Fabrícia Vieira de Araújo - XVIII Encontro Regional (ANPUH-MG)

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se perceber certo preconceito, por parte da Universidade e dos professores, quanto às disciplinas pedagógicas. Na nossa grade curricular estão separadas áreas da pesquisa e do ensino; e dá-se, por vezes, mais valor à pesquisa acadêmica. Isso é explícito quando percebemos que, em alguns editais de seleção para programas de pós-graduação, a iniciação científica é mais valorizada do que o PIBID. O PIBID, ao propiciar o contato dos/as graduandos/as da área de licenciatura com o cotidiano escolar, permite que o mesmo conheça este universo, e, ao adentrá-lo, tal realidade já não será vista com tanto espanto. Apesar das especificidades de cada escola, é importante que o futuro professor tenha conhecimento das normas que regem o trabalho escolar, além das leis (federais e estaduais) que orientam a educação brasileira, iniciativas estas proporcionadas pelo Subprojeto História e que serão mais bem abordadas posteriormente. A instituição de ensino participante deste subprojeto é a Escola Estadual Professor Leônidas de Castro Serra, situada na Avenida José Fonseca e Silva, n. 990, no Bairro Luizote de Freitas, em Uberlândia. Conta com a coordenação da Professora Regina Ilka Vieira Vasconcelos e colaboração da Professora Marta Emisia Jacinto Barbosa, do Instituto de História da Universidade Federal de Uberlândia. A supervisora na Escola participante é a Professora Giselda Paiva Xavier. O grupo conta com nove bolsistas, selecionados via edital específico: Aline Ferreira Antunes, Diego Marcos Silva Leão, Ester Castelar Britto, Fabrícia Vieira de Araújo, Hugo Mendes Miranda, Manuel Batista de Sá Filho, Marcelo Gimenes, Mislele Souza da Silva e Natália Félix de Melo. São todos alunos dos Cursos de Graduação em História da UFU, em diferentes períodos dos turnos matutino e noturno. Através da realidade da E. E. Profº Leônidas e das inquietações que se apresentam no que se refere ao ambiente escolar e formação do professor, buscamos traçar um plano de ação, que visava o aprendizado dos bolsistas e também a colaboração com o desenvolvimento das atividades da própria Escola. Para nossa preparação e planejamento das atividades a serem desenvolvidas, são realizadas reuniões periódicas na Escola, com a Professora Supervisora Giselda, e na Universidade, com as professoras Regina Ilka e Marta Emisia. Nessas reuniões, ocorrem a discussão sobre textos e filmes, reflexões sobre as observações realizadas, planejamentos e avaliações das ações do Subprojeto.
Dessa maneira, abordaremos a seguir um pouco sobre os trabalhos que realizamos na Escola, a fim de situarmos brevemente parte das propostas indicadas no Subprojeto, para que então, posteriormente, reflitamos acerca das contribuições do PIBID na formação do futuro professor de história, tendo como base nossas experiências. As atividades da primeira fase do Subprojeto, que, em linhas gerais, prioriza a realização do diagnóstico da escola, já foram concretizadas no 2° semestre de 2011. Inicialmente, construímos, com a ajuda da Coordenadora e da Supervisora, um questionário socioeconômico e cultural que foi respondido pelos alunos dos 8° s anos e do PAV – Programa Acelerar para Vencer, além de fichas para a descrição do espaço físico, para a descrição da situação do corpo discente e do corpo docente, outras para especificar o ambiente da biblioteca, seu acervo geral e os livros de História, e uma ficha de controle de entrada e saída de livros. Tudo isso para que pudéssemos conhecer melhor a realidade do espaço escolar e seus sujeitos. Algumas dessas fichas já foram preenchidas, outras estão sendo respondidas. No questionário socioeconômico e cultural, procuramos apreender, por exemplo, o local onde mora o/a estudante, sua naturalidade, classe social, se trabalha, algum dado sobre os seus responsáveis, se possui computador e se tem acesso à internet, sua opinião em relação a alguns aspectos da Escola em que estuda, em relação ao bairro onde mora, as disciplinas que considera mais interessantes e a razão de tal preferência, o que faz nos momentos de lazer, a frequência com que pratica a leitura, se participa das festas em seu bairro, ou se frequenta teatro e cinema. Além desse questionário, outra atividade que realizamos, e que colaborou para o maior conhecimento em relação aos alunos, foi a pesquisa na pasta de matrícula de cada estudante, situada na secretaria da Escola. Tivemos contato com as notas de todas as disciplinas obtidas por cada discente, nas diferentes séries em que estudavam, além de outras informações, como por exemplo, se é beneficiário do Programa Bolsa Família e se veio de outra escola. Assim, comparamos os dados respondidos pelos alunos no questionário que aplicamos com aqueles que estão em suas fichas de matrícula, o que propiciou uma importante oportunidade de reflexão sobre as condições de vida daqueles alunos, em relação à sua situação escolar. Outra atividade que concretizamos na escola está vinculada à Semana da Consciência Negra. Colaboramos com a organização do evento, com a realização de
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