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Allied Chemical Corporation: O que Wagner deve fazer ... - MIT

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<strong>Allied</strong> <strong>Chemical</strong> <strong>Corporation</strong>: O <strong>que</strong> <strong>Wagner</strong> <strong>deve</strong> <strong>fazer</strong>?<br />

Richard <strong>Wagner</strong> era presidente de uma divisão da <strong>Allied</strong> <strong>Chemical</strong> <strong>Corporation</strong>, uma lucrativa<br />

empresa <strong>que</strong> recentemente enfrentou sua parcela de problemas. Com um crescimento lento até a<br />

década de 70, a <strong>Allied</strong> arrecadou $2,3 bilhões em vendas em 1975. Infelizmente, durante esse<br />

período de prosperidade, a <strong>Allied</strong> passou por um grande problema com um de seus subcontratados,<br />

quando aceitou uma oferta da Life Science Products (LSP) para fabricar um pesticida chamado<br />

Kepone. A <strong>Allied</strong> aceitou a oferta da LSP por ter sido a concorrência mais em conta e por serem<br />

conhecidos dos donos da LSP, mas não sabia <strong>que</strong> a LSP estava desprezando alguns itens de<br />

segurança para economizar dinheiro. Muitos trabalhadores ficaram doentes e o ambiente estava<br />

danificado. Isso fez com <strong>que</strong> a <strong>Allied</strong> ficasse muito mal aos olhos do público e de vários órgãos<br />

governamentais. A tarefa de <strong>Wagner</strong> foi decidir qual posição a <strong>Allied</strong> <strong>Chemical</strong> tomaria em relação a<br />

dois assuntos, o Ato de Controle de Substâncias Tóxicas (TSCA) e a Responsabilidade Total do<br />

Produto (TPR), programa interno da <strong>Allied</strong>.<br />

• Ato de Controle de Substâncias Tóxicas – Ficar neutro<br />

O TSCA foi proposto pelo Congresso com o intuito de evitar problemas resultantes de substâncias<br />

químicas nocivas. Toda a legislação do passado estava concentrada na correção dos problemas<br />

depois de acontecerem. O TSCA daria à Agência de Proteção Ambiental (EPA) novos poderes para<br />

garantir <strong>que</strong> incidentes como os do Kepone fossem evitados já no início do processo. Há algumas<br />

razões para a <strong>Allied</strong> <strong>que</strong>rer dar apoio ao TSCA. A reputação da empresa foi abalada quando eles se<br />

envolveram com a LSP, eles ficaram com a reputação de não se importarem com os funcionários<br />

nem com o ambiente. Ao dar apoio público a este assunto, eles poderiam tentar mudar essa imagem.<br />

Mas há ainda mais motivos pelos quais a <strong>Allied</strong> não gostaria de apoiar o TSCA. A indústria química já<br />

está severamente regulamentada e o TSCA soaria como controle total do governo sobre a indústria.<br />

Antes de produzir em massa uma nova substância química, a <strong>Allied</strong> precisaria obter permissão da<br />

EPA. Isso não apenas levaria tempo, mas também custaria bem caro. O TSCA não é específico em<br />

relação a quais poderes dá à EPA. Isso poderia levar a situações em <strong>que</strong> a EPA interpretaria a lei<br />

como preferir e assumiria “amplos poderes com poucas restrições”. Qual<strong>que</strong>r nova tecnologia<br />

desenvolvida pela <strong>Allied</strong> precisaria ser relatada à EPA e os segredos comerciais precisariam ser<br />

revelados.<br />

É claro <strong>que</strong> a <strong>Allied</strong> precisava apoiar algum tipo de mecanismo para garantir ao público <strong>que</strong> o<br />

incidente do Kepone não acontecerá novamente. Apoiar o TSCA é um método possível, mas terá<br />

grandes desvantagens para a empresa e para a indústria como um todo. A <strong>Allied</strong> precisa levar isso a<br />

cabo de uma forma diferente, e a Responsabilidade Total do Produto é a resposta. Para o TSCA,<br />

<strong>Wagner</strong> <strong>deve</strong> manter a opinião atual da <strong>Allied</strong> e permanecer neutro.<br />

• Responsabilidade Total do Produto – Apoiar


A Responsabilidade Total do Produto (TPR) foi um plano interno criado pela <strong>Allied</strong>. Sua missão era<br />

“isentar adequadamente de responsabilidade legal e moral seus funcionários, consumidores, público<br />

e meio ambiente para protegê-los contra danos". Isso era exatamente o <strong>que</strong> a <strong>Allied</strong> precisava <strong>fazer</strong><br />

para acalmar a oposição à produção de substâncias químicas. A vantagem da TPR é <strong>que</strong> a <strong>Allied</strong><br />

pode implantá-la sozinha, sem ajuda de ninguém, de modo <strong>que</strong> as vendas não seriam abaladas.<br />

A TPR faria muitas das coisas também propostas pelo TSCA. A TPR garantiria as especificações e<br />

os testes adequados para todos os produtos químicos atuais e novos. A informação aos<br />

trabalhadores sobre os procedimentos e métodos atuais seria disseminada por meio de<br />

procedimentos operacionais-padrão e boletins técnicos. A TPR ainda iria além do TSCA em alguns<br />

aspectos, como por exemplo examinar cuidadosamente os consumidores novos e existentes.<br />

Nenhum produto químico seria vendido a empresas <strong>que</strong> não tivessem conhecimento ou instalações<br />

ideais para lidar com ele. Todos os contratados externos seriam examinados ainda mais de perto e<br />

incluiriam inspeções periódicas. Ainda <strong>que</strong> haja alguns problemas com a TPR, eles não chegam aos<br />

pés dos problemas do TSCA. Foi mencionado no relatório <strong>que</strong> alguns funcionários acreditavam <strong>que</strong> o<br />

uso da TPR poderia causar discussões com os consumidores. Esses funcionários precisam se dar<br />

conta de <strong>que</strong>, se não forem tomadas ações agora, acontecerá outro incidente semelhante ao do<br />

Kepone. Os proprietários da LSP eram funcionários da <strong>Allied</strong>, o <strong>que</strong> prova <strong>que</strong> todos precisam ser<br />

examinados. Se ocorrer um incidente novamente, isso causaria um desastre total para a <strong>Allied</strong><br />

<strong>Chemical</strong> e uma regulamentação governamental total para a indústria.<br />

O <strong>que</strong> a <strong>Allied</strong> precisa <strong>fazer</strong> é corrigir seus problemas sozinha e não esperar <strong>que</strong> o governo<br />

promulgue alguma lei. A <strong>Allied</strong> <strong>deve</strong> iniciar o apoio à TPR imediatamente e divulgar <strong>que</strong> tem uma<br />

nova política para proteger as pessoas e o meio ambiente. Se a empresa chamar a atenção do<br />

público para esse novo ponto de vista, é possível <strong>que</strong> o apoio para o governo aprovar o TSCA<br />

diminua. A <strong>Allied</strong> pode ainda mostrar seu apoio ao lidar com o assunto de forma justa. Na data de<br />

impressão do relatório, a TPR foi desenvolvida por uma equipe de 17 pessoas. A <strong>Allied</strong> poderia<br />

contratar funcionários externos cuja única responsabilidade seria garantir <strong>que</strong> a TPR está sendo<br />

cumprida sem problemas. Esses funcionários poderiam ter uma remuneração especial para <strong>que</strong> seus<br />

cargos não estivessem em risco caso eles promulgassem políticas internas mais rígidas.<br />

• Pensando à frente<br />

Fazendo uma pesquisa externa, descobri <strong>que</strong> a TSCA foi aprovada pelo Congresso<br />

(http://www.eh.doe.gov/oepa/law_sum/TSCA.HTM) em 1976. Uma outra <strong>que</strong>stão é como a <strong>Allied</strong><br />

<strong>deve</strong> lidar com a lei. Uma proposta é trabalhar com a nova lei por meio da TPR. A TPR poderia ser o<br />

ponto de contato para garantir <strong>que</strong> a lei TSCA seja cumprida e <strong>que</strong> as políticas da EPA sejam<br />

conduzidas adequadamente nas fábricas da <strong>Allied</strong> <strong>Chemical</strong>. Ainda <strong>que</strong> o TSCA tenha sido aprovado,<br />

a TPR é tão importante para a empresa <strong>que</strong> tê-la implantada claramente é mais vantajoso <strong>que</strong> os<br />

custos de não tê-la. De fato, isso vai ao encontro dos sentimentos dos executivos da empresa, <strong>que</strong><br />

estavam procurando por uma política interna <strong>que</strong> evitasse futuros problemas, não afetasse as<br />

vendas.


<strong>Wagner</strong> apresentará à diretoria <strong>que</strong> a <strong>Allied</strong> <strong>Chemical</strong> <strong>deve</strong> permanecer neutra em relação ao TSCA<br />

do governo. Ele vai comentar <strong>que</strong> a empresa <strong>deve</strong> promulgar a TPR imediatamente e comunicar esse<br />

fato à imprensa. Caso o TSCA seja aprovado (como foi), a <strong>Allied</strong> <strong>deve</strong> alterar as responsabilidades da<br />

TPR para <strong>fazer</strong> a interface com a EPA. Eles <strong>deve</strong>m ser o modelo de representantes do suporte<br />

contínuo da <strong>Allied</strong> em relação às pessoas e ao meio ambiente.

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