 14 novos convertidos, entre<br />
homens, mulheres e jovens foram batizados.<br />
Ainda de acordo com os missionários, mais três aldeias abriram<br />
suas portas, com convites dos chefes tribais, totalizando<br />
mais de 600 indígenas ainda sedentos. “Junto com o povo batista,<br />
vamos para mais e mais fundo do poço, encontrar, dar de<br />
beber e batizar”, afirmaram, contando com as orações e parcerias<br />
que apoiam o trabalho deles no norte do país.<br />
Em Roraima, habita uma das etnias mais numerosas do<br />
nosso país. São mais de 30 mil indígenas, entre eles os macuxis.<br />
No começo do trabalho, havia 7 adultos e 12 crianças, mas,<br />
atualmente, só na escola dominical a frequência média é de 80<br />
pessoas, 6 das quais estão sendo treinadas para o ministério. Há<br />
classes para adultos, adolescentes e crianças, que são divididas<br />
em alfabetizadas e não alfabetizadas. “Temos a intenção de<br />
deixar esta igreja pronta para seguir sozinha a partir do fim de<br />
2012”, afirmaram os missionários.<br />
Nas duas fotos, Pr. Okasawara e alguns dos que já foram batizados
ÀÀs portas do lançamento da grande<br />
campanha de evangelização e intercessão<br />
denominada 100 dias que impactarão o<br />
Brasil, recordamos os esforços empreendidos<br />
pelos batistas brasileiros ao longo de<br />
sua história. Os fatos passados representaram<br />
um desejo coletivo de salvação da Pátria<br />
e acabaram traçando uma interessante<br />
linha do tempo, repleta de movimentos<br />
que fizeram arder o coração de muitos<br />
que estavam adormecidos e passaram a<br />
ter um estilo de vida missionário, tendo<br />
o testemunho pessoal como uma grande<br />
ferramenta de condução de vidas a Cristo.<br />
É difícil datar o início dos movimentos<br />
de evangelização em âmbito denominacional,<br />
mas sabe-se que <strong>Missões</strong> <strong>Nacionais</strong> teve<br />
um importante papel no processo das campanhas<br />
evangelísticas. Isso porque a partir<br />
da década de 40, mais especificamente em<br />
1943, a JMN passou a fomentar um esforço<br />
batista em favor dos perdidos durante o mês<br />
de setembro, quando também divulgava<br />
uma de suas campanhas anuais. Na ocasião,<br />
foram confeccionados e distribuídos<br />
às igrejas folhetos evangelísticos para ações<br />
locais. Era apenas o pontapé inicial de uma<br />
série de eventos, cujo intuito seria a conquista<br />
da Pátria para Cristo.<br />
Mais tarde, em 1950, uma campanha<br />
regional tomava forma no estado de Pernambuco.<br />
Com o tema Cristo, a solução<br />
para os vossos problemas, o pastor Joseph<br />
Buie Underwood, então executivo da Convenção<br />
Batista Pernambucana, dirigia<br />
uma programação que, pela primeira vez,<br />
reunia igrejas em um movimento coordenado,<br />
buscando obter resultados que fizes-<br />
24<br />
HISTÓRIA DE MISSÕES<br />
Um passado marcado pela<br />
evangelização<br />
sem frente aos desafios da época. “Pela<br />
primeira vez realizou-se uma campanha<br />
de evangelização em que igrejas estiveram<br />
juntas, orando, divulgando, coordenando<br />
forças e recursos”, celebrou Underwood<br />
em matéria publicada no Jornal Batista<br />
da época.<br />
Na década de 60, a região sudeste também<br />
foi marcada por grandes campanhas.<br />
A primeira delas aconteceu em 1960,<br />
quando o Rio de Janeiro sediou o Congresso<br />
da Aliança Batista Mundial, com a<br />
presença do pastor Billy Graham, lotando<br />
o estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã.<br />
Dois anos mais tarde, os batistas de<br />
São Paulo marcavam sua geração com<br />
a campanha Cristo, a Única Esperança.<br />
Esta última, inclusive, motivou o pastor<br />
Rubens Lopes, reeleito presidente da Convenção<br />
Batista Brasileira, a propor um desafio<br />
de amplitude nacional. Sendo assim,<br />
em 1965 acontecia a primeira Campanha<br />
Nacional de Evangelização (CNE) dos batistas<br />
brasileiros.<br />
As ações que se deram por ocasião da<br />
campanha tiveram grande repercussão.<br />
No Rio de Janeiro, por exemplo, em 30 de<br />
janeiro de 1965, 30 mil batistas desfilaram<br />
pelas ruas do centro da capital, dando a<br />
abertura da CNE no estado. Com cartazes<br />
e faixas em punho, adoravam a Deus entre<br />
carros alegóricos confeccionados para<br />
o evento. A imprensa local noticiou o fato:<br />
“Batistas anunciam outra revolução, mas<br />
só espiritual”, fazendo menção à revolução<br />
política de março de 64. “Sempre foi<br />
nossa convicção de que somente uma<br />
revolução espiritual pode salvar o Brasil<br />
dos males que o atormentam e oprimem”,<br />
disse o pastor Rubens Lopes.<br />
A primeira CNE trouxe marcas positivas<br />
para a denominação. Sedentos por<br />
mais ações de alcance aos perdidos, os<br />
batistas decidiram criar, em 1968, a Junta<br />
de Evangelismo (Jevan), que por sua vez<br />
desencadeou a segunda edição da CNE –<br />
Só Jesus Cristo Salva. As ênfases da nova<br />
empreitada eram a visitação evangelística,
o evangelismo pessoal e os estudos bíblicos<br />
nos lares, que, mais tarde, tornaram-se<br />
programas regulares, tal qual o Núcleo de<br />
Estudos Bíblicos (NEBs).<br />
Anos depois, em 1984, a Jevan convidava<br />
a JMN para a realização de uma consulta<br />
nacional de evangelismo. A ideia era buscar<br />
respostas, opiniões dos batistas, acerca<br />
do futuro espiritual do país. Para viabilizar<br />
a estratégia, as organizações realizaram 5<br />
congressos regionais e um nacional, além<br />
de reuniões de líderes e uma pesquisa que<br />
era enviada pela revista A Pátria Para Cristo.<br />
Após grandes debates e questionamentos,<br />
criou-se o Plano Nacional de Evangelização,<br />
“visando suprir as necessidades sentidas<br />
e apontadas nos Congressos realizados,<br />
desfazendo ao máximo as insatisfações e<br />
mobilizando os crentes, as lideranças, as<br />
igrejas e instituições denominacionais para<br />
o crescimento geral; motivando os crentes<br />
e as igrejas para se reativarem na obra<br />
de evangelização de maneira audaciosa<br />
e agressiva”, compartilhou pastor Nilton<br />
Antônio de Souza, gerente executivo de<br />
Evangelismo e <strong>Missões</strong> da JMN. O PNE foi<br />
aprovado na Assembleia da CBB em Vitória,<br />
ES, em 1987, e sua execução prevista para o<br />
período de 1988 a 1992.<br />
Alvos arrojados<br />
Com o surgimento de novas campanhas<br />
de evangelização, metas desafiadoras<br />
eram elaboradas. Com o tema Cristo<br />
é o caminho, a verdade e a vida, em 1996<br />
a JMN propôs a organização de 341 novas<br />
igrejas, o batismo de 146.700 novos crentes<br />
com fins de, no ano 2000, chegarmos a<br />
2 milhões de fiéis. Para isso, a campanha<br />
tentou desenvolver em cada crente um<br />
estilo de vida pautado no testemunho pessoal.<br />
“A partir do Ano do Testemunho Pessoal<br />
cada crente batista deverá ser sempre<br />
um anunciador da Boa-Nova”, declarava<br />
pastor Ivo Seitz, então executivo da JMN,<br />
em sua palavra no manual da campanha,<br />
explicando-a como uma campanha<br />
para o dia a dia, de compromisso diante<br />
de Deus e do povo. “Nesta campanha não<br />
perguntaremos o que faremos para Deus,<br />
mas o que deixaremos Deus fazer em<br />
nós”. A partir de então, esperavam-se movimentos<br />
de evangelização simultâneos<br />
em todo o país, a partir dos quais novos<br />
irmãos nasceriam como fruto de um genuíno<br />
avivamento batista.<br />
Com um apelo ainda mais pessoal, a<br />
campanha da JMN Cristo é a Única Esperança,<br />
de 1998, conclamava os batistas<br />
para que, em duplas, alcançassem pelo<br />
menos cinco residências com testemunho<br />
pessoal e entrega de folhetos, o que resultaria<br />
na visitação, num só dia, de 2,5 milhões<br />
de lares, atingindo cerca de 10 milhões de<br />
brasileiros. “Atingimos, sim, algumas metas<br />
e o crescimento das igrejas foi notado<br />
nos anos seguintes. Ainda hoje, quando viajo<br />
para fazer conferências pelo Brasil afora,<br />
encontro o símbolo da campanha na fachada<br />
de muitas igrejas que participaram”,<br />
disse o pastor Miquéias Barreto, membro do<br />
Conselho Geral da CBB.<br />
O desafio continua<br />
Hoje, os batistas estão às vésperas de<br />
grandes movimentos evangelísticos orientados<br />
pela Junta de <strong>Missões</strong> <strong>Nacionais</strong>.<br />
Os 100 dias que impactarão o Brasil, as<br />
Trans, entre outras atividades, reavivam<br />
a tentativa de unidade em torno de resultados<br />
que beneficiaram toda a nação. As<br />
metas propostas pela JMN, que pretende<br />
contar com 100 mil voluntários em julho<br />
de 2012 para a Megatrans, não são o<br />
foco, mas norteadores que nos permitem<br />
enxergar que é possível conduzir mais de<br />
2 milhões de vidas aos pés de Cristo nesse<br />
período. Esse envolvimento não depende<br />
de grandes discursos, de convocações que<br />
surgem da boca de palestrantes famosos,<br />
ou de vídeos apelativos. Esse engajamento<br />
é obra de Deus e é para quem deseja obedecer<br />
a Ele. Nossa expectativa é que, daqui<br />
a alguns anos, alguém relembre a história<br />
de missões, o dia em que celebramos<br />
o maior batismo da história dos batistas<br />
brasileiros. E que você possa dizer: “eu e<br />
minha igreja fizemos parte disso”.<br />
25
A palavra missões<br />
vvem<br />
do latim missio,<br />
oonis<br />
que significa<br />
eenviar,<br />
deixar ir. É<br />
a<br />
tarefa que alguém<br />
deve executar a pedido ou por ordem<br />
de outrem. E temos bem claro, em Atos<br />
1.8, a tarefa, quem deve executar a ordem<br />
dada e onde fazê-la. A tarefa é ser<br />
testemunha de Jesus Cristo em qualquer<br />
lugar onde esteja. Significa viver os princípios<br />
e valores do Reino 24 horas por dia<br />
onde quer que esteja.<br />
Observando a sociedade em que vivemos,<br />
extremamente utilitarista, secularista,<br />
hedonista, em que cada pessoa<br />
pensa em si e no seu bem-estar, fica difícil<br />
cumprir a ordem dada no texto bíblico.<br />
As pessoas estão interessadas em valores<br />
que lhes dão retorno rápido e fácil sempre<br />
pensando nas vantagens que vão levar.<br />
A minha visão missionária para os<br />
dias de hoje está voltada mais para as<br />
crianças e adolescentes. Não mais a Janela<br />
10/40, na linguagem geográfica, mas<br />
a 4/14, na linguagem etária. Esta é a geração<br />
mais dotada de bens de consumo<br />
e facilidades tecnológicas que jamais vimos<br />
em toda a história da humanidade.<br />
No entanto, é uma geração perdida em<br />
seus valores. Precisamos chegar primeiro<br />
antes que companhias, conceitos e amizades<br />
cheguem e tomem espaço.<br />
Numa conversa com uma amiga, ela<br />
ao apresentar algumas crianças na idade<br />
entre 9 e 12 anos a um amigo, este fez a<br />
pergunta a um deles “o que você vai ser<br />
quando crescer?”. O garoto respondeu<br />
“pastor ou bandido, depende de quem<br />
26<br />
A GRANDE COMISSÃO<br />
<strong>Missões</strong> para hoje<br />
chegar primeiro”. Se não chegarmos primeiro<br />
colocando na cabecinha de nossas<br />
crianças os valores do reino de Deus e deixarmos<br />
para quando crescerem, com certeza,<br />
não teremos mais espaço, pois outros<br />
“programas” ou “softwares” já terão sido<br />
instalados e para desinstalar e colocar<br />
novos conceitos é mais complicado. Por<br />
isso, vejo no campo missionário com as<br />
crianças, a maior fonte de desafios. Nossas<br />
crianças estão sendo criadas por terceiros,<br />
que não têm compromisso com a Palavra<br />
de Deus, e acabamos achando isso normal<br />
e aceitável. Estamos terceirizando a educação<br />
como um todo, inclusive a espiritual,<br />
e vamos chorar muito lá na frente quando<br />
virmos nossos jovens compromissados<br />
com outras ideologias que não os valores<br />
da Palavra de Deus. As igrejas terão falta<br />
de líderes, enquanto na marginalidade,<br />
sobrarão. É triste visualizar esse quadro!<br />
Mas ainda há tempo para revertê-lo.<br />
A Geração “Z”, nascidos de 1990 a<br />
2009, e a Geração “Alfa”, nascidos a partir<br />
de 2010, segundo os estudiosos, fazem o<br />
nosso grande campo missionário. São os<br />
nativos digitais e que manuseiam as máquinas<br />
com uma velocidade e facilidade<br />
invejáveis. Como contar histórias da Bíblia<br />
de uma forma atual, atraente, verdadeira<br />
para essas gerações? Esse, para mim, tem<br />
sido o maior desafio. Como é uma geração<br />
multitarefa, fazem mil coisas ao mesmo<br />
tempo, como vamos chegar até eles? São<br />
envolvidos com salas de bate-papo na internet.<br />
Daí, uma porta que se abre para<br />
um trabalho missionário via internet.<br />
Como seria bom ter um grupo de professores<br />
e teólogos que estivessem prontos para<br />
responder a perguntas “complicadas”<br />
na área espiritual para esses internautas<br />
curiosos, ou nem tão curiosos, ocasião em<br />
que poderiam ser provocados com habilidade<br />
pelos missionários virtuais! Um<br />
grupo de missiólogos poderia ter um site<br />
(não sei se já existe) direcionado para esse<br />
público-alvo. Assim, como um missionário<br />
sai de sua casa e parentela e enfrenta<br />
uma cultura diferente, da mesma forma,<br />
a cultura virtual seria um desafio para<br />
chegar ao coração dessa geração carente<br />
do amor de Deus e da salvação em Cristo.<br />
Quanto mais cedo levamos uma pessoa a<br />
Cristo, mais tempo ela terá para servir ao<br />
Rei dos reis.<br />
Entendo que precisamos de “missionários”<br />
que manuseiem bem toda a tecnologia<br />
para que os que manuseiam a<br />
Palavra tenham condições de compartilhar.<br />
Quantos “missionários em TI” temos<br />
em nossas igrejas que poderiam colocar à<br />
disposição seus conhecimentos para que<br />
nossas crianças e adolescentes chegassem<br />
a Cristo antes que outros interessados<br />
o façam. Que tal uma sala de bate-papo<br />
sobre vida espiritual na linguagem dessa<br />
geração antenada? Eu sou da geração de<br />
imigrantes e ainda tateando nesse universo<br />
maravilhoso da tecnologia, falo um<br />
pouco dessa língua, mas com muito sotaque,<br />
mas nossos jovens têm muito a oferecer<br />
com seus conhecimentos para que a<br />
Janela 4/14 seja totalmente atingida para<br />
a Glória de Deus. Essa é minha oração e a<br />
minha visão de missões modernas.<br />
Nancy Gonçalves Dusilek<br />
1ª. vice-presidente da CBB