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Como funciona a Europa - Biblioteca Infoeuropa - Eurocid

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© União Europeia, 2010<br />

Reprodução autorizada, excepto para fins comerciais, desde que a fonte seja citada<br />

(© União Europeia, 2010).<br />

Este documento foi financiado pela Comissão Europeia ao abrigo de um contrato<br />

com a Generation Europe Foundation. Possui fins exclusivamente informativos e<br />

não constitui qualquer orientação oficial da Comissão para a interpretação das leis<br />

ou políticas da UE.<br />

A Comissão Europeia não é responsável pelo conteúdo de outros sítios da Internet<br />

citados nesta publicação que não o seu próprio. Os sítios web de terceiros são<br />

referidos apenas a título ilustrativo, não representando qualquer lista exaustiva ou<br />

aval específico.<br />

www.europadiary.eu<br />

Impresso na Bélgica<br />

ISBN 978-92-79-13558-3<br />

ISSN 1830-835X<br />

DOI 10.2772/56475<br />

Edição.......................................................... Comissão.Europeia<br />

Editor-chefe................................................ Catie.Thorburn<br />

Vencedor do concurso para a capa.......... Lientje Leflot<br />

Organização responsável pelo projecto:<br />

Generation.Europe.Foundation<br />

Chaussée.St..Pierre,.123<br />

B-1040.Brussels,.Belgium<br />

info@generation-europe.eu<br />

www.generation-europe.eu<br />

Parceiros nacionais:<br />

DECO.–.Associação.Portuguesa.<br />

para.a.Defesa.do.Consumidor<br />

Rua.Artilharia.Um,.79.–.4º<br />

1269-160.Lisboa<br />

Tel.21.371.02.00<br />

Fax.21.371.02.99<br />

E-mail:.decolx@deco.pt<br />

Centro.de.Informação.Europeia.Jacques.Delors<br />

Palacete.do.Relógio<br />

Cais.do.Sodré<br />

1200-450.Lisboa<br />

Tel.21.122.50.00<br />

E-mail:.geral@ciejd.pt


Agenda <strong>Europa</strong> - A escolha é vossa<br />

Apelido.....................................................................................................................<br />

Nome Próprio ..........................................................................................................<br />

Data de Nascimento ................................................................................................<br />

Morada ....................................................................................................................<br />

.................................................................................................................................<br />

País .........................................................................................................................<br />

Telefone ...................................................................................................................<br />

Telemóvel ................................................................................................................<br />

E-mail ......................................................................................................................<br />

Nome da Escola ......................................................................................................<br />

Morada ....................................................................................................................<br />

.................................................................................................................................<br />

Professor responsável pela turma ...........................................................................<br />

Presidente do Conselho Executivo..........................................................................<br />

Em caso de urgência, por favor contactar ...............................................................<br />

Telefone ...................................................................................................................<br />

- -


- -<br />

Índice<br />

Prólogo ....................................................3<br />

Sobre a União Europeia<br />

A União Europeia em poucas palavras ...4<br />

Cronologia da UE ....................................5<br />

<strong>Como</strong> <strong>funciona</strong> a <strong>Europa</strong> .........................8<br />

Age localmente! .....................................<br />

<strong>Europa</strong> precisa de ti!..............................<br />

Aprender a <strong>Europa</strong> com o Centro<br />

de Informação Europeia<br />

Jacques Delors ................................. 4<br />

<strong>Como</strong> são feitas as leis ......................... 6<br />

Muito mais do que trocos ...................... 8<br />

Money, money, money ........................... 0<br />

Unidos na diversidade regional ............. 4<br />

Eu e a <strong>Europa</strong><br />

A intolerância não será tolerada ............ 5<br />

Uma mão amiga .................................... 8<br />

Uma ponte entre as diferenças .............30<br />

Uma <strong>Europa</strong> sem fronteiras...................3<br />

Apetece-te mudar de sítio? ...................33<br />

À procura de emprego ...........................36<br />

Investigadores em movimento...............37<br />

As maravilhas da ciência .......................38<br />

Pioneiras – mulheres cientistas .............40<br />

Os meus direitos e opções<br />

Get up… Stand up...<br />

pelos teus direitos.............................4<br />

Satisfação garantida? ............................44<br />

DECOJovem..........................................46<br />

Sem qualquer compromisso ..................48<br />

Telemóveis – que a bênção não se<br />

torne numa maldição ........................49<br />

Vai uma pesquisa no Google? ...............50<br />

Sê ciberinteligente! ................................5<br />

O Dilema Digital.....................................54<br />

Protecção de dados...............................55<br />

És viciado na Internet? ..........................56<br />

A minha saúde e a minha<br />

segurança<br />

Uma vida saudável ................................58<br />

Drogas ...................................................59<br />

Apaga o cigarro .....................................60<br />

Protege a tua pele .................................6<br />

Consegues ouvir-me? ...........................6<br />

Protege os teus pulmões! ......................63<br />

Negócio ‘à séria’ ....................................64<br />

O que é que há num rótulo? ..................66<br />

O meu ambiente<br />

Qualidade de vida?................................68<br />

Às escuras? ...........................................70<br />

Mergulho no azul profundo ....................7<br />

A Natureza sob ameaça ........................74<br />

Maioria rural...........................................78<br />

A cadeia da vida ....................................80<br />

Vamos comprar flores? ..........................83<br />

As chaves da mobilidade urbana ..........84<br />

Para além das tuas fronteiras<br />

O que é que os vizinhos vão dizer? ......85<br />

Construir um mundo melhor ..................89<br />

Parceiros comerciais .............................94<br />

Prólogo<br />

Caros estudantes,<br />

No início da segunda década do século XXI, chega<br />

às vossas mãos a sétima edição da Agenda <strong>Europa</strong>,<br />

um instrumento pedagógico que é actualmente muito<br />

apreciado e solicitado pelos adolescentes de toda a<br />

<strong>Europa</strong>. Acreditamos que a educação é uma condição<br />

fundamental para a realização pessoal e para o<br />

progresso de toda a sociedade. A educação é, pois,<br />

uma das nossas áreas de acção prioritárias para a<br />

recuperação da economia social de mercado na <strong>Europa</strong><br />

até 0 0. Essa será a década em que os jovens de hoje<br />

assumirão a liderança da <strong>Europa</strong> e contribuirão com as<br />

suas ideias e iniciativas para criar uma União maior e<br />

mais forte.<br />

Sejam ambiciosos, activos e responsáveis pelo vosso futuro!<br />

José Manuel Barroso,<br />

Presidente da Comissão Europeia<br />

- 3 -


- 4 -<br />

A União Europeia em poucas<br />

palavras O que tem a União Europeia para oferecer?<br />

A União Europeia é única no mundo: não é uma organização internacional como<br />

as Nações Unidas, nem substitui os governos nacionais. Então o que é?<br />

A União Europeia (UE) foi criada pelos governos nacionais para estabelecer acções<br />

comuns em áreas em que faça mais sentido os Estados-Membros trabalharem em<br />

conjunto, em vez de cada um por si.<br />

Cooperação em vez de competição<br />

Depois da devastação provocada pela Segunda Guerra Mundial, os europeus queriam<br />

evitar que um novo conflito pudesse destruir o continente. Em vez de entrarem em<br />

disputa, os governos de seis países decidiram cooperar a nível económico e comercial.<br />

Uniram os seus recursos de carvão e aço, a matéria-prima de excelência para o fabrico<br />

de armas, afastando assim a ameaça da guerra e tornando estes seis países nos<br />

melhores parceiros comerciais.<br />

A UE trouxe uma era de paz e prosperidade. Hoje em dia, engloba 500 milhões de<br />

pessoas e é responsável pela gestão de diversas questões do dia-a-dia. A União<br />

Europeia <strong>funciona</strong> de acordo com os seguintes princípios:<br />

. Actua somente nas áreas que lhe tenham sido atribuídas pelos governos<br />

nacionais.<br />

2. Só deve actuar nas áreas em que pode ser mais eficaz do que os governos<br />

nacionais agindo isoladamente.<br />

3. Tem de promover e defender valores partilhados como a democracia, a liberdade<br />

e a justiça, bem como o património europeu comum e as suas muitas culturas,<br />

tradições, línguas e dialectos.<br />

Os jornais bem podem falar da intromissão da UE em questões de pormenor<br />

aparentemente sem importância. Mas afinal o que é que a UE faz? Aqui ficam alguns<br />

exemplos:<br />

»<br />

»<br />

»<br />

Se fores cidadão de um país da UE, então és garantidamente um cidadão da UE.<br />

Deste modo, tens direito a viver, trabalhar e estudar em qualquer outro país da<br />

UE – do Chipre à Finlândia, da Irlanda à Bulgária. E se visitares um local fora da<br />

UE em que não haja embaixada, tens direito à ajuda das embaixadas dos outros<br />

Estados-Membros.<br />

Estás protegido pelas leis de defesa dos consumidores, que asseguram que não<br />

sejas enganado.<br />

Beneficias de ar e água mais puros e de um solo mais limpo graças às rigorosas<br />

leis ambientais da UE.<br />

Números de telefone importantes<br />

112<br />

Onde quer que te encontres dentro da União Europeia, se<br />

precisares de ajuda basta ligares , o número europeu de<br />

emergência. O número europeu de emergência é único<br />

para todos os países da UE.<br />

00 800 6 7 8 9 10 11<br />

O serviço Europe Direct responde a todas as tuas dúvidas sobre<br />

a União Europeia. E a chamada é gratuita!<br />

Para saberes mais:<br />

http://europa.eu/euinyourcountry/index_pt.htm<br />

http://ec.europa.eu/youreurope/index_pt.html<br />

www.eurocid.pt<br />

- 5 -


- 6 -<br />

Cronologia da UE<br />

O processo de construção da União Europeia iniciou-se durante o rescaldo<br />

da Segunda Guerra Mundial com o objectivo de assegurar a segurança e<br />

a prosperidade da <strong>Europa</strong>. Decorridos mais de cinquenta anos, é ainda um<br />

processo inacabado, em constante mudança, para o qual todos os europeus<br />

podem contribuir.<br />

1945<br />

Depois de quase seis anos de combates na <strong>Europa</strong>, termina a<br />

Segunda Guerra Mundial.<br />

1945<br />

1950<br />

A Declaração Schuman leva à assinatura do Tratado de Paris, que institui a<br />

Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (Abril de 1951). Inclui seis países:<br />

Bélgica, França, Itália, Luxemburgo, Países Baixos e República Federal<br />

da Alemanha (Alemanha Ocidental). Junta-os enquanto países iguais e<br />

cooperantes através de instituições partilhadas.<br />

1950<br />

1957<br />

A Bélgica, a França, a Itália, o<br />

Luxemburgo, os Países Baixos e<br />

a Alemanha Ocidental assinam<br />

o Tratado de Roma, que lança<br />

a Comunidade Económica<br />

Europeia (CEE) e a Comunidade<br />

Europeia da Energia Atómica<br />

(CEEA ou Euratom). É criado<br />

um Mercado Comum onde bens,<br />

serviços, capital e pessoas<br />

podem circular livremente.<br />

1957<br />

1968<br />

1968<br />

É criada a União Aduaneira: são suprimidas todas<br />

as tarifas de importação entre os seis países da CEE.<br />

1979<br />

Têm lugar as primeiras<br />

eleições directas para o<br />

Parlamento Europeu.<br />

1979<br />

1986<br />

1986<br />

É assinado o Acto<br />

Único Europeu, que<br />

estabelece o calendário<br />

para a concretização do<br />

Mercado Comum a<br />

1 de Janeiro de 1993.<br />

1989<br />

1992<br />

2007<br />

2007<br />

Para tornar a UE mais eficiente e<br />

democrática, os líderes assinam o Tratado<br />

de Lisboa, que reforça a democracia<br />

– dotando uma maior notoriedade ao<br />

2002<br />

Parlamento Europeu, aos parlamentos<br />

nacionais e aos cidadãos – e a sua<br />

capacidade de intervenção a nível global.<br />

O Tratado de Lisboa entrou em vigor em<br />

2001<br />

2009.<br />

2002<br />

1997<br />

Entram em circulação as notas e moedas de euro<br />

em alguns Estados-Membros, ao mesmo tempo<br />

que as moedas nacionais vão deixando de estar em<br />

circulação. O euro continua a ser adoptado por cada<br />

vez mais países da UE – o décimo sexto a aderir<br />

à moeda única foi a Eslováquia, o país que mais<br />

recentemente a começou a usar.<br />

2001<br />

É assinado o Tratado de Nice, que introduz reformas nas<br />

instituições europeias e reforça os direitos fundamentais, a<br />

segurança e a defesa, bem como a cooperação judiciária em<br />

questões criminais.<br />

1997<br />

É assinado o Tratado de Amesterdão, que desenvolve a PESC bem como as<br />

políticas de protecção social e do emprego.<br />

1992<br />

É assinado o Tratado de Maastricht, que cria a União Europeia (UE) e estabelece<br />

objectivos ambiciosos: a união monetária até 1999, a cidadania europeia, novas<br />

políticas comuns – incluindo a Política Externa e de Segurança Comum (PESC) – e<br />

cooperação em questões de segurança interna.<br />

1989<br />

Queda da Cortina de Ferro, o que cria uma oportunidade para a unificação da <strong>Europa</strong>. Este<br />

facto leva à reunificação da Alemanha a 3 Outubro de 1990. A democracia começa a ganhar<br />

raízes nos países da <strong>Europa</strong> Central e de Leste.<br />

Para saberes mais:<br />

http://europa.eu/abc/history/index_pt.htm<br />

http://europa.eu/lisbon_treaty/index_pt.htm<br />

- 7 -


- 8 -<br />

<strong>Como</strong> <strong>funciona</strong> a <strong>Europa</strong><br />

<strong>Como</strong> é que se encaixam as peças do puzzle que fazem a <strong>Europa</strong> <strong>funciona</strong>r?<br />

Parlamento Europeu<br />

– a voz do povo<br />

O Parlamento Europeu (PE) é eleito pelos cidadãos da União Europeia (UE) para<br />

representar os seus interesses. Adopta as leis juntamente com o Conselho da União<br />

Europeia e assegura o controlo democrático e o debate público sobre todos os<br />

aspectos do trabalho desenvolvido pela UE.<br />

De cinco em cinco anos, os cidadãos da UE elegem os seus representantes para o<br />

Parlamento. As últimas eleições decorreram em Junho de 009. Foram eleitos 736<br />

Membros do Parlamento Europeu (MPE), tornando-o na maior instituição do seu<br />

tipo. As sessões de trabalho decorrem normalmente em Estrasburgo, em França, e,<br />

algumas vezes, em Bruxelas, na Bélgica.<br />

Os eurodeputados não estão organizados em blocos nacionais mas sim em grupos<br />

políticos europeus, transnacionais, e que no seu conjunto reflectem as suas ideias<br />

políticas e representam todos os quadrantes de opinião. O Parlamento tem apoiado<br />

de forma entusiástica a União Europeia, se bem que uma pequena minoria de MPE<br />

considera que a UE, actualmente, goza de demasiado poder.<br />

www.europarl.europa.eu<br />

Conselho Europeu<br />

– a liderança política<br />

Reúne os líderes mais importantes dos Estados-Membros – os Primeiros-Ministros<br />

e/ou Presidentes, dependendo do país – e conta, também, com a<br />

participação do Presidente da Comissão Europeia. O Conselho<br />

Europeu reúne-se em Bruxelas, em princípio, quatro vezes<br />

por ano, para aprovar a política global da UE e analisar<br />

os progressos realizados. Esta nova instituição dirigida<br />

pelo seu Presidente, que tem um mandato<br />

de dois anos e meio, é o órgão de<br />

decisão política de mais alto<br />

nível na UE e, por essa razão,<br />

as suas reuniões são também<br />

conhecidas por “cimeiras”.<br />

© European<br />

Parliament<br />

O Conselho da União Europeia<br />

– a voz dos Estados-Membros<br />

O Conselho reúne-se periodicamente e é neste órgão que os governos nacionais<br />

fazem ouvir a sua voz. O Conselho, também com sede em Bruxelas, rectifica, adopta<br />

ou rejeita as propostas de lei. Dependendo do assunto em agenda, cada país é<br />

representado pelo ministro da área a tratar – finanças, transportes, agricultura, etc.<br />

As decisões são tomadas por maioria. Os Estados-Membros com maior número de<br />

habitantes, como a Alemanha, têm mais votos e portanto mais poder no Conselho<br />

do que os países mais pequenos, como Malta, por exemplo. No entanto, o sistema<br />

de votação permite que um pequeno número de Estados-Membros manifeste a sua<br />

oposição a uma decisão.<br />

Em alguns domínios particularmente sensíveis, como a fiscalidade e a defesa – as<br />

decisões do Conselho só podem ser adoptadas por unanimidade. O que não é uma<br />

tarefa fácil, com tantos países e interesses diferentes à volta da mesa!<br />

www.consilium.europa.eu<br />

Comissão Europeia<br />

– o interesse comum<br />

A Comissão Europeia, com base em Bruxelas, é independente dos governos nacionais<br />

e tem funções executivas. Isto significa que pode propor novas leis, que serão depois<br />

votadas no Parlamento Europeu e no Conselho da UE. A Comissão é também a<br />

“guardiã” dos Tratados dado que é responsável pelo cumprimento e aplicação correcta<br />

da legislação europeia por parte dos Estados-Membros. Em caso de incumprimento, a<br />

Comissão pode fazer queixa ao Tribunal de Justiça da União Europeia.<br />

O Presidente da Comissão Europeia lidera uma equipa de Comissários, um de<br />

cada Estado Membro. Cada Comissário tem a seu cargo uma determinada área de<br />

competência – transportes, ambiente, etc. – comparável aos deveres dos ministros<br />

nos governos nacionais. Os Comissários estão obrigados a agir no interesse de toda<br />

a União Europeia e não no do seu país de origem.<br />

A UE tem ainda um Alto Representante para a Política Externa e de Segurança, que<br />

dirige todas as acções da União a nível internacional e é Vice-Presidente da Comissão.<br />

Trabalham cerca de 3 000 pessoas para a Comissão Europeia. A maior parte está<br />

sediada em Bruxelas, embora a Comissão tenha representações em todos os Estados-<br />

Membros e delegações noutros países.<br />

http://ec.europa.eu<br />

- 9 -


- 0 -<br />

Tribunal de Justiça da União Europeia<br />

– o Estado de Direito<br />

O que se torna fascinante nas leis é que podem ser interpretadas de maneiras<br />

diferentes. A missão do Tribunal é garantir a interpretação e aplicação uniforme da<br />

legislação da UE em todos os Estados-Membros, de modo a que a lei seja igual para<br />

todos, garantindo que os tribunais nacionais não decidam de forma diferente sobre a<br />

mesma questão. Com sede no Luxemburgo, o Tribunal é constituído por um juiz de<br />

cada Estado-Membro.<br />

As resoluções do Tribunal são definitivas – não podendo ser refutadas pelos tribunais<br />

nacionais de qualquer país da UE!<br />

http://curia.europa.eu<br />

Tribunal de Contas Europeu<br />

– o valor do dinheiro<br />

O Tribunal verifica se os fundos da União Europeia, provenientes dos contribuintes,<br />

são cobrados de forma adequada e utilizados de acordo com a lei. O Tribunal de<br />

Contas, sedeado no Luxemburgo, também fiscaliza as contas da Comissão Europeia<br />

e publica relatórios anuais sobre o exercício financeiro precedente.<br />

http://eca.europa.eu<br />

Outras instituições da UE:<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

Comité Económico e Social Europeu – www.eesc.europa.eu<br />

Comité das Regiões – www.cor.europa.eu<br />

Banco Central Europeu – www.ecb.int<br />

Banco Europeu de Investimento – www.eib.org<br />

Para saberes mais:<br />

http://europa.eu/<br />

www.eurocid.pt<br />

Age localmente!<br />

A União Europeia (UE) parece estar muito distante da tua comunidade, a política<br />

é um assunto que não te desperta muito interesse, no entanto, há uma questão<br />

que te apaixona, uma causa que te sentes pronto(a) a defender... então, o que<br />

podes fazer?<br />

As tuas escolhas não se encontram limitadas ao processo político ‘formal’. Os indivíduos<br />

motivados – para além dos nossos representantes eleitos – podem influenciar a<br />

tomada de decisões através da sociedade civil organizada. Por exemplo, se pertences<br />

a uma organização de juventude isso pode significar que já assumiste um papel activo<br />

na sociedade civil. E muitos desses grupos locais pertencem a redes europeias.<br />

O Comité Económico e Social Europeu (CESE) representa os interesses da sociedade<br />

civil organizada. Nesta instituição, as organizações da sociedade civil dão o seu parecer<br />

sobre toda a legislação da UE e onde podes ser ouvido(a) através da associação a<br />

que pertences.<br />

Não comeces por Bruxelas. Começa mais perto de casa. Age<br />

localmente, organiza-te e encontra aliados – não apenas no teu<br />

país, mas por toda a <strong>Europa</strong>. Vais acabar por descobrir que é<br />

possível uma plataforma de cooperação pela tua causa.<br />

Martin Chren, o membro mais novo do CESE, economista da<br />

Fundação F. A. Hayek em Bratislava e blogger entusiasta<br />

Embora o CESE seja um órgão consultivo, não responde apenas a propostas de outras<br />

instituições. Também emite pareceres sobre assuntos que julga serem actuais e de<br />

interesse, por sua própria iniciativa, tais como um relatório apresentado recentemente<br />

sobre o Facebook e outras redes sociais.<br />

Para saberes mais:<br />

www.eesc.europa.eu<br />

www.youtube.com/user/EurEcoSocCommittee<br />

- -


- -<br />

A <strong>Europa</strong> precisa de ti!<br />

Hoje em dia, os países dependem cada vez mais uns dos outros. Problemas<br />

globais como as alterações climáticas, o crime organizado e a instabilidade<br />

económica só podem ser combatidos através da cooperação internacional. Os<br />

países europeus, com o apoio da União Europeia (UE), podem reunir esforços<br />

de cooperação e de coordenação para resolver estas questões. Tu também és<br />

afectado por estas questões – a UE precisa que te envolvas!<br />

A União Europeia acolhe cerca de 500 milhões de cidadãos de 7 Estados-Membros.<br />

As diversas áreas de actuação da UE, que integram matérias como os direitos<br />

fundamentais e a protecção e sustentabilidade ambiental, afectam a vida diária de<br />

todos os cidadãos, sendo por isso importante fazer parte do processo de tomada de<br />

decisões. Eis como te podes envolver e participar.<br />

Participação activa<br />

Nas eleições autárquicas, legislativas e europeias e desde que já tenhas 8 anos,<br />

podes exercer o teu direito de voto. Mesmo nas grandes democracias como a UE,<br />

cada voto conta e pode fazer a diferença nos resultados.<br />

Independentemente de a política te interessar ou não, a verdade é que quase todas as<br />

questões que te afectam são reguladas por leis decididas pelo processo político. Uma<br />

democracia saudável exige que os seus cidadãos exerçam o direito de voto, de quatro<br />

ou de cinco em cinco anos, mas também que assumam atitudes de compromisso,<br />

envolvimento, iniciativa e consciência democrática – e isto<br />

também se aplica aos jovens como tu.<br />

Mas, para teres uma opinião e exprimila,<br />

já não precisas de esperar até<br />

poderes votar! Hoje em dia, dispões<br />

de imensas possibilidades para<br />

te envolveres e participares no<br />

processo político europeu.<br />

Apresentamos-te algumas<br />

sugestões, mas há muitas<br />

outras causas interessantes a<br />

que te podes dedicar.<br />

A oportunidade para fazeres a diferença<br />

O EU Tube<br />

Faz novas descobertas sobre a União Europeia nos inúmeros vídeos do seu canal no<br />

YouTube. Podes dar a tua opinião na secção dos comentários ou publicar uma vídeoresposta<br />

a uma das centenas de clipes.<br />

www.youtube.com/user/eutube<br />

Parlamento Europeu dos Jovens<br />

Porque não aderir ao Parlamento Europeu dos Jovens? É uma rede de 3 organizações<br />

europeias em que milhares de jovens europeus participam em sessões internacionais,<br />

nacionais e regionais, discutindo as questões políticas que lhes dizem respeito e<br />

fazendo novos amigos e contactos.<br />

www.eypej.org<br />

Portal Europeu da Juventude<br />

Existem muitas organizações que promovem os interesses dos jovens na <strong>Europa</strong>.<br />

Podes ter uma visão geral sobre escola, trabalho, voluntariado, viagens, etc., no<br />

seguinte site:<br />

http://europa.eu/youth<br />

Até tens uma página cheia de ligações a organizações que promovem a cidadania<br />

activa dos jovens e ainda sugestões de como te candidatares ao financiamento do teu<br />

próprio projecto.<br />

http://europa.eu/youth/active_citizenship/index_eu_en.html.<br />

Para saberes mais:<br />

http://europa.eu/take-part/index_pt.htm<br />

www.eurocid.pt<br />

- 3 -


- 4 -<br />

Aprender a <strong>Europa</strong> com o Centro de<br />

Informação Europeia Jacques Delors<br />

Nas instalações do CIEJD tens à tua disposição uma <strong>Biblioteca</strong> com mais de<br />

40.000 referências e computadores com ligação à Internet para consultares os<br />

sites mais relevantes sobre a UE.<br />

Entre os temas em foco nas actividades do CIEJD<br />

destacamos a Energia e Alterações Climáticas,<br />

O Tratado de Lisboa e Preparar o Futuro da UE.<br />

Queres saber mais sobre estes assuntos? Pede a um<br />

professor que organize uma sessão, na tua escola ou<br />

no CIEJD, pelo e-mail: formacao@ciejd.pt. Aproveita<br />

ainda para navegares no site do Centro e vê todos os materiais desenvolvidos para te<br />

ajudar na compreensão destas temáticas. Em nome da Comissão Europeia, o CIEJD,<br />

gere projectos realizados por um conjunto de entidades que, assim, contribuem para a<br />

comunicação sobre a União Europeia.<br />

Energia e Alterações Climáticas<br />

A Política Energética Europeia, as<br />

alterações do clima e as mudanças de<br />

atitude a implementarmos no nosso<br />

quotidiano são os principais desafios<br />

das apresentações desenvolvidas pelo<br />

CIEJD. Procura-as na internet.<br />

Jogos / quizzes:<br />

Junta-te à equipa de<br />

agentes ecológicos<br />

secretos e ajuda a<br />

salvar o planeta!<br />

(Responsável:<br />

Agência Europeia do<br />

Ambiente)<br />

<strong>Como</strong> é que o meu estilo de vida se relaciona<br />

com a emissão global de “gases nocivos”? Que<br />

opções tenho para reduzir os meus contributos?<br />

(Responsável: Comissão Europeia. Centro<br />

Comum de Investigação)<br />

Descobre a resposta certa a<br />

questões sobre geografia física,<br />

flora, fauna e tecnologia limpa<br />

de tratamento e reciclagem.<br />

(Responsável: Comissão<br />

Europeia. DG Ambiente)<br />

Desvenda a<br />

mensagem do<br />

pergaminho da<br />

arca do castelo na<br />

Escócia.<br />

(Responsável:<br />

Comissão Europeia.<br />

DG Ambiente)<br />

Testa os teus conhecimentos sobre questões<br />

ambientais e a tua memória visual.<br />

(Responsável: Comissão Europeia. DG Ambiente)<br />

Com o apoio da Comissão Europeia, a APEA (Associação<br />

Portuguesa de Engenharia do Ambiente) e o GEOTA<br />

(Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e<br />

Ambiente) conceberam duas publicações sobre Energia<br />

e Alterações Climáticas dirigidas aos estudantes do<br />

3º ciclo do Ensino Básico. Procura-as no site www.eurocid.pt.<br />

Preparar o Futuro da UE<br />

Para te ajudar na compreensão deste tema, o Centro de<br />

História Contemporânea e Relações Internacionais (CHRIS)<br />

e a LearnAbout, com o apoio da Comissão Europeia,<br />

conceberam respectivamente a revista “A <strong>Europa</strong> nas nossas<br />

mãos - Cria, Imagina, Inova“ e o Manual do Professor, e o site<br />

www.prepararfuturo-ue.eu. Procura na internet.<br />

O Tratado de Lisboa<br />

Compreender as principais alterações no <strong>funciona</strong>mento da UE decorrentes da entrada<br />

em vigor do Tratado de Lisboa a de Dezembro de 009<br />

são o objectivo de sessões de informação e debate que<br />

podes organizar com os teus professores!<br />

Com o apoio da Comissão Europeia, o CHRIS desenvolveu<br />

também uma publicação sobre esta temática. Procura a<br />

versão online em www.eurocid.pt.<br />

Links úteis: www.eurocid.pt<br />

www.aprendereuropa.pt<br />

http://eventos-energiaclima.apea.pt<br />

www.geota.pt<br />

www.chrisinternacional.com<br />

Contactos: Centro de Informação Europeia Jacques Delors<br />

Palacete do Relógio – Cais do Sodré – 00-450 Lisboa<br />

Email: geral@ciejd.pt<br />

Tel. +35 5 000 Fax. +35 5 049<br />

- 5 -


- 6 -<br />

<strong>Como</strong> são feitas as leis<br />

A União Europeia (UE) orgulha-se de possuir das mais exigentes leis em matéria<br />

de defesa do consumidor e agora conseguiu acabar com o ‘roubo’ dos preços<br />

cobrados pela utilização do telemóvel em roaming – mensagens, chamadas e<br />

acesso à Internet quando se usa o telemóvel no estrangeiro. <strong>Como</strong> é que isto<br />

aconteceu?<br />

O Regulamento Europeu para o Roaming 007, que introduziu a Eurotarifa para as<br />

chamadas efectuadas e recebidas em viagem na UE, exigia que a Comissão Europeia,<br />

decorrido um ano, revisse a lei relativamente a mensagens de texto (SMS) e acesso<br />

à Internet. Os operadores de comunicações móveis estariam a competir de forma<br />

eficaz, reduzindo os preços e melhorando os serviços? Ou estariam a enganar os<br />

consumidores?<br />

Conseguir preços mais justos para os consumidores tinha a resistência dos operadores<br />

de comunicações móveis, que corriam o risco de perder receitas...<br />

Serviços de dados móveis e mensagens de texto<br />

O Regulamento sobre serviços de Roaming acabou por ser alterada e incluir:<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

Limite das tarifas de SMS: Os consumidores pagam agora um máximo de<br />

0,11€ por mensagem de texto (sem IVA) enviada de um Estado-Membro,<br />

enquanto os SMS recebidos noutro país da UE continuam a ser grátis.<br />

Preço máximo grossista de dados: O preço grossista de dados – o que os<br />

operadores de comunicações móveis pagam uns aos outros para fornecerem<br />

serviços de roaming – é limitado a 0,80€ por Megabyte descarregado.<br />

Limite máximo de facturação: Para evitar ‘facturas astronómicas’, a ligação<br />

móvel à Internet em roaming é bloqueada, por defeito, assim que a mesma<br />

atinja o limite de 50 euros por mês.<br />

Facturação ao segundo: A facturação é realizada ao segundo – a partir<br />

do primeiro segundo nas chamadas recebidas no estrangeiro, podendo<br />

ser aplicado um período de facturação não superior a 30 segundos nas<br />

chamadas efectuadas no estrangeiro.<br />

<strong>Como</strong> são<br />

feitas as leis<br />

A Comissão Europeia<br />

apresenta uma proposta de<br />

lei sempre que considere<br />

necessário ou por solicitação<br />

de outra instituição da UE ou<br />

por iniciativa de cidadãos.<br />

Antes de elaborar uma<br />

proposta, a Comissão promove um debate público com as partes interessadas, tais como<br />

os governos nacionais, regionais e locais, as associações industriais, as organizações<br />

de defesa do consumidor e as ONG (Organizações Não Governamentais). Compete<br />

ainda à Comissão Europeia avaliar o impacte da proposta.<br />

Em seguida, a proposta é enviada aos legisladores da UE – o Parlamento Europeu<br />

e o Conselho da União Europeia. O Parlamento assume uma posição sobre a<br />

proposta, o que pode vir a ser um processo<br />

demorado, dado que os diversos grupos<br />

políticos representam interesses diferentes.<br />

O mesmo acontece com o Conselho, onde<br />

os governos nacionais têm diferentes pontos<br />

de vista e prioridades.<br />

Se o Parlamento e o Conselho concordarem,<br />

então a nova lei pode ser adoptada. Foi o que<br />

aconteceu com o Regulamento dos serviços<br />

de Roaming, cujo processo se veio a revelar<br />

muito pacífico. Se não concordarem, a lei<br />

Representação<br />

de interesses<br />

Os grupos de interesses influenciam os<br />

legisladores da UE com o objectivo de os<br />

persuadirem a preparar ou a modificar as<br />

leis que afectem os seus membros. Leis<br />

europeias, como esta, têm um impacte directo<br />

nas empresas e nos consumidores.<br />

Sabias que...?<br />

Antigamente, um<br />

consumidor português<br />

para enviar uma<br />

mensagem de texto da<br />

Suécia pagava 0,65€.<br />

Actualmente paga 0,13€.<br />

passa por um ‘processo de conciliação’ para que se chegue a um acordo entre estas<br />

duas instituições. Assim que uma lei é aprovada pela UE, todos os Estados-Membros<br />

devem adaptá-la à sua legislação nacional.<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/yourvoice/index_pt.htm> Consultas<br />

http://ec.europa.eu/roaming<br />

- 7 -


- 8 -<br />

Muito mais do que trocos<br />

Com 4 ,5 mil milhões de euros na tua conta, serias pelo menos duas vezes mais<br />

rico do que a pessoa mais rica do mundo.<br />

O orçamento anual da União Europeia (UE) é aproximadamente 4 ,5 mil milhões<br />

de euros. É enorme o impacte na <strong>Europa</strong> de uma soma tão avultada, se bem que<br />

represente apenas cerca de % da riqueza da UE. <strong>Como</strong> deves imaginar, decidir<br />

como distribuir o orçamento da UE dá muitas vezes origem a debates políticos acesos<br />

visto que os representantes nacionais se esforçam por responder a pedidos que<br />

frequentemente entram em conflito.<br />

E tu, como é que gastarias este montante? A gestão dos dinheiros públicos é de uma<br />

grande responsabilidade: as necessidades a curto prazo devem ser examinadas sem<br />

esquecer os investimentos a longo prazo e os compromissos anteriormente assumidos;<br />

e, também, é necessário cuidado para não haver derrapagens.<br />

Um orçamento equilibrado<br />

O orçamento da UE é executado segundo o princípio do equilíbrio.<br />

Resumidamente, a União Europeia só pode gastar o dinheiro que tem. Mas,<br />

também significa que a UE não está endividada porque não pode pedir dinheiro<br />

emprestado. Ora aqui está uma boa ideia para a gestão das nossas finanças!<br />

De onde é que vem o dinheiro?<br />

São diversas as fontes de receita da UE. A maior parte do dinheiro vem, sem dúvida,<br />

da contribuição dos governos nacionais.<br />

%<br />

%<br />

%<br />

76%<br />

• 76% Contribuições nacionais, calculadas<br />

a partir do rendimento nacional bruto<br />

• 12% Impostos sobre produtos<br />

importados pela UE<br />

• 11% Uma pequena percentagem do<br />

imposto de valor acrescentado (IVA)<br />

cobrado nos 7 países da UE<br />

• 1% Diversos: contribuições dos<br />

funcionários da União Europeia,<br />

montantes não utilizados de anos<br />

E para onde vai?<br />

As prioridades dos gastos da UE são definidas de sete em sete anos. Para o período<br />

de 007 a 0 3, o orçamento geral está estimado nuns incríveis 975.000.000.000<br />

euros – um pouco menos que um bilião de euros! Contudo, há escolhas a fazer.<br />

Embora haja alguma margem de manobra para reajustamentos anuais, o dinheiro é<br />

globalmente gasto em:<br />

• 44% Crescimento sustentável e emprego:<br />

Para continuar a ser competitiva, a UE investe fortemente na educação, formação,<br />

investigação e infra-estruturas, sem descurar<br />

o apoio aos mais desfavorecidos.<br />

• 43% Recursos naturais:<br />

É necessário equilíbrio entre os apoios aos<br />

agricultores – tão criticados no passado – e<br />

as novas iniciativas para reduzir as alterações<br />

climáticas.<br />

• 6% A UE enquanto parceiro global<br />

A UE é o maior prestador de assistência<br />

em todo o mundo, providenciando ajuda de<br />

emergência e apoio a longo prazo aos países<br />

em vias de desenvolvimento.<br />

• 6% Diversos:<br />

Cobre na sua maior parte as despesas administrativas das instituições da UE.<br />

• 1% Cidadania, liberdade, segurança e justiça:<br />

Para além da protecção das fronteiras e da salvaguarda da saúde pública, a UE<br />

financia ainda programas culturais e programas para jovens.<br />

A discussão sobre o orçamento para os próximos sete anos começa em breve. Se<br />

quiseres saber como os fundos europeus estão a ser gastos na região, podes introduzir<br />

o código postal em http://ec.europa.eu/beneficiaries/fts/index_en.htm. Junta-te ao<br />

debate sobre o futuro da UE e envia-nos uma opinião para BUDG-budget-inbox@<br />

ec.europa.eu.<br />

anteriores. Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/dgs/budget/index_pt.htm<br />

Sabias que...?<br />

Só em 0 0, estão<br />

a ser gastos 64,3<br />

mil milhões de euros<br />

no crescimento<br />

da <strong>Europa</strong> e na<br />

manutenção e<br />

criação de emprego<br />

resultante da<br />

crise económica e<br />

financeira.<br />

- 9 -


- 0 -<br />

Money, money, money<br />

O que é que tens no bolso? Para milhões de europeus é uma moeda única – o<br />

Euro – utilizado em muitos países da <strong>Europa</strong>.<br />

Os últimos 0 anos testemunharam a maior mudança de moedas na história do<br />

continente, com 6 dos 7 países da União Europeia (UE) a adoptarem o euro como<br />

moeda oficial. Actualmente, o euro pode ser utilizado numa área que se estende do<br />

Mediterrâneo até ao Círculo Árctico. Outros países da UE seguir-se-ão, assim que<br />

estiverem em condições de o fazer.<br />

Uma moeda mundial<br />

O euro é agora utilizado por quase 330 milhões de pessoas todos os dias. É a segunda<br />

maior moeda de reserva do mundo e, em 006, a sua cotação ultrapassou o dólar<br />

americano, tornando-se na moeda com o maior valor em circulação.<br />

Para além de ser obviamente muito prático, o euro é também um dos símbolos mais<br />

palpáveis da integração europeia. Sendo uma moeda tão importante, o euro confere à<br />

UE uma voz mais forte na economia global.<br />

Datas-chave<br />

1999 Lançamento do euro<br />

como moeda virtual<br />

2002 São introduzidas as<br />

notas e moedas em<br />

euros em países da<br />

UE<br />

2007 Eslovénia adere ao euro<br />

2008 Chipre e Malta adoptam<br />

o euro<br />

2009 Eslováquia adere ao<br />

euro<br />

Para saberes<br />

mais:<br />

http://www.eurocid.<br />

pt/euro<br />

Viajar e comprar na <strong>Europa</strong>:<br />

é mais fácil gastar!<br />

Quando se viajava para o estrangeiro, tínhamos de recorrer às casas de câmbio, realizar<br />

conversões complicadas e transacções dispendiosas. No regresso a casa, trazíamos<br />

na bagagem uma colecção interminável e inútil de notas e moedas estrangeiras.<br />

Tudo isto acabou dentro da zona euro. O que torna tudo mais fácil e ainda poupamos<br />

dinheiro!<br />

Não é só para turistas...<br />

O euro não é apenas vantajoso para os turistas. Os países da zona euro<br />

beneficiam de: taxas de inflação e de juro mais baixas, maior estabilidade, mais<br />

investimentos e comércio, e também mais concorrência. Mais benefícios para<br />

todos.<br />

Uma aula de história de bolso?<br />

As notas de euro, emitidas pelo Banco Central Europeu, exibem sete estilos<br />

arquitectónicos da história cultural europeia, oferecendo-nos uma aula de história de<br />

épocas e estilos arquitectónicos europeus, embora muitos de nós nunca venham a ter<br />

uma nota de 500 euros na carteira!<br />

As moedas cunhadas são emitidas de acordo com o tamanho relativo do país (por<br />

exemplo, existem mais euros com os símbolos da Alemanha do que com os de Malta).<br />

As moedas têm um lado comum, europeu, e uma face nacional, com os seus próprios<br />

desenhos, tal como os antigos selos reais de D. Afonso Henriques de Portugal ou a<br />

efígie do Rei Alberto II da Bélgica.<br />

Qualquer nota ou moeda de euro pode ser<br />

utilizada em qualquer país da zona euro.<br />

Para saberes mais:<br />

www.dgo.pt/Euro/notas.htm<br />

www.ecb.int/home > The<br />

€uro<br />

- -


- -<br />

Agora o mais complicado – concentra-te!<br />

Embora para a maior parte de nós o que interessa é quanto dinheiro se tem na carteira,<br />

ninguém se apercebe que por detrás de cada nota ou moeda de euro há um sistema<br />

regulador importantíssimo.<br />

Quem é que pode aderir?<br />

Todos os países da UE deverão aderir ao euro assim que reunirem as condições<br />

necessárias, os chamados ‘critérios de Maastricht’. O Reino Unido e a Dinamarca<br />

negociaram uma opção de exclusão, embora se o desejarem, possam aderir no<br />

futuro.<br />

Os ‘critérios de Maastricht’<br />

Os critérios de Maastricht, também designados por ‘critérios de convergência’, são<br />

critérios políticos e económicos, acordados no Tratado de Maastricht, em 99 , que<br />

têm de ser cumpridos pelos Estados-Membros para que possam adoptar a moeda<br />

única quando estiverem economicamente preparados.<br />

Os Critérios de Maastricht<br />

O que medem? <strong>Como</strong> é medido? Critérios de convergência<br />

Estabilidade dos preços Taxa harmonizada de inflação de<br />

preços no consumidor<br />

Robustez das finanças<br />

públicas<br />

Sustentabilidade das finanças<br />

públicas<br />

Défice orçamental à percentagem<br />

do Produto Interno Bruto (PIB)<br />

Dívida pública à percentagem<br />

do PIB<br />

Não superior a 1,5 pontos<br />

percentuais dos três Estados-<br />

Membros com melhores<br />

resultados em termos de<br />

estabilidade de preços.<br />

Valor de referência: igual ou<br />

inferior a 3% do PIB.<br />

Valor de referência: igual ou<br />

inferior a 60% do PIB.<br />

Durabilidade da convergência Taxa de juro a longo prazo Não superior a 2 pontos<br />

percentuais da média dos três<br />

Estados-Membros com melhores<br />

resultados em termos de<br />

estabilidade dos preços.<br />

Estabilidade cambial Desvio da taxa de câmbio central Participação no Mecanismo<br />

de Taxas de Câmbio Europeu<br />

durante dois anos antes da<br />

adopção do euro.<br />

Para saberes mais:<br />

www.bportugal.pt > Politica Monetária<br />

Quem é que mexe os cordelinhos na zona<br />

euro?<br />

Antes da introdução do euro, cada país era responsável pela sua moeda e política<br />

monetária. Com a adesão à moeda única, estas funções passaram a ser executadas<br />

por uma autoridade centralizada – de outro modo, seria como ter uma orquestra com<br />

diversos maestros.<br />

O Banco Central Europeu<br />

O Banco Central Europeu (BCE), com sede em Frankfurt, é independente e livre de<br />

qualquer interferência política. A sua principal missão é preservar o poder de compra<br />

dos cidadãos, mantendo a inflação abaixo mas próxima dos 2%. Só o Conselho Geral,<br />

constituído pelo Comité Executivo do BCE e os governadores dos bancos centrais<br />

dos Estados-Membros que tiverem aderido à zona euro, podem tomar decisões sobre<br />

políticas monetárias.<br />

O Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC)<br />

Se bem que o BCE seja o único actor na política monetária da zona euro, cabe a<br />

cada Estado-Membro gerir a sua economia e tomar decisões relativamente ao seu<br />

orçamento e taxas. O Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) foi adoptado<br />

para evitar que políticas nacionais irresponsáveis tivessem efeitos nocivos sobre o<br />

crescimento e a estabilidade económica dos países da área do euro.<br />

A Comissão Europeia controla os défices e dívida pública, que têm de ser inferiores a<br />

3% e 60% do Produto Interno Bruto (PIB) respectivamente. Valores superiores a estes<br />

limites podem levar a sanções contra o país em questão e, em último caso, incluir uma<br />

penalização financeira.<br />

Para saberes mais:<br />

www.ecb.int/ecb/html/index.pt.html<br />

- 3 -


- 4 -<br />

Unidos na diversidade regional<br />

A UE é um gigantesco mosaico de 7 regiões.<br />

Todos temos uma determinada identidade nacional mas, para muitos de nós, a região<br />

ou País donde somos originários é igualmente importante. Muitas regiões têm tradições<br />

próprias tais como a culinária, o vestuário, a música ou a dança. Mas, para além da<br />

sua cultura, as regiões também têm um papel económico determinante.<br />

Motores de<br />

desenvolvimento<br />

É nas regiões que tudo acontece. É aí<br />

que nascem e crescem as pequenas<br />

empresas, criando emprego e fomentando<br />

o crescimento económico. Dotadas de<br />

apoios adequados, as pequenas empresas<br />

podem tornar-se verdadeiros focos de<br />

dinamismo e de inovação. Interessada em<br />

aproveitar o seu potencial, a UE leva a cabo<br />

políticas conjuntamente com parceiros<br />

locais, que beneficiam as regiões. Estas<br />

medidas abrangem todas as 7 regiões,<br />

se bem que seja dada mais ajuda às que<br />

mais necessitam dela.<br />

Perto de casa<br />

Portugal vai receber mais de ,5 mil milhões de euros em fundos de apoio regional da<br />

União Europeia entre 007 e 0 3. Vê como estes fundos estão a ser aplicados na tua<br />

região em: http://ec.europa.eu/regional_policy/atlas2007/portugal/index_pt.htm<br />

Portugal: mais de 21,5 mil milhões<br />

de euros<br />

A famosa Torre de Belém, construída junto ao rio<br />

Tejo para comemorar os descobrimentos e as<br />

viagens marítimas dos navegadores portugueses,<br />

sofreu obras de recuperação com o apoio do Fundo<br />

Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/regional_policy/index_en.htm<br />

A intolerância não será tolerada<br />

A União Europeia está empenhada em defender os Direitos Fundamentais e a<br />

celebrar a diversidade. Apesar disso, fenómenos como o racismo e a xenofobia<br />

ainda persistem na sociedade de hoje.<br />

Na União Europeia é proibida por lei qualquer forma de discriminação com base na raça<br />

ou etnia. Contudo, o racismo e a discriminação assumem diferentes formas, algumas<br />

mais subtis do que outras. É frequente a intolerância ter como matriz a aparência<br />

das pessoas (cor de pele, deficiência, género, idade, etc.) ou diferenças de religião,<br />

política, orientação sexual...<br />

A Carta dos Direitos Fundamentais<br />

A UE estabeleceu como primeiro objectivo promover os direitos humanos dentro da<br />

União e no mundo. Os direitos de cada um dos cidadãos da UE estão consagrados<br />

nalguns documentos essenciais, tais como os Tratados fundadores da União Europeia,<br />

as constituições nacionais ou as tradições constitucionais e a jurisprudência decorrente<br />

do Tribunal Europeu de Justiça ou do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.<br />

<strong>Como</strong> estes direitos foram estabelecidos em momentos e de modos diferentes, a UE<br />

decidiu torná-los mais claros e compilá-los todos num único documento – a Carta dos<br />

Direitos Fundamentais.<br />

Artigo 21(1)<br />

da Carta dos<br />

Direitos<br />

Fundamentais<br />

“É proibida a discriminação em razão,<br />

designadamente, do sexo, raça, cor ou<br />

origem étnica ou social, características<br />

genéticas, língua, religião ou convicções,<br />

opiniões políticas ou outras, pertença<br />

a uma minoria nacional, riqueza,<br />

nascimento, deficiência, idade ou<br />

orientação sexual.”<br />

Conheço os meus direitos e, na minha perspectiva,<br />

a igualdade é o direito fundamental mais importante,<br />

uma vez que todos os cidadãos devem ser<br />

reconhecidos perante a lei de uma forma semelhante<br />

e justa sem qualquer tipo de discriminação.<br />

Catarina, 19<br />

- 5 -


- 6 -<br />

Com os seus 54 artigos, a Carta dos<br />

Direitos Fundamentais enuncia um<br />

amplo conjunto de Direitos, incluindo:<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

o direito à dignidade humana;<br />

o direito à vida;<br />

o direito ao respeito pela vida<br />

privada e familiar;<br />

a proibição da escravidão;<br />

o direito a um julgamento justo;<br />

o direito à liberdade de expressão;<br />

e o direito de voto e de<br />

elegibilidade.<br />

Os direitos dos jovens<br />

A Carta dos Direitos Fundamentais tem também um artigo sobre os direitos das crianças<br />

-entendendo-se por criança todo o ser humano<br />

menor de 8 anos de idade. Neste domínio, a<br />

Carta baseia-se e remete para a Convenção<br />

dos Direitos da Criança das Nações Unidas,<br />

importante instrumento legal, onde são<br />

enumerados todos os seus direitos.<br />

O interesse superior da<br />

criança: este é o princípio<br />

orientador para todos os<br />

adultos quando tomam decisões<br />

pelas crianças.<br />

Ao tomar decisões por uma criança, o adulto deve ter<br />

em consideração de que modo essa decisão a vai afectar.<br />

A aprovação deste princípio é uma das conquistas mais<br />

progressistas ao reconhecer que uma criança é um<br />

indivíduo com direitos.<br />

Sabias que...?<br />

No ano passado, um em<br />

cada quatro europeus<br />

presenciou um episódio de<br />

discriminação ou assédio,<br />

enquanto um em cada seis<br />

afirma ter sido pessoalmente<br />

discriminado.<br />

(Eurobarómetro, 009)<br />

Tal como inscrito na Convenção dos Direitos da Criança, os direitos dos jovens são:<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

o direito ao desenvolvimento pessoal;<br />

o direito a ver respeitadas as suas opiniões e os seus melhores interesses tomados<br />

em consideração em todos os momentos;<br />

o direito a um nome e uma nacionalidade, à liberdade de expressão e ao acesso à<br />

informação que lhes diga respeito;<br />

o direito a viver num ambiente familiar ou sob cuidados alternativos, e a manter<br />

contacto com ambos os pais, sempre que possível;<br />

o direito à saúde e ao bem-estar, incluindo os direitos das crianças com deficiência,<br />

o direito a cuidados médicos e à segurança social;<br />

o direito à educação, ao lazer, à cultura e às artes;<br />

protecção especial às crianças refugiadas, às crianças no sistema de justiça<br />

juvenil, às crianças privadas de liberdade e crianças que sofram qualquer forma<br />

de exploração, económica, sexual ou outra.<br />

Todas as instituições da UE (Conselho, Parlamento e Comissão) têm de<br />

respeitar os Direitos e observar os princípios estabelecidos pela Carta. A Carta<br />

é também aplicada quando os Estados-Membros implementam legislação<br />

europeia, ou seja, quando põem em prática medidas da área de competência da<br />

UE. Deste modo, os juízes europeus garantem que sejam respeitados os teus<br />

direitos.<br />

Para mais informação e conselhos sobre estas questões, podes contactar the<br />

Equality and Human Rights Commission (www.equalityhumanrights.com), a<br />

Fundação Pro-dignitate www.prodignitate.pt, ou ainda a Amnistia Internacional<br />

(www.amnistia-internacional.pt).<br />

Direitos do trabalho<br />

No domínio do emprego e segundo a legislação europeia, é proibido discriminar<br />

com base na raça ou origem étnica, religião ou crença, idade, orientação sexual ou<br />

deficiência. Presentemente, estão em curso diligências para ampliar estes direitos a<br />

outras áreas que incluem a protecção social, os cuidados de saúde, a educação e o<br />

acesso a bens e serviços comerciais.<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/justice_home/unit/charte/index_en.html<br />

http://fra.europa.eu<br />

www.eucharter.org<br />

www.unicef.org/crc<br />

- 7 -


- 8 -<br />

Uma mão amiga<br />

<strong>Como</strong> ajudarias as pessoas mais carenciadas da tua comunidade? Fazendo<br />

trabalho voluntário para os sem-abrigo? Contribuindo com donativos para uma<br />

instituição de solidariedade? Fazendo companhia a idosos?<br />

Assim como todos nós podemos precisar de ajuda de vez em quando, é também da<br />

nossa responsabilidade ajudar os que precisam. Então, a quem podemos recorrer<br />

se estivermos desempregados ou nos<br />

sentirmos frustrados com a procura<br />

de emprego? A União Europeia pode<br />

ajudar...<br />

Fundo Social Europeu<br />

O Fundo Social Europeu (FSE) investe<br />

em projectos locais que ajudam as<br />

pessoas a desenvolverem as suas<br />

capacidades e a melhorar as suas<br />

oportunidades de emprego. Muitos<br />

destes projectos foram especialmente<br />

criados para apoiar aqueles que de outro<br />

modo teriam dificuldade em arranjar<br />

Sabias que...?<br />

0 0 é o Ano Europeu<br />

de Luta contra a Pobreza<br />

e a Exclusão Social. A<br />

pobreza não tem só a ver<br />

com dinheiro, mas também<br />

com a alimentação e as<br />

necessidades a nível<br />

energético.<br />

http://2010againstpoverty.eu<br />

emprego, tais como os jovens. Para quem estiver interessado em trabalhar por conta<br />

própria, o FSE também apoia os jovens empresários a desenvolverem a sua ideia de<br />

negócio.<br />

Novas competências para novos empregos<br />

Será que as competências que estás a adquirir na escola ainda serão úteis dentro<br />

de 0, 0 ou 30 anos? É difícil responder a esta pergunta dado o ritmo acelerado<br />

das mudanças sociais e tecnológicas. O que hoje em dia parece ser essencial pode<br />

muito bem tornar-se irrelevante enquanto terminas o curso. A mão-de-obra tem de se<br />

adaptar às novas necessidades e a União Europeia – através do FSE – será sempre<br />

uma ajuda na actualização dessas competências.<br />

© Stephen Eastop<br />

O FSE em acção<br />

O Bruno só tem 9 anos, mas já possui a sua empresa de consultoria no Porto,<br />

prestando apoio a empresas portuguesas e asiáticas. A ideia surgiu-lhe durante a sua<br />

permanência em Jacarta, Indonésia, durante um estágio da Network Contacto, cofinanciado<br />

pelo FSE.<br />

‘Novos Rumos’<br />

Confrontados com desafios a nível pessoal e<br />

contratempos a nível profissional, Fianne, Pedro, Julie<br />

e Viktor procuram dar um novo rumo às suas vidas.<br />

Os seus caminhos acabam por se cruzar quando<br />

são apoiados pelo FSE. Podes seguir a sua história<br />

na banda desenhada ‘Novos Rumos’, que podes<br />

descarregar em http://bookshop.europa.eu.<br />

Igualdade e diversidade<br />

Já foste julgado por alguém que não te conhece simplesmente porque tens uma<br />

aparência “diferente”? Ou já sentiste que estavas a ser tratado de uma forma diferente<br />

por causa de alguma característica que te distingue? A UE procura combater todas<br />

as formas de discriminação, em particular nas áreas da formação e do emprego,<br />

promovendo a ideia de que a diversidade é benéfica para a sociedade. Segundo as<br />

leis europeias, é proibido discriminar alguém por causa do seu género, raça ou origem<br />

étnica, religião ou crença, orientação sexual, deficiência e idade (demasiado velho ou<br />

demasiado novo). Cada país da UE tem a sua entidade nacional para a igualdade que<br />

apoia as vítimas de discriminação; descobre-a em www.equineteurope.org.<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/esf<br />

http://ec.europa.eu/antidiscrimination<br />

www.stop-discrimination.info<br />

www.acidi.gov.pt<br />

- 9 -


- 30 -<br />

Uma ponte entre as diferenças<br />

O fosso entre as regiões ricas e pobres da <strong>Europa</strong> é enorme: o rendimento médio<br />

no nordeste da Roménia representa apenas 4% da média global da União<br />

Europeia (UE) enquanto na cidade de Londres esse valor atinge os 335%.<br />

Um dos objectivos-chave da política regional é atenuar as disparidades entre as<br />

diversas regiões, ajudando as mais pobres a ‘apanhar a carruagem’ das mais<br />

abastadas através da promoção da inovação e da criação de emprego. Deste modo, a<br />

UE procura promover e consolidar a solidariedade entre regiões e pessoas.<br />

No período entre 007- 0 3, a União Europeia dispõe<br />

do total de 347,4 mil milhões de euros para cumprir<br />

este objectivo. A distribuição desta verba é conduzida<br />

através de três canais: o Fundo de Coesão, o Fundo<br />

Europeu de Desenvolvimento Regional e o Fundo<br />

Social Europeu, com investimentos que podem<br />

envolver desde construção de estradas e pontes,<br />

ao acesso à internet de alta velocidade e às energias<br />

renováveis.<br />

Quando acontece uma catástrofe<br />

Sabias<br />

que...?<br />

Uma em cada<br />

quatro regiões<br />

tem um PIB per<br />

capita inferior a<br />

75% da média<br />

europeia.<br />

Armazéns inundados, prédios destruídos por sismos, incêndios descontrolados<br />

cercando as cidades... os desastres naturais atingem indiscriminadamente qualquer<br />

local da <strong>Europa</strong>. Os efeitos são devastadores, paralisando regiões inteiras.<br />

Os custos de recuperação podem ser colossais. É vital restabelecer os serviços<br />

primários e ajudar as vítimas de forma rápida e eficaz, o que pode ser demasiado<br />

oneroso ou incomportável para os recursos nacionais. As regiões afectadas por<br />

catástrofes naturais podem receber ajuda extraordinária através do Fundo de<br />

Solidariedade da União Europeia.<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/regional_policy/index_en.htm > The means<br />

Uma <strong>Europa</strong> sem fronteiras<br />

A livre circulação de pessoas é um dos Direitos Fundamentais reconhecidos pela<br />

União Europeia, o que significa que podemos viajar, trabalhar, estudar e fixar<br />

residência onde quisermos dentro das fronteiras da União.<br />

Ir viver para outro país da UE foi, no passado, uma experiência frustrante: arranjar<br />

licença de residência, usar a carta de condução, candidatar-se a benefícios sociais...<br />

até atravessar a fronteira era uma tarefa complicada.<br />

Mas, felizmente, os tempos<br />

mudaram. Actualmente, as leis<br />

europeias permitem viver noutro<br />

país da UE sem ter que cumprir<br />

formalidades nem burocracias<br />

especiais. Com excepção<br />

da Bulgária, Chipre, Irlanda,<br />

Roménia e Reino Unido, a maior<br />

parte dos países aboliram o<br />

controlo nas suas fronteiras internas, criando o espaço Schengen.<br />

Novos desafios<br />

Há uma série de mudanças profundas trazidas pela abertura das fronteiras internas da<br />

UE. Eis algumas delas:<br />

»<br />

»<br />

Agora é tão fácil ir viver para outro<br />

Estado-Membro. Porque não<br />

aproveitar a oportunidade?<br />

Dansira, 22<br />

Na ausência de controlo das fronteiras internas, as fronteiras externas da UE<br />

tiveram de ser reforçadas.<br />

Os requerentes de asilo podem circular entre diferentes países da União e<br />

apresentar vários pedidos de asilo na procura de condições mais favoráveis.<br />

- 3 -


- 3 -<br />

»<br />

»<br />

Movimentando-se de um lado para o outro, os criminosos podem tentar escapar à<br />

justiça, o que requer uma maior coordenação entre as forças policiais dos Estados-<br />

Membros e os sistemas judiciais.<br />

A livre circulação de pessoas tem originado um maior número de relações<br />

internacionais, sejam elas comerciais ou privadas. Tendo em conta as diversas<br />

tradições europeias a nível legal, a UE trabalha para clarificar questões como o<br />

divórcio e, mais recentemente, as heranças de natureza internacional, bem como<br />

as transacções comerciais além-fronteiras.<br />

A resposta da UE a estes desafios, para o período de 2010-2014, é apresentada no<br />

chamado Programa de Estocolmo.<br />

Os teus direitos enquanto menor<br />

em disputas parentais além-fronteiras<br />

Quando famílias com membros de nacionalidades diferentes se separam,<br />

sucede com frequência os seus membros irem viver em países diferentes, o que<br />

pode implicar e provocar disputas familiares internacionais quanto à custódia<br />

dos filhos e ao pagamento da pensão de alimentos. Existem cada vez mais<br />

registos de sequestros internacionais de crianças, nos quais um dos pais leva o<br />

filho para um outro país da UE sem a autorização do outro progenitor. De forma<br />

a harmonizar e resolver estas situações, a UE tem em vigor leis que asseguram<br />

a resolução destes casos e a protecção do superior interesse da criança.<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/justice_home/fsj/ > Freedom to travel<br />

(Liberdade de viajar)<br />

http://ec.europa.eu/civiljustice/index_pt.htm > Divórcio,<br />

Responsabilidade Parental<br />

www.justice.gov.uk/whatwedo/divorcedissolutionandannulment.<br />

htm<br />

© CE - P-0 4670-00-<br />

Apetece-te mudar de sítio?<br />

Há imensas oportunidades se quiseres passar uns tempos noutro país da União<br />

Europeia, quer seja um intercâmbio escolar ou um ano numa universidade<br />

estrangeira, e ainda aprendes alguma coisa. Estudar no estrangeiro é um desafio,<br />

compensa e é uma experiência... inesquecível!<br />

A aprendizagem é um processo que dura a vida toda e, se bem que comece em<br />

casa, não é lá que termina. A UE dá-te possibilidades de estudar no estrangeiro em<br />

diferentes etapas – agora que estás na escola ou no futuro quando quiseres trabalhar.<br />

Lembra-te que, enquanto cidadão da União Europeia, tens o direito de estudar noutro<br />

país da UE! Então, estás à espera de quê? Põe os skate e mergulha numa cultura<br />

diferente, aprende um novo idioma e renova as tuas capacidades!<br />

Baptizados segundo personalidades famosas, os programas da UE parecem uma<br />

lista de ‘colunáveis’ da história europeia. Cada programa é uma experiência diferente,<br />

portanto só tens de procurar o que vai ao encontro dos teus interesses.<br />

Comenius<br />

Se a tua escola estiver envolvida no programa Comenius, podes visitar a escola<br />

parceira ou receber alunos estrangeiros. Pede ao teu professor para ver as diferentes<br />

opções.<br />

E se não for possível um intercâmbio deste tipo, podes sempre contactar com alunos<br />

de outros países numa sala de aula virtual. Graças à mais recente tecnologia, as<br />

escolas europeias podem tornar-se parceiras através do portal ‘eTwinning’ em<br />

www.etwinning.net.<br />

O Comenius está a crescer<br />

Podes não ter de esperar até à universidade para estudar sozinho no<br />

estrangeiro. A partir deste ano, os alunos do ensino secundário de 3 países<br />

da UE podem passar alguns meses fora, ficando em casa de uma família de<br />

acolhimento e frequentando uma escola. Se esta iniciativa tiver bons resultados,<br />

será alargada a toda a UE.<br />

- 33 -


- 34 -<br />

Erasmus<br />

O programa Erasmus é o mais conhecido dos programas de intercâmbio da UE<br />

(particularmente devido ao sucesso do filme ”A residência espanhola”). Todos os anos,<br />

cerca de 80.000 estudantes universitários – num total de mais de dois milhões desde<br />

o início do programa, em 987 – saem do seu país para estudar por um semestre<br />

ou dois ou para fazer um estágio. Enquanto estudantes do programa Erasmus, não<br />

têm de pagar propinas numa universidade estrangeira e regressam com os créditos<br />

obtidos no estrangeiro.<br />

Leonardo da Vinci<br />

Mas talvez estejas a aprender um ofício ou frequentes uma escola profissional e<br />

procures algo mais prático? Felizmente também existe um programa para ti! O<br />

projecto Leonardo da Vinci dá-te a possibilidade de fazer um estágio profissional ou<br />

praticar numa escola técnica noutro país da UE. Uma temporada no estrangeiro irá<br />

certamente ajudar-te a aperfeiçoar as tuas capacidades e a arranjar um emprego<br />

quando for caso disso! E já agora, mesmo que já tenhas um diploma podes beneficiar<br />

deste programa.<br />

Serviço Voluntário Europeu (SVE)<br />

Claro que nem toda a aprendizagem se passa num contexto de sala de aula. Há coisas<br />

que simplesmente não podem ser ensinadas por professores ou manuais. Fazer<br />

voluntariado num país diferente do seu é um modo de conhecer melhor outras culturas<br />

– e a si mesmo – e, simultaneamente, ajudar<br />

os outros. Em troca da adesão a uma acção de<br />

voluntariado a tempo inteiro, o SVE cobre as<br />

despesas e ainda te oferece a possibilidade de<br />

inúmeras descobertas.<br />

O SVE é apenas uma das vertentes do programa<br />

Juventude em Acção. Podes ainda participar num<br />

intercâmbio com um grupo de jovens ou fazer<br />

parte de uma iniciativa de outro país – na <strong>Europa</strong><br />

ou em qualquer outra parte do mundo!<br />

Para saberes mais:<br />

www.proalv.pt<br />

www.juventude.pt<br />

http://ec.europa.eu/education<br />

http://ec.europa.eu/youth<br />

Sabias que...?<br />

0 é o Ano<br />

Europeu do<br />

Voluntariado. Para<br />

saberes mais, vai a<br />

www.eyv2011.eu<br />

O SVE contribui para o tipo de sociedade em que quero<br />

viver, mas é muito mais do que isso. É um espaço<br />

para as minhas criações, ideias e comentários, espaço<br />

muitas vezes pedagógico: acções de rua, actividades<br />

com crianças, adultos, idosos, gente de todo o lado e de<br />

todas as raças. O SVE dá-te a noção bem mais real do<br />

que é o Mundo, abrindo novas perspectivas para a vida.<br />

Largar “tudo” e abraçar uma nova realidade, é algo<br />

que me proporcionou equilíbrio, auto-confiança e um<br />

conhecimento inédito de mim próprio, porque nunca<br />

antes me tinha lançado em tamanha aventura. Uma<br />

aventura onde nunca estás sozinho.<br />

Pedro<br />

- 35 -


- 36 -<br />

À procura de emprego<br />

Então, acabaste os estudos... e agora? Ao procurares o primeiro emprego, não te<br />

esqueças que podes trabalhar no estrangeiro...<br />

A possibilidade de viver no estrangeiro não termina com o fim da escolaridade.<br />

Enquanto cidadão europeu, tens o direito de trabalhar em qualquer país da UE. As<br />

autorizações de trabalho ou os exames médicos já não são um problema: dentro do<br />

espaço da União Europeia, tens os mesmos direitos em termos laborais e dispões<br />

de todas as vantagens sociais e fiscais – até mesmo o subsídio dos candidatos a<br />

emprego!<br />

Primeira etapa<br />

Por onde começar? Tenta o portal da rede EURES, o Portal Europeu para a<br />

Mobilidade Profissional. Podes enviar o teu CV e aceder a 750.000 vagas de emprego<br />

disponibilizadas por empregadores de toda a <strong>Europa</strong>. Mas a<br />

EURES é mais do que um portal do emprego. Trata-se de uma<br />

rede de cooperação de todos os serviços públicos de emprego<br />

da UE, como por exemplo, o Instituto de Emprego e Formação<br />

Profissional em Portugal. Existem mais de 800 conselheiros<br />

EURES, disponíveis para te informar e aconselhar acerca das<br />

condições de vida e de trabalho em qualquer país da UE.<br />

‘Entraremos em contacto<br />

consigo…’<br />

Imagina que, depois de pesquisar a base de dados<br />

EURES, acabas por encontrar um emprego no<br />

estrangeiro a que gostarias de te candidatar. E as<br />

dúvidas não param. Será que os procedimentos<br />

de candidatura são diferentes dos do teu país?<br />

Encontras todas as respostas em ’Entraremos em<br />

contacto consigo…’, uma publicação da Comissão<br />

Europeia que trata de todas estas questões – e para<br />

cada um dos países da UE! Podes encomendar o teu<br />

exemplar gratuito em:<br />

http://bookshop.europa.eu<br />

Para saberes mais:<br />

http://eures.europa.eu<br />

http://ec.europa.eu/social/<br />

www.iefp.pt<br />

Investigadores em movimento<br />

Acorrentado a um banco de laboratório? Esquece. Os investigadores e os<br />

cientistas de hoje andam de um lado para o outro, trabalhando onde sejam<br />

necessários.<br />

Uma carreira na área da<br />

ciência é um desafio exigente<br />

mas também uma experiência<br />

gratificante, em imensas áreas<br />

fascinantes – e locais também!<br />

Divulgar o<br />

conhecimento<br />

através das<br />

pessoas<br />

Para que as descobertas<br />

científicas possam beneficiar<br />

a sociedade em geral, é<br />

preciso que o conhecimento<br />

não permaneça encerrado<br />

nas instituições ou dentro das<br />

fronteiras nacionais – deve<br />

circular livremente, tal como<br />

as pessoas e o dinheiro. Isto<br />

“És Marie Curioso?”<br />

Estás pronto para uma carreira<br />

científica emocionante depois de<br />

terminares os teus estudos? As<br />

acções Marie Curie podem apoiarte<br />

quando acabares o teu curso,<br />

qualquer que seja a tua nacionalidade.<br />

Com uma bolsa Marie Curie, podes<br />

aprender com os melhores e os mais<br />

brilhantes cientistas em qualquer<br />

parte do mundo! Este programa<br />

único da UE, desde que foi lançado<br />

em 996, já ajudou milhares de<br />

investigadores. Então, e tu e a tua<br />

carreira de sonho?<br />

http://ec.europa.eu/<br />

mariecurieactions/<br />

envolve não só fazer circular a informação, mas também ajudar e incentivar os próprios<br />

investigadores a deslocarem-se.<br />

Mas, com competências altamente especializadas, é difícil incentivar os cientistas a<br />

fazerem as malas e a mudarem de lugar. Para alterar esta situação foi criado o portal<br />

EURAXESS – Investigadores em Movimento, assente em quatro pilares (Empregos,<br />

Serviços, Direitos e Ligações). É um ‘balcão único’ para os investigadores que queiram<br />

trabalhar noutro país europeu e para as organizações que pretendam recrutar os mais<br />

talentosos investigadores europeus e não europeus. Esta plataforma virtual concilia<br />

a oferta e a procura de emprego, os investigadores recebem assistência de uma<br />

rede de centros de serviços, informam-se sobre os seus direitos e deveres enquanto<br />

trabalhadores europeus e ainda podem ficar sintonizados com a <strong>Europa</strong> quando se<br />

deslocam ao estrangeiro.<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/euraxess/<br />

http://ec.europa.eu/research/era/index_en.html<br />

- 37 -


- 38 -<br />

As maravilhas da ciência<br />

Os avanços da ciência permitem-nos compreender cada vez melhor o mundo da<br />

natureza, em benefício do ambiente e da nossa saúde.<br />

O carbono vai ao fundo<br />

O que acontece ao dióxido de carbono (CO ) que é libertado na atmosfera? O CO<br />

da atmosfera dissolve-se na água e é transportado através do Planeta por correntes<br />

profundas nos oceanos que absorvem até metade das emissões. Mas que quantidades<br />

de CO podem os oceanos continuar a absorver? A União Europeia (UE) financia um<br />

projecto de investigação para responder a esta questão e os primeiros resultados<br />

indicam que o poder de absorção dos oceanos está a diminuir.<br />

www.carboocean.org<br />

O outro problema com o CO2 Quando o dióxido de carbono se dissolve na água do mar, os oceanos<br />

tornam-se mais ácidos, perturbando o delicado equilíbrio dos seus<br />

ecossistemas. <strong>Como</strong> é que reagem as plantas e os animais? Os recifes de<br />

coral são uma das potenciais vítimas deste problema, que não são somente<br />

uma atracção turística, mas também um importante habitat para os peixes.<br />

Embora as questões sobre as alterações climáticas, nomeadamente o efeito de<br />

estufa e o aumento da temperatura do Planeta sejam o centro das atenções, a<br />

UE está também a estudar este problema. www.epoca-project.eu<br />

Vectores de doença<br />

A malária é uma doença infecciosa responsável por um milhão de mortes por ano, sendo<br />

a maioria das vítimas crianças, mas que pode ser evitada. É transmitida pela picada<br />

de mosquitos infectados, mas muitos destes insectos estão a tornar-se resistentes<br />

aos insecticidas. A UE financia uma série de projectos com o objectivo de estudar e<br />

investigar profundamente a biologia do mosquito, descobrindo novas formas de evitar<br />

a transmissão desta doença.<br />

www.transmalariabloc.org<br />

A ciência interessa-me muito<br />

porque sou uma pessoa curiosa<br />

e que gosta de raciocínios<br />

complexos e desafiantes. <strong>Como</strong><br />

tal, também quero descobrir mais<br />

sobre o que me rodeia.<br />

Manuel, 18<br />

O relógio biológico<br />

Funcionas melhor de manhã ou à noite? Já sofreste de jet lag? Quando se viaja entre<br />

fusos horários, o relógio biológico fica desajustado em relação à hora local do destino,<br />

alterando os padrões do sono e da alimentação. Mas porque é que isto acontece? O<br />

ritmo circadiano, que dura aproximadamente 4 horas, regula todo o ciclo biológico do<br />

corpo humano - e de outros seres vivos - que segue o seu ritmo independentemente da<br />

luz ou da escuridão, do calor ou do frio. Investigadores financiados pela UE procuram<br />

compreender como os nossos relógios internos estão sincronizados com o ambiente<br />

exterior.<br />

www.euclock.org<br />

www.bioinfo.mpg.de/mctq/core_work_life/core/introduction.jsp?language=por_b<br />

Fresquinho dentro do carro<br />

O ar condicionado é óptimo quando se viaja de carro no Verão, mas este conforto<br />

adicional traduz-se num maior consumo de combustível e numa maior emissão de<br />

gases com efeito de estufa. Para resolver esta questão, os investigadores estão a<br />

desenvolver um sistema de ar condicionado mais amigo do ambiente, que trabalhe a<br />

partir do calor desperdiçado, a energia térmica que se perde através do escape e do<br />

radiador. www.crfproject-eu.org > TOPMACS.<br />

Skate no tubo UE<br />

Electrões vestidos de rosa-choque fazem skate à volta duma pista. Por cima,<br />

uma bola de espelhos disco brilha intensamente. Na primeira curva acende-se<br />

uma lâmpada. Mas, no regresso, os electrões encontram um obstáculo que os<br />

faz abrandar e a volta seguinte é interrompida por água espalhada na pista. Vê<br />

o vídeo e descobre mais sobre a ciência dos circuitos eléctricos – resistências<br />

e curtos-circuitos incluídos – e porque é que é importante a investigação neste<br />

domínio. www.youtube.com/watch?v=sQ9G2OL9ERo<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/research<br />

www.gulbenkian.pt/ciencia<br />

www.mc.ul.pt – www.mctes.pt<br />

- 39 -


- 40 -<br />

Pioneiras – mulheres cientistas<br />

Só 30% de todos os investigadores da União Europeia e 7% dos inventores com<br />

patentes registadas são mulheres. Mas porque é que as mulheres parecem não<br />

interessar-se pela ciência e pela tecnologia?<br />

Será que persistem os estereótipos, em que se pensa que só os rapazes escolhem<br />

matemática e ciências e só os homens vestem a bata dos laboratórios. Mas quem é<br />

que sabe que aparência deve ter um cientista?<br />

Também é verdade que ao longo da história, as grandes mulheres cientistas, que muitas<br />

vezes tiveram de lutar contra o preconceito a fim de perseguir os seus interesses,<br />

permaneceram relativamente desconhecidas. Mas as mulheres deram contributos<br />

muito importantes para a ciência desde os tempos mais longínquos...<br />

Hipácia de Alexandria<br />

Embora a sua vida tivesse acabado de forma trágica às mãos de uma multidão<br />

enfurecida, o legado de Hipácia resistiu e influenciou fortemente o progresso do<br />

pensamento científico. Nascida no século IV na cidade de Alexandria, Egipto – na<br />

época, um importante centro de ensino e aprendizagem – Hipácia destacou-se nas<br />

áreas da matemática, da astronomia e da filosofia. Para além de professora e escritora,<br />

são-lhe atribuídas diversas invenções, entre as quais se incluem o astrolábio plano, o<br />

higrómetro e o hidroscópio.<br />

Os seus trabalhos, especialmente os que se debruçaram sobre Euclides e Apolónio,<br />

ajudaram a difundir o raciocínio lógico e o pensamento racional como base da<br />

investigação científica. Hipácia de Alexandria destacou-se muito para além do que se<br />

esperaria de uma mulher do seu tempo e ainda hoje continua a ser uma inspiração,<br />

objecto de diversos livros e até de um filme.<br />

© Thad Zajdowicz<br />

Testa os teus conhecimentos!<br />

1. Quem foi a primeira mulher a ganhar o Prémio Nobel?<br />

a. Toni Morrison b. Marie Curie c. Florence Nightingale<br />

2. Jeanne Villepreux-Power foi pioneira em que área da ciência?<br />

a. Electromagnetismo b. Biologia marinha c. Astronomia<br />

3. Embora tenham sido James Watson e Francis Crick a receber a maior parte do reconhecimento público,<br />

Rosalind Franklin foi fundamental em que descoberta?<br />

a. A estrutura do ADN b. Partículas subatómicas c. A galáxia mais distante<br />

4. Quem é geralmente considerado o primeiro programador informático?<br />

a. Bill Gates b. Ada Lovelace c. Carly Fiorina<br />

5. Graças à investigação de Cecilia Payne-Gaposchkin, sabemos que o sol é primariamente composto<br />

por que elemento?<br />

a. Crípton b. Hidrogénio c. Néon<br />

6. Agnes Sjöberg trabalhava com que tipo de doentes?<br />

a. Leprosos b. Cegos c. Animais<br />

7. Antes da adopção do euro, que nota apresentava o retrato da famosa entomologista Maria Sibylla<br />

Merian?<br />

a. 500 marcos alemães b. 20 libras esterlinas c. 50 francos franceses<br />

8. O objecto conhecido por ‘281 Lucretia’ foi assim chamado segundo Caroline L. Herschel. De que se<br />

trata?<br />

a. Um isótopo b. Uma montanha c. Um asteróide<br />

9. Quem foi a primeira mulher a doutorar-se na <strong>Europa</strong> em 1678?<br />

a. Leonor da Aquitânia b. Catarina de Medici c. Helena Piscopia<br />

10. Elizaveta Fedorovna Litvinova introduziu um novo método para o ensino de que disciplina?<br />

a. Literatura b. Matemática c. Química<br />

Respostas: 1-b, 2-b, 3-a, 4-b, 5-b, 6-c, 7-a, 8-c, 9-c, 10-b<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/research/science-society/ > Women and science<br />

http://ec.europa.eu/research/index.cfm?lg=pt&pg=<br />

wisaudiobook&cat=x<br />

- 4 -


- 4 -<br />

Get up… Stand up... pelos teus direitos<br />

Conheces os teus direitos? Existem dez princípios básicos que, enquanto<br />

consumidor, te protegem onde quer que estejas na União Europeia (UE).<br />

Compra o que quiseres, onde quiseres<br />

Apetece-te fazer compras noutro país europeu? As leis europeias<br />

permitem-te ‘comprar até apetecer’ sem teres de te preocupar com o<br />

pagamento de quaisquer direitos de importação ou taxas adicionais<br />

quando regressares a casa. Este princípio é aplicável, quer compres no estrangeiro,<br />

quer encomendes na internet, pelo correio ou por telefone.<br />

Se não <strong>funciona</strong>, devolve<br />

E se comprares uma televisão nova e esta avariar? Segundo a Lei<br />

europeia, podes devolvê-la para reparação ou trocá-la. Podes ainda<br />

solicitar uma redução do preço ou a devolução total do dinheiro. A garantia<br />

é aplicável até dois anos após a compra do produto.<br />

Segurança alimentar e dos bens de<br />

consumo<br />

A UE possui legislação que permite certificar a segurança e qualidade<br />

dos produtos. Desta forma, os países da União Europeia apresentam os mais altos<br />

níveis de segurança do mundo.<br />

Sabes o que estás a comer?<br />

As leis da UE sobre rotulagem de produtos alimentares permitem saber<br />

exactamente o que estás a comer. No rótulo deve constar, entre outras<br />

informações, a lista completa dos ingredientes, bem como informação<br />

detalhada sobre os colorantes, conservantes, adoçantes e outros aditivos utilizados.<br />

Contratos honestos<br />

Segundo as Leis europeias, são proibidas práticas comerciais desleais,<br />

tais como exigir o pagamento de uma taxa para proceder ao cancelamento<br />

de um contrato.<br />

Os consumidores podem mudar de<br />

ideias<br />

E se um vendedor tocar à porta e te pressionar para assinares um<br />

contrato para algo que realmente não queres? Em princípio, é possível cancelar um<br />

contrato feito deste modo no prazo de sete dias.<br />

É mais fácil comparar preços<br />

<strong>Como</strong> é que comparas o preço de duas marcas de cereais se vêm<br />

embaladas em caixas de tamanhos diferentes? Os supermercados são<br />

obrigados a fornecer o ‘preço por unidade de medida’ de um produto –<br />

quanto custa por quilo ou por litro – para te ajudar a decidir qual deles será a escolha<br />

acertada.<br />

Os consumidores não podem ser<br />

enganados<br />

Quando se trata de televendas, vendas por correspondência ou vendas<br />

online, os vendedores são obrigados a serem claros e honestos. As leis europeias<br />

exigem que informem de forma detalhada quem são, o que vendem, qual o preço<br />

(incluindo taxas e despesas de envio) e qual o prazo de entrega.<br />

Proteger os que vão de férias<br />

E se fores num programa de férias organizadas e o operador turístico<br />

declarar falência? Estás protegido pelas leis da UE. Mesmo que entrem<br />

em falência enquanto estiveres de férias, os operadores são obrigados a assegurar o<br />

teu regresso a casa.<br />

Problemas com compras no estrangeiro<br />

Os consumidores da UE devem ter confiança para realizarem os melhores<br />

negócios em qualquer parte da <strong>Europa</strong>. A Rede de Centros Europeus do<br />

Consumidor (Rede CEC) existe para aconselhar os cidadãos europeus<br />

sobre os seus direitos e ajudá-los a resolver qualquer reclamação sobre compras<br />

feitas noutro país europeu.<br />

Para saberes mais:<br />

http://cec.consumidor.pt<br />

- 43 -


- 44 -<br />

Satisfação garantida?<br />

Já foste enganado? Não és o único. Infelizmente, todos os dias milhares de<br />

consumidores têm problemas com os produtos e os serviços que adquirem.<br />

Se não estiveres satisfeito com a compra que fizeste, começa por voltar à loja e<br />

explicar o problema. Se mesmo assim não ficares satisfeito, então contacta a sede<br />

da empresa – podes descobrir o endereço na internet. Telefona, escreve uma carta<br />

ou envia um email e toma nota da hora, data e nome da pessoa que se encarregou<br />

da reclamação.<br />

Fazer uma reclamação, passo a passo:<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

Não hesites em reclamar.<br />

Age rapidamente, assim que descobrires o problema.<br />

Informa-te sobre os teus direitos antes de iniciares a reclamação.<br />

Mantém-te calmo e não fujas ao assunto.<br />

Diz claramente o que esperas – um pedido de desculpas, uma troca, a devolução<br />

do dinheiro, um serviço melhor ou uma indemnização.<br />

Certifica-te de que falas com alguém que tenha autoridade para agir – pede para<br />

falar com o gerente, se for caso disso.<br />

Conserva todos os documentos – número de código da encomenda, recibos,<br />

garantias, provas de pagamento, cartas, datas das conversas e os nomes das<br />

pessoas com quem falaste. Fica com os originais dos documentos.<br />

Se a reclamação não for tratada de forma satisfatória, contacta uma associação de<br />

defesa do consumidor, como a DECO (www.deco.proteste.pt) ou um Centro de<br />

Informação Autárquico ao Consumidor. Em alguns sectores específicos, tais como<br />

finanças ou telecomunicações também existem provedores de cliente que podem<br />

ajudar na resolução das reclamações apresentadas pelos consumidores. Para mais<br />

informações consulta também o portal: www.consumidor.pt.<br />

Problemas no estrangeiro?<br />

Se tiveres um problema com um produto ou serviço noutro país da UE, podes recorrer<br />

à Rede dos Centros Europeus de Consumidores (Rede-CEC). Anualmente, trata mais<br />

de 6 000 casos de consumidores da UE que procuram informação ou ajuda para<br />

compras feitas no estrangeiro, quer tenham sido efectuadas online ou numa loja. A<br />

Rede-CEC trata de uma série de situações:<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

compras feitas através da internet, ao telefone, por correio ou fax;<br />

viagens – incluindo voos cancelados ou atrasados;<br />

equipamentos electrónicos;<br />

bilhetes, livros, revistas, CD, etc.;<br />

fraudes com prémios, sorteios e lotarias.<br />

© Steve<br />

Ford Elliott<br />

Reclamações mais frequentes<br />

Em 008, a Rede-CEC registou um aumento de % no número de consumidores que<br />

recorreram directamente aos seus serviços. A maior parte das reclamações são:<br />

Compensação total!<br />

Enquanto estava de férias em Malta, uma residente no Reino Unido foi<br />

contactada, tendo-lhe sido dito que tinha ganho umas férias grátis. Quando foi<br />

reclamar o prémio, acabou por assinar um contrato de adesão a um clube de<br />

férias. Foi-lhe dito na altura que não seria levantado qualquer dinheiro da conta<br />

bancária até que voltasse a casa, o que acabou por não acontecer. Depois da<br />

intervenção do CEC, foi-lhe devolvido todo o dinheiro.<br />

33%<br />

Transportes<br />

25%<br />

Lazer<br />

e cultura<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/consumers/index_pt.htm<br />

13%<br />

Hotéis e<br />

restaurantes<br />

29%<br />

Outros<br />

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- 46 -<br />

- 47 -


- 48 -<br />

Sem qualquer compromisso<br />

Já te foi oferecido algo ‘livre de encargos’ e só mais tarde descobriste o custo<br />

desse produto ou serviço?<br />

Há um número cada vez maior de consumidores vítimas destes truques e esquemas.<br />

Numa tentativa de resolver o problema, a União Europeia baniu as práticas comerciais<br />

agressivas e desleais. Tem cuidado com:<br />

. publicidade isco e troca – oferecer um produto e depois trocá-lo por outro;<br />

. ofertas ‘grátis’ falsas, tais como toques gratuitos para o telemóvel;<br />

3. alegações falsas acerca da cura de doenças, disfunções ou malformações;<br />

4. anúncios disfarçados de artigos normais de jornal;<br />

5. ‘ofertas limitadas ao stock’ – declarando falsamente que um produto só está<br />

disponível por um período de tempo limitado;<br />

6. venda de produtos não solicitados – fornecer um produto a quem não o pediu e<br />

exigir o seu pagamento;<br />

7. impressão falsa de que os serviços pós-venda relativos a um produto se<br />

encontram disponíveis noutros países da UE;<br />

8. declarações falsas sobre a atribuição de prémios;<br />

9. notas de encomenda enganadoras;<br />

0. pressão emocional para fazer uma compra.<br />

Grátis, nem sempre<br />

quer dizer gratuito<br />

Sara, de 8 anos, inscreveu-se para<br />

um novo endereço de e-mail e reparou<br />

numa pequena caixa no fundo do<br />

ecrã que oferecia toques grátis para<br />

telemóvel. Seguiu as instruções e<br />

recebeu uma mensagem de texto<br />

informando-a da sua adesão e de que<br />

o custo do serviço era afinal de 4 euros<br />

por semana. Foi verificar e a página<br />

anunciava, em letras muito pequenas,<br />

que o serviço era pago. Se parece ser<br />

demasiado bom para ser verdade, então<br />

desconfia sempre...<br />

Para saberes mais:<br />

www.deco.proteste.pt<br />

http://ec.europa.eu/consumers/rights/<br />

Telemóveis – que a bênção não<br />

se torne numa maldição<br />

Na <strong>Europa</strong>, o número de assinaturas de telemóveis excede já o total da sua<br />

população em quase um quinto. Assim, parece que a questão já não é ter ou não<br />

telemóvel, mas sim como utilizá-lo de uma forma responsável.<br />

Os telemóveis são óptimos para contactarmos com a família e amigos, navegar na<br />

internet ou ouvir música, porém, tudo isto pode ser ensombrado por contas gigantescas<br />

que nos podem fazer entrar em “estado de choque”.<br />

Novas regras para o roaming<br />

Até há pouco tempo, telefonar ou enviar mensagens de texto<br />

quando se viajava no estrangeiro era demasiado dispendioso.<br />

Felizmente a Comissão Europeia determinou a descida gradual<br />

dos custos das chamadas feitas em roaming dentro da UE.<br />

Preço por minuto (sem IVA)<br />

Chamadas<br />

efectuadas<br />

Chamadas<br />

recebidas<br />

SMS enviados SMS recebidos<br />

Desde 1 Julho 2010 39 cêntimos 15 cêntimos 11 cêntimos grátis<br />

A partir de<br />

1 Julho 2011<br />

35 cêntimos 11 cêntimos 11 cêntimos grátis<br />

Durante este período, os consumidores beneficiarão ainda de uma redução progressiva<br />

no preço grossista dos dados descarregados no estrangeiro.<br />

O que é demais, pode ser aborrecido?<br />

Já te sentiste stressado ou ansioso quando tens o telemóvel desligado? Estes<br />

dispositivos podem tornar-se viciantes, fazendo com que alguns jovens não só tenham<br />

contas exorbitantes, mas também se isolem socialmente e negligenciem os seus<br />

estudos.<br />

Para evitar ficar viciado no telemóvel:<br />

»<br />

»<br />

»<br />

Controla o tempo durante o qual usas o telemóvel.<br />

Desliga-o quando estás com família ou amigos.<br />

Pensa e participa noutras actividades que te permitam interagir com os<br />

outros.<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/information_society/activities/roaming/index_en.htm<br />

www.anacom.pt – http://cec.consumidor.pt<br />

- 49 -


- 50 -<br />

Vai uma pesquisa no Google?<br />

Vês televisão desde bebé, és um profissional quando se trata de mensagens de<br />

texto e és praticamente licenciado em Facebook – portanto a conversa sobre<br />

literacia mediática é pura perda de tempo, não é verdade?<br />

Bem, na verdade...<br />

A literacia digital é muito mais do que saber ligar o computador. Tem a ver com saber<br />

aceder a informação diversa, avaliar e criar mensagens numa diversidade de meios<br />

de comunicação e formatos – o que, na era da informação, é mais importante do<br />

que nunca. Embora seja obviamente essencial saber como descarregar a tua música<br />

favorita, é também imprescindível que estejas ciente que os media são utilizados para<br />

te manipular, seja através de informação parcial, de distorção de factos ou de pura<br />

propaganda.<br />

Em quem confiar?<br />

Na era da Internet, os motores de busca parecem ter a resposta para tudo. Coisas<br />

que levavam semanas a pesquisar estão agora à distância de alguns cliques. Se bem<br />

que isto nos simplifique a vida, também traz novos perigos. Distinguir entre informação<br />

genuína e imparcial da que é falsa ou tendenciosa está a tornar-se cada vez mais<br />

difícil (até os profissionais da informação têm sido vítimas de fraudes na Internet). O<br />

problema é que qualquer pessoa pode criar um site atraente e não há forma de saber<br />

que interesses podem estar por detrás ou se apresentam mentiras como factos.<br />

A Comissão Europeia colabora neste momento<br />

com escolas, provedores de conteúdos, cidadãos<br />

e grupos de consumidores com o objectivo de<br />

desenvolver propostas e programas que aumentem<br />

a literacia mediática na UE.<br />

O teu lugar na sociedade<br />

A literacia mediática é cada vez mais importante para desempenharmos um papel<br />

activo na sociedade e fazermo-nos ouvir. Usamos as novas tecnologias para comunicar<br />

com os amigos, para estarmos informados e fazer ouvir as nossas opiniões sobre<br />

tudo e mais alguma coisa. Muitos de nós têm pais ou avós que não acompanharam<br />

a evolução das novas tecnologias e, por exemplo, não conseguem pôr um leitor de<br />

DVD a <strong>funciona</strong>r, quanto mais enviar um e-mail – vê só o que estão a perder! Embora<br />

isto não seja um problema para as gerações mais velhas, o que interessa é que a<br />

tecnologia avança a uma velocidade vertiginosa e se nos acomodarmos arriscamonos<br />

a ficar para trás e ficarmos socialmente excluídos. A literacia mediática é, portanto,<br />

um factor importante para o sucesso profissional e social.<br />

Estás a ser manipulado?<br />

Faz parte da literacia mediática saber reconhecer se a informação é apresentada de<br />

uma forma tendenciosa ou parcial ou se os factos não são mais do que mentiras<br />

disfarçadas. O que implica fazer o papel de detective e treinar o pensamento crítico.<br />

Não acredites em tudo o que vês ou lês e procura verificar a informação através de<br />

fontes fidedignas.<br />

Iniciativas em Portugal<br />

A UE e a literacia mediática O espaço Seguranet ajuda os jovens e educadores a beneficiar de todas as<br />

vantagens da Internet em segurança. Neste espaço podes encontrar muita<br />

informação sobre a utilização segura da Internet.<br />

Visita o espaço em: www.seguranet.pt<br />

Para saberes mais:<br />

www.euromedialiteracy.eu<br />

http://ec.europa.eu/avpolicy/index_en.htm > Media Literacy<br />

www.anacom.pt<br />

- 5 -


- 5 -<br />

Sê ciberinteligente!<br />

Correio electrónico, mensagens instantâneas e salas de conversação – gerir este<br />

fluxo contínuo de comunicação online é, para muitos de nós, um hábito adquirido.<br />

Mas as novas tecnologias também têm trazido novos perigos...<br />

É fácil comunicar de uma forma segura, se te lembrares do seguinte:<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

Os amigos que conheceste online podem ser diferentes do que afirmam.<br />

Nunca forneças dados pessoais tais como o endereço de email, a morada de casa<br />

ou o número de telefone.<br />

Podes sempre deixar de comunicar se achares que se está a tornar inconveniente,<br />

assustador ou se simplesmente não queres continuar a conversar com uma<br />

determinada pessoa. Bloqueia esse utilizador ou então não respondas. Se se<br />

tornar inquietante, fala com um adulto ou denuncia a situação ao proprietário da<br />

página Web.<br />

Nunca dês informações sobre família, amigos ou conhecidos.<br />

Nunca combines encontros com estranhos que só conheces da internet. Se ainda<br />

assim o quiseres fazer, então marca o encontro num lugar público e pede a um<br />

adulto da tua confiança que te acompanhe.<br />

Assume o controlo da tua privacidade<br />

A simplicidade com que se actualizam dados e se divulgam fotografias nas redes<br />

sociais faz com que a partilha de dados pessoais seja excessiva e demasiado fácil.<br />

De acordo com estimativas recentes, 30% dos empregadores consultam os perfis dos<br />

seus candidatos no Facebook. Pensa duas vezes antes de publicar o que quer que<br />

seja. Interroga-te: o que é que pode ser publicado e o que é do foro privado?<br />

A maior parte das redes sociais oferecem mecanismos de controlo de privacidade<br />

que deves aprender a utilizar. Pode exigir alguma exploração para descobrires as<br />

definições possíveis, mas deves ser capaz de – pelo menos – controlar quem está<br />

autorizado a visualizar que parte do teu perfil e se o teu nome aparece nos resultados<br />

de pesquisa.<br />

Senhas em segurança<br />

Com o número cada vez maior de sites que exigem um nome de utilizador<br />

(username) e uma senha (password) para acedermos aos seus conteúdos,<br />

facilmente acabamos por deixar as contas vulneráveis a condutas duvidosas.<br />

Aqui estão algumas dicas que te ajudarão, e muito, a proteger as senhas...<br />

» Utiliza uma senha diferente para cada serviço – deste modo, se uma conta<br />

estiver em perigo, as outras continuarão em segurança<br />

» Evita palavras comuns – qualquer palavra que conste do dicionário pode ser<br />

adivinhada facilmente, portanto, para uma senha, combina pelo menos oito<br />

letras (minúsculas e maiúsculas), números e símbolos<br />

» Muda as senhas regularmente – e se tiveres de as escrever para te lembrares,<br />

guarda bem o documento, mas nunca no computador<br />

Cyberbullying<br />

Muitos pensam que, protegidos pelo anonimato da internet, podem fazer o que não<br />

se atreveriam a fazer na vida real. O que inclui bullying – intimidar e ameaçar colegas<br />

através de emails e mensagens instantâneas. Pensa bem: dirias as mesmas coisas se<br />

estivesses cara a cara com essa pessoa? Provavelmente não...<br />

www.keepcontrol.eu<br />

Precisas de conselhos?<br />

Contacta a Insafe, a rede europeia de centros nacionais que coordena campanhas com<br />

vista à promoção da segurança na internet e coopera com linhas de apoio nacionais. A<br />

lista dos centros nacionais está<br />

disponível em<br />

www.saferinternet.org.<br />

Para saberes mais:<br />

www.internetsegura.pt<br />

www.seguranet.pt<br />

Para ser franca, há dois meses<br />

descobri que o meu perfil no<br />

Facebook não estava protegido e<br />

alterei-o imediatamente.<br />

Tamara, 19<br />

- 53 -


- 54 -<br />

O Dilema Digital<br />

Na escola, copiar o trabalho de casa de um colega é considerado batota. Mas, em<br />

casa, muitos não hesitariam em descarregar filmes ou músicas de sites de partilha<br />

de ficheiros – mesmo que, de forma semelhante, estejam a copiar ilegalmente o<br />

trabalho de um artista...<br />

A vaga tecnológica, principalmente a Internet de banda larga, permite a partilha rápida<br />

de ficheiros online, sendo muito fácil e barato fazer cópias perfeitas. Mas, descarregar<br />

ficheiros sem os pagar, constitui uma infracção<br />

aos direitos de autor e é punível por lei.<br />

O objectivo das leis dos direitos de autor<br />

consiste em assegurar que os artistas sejam<br />

compensados de uma forma justa pelo<br />

seu trabalho. E, embora algumas bandas<br />

disponibilizem música para ser descarregada<br />

gratuitamente nos seus sites, isto não significa<br />

que os internautas possam fazê-lo livremente a<br />

partir de qualquer fonte...<br />

Sabias que...?<br />

Um estudo sobre a<br />

indústria da música<br />

estima em 40 mil<br />

milhões o número de<br />

ficheiros de músicas<br />

trocados ilegalmente<br />

em 008.<br />

Quem é prejudicado pela pirataria online?<br />

Para além dos músicos ou actores, há muitas outras pessoas envolvidas na produção<br />

e distribuição, cujo trabalho tem de ser remunerado. Esta é uma questão sobre a qual<br />

deverias reflectir quando te sentires tentado a piratear conteúdos online.<br />

Quais são os riscos de partilhar ficheiros?<br />

Para além dos riscos de uma acção legal, partilhar ficheiros através de redes entre<br />

pares pode também comprometer a tua segurança online, infectando o computador<br />

com vírus ou outros programas disruptivos.<br />

As músicas e filmes devem estar disponíveis<br />

gratuitamente na internet porque os autores acabam<br />

por receber mais se a música for divulgada e os<br />

concertos estiverem cheios. As pessoas estão sempre<br />

dispostas a pagar por um bom espectáculo. Devem<br />

ficar com uma percentagem maior dos lucros.<br />

Miguel, 19<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/internal_market/copyright/<br />

www.pro-music.org – www.spautores.pt – www.igac.ml.pt<br />

© Clix<br />

© .׀ Clix ׀ .<br />

Protecção de dados<br />

Todos nós gostamos de nos manter em contacto com os amigos, utilizando as<br />

redes sociais na Internet e de fazer compras online – mas sabias que isso envolve<br />

a transferência dos teus dados pessoais?<br />

Os dados pessoais podem incluir o nome, os números de telefone, a morada, bem como<br />

toda a informação que difundes online. Deves ter em atenção o tipo de informação que<br />

partilhas e nas consequências que isto pode vir a ter. Recorda-te que o teu futuro<br />

empregador ou a tua universidade podem aceder à informação que partilhas online.<br />

Na União Europeia (UE), os dados pessoais encontram-se protegidos por leis nacionais<br />

e europeias. Os organismos que têm bases de dados em seu poder são obrigados<br />

a mantê-las actualizadas e em segurança. Se assim não fosse, poder-se-ia incorrer<br />

em injustiças graves, tais como, a recusa de emprego ou mesmo de um lugar na<br />

universidade. Mais grave ainda, poderia levar ao roubo de identidade!<br />

Tens o direito de aceder aos teus dados pessoais mantidos por qualquer entidade e,<br />

se achares que o seu tratamento não é o mais adequado, podes apresentar queixa à<br />

Comissão Nacional de Protecção de Dados.<br />

Para saberes mais:<br />

www.cnpd.pt<br />

http://ec.europa.eu/justice_home/index_en.htm >Justiça, Liberdade e<br />

Segurança > Protecção de dados<br />

- 55 -


- 56 -<br />

És viciado na Internet?<br />

Quantas vezes vês o e-mail, os canais RSS, o Facebook, o Twitter ou outras<br />

contas electrónicas? Não consegues afastar-te do computador ou pousar o<br />

telemóvel?<br />

À medida que cada vez mais pessoas utilizam a Net, a dependência torna-se<br />

rapidamente um fenómeno global: há centros de tratamento na China e na Coreia do<br />

Sul completamente lotados, enquanto nos Estados Unidos começam também a surgir<br />

os primeiros programas de reabilitação. Os jovens, em particular, aparentemente são<br />

os mais susceptíveis a este tipo de comportamento!<br />

Se bem que o problema esteja ainda a ser estudado, médicos e investigadores acham<br />

que esta é uma dependência tão viciante quanto as outras: o desejo compulsivo de<br />

mais uma ‘dose’ – publicar mais uma entrada ou chegar ao próximo nível de um jogo<br />

– e da satisfação que isso traz, reforça o comportamento aditivo.<br />

Equilíbrio saudável<br />

É importante conseguir manter um equilíbrio saudável. Os viciados na Internet<br />

passam horas sem fim online,<br />

negligenciando as relações da vida<br />

real e até as necessidades básicas<br />

de higiene, alimentação e sono.<br />

Os dependentes da Internet<br />

podem passar o tempo a jogar,<br />

ver pornografia, em leilões ou a<br />

actualizar as suas páginas nas<br />

redes sociais. Os sintomas físicos<br />

incluem ‘cibertremuras’ ou sintomas<br />

de abstinência, dores nas costas,<br />

síndrome do túnel cárpico, olhos<br />

secos, enxaquecas e distúrbios do<br />

sono.<br />

»<br />

»<br />

Sabias que...?<br />

De acordo com um estudo<br />

realizado anualmente no<br />

Reino Unido, pelo Oxford<br />

Internet Institute:<br />

54% dos estudantes dizem<br />

passar demasiado tempo<br />

online;<br />

77% dos que navegam<br />

habitualmente dizem que a<br />

Internet se pode tornar um<br />

vício.<br />

© Zanetta Hardy<br />

Obter ajuda<br />

Se achas que estás viciado, devias conversar com alguém em quem confies: uma<br />

pessoa a sério, não alguém que só conheças online! Pode ser o pai ou a mãe, um<br />

professor, o médico ou talvez um irmão mais velho. Também há coisas que podes<br />

passar a fazer, tais como mudar o computador do quarto para a sala; assim já não<br />

serás só tu e o computador e as pessoas em casa podem ajudar-te a controlar o tempo<br />

que passas online. Também há programas que limitam a utilização da Net. Ou, como<br />

alternativa, também podes arranjar um outro escape para preencheres os tempos<br />

livres. Por exemplo, se gostas de jogos online em que assumes diferentes papéis de<br />

personagens, porque não ler romances fantásticos ou aderir a um grupo de teatro?<br />

Achas que podes estar viciado?<br />

Preocupa-te que estejas a maior parte do teu tempo online? Aqui estão algumas<br />

perguntas que deves fazer a ti próprio:<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

Deixas de fazer os trabalhos de casa para estar online?<br />

Deitas-te tarde para estar online?<br />

A tua família queixa-se do tempo que passas ligado à Net?<br />

Perdeste o contacto com os teus amigos a sério por causa da Internet?<br />

Ficas de mau humor, deprimido ou irritado quando não estás ao<br />

computador?<br />

Ficas eufórico quando estás online?<br />

Perdes a cabeça se alguém te interrompe quando estás ao computador?<br />

Não gostas de dizer quanto tempo passas online ou mentes aos teus pais<br />

quando te perguntam sobre o que fazes na Net?<br />

Para saberes mais:<br />

www.netaddiction.com<br />

www.virtual-addiction.com<br />

- 57 -


- 58 -<br />

Uma vida saudável<br />

Gozar de boa saúde é uma das dádivas mais preciosas que a vida nos oferece<br />

e, no entanto, há tantas pessoas que a prejudicam inadvertidamente com as<br />

escolhas que fazem...<br />

Hoje em dia vivemos uma época de ouro<br />

da medicina, tendo muitas doenças sido<br />

praticamente erradicadas. Mas esta é<br />

apenas uma das faces da moeda. O<br />

estilo de vida moderno está também a<br />

contribuir para o aparecimento de todo<br />

um grupo de outras doenças, ao mesmo<br />

tempo que muitos problemas de saúde<br />

tradicionais ainda persistem.<br />

Neste momento, por exemplo, a <strong>Europa</strong><br />

enfrenta uma verdadeira bomba-relógio<br />

- a obesidade - que está a atingir<br />

proporções de epidemia. Os problemas de saúde mental estão também disseminados<br />

e grande número de jovens tem-se tornado vítima do consumo de drogas e álcool, do<br />

tabaco e de infecções transmitidas por via sexual.<br />

Ter juízo com a saúde...<br />

Sabias que...?<br />

A saúde é o teu maior bem e<br />

as escolhas que fazes hoje<br />

podem afectar a tua qualidade<br />

de vida por muitos anos,<br />

portanto adere à Iniciativa<br />

sobre a Saúde dos Jovens e<br />

informa-te em:<br />

http://health.europa.eu/youth<br />

Se bem que online exista uma quantidade impressionante de dados sobre questões<br />

de saúde, muitos deles são falsos ou de origem duvidosa. O Portal da Saúde da União<br />

Europeia combate este problema fornecendo informação fidedigna sobre uma grande<br />

variedade de tópicos relacionados com a saúde (tal como ‘o meu estilo de vida’), assim<br />

como ligações a sites web especializados.<br />

Assim, se quiseres saber mais sobre o que a UE está a fazer na área da saúde - quer<br />

seja pesquisa, monitorização de riscos ou promoção<br />

de hábitos saudáveis - vai ao Portal hoje mesmo!<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/health-eu/index_pt.htm<br />

© Alex Bramwell<br />

Drogas<br />

É inegável que as drogas exercem um certo fascínio. Para alguns é uma<br />

forma de escapar à realidade, para outros uma solução rápida para relaxar ou<br />

para estimular, ou ainda uma maneira de ficar bem visto pelos amigos. Todos<br />

sabemos que o consumo de drogas tem riscos, contudo existe muita informação<br />

contraditória que necessita de ser clarificada…<br />

Informa-te<br />

A droga e o álcool podem constituir uma ameaça séria para a saúde,<br />

especialmente quando misturados. A aquisição de droga também representa<br />

um perigo para a saúde, pois nunca se sabe bem o que se está a comprar.<br />

Sabias que...?<br />

Anualmente morrem na União<br />

Europeia (UE) cerca de 8 000<br />

pessoas de overdose. Certifica-te<br />

que nunca terás que enfrentar<br />

uma fatalidade destas – por ti e<br />

pelos teus amigos. Eis alguns<br />

sites a que podes recorrer para<br />

solicitar ajuda ou pedir conselhos<br />

sobre drogas e os riscos que<br />

estas envolvem.<br />

Linha Vida SOS Droga (serviço<br />

anónimo, confidencial e gratuito,<br />

de .ª a 6.ª das 0h às 0h)<br />

1414<br />

A UE e a droga<br />

A UE está a adoptar uma série<br />

de medidas para ajudar a<br />

reduzir a oferta e a procura<br />

de droga. A União Europeia<br />

apoia ainda os Estados-Membros na<br />

prevenção, tratamento e redução dos<br />

riscos relacionados com droga, incluindo a<br />

luta contra a delinquência e o crime.<br />

As campanhas de<br />

sensibilização seriam<br />

mais eficazes se<br />

incluíssem testemunhos<br />

de jovens.<br />

Martin, 20<br />

Acção Europeia sobre a Droga<br />

Provavelmente decidiste não te meteres em drogas, mas e os teus amigos e<br />

colegas de escola? Partilha essa mensagem com eles. Adere à Acção Europeia<br />

contra a Droga e compromete-te a passar a palavra – falar sobre drogas,<br />

partilhar experiências, participar activamente na escola ou num grupo social.<br />

Decide-te e assume este compromisso: http://ec.europa.eu/ead/html/index.jsp<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/justice_home/index_en.htm > Freedom, Security<br />

and Justice > Drugs cooperation<br />

www.idt.pt<br />

- 59 -


- 60 -<br />

Apaga o cigarro<br />

O tabaco mata! É responsável por 650 000 mortes por ano na União Europeia. Os<br />

jovens estão particularmente expostos aos perigos do tabagismo.<br />

Se queres deixar de fumar, não queres começar ou estás farto de respirar o fumo dos<br />

outros, há ajuda disponível. A campanha da União Europeia ‘Help’está com os jovens<br />

na frente de batalha contra o tabagismo<br />

– e tu também podes participar!<br />

No centro da campanha estão as tuas<br />

dicas sobre questões relacionadas<br />

com o tabagismo – dos conselhos mais<br />

sérios aos mais absurdos – que podes<br />

gravar nos eventos da Help por toda a<br />

<strong>Europa</strong> e partilhar no seu site. Envia já o<br />

teu conselho em www.help-eu.com.<br />

Help in your pocket – sempre contigo!<br />

Este novo mini-site, a que podes aceder através do teu telemóvel, ajudate<br />

sempre que quiseres, onde quer que estejas!<br />

Mas, afinal, porque é que fumar faz tanto mal?<br />

»<br />

»<br />

»<br />

Um cigarro ou um beijo?<br />

A tosse do fumador é só o princípio. Cancro, doenças pulmonares ou do coração...<br />

fumar é prejudicial para a saúde e irá tirar-te anos de vida.<br />

Não tem só a ver contigo! Na <strong>Europa</strong>, o tabagismo passivo mata 9.000 nãofumadores<br />

por ano.<br />

O tabaco é caro! De certeza que há formas bem melhores de gastares o teu<br />

dinheiro.<br />

Muitos países da UE já baniram o fumo em lugares públicos, tais como bares e<br />

restaurantes, obrigando os fumadores a fumarem na rua. O que é que achas? Será<br />

esta a melhor forma de lidar com o problema?<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/health-eu/index_en.htm > O Meu Estilo de<br />

Vida > Tabaco<br />

www.juventude.gov.pt<br />

Protege a tua pele<br />

O bronzeado perfeito exige um equilíbrio delicado: apanhar sol de todos os lados<br />

para bronzear o corpo uniformemente, exposição solar suficiente para ficar com<br />

um ar saudável sem exageros...<br />

As queimaduras solares podem ser dolorosas por uns dias, mas a excessiva exposição<br />

solar também pode ter consequências a longo prazo. O aparecimento de rugas e de<br />

problemas de visão, podem parecer<br />

problemas longínquos mas, de acordo<br />

com a informação do Código Europeu<br />

contra o Cancro, as decisões que<br />

adoptas no presente, mais tarde irão<br />

afectar a tua saúde. Anualmente, são<br />

diagnosticados 6 000 novos casos de<br />

melanoma na União Europeia (UE).<br />

Diminui o tempo<br />

de exposição solar<br />

Não existe nenhum produto que, por<br />

si só, possa oferecer protecção total<br />

dos raios<br />

ultravioletas. Eis alguns conselhos quanto aos<br />

cuidados a ter com a pele que deves seguir<br />

escrupulosamente:<br />

»<br />

Sabias que...?<br />

Uma pele bronzeada<br />

não é um ícone universal<br />

de beleza. Enquanto os<br />

europeus tendem a apreciar<br />

os raios de sol durante o<br />

verão e as peles bronzeadas,<br />

muitas culturas asiáticas<br />

– os japoneses em particular<br />

– acham que a pele clara é<br />

mais bonita.<br />

» Usa sempre protector solar com factor 5 ou superior<br />

e cuja embalagem ostente o logótipo UVA (ultravioleta).<br />

Aplica bastante creme e por várias vezes,<br />

especialmente depois de nadar.<br />

» Mantém-te afastado do sol directo, especialmente entre as<br />

h00 e as 5h00. Se não estiveres à sombra, usa óculos de<br />

sol, roupa larga e chapéu.<br />

Olha que o solário também não é uma alternativa segura!<br />

Também emite raios prejudiciais, com todos os riscos que o sol<br />

acarreta.<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/consumers/index_pt.htm > Educação dos<br />

consumidores > Olá Verão, Adeus escaldão<br />

www.deco.proteste.pt<br />

- 6 -


- 6 -<br />

Consegues ouvir-me?<br />

Aumentar o som do teu Mp3 ou iPod pode abafar os ruídos de fundo indesejáveis<br />

– mas quais são as consequências para a tua audição?<br />

Se és um dos muitos milhões de europeus que ouvem diariamente música num leitor<br />

portátil, esta é uma pergunta que não podes ignorar. A exposição prolongada a níveis<br />

de som elevados pode provocar danos permanentes na audição – por exemplo, ouvir<br />

música uma hora por dia a 89 decibéis (dB) pode ser perigoso!<br />

Um conselho... sonante<br />

O risco de afectar a capacidade auditiva depende de dois factores: o volume do som a<br />

que se ouve e durante quanto tempo se ouve. Quando se regula o volume, o período<br />

de tempo durante o qual é ‘seguro’ ouvir música também se altera. Resumindo, quanto<br />

mais alto estiver o som, menos tempo deves ouvir música.<br />

E lembra-te: se tiveres zumbidos nos ouvidos ou se os sons parecerem abafados<br />

depois de desligares os auriculares, é um aviso bem sério de que a música estava tão<br />

alta que pode provocar lesões auditivas.<br />

Som alto demais?<br />

20 dB(A) – quarto silencioso à noite.<br />

40 dB(A) – sala de estar silenciosa.<br />

60 dB(A) – conversa em tom de voz normal.<br />

80 dB(A) – gritos.<br />

110 dB(A) – martelo pneumático a pequena distância.<br />

130 dB(A) – descolagem de avião a 100m.<br />

Enquanto ouves música no teu leitor, não te esqueças do que te rodeia: andar a<br />

pé e de bicicleta ou guiar<br />

Quando estamos em sítios<br />

barulhentos ou nos transportes<br />

públicos, pomos o som do MP3 no<br />

máximo para não ouvir mais nada.<br />

Gaëlle, 20 & Sarah, 21<br />

Para saberes mais:<br />

www.dontlosethemusic.com<br />

http://youth.hear-it.org<br />

0 50 00 50<br />

© .׀ Clix ׀ .<br />

com auriculares pode ser<br />

perigoso... e claro que as<br />

pessoas à tua volta podem<br />

não apreciar os teus gostos<br />

musicais!<br />

Fonte: Royal National Institute for<br />

Deaf People (instituição britânica<br />

para a saúde auditiva)<br />

© Mateusz<br />

Stachowski<br />

Protege os teus pulmões!<br />

Muitos dos 3 milhões de asmáticos da União Europeia (UE) vivem com medo<br />

que o próximo ataque de asma os possa matar. A incidência da asma duplicou na<br />

última década em alguns locais. O que se esconde por detrás desta tendência?<br />

A resposta pode ser surpreendente. Embora já se tenha feito muito para melhorar a<br />

qualidade do ar exterior, passamos a maior parte do tempo dentro de edifícios, onde a<br />

qualidade do ar pode ter um impacte real na saúde.<br />

Provavelmente já viste um dos “culpados” a espreitar perto do duche de casa. O mofo<br />

e o bolor crescem em áreas húmidas como as casas de banho mal ventiladas. Em<br />

muitos países da UE, entre 0% a 30% das habitações apresentam problemas de<br />

humidade.<br />

Há também uma série de poluentes – por vezes completamente inesperados – que<br />

podem degradar a qualidade do ar das nossas casas. Nestes podem incluir-se:<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

O fumo de tabaco, que contém um conjunto de poluentes prejudiciais.<br />

Os químicos existentes nas tintas, no mobiliário, em produtos de limpeza e<br />

ambientadores, que podem provocar, em pessoas sensíveis, dores de cabeça ou<br />

irritação ocular entre outros sintomas.<br />

Os animais domésticos e pragas de ácaros e ratos, que podem causar<br />

alergias.<br />

A humidade, se for demasiado baixa, provoca<br />

irritação nos olhos e erupções cutâneas; se<br />

demasiado alta, favorece o aparecimento de<br />

humidade e bolor.<br />

Queres melhorar a qualidade<br />

do ar dentro de casa?<br />

Para garantir que a tua casa é ventilada correctamente, abre as janelas – para<br />

provocar corrente de ar, se possível! Mas só mesmo por alguns minutos – não é<br />

necessário deixar as janelas entreabertas todo o dia.<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/health/opinions/en/indoor-air-pollution<br />

www.who.int/indoorair/en/<br />

www.qualar.org<br />

www.apa.org.pt<br />

www.portaldasaude.pt<br />

- 63 -


- 64 -<br />

Negócio ‘à séria’<br />

Há alguns anos, os títulos dos jornais deram um grande destaque a baterias<br />

de telemóvel pirateadas, depois de várias pessoas terem sofrido queimaduras<br />

graves quando as baterias explodiram durante a utilização dos aparelhos. Os<br />

artigos contrafeitos não só são ilegais, como podem tornar-se muito perigosos.<br />

O preço pode ser atractivo, mas atenção! Os produtos contrafeitos – não só as baterias<br />

de telemóvel, mas também os medicamentos, as lâminas de barbear, os perfumes,<br />

os brinquedos e o vestuário – podem ser perigosos para ti e para a tua família. Um<br />

brinquedo, por exemplo, pode ser revestido de tinta tóxica ou conter peças muito<br />

pequenas que, quando ingeridas, podem sufocar as crianças mais pequenas.<br />

O âmago da questão – uma questão de dinheiro<br />

A contrafacção é um grande negócio, que cresce a cada ano que passa. Hoje em dia<br />

a produção de artigos contrafeitos é enorme e dá muito dinheiro. É aproveitada por<br />

organizações criminosas internacionais e por grupos de terroristas para financiar as<br />

suas actividades. Quando compramos um artigo pirateado, podemos estar a subsidiar<br />

o crime organizado. E não esqueçamos que a contrafacção retira oportunidades de<br />

negócio às empresas legítimas e significa uma menor entrada de dinheiro na economia,<br />

o que pode levar a menos emprego e a um menor financiamento de programas sociais<br />

em áreas como a educação ou a saúde.<br />

© Customs Administration<br />

of the Czech Republic<br />

»<br />

»<br />

»<br />

Sabias que...?<br />

Em 008, as<br />

autoridades<br />

alfandegárias da UE<br />

apreenderam 78<br />

milhões de artigos<br />

falsos ou de origem<br />

duvidosa.<br />

Muitos dos artigos<br />

contrafeitos<br />

apreendidos são<br />

artigos domésticos de<br />

uso corrente.<br />

Na sua maioria, os<br />

artigos provêm da<br />

China.<br />

© Genséric Morel<br />

© Hungarian Customs and<br />

Finance Guard<br />

Para resolver o problema<br />

O que é que se pode fazer? Idealmente, devíamos impedir a entrada de artigos<br />

perigosos na União Europeia, bem como o seu acesso pelos consumidores. É por<br />

isso que as autoridades alfandegárias detectam e apreendem produtos ilegais e<br />

contrafeitos nas fronteiras fora da UE.<br />

<strong>Como</strong> não existem barreiras alfandegárias entre os países da UE, assim que um<br />

artigo importado passe a inspecção nos nossos portos, aeroportos ou correios, pode<br />

facilmente ser transportado através da União Europeia, sem quaisquer problemas.<br />

Para poderem inspeccionar o gigantesco volume anual de mercadorias importadas<br />

pela UE, as alfândegas têm diversos meios ao seu alcance. Dispõem, por exemplo,<br />

de sofisticados equipamentos de Raio-X que permitem inspeccionar camiões inteiros<br />

e cães treinados para detectar dinheiro, droga ou até DVD e CD; fazem ainda análises<br />

de risco detalhadas para identificarem quais são as entregas de mercadoria mais<br />

susceptíveis de incluírem artigos pirateados.<br />

Verdadeiro ou pirateado?<br />

Quer seja através da internet ou no mundo real, devemos comprar sempre<br />

numa loja de confiança. Mas se tiveres dúvidas, presta atenção:<br />

»<br />

»<br />

»<br />

Se o preço for bom demais para ser verdade, então é provavelmente uma<br />

imitação. Muitos artigos pirateados são vendidos muitíssimo abaixo do preço<br />

dos genuínos.<br />

Verifica se o nome do produto está escrito correctamente e se o logótipo<br />

parece verdadeiro.<br />

Procura o holograma ou o número de código na embalagem. O endereço do<br />

fabricante (ou do importador) também deve estar visível no exterior.<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/taxation_customs/index_en.htm<br />

www.aim.be<br />

www.asae.pt<br />

- 65 -


- 66 -<br />

O que é que há num rótulo?<br />

Costumas olhar para os rótulos dos alimentos que compras? Parecem cada vez<br />

maiores! Sabes, há regras da União Europeia (UE) sobre o que é obrigatório<br />

constar dos rótulos.<br />

O rótulo de um alimento deve conter obrigatoriamente informações sobre: os<br />

ingredientes que contêm, quanto tempo dura e como o devemos armazenar ou<br />

preparar. Saber que ingredientes são utilizados é particularmente importante para as<br />

pessoas que sofrem de alergias. A maior parte das regras de rotulagem são aplicadas<br />

em toda a <strong>Europa</strong> – de forma a que possamos encontrar a mesma informação em<br />

qualquer país em que nos encontremos.<br />

É bom saber:<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

Cada ingrediente, incluindo aditivos alimentares e água (acima de uma certa<br />

quantidade), tem de ser indicado por ordem decrescente de peso.<br />

Se um alimento contém um ingrediente ou substância que pode provocar alergias,<br />

essa informação deve constar de forma clara no seu rótulo.<br />

A rotulagem nutricional fornece informação sobre, por exemplo, o valor energético,<br />

as proteínas, os hidratos de carbono, as gorduras, as<br />

fibras e o sódio presentes num alimento. Estes dados só<br />

são obrigatórios se forem feitas alegações relacionadas<br />

com o valor energético (calorias) ou os nutrientes<br />

fornecidos pelos alimentos, ou se tiverem sido adicionados<br />

vitaminas e minerais.<br />

As imagens dos rótulos têm de ser verdadeiras. Iogurtes em que<br />

são utilizados aromatizantes artificiais em vez de framboesas<br />

não podem ostentar fotografias do fruto na embalagem!<br />

E, finalmente, o rótulo deve indicar claramente os dados do<br />

fabricante ou vendedor para que o consumidor possa obter<br />

mais informações ou fazer uma reclamação sobre o produto.<br />

Não te esqueças de verificar:<br />

»<br />

»<br />

Os tempos de descongelação e o modo de preparação.<br />

As datas de validade, tais como ‘Consumir até’ para não adoeceres e<br />

‘Consumir de preferência antes de’ para não ficares decepcionado com a<br />

qualidade do produto.<br />

Rotulagem e alergias<br />

Cerca de % dos adultos e 5% das crianças sofrem de alergias alimentares. As<br />

alergias mais graves podem matar. Os seguintes alimentos podem causar alergias<br />

ou intolerâncias e devem obrigatoriamente ser mencionados se usados como<br />

ingredientes:<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

cereais que contenham glúten;<br />

crustáceos e moluscos (mariscos<br />

tais como caranguejo, lagosta,<br />

camarão, mexilhão, caracóis, etc.);<br />

ovos;<br />

peixe;<br />

amendoins;<br />

outros frutos secos (amêndoa,<br />

avelã, castanha, cajú, noz pecã,<br />

castanhado-pará, pistácio, nozes<br />

macadâmia);<br />

sementes de sésamo;<br />

feijão de soja;<br />

leite;<br />

O que é a rotulagem GM?<br />

A rotulagem dá informação ao consumidor, permitindo-lhe fazer escolhas<br />

acertadas. Na UE, os alimentos têm de ostentar rótulos referindo a presença de<br />

organismos geneticamente modificados (OGM) – mas apenas se a proporção de<br />

OGM contida nos ingredientes for individualmente superior a 0,9%.<br />

Nos produtos pré-embalados que contenham OGM, o rótulo deve indicar<br />

‘… geneticamente modificado’ ou ‘produzido a partir de... geneticamente<br />

modificado’ para cada ingrediente. Nos produtos GM em venda a granel ou a<br />

retalho, a informação deve ser apresentada de forma clara junto do produto, por<br />

exemplo, numa nota da prateleira do supermercado, indicando que se trata de<br />

um produto GM.<br />

http://ec.europa.eu/food/food/index_pt.htm> Biotecnologia > Alimentos GM<br />

> Labelling.<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

aipo;<br />

mostarda;<br />

dióxido de enxofre e sulfitos<br />

em concentrações mais<br />

elevadas;<br />

tremoço.<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/food/<br />

http://ec.europa.eu/food/index_pt.htm> Rotulagem e nutrição ><br />

Rotulagem dos alimentos<br />

www.efsa.europa.eu<br />

www.asae.pt<br />

www.deco.proteste.pt<br />

- 67 -


- 68 -<br />

Qualidade de vida?<br />

Se todos os cidadãos vivessem - e consumissem – como os europeus, seriam<br />

necessários os recursos de mais dois Planetas!<br />

Aproveitar ao máximo as férias de Verão, conversar com os amigos online, comer<br />

carne todos os dias... a maioria dos europeus tem uma vida mais próspera do que<br />

nunca. Mas será este um estilo de vida sustentável por muito mais tempo? Na verdade,<br />

a crescente procura de produtos, cada vez mais complexos e sofisticados, tem um<br />

impacte negativo no nosso Planeta.<br />

Viver melhor dentro de limites<br />

Não podemos continuar a consumir mais do que aquilo que precisamos. O crescimento<br />

da população, a pressão da publicidade e a cultura de consumismo têm contribuído<br />

para o aumento da procura de bens e serviços e por conseguinte para o esgotamento<br />

dos recursos naturais. Estamos a consumir acima da capacidade do nosso Planeta!<br />

Os recursos naturais começam a escassear – não só o petróleo – sendo cada vez<br />

mais difíceis de obter e a sua extracção é cada vez mais dispendiosa e prejudicial para<br />

o ambiente. Podemos viver melhor, dentro de limites, se alterarmos alguns dos nossos<br />

comportamentos: pequenos gestos simples podem fazer toda a diferença.<br />

Reduz a tua pegada ecológica<br />

Se mudarmos para um estilo de vida mais<br />

saudável e preferirmos produtos ecológicos,<br />

quem sai favorecido é a nossa saúde e o<br />

ambiente. Não podemos pensar unicamente<br />

no nosso conforto. Vamos tornar-nos<br />

consumidores conscientes e responsáveis,<br />

que se preocupam com o equilíbrio entre a<br />

satisfação das suas necessidades e o impacte<br />

do seu consumo no ambiente. A escolha é tua!<br />

Então, na prática, o que é que significa<br />

consumo sustentável ou responsável? Os<br />

dados estatísticos dizem-nos que a habitação,<br />

os bens de consumo, a alimentação e as<br />

Sabias que...?<br />

Os cidadãos da<br />

UE representam<br />

menos de 0% da<br />

população mundial,<br />

mas consomem 50%<br />

da produção global de<br />

carne, 5% do papel<br />

e 5% da energia.<br />

viagens são responsáveis por 70-80% de todos os impactes ambientais. Aqui estão<br />

algumas ideias para começar:<br />

»<br />

»<br />

»<br />

Tens vontade de seguir as últimas tendências da moda e comprar todas as<br />

novidades, mesmo que as roupas que tens ainda estejam em bom estado? A<br />

isto chama-se ‘obsolescência perceptiva’ e é uma forma de reduzir a vida útil<br />

dos produtos que ainda são perfeitamente <strong>funciona</strong>is, induzindo o consumidor a<br />

adquirir o que não necessita. Evita seguir esse caminho, tenta usar o que tens até<br />

se estragar.<br />

Abrir uma embalagem pode ser como descascar uma cebola, camada sobre<br />

camada de plástico e cartão. Pior ainda, vai tudo directamente para o caixote<br />

do lixo! Um europeu produz, em média , 65 kg de lixo por ano em embalagens.<br />

Para reduzir este número, prefere produtos sem embalagem ou com embalagens<br />

reutilizáveis ou biodegradáveis. E não te esqueças de reutilizar o saco das<br />

compras.<br />

Em casa, para te aqueceres e<br />

ao mesmo tempo poupares<br />

energia, veste mais uma<br />

camisola, em vez de<br />

aumentares a temperatura do<br />

aquecimento. Se te preocupas<br />

com o ambiente, utiliza<br />

programas de baixa<br />

temperatura na máquina<br />

de lavar, assim estás<br />

a poupar energia sem<br />

comprometeres a<br />

lavagem.<br />

Comprar o caminho para a felicidade?<br />

Muitas vezes medimos o êxito pessoal pelos bens e riqueza material que cada um<br />

possui. Mas será essa a fonte da felicidade? Não seria um exercício interessante<br />

conseguirmos desvalorizar a riqueza material?<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/sustainable/<br />

www.eea.europa.eu/pt/themes<br />

www.deco.proteste.pt/ambiente/como-melhorar-o-meu-desempenhoambiental-s4049<br />

.htm#top<br />

- 69 -


- 70 -<br />

Às escuras?<br />

Já aconteceu: um apagão no pico do Inverno, que deixa milhões de europeus<br />

sem luz ou sem aquecimento. E isto poderá acontecer mais vezes…<br />

A União Europeia importa mais de 90% do petróleo que utiliza e alguns dos seus<br />

Estados-Membros importam todo o gás e carvão de que necessitam. Ao depender de<br />

energia importada, a <strong>Europa</strong> corre riscos: o abastecimento pode ser interrompido por<br />

razões que não têm nada a ver connosco.<br />

Muitos preocupam-se com a segurança do nosso abastecimento de energia. Por<br />

outras palavras, não têm a certeza de que tenhamos energia disponível sempre que<br />

precisemos dela.<br />

Assegurar o abastecimento de energia<br />

Há diversas formas de tornar o nosso abastecimento de energia mais seguro.<br />

Podemos, por exemplo:<br />

» Poupar energia. Com gestos simples, podemos facilmente gastar muito menos<br />

energia continuando a viver de uma forma confortável.<br />

» Estabelecer acordos de confiança com fornecedores estrangeiros e arranjar novos<br />

fornecedores de petróleo e de gás.<br />

» Criar mais redes de importação de petróleo e gás e construir oleodutos e gasodutos<br />

transfronteiriços que levem facilmente a energia a todos os países da UE.<br />

Sucede, porém, que, a nível mundial, as reservas dos maiores campos petrolíferos<br />

e de gás estão a esgotar-se. Para além disso, estes combustíveis fósseis são, em<br />

grande parte, responsáveis pelas emissões de CO que, por sua vez, contribuem para<br />

as alterações climáticas. As nossas energias não só não estão garantidas como não<br />

são sustentáveis.<br />

Se queremos ter energia a preços acessíveis no futuro, temos de repensar todo o<br />

nosso modelo energético. A utilização de fontes de energia renováveis, seguras e mais<br />

próximas do consumidor final, terá de ser uma realidade cada vez mais presente na<br />

vida de cada um de nós.<br />

© Luciano Tirabassi<br />

© Creative Commons<br />

Energias inteligentes!<br />

Optar pelas energias renováveis implica encontrar alternativas, tais como painéis<br />

solares nos telhados ou turbinas eólicas no mar. Quanto mais energia conseguirmos<br />

produzir localmente, menos dependeremos do exterior. Mas ainda teremos de<br />

ultrapassar alguns obstáculos técnicos para que este aumento da produção local de<br />

energia dê mais frutos.<br />

A actual rede energética foi concebida para levar a energia proveniente de um pequeno<br />

número de centrais de grandes dimensões até ao consumidor final, e não inversamente.<br />

Os distribuidores não estão equipados para lidar com pequenos produtores<br />

‘descentralizados’. E como a capacidade de armazenamento de electricidade é muito<br />

reduzida, é preciso manter um equilíbrio constante entre a oferta e a procura.<br />

É aqui que as tecnologias ‘inteligentes’ entram em cena. ‘Contadores inteligentes’<br />

permitiriam ao consumidor controlar o seu gasto de energia em tempo real, enquanto<br />

‘redes inteligentes’ permitiriam uma troca de informações contínua entre as companhias<br />

e os seus clientes. Deste modo, o sistema conseguiria responder rapidamente a<br />

quaisquer alterações e manter-se equilibrado.<br />

As novas ‘super redes’ também conduziriam a uma maior harmonia entre a oferta e<br />

a procura. A <strong>Europa</strong> do Norte e do Leste poderiam beneficiar do sol mediterrânico<br />

e a <strong>Europa</strong> Central e do Sul poderiam usar a energia eólica do Mar do Norte. Se<br />

tivéssemos mais linhas de alta tensão transfronteiriças, a nossa electricidade seria<br />

mais fiável.<br />

Para que no futuro o nosso abastecimento de energia seja mais seguro serão<br />

necessários investimentos significativos em novas formas de produção, tecnologias<br />

‘inteligentes’ e novas redes de produção e distribuição de energia. Participando no<br />

debate sobre a energia podes ajudar a definir qual a energia que utilizaremos no<br />

futuro.<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/energy/index_en.htm > Security of supply<br />

- 7 -


- 7 -<br />

Mergulho no azul profundo<br />

Os mares da <strong>Europa</strong> são um importante recurso natural que devemos partilhar<br />

e cuidar.<br />

Os oceanos e os mares sempre foram fascinantes e desempenham um papel<br />

importante para os europeus. E se olharmos para o nosso continente, é fácil perceber<br />

porquê: com o Árctico a norte, o Mediterrâneo a sul, o Atlântico a oeste e o Mar Negro<br />

a leste, a União Europeia encontra-se rodeada de água. Tudo somado, a UE abrange<br />

70 000 quilómetros de linha de costa.<br />

Onde quer que se viva na UE, nunca se está muito longe do mar. Na verdade, quase<br />

metade de nós vive a menos de 50 km da costa – o que serve para demonstrar quão<br />

importantes são os nossos mares na vida de cada um.<br />

Quase 40% do PIB da União Europeia é gerado nas regiões marítimas, enquanto uns<br />

impressionantes 90% do seu comércio externo são conduzidos por mar. Das pescas<br />

às energias renováveis, dos transportes à investigação, os mares têm um papel central<br />

nas políticas da UE. Por vezes, os diversos interesses colidem, sendo cada vez mais<br />

evidente uma crescente competição pelo espaço, mas a UE está empenhada em criar<br />

emprego e proteger os mares, melhorando a cooperação entre todas as partes.<br />

Queres mais informação?<br />

Com uma nova ferramenta online, o Atlas Europeu dos Mares, podes clicar,<br />

arrastar e aumentar mapas dinâmicos para saber mais sobre os mares e as<br />

actividades que neles têm lugar. Aí, podes encontrar respostas para perguntas<br />

como:<br />

» Onde são pescados o bacalhau e a atum?<br />

» Onde está localizado o banco subaquático Viking?<br />

» Qual o país da UE com a maior frota pesqueira?<br />

http://ec.europa.eu/maritimeatlas<br />

Legenda:<br />

Mar do Norte<br />

Mar Báltico<br />

Mar Celta<br />

Golfo da Biscaia e Costa Ibérica<br />

Mar Mediterrâneo<br />

Mar Negro<br />

Regiões ultraperiféricas<br />

Oceano Árctico<br />

Pesca e aquicultura na <strong>Europa</strong><br />

A pesca, um dos meios tradicionais de subsistência, continua a ser uma actividade<br />

económica importante na <strong>Europa</strong>. A União Europeia é o terceiro maior produtor de<br />

peixe do mundo, precedida pela China e o Peru, representando quase 5% da produção<br />

global. A indústria das pescas dá emprego a mais de 4 5 000 pessoas.<br />

Embora a frota pesqueira da UE tenha decrescido na última década, conta ainda com<br />

mais de 88 500 embarcações. Os pescadores europeus pescam cerca de 5,6 milhões<br />

de toneladas de peixe por ano, mas metade deste volume provém de apenas quatro<br />

países – Dinamarca, Espanha, Reino Unido e França. As espécies mais comuns são<br />

o arenque, a espadilha e a cavala.<br />

A indústria das pescas não recorre apenas à captura de peixe em águas abertas.<br />

A aquicultura é também um negócio florescente na <strong>Europa</strong>. Mais de 1,3 milhões de<br />

toneladas, ou seja um quinto da<br />

produção total da UE, é produzido<br />

deste modo. As principais espécies<br />

produzidas em aquicultura são o<br />

mexilhão, a truta arco-íris e a ostra.<br />

Um europeu consome em média<br />

,4 kg de peixe por ano. Entre<br />

capturas de peixe e aquicultura,<br />

a UE tem de importar produtos<br />

piscícolas para responder às suas<br />

necessidades. É, de facto, o maior<br />

importador do mundo destes<br />

produtos.<br />

Testa os teus<br />

conhecimentos!<br />

Procura as respostas correctas<br />

no Atlas Europeu dos Mares...<br />

»<br />

»<br />

»<br />

Legenda:<br />

Toneladas de peixe capturado por Estado-Membro<br />

0 – 2500<br />

2500 – 10000<br />

10000 – 50000<br />

> = 50000<br />

<strong>Como</strong> é o tubarão-sardo<br />

(Lamma nasus)?<br />

Quantos barcos pesqueiros<br />

grandes (> 45m) existem no<br />

teu país?<br />

Quantas pessoas emprega a<br />

indústria de processamento<br />

de peixe no teu país?<br />

Para saber mais:<br />

http://ec.europa.eu/maritimeaffairs/<br />

http://ec.europa.eu/fisheries/<br />

http://europa.eu/legislation_summaries/maritime_affairs_and_fisheries/<br />

fisheries_resources_and_environment/index_pt.htm<br />

- 73 -


- 74 -<br />

A Natureza sob ameaça<br />

Olha pela janela: deves ver árvores, relva, flores, talvez um pássaro... agora<br />

imagina a vida sem plantas e animais, sem ar puro ou água doce e potável. Este<br />

é um cenário que pode estar mais próximo do que pensas.<br />

A perda da biodiversidade é um dos maiores desafios que o Planeta actualmente<br />

enfrenta. O Planeta está a perder biodiversidade a uma velocidade sem precedentes.<br />

Existem cada vez mais espécies em perigo de extinção. Já deves ter ouvido falar da<br />

destruição da floresta amazónica, um dos ecossistemas mais ricos do mundo. Mas<br />

não é preciso ir tão longe: embora haja alguns êxitos na preservação da natureza na<br />

<strong>Europa</strong>, em geral, a situação não é famosa.<br />

O Homem é responsável pelo desaparecimento acelerado de espécies animais e<br />

vegetais. À medida que a população cresce, assim aumenta o preço que temos a<br />

pagar pelo ambiente: a agricultura intensiva, a construção, a poluição, o abate de<br />

árvores e a sobre-exploração dos oceanos degradam os ecossistemas e destroem os<br />

nossos recursos mais valiosos e dos quais dependemos.<br />

Vegetação urbana<br />

Fazendo uma analogia, pode dizer-se que as árvores são como os computadores,<br />

isto é, conseguem realizar múltiplas tarefas em simultâneo: filtram o ar capturando<br />

o dióxido de carbono e removendo quaisquer elementos tóxicos, reduzem o ruído<br />

e refrescam a área circundante, abrigam animais e conferem qualidade à vida das<br />

cidades. Perante tais benefícios, devíamos plantar mais árvores e espalhar o verde<br />

pelas nossas cidades.<br />

Da Natureza com amor<br />

Fazemos parte da biodiversidade,<br />

da teia da vida em que todos<br />

dependemos uns dos outros: homens,<br />

animais, plantas e outros seres vivos.<br />

Precisamos da natureza – ela dá-nos<br />

ar puro, água doce e comida, recicla<br />

os resíduos e regula o clima. E tudo<br />

isto gratuitamente!<br />

Segundo cálculos recentes, se<br />

tivéssemos de substituir estes serviços<br />

naturais por uma alternativa artificial, o<br />

seu custo seria de milhares de milhões<br />

de euros por ano – e, nalguns casos,<br />

nem sequer seria possível. Se não<br />

mudarmos os comportamentos, a<br />

nossa vida agradável vai mudar,<br />

desenhando-se no horizonte de um<br />

futuro próximo, um rumo incerto.<br />

Já viste com certeza um lago de águas<br />

cristalinas transformado em lodo<br />

esverdeado. Este ciclo vicioso começa<br />

com a poluição que mata os peixes<br />

Sabias que...?<br />

A UE está empenhada em<br />

travar a perda da biodiversidade.<br />

<strong>Como</strong> parte deste compromisso,<br />

a protecção das espécies e<br />

dos habitats em mais de<br />

5 000 locais Natura 000. Este<br />

é o nosso instrumento mais<br />

poderoso, a rede da UE de áreas<br />

de conservação da natureza,<br />

a qual fornece o espaço para<br />

a mesma.. 0 0 é o Ano<br />

Internacional da Biodiversidade<br />

– uma boa ocasião para redobrar<br />

os nossos esforços na protecção<br />

do património da vida animal e<br />

vegetal. E tu podes ajudar!<br />

www.cbd.int/2010/<br />

que se alimentam de algas, até que o ecossistema colapsa. Será isto uma amostra do<br />

que nos espera?<br />

Notícias sobre abelhas desaparecidas<br />

O número de colónias de abelhas baixou de uma forma assustadora nos últimos<br />

anos. Estes insectos enfraquecem e tornam-se mais vulneráveis a doenças<br />

devido a factores antropogénicos - agricultura intensiva, fragmentação dos<br />

campos e destruição dos prados e habitats naturais. <strong>Como</strong> grande parte da fruta<br />

e dos vegetais que consumimos têm de ser polinizados pelas abelhas, o seu<br />

desaparecimento teria consequências graves na cadeia alimentar e não apenas<br />

para os amantes de mel! Estas situações ilustram bem a importância vital das<br />

abelhas.<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/environment/nature/index_en.htm<br />

www.eea.europa.eu/pt<br />

www.azoresbioportal.angra.uac.pt<br />

- 75 -


- 76 -<br />

Age antes que seja tarde!<br />

Vê como podes ajudar a manter a natureza cheia de vida e bonita.<br />

» Reduz a tua pegada de carbono: anda a pé ou de bicicleta e utiliza os transportes<br />

públicos. Desliga todos os aparelhos eléctricos que não estejam a ser utilizados.<br />

» Não colhas plantas ou flores selvagens – deixa-as no seu lugar.<br />

» Evita longas viagens de avião. E presta atenção: é ilegal comprar objectos feitos a<br />

partir de espécies ameaçadas, tais como os corais ou tartarugas marinhas.<br />

» Faz jardinagem verde, cria um recanto selvagem no jardim! O composto resulta de<br />

um processo de reciclagem natural e torna o solo mais fértil.<br />

» Aprecia a beleza da natureza – visita um dos sítios Natura 000 na <strong>Europa</strong>.<br />

» Ajuda as organizações locais de protecção à natureza a gerir as áreas<br />

protegidas.<br />

Papagaios na <strong>Europa</strong>?<br />

Pode ser uma surpresa encontrar ‘papagaios verdes’ nos nossos jardins, mas<br />

os periquitos-de-colar foram introduzidos na <strong>Europa</strong> no Século XX. Desde os<br />

tempos mais remotos que comerciantes e viajantes trouxeram e introduziram<br />

novas espécies em habitats que não os seus. Mas estas podem adaptar-se<br />

tão bem que põem em risco as plantas e animais locais, podendo mesmo<br />

representar uma ameaça para a saúde das pessoas. Controlar estes invasores<br />

biológicos e reparar os danos causados por eles é muito dispendioso e, às<br />

vezes, impossível. Melhor prevenir que remediar!<br />

http://ec.europa.eu/environment/nature/index_en.htm > Espécies invasivas<br />

não-autóctones<br />

As alterações climáticas são uma ameaça à<br />

natureza<br />

Os ecossistemas também são afectados pelas alterações climáticas. As emissões de<br />

dióxido de carbono provocadas pela queima de combustíveis fósseis e a destruição<br />

dos ambientes naturais – especialmente, as florestas e os pântanos – levam ao<br />

aquecimento global do Planeta. Se não reduzirmos estas emissões e não mantivermos<br />

os ecossistemas saudáveis, a temperatura pode aumentar entre , e 6,4°C durante<br />

este século, com graves consequências para todos. Assistiremos a fenómenos<br />

meteorológicos extremos - haverá secas, ondas de calor, inundações e fogos com<br />

mais frequência, o que colocará em perigo animais, plantas e pessoas.<br />

Não é só o urso polar<br />

Um urso polar sentado num banco de gelo solitário é apenas um dos muitos<br />

exemplos do impacte das alterações climáticas nos oceanos e mares. À medida<br />

que ocorre o degelo no Polo Sul e na Gronelândia, dá-se uma subida do nível da<br />

água do mar. As correntes marítimas podem mudar e provocar desequilíbrios no<br />

clima europeu. E o aumento da temperatura da água, bem como a acidificação<br />

dos oceanos devido à absorção de CO , vão condenar ecossistemas marinhos,<br />

principalmente os recifes de corais cuja sobrevivência depende do equilíbrio<br />

químico da água.<br />

Combate as mudanças climáticas:<br />

protege a biodiversidade!<br />

Necessitamos de ecossistemas saudáveis para abrandar<br />

o ritmo com que ocorrem as alterações climáticas, para<br />

nos adaptarmos e evitar os seus piores efeitos. Oceanos,<br />

florestas e florestas de mangal <strong>funciona</strong>m como verdadeiras<br />

‘armadilhas’ para o carbono e os ecossistemas costeiros,<br />

tais como pântanos, mangais, recifes de coral e praias<br />

barreira, oferecem uma protecção costeira natural.<br />

Não podemos dar resposta ao problema da perda da<br />

biodiversidade sem enfrentar as alterações climáticas,<br />

mas é igualmente impossível tentar resolver as questões das<br />

alterações climáticas sem abordar os temas da biodiversidade e<br />

dos ecossistemas. Ambas requerem um plano de acção global e<br />

coordenado. E temos de começar por nós próprios!<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/environment/nature/index_en.htm > Climate<br />

Change<br />

http://ec.europa.eu/climateaction/index_pt.htm<br />

www.kidscall.info/en/campaign.html<br />

http://ec.europa.eu/environment/climat/campaign/index_pt.htm<br />

www.quercus.pt<br />

www.gulbenkian.pt/index.php?section=<br />

- 77 -


- 78 -<br />

Maioria rural<br />

Se fores um citadino convicto, ficarás surpreendido por saber que cerca de 80%<br />

do território da União Europeia (UE) é constituído por zonas rurais onde vive mais<br />

de metade da população europeia.<br />

Ao longo dos tempos, a agricultura desempenhou um papel fundamental na criação e<br />

conservação de paisagens únicas e maravilhosas na <strong>Europa</strong>. Actualmente, cerca de<br />

50% do território da UE é constituído por terrenos agrícolas. Os agricultores utilizam<br />

e dependem da natureza. Contudo, é fundamental que exista um equilíbrio entre as<br />

zonas agrícolas e o ambiente natural.<br />

Enfrentando novos desafios<br />

Os agricultores cada vez se vêem mais confrontados com situações como a escassez<br />

de água, a necessidade de proteger a biodiversidade, as alterações climáticas e a<br />

crescente procura de fontes de energia alternativas.<br />

O clima implica um desafio com duas vertentes. Por um lado, a agricultura produz<br />

dois dos gases com efeito de estufa mais nefastos: o óxido de azoto proveniente dos<br />

fertilizantes e do metano, gerado pela flatulência e dejectos do gado. Por outro, os<br />

agricultores também sofrem cada vez mais com os efeitos das alterações climáticas:<br />

secas, inundações e condições<br />

climáticas extremas que muito<br />

provavelmente se vão agravar no<br />

futuro.<br />

Actualmente, cerca de 9% do total<br />

das emissões de gases com efeito<br />

de estufa provêm da agricultura.<br />

No entanto, desde 990 os<br />

agricultores já conseguiram reduzir<br />

essas emissões em 0%.<br />

O apoio da Política Agrícola Comum<br />

(PAC) ajuda os agricultores a fazer<br />

face a estes desafios. Assim, por<br />

exemplo, são disponibilizadas<br />

tecnologias como o GPS (Global<br />

Positioning System) e software<br />

específico para este sector que podem, nomeadamente, ajudar a reduzir a quantidade<br />

de fertilizantes ou de energia a utilizar, bem como sistemas de rega avançados que<br />

usam a mais recente tecnologia móvel e permitem poupar água.<br />

Rede Natura 2000: protecção dos habitats<br />

Existe uma grande variedade de habitats na UE – dos pântanos<br />

e prados floridos aos grandes estuários e sistemas de grutas<br />

– que são protegidos pelo programa Rede Natura 000. Os<br />

locais de interesse comunitário estão espalhados pela <strong>Europa</strong>,<br />

das ilhas Canárias a sul à Finlândia a norte, cobrindo cerca<br />

de 20% do território europeu. Isto significa que uma grande<br />

diversidade de plantas e de animais se encontra ao abrigo de protecção legal.<br />

Para encontrar um sítio Natura 000 perto de ti, vai a:<br />

http://ec.europa.eu/environment/nature/natura 000/index_en.htm.<br />

Vale o que custa?<br />

Os produtos alimentares fornecidos pelos agricultores europeus são dos mais seguros<br />

e de maior qualidade a nível mundial. Para o efeito, os agricultores têm de respeitar<br />

normas europeias em matéria de protecção do ambiente e do bem-estar animal,<br />

destinadas nomeadamente a preservar a natureza e a biodiversidade e a assegurar<br />

que o campo é um bom lugar para viver e visitar. Mas tal tem como resultado custos<br />

adicionais para os alimentos produzidos na <strong>Europa</strong>. No âmbito da PAC, a UE apoia<br />

os agricultores, assegurando a sua viabilidade financeira enquanto fornecedores de<br />

alimentos a toda a população.<br />

Encontra as tuas raízes<br />

Porque não passar as próximas férias numa quinta? Embora sejam o oposto<br />

da praia, as estadias em quintas estão cada vez mais na moda. Podes apreciar<br />

paisagens verdejantes e respirar ar puro e até dar uma ajuda nas tarefas<br />

da quinta (só se quiseres, claro!). Este tipo de férias pode ser gratificante e<br />

surpreendentemente divertido!<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/agriculture/index_en.htm > Agriculture and Climate<br />

Change<br />

http://ec.europa.eu/agriculture/rurdev/index_en.htm<br />

- 79 -


- 80 -<br />

A cadeia da vida<br />

Gestos simples como abrir o frigorífico ou ir buscar comida ao ‘fast-food’ mais<br />

próximo, são comportamentos automáticos quando temos fome. Embora pareça<br />

que a comida abunda à nossa volta, isso é só meia verdade...<br />

A realidade é que muitas pessoas não têm o que comer. A Organização das Nações<br />

Unidas para a Alimentação e a Agricultura estima que mais de um bilião de pessoas<br />

em todo o mundo estão subalimentadas. Não é apenas uma questão de bemestar<br />

individual, mas também de paz e de estabilidade. A escassez de alimentos já<br />

despoletou situações de desordem civil em democracias mais frágeis.<br />

Com a população global a atingir os nove biliões até 0 5, é fundamental, segundo a<br />

estimativa dos especialistas, aumentar a produção global de alimentos em 70%.<br />

À maneira europeia<br />

Afinal de onde provém a comida que tens no prato? Da agricultura, claro! A agricultura<br />

é vital para o abastecimento de alimentos de qualidade na <strong>Europa</strong> e outras partes do<br />

mundo. Mas, produzir alimentos em quantidade suficiente – sem degradar o ambiente<br />

ou esgotar os recursos naturais – está a tornar-se um desafio significativo.<br />

Os consumidores europeus são cada vez mais exigentes no que se refere à alimentação.<br />

E têm toda a razão! É por isso que os agricultores europeus têm de cumprir com uma<br />

das mais duras leis sobre segurança alimentar e bem-estar animal. Para além disto,<br />

os agricultores são muito mais do que apenas produtores de alimentos; eles têm a<br />

responsabilidade da preservação das paisagens rurais e da conservação do meio<br />

natural e da vida selvagem.<br />

A UE apoia os nossos agricultores através da Política Agrícola Comum (PAC) para<br />

que possam responder às expectativas e necessidades fundamentais dos europeus:<br />

alimentos de qualidade, produzidos de forma sustentável para todos.<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/agriculture/capexplained/sustain/index_pt.htm<br />

Sabias que...?<br />

A UE gasta 55 mil milhões de euros em apoios à agricultura<br />

e ao desenvolvimento rural. Pode parecer muito mas<br />

representa, de facto, menos de % de todos os gastos<br />

públicos. Em comparação, a UE e os seus Estados-Membros<br />

gastam três vezes mais no âmbito da defesa do que em<br />

assegurar a segurança e qualidade alimentares e manter os<br />

nossos campos vivos e de boa saúde!<br />

Sem esquecer os países mais pobres<br />

A UE é um líder global na agricultura. Apesar disso, é também o maior importador de<br />

produtos agrícolas dos países em vias de desenvolvimento. Na verdade, importa mais<br />

do que os EUA, o Japão, o Canadá, a Nova Zelândia e a Austrália juntos.<br />

Rótulos de qualidade<br />

A UE introduziu rótulos especiais para identificar produtos de<br />

alta qualidade, preparados segundo métodos tradicionais ou<br />

provenientes de áreas geográficas específicas. Incluem-se<br />

neste grupo alimentos mundialmente famosos como o presunto<br />

de Parma (Itália) ou o queijo feta (Grécia), mas a maior parte dos<br />

países têm alimentos protegidos, como a carne de origem Barrosã,<br />

que tem Denominação de Origem Protegida (DOP).<br />

http://ec.europa.eu/agriculture/index_en.htm > Política de qualidad<br />

www.qualifica.pt<br />

Comer bem, viver saudável<br />

De acordo com dados estatísticos, cerca de milhões<br />

de crianças apresentam excesso de peso e mais de cinco<br />

milhões são obesas. A obesidade pode provocar sérios<br />

problemas de saúde, sendo fundamental adoptar um estilo<br />

de vida saudável.<br />

Se queres estar em forma, deves começar por ter uma<br />

alimentação correcta e equilibrada. Uma dieta nutritiva<br />

inclui produtos lácteos e uma boa porção de fruta e<br />

legumes. Através da PAC, a UE disponibiliza gratuitamente<br />

às escolas leite, fruta e vegetais. E a tua escola, participa<br />

nestes programas?<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/agriculture/index_pt.htm<br />

http://drinkitup.europa.eu/index.php?id=3&L= 6<br />

www.plataformacontraaobesidade.dgs.pt<br />

- 8 -


- 8 -<br />

Que desperdício!<br />

Os Europeus desperdiçam<br />

enormes quantidades de<br />

alimentos. Esta realidade é<br />

negativa em termos financeiros,<br />

mas também muito prejudicial<br />

para o ambiente.<br />

O desperdício de alimentos<br />

contribui para o aquecimento global<br />

do Planeta, pois é necessário<br />

despender muita energia para<br />

os produzir e transportar. Se<br />

não se desperdiçassem tantos<br />

alimentos, poderíamos reduzir<br />

as nossas emissões de CO . De<br />

facto, se reduzíssemos o nosso<br />

desperdício de alimentos para<br />

metade, conseguiríamos reduzir<br />

as emissões de gases com efeito<br />

de estufa em 5%!<br />

»<br />

O que é que podes fazer?<br />

Eis algumas ideias para reduzir o teu impacte no<br />

ambiente:<br />

» planeia as refeições com antecedência e<br />

elabora uma lista para comprares apenas o<br />

que precisas;<br />

» utiliza um medidor para cozinhares arroz ou<br />

massa nas quantidades certas;<br />

» congela as refeições que não pensas<br />

consumir de imediato;<br />

» procura na internet receitas para transformar<br />

as sobras de alimentos em pratos<br />

»<br />

deliciosos;<br />

compra produtos locais e próprios da<br />

estação – de uma forma geral, quanto menor<br />

é a distância até ao prato, melhor é para o<br />

ambiente.<br />

Para saberes mais:<br />

www.lovefoodhatewaste.com<br />

Sabias que...?<br />

O volume de alimentos<br />

desperdiçados em França<br />

seriam suficientes para alimentar<br />

a população subnutrida da<br />

República Democrática do Congo<br />

e os alimentos que se deitam<br />

fora em Itália poderiam acabar<br />

com a fome na Etiópia. E tu,<br />

também desperdiças alimentos?<br />

Experimenta separar todos os<br />

alimentos deitados fora durante<br />

uma semana e vê quantas<br />

pessoas poderias ter alimentado!<br />

Vamos comprar flores?<br />

Quer seja roupa, um computador portátil ou material para a escola – fazer compras<br />

é uma tarefa importante da nossas vidas. Mas qual é a melhor escolha? Não<br />

basta comparar preços e qualidade. Com o Planeta ameaçado pelas alterações<br />

climáticas e pela perda da biodiversidade, o consumidor inteligente também<br />

pondera o impacte que os produtos têm no ambiente.<br />

A próxima vez que fores às compras,<br />

procura os produtos com o logótipo<br />

da flor – o rótulo ecológico da<br />

União Europeia (UE). Os produtos<br />

e serviços identificados com este<br />

rótulo respeitam rigorosos critérios<br />

ambientais, desde os recursos<br />

utilizados na sua produção até à fase<br />

da embalagem e do transporte. Não<br />

é de admirar que ‘a flor’ se esteja a<br />

tornar tão popular!<br />

Onde podes<br />

encontrar o rótulo<br />

da flor?<br />

A maioria das grandes lojas tem, nas suas prateleiras, produtos com o rótulo ecológico<br />

europeu, tais como artigos escolares, roupas, cosméticos e aparelhos electrónicos.<br />

Dicas para comprar ‘verde’<br />

Para reduzir o impacte ambiental, enquanto consumidor, podes:<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

Sabias que...?<br />

Os detergentes que têm o<br />

rótulo ecológico europeu<br />

não contêm substâncias que<br />

possam ser cancerígenas ou<br />

comprometer a fertilidade.<br />

Uma televisão com o rótulo<br />

ecológico europeu, que<br />

se encontre em modo de<br />

espera (stand-by), consome<br />

metade da energia de uma<br />

tv sem o rótulo.<br />

Procurar produtos com o rótulo ecológico europeu.<br />

Comprar produtos orgânicos, locais e sazonais.<br />

Reduzir a embalagem. Reutilizar os sacos de compras. Reciclar.<br />

Evitar longas viagens de carro para fazer compras.<br />

Para saberes mais:<br />

www.eco-label.com/portuguese/<br />

http://ec.europa.eu/environment/ecolabel/<br />

www.iapmei.pt/resources/download/rotuloecologico.pdf<br />

»<br />

»<br />

- 83 -


- 84 -<br />

As chaves da mobilidade urbana<br />

<strong>Como</strong> é que vais para a escola? Talvez a pé, de autocarro, de ‘scooter’, de<br />

bicicleta ou apanhes uma boleia dos teus pais...<br />

As cidades vivem num corrupio constante, no burburinho de pessoas sempre<br />

em movimento. Para aproveitar tudo o que têm para oferecer, precisamos de nos<br />

movimentar em segurança e simultaneamente, respeitar o ambiente.<br />

A segurança em primeiro lugar<br />

A segurança rodoviária diz respeito a todos. Os acidentes rodoviários representam a<br />

primeira causa de morte entre os jovens da União Europeia (UE). Embora na última<br />

década o número de vítimas mortais tenha diminuído e as novas tecnologias possam vir<br />

a desempenhar um papel importante na redução destes números trágicos, a verdade é<br />

que estes progressos não são suficientes, sendo necessário intensificar esforços.<br />

Mortes de jovens entre 14 e 24 anos na UE por acidentes<br />

de tráfego<br />

Condutores de automóveis: 35%<br />

Passageiros de automóveis: 6%<br />

Condutores de motociclos,<br />

ciclomotores: 0%<br />

Condutores de bicicletas: 3%<br />

Peões: 8%<br />

Outros: 8%<br />

3%<br />

Uma mobilidade verde<br />

A UE promove e apoia novos meios de transporte amigos do ambiente para as cidades:<br />

autocarros menos poluentes; passeios mais seguros; sistemas públicos de aluguer<br />

de bicicletas; bilhetes combinados de eléctrico, comboio e autocarro. Todas estas<br />

alternativas permitem deslocares-te rápida e confortavelmente – e ainda contribuir<br />

para uma mobilidade urbana sustentável.<br />

Tecnologia inteligente<br />

A navegação por satélite pode não nos poupar à frustração dos<br />

engarrafamentos, mas, no futuro, o fluxo do tráfego será gerido por sistemas<br />

de transporte inteligentes, que nos darão informações actualizadas sobre as<br />

condições das estradas. Teremos acesso a informação em tempo real sobre<br />

transportes alternativos, o que nos permitirá escolher entre usar o automóvel ou<br />

ir de comboio ou metro, por exemplo.<br />

0%<br />

8%<br />

8%<br />

6%<br />

35%<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/transport/urban/index_en.htm<br />

www.ansr.pt<br />

Fonte: CARE, 008<br />

O que é que os vizinhos vão dizer?<br />

Nenhum de nós quer viver num bairro problemático ou ter a infelicidade de viver<br />

ao lado de vizinhos barulhentos. A nível europeu não é diferente. Enquanto<br />

comunidade de Estados numa aldeia global, queremos estar rodeados de países<br />

vizinhos estáveis e bem governados.<br />

Para isso, a <strong>Europa</strong> está a estreitar os laços económicos e políticos com os seus<br />

vizinhos a Sul e a Leste. Em 004, a União Europeia criou a Política Europeia de<br />

Vizinhança (PEV), que envolve 6 países do Mediterrâneo, da <strong>Europa</strong> de Leste e do<br />

Sul do Cáucaso.<br />

Porque precisamos de uma política de<br />

vizinhança?<br />

Actualmente, a <strong>Europa</strong> é uma região de paz e prosperidade sem precedentes, mas<br />

não podemos ter uma atitude negligente e ignorar o resto do mundo. Em suma, se não<br />

“exportarmos” estabilidade, podemos correr o risco de “importar” instabilidade.<br />

Patrulhas de vigilantes europeus?<br />

A Política Europeia de Vizinhança não significa o policiamento da <strong>Europa</strong> enquanto<br />

comunidade fechada, mas sim o estabelecimento de parcerias com os países vizinhos<br />

a fim de aumentar a sua prosperidade, estabilidade e segurança e de os atrair para<br />

junto da União.<br />

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- 86 -<br />

Para além das fronteiras<br />

Até agora já foram acordados planos específicos com a maioria dos 16 países da<br />

PEV. A UE oferece a estes países uma relação privilegiada construída sobre um<br />

compromisso recíproco de valores comuns. A curto prazo, isto significará ajudar esses<br />

países a:<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

»<br />

fortalecer a democracia e os direitos humanos;<br />

melhorar o tecido empresarial e aumentar o comércio;<br />

lutar contra o crime organizado, a corrupção e a migração ilegal;<br />

enfrentar os problemas ambientais;<br />

desenvolver os contactos entre as pessoas;<br />

evitar conflitos e gerir crises.<br />

Os vizinhos da <strong>Europa</strong> beneficiam do que a União Europeia tem para oferecer –<br />

estabilidade económica e extensos mercados, experiência e conhecimento técnico<br />

na execução de reformas, bem como no estabelecimento de intercâmbios culturais e<br />

educacionais. Para além disso, entre 007 e 0 3, a UE vai investir mil milhões de<br />

euros nestes países.<br />

Conheces bem os teus vizinhos?<br />

Sabes onde está situado o desfiladeiro mais profundo da <strong>Europa</strong> ou em que<br />

país foram filmadas as cenas no deserto da trilogia Star Wars? Podes ver as<br />

respostas a estas e muitas mais perguntas em:<br />

http://ec.europa.eu/external_relations/enp/enp_game_en.htm<br />

Acho que as relações com os países vizinhos da UE<br />

são como as que mantemos com os nossos vizinhos em<br />

casa – vivemos a seu lado e somos afectados pelo que<br />

fazem. O melhor é mantermo-nos em contacto e sermos<br />

atenciosos e delicados.<br />

Sandra, 23<br />

© Justine Curtis<br />

Na prática<br />

Ensino superior sem interferência política na<br />

Bielorrússia<br />

A União Europeia (UE) concedeu milhão de euros para apoiar a Universidade de<br />

Humanidades Europeia, exilada em Vilnius, pelo seu compromisso para com o respeito<br />

pelos Direitos Humanos. Embora localizada na Lituânia, destina-se a estudantes<br />

bielorrussos e tem por objectivo apoiar a sociedade civil e os jovens bielorrussos. É,<br />

neste momento, a única universidade bielorrussa independente que permite que os<br />

bielorrussos estudem sem interferências políticas.<br />

Segurança nuclear na Arménia<br />

A central nuclear de Medzamor tem sido, desde há algum tempo, motivo de discórdia<br />

nas relações entre a UE e a Arménia. <strong>Como</strong> não tem muitos recursos naturais, a<br />

Arménia está muito dependente desta central, que foi reaberta em 995. Contudo, a<br />

central é considerada uma das mais inseguras em <strong>funciona</strong>mento e, para além disso,<br />

está situada numa zona sísmica activa. A UE ofereceu 00 milhões de euros para<br />

tornar o seu encerramento uma realidade.<br />

Entendimento cultural no Mediterrâneo<br />

A UE tem promovido o entendimento cultural recíproco entre os povos das duas<br />

margens do Mediterrâneo, em parte através da utilização de material audiovisual.<br />

A “Caravana do Cinema Euro Árabe” é um desses projectos, disponibilizando uma<br />

grande variedade de filmes europeus e dos países do sul do Mediterrâneo. Já chegou<br />

a 21 cidades e a mais de 100 000 pessoas, criando uma nova geração de cinéfilos<br />

mais abertos à cultura europeia e árabe.<br />

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- 88 -<br />

Os nossos vizinhos<br />

16. Marrocos<br />

15. Argélia<br />

1. Bielorrússia<br />

2. Ucrânia<br />

14. Tunísia<br />

7. Síria<br />

9. Territórios Palestinianos<br />

Ocupados<br />

8. Líbano<br />

10. Israel<br />

13. Líbia 12. Egipto 11. Jordânia<br />

E os nossos outros vizinhos?<br />

És capaz de estar a pensar porque é que outros países, como a Noruega ou a Rússia<br />

não estão incluídos na lista uma vez que também são nossos vizinhos, não é? A<br />

resposta é simples: é que são abrangidos por outros acordos.<br />

A Noruega, a Islândia, o Liechenstein e a Suíça são membros da Associação Europeia<br />

de Comércio Livre e, portanto, já adoptaram muitas leis da UE. E as relações com<br />

a Rússia, o nosso terceiro maior parceiro comercial, são reguladas através de uma<br />

parceria estratégica especial. A Islândia e os países do sudeste da <strong>Europa</strong> também<br />

fazem parte deste processo de alargamento gradual.<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/world/enp/<br />

4. Geórgia<br />

6. Arménia<br />

3. República<br />

da Moldávia<br />

5. Azerbaijão<br />

1.<br />

2.<br />

3.<br />

4.<br />

5.<br />

6.<br />

7.<br />

8.<br />

9.<br />

10.<br />

11.<br />

12.<br />

13.<br />

14.<br />

15.<br />

16.<br />

Construir um mundo melhor<br />

À medida que os países se tornam cada vez mais dependentes uns dos outros,<br />

é necessário olhar de uma forma mais abrangente para a nossa relação com<br />

o resto do mundo. A União Europeia (UE) tem de trabalhar lado a lado com os<br />

países em vias de desenvolvimento para juntos, enfrentarem os problemas, que<br />

vão das crises económicas às alterações climáticas.<br />

A União Europeia – Comissão Europeia e os 7 Estados-Membros – gasta aproximadamente<br />

49 mil milhões de euros em apoio ao desenvolvimento, o que corresponde<br />

a 60% do total gasto a nível mundial. É prestada assistência a 60 países, desde o<br />

Afeganistão ao Zimbabué, mas adianta alguma coisa? Apesar das dificuldades, muitas<br />

delas relacionadas com a corrupção e conflitos armados, a resposta é afirmativa – os<br />

países em vias de desenvolvimento vão ganhando lentamente a batalha contra a<br />

pobreza. Tem havido progressos,<br />

mas há ainda muito a fazer.<br />

A <strong>Europa</strong> mantém e prossegue<br />

com o seu empenho incomparável,<br />

no sentido de aumentar a ajuda<br />

ao desenvolvimento – e a<br />

melhorar a eficácia e eficiência<br />

na entrega dessa ajuda. É assim<br />

que a Comissão, em estreita colaboração com os Estados-Membros ( 7 + = ), a<br />

ONU, o Banco Mundial e outros doadores, se esforça por conjugar recursos e repartir<br />

tarefas. Cada vez mais, a ajuda é canalizada directamente para os países parceiros e<br />

as metas de desenvolvimento são tomadas em conta noutras políticas da UE.<br />

O que é que há para ti?<br />

A UE tem muitos países ricos com<br />

uma influência considerável na<br />

economia global – podiam fazer<br />

uso dessa influência para apoiar o<br />

desenvolvimento.<br />

Nina, 19<br />

» Música contra a pobreza – Music against poverty<br />

Tens algo a dizer sobre a luta contra a pobreza? Gostas de compor ou tocar?<br />

Partilha a tua música em www.ifightpoverty.eu ou ouve o que os outros têm<br />

para dizer.<br />

» Concurso Juventude para o Desenvolvimento – Development Youth<br />

Prize<br />

Cria um poster ou um vídeo acerca de um dos temas deste ano e apresenta-o<br />

em www.dyp2008.org/ww/pt/pub/dyp2008/index.htm para poderes ganhar a<br />

oportunidade de visitar um projecto de cooperação em África.<br />

» Mathias & Amadou<br />

Entra na aventura e aprende mais coisas sobre desenvolvimento com estes dois<br />

amigos que enfrentam os desafios de África.<br />

Vai hoje mesmo a www.mathiasandamadou-thegame.eu e joga!<br />

- 89 -


- 90 -<br />

O que farias com alguns euros?<br />

Pode não parecer muito, mas ,7 mil milhões de pessoas – mais de metade da<br />

população do mundo em desenvolvimento – vivem neste momento com menos de<br />

€ 1,50 por dia. A principal meta da UE na área da assistência ao desenvolvimento<br />

é reduzir a pobreza. Mas a UE quer também<br />

promover o desenvolvimento económico e social<br />

de forma sustentada, fomentar a democracia,<br />

o Estado de Direito e os Direitos Humanos;<br />

pretende ainda ajudar os países mais pobres a<br />

ter um papel na economia mundial e a atenuar<br />

os efeitos das alterações climáticas.<br />

Alimentação<br />

Recentemente os preços dos alimentos<br />

dispararam nos países mais pobres. A ‘ajuda<br />

alimentar’, no valor de mil milhões de euros, irá<br />

melhorar o acesso a fertilizantes e sementes e<br />

ajudar a satisfazer as necessidades alimentares básicas das populações vulneráveis<br />

de 50 países.<br />

Energia<br />

Mais de ,6 mil milhões de pessoas no mundo<br />

não têm acesso a electricidade. A UE está a<br />

disponibilizar 00 milhões de euros para o<br />

financiamento de projectos energéticos que irão<br />

estimular o crescimento económico e melhorar as<br />

vidas das pessoas.<br />

Água<br />

Água de boa qualidade é uma necessidade básica<br />

de todos. A UE está a melhorar o acesso à água<br />

potável e ao saneamento para deter a propagação<br />

de doenças na África Subsariana.<br />

Paz<br />

Sabias que...?<br />

Em Portugal, a<br />

ajuda aos países em<br />

desenvolvimento é<br />

coordenada pelo Instituto<br />

Português do Apoio ao<br />

Desenvolvimento (IPAD).<br />

www.ipad.mne.gov.pt<br />

Ao longo dos anos, o Continente Africano tem sido devastado por conflitos armados,<br />

que levaram à perda de milhões de vidas. A UE investiu 740 milhões de euros em<br />

apoios aos esforços de promoção da paz neste continente.<br />

© Eva Schuster<br />

Objectivos de Desenvolvimento do Milénio<br />

Os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), adoptados por 89 nações<br />

durante a Cimeira do Milénio da ONU em 000, pretendem reduzir a pobreza global<br />

até 0 5.<br />

Erradicar a pobreza extrema e a fome – reduzir para metade o número<br />

de pessoas a viver com menos de um dólar por dia e aqueles que sofrem<br />

de fome.<br />

Alcançar a educação primária universal – garantir que todas as crianças<br />

(incluindo as de sexo feminino) frequentem a escola primária.<br />

Promover a igualdade entre os géneros e capacitar as mulheres – eliminar<br />

a desigualdade entre os géneros em todos os níveis de ensino.<br />

Reduzir a taxa de mortalidade infantil – reduzir em dois terços o número<br />

de mortes de crianças com menos de cinco anos.<br />

Melhorar a saúde materna – reduzir em três quartos o número de mulheres<br />

que morrem durante o parto.<br />

Combater o VIH/SIDA, a malária e outras doenças.<br />

Assegurar a sustentabilidade ambiental – reduzir para metade a população<br />

sem acesso a água potável.<br />

Desenvolver uma parceria global para o desenvolvimento – reduzir as<br />

tarifas comerciais e as dívidas dos países mais pobres e aumentar o apoio<br />

prestado.<br />

Para saberes mais:<br />

www.plataformaongd.pt<br />

http://ec.europa.eu/europeaid/index_pt.htm<br />

http://ec.europa.eu/development/index_en.cfm<br />

www.undp.org/mdg/<br />

- 9 -


- 9 -<br />

Curar o mundo<br />

A UE investe em projectos muito diversos. Enumeramos alguns exemplos<br />

da ajuda concedida aos nossos parceiros em todo o mundo.<br />

Apoiar os jovens da<br />

Guatemala<br />

Setenta por cento da<br />

população da<br />

Guatemala tem<br />

menos de 30<br />

anos. Muitos<br />

destes jovens<br />

são afectados<br />

pela pobreza,<br />

ausência de<br />

educação, desemprego,<br />

doença e violência. A fim de ajudar<br />

os jovens autóctones a construir<br />

um futuro melhor, a UE atribuiu<br />

5,3 milhões de euros para uma nova<br />

política nacional para a juventude<br />

guatemalteca.<br />

Modernizar o sistema prisional da<br />

República Dominicana<br />

O sistema prisional dominicano está a ser revisto<br />

com o apoio da UE através dum donativo no valor<br />

de milhão de euros. As reformas incluem não<br />

só a formação dos profissionais e guardas que<br />

aí trabalham, como a melhoria das instalações,<br />

e também a garantia aos reclusos dos direitos<br />

básicos, como alimentação, cuidados de saúde,<br />

educação, etc.<br />

Abrir caminho a novas empresas<br />

Em muitos países em desenvolvimento, os empresários<br />

e os investidores ficam desalentados com a burocracia<br />

e a insegurança jurídica. Para estimular a iniciativa<br />

privada, a UE está neste momento a colaborar na<br />

simplificação do processo de criação de uma empresa<br />

no Mali – centralizando os procedimentos e reduzindo o<br />

número de etapas necessárias.<br />

Melhorar as condições de vida do povo palestiniano<br />

A UE é quem dá mais donativos ao povo palestiniano. Apoia a Autoridade<br />

Palestiniana a garantir que serviços indispensáveis – como escolas e hospitais<br />

– possam permanecer em <strong>funciona</strong>mento. Financia os salários dos funcionários<br />

públicos e pensionistas e paga o combustível necessário à única central<br />

eléctrica existente em Gaza.<br />

Proteger as florestas da Ásia<br />

A desflorestação ilegal, para além de<br />

fomentar problemas políticos e sociais, é<br />

responsável pela perda da biodiversidade<br />

e contribui para as alterações climáticas.<br />

A UE está a investir 6 milhões de euros<br />

na defesa das florestas asiáticas e na<br />

promoção de uma gestão sustentada dos<br />

recursos naturais da Ásia.<br />

Promover os direitos humanos<br />

A UE tem prestado assistência jurídica, nas<br />

Filipinas, às pessoas condenadas e aos<br />

condenados à morte que não disponham de<br />

meios para pagar um advogado de defesa<br />

privado. Também ajudou a persuadir os<br />

políticos e a opinião pública em geral e, em<br />

006, as Filipinas aboliram a pena de morte.<br />

- 93 -


- 94 -<br />

Parceiros comerciais<br />

‘Transacções comerciais’, ‘comércio’ ou ‘negócio internacional’ – são algumas<br />

das designações utilizadas para explicar a importância das importações e das<br />

exportações na ligação que a União Europeia (UE) mantém com o mundo<br />

exterior.<br />

A UE exporta anualmente ,3 biliões de euros<br />

em produtos, o que representa um pouco<br />

menos do que as suas importações no valor de<br />

,5 biliões de euros. A <strong>Europa</strong> é, na verdade, o<br />

maior exportador de bens e serviços do mundo,<br />

sendo seus principais parceiros comerciais, os<br />

Estados Unidos, a Rússia e, cada vez mais, a<br />

China. Por sua vez, a UE é o maior destino de<br />

exportação de mais de uma centena de países.<br />

A União Europeia é uma verdadeira superpotência<br />

em trocas comerciais. Mas, que significado é<br />

que isso tem para nós, individualmente? Sem as<br />

trocas comerciais a nível internacional, os preços<br />

Sabias que...?<br />

Os 7 países da UE,<br />

no seu conjunto, são<br />

responsáveis por 9%<br />

das importações e<br />

exportações mundiais,<br />

mas representam<br />

apenas 7% da<br />

população global.<br />

seriam mais elevados e a variedade de produtos disponíveis seria mais limitada.<br />

Teríamos de enfrentar o dia sem o café da manhã (originário de África) e teríamos de<br />

viver sem as últimas ‘invenções’ da Ásia, só para dar alguns exemplos.<br />

Benefícios do comércio<br />

O conceito de troca comercial baseia-se numa premissa simples: cada país deve fazer<br />

aquilo que melhor sabe. Um país não tem de ser o melhor a produzir uma coisa, no<br />

entanto, se é comparativamente melhor do que os outros, fará sentido especializarse<br />

nesse sector específico, satisfazendo as suas outras necessidades através do<br />

comércio. A isto chama-se vantagem comparativa, e beneficia todos os parceiros<br />

comerciais.<br />

Segundo esta perspectiva, o comércio é vantajoso para todos os países envolvidos.<br />

Inversamente, os países que se fecham ao exterior e às trocas comerciais, tendem<br />

a perder competitividade. Através de acordos para reduzir taxas e outros obstáculos<br />

ao comércio externo, a UE procura identificar e explorar novos mercados para as<br />

empresas europeias e, deste modo, criar emprego e estimular o crescimento.<br />

Além de bens e serviços, o comércio está intimamente ligado ao fluxo internacional<br />

do dinheiro. A UE investe, anualmente, uma média 308 mil milhões de euros a nível<br />

mundial, enquanto que os outros países investem na <strong>Europa</strong> mais de 80 mil milhões<br />

de euros.<br />

A uma só voz<br />

Os 7 países da UE partilham não só um mercado e fronteiras externas únicos como<br />

também uma política comercial única. Os Estados-Membros negoceiam em colectivo,<br />

sendo representados na Organização Mundial do Comércio (OMC) pelo Comissário<br />

Europeu para o Comércio, e frente a frente, com parceiros individuais. Ao trabalharem<br />

em conjunto, os países da UE conseguem moldar e impor um sistema aberto de<br />

comércio internacional assente em regras justas e garantir que essas regras sejam<br />

respeitadas.<br />

Fazer jogo limpo<br />

Sendo o comércio internacional tão<br />

importante, a OMC reúne 53 países.<br />

Estabelece as normas que regem o comércio<br />

entre as nações, assumindo um papel de<br />

mediador quando um país acusa outro de<br />

práticas desleais.<br />

Para além da sua função<br />

importante na OMC, a Comissão<br />

Europeia trabalha directamente<br />

com os parceiros comerciais<br />

da <strong>Europa</strong> com vista a facilitar<br />

o processo de exportação,<br />

abrir novas oportunidades ao<br />

investimento europeu e reduzir<br />

a contrafacção e a pirataria dos<br />

bens europeus. O Parlamento<br />

Europeu é um observador atento destes trabalhos, assegurando que as preocupações<br />

dos cidadãos são tidas em atenção nestes diálogos.<br />

- 95 -


- 96 -<br />

Comércio sustentável<br />

A política comercial da UE centra-se não só em criar emprego e revitalizar o crescimento<br />

económico na <strong>Europa</strong>, mas também em ajudar os povos mais desfavorecidos a escapar<br />

ao ciclo de pobreza. Assim, a <strong>Europa</strong> abriu os seus mercados às importações dos<br />

países mais pobres, auxiliando-os a retirarem benefícios adicionais das oportunidades<br />

que o comércio lhes oferece.<br />

O que é o SPG?<br />

O Sistema de Preferências Generalizadas (SPG) permite a entrada no mercado<br />

europeu de bens oriundos dos países em vias de desenvolvimento, isentos de<br />

impostos ou com taxas reduzidas.<br />

Ao mesmo tempo que realiza trocas comerciais com as nações mais pobres, a UE<br />

também reforça os esforços internacionais para proteger o ambiente e combater as<br />

alterações climáticas, para melhorar as condições de trabalho e assegurar ainda os<br />

mais elevados padrões de qualidade e segurança para os produtos que compra e<br />

vende.<br />

Acelerar o comércio com os países<br />

da Comunidade Andina<br />

Antes de concluir quaisquer acordos comerciais, a UE conduz estudos para<br />

determinar qual o impacte social e ambiental desses acordos. Neste momento,<br />

por exemplo, a União Europeia está a negociar com a Colômbia e o Peru, dois<br />

dos países da Comunidade Andina. Encomendou um estudo independente,<br />

cujo objectivo é examinar várias questões relacionadas com a sustentabilidade,<br />

incluindo a biodiversidade, a pobreza, a saúde e a educação. Está ainda a<br />

analisar se o aumento das trocas comerciais com a UE pode aumentar a<br />

pressão sobre os habitats naturais e os recursos aquáticos desses países.<br />

www.euandean-sia.org<br />

Para saberes mais:<br />

http://ec.europa.eu/trade/about/<br />

www.wto.org<br />

www.icep.pt

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