Como funciona a Europa - Biblioteca Infoeuropa - Eurocid
Como funciona a Europa - Biblioteca Infoeuropa - Eurocid
Como funciona a Europa - Biblioteca Infoeuropa - Eurocid
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
© União Europeia, 2010<br />
Reprodução autorizada, excepto para fins comerciais, desde que a fonte seja citada<br />
(© União Europeia, 2010).<br />
Este documento foi financiado pela Comissão Europeia ao abrigo de um contrato<br />
com a Generation Europe Foundation. Possui fins exclusivamente informativos e<br />
não constitui qualquer orientação oficial da Comissão para a interpretação das leis<br />
ou políticas da UE.<br />
A Comissão Europeia não é responsável pelo conteúdo de outros sítios da Internet<br />
citados nesta publicação que não o seu próprio. Os sítios web de terceiros são<br />
referidos apenas a título ilustrativo, não representando qualquer lista exaustiva ou<br />
aval específico.<br />
www.europadiary.eu<br />
Impresso na Bélgica<br />
ISBN 978-92-79-13558-3<br />
ISSN 1830-835X<br />
DOI 10.2772/56475<br />
Edição.......................................................... Comissão.Europeia<br />
Editor-chefe................................................ Catie.Thorburn<br />
Vencedor do concurso para a capa.......... Lientje Leflot<br />
Organização responsável pelo projecto:<br />
Generation.Europe.Foundation<br />
Chaussée.St..Pierre,.123<br />
B-1040.Brussels,.Belgium<br />
info@generation-europe.eu<br />
www.generation-europe.eu<br />
Parceiros nacionais:<br />
DECO.–.Associação.Portuguesa.<br />
para.a.Defesa.do.Consumidor<br />
Rua.Artilharia.Um,.79.–.4º<br />
1269-160.Lisboa<br />
Tel.21.371.02.00<br />
Fax.21.371.02.99<br />
E-mail:.decolx@deco.pt<br />
Centro.de.Informação.Europeia.Jacques.Delors<br />
Palacete.do.Relógio<br />
Cais.do.Sodré<br />
1200-450.Lisboa<br />
Tel.21.122.50.00<br />
E-mail:.geral@ciejd.pt
Agenda <strong>Europa</strong> - A escolha é vossa<br />
Apelido.....................................................................................................................<br />
Nome Próprio ..........................................................................................................<br />
Data de Nascimento ................................................................................................<br />
Morada ....................................................................................................................<br />
.................................................................................................................................<br />
País .........................................................................................................................<br />
Telefone ...................................................................................................................<br />
Telemóvel ................................................................................................................<br />
E-mail ......................................................................................................................<br />
Nome da Escola ......................................................................................................<br />
Morada ....................................................................................................................<br />
.................................................................................................................................<br />
Professor responsável pela turma ...........................................................................<br />
Presidente do Conselho Executivo..........................................................................<br />
Em caso de urgência, por favor contactar ...............................................................<br />
Telefone ...................................................................................................................<br />
- -
- -<br />
Índice<br />
Prólogo ....................................................3<br />
Sobre a União Europeia<br />
A União Europeia em poucas palavras ...4<br />
Cronologia da UE ....................................5<br />
<strong>Como</strong> <strong>funciona</strong> a <strong>Europa</strong> .........................8<br />
Age localmente! .....................................<br />
<strong>Europa</strong> precisa de ti!..............................<br />
Aprender a <strong>Europa</strong> com o Centro<br />
de Informação Europeia<br />
Jacques Delors ................................. 4<br />
<strong>Como</strong> são feitas as leis ......................... 6<br />
Muito mais do que trocos ...................... 8<br />
Money, money, money ........................... 0<br />
Unidos na diversidade regional ............. 4<br />
Eu e a <strong>Europa</strong><br />
A intolerância não será tolerada ............ 5<br />
Uma mão amiga .................................... 8<br />
Uma ponte entre as diferenças .............30<br />
Uma <strong>Europa</strong> sem fronteiras...................3<br />
Apetece-te mudar de sítio? ...................33<br />
À procura de emprego ...........................36<br />
Investigadores em movimento...............37<br />
As maravilhas da ciência .......................38<br />
Pioneiras – mulheres cientistas .............40<br />
Os meus direitos e opções<br />
Get up… Stand up...<br />
pelos teus direitos.............................4<br />
Satisfação garantida? ............................44<br />
DECOJovem..........................................46<br />
Sem qualquer compromisso ..................48<br />
Telemóveis – que a bênção não se<br />
torne numa maldição ........................49<br />
Vai uma pesquisa no Google? ...............50<br />
Sê ciberinteligente! ................................5<br />
O Dilema Digital.....................................54<br />
Protecção de dados...............................55<br />
És viciado na Internet? ..........................56<br />
A minha saúde e a minha<br />
segurança<br />
Uma vida saudável ................................58<br />
Drogas ...................................................59<br />
Apaga o cigarro .....................................60<br />
Protege a tua pele .................................6<br />
Consegues ouvir-me? ...........................6<br />
Protege os teus pulmões! ......................63<br />
Negócio ‘à séria’ ....................................64<br />
O que é que há num rótulo? ..................66<br />
O meu ambiente<br />
Qualidade de vida?................................68<br />
Às escuras? ...........................................70<br />
Mergulho no azul profundo ....................7<br />
A Natureza sob ameaça ........................74<br />
Maioria rural...........................................78<br />
A cadeia da vida ....................................80<br />
Vamos comprar flores? ..........................83<br />
As chaves da mobilidade urbana ..........84<br />
Para além das tuas fronteiras<br />
O que é que os vizinhos vão dizer? ......85<br />
Construir um mundo melhor ..................89<br />
Parceiros comerciais .............................94<br />
Prólogo<br />
Caros estudantes,<br />
No início da segunda década do século XXI, chega<br />
às vossas mãos a sétima edição da Agenda <strong>Europa</strong>,<br />
um instrumento pedagógico que é actualmente muito<br />
apreciado e solicitado pelos adolescentes de toda a<br />
<strong>Europa</strong>. Acreditamos que a educação é uma condição<br />
fundamental para a realização pessoal e para o<br />
progresso de toda a sociedade. A educação é, pois,<br />
uma das nossas áreas de acção prioritárias para a<br />
recuperação da economia social de mercado na <strong>Europa</strong><br />
até 0 0. Essa será a década em que os jovens de hoje<br />
assumirão a liderança da <strong>Europa</strong> e contribuirão com as<br />
suas ideias e iniciativas para criar uma União maior e<br />
mais forte.<br />
Sejam ambiciosos, activos e responsáveis pelo vosso futuro!<br />
José Manuel Barroso,<br />
Presidente da Comissão Europeia<br />
- 3 -
- 4 -<br />
A União Europeia em poucas<br />
palavras O que tem a União Europeia para oferecer?<br />
A União Europeia é única no mundo: não é uma organização internacional como<br />
as Nações Unidas, nem substitui os governos nacionais. Então o que é?<br />
A União Europeia (UE) foi criada pelos governos nacionais para estabelecer acções<br />
comuns em áreas em que faça mais sentido os Estados-Membros trabalharem em<br />
conjunto, em vez de cada um por si.<br />
Cooperação em vez de competição<br />
Depois da devastação provocada pela Segunda Guerra Mundial, os europeus queriam<br />
evitar que um novo conflito pudesse destruir o continente. Em vez de entrarem em<br />
disputa, os governos de seis países decidiram cooperar a nível económico e comercial.<br />
Uniram os seus recursos de carvão e aço, a matéria-prima de excelência para o fabrico<br />
de armas, afastando assim a ameaça da guerra e tornando estes seis países nos<br />
melhores parceiros comerciais.<br />
A UE trouxe uma era de paz e prosperidade. Hoje em dia, engloba 500 milhões de<br />
pessoas e é responsável pela gestão de diversas questões do dia-a-dia. A União<br />
Europeia <strong>funciona</strong> de acordo com os seguintes princípios:<br />
. Actua somente nas áreas que lhe tenham sido atribuídas pelos governos<br />
nacionais.<br />
2. Só deve actuar nas áreas em que pode ser mais eficaz do que os governos<br />
nacionais agindo isoladamente.<br />
3. Tem de promover e defender valores partilhados como a democracia, a liberdade<br />
e a justiça, bem como o património europeu comum e as suas muitas culturas,<br />
tradições, línguas e dialectos.<br />
Os jornais bem podem falar da intromissão da UE em questões de pormenor<br />
aparentemente sem importância. Mas afinal o que é que a UE faz? Aqui ficam alguns<br />
exemplos:<br />
»<br />
»<br />
»<br />
Se fores cidadão de um país da UE, então és garantidamente um cidadão da UE.<br />
Deste modo, tens direito a viver, trabalhar e estudar em qualquer outro país da<br />
UE – do Chipre à Finlândia, da Irlanda à Bulgária. E se visitares um local fora da<br />
UE em que não haja embaixada, tens direito à ajuda das embaixadas dos outros<br />
Estados-Membros.<br />
Estás protegido pelas leis de defesa dos consumidores, que asseguram que não<br />
sejas enganado.<br />
Beneficias de ar e água mais puros e de um solo mais limpo graças às rigorosas<br />
leis ambientais da UE.<br />
Números de telefone importantes<br />
112<br />
Onde quer que te encontres dentro da União Europeia, se<br />
precisares de ajuda basta ligares , o número europeu de<br />
emergência. O número europeu de emergência é único<br />
para todos os países da UE.<br />
00 800 6 7 8 9 10 11<br />
O serviço Europe Direct responde a todas as tuas dúvidas sobre<br />
a União Europeia. E a chamada é gratuita!<br />
Para saberes mais:<br />
http://europa.eu/euinyourcountry/index_pt.htm<br />
http://ec.europa.eu/youreurope/index_pt.html<br />
www.eurocid.pt<br />
- 5 -
- 6 -<br />
Cronologia da UE<br />
O processo de construção da União Europeia iniciou-se durante o rescaldo<br />
da Segunda Guerra Mundial com o objectivo de assegurar a segurança e<br />
a prosperidade da <strong>Europa</strong>. Decorridos mais de cinquenta anos, é ainda um<br />
processo inacabado, em constante mudança, para o qual todos os europeus<br />
podem contribuir.<br />
1945<br />
Depois de quase seis anos de combates na <strong>Europa</strong>, termina a<br />
Segunda Guerra Mundial.<br />
1945<br />
1950<br />
A Declaração Schuman leva à assinatura do Tratado de Paris, que institui a<br />
Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (Abril de 1951). Inclui seis países:<br />
Bélgica, França, Itália, Luxemburgo, Países Baixos e República Federal<br />
da Alemanha (Alemanha Ocidental). Junta-os enquanto países iguais e<br />
cooperantes através de instituições partilhadas.<br />
1950<br />
1957<br />
A Bélgica, a França, a Itália, o<br />
Luxemburgo, os Países Baixos e<br />
a Alemanha Ocidental assinam<br />
o Tratado de Roma, que lança<br />
a Comunidade Económica<br />
Europeia (CEE) e a Comunidade<br />
Europeia da Energia Atómica<br />
(CEEA ou Euratom). É criado<br />
um Mercado Comum onde bens,<br />
serviços, capital e pessoas<br />
podem circular livremente.<br />
1957<br />
1968<br />
1968<br />
É criada a União Aduaneira: são suprimidas todas<br />
as tarifas de importação entre os seis países da CEE.<br />
1979<br />
Têm lugar as primeiras<br />
eleições directas para o<br />
Parlamento Europeu.<br />
1979<br />
1986<br />
1986<br />
É assinado o Acto<br />
Único Europeu, que<br />
estabelece o calendário<br />
para a concretização do<br />
Mercado Comum a<br />
1 de Janeiro de 1993.<br />
1989<br />
1992<br />
2007<br />
2007<br />
Para tornar a UE mais eficiente e<br />
democrática, os líderes assinam o Tratado<br />
de Lisboa, que reforça a democracia<br />
– dotando uma maior notoriedade ao<br />
2002<br />
Parlamento Europeu, aos parlamentos<br />
nacionais e aos cidadãos – e a sua<br />
capacidade de intervenção a nível global.<br />
O Tratado de Lisboa entrou em vigor em<br />
2001<br />
2009.<br />
2002<br />
1997<br />
Entram em circulação as notas e moedas de euro<br />
em alguns Estados-Membros, ao mesmo tempo<br />
que as moedas nacionais vão deixando de estar em<br />
circulação. O euro continua a ser adoptado por cada<br />
vez mais países da UE – o décimo sexto a aderir<br />
à moeda única foi a Eslováquia, o país que mais<br />
recentemente a começou a usar.<br />
2001<br />
É assinado o Tratado de Nice, que introduz reformas nas<br />
instituições europeias e reforça os direitos fundamentais, a<br />
segurança e a defesa, bem como a cooperação judiciária em<br />
questões criminais.<br />
1997<br />
É assinado o Tratado de Amesterdão, que desenvolve a PESC bem como as<br />
políticas de protecção social e do emprego.<br />
1992<br />
É assinado o Tratado de Maastricht, que cria a União Europeia (UE) e estabelece<br />
objectivos ambiciosos: a união monetária até 1999, a cidadania europeia, novas<br />
políticas comuns – incluindo a Política Externa e de Segurança Comum (PESC) – e<br />
cooperação em questões de segurança interna.<br />
1989<br />
Queda da Cortina de Ferro, o que cria uma oportunidade para a unificação da <strong>Europa</strong>. Este<br />
facto leva à reunificação da Alemanha a 3 Outubro de 1990. A democracia começa a ganhar<br />
raízes nos países da <strong>Europa</strong> Central e de Leste.<br />
Para saberes mais:<br />
http://europa.eu/abc/history/index_pt.htm<br />
http://europa.eu/lisbon_treaty/index_pt.htm<br />
- 7 -
- 8 -<br />
<strong>Como</strong> <strong>funciona</strong> a <strong>Europa</strong><br />
<strong>Como</strong> é que se encaixam as peças do puzzle que fazem a <strong>Europa</strong> <strong>funciona</strong>r?<br />
Parlamento Europeu<br />
– a voz do povo<br />
O Parlamento Europeu (PE) é eleito pelos cidadãos da União Europeia (UE) para<br />
representar os seus interesses. Adopta as leis juntamente com o Conselho da União<br />
Europeia e assegura o controlo democrático e o debate público sobre todos os<br />
aspectos do trabalho desenvolvido pela UE.<br />
De cinco em cinco anos, os cidadãos da UE elegem os seus representantes para o<br />
Parlamento. As últimas eleições decorreram em Junho de 009. Foram eleitos 736<br />
Membros do Parlamento Europeu (MPE), tornando-o na maior instituição do seu<br />
tipo. As sessões de trabalho decorrem normalmente em Estrasburgo, em França, e,<br />
algumas vezes, em Bruxelas, na Bélgica.<br />
Os eurodeputados não estão organizados em blocos nacionais mas sim em grupos<br />
políticos europeus, transnacionais, e que no seu conjunto reflectem as suas ideias<br />
políticas e representam todos os quadrantes de opinião. O Parlamento tem apoiado<br />
de forma entusiástica a União Europeia, se bem que uma pequena minoria de MPE<br />
considera que a UE, actualmente, goza de demasiado poder.<br />
www.europarl.europa.eu<br />
Conselho Europeu<br />
– a liderança política<br />
Reúne os líderes mais importantes dos Estados-Membros – os Primeiros-Ministros<br />
e/ou Presidentes, dependendo do país – e conta, também, com a<br />
participação do Presidente da Comissão Europeia. O Conselho<br />
Europeu reúne-se em Bruxelas, em princípio, quatro vezes<br />
por ano, para aprovar a política global da UE e analisar<br />
os progressos realizados. Esta nova instituição dirigida<br />
pelo seu Presidente, que tem um mandato<br />
de dois anos e meio, é o órgão de<br />
decisão política de mais alto<br />
nível na UE e, por essa razão,<br />
as suas reuniões são também<br />
conhecidas por “cimeiras”.<br />
© European<br />
Parliament<br />
O Conselho da União Europeia<br />
– a voz dos Estados-Membros<br />
O Conselho reúne-se periodicamente e é neste órgão que os governos nacionais<br />
fazem ouvir a sua voz. O Conselho, também com sede em Bruxelas, rectifica, adopta<br />
ou rejeita as propostas de lei. Dependendo do assunto em agenda, cada país é<br />
representado pelo ministro da área a tratar – finanças, transportes, agricultura, etc.<br />
As decisões são tomadas por maioria. Os Estados-Membros com maior número de<br />
habitantes, como a Alemanha, têm mais votos e portanto mais poder no Conselho<br />
do que os países mais pequenos, como Malta, por exemplo. No entanto, o sistema<br />
de votação permite que um pequeno número de Estados-Membros manifeste a sua<br />
oposição a uma decisão.<br />
Em alguns domínios particularmente sensíveis, como a fiscalidade e a defesa – as<br />
decisões do Conselho só podem ser adoptadas por unanimidade. O que não é uma<br />
tarefa fácil, com tantos países e interesses diferentes à volta da mesa!<br />
www.consilium.europa.eu<br />
Comissão Europeia<br />
– o interesse comum<br />
A Comissão Europeia, com base em Bruxelas, é independente dos governos nacionais<br />
e tem funções executivas. Isto significa que pode propor novas leis, que serão depois<br />
votadas no Parlamento Europeu e no Conselho da UE. A Comissão é também a<br />
“guardiã” dos Tratados dado que é responsável pelo cumprimento e aplicação correcta<br />
da legislação europeia por parte dos Estados-Membros. Em caso de incumprimento, a<br />
Comissão pode fazer queixa ao Tribunal de Justiça da União Europeia.<br />
O Presidente da Comissão Europeia lidera uma equipa de Comissários, um de<br />
cada Estado Membro. Cada Comissário tem a seu cargo uma determinada área de<br />
competência – transportes, ambiente, etc. – comparável aos deveres dos ministros<br />
nos governos nacionais. Os Comissários estão obrigados a agir no interesse de toda<br />
a União Europeia e não no do seu país de origem.<br />
A UE tem ainda um Alto Representante para a Política Externa e de Segurança, que<br />
dirige todas as acções da União a nível internacional e é Vice-Presidente da Comissão.<br />
Trabalham cerca de 3 000 pessoas para a Comissão Europeia. A maior parte está<br />
sediada em Bruxelas, embora a Comissão tenha representações em todos os Estados-<br />
Membros e delegações noutros países.<br />
http://ec.europa.eu<br />
- 9 -
- 0 -<br />
Tribunal de Justiça da União Europeia<br />
– o Estado de Direito<br />
O que se torna fascinante nas leis é que podem ser interpretadas de maneiras<br />
diferentes. A missão do Tribunal é garantir a interpretação e aplicação uniforme da<br />
legislação da UE em todos os Estados-Membros, de modo a que a lei seja igual para<br />
todos, garantindo que os tribunais nacionais não decidam de forma diferente sobre a<br />
mesma questão. Com sede no Luxemburgo, o Tribunal é constituído por um juiz de<br />
cada Estado-Membro.<br />
As resoluções do Tribunal são definitivas – não podendo ser refutadas pelos tribunais<br />
nacionais de qualquer país da UE!<br />
http://curia.europa.eu<br />
Tribunal de Contas Europeu<br />
– o valor do dinheiro<br />
O Tribunal verifica se os fundos da União Europeia, provenientes dos contribuintes,<br />
são cobrados de forma adequada e utilizados de acordo com a lei. O Tribunal de<br />
Contas, sedeado no Luxemburgo, também fiscaliza as contas da Comissão Europeia<br />
e publica relatórios anuais sobre o exercício financeiro precedente.<br />
http://eca.europa.eu<br />
Outras instituições da UE:<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
Comité Económico e Social Europeu – www.eesc.europa.eu<br />
Comité das Regiões – www.cor.europa.eu<br />
Banco Central Europeu – www.ecb.int<br />
Banco Europeu de Investimento – www.eib.org<br />
Para saberes mais:<br />
http://europa.eu/<br />
www.eurocid.pt<br />
Age localmente!<br />
A União Europeia (UE) parece estar muito distante da tua comunidade, a política<br />
é um assunto que não te desperta muito interesse, no entanto, há uma questão<br />
que te apaixona, uma causa que te sentes pronto(a) a defender... então, o que<br />
podes fazer?<br />
As tuas escolhas não se encontram limitadas ao processo político ‘formal’. Os indivíduos<br />
motivados – para além dos nossos representantes eleitos – podem influenciar a<br />
tomada de decisões através da sociedade civil organizada. Por exemplo, se pertences<br />
a uma organização de juventude isso pode significar que já assumiste um papel activo<br />
na sociedade civil. E muitos desses grupos locais pertencem a redes europeias.<br />
O Comité Económico e Social Europeu (CESE) representa os interesses da sociedade<br />
civil organizada. Nesta instituição, as organizações da sociedade civil dão o seu parecer<br />
sobre toda a legislação da UE e onde podes ser ouvido(a) através da associação a<br />
que pertences.<br />
Não comeces por Bruxelas. Começa mais perto de casa. Age<br />
localmente, organiza-te e encontra aliados – não apenas no teu<br />
país, mas por toda a <strong>Europa</strong>. Vais acabar por descobrir que é<br />
possível uma plataforma de cooperação pela tua causa.<br />
Martin Chren, o membro mais novo do CESE, economista da<br />
Fundação F. A. Hayek em Bratislava e blogger entusiasta<br />
Embora o CESE seja um órgão consultivo, não responde apenas a propostas de outras<br />
instituições. Também emite pareceres sobre assuntos que julga serem actuais e de<br />
interesse, por sua própria iniciativa, tais como um relatório apresentado recentemente<br />
sobre o Facebook e outras redes sociais.<br />
Para saberes mais:<br />
www.eesc.europa.eu<br />
www.youtube.com/user/EurEcoSocCommittee<br />
- -
- -<br />
A <strong>Europa</strong> precisa de ti!<br />
Hoje em dia, os países dependem cada vez mais uns dos outros. Problemas<br />
globais como as alterações climáticas, o crime organizado e a instabilidade<br />
económica só podem ser combatidos através da cooperação internacional. Os<br />
países europeus, com o apoio da União Europeia (UE), podem reunir esforços<br />
de cooperação e de coordenação para resolver estas questões. Tu também és<br />
afectado por estas questões – a UE precisa que te envolvas!<br />
A União Europeia acolhe cerca de 500 milhões de cidadãos de 7 Estados-Membros.<br />
As diversas áreas de actuação da UE, que integram matérias como os direitos<br />
fundamentais e a protecção e sustentabilidade ambiental, afectam a vida diária de<br />
todos os cidadãos, sendo por isso importante fazer parte do processo de tomada de<br />
decisões. Eis como te podes envolver e participar.<br />
Participação activa<br />
Nas eleições autárquicas, legislativas e europeias e desde que já tenhas 8 anos,<br />
podes exercer o teu direito de voto. Mesmo nas grandes democracias como a UE,<br />
cada voto conta e pode fazer a diferença nos resultados.<br />
Independentemente de a política te interessar ou não, a verdade é que quase todas as<br />
questões que te afectam são reguladas por leis decididas pelo processo político. Uma<br />
democracia saudável exige que os seus cidadãos exerçam o direito de voto, de quatro<br />
ou de cinco em cinco anos, mas também que assumam atitudes de compromisso,<br />
envolvimento, iniciativa e consciência democrática – e isto<br />
também se aplica aos jovens como tu.<br />
Mas, para teres uma opinião e exprimila,<br />
já não precisas de esperar até<br />
poderes votar! Hoje em dia, dispões<br />
de imensas possibilidades para<br />
te envolveres e participares no<br />
processo político europeu.<br />
Apresentamos-te algumas<br />
sugestões, mas há muitas<br />
outras causas interessantes a<br />
que te podes dedicar.<br />
A oportunidade para fazeres a diferença<br />
O EU Tube<br />
Faz novas descobertas sobre a União Europeia nos inúmeros vídeos do seu canal no<br />
YouTube. Podes dar a tua opinião na secção dos comentários ou publicar uma vídeoresposta<br />
a uma das centenas de clipes.<br />
www.youtube.com/user/eutube<br />
Parlamento Europeu dos Jovens<br />
Porque não aderir ao Parlamento Europeu dos Jovens? É uma rede de 3 organizações<br />
europeias em que milhares de jovens europeus participam em sessões internacionais,<br />
nacionais e regionais, discutindo as questões políticas que lhes dizem respeito e<br />
fazendo novos amigos e contactos.<br />
www.eypej.org<br />
Portal Europeu da Juventude<br />
Existem muitas organizações que promovem os interesses dos jovens na <strong>Europa</strong>.<br />
Podes ter uma visão geral sobre escola, trabalho, voluntariado, viagens, etc., no<br />
seguinte site:<br />
http://europa.eu/youth<br />
Até tens uma página cheia de ligações a organizações que promovem a cidadania<br />
activa dos jovens e ainda sugestões de como te candidatares ao financiamento do teu<br />
próprio projecto.<br />
http://europa.eu/youth/active_citizenship/index_eu_en.html.<br />
Para saberes mais:<br />
http://europa.eu/take-part/index_pt.htm<br />
www.eurocid.pt<br />
- 3 -
- 4 -<br />
Aprender a <strong>Europa</strong> com o Centro de<br />
Informação Europeia Jacques Delors<br />
Nas instalações do CIEJD tens à tua disposição uma <strong>Biblioteca</strong> com mais de<br />
40.000 referências e computadores com ligação à Internet para consultares os<br />
sites mais relevantes sobre a UE.<br />
Entre os temas em foco nas actividades do CIEJD<br />
destacamos a Energia e Alterações Climáticas,<br />
O Tratado de Lisboa e Preparar o Futuro da UE.<br />
Queres saber mais sobre estes assuntos? Pede a um<br />
professor que organize uma sessão, na tua escola ou<br />
no CIEJD, pelo e-mail: formacao@ciejd.pt. Aproveita<br />
ainda para navegares no site do Centro e vê todos os materiais desenvolvidos para te<br />
ajudar na compreensão destas temáticas. Em nome da Comissão Europeia, o CIEJD,<br />
gere projectos realizados por um conjunto de entidades que, assim, contribuem para a<br />
comunicação sobre a União Europeia.<br />
Energia e Alterações Climáticas<br />
A Política Energética Europeia, as<br />
alterações do clima e as mudanças de<br />
atitude a implementarmos no nosso<br />
quotidiano são os principais desafios<br />
das apresentações desenvolvidas pelo<br />
CIEJD. Procura-as na internet.<br />
Jogos / quizzes:<br />
Junta-te à equipa de<br />
agentes ecológicos<br />
secretos e ajuda a<br />
salvar o planeta!<br />
(Responsável:<br />
Agência Europeia do<br />
Ambiente)<br />
<strong>Como</strong> é que o meu estilo de vida se relaciona<br />
com a emissão global de “gases nocivos”? Que<br />
opções tenho para reduzir os meus contributos?<br />
(Responsável: Comissão Europeia. Centro<br />
Comum de Investigação)<br />
Descobre a resposta certa a<br />
questões sobre geografia física,<br />
flora, fauna e tecnologia limpa<br />
de tratamento e reciclagem.<br />
(Responsável: Comissão<br />
Europeia. DG Ambiente)<br />
Desvenda a<br />
mensagem do<br />
pergaminho da<br />
arca do castelo na<br />
Escócia.<br />
(Responsável:<br />
Comissão Europeia.<br />
DG Ambiente)<br />
Testa os teus conhecimentos sobre questões<br />
ambientais e a tua memória visual.<br />
(Responsável: Comissão Europeia. DG Ambiente)<br />
Com o apoio da Comissão Europeia, a APEA (Associação<br />
Portuguesa de Engenharia do Ambiente) e o GEOTA<br />
(Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e<br />
Ambiente) conceberam duas publicações sobre Energia<br />
e Alterações Climáticas dirigidas aos estudantes do<br />
3º ciclo do Ensino Básico. Procura-as no site www.eurocid.pt.<br />
Preparar o Futuro da UE<br />
Para te ajudar na compreensão deste tema, o Centro de<br />
História Contemporânea e Relações Internacionais (CHRIS)<br />
e a LearnAbout, com o apoio da Comissão Europeia,<br />
conceberam respectivamente a revista “A <strong>Europa</strong> nas nossas<br />
mãos - Cria, Imagina, Inova“ e o Manual do Professor, e o site<br />
www.prepararfuturo-ue.eu. Procura na internet.<br />
O Tratado de Lisboa<br />
Compreender as principais alterações no <strong>funciona</strong>mento da UE decorrentes da entrada<br />
em vigor do Tratado de Lisboa a de Dezembro de 009<br />
são o objectivo de sessões de informação e debate que<br />
podes organizar com os teus professores!<br />
Com o apoio da Comissão Europeia, o CHRIS desenvolveu<br />
também uma publicação sobre esta temática. Procura a<br />
versão online em www.eurocid.pt.<br />
Links úteis: www.eurocid.pt<br />
www.aprendereuropa.pt<br />
http://eventos-energiaclima.apea.pt<br />
www.geota.pt<br />
www.chrisinternacional.com<br />
Contactos: Centro de Informação Europeia Jacques Delors<br />
Palacete do Relógio – Cais do Sodré – 00-450 Lisboa<br />
Email: geral@ciejd.pt<br />
Tel. +35 5 000 Fax. +35 5 049<br />
- 5 -
- 6 -<br />
<strong>Como</strong> são feitas as leis<br />
A União Europeia (UE) orgulha-se de possuir das mais exigentes leis em matéria<br />
de defesa do consumidor e agora conseguiu acabar com o ‘roubo’ dos preços<br />
cobrados pela utilização do telemóvel em roaming – mensagens, chamadas e<br />
acesso à Internet quando se usa o telemóvel no estrangeiro. <strong>Como</strong> é que isto<br />
aconteceu?<br />
O Regulamento Europeu para o Roaming 007, que introduziu a Eurotarifa para as<br />
chamadas efectuadas e recebidas em viagem na UE, exigia que a Comissão Europeia,<br />
decorrido um ano, revisse a lei relativamente a mensagens de texto (SMS) e acesso<br />
à Internet. Os operadores de comunicações móveis estariam a competir de forma<br />
eficaz, reduzindo os preços e melhorando os serviços? Ou estariam a enganar os<br />
consumidores?<br />
Conseguir preços mais justos para os consumidores tinha a resistência dos operadores<br />
de comunicações móveis, que corriam o risco de perder receitas...<br />
Serviços de dados móveis e mensagens de texto<br />
O Regulamento sobre serviços de Roaming acabou por ser alterada e incluir:<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
Limite das tarifas de SMS: Os consumidores pagam agora um máximo de<br />
0,11€ por mensagem de texto (sem IVA) enviada de um Estado-Membro,<br />
enquanto os SMS recebidos noutro país da UE continuam a ser grátis.<br />
Preço máximo grossista de dados: O preço grossista de dados – o que os<br />
operadores de comunicações móveis pagam uns aos outros para fornecerem<br />
serviços de roaming – é limitado a 0,80€ por Megabyte descarregado.<br />
Limite máximo de facturação: Para evitar ‘facturas astronómicas’, a ligação<br />
móvel à Internet em roaming é bloqueada, por defeito, assim que a mesma<br />
atinja o limite de 50 euros por mês.<br />
Facturação ao segundo: A facturação é realizada ao segundo – a partir<br />
do primeiro segundo nas chamadas recebidas no estrangeiro, podendo<br />
ser aplicado um período de facturação não superior a 30 segundos nas<br />
chamadas efectuadas no estrangeiro.<br />
<strong>Como</strong> são<br />
feitas as leis<br />
A Comissão Europeia<br />
apresenta uma proposta de<br />
lei sempre que considere<br />
necessário ou por solicitação<br />
de outra instituição da UE ou<br />
por iniciativa de cidadãos.<br />
Antes de elaborar uma<br />
proposta, a Comissão promove um debate público com as partes interessadas, tais como<br />
os governos nacionais, regionais e locais, as associações industriais, as organizações<br />
de defesa do consumidor e as ONG (Organizações Não Governamentais). Compete<br />
ainda à Comissão Europeia avaliar o impacte da proposta.<br />
Em seguida, a proposta é enviada aos legisladores da UE – o Parlamento Europeu<br />
e o Conselho da União Europeia. O Parlamento assume uma posição sobre a<br />
proposta, o que pode vir a ser um processo<br />
demorado, dado que os diversos grupos<br />
políticos representam interesses diferentes.<br />
O mesmo acontece com o Conselho, onde<br />
os governos nacionais têm diferentes pontos<br />
de vista e prioridades.<br />
Se o Parlamento e o Conselho concordarem,<br />
então a nova lei pode ser adoptada. Foi o que<br />
aconteceu com o Regulamento dos serviços<br />
de Roaming, cujo processo se veio a revelar<br />
muito pacífico. Se não concordarem, a lei<br />
Representação<br />
de interesses<br />
Os grupos de interesses influenciam os<br />
legisladores da UE com o objectivo de os<br />
persuadirem a preparar ou a modificar as<br />
leis que afectem os seus membros. Leis<br />
europeias, como esta, têm um impacte directo<br />
nas empresas e nos consumidores.<br />
Sabias que...?<br />
Antigamente, um<br />
consumidor português<br />
para enviar uma<br />
mensagem de texto da<br />
Suécia pagava 0,65€.<br />
Actualmente paga 0,13€.<br />
passa por um ‘processo de conciliação’ para que se chegue a um acordo entre estas<br />
duas instituições. Assim que uma lei é aprovada pela UE, todos os Estados-Membros<br />
devem adaptá-la à sua legislação nacional.<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/yourvoice/index_pt.htm> Consultas<br />
http://ec.europa.eu/roaming<br />
- 7 -
- 8 -<br />
Muito mais do que trocos<br />
Com 4 ,5 mil milhões de euros na tua conta, serias pelo menos duas vezes mais<br />
rico do que a pessoa mais rica do mundo.<br />
O orçamento anual da União Europeia (UE) é aproximadamente 4 ,5 mil milhões<br />
de euros. É enorme o impacte na <strong>Europa</strong> de uma soma tão avultada, se bem que<br />
represente apenas cerca de % da riqueza da UE. <strong>Como</strong> deves imaginar, decidir<br />
como distribuir o orçamento da UE dá muitas vezes origem a debates políticos acesos<br />
visto que os representantes nacionais se esforçam por responder a pedidos que<br />
frequentemente entram em conflito.<br />
E tu, como é que gastarias este montante? A gestão dos dinheiros públicos é de uma<br />
grande responsabilidade: as necessidades a curto prazo devem ser examinadas sem<br />
esquecer os investimentos a longo prazo e os compromissos anteriormente assumidos;<br />
e, também, é necessário cuidado para não haver derrapagens.<br />
Um orçamento equilibrado<br />
O orçamento da UE é executado segundo o princípio do equilíbrio.<br />
Resumidamente, a União Europeia só pode gastar o dinheiro que tem. Mas,<br />
também significa que a UE não está endividada porque não pode pedir dinheiro<br />
emprestado. Ora aqui está uma boa ideia para a gestão das nossas finanças!<br />
De onde é que vem o dinheiro?<br />
São diversas as fontes de receita da UE. A maior parte do dinheiro vem, sem dúvida,<br />
da contribuição dos governos nacionais.<br />
%<br />
%<br />
%<br />
76%<br />
• 76% Contribuições nacionais, calculadas<br />
a partir do rendimento nacional bruto<br />
• 12% Impostos sobre produtos<br />
importados pela UE<br />
• 11% Uma pequena percentagem do<br />
imposto de valor acrescentado (IVA)<br />
cobrado nos 7 países da UE<br />
• 1% Diversos: contribuições dos<br />
funcionários da União Europeia,<br />
montantes não utilizados de anos<br />
E para onde vai?<br />
As prioridades dos gastos da UE são definidas de sete em sete anos. Para o período<br />
de 007 a 0 3, o orçamento geral está estimado nuns incríveis 975.000.000.000<br />
euros – um pouco menos que um bilião de euros! Contudo, há escolhas a fazer.<br />
Embora haja alguma margem de manobra para reajustamentos anuais, o dinheiro é<br />
globalmente gasto em:<br />
• 44% Crescimento sustentável e emprego:<br />
Para continuar a ser competitiva, a UE investe fortemente na educação, formação,<br />
investigação e infra-estruturas, sem descurar<br />
o apoio aos mais desfavorecidos.<br />
• 43% Recursos naturais:<br />
É necessário equilíbrio entre os apoios aos<br />
agricultores – tão criticados no passado – e<br />
as novas iniciativas para reduzir as alterações<br />
climáticas.<br />
• 6% A UE enquanto parceiro global<br />
A UE é o maior prestador de assistência<br />
em todo o mundo, providenciando ajuda de<br />
emergência e apoio a longo prazo aos países<br />
em vias de desenvolvimento.<br />
• 6% Diversos:<br />
Cobre na sua maior parte as despesas administrativas das instituições da UE.<br />
• 1% Cidadania, liberdade, segurança e justiça:<br />
Para além da protecção das fronteiras e da salvaguarda da saúde pública, a UE<br />
financia ainda programas culturais e programas para jovens.<br />
A discussão sobre o orçamento para os próximos sete anos começa em breve. Se<br />
quiseres saber como os fundos europeus estão a ser gastos na região, podes introduzir<br />
o código postal em http://ec.europa.eu/beneficiaries/fts/index_en.htm. Junta-te ao<br />
debate sobre o futuro da UE e envia-nos uma opinião para BUDG-budget-inbox@<br />
ec.europa.eu.<br />
anteriores. Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/dgs/budget/index_pt.htm<br />
Sabias que...?<br />
Só em 0 0, estão<br />
a ser gastos 64,3<br />
mil milhões de euros<br />
no crescimento<br />
da <strong>Europa</strong> e na<br />
manutenção e<br />
criação de emprego<br />
resultante da<br />
crise económica e<br />
financeira.<br />
- 9 -
- 0 -<br />
Money, money, money<br />
O que é que tens no bolso? Para milhões de europeus é uma moeda única – o<br />
Euro – utilizado em muitos países da <strong>Europa</strong>.<br />
Os últimos 0 anos testemunharam a maior mudança de moedas na história do<br />
continente, com 6 dos 7 países da União Europeia (UE) a adoptarem o euro como<br />
moeda oficial. Actualmente, o euro pode ser utilizado numa área que se estende do<br />
Mediterrâneo até ao Círculo Árctico. Outros países da UE seguir-se-ão, assim que<br />
estiverem em condições de o fazer.<br />
Uma moeda mundial<br />
O euro é agora utilizado por quase 330 milhões de pessoas todos os dias. É a segunda<br />
maior moeda de reserva do mundo e, em 006, a sua cotação ultrapassou o dólar<br />
americano, tornando-se na moeda com o maior valor em circulação.<br />
Para além de ser obviamente muito prático, o euro é também um dos símbolos mais<br />
palpáveis da integração europeia. Sendo uma moeda tão importante, o euro confere à<br />
UE uma voz mais forte na economia global.<br />
Datas-chave<br />
1999 Lançamento do euro<br />
como moeda virtual<br />
2002 São introduzidas as<br />
notas e moedas em<br />
euros em países da<br />
UE<br />
2007 Eslovénia adere ao euro<br />
2008 Chipre e Malta adoptam<br />
o euro<br />
2009 Eslováquia adere ao<br />
euro<br />
Para saberes<br />
mais:<br />
http://www.eurocid.<br />
pt/euro<br />
Viajar e comprar na <strong>Europa</strong>:<br />
é mais fácil gastar!<br />
Quando se viajava para o estrangeiro, tínhamos de recorrer às casas de câmbio, realizar<br />
conversões complicadas e transacções dispendiosas. No regresso a casa, trazíamos<br />
na bagagem uma colecção interminável e inútil de notas e moedas estrangeiras.<br />
Tudo isto acabou dentro da zona euro. O que torna tudo mais fácil e ainda poupamos<br />
dinheiro!<br />
Não é só para turistas...<br />
O euro não é apenas vantajoso para os turistas. Os países da zona euro<br />
beneficiam de: taxas de inflação e de juro mais baixas, maior estabilidade, mais<br />
investimentos e comércio, e também mais concorrência. Mais benefícios para<br />
todos.<br />
Uma aula de história de bolso?<br />
As notas de euro, emitidas pelo Banco Central Europeu, exibem sete estilos<br />
arquitectónicos da história cultural europeia, oferecendo-nos uma aula de história de<br />
épocas e estilos arquitectónicos europeus, embora muitos de nós nunca venham a ter<br />
uma nota de 500 euros na carteira!<br />
As moedas cunhadas são emitidas de acordo com o tamanho relativo do país (por<br />
exemplo, existem mais euros com os símbolos da Alemanha do que com os de Malta).<br />
As moedas têm um lado comum, europeu, e uma face nacional, com os seus próprios<br />
desenhos, tal como os antigos selos reais de D. Afonso Henriques de Portugal ou a<br />
efígie do Rei Alberto II da Bélgica.<br />
Qualquer nota ou moeda de euro pode ser<br />
utilizada em qualquer país da zona euro.<br />
Para saberes mais:<br />
www.dgo.pt/Euro/notas.htm<br />
www.ecb.int/home > The<br />
€uro<br />
- -
- -<br />
Agora o mais complicado – concentra-te!<br />
Embora para a maior parte de nós o que interessa é quanto dinheiro se tem na carteira,<br />
ninguém se apercebe que por detrás de cada nota ou moeda de euro há um sistema<br />
regulador importantíssimo.<br />
Quem é que pode aderir?<br />
Todos os países da UE deverão aderir ao euro assim que reunirem as condições<br />
necessárias, os chamados ‘critérios de Maastricht’. O Reino Unido e a Dinamarca<br />
negociaram uma opção de exclusão, embora se o desejarem, possam aderir no<br />
futuro.<br />
Os ‘critérios de Maastricht’<br />
Os critérios de Maastricht, também designados por ‘critérios de convergência’, são<br />
critérios políticos e económicos, acordados no Tratado de Maastricht, em 99 , que<br />
têm de ser cumpridos pelos Estados-Membros para que possam adoptar a moeda<br />
única quando estiverem economicamente preparados.<br />
Os Critérios de Maastricht<br />
O que medem? <strong>Como</strong> é medido? Critérios de convergência<br />
Estabilidade dos preços Taxa harmonizada de inflação de<br />
preços no consumidor<br />
Robustez das finanças<br />
públicas<br />
Sustentabilidade das finanças<br />
públicas<br />
Défice orçamental à percentagem<br />
do Produto Interno Bruto (PIB)<br />
Dívida pública à percentagem<br />
do PIB<br />
Não superior a 1,5 pontos<br />
percentuais dos três Estados-<br />
Membros com melhores<br />
resultados em termos de<br />
estabilidade de preços.<br />
Valor de referência: igual ou<br />
inferior a 3% do PIB.<br />
Valor de referência: igual ou<br />
inferior a 60% do PIB.<br />
Durabilidade da convergência Taxa de juro a longo prazo Não superior a 2 pontos<br />
percentuais da média dos três<br />
Estados-Membros com melhores<br />
resultados em termos de<br />
estabilidade dos preços.<br />
Estabilidade cambial Desvio da taxa de câmbio central Participação no Mecanismo<br />
de Taxas de Câmbio Europeu<br />
durante dois anos antes da<br />
adopção do euro.<br />
Para saberes mais:<br />
www.bportugal.pt > Politica Monetária<br />
Quem é que mexe os cordelinhos na zona<br />
euro?<br />
Antes da introdução do euro, cada país era responsável pela sua moeda e política<br />
monetária. Com a adesão à moeda única, estas funções passaram a ser executadas<br />
por uma autoridade centralizada – de outro modo, seria como ter uma orquestra com<br />
diversos maestros.<br />
O Banco Central Europeu<br />
O Banco Central Europeu (BCE), com sede em Frankfurt, é independente e livre de<br />
qualquer interferência política. A sua principal missão é preservar o poder de compra<br />
dos cidadãos, mantendo a inflação abaixo mas próxima dos 2%. Só o Conselho Geral,<br />
constituído pelo Comité Executivo do BCE e os governadores dos bancos centrais<br />
dos Estados-Membros que tiverem aderido à zona euro, podem tomar decisões sobre<br />
políticas monetárias.<br />
O Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC)<br />
Se bem que o BCE seja o único actor na política monetária da zona euro, cabe a<br />
cada Estado-Membro gerir a sua economia e tomar decisões relativamente ao seu<br />
orçamento e taxas. O Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) foi adoptado<br />
para evitar que políticas nacionais irresponsáveis tivessem efeitos nocivos sobre o<br />
crescimento e a estabilidade económica dos países da área do euro.<br />
A Comissão Europeia controla os défices e dívida pública, que têm de ser inferiores a<br />
3% e 60% do Produto Interno Bruto (PIB) respectivamente. Valores superiores a estes<br />
limites podem levar a sanções contra o país em questão e, em último caso, incluir uma<br />
penalização financeira.<br />
Para saberes mais:<br />
www.ecb.int/ecb/html/index.pt.html<br />
- 3 -
- 4 -<br />
Unidos na diversidade regional<br />
A UE é um gigantesco mosaico de 7 regiões.<br />
Todos temos uma determinada identidade nacional mas, para muitos de nós, a região<br />
ou País donde somos originários é igualmente importante. Muitas regiões têm tradições<br />
próprias tais como a culinária, o vestuário, a música ou a dança. Mas, para além da<br />
sua cultura, as regiões também têm um papel económico determinante.<br />
Motores de<br />
desenvolvimento<br />
É nas regiões que tudo acontece. É aí<br />
que nascem e crescem as pequenas<br />
empresas, criando emprego e fomentando<br />
o crescimento económico. Dotadas de<br />
apoios adequados, as pequenas empresas<br />
podem tornar-se verdadeiros focos de<br />
dinamismo e de inovação. Interessada em<br />
aproveitar o seu potencial, a UE leva a cabo<br />
políticas conjuntamente com parceiros<br />
locais, que beneficiam as regiões. Estas<br />
medidas abrangem todas as 7 regiões,<br />
se bem que seja dada mais ajuda às que<br />
mais necessitam dela.<br />
Perto de casa<br />
Portugal vai receber mais de ,5 mil milhões de euros em fundos de apoio regional da<br />
União Europeia entre 007 e 0 3. Vê como estes fundos estão a ser aplicados na tua<br />
região em: http://ec.europa.eu/regional_policy/atlas2007/portugal/index_pt.htm<br />
Portugal: mais de 21,5 mil milhões<br />
de euros<br />
A famosa Torre de Belém, construída junto ao rio<br />
Tejo para comemorar os descobrimentos e as<br />
viagens marítimas dos navegadores portugueses,<br />
sofreu obras de recuperação com o apoio do Fundo<br />
Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/regional_policy/index_en.htm<br />
A intolerância não será tolerada<br />
A União Europeia está empenhada em defender os Direitos Fundamentais e a<br />
celebrar a diversidade. Apesar disso, fenómenos como o racismo e a xenofobia<br />
ainda persistem na sociedade de hoje.<br />
Na União Europeia é proibida por lei qualquer forma de discriminação com base na raça<br />
ou etnia. Contudo, o racismo e a discriminação assumem diferentes formas, algumas<br />
mais subtis do que outras. É frequente a intolerância ter como matriz a aparência<br />
das pessoas (cor de pele, deficiência, género, idade, etc.) ou diferenças de religião,<br />
política, orientação sexual...<br />
A Carta dos Direitos Fundamentais<br />
A UE estabeleceu como primeiro objectivo promover os direitos humanos dentro da<br />
União e no mundo. Os direitos de cada um dos cidadãos da UE estão consagrados<br />
nalguns documentos essenciais, tais como os Tratados fundadores da União Europeia,<br />
as constituições nacionais ou as tradições constitucionais e a jurisprudência decorrente<br />
do Tribunal Europeu de Justiça ou do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.<br />
<strong>Como</strong> estes direitos foram estabelecidos em momentos e de modos diferentes, a UE<br />
decidiu torná-los mais claros e compilá-los todos num único documento – a Carta dos<br />
Direitos Fundamentais.<br />
Artigo 21(1)<br />
da Carta dos<br />
Direitos<br />
Fundamentais<br />
“É proibida a discriminação em razão,<br />
designadamente, do sexo, raça, cor ou<br />
origem étnica ou social, características<br />
genéticas, língua, religião ou convicções,<br />
opiniões políticas ou outras, pertença<br />
a uma minoria nacional, riqueza,<br />
nascimento, deficiência, idade ou<br />
orientação sexual.”<br />
Conheço os meus direitos e, na minha perspectiva,<br />
a igualdade é o direito fundamental mais importante,<br />
uma vez que todos os cidadãos devem ser<br />
reconhecidos perante a lei de uma forma semelhante<br />
e justa sem qualquer tipo de discriminação.<br />
Catarina, 19<br />
- 5 -
- 6 -<br />
Com os seus 54 artigos, a Carta dos<br />
Direitos Fundamentais enuncia um<br />
amplo conjunto de Direitos, incluindo:<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
o direito à dignidade humana;<br />
o direito à vida;<br />
o direito ao respeito pela vida<br />
privada e familiar;<br />
a proibição da escravidão;<br />
o direito a um julgamento justo;<br />
o direito à liberdade de expressão;<br />
e o direito de voto e de<br />
elegibilidade.<br />
Os direitos dos jovens<br />
A Carta dos Direitos Fundamentais tem também um artigo sobre os direitos das crianças<br />
-entendendo-se por criança todo o ser humano<br />
menor de 8 anos de idade. Neste domínio, a<br />
Carta baseia-se e remete para a Convenção<br />
dos Direitos da Criança das Nações Unidas,<br />
importante instrumento legal, onde são<br />
enumerados todos os seus direitos.<br />
O interesse superior da<br />
criança: este é o princípio<br />
orientador para todos os<br />
adultos quando tomam decisões<br />
pelas crianças.<br />
Ao tomar decisões por uma criança, o adulto deve ter<br />
em consideração de que modo essa decisão a vai afectar.<br />
A aprovação deste princípio é uma das conquistas mais<br />
progressistas ao reconhecer que uma criança é um<br />
indivíduo com direitos.<br />
Sabias que...?<br />
No ano passado, um em<br />
cada quatro europeus<br />
presenciou um episódio de<br />
discriminação ou assédio,<br />
enquanto um em cada seis<br />
afirma ter sido pessoalmente<br />
discriminado.<br />
(Eurobarómetro, 009)<br />
Tal como inscrito na Convenção dos Direitos da Criança, os direitos dos jovens são:<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
o direito ao desenvolvimento pessoal;<br />
o direito a ver respeitadas as suas opiniões e os seus melhores interesses tomados<br />
em consideração em todos os momentos;<br />
o direito a um nome e uma nacionalidade, à liberdade de expressão e ao acesso à<br />
informação que lhes diga respeito;<br />
o direito a viver num ambiente familiar ou sob cuidados alternativos, e a manter<br />
contacto com ambos os pais, sempre que possível;<br />
o direito à saúde e ao bem-estar, incluindo os direitos das crianças com deficiência,<br />
o direito a cuidados médicos e à segurança social;<br />
o direito à educação, ao lazer, à cultura e às artes;<br />
protecção especial às crianças refugiadas, às crianças no sistema de justiça<br />
juvenil, às crianças privadas de liberdade e crianças que sofram qualquer forma<br />
de exploração, económica, sexual ou outra.<br />
Todas as instituições da UE (Conselho, Parlamento e Comissão) têm de<br />
respeitar os Direitos e observar os princípios estabelecidos pela Carta. A Carta<br />
é também aplicada quando os Estados-Membros implementam legislação<br />
europeia, ou seja, quando põem em prática medidas da área de competência da<br />
UE. Deste modo, os juízes europeus garantem que sejam respeitados os teus<br />
direitos.<br />
Para mais informação e conselhos sobre estas questões, podes contactar the<br />
Equality and Human Rights Commission (www.equalityhumanrights.com), a<br />
Fundação Pro-dignitate www.prodignitate.pt, ou ainda a Amnistia Internacional<br />
(www.amnistia-internacional.pt).<br />
Direitos do trabalho<br />
No domínio do emprego e segundo a legislação europeia, é proibido discriminar<br />
com base na raça ou origem étnica, religião ou crença, idade, orientação sexual ou<br />
deficiência. Presentemente, estão em curso diligências para ampliar estes direitos a<br />
outras áreas que incluem a protecção social, os cuidados de saúde, a educação e o<br />
acesso a bens e serviços comerciais.<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/justice_home/unit/charte/index_en.html<br />
http://fra.europa.eu<br />
www.eucharter.org<br />
www.unicef.org/crc<br />
- 7 -
- 8 -<br />
Uma mão amiga<br />
<strong>Como</strong> ajudarias as pessoas mais carenciadas da tua comunidade? Fazendo<br />
trabalho voluntário para os sem-abrigo? Contribuindo com donativos para uma<br />
instituição de solidariedade? Fazendo companhia a idosos?<br />
Assim como todos nós podemos precisar de ajuda de vez em quando, é também da<br />
nossa responsabilidade ajudar os que precisam. Então, a quem podemos recorrer<br />
se estivermos desempregados ou nos<br />
sentirmos frustrados com a procura<br />
de emprego? A União Europeia pode<br />
ajudar...<br />
Fundo Social Europeu<br />
O Fundo Social Europeu (FSE) investe<br />
em projectos locais que ajudam as<br />
pessoas a desenvolverem as suas<br />
capacidades e a melhorar as suas<br />
oportunidades de emprego. Muitos<br />
destes projectos foram especialmente<br />
criados para apoiar aqueles que de outro<br />
modo teriam dificuldade em arranjar<br />
Sabias que...?<br />
0 0 é o Ano Europeu<br />
de Luta contra a Pobreza<br />
e a Exclusão Social. A<br />
pobreza não tem só a ver<br />
com dinheiro, mas também<br />
com a alimentação e as<br />
necessidades a nível<br />
energético.<br />
http://2010againstpoverty.eu<br />
emprego, tais como os jovens. Para quem estiver interessado em trabalhar por conta<br />
própria, o FSE também apoia os jovens empresários a desenvolverem a sua ideia de<br />
negócio.<br />
Novas competências para novos empregos<br />
Será que as competências que estás a adquirir na escola ainda serão úteis dentro<br />
de 0, 0 ou 30 anos? É difícil responder a esta pergunta dado o ritmo acelerado<br />
das mudanças sociais e tecnológicas. O que hoje em dia parece ser essencial pode<br />
muito bem tornar-se irrelevante enquanto terminas o curso. A mão-de-obra tem de se<br />
adaptar às novas necessidades e a União Europeia – através do FSE – será sempre<br />
uma ajuda na actualização dessas competências.<br />
© Stephen Eastop<br />
O FSE em acção<br />
O Bruno só tem 9 anos, mas já possui a sua empresa de consultoria no Porto,<br />
prestando apoio a empresas portuguesas e asiáticas. A ideia surgiu-lhe durante a sua<br />
permanência em Jacarta, Indonésia, durante um estágio da Network Contacto, cofinanciado<br />
pelo FSE.<br />
‘Novos Rumos’<br />
Confrontados com desafios a nível pessoal e<br />
contratempos a nível profissional, Fianne, Pedro, Julie<br />
e Viktor procuram dar um novo rumo às suas vidas.<br />
Os seus caminhos acabam por se cruzar quando<br />
são apoiados pelo FSE. Podes seguir a sua história<br />
na banda desenhada ‘Novos Rumos’, que podes<br />
descarregar em http://bookshop.europa.eu.<br />
Igualdade e diversidade<br />
Já foste julgado por alguém que não te conhece simplesmente porque tens uma<br />
aparência “diferente”? Ou já sentiste que estavas a ser tratado de uma forma diferente<br />
por causa de alguma característica que te distingue? A UE procura combater todas<br />
as formas de discriminação, em particular nas áreas da formação e do emprego,<br />
promovendo a ideia de que a diversidade é benéfica para a sociedade. Segundo as<br />
leis europeias, é proibido discriminar alguém por causa do seu género, raça ou origem<br />
étnica, religião ou crença, orientação sexual, deficiência e idade (demasiado velho ou<br />
demasiado novo). Cada país da UE tem a sua entidade nacional para a igualdade que<br />
apoia as vítimas de discriminação; descobre-a em www.equineteurope.org.<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/esf<br />
http://ec.europa.eu/antidiscrimination<br />
www.stop-discrimination.info<br />
www.acidi.gov.pt<br />
- 9 -
- 30 -<br />
Uma ponte entre as diferenças<br />
O fosso entre as regiões ricas e pobres da <strong>Europa</strong> é enorme: o rendimento médio<br />
no nordeste da Roménia representa apenas 4% da média global da União<br />
Europeia (UE) enquanto na cidade de Londres esse valor atinge os 335%.<br />
Um dos objectivos-chave da política regional é atenuar as disparidades entre as<br />
diversas regiões, ajudando as mais pobres a ‘apanhar a carruagem’ das mais<br />
abastadas através da promoção da inovação e da criação de emprego. Deste modo, a<br />
UE procura promover e consolidar a solidariedade entre regiões e pessoas.<br />
No período entre 007- 0 3, a União Europeia dispõe<br />
do total de 347,4 mil milhões de euros para cumprir<br />
este objectivo. A distribuição desta verba é conduzida<br />
através de três canais: o Fundo de Coesão, o Fundo<br />
Europeu de Desenvolvimento Regional e o Fundo<br />
Social Europeu, com investimentos que podem<br />
envolver desde construção de estradas e pontes,<br />
ao acesso à internet de alta velocidade e às energias<br />
renováveis.<br />
Quando acontece uma catástrofe<br />
Sabias<br />
que...?<br />
Uma em cada<br />
quatro regiões<br />
tem um PIB per<br />
capita inferior a<br />
75% da média<br />
europeia.<br />
Armazéns inundados, prédios destruídos por sismos, incêndios descontrolados<br />
cercando as cidades... os desastres naturais atingem indiscriminadamente qualquer<br />
local da <strong>Europa</strong>. Os efeitos são devastadores, paralisando regiões inteiras.<br />
Os custos de recuperação podem ser colossais. É vital restabelecer os serviços<br />
primários e ajudar as vítimas de forma rápida e eficaz, o que pode ser demasiado<br />
oneroso ou incomportável para os recursos nacionais. As regiões afectadas por<br />
catástrofes naturais podem receber ajuda extraordinária através do Fundo de<br />
Solidariedade da União Europeia.<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/regional_policy/index_en.htm > The means<br />
Uma <strong>Europa</strong> sem fronteiras<br />
A livre circulação de pessoas é um dos Direitos Fundamentais reconhecidos pela<br />
União Europeia, o que significa que podemos viajar, trabalhar, estudar e fixar<br />
residência onde quisermos dentro das fronteiras da União.<br />
Ir viver para outro país da UE foi, no passado, uma experiência frustrante: arranjar<br />
licença de residência, usar a carta de condução, candidatar-se a benefícios sociais...<br />
até atravessar a fronteira era uma tarefa complicada.<br />
Mas, felizmente, os tempos<br />
mudaram. Actualmente, as leis<br />
europeias permitem viver noutro<br />
país da UE sem ter que cumprir<br />
formalidades nem burocracias<br />
especiais. Com excepção<br />
da Bulgária, Chipre, Irlanda,<br />
Roménia e Reino Unido, a maior<br />
parte dos países aboliram o<br />
controlo nas suas fronteiras internas, criando o espaço Schengen.<br />
Novos desafios<br />
Há uma série de mudanças profundas trazidas pela abertura das fronteiras internas da<br />
UE. Eis algumas delas:<br />
»<br />
»<br />
Agora é tão fácil ir viver para outro<br />
Estado-Membro. Porque não<br />
aproveitar a oportunidade?<br />
Dansira, 22<br />
Na ausência de controlo das fronteiras internas, as fronteiras externas da UE<br />
tiveram de ser reforçadas.<br />
Os requerentes de asilo podem circular entre diferentes países da União e<br />
apresentar vários pedidos de asilo na procura de condições mais favoráveis.<br />
- 3 -
- 3 -<br />
»<br />
»<br />
Movimentando-se de um lado para o outro, os criminosos podem tentar escapar à<br />
justiça, o que requer uma maior coordenação entre as forças policiais dos Estados-<br />
Membros e os sistemas judiciais.<br />
A livre circulação de pessoas tem originado um maior número de relações<br />
internacionais, sejam elas comerciais ou privadas. Tendo em conta as diversas<br />
tradições europeias a nível legal, a UE trabalha para clarificar questões como o<br />
divórcio e, mais recentemente, as heranças de natureza internacional, bem como<br />
as transacções comerciais além-fronteiras.<br />
A resposta da UE a estes desafios, para o período de 2010-2014, é apresentada no<br />
chamado Programa de Estocolmo.<br />
Os teus direitos enquanto menor<br />
em disputas parentais além-fronteiras<br />
Quando famílias com membros de nacionalidades diferentes se separam,<br />
sucede com frequência os seus membros irem viver em países diferentes, o que<br />
pode implicar e provocar disputas familiares internacionais quanto à custódia<br />
dos filhos e ao pagamento da pensão de alimentos. Existem cada vez mais<br />
registos de sequestros internacionais de crianças, nos quais um dos pais leva o<br />
filho para um outro país da UE sem a autorização do outro progenitor. De forma<br />
a harmonizar e resolver estas situações, a UE tem em vigor leis que asseguram<br />
a resolução destes casos e a protecção do superior interesse da criança.<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/justice_home/fsj/ > Freedom to travel<br />
(Liberdade de viajar)<br />
http://ec.europa.eu/civiljustice/index_pt.htm > Divórcio,<br />
Responsabilidade Parental<br />
www.justice.gov.uk/whatwedo/divorcedissolutionandannulment.<br />
htm<br />
© CE - P-0 4670-00-<br />
Apetece-te mudar de sítio?<br />
Há imensas oportunidades se quiseres passar uns tempos noutro país da União<br />
Europeia, quer seja um intercâmbio escolar ou um ano numa universidade<br />
estrangeira, e ainda aprendes alguma coisa. Estudar no estrangeiro é um desafio,<br />
compensa e é uma experiência... inesquecível!<br />
A aprendizagem é um processo que dura a vida toda e, se bem que comece em<br />
casa, não é lá que termina. A UE dá-te possibilidades de estudar no estrangeiro em<br />
diferentes etapas – agora que estás na escola ou no futuro quando quiseres trabalhar.<br />
Lembra-te que, enquanto cidadão da União Europeia, tens o direito de estudar noutro<br />
país da UE! Então, estás à espera de quê? Põe os skate e mergulha numa cultura<br />
diferente, aprende um novo idioma e renova as tuas capacidades!<br />
Baptizados segundo personalidades famosas, os programas da UE parecem uma<br />
lista de ‘colunáveis’ da história europeia. Cada programa é uma experiência diferente,<br />
portanto só tens de procurar o que vai ao encontro dos teus interesses.<br />
Comenius<br />
Se a tua escola estiver envolvida no programa Comenius, podes visitar a escola<br />
parceira ou receber alunos estrangeiros. Pede ao teu professor para ver as diferentes<br />
opções.<br />
E se não for possível um intercâmbio deste tipo, podes sempre contactar com alunos<br />
de outros países numa sala de aula virtual. Graças à mais recente tecnologia, as<br />
escolas europeias podem tornar-se parceiras através do portal ‘eTwinning’ em<br />
www.etwinning.net.<br />
O Comenius está a crescer<br />
Podes não ter de esperar até à universidade para estudar sozinho no<br />
estrangeiro. A partir deste ano, os alunos do ensino secundário de 3 países<br />
da UE podem passar alguns meses fora, ficando em casa de uma família de<br />
acolhimento e frequentando uma escola. Se esta iniciativa tiver bons resultados,<br />
será alargada a toda a UE.<br />
- 33 -
- 34 -<br />
Erasmus<br />
O programa Erasmus é o mais conhecido dos programas de intercâmbio da UE<br />
(particularmente devido ao sucesso do filme ”A residência espanhola”). Todos os anos,<br />
cerca de 80.000 estudantes universitários – num total de mais de dois milhões desde<br />
o início do programa, em 987 – saem do seu país para estudar por um semestre<br />
ou dois ou para fazer um estágio. Enquanto estudantes do programa Erasmus, não<br />
têm de pagar propinas numa universidade estrangeira e regressam com os créditos<br />
obtidos no estrangeiro.<br />
Leonardo da Vinci<br />
Mas talvez estejas a aprender um ofício ou frequentes uma escola profissional e<br />
procures algo mais prático? Felizmente também existe um programa para ti! O<br />
projecto Leonardo da Vinci dá-te a possibilidade de fazer um estágio profissional ou<br />
praticar numa escola técnica noutro país da UE. Uma temporada no estrangeiro irá<br />
certamente ajudar-te a aperfeiçoar as tuas capacidades e a arranjar um emprego<br />
quando for caso disso! E já agora, mesmo que já tenhas um diploma podes beneficiar<br />
deste programa.<br />
Serviço Voluntário Europeu (SVE)<br />
Claro que nem toda a aprendizagem se passa num contexto de sala de aula. Há coisas<br />
que simplesmente não podem ser ensinadas por professores ou manuais. Fazer<br />
voluntariado num país diferente do seu é um modo de conhecer melhor outras culturas<br />
– e a si mesmo – e, simultaneamente, ajudar<br />
os outros. Em troca da adesão a uma acção de<br />
voluntariado a tempo inteiro, o SVE cobre as<br />
despesas e ainda te oferece a possibilidade de<br />
inúmeras descobertas.<br />
O SVE é apenas uma das vertentes do programa<br />
Juventude em Acção. Podes ainda participar num<br />
intercâmbio com um grupo de jovens ou fazer<br />
parte de uma iniciativa de outro país – na <strong>Europa</strong><br />
ou em qualquer outra parte do mundo!<br />
Para saberes mais:<br />
www.proalv.pt<br />
www.juventude.pt<br />
http://ec.europa.eu/education<br />
http://ec.europa.eu/youth<br />
Sabias que...?<br />
0 é o Ano<br />
Europeu do<br />
Voluntariado. Para<br />
saberes mais, vai a<br />
www.eyv2011.eu<br />
O SVE contribui para o tipo de sociedade em que quero<br />
viver, mas é muito mais do que isso. É um espaço<br />
para as minhas criações, ideias e comentários, espaço<br />
muitas vezes pedagógico: acções de rua, actividades<br />
com crianças, adultos, idosos, gente de todo o lado e de<br />
todas as raças. O SVE dá-te a noção bem mais real do<br />
que é o Mundo, abrindo novas perspectivas para a vida.<br />
Largar “tudo” e abraçar uma nova realidade, é algo<br />
que me proporcionou equilíbrio, auto-confiança e um<br />
conhecimento inédito de mim próprio, porque nunca<br />
antes me tinha lançado em tamanha aventura. Uma<br />
aventura onde nunca estás sozinho.<br />
Pedro<br />
- 35 -
- 36 -<br />
À procura de emprego<br />
Então, acabaste os estudos... e agora? Ao procurares o primeiro emprego, não te<br />
esqueças que podes trabalhar no estrangeiro...<br />
A possibilidade de viver no estrangeiro não termina com o fim da escolaridade.<br />
Enquanto cidadão europeu, tens o direito de trabalhar em qualquer país da UE. As<br />
autorizações de trabalho ou os exames médicos já não são um problema: dentro do<br />
espaço da União Europeia, tens os mesmos direitos em termos laborais e dispões<br />
de todas as vantagens sociais e fiscais – até mesmo o subsídio dos candidatos a<br />
emprego!<br />
Primeira etapa<br />
Por onde começar? Tenta o portal da rede EURES, o Portal Europeu para a<br />
Mobilidade Profissional. Podes enviar o teu CV e aceder a 750.000 vagas de emprego<br />
disponibilizadas por empregadores de toda a <strong>Europa</strong>. Mas a<br />
EURES é mais do que um portal do emprego. Trata-se de uma<br />
rede de cooperação de todos os serviços públicos de emprego<br />
da UE, como por exemplo, o Instituto de Emprego e Formação<br />
Profissional em Portugal. Existem mais de 800 conselheiros<br />
EURES, disponíveis para te informar e aconselhar acerca das<br />
condições de vida e de trabalho em qualquer país da UE.<br />
‘Entraremos em contacto<br />
consigo…’<br />
Imagina que, depois de pesquisar a base de dados<br />
EURES, acabas por encontrar um emprego no<br />
estrangeiro a que gostarias de te candidatar. E as<br />
dúvidas não param. Será que os procedimentos<br />
de candidatura são diferentes dos do teu país?<br />
Encontras todas as respostas em ’Entraremos em<br />
contacto consigo…’, uma publicação da Comissão<br />
Europeia que trata de todas estas questões – e para<br />
cada um dos países da UE! Podes encomendar o teu<br />
exemplar gratuito em:<br />
http://bookshop.europa.eu<br />
Para saberes mais:<br />
http://eures.europa.eu<br />
http://ec.europa.eu/social/<br />
www.iefp.pt<br />
Investigadores em movimento<br />
Acorrentado a um banco de laboratório? Esquece. Os investigadores e os<br />
cientistas de hoje andam de um lado para o outro, trabalhando onde sejam<br />
necessários.<br />
Uma carreira na área da<br />
ciência é um desafio exigente<br />
mas também uma experiência<br />
gratificante, em imensas áreas<br />
fascinantes – e locais também!<br />
Divulgar o<br />
conhecimento<br />
através das<br />
pessoas<br />
Para que as descobertas<br />
científicas possam beneficiar<br />
a sociedade em geral, é<br />
preciso que o conhecimento<br />
não permaneça encerrado<br />
nas instituições ou dentro das<br />
fronteiras nacionais – deve<br />
circular livremente, tal como<br />
as pessoas e o dinheiro. Isto<br />
“És Marie Curioso?”<br />
Estás pronto para uma carreira<br />
científica emocionante depois de<br />
terminares os teus estudos? As<br />
acções Marie Curie podem apoiarte<br />
quando acabares o teu curso,<br />
qualquer que seja a tua nacionalidade.<br />
Com uma bolsa Marie Curie, podes<br />
aprender com os melhores e os mais<br />
brilhantes cientistas em qualquer<br />
parte do mundo! Este programa<br />
único da UE, desde que foi lançado<br />
em 996, já ajudou milhares de<br />
investigadores. Então, e tu e a tua<br />
carreira de sonho?<br />
http://ec.europa.eu/<br />
mariecurieactions/<br />
envolve não só fazer circular a informação, mas também ajudar e incentivar os próprios<br />
investigadores a deslocarem-se.<br />
Mas, com competências altamente especializadas, é difícil incentivar os cientistas a<br />
fazerem as malas e a mudarem de lugar. Para alterar esta situação foi criado o portal<br />
EURAXESS – Investigadores em Movimento, assente em quatro pilares (Empregos,<br />
Serviços, Direitos e Ligações). É um ‘balcão único’ para os investigadores que queiram<br />
trabalhar noutro país europeu e para as organizações que pretendam recrutar os mais<br />
talentosos investigadores europeus e não europeus. Esta plataforma virtual concilia<br />
a oferta e a procura de emprego, os investigadores recebem assistência de uma<br />
rede de centros de serviços, informam-se sobre os seus direitos e deveres enquanto<br />
trabalhadores europeus e ainda podem ficar sintonizados com a <strong>Europa</strong> quando se<br />
deslocam ao estrangeiro.<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/euraxess/<br />
http://ec.europa.eu/research/era/index_en.html<br />
- 37 -
- 38 -<br />
As maravilhas da ciência<br />
Os avanços da ciência permitem-nos compreender cada vez melhor o mundo da<br />
natureza, em benefício do ambiente e da nossa saúde.<br />
O carbono vai ao fundo<br />
O que acontece ao dióxido de carbono (CO ) que é libertado na atmosfera? O CO<br />
da atmosfera dissolve-se na água e é transportado através do Planeta por correntes<br />
profundas nos oceanos que absorvem até metade das emissões. Mas que quantidades<br />
de CO podem os oceanos continuar a absorver? A União Europeia (UE) financia um<br />
projecto de investigação para responder a esta questão e os primeiros resultados<br />
indicam que o poder de absorção dos oceanos está a diminuir.<br />
www.carboocean.org<br />
O outro problema com o CO2 Quando o dióxido de carbono se dissolve na água do mar, os oceanos<br />
tornam-se mais ácidos, perturbando o delicado equilíbrio dos seus<br />
ecossistemas. <strong>Como</strong> é que reagem as plantas e os animais? Os recifes de<br />
coral são uma das potenciais vítimas deste problema, que não são somente<br />
uma atracção turística, mas também um importante habitat para os peixes.<br />
Embora as questões sobre as alterações climáticas, nomeadamente o efeito de<br />
estufa e o aumento da temperatura do Planeta sejam o centro das atenções, a<br />
UE está também a estudar este problema. www.epoca-project.eu<br />
Vectores de doença<br />
A malária é uma doença infecciosa responsável por um milhão de mortes por ano, sendo<br />
a maioria das vítimas crianças, mas que pode ser evitada. É transmitida pela picada<br />
de mosquitos infectados, mas muitos destes insectos estão a tornar-se resistentes<br />
aos insecticidas. A UE financia uma série de projectos com o objectivo de estudar e<br />
investigar profundamente a biologia do mosquito, descobrindo novas formas de evitar<br />
a transmissão desta doença.<br />
www.transmalariabloc.org<br />
A ciência interessa-me muito<br />
porque sou uma pessoa curiosa<br />
e que gosta de raciocínios<br />
complexos e desafiantes. <strong>Como</strong><br />
tal, também quero descobrir mais<br />
sobre o que me rodeia.<br />
Manuel, 18<br />
O relógio biológico<br />
Funcionas melhor de manhã ou à noite? Já sofreste de jet lag? Quando se viaja entre<br />
fusos horários, o relógio biológico fica desajustado em relação à hora local do destino,<br />
alterando os padrões do sono e da alimentação. Mas porque é que isto acontece? O<br />
ritmo circadiano, que dura aproximadamente 4 horas, regula todo o ciclo biológico do<br />
corpo humano - e de outros seres vivos - que segue o seu ritmo independentemente da<br />
luz ou da escuridão, do calor ou do frio. Investigadores financiados pela UE procuram<br />
compreender como os nossos relógios internos estão sincronizados com o ambiente<br />
exterior.<br />
www.euclock.org<br />
www.bioinfo.mpg.de/mctq/core_work_life/core/introduction.jsp?language=por_b<br />
Fresquinho dentro do carro<br />
O ar condicionado é óptimo quando se viaja de carro no Verão, mas este conforto<br />
adicional traduz-se num maior consumo de combustível e numa maior emissão de<br />
gases com efeito de estufa. Para resolver esta questão, os investigadores estão a<br />
desenvolver um sistema de ar condicionado mais amigo do ambiente, que trabalhe a<br />
partir do calor desperdiçado, a energia térmica que se perde através do escape e do<br />
radiador. www.crfproject-eu.org > TOPMACS.<br />
Skate no tubo UE<br />
Electrões vestidos de rosa-choque fazem skate à volta duma pista. Por cima,<br />
uma bola de espelhos disco brilha intensamente. Na primeira curva acende-se<br />
uma lâmpada. Mas, no regresso, os electrões encontram um obstáculo que os<br />
faz abrandar e a volta seguinte é interrompida por água espalhada na pista. Vê<br />
o vídeo e descobre mais sobre a ciência dos circuitos eléctricos – resistências<br />
e curtos-circuitos incluídos – e porque é que é importante a investigação neste<br />
domínio. www.youtube.com/watch?v=sQ9G2OL9ERo<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/research<br />
www.gulbenkian.pt/ciencia<br />
www.mc.ul.pt – www.mctes.pt<br />
- 39 -
- 40 -<br />
Pioneiras – mulheres cientistas<br />
Só 30% de todos os investigadores da União Europeia e 7% dos inventores com<br />
patentes registadas são mulheres. Mas porque é que as mulheres parecem não<br />
interessar-se pela ciência e pela tecnologia?<br />
Será que persistem os estereótipos, em que se pensa que só os rapazes escolhem<br />
matemática e ciências e só os homens vestem a bata dos laboratórios. Mas quem é<br />
que sabe que aparência deve ter um cientista?<br />
Também é verdade que ao longo da história, as grandes mulheres cientistas, que muitas<br />
vezes tiveram de lutar contra o preconceito a fim de perseguir os seus interesses,<br />
permaneceram relativamente desconhecidas. Mas as mulheres deram contributos<br />
muito importantes para a ciência desde os tempos mais longínquos...<br />
Hipácia de Alexandria<br />
Embora a sua vida tivesse acabado de forma trágica às mãos de uma multidão<br />
enfurecida, o legado de Hipácia resistiu e influenciou fortemente o progresso do<br />
pensamento científico. Nascida no século IV na cidade de Alexandria, Egipto – na<br />
época, um importante centro de ensino e aprendizagem – Hipácia destacou-se nas<br />
áreas da matemática, da astronomia e da filosofia. Para além de professora e escritora,<br />
são-lhe atribuídas diversas invenções, entre as quais se incluem o astrolábio plano, o<br />
higrómetro e o hidroscópio.<br />
Os seus trabalhos, especialmente os que se debruçaram sobre Euclides e Apolónio,<br />
ajudaram a difundir o raciocínio lógico e o pensamento racional como base da<br />
investigação científica. Hipácia de Alexandria destacou-se muito para além do que se<br />
esperaria de uma mulher do seu tempo e ainda hoje continua a ser uma inspiração,<br />
objecto de diversos livros e até de um filme.<br />
© Thad Zajdowicz<br />
Testa os teus conhecimentos!<br />
1. Quem foi a primeira mulher a ganhar o Prémio Nobel?<br />
a. Toni Morrison b. Marie Curie c. Florence Nightingale<br />
2. Jeanne Villepreux-Power foi pioneira em que área da ciência?<br />
a. Electromagnetismo b. Biologia marinha c. Astronomia<br />
3. Embora tenham sido James Watson e Francis Crick a receber a maior parte do reconhecimento público,<br />
Rosalind Franklin foi fundamental em que descoberta?<br />
a. A estrutura do ADN b. Partículas subatómicas c. A galáxia mais distante<br />
4. Quem é geralmente considerado o primeiro programador informático?<br />
a. Bill Gates b. Ada Lovelace c. Carly Fiorina<br />
5. Graças à investigação de Cecilia Payne-Gaposchkin, sabemos que o sol é primariamente composto<br />
por que elemento?<br />
a. Crípton b. Hidrogénio c. Néon<br />
6. Agnes Sjöberg trabalhava com que tipo de doentes?<br />
a. Leprosos b. Cegos c. Animais<br />
7. Antes da adopção do euro, que nota apresentava o retrato da famosa entomologista Maria Sibylla<br />
Merian?<br />
a. 500 marcos alemães b. 20 libras esterlinas c. 50 francos franceses<br />
8. O objecto conhecido por ‘281 Lucretia’ foi assim chamado segundo Caroline L. Herschel. De que se<br />
trata?<br />
a. Um isótopo b. Uma montanha c. Um asteróide<br />
9. Quem foi a primeira mulher a doutorar-se na <strong>Europa</strong> em 1678?<br />
a. Leonor da Aquitânia b. Catarina de Medici c. Helena Piscopia<br />
10. Elizaveta Fedorovna Litvinova introduziu um novo método para o ensino de que disciplina?<br />
a. Literatura b. Matemática c. Química<br />
Respostas: 1-b, 2-b, 3-a, 4-b, 5-b, 6-c, 7-a, 8-c, 9-c, 10-b<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/research/science-society/ > Women and science<br />
http://ec.europa.eu/research/index.cfm?lg=pt&pg=<br />
wisaudiobook&cat=x<br />
- 4 -
- 4 -<br />
Get up… Stand up... pelos teus direitos<br />
Conheces os teus direitos? Existem dez princípios básicos que, enquanto<br />
consumidor, te protegem onde quer que estejas na União Europeia (UE).<br />
Compra o que quiseres, onde quiseres<br />
Apetece-te fazer compras noutro país europeu? As leis europeias<br />
permitem-te ‘comprar até apetecer’ sem teres de te preocupar com o<br />
pagamento de quaisquer direitos de importação ou taxas adicionais<br />
quando regressares a casa. Este princípio é aplicável, quer compres no estrangeiro,<br />
quer encomendes na internet, pelo correio ou por telefone.<br />
Se não <strong>funciona</strong>, devolve<br />
E se comprares uma televisão nova e esta avariar? Segundo a Lei<br />
europeia, podes devolvê-la para reparação ou trocá-la. Podes ainda<br />
solicitar uma redução do preço ou a devolução total do dinheiro. A garantia<br />
é aplicável até dois anos após a compra do produto.<br />
Segurança alimentar e dos bens de<br />
consumo<br />
A UE possui legislação que permite certificar a segurança e qualidade<br />
dos produtos. Desta forma, os países da União Europeia apresentam os mais altos<br />
níveis de segurança do mundo.<br />
Sabes o que estás a comer?<br />
As leis da UE sobre rotulagem de produtos alimentares permitem saber<br />
exactamente o que estás a comer. No rótulo deve constar, entre outras<br />
informações, a lista completa dos ingredientes, bem como informação<br />
detalhada sobre os colorantes, conservantes, adoçantes e outros aditivos utilizados.<br />
Contratos honestos<br />
Segundo as Leis europeias, são proibidas práticas comerciais desleais,<br />
tais como exigir o pagamento de uma taxa para proceder ao cancelamento<br />
de um contrato.<br />
Os consumidores podem mudar de<br />
ideias<br />
E se um vendedor tocar à porta e te pressionar para assinares um<br />
contrato para algo que realmente não queres? Em princípio, é possível cancelar um<br />
contrato feito deste modo no prazo de sete dias.<br />
É mais fácil comparar preços<br />
<strong>Como</strong> é que comparas o preço de duas marcas de cereais se vêm<br />
embaladas em caixas de tamanhos diferentes? Os supermercados são<br />
obrigados a fornecer o ‘preço por unidade de medida’ de um produto –<br />
quanto custa por quilo ou por litro – para te ajudar a decidir qual deles será a escolha<br />
acertada.<br />
Os consumidores não podem ser<br />
enganados<br />
Quando se trata de televendas, vendas por correspondência ou vendas<br />
online, os vendedores são obrigados a serem claros e honestos. As leis europeias<br />
exigem que informem de forma detalhada quem são, o que vendem, qual o preço<br />
(incluindo taxas e despesas de envio) e qual o prazo de entrega.<br />
Proteger os que vão de férias<br />
E se fores num programa de férias organizadas e o operador turístico<br />
declarar falência? Estás protegido pelas leis da UE. Mesmo que entrem<br />
em falência enquanto estiveres de férias, os operadores são obrigados a assegurar o<br />
teu regresso a casa.<br />
Problemas com compras no estrangeiro<br />
Os consumidores da UE devem ter confiança para realizarem os melhores<br />
negócios em qualquer parte da <strong>Europa</strong>. A Rede de Centros Europeus do<br />
Consumidor (Rede CEC) existe para aconselhar os cidadãos europeus<br />
sobre os seus direitos e ajudá-los a resolver qualquer reclamação sobre compras<br />
feitas noutro país europeu.<br />
Para saberes mais:<br />
http://cec.consumidor.pt<br />
- 43 -
- 44 -<br />
Satisfação garantida?<br />
Já foste enganado? Não és o único. Infelizmente, todos os dias milhares de<br />
consumidores têm problemas com os produtos e os serviços que adquirem.<br />
Se não estiveres satisfeito com a compra que fizeste, começa por voltar à loja e<br />
explicar o problema. Se mesmo assim não ficares satisfeito, então contacta a sede<br />
da empresa – podes descobrir o endereço na internet. Telefona, escreve uma carta<br />
ou envia um email e toma nota da hora, data e nome da pessoa que se encarregou<br />
da reclamação.<br />
Fazer uma reclamação, passo a passo:<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
Não hesites em reclamar.<br />
Age rapidamente, assim que descobrires o problema.<br />
Informa-te sobre os teus direitos antes de iniciares a reclamação.<br />
Mantém-te calmo e não fujas ao assunto.<br />
Diz claramente o que esperas – um pedido de desculpas, uma troca, a devolução<br />
do dinheiro, um serviço melhor ou uma indemnização.<br />
Certifica-te de que falas com alguém que tenha autoridade para agir – pede para<br />
falar com o gerente, se for caso disso.<br />
Conserva todos os documentos – número de código da encomenda, recibos,<br />
garantias, provas de pagamento, cartas, datas das conversas e os nomes das<br />
pessoas com quem falaste. Fica com os originais dos documentos.<br />
Se a reclamação não for tratada de forma satisfatória, contacta uma associação de<br />
defesa do consumidor, como a DECO (www.deco.proteste.pt) ou um Centro de<br />
Informação Autárquico ao Consumidor. Em alguns sectores específicos, tais como<br />
finanças ou telecomunicações também existem provedores de cliente que podem<br />
ajudar na resolução das reclamações apresentadas pelos consumidores. Para mais<br />
informações consulta também o portal: www.consumidor.pt.<br />
Problemas no estrangeiro?<br />
Se tiveres um problema com um produto ou serviço noutro país da UE, podes recorrer<br />
à Rede dos Centros Europeus de Consumidores (Rede-CEC). Anualmente, trata mais<br />
de 6 000 casos de consumidores da UE que procuram informação ou ajuda para<br />
compras feitas no estrangeiro, quer tenham sido efectuadas online ou numa loja. A<br />
Rede-CEC trata de uma série de situações:<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
compras feitas através da internet, ao telefone, por correio ou fax;<br />
viagens – incluindo voos cancelados ou atrasados;<br />
equipamentos electrónicos;<br />
bilhetes, livros, revistas, CD, etc.;<br />
fraudes com prémios, sorteios e lotarias.<br />
© Steve<br />
Ford Elliott<br />
Reclamações mais frequentes<br />
Em 008, a Rede-CEC registou um aumento de % no número de consumidores que<br />
recorreram directamente aos seus serviços. A maior parte das reclamações são:<br />
Compensação total!<br />
Enquanto estava de férias em Malta, uma residente no Reino Unido foi<br />
contactada, tendo-lhe sido dito que tinha ganho umas férias grátis. Quando foi<br />
reclamar o prémio, acabou por assinar um contrato de adesão a um clube de<br />
férias. Foi-lhe dito na altura que não seria levantado qualquer dinheiro da conta<br />
bancária até que voltasse a casa, o que acabou por não acontecer. Depois da<br />
intervenção do CEC, foi-lhe devolvido todo o dinheiro.<br />
33%<br />
Transportes<br />
25%<br />
Lazer<br />
e cultura<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/consumers/index_pt.htm<br />
13%<br />
Hotéis e<br />
restaurantes<br />
29%<br />
Outros<br />
- 45 -
- 46 -<br />
- 47 -
- 48 -<br />
Sem qualquer compromisso<br />
Já te foi oferecido algo ‘livre de encargos’ e só mais tarde descobriste o custo<br />
desse produto ou serviço?<br />
Há um número cada vez maior de consumidores vítimas destes truques e esquemas.<br />
Numa tentativa de resolver o problema, a União Europeia baniu as práticas comerciais<br />
agressivas e desleais. Tem cuidado com:<br />
. publicidade isco e troca – oferecer um produto e depois trocá-lo por outro;<br />
. ofertas ‘grátis’ falsas, tais como toques gratuitos para o telemóvel;<br />
3. alegações falsas acerca da cura de doenças, disfunções ou malformações;<br />
4. anúncios disfarçados de artigos normais de jornal;<br />
5. ‘ofertas limitadas ao stock’ – declarando falsamente que um produto só está<br />
disponível por um período de tempo limitado;<br />
6. venda de produtos não solicitados – fornecer um produto a quem não o pediu e<br />
exigir o seu pagamento;<br />
7. impressão falsa de que os serviços pós-venda relativos a um produto se<br />
encontram disponíveis noutros países da UE;<br />
8. declarações falsas sobre a atribuição de prémios;<br />
9. notas de encomenda enganadoras;<br />
0. pressão emocional para fazer uma compra.<br />
Grátis, nem sempre<br />
quer dizer gratuito<br />
Sara, de 8 anos, inscreveu-se para<br />
um novo endereço de e-mail e reparou<br />
numa pequena caixa no fundo do<br />
ecrã que oferecia toques grátis para<br />
telemóvel. Seguiu as instruções e<br />
recebeu uma mensagem de texto<br />
informando-a da sua adesão e de que<br />
o custo do serviço era afinal de 4 euros<br />
por semana. Foi verificar e a página<br />
anunciava, em letras muito pequenas,<br />
que o serviço era pago. Se parece ser<br />
demasiado bom para ser verdade, então<br />
desconfia sempre...<br />
Para saberes mais:<br />
www.deco.proteste.pt<br />
http://ec.europa.eu/consumers/rights/<br />
Telemóveis – que a bênção não<br />
se torne numa maldição<br />
Na <strong>Europa</strong>, o número de assinaturas de telemóveis excede já o total da sua<br />
população em quase um quinto. Assim, parece que a questão já não é ter ou não<br />
telemóvel, mas sim como utilizá-lo de uma forma responsável.<br />
Os telemóveis são óptimos para contactarmos com a família e amigos, navegar na<br />
internet ou ouvir música, porém, tudo isto pode ser ensombrado por contas gigantescas<br />
que nos podem fazer entrar em “estado de choque”.<br />
Novas regras para o roaming<br />
Até há pouco tempo, telefonar ou enviar mensagens de texto<br />
quando se viajava no estrangeiro era demasiado dispendioso.<br />
Felizmente a Comissão Europeia determinou a descida gradual<br />
dos custos das chamadas feitas em roaming dentro da UE.<br />
Preço por minuto (sem IVA)<br />
Chamadas<br />
efectuadas<br />
Chamadas<br />
recebidas<br />
SMS enviados SMS recebidos<br />
Desde 1 Julho 2010 39 cêntimos 15 cêntimos 11 cêntimos grátis<br />
A partir de<br />
1 Julho 2011<br />
35 cêntimos 11 cêntimos 11 cêntimos grátis<br />
Durante este período, os consumidores beneficiarão ainda de uma redução progressiva<br />
no preço grossista dos dados descarregados no estrangeiro.<br />
O que é demais, pode ser aborrecido?<br />
Já te sentiste stressado ou ansioso quando tens o telemóvel desligado? Estes<br />
dispositivos podem tornar-se viciantes, fazendo com que alguns jovens não só tenham<br />
contas exorbitantes, mas também se isolem socialmente e negligenciem os seus<br />
estudos.<br />
Para evitar ficar viciado no telemóvel:<br />
»<br />
»<br />
»<br />
Controla o tempo durante o qual usas o telemóvel.<br />
Desliga-o quando estás com família ou amigos.<br />
Pensa e participa noutras actividades que te permitam interagir com os<br />
outros.<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/information_society/activities/roaming/index_en.htm<br />
www.anacom.pt – http://cec.consumidor.pt<br />
- 49 -
- 50 -<br />
Vai uma pesquisa no Google?<br />
Vês televisão desde bebé, és um profissional quando se trata de mensagens de<br />
texto e és praticamente licenciado em Facebook – portanto a conversa sobre<br />
literacia mediática é pura perda de tempo, não é verdade?<br />
Bem, na verdade...<br />
A literacia digital é muito mais do que saber ligar o computador. Tem a ver com saber<br />
aceder a informação diversa, avaliar e criar mensagens numa diversidade de meios<br />
de comunicação e formatos – o que, na era da informação, é mais importante do<br />
que nunca. Embora seja obviamente essencial saber como descarregar a tua música<br />
favorita, é também imprescindível que estejas ciente que os media são utilizados para<br />
te manipular, seja através de informação parcial, de distorção de factos ou de pura<br />
propaganda.<br />
Em quem confiar?<br />
Na era da Internet, os motores de busca parecem ter a resposta para tudo. Coisas<br />
que levavam semanas a pesquisar estão agora à distância de alguns cliques. Se bem<br />
que isto nos simplifique a vida, também traz novos perigos. Distinguir entre informação<br />
genuína e imparcial da que é falsa ou tendenciosa está a tornar-se cada vez mais<br />
difícil (até os profissionais da informação têm sido vítimas de fraudes na Internet). O<br />
problema é que qualquer pessoa pode criar um site atraente e não há forma de saber<br />
que interesses podem estar por detrás ou se apresentam mentiras como factos.<br />
A Comissão Europeia colabora neste momento<br />
com escolas, provedores de conteúdos, cidadãos<br />
e grupos de consumidores com o objectivo de<br />
desenvolver propostas e programas que aumentem<br />
a literacia mediática na UE.<br />
O teu lugar na sociedade<br />
A literacia mediática é cada vez mais importante para desempenharmos um papel<br />
activo na sociedade e fazermo-nos ouvir. Usamos as novas tecnologias para comunicar<br />
com os amigos, para estarmos informados e fazer ouvir as nossas opiniões sobre<br />
tudo e mais alguma coisa. Muitos de nós têm pais ou avós que não acompanharam<br />
a evolução das novas tecnologias e, por exemplo, não conseguem pôr um leitor de<br />
DVD a <strong>funciona</strong>r, quanto mais enviar um e-mail – vê só o que estão a perder! Embora<br />
isto não seja um problema para as gerações mais velhas, o que interessa é que a<br />
tecnologia avança a uma velocidade vertiginosa e se nos acomodarmos arriscamonos<br />
a ficar para trás e ficarmos socialmente excluídos. A literacia mediática é, portanto,<br />
um factor importante para o sucesso profissional e social.<br />
Estás a ser manipulado?<br />
Faz parte da literacia mediática saber reconhecer se a informação é apresentada de<br />
uma forma tendenciosa ou parcial ou se os factos não são mais do que mentiras<br />
disfarçadas. O que implica fazer o papel de detective e treinar o pensamento crítico.<br />
Não acredites em tudo o que vês ou lês e procura verificar a informação através de<br />
fontes fidedignas.<br />
Iniciativas em Portugal<br />
A UE e a literacia mediática O espaço Seguranet ajuda os jovens e educadores a beneficiar de todas as<br />
vantagens da Internet em segurança. Neste espaço podes encontrar muita<br />
informação sobre a utilização segura da Internet.<br />
Visita o espaço em: www.seguranet.pt<br />
Para saberes mais:<br />
www.euromedialiteracy.eu<br />
http://ec.europa.eu/avpolicy/index_en.htm > Media Literacy<br />
www.anacom.pt<br />
- 5 -
- 5 -<br />
Sê ciberinteligente!<br />
Correio electrónico, mensagens instantâneas e salas de conversação – gerir este<br />
fluxo contínuo de comunicação online é, para muitos de nós, um hábito adquirido.<br />
Mas as novas tecnologias também têm trazido novos perigos...<br />
É fácil comunicar de uma forma segura, se te lembrares do seguinte:<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
Os amigos que conheceste online podem ser diferentes do que afirmam.<br />
Nunca forneças dados pessoais tais como o endereço de email, a morada de casa<br />
ou o número de telefone.<br />
Podes sempre deixar de comunicar se achares que se está a tornar inconveniente,<br />
assustador ou se simplesmente não queres continuar a conversar com uma<br />
determinada pessoa. Bloqueia esse utilizador ou então não respondas. Se se<br />
tornar inquietante, fala com um adulto ou denuncia a situação ao proprietário da<br />
página Web.<br />
Nunca dês informações sobre família, amigos ou conhecidos.<br />
Nunca combines encontros com estranhos que só conheces da internet. Se ainda<br />
assim o quiseres fazer, então marca o encontro num lugar público e pede a um<br />
adulto da tua confiança que te acompanhe.<br />
Assume o controlo da tua privacidade<br />
A simplicidade com que se actualizam dados e se divulgam fotografias nas redes<br />
sociais faz com que a partilha de dados pessoais seja excessiva e demasiado fácil.<br />
De acordo com estimativas recentes, 30% dos empregadores consultam os perfis dos<br />
seus candidatos no Facebook. Pensa duas vezes antes de publicar o que quer que<br />
seja. Interroga-te: o que é que pode ser publicado e o que é do foro privado?<br />
A maior parte das redes sociais oferecem mecanismos de controlo de privacidade<br />
que deves aprender a utilizar. Pode exigir alguma exploração para descobrires as<br />
definições possíveis, mas deves ser capaz de – pelo menos – controlar quem está<br />
autorizado a visualizar que parte do teu perfil e se o teu nome aparece nos resultados<br />
de pesquisa.<br />
Senhas em segurança<br />
Com o número cada vez maior de sites que exigem um nome de utilizador<br />
(username) e uma senha (password) para acedermos aos seus conteúdos,<br />
facilmente acabamos por deixar as contas vulneráveis a condutas duvidosas.<br />
Aqui estão algumas dicas que te ajudarão, e muito, a proteger as senhas...<br />
» Utiliza uma senha diferente para cada serviço – deste modo, se uma conta<br />
estiver em perigo, as outras continuarão em segurança<br />
» Evita palavras comuns – qualquer palavra que conste do dicionário pode ser<br />
adivinhada facilmente, portanto, para uma senha, combina pelo menos oito<br />
letras (minúsculas e maiúsculas), números e símbolos<br />
» Muda as senhas regularmente – e se tiveres de as escrever para te lembrares,<br />
guarda bem o documento, mas nunca no computador<br />
Cyberbullying<br />
Muitos pensam que, protegidos pelo anonimato da internet, podem fazer o que não<br />
se atreveriam a fazer na vida real. O que inclui bullying – intimidar e ameaçar colegas<br />
através de emails e mensagens instantâneas. Pensa bem: dirias as mesmas coisas se<br />
estivesses cara a cara com essa pessoa? Provavelmente não...<br />
www.keepcontrol.eu<br />
Precisas de conselhos?<br />
Contacta a Insafe, a rede europeia de centros nacionais que coordena campanhas com<br />
vista à promoção da segurança na internet e coopera com linhas de apoio nacionais. A<br />
lista dos centros nacionais está<br />
disponível em<br />
www.saferinternet.org.<br />
Para saberes mais:<br />
www.internetsegura.pt<br />
www.seguranet.pt<br />
Para ser franca, há dois meses<br />
descobri que o meu perfil no<br />
Facebook não estava protegido e<br />
alterei-o imediatamente.<br />
Tamara, 19<br />
- 53 -
- 54 -<br />
O Dilema Digital<br />
Na escola, copiar o trabalho de casa de um colega é considerado batota. Mas, em<br />
casa, muitos não hesitariam em descarregar filmes ou músicas de sites de partilha<br />
de ficheiros – mesmo que, de forma semelhante, estejam a copiar ilegalmente o<br />
trabalho de um artista...<br />
A vaga tecnológica, principalmente a Internet de banda larga, permite a partilha rápida<br />
de ficheiros online, sendo muito fácil e barato fazer cópias perfeitas. Mas, descarregar<br />
ficheiros sem os pagar, constitui uma infracção<br />
aos direitos de autor e é punível por lei.<br />
O objectivo das leis dos direitos de autor<br />
consiste em assegurar que os artistas sejam<br />
compensados de uma forma justa pelo<br />
seu trabalho. E, embora algumas bandas<br />
disponibilizem música para ser descarregada<br />
gratuitamente nos seus sites, isto não significa<br />
que os internautas possam fazê-lo livremente a<br />
partir de qualquer fonte...<br />
Sabias que...?<br />
Um estudo sobre a<br />
indústria da música<br />
estima em 40 mil<br />
milhões o número de<br />
ficheiros de músicas<br />
trocados ilegalmente<br />
em 008.<br />
Quem é prejudicado pela pirataria online?<br />
Para além dos músicos ou actores, há muitas outras pessoas envolvidas na produção<br />
e distribuição, cujo trabalho tem de ser remunerado. Esta é uma questão sobre a qual<br />
deverias reflectir quando te sentires tentado a piratear conteúdos online.<br />
Quais são os riscos de partilhar ficheiros?<br />
Para além dos riscos de uma acção legal, partilhar ficheiros através de redes entre<br />
pares pode também comprometer a tua segurança online, infectando o computador<br />
com vírus ou outros programas disruptivos.<br />
As músicas e filmes devem estar disponíveis<br />
gratuitamente na internet porque os autores acabam<br />
por receber mais se a música for divulgada e os<br />
concertos estiverem cheios. As pessoas estão sempre<br />
dispostas a pagar por um bom espectáculo. Devem<br />
ficar com uma percentagem maior dos lucros.<br />
Miguel, 19<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/internal_market/copyright/<br />
www.pro-music.org – www.spautores.pt – www.igac.ml.pt<br />
© Clix<br />
© .׀ Clix ׀ .<br />
Protecção de dados<br />
Todos nós gostamos de nos manter em contacto com os amigos, utilizando as<br />
redes sociais na Internet e de fazer compras online – mas sabias que isso envolve<br />
a transferência dos teus dados pessoais?<br />
Os dados pessoais podem incluir o nome, os números de telefone, a morada, bem como<br />
toda a informação que difundes online. Deves ter em atenção o tipo de informação que<br />
partilhas e nas consequências que isto pode vir a ter. Recorda-te que o teu futuro<br />
empregador ou a tua universidade podem aceder à informação que partilhas online.<br />
Na União Europeia (UE), os dados pessoais encontram-se protegidos por leis nacionais<br />
e europeias. Os organismos que têm bases de dados em seu poder são obrigados<br />
a mantê-las actualizadas e em segurança. Se assim não fosse, poder-se-ia incorrer<br />
em injustiças graves, tais como, a recusa de emprego ou mesmo de um lugar na<br />
universidade. Mais grave ainda, poderia levar ao roubo de identidade!<br />
Tens o direito de aceder aos teus dados pessoais mantidos por qualquer entidade e,<br />
se achares que o seu tratamento não é o mais adequado, podes apresentar queixa à<br />
Comissão Nacional de Protecção de Dados.<br />
Para saberes mais:<br />
www.cnpd.pt<br />
http://ec.europa.eu/justice_home/index_en.htm >Justiça, Liberdade e<br />
Segurança > Protecção de dados<br />
- 55 -
- 56 -<br />
És viciado na Internet?<br />
Quantas vezes vês o e-mail, os canais RSS, o Facebook, o Twitter ou outras<br />
contas electrónicas? Não consegues afastar-te do computador ou pousar o<br />
telemóvel?<br />
À medida que cada vez mais pessoas utilizam a Net, a dependência torna-se<br />
rapidamente um fenómeno global: há centros de tratamento na China e na Coreia do<br />
Sul completamente lotados, enquanto nos Estados Unidos começam também a surgir<br />
os primeiros programas de reabilitação. Os jovens, em particular, aparentemente são<br />
os mais susceptíveis a este tipo de comportamento!<br />
Se bem que o problema esteja ainda a ser estudado, médicos e investigadores acham<br />
que esta é uma dependência tão viciante quanto as outras: o desejo compulsivo de<br />
mais uma ‘dose’ – publicar mais uma entrada ou chegar ao próximo nível de um jogo<br />
– e da satisfação que isso traz, reforça o comportamento aditivo.<br />
Equilíbrio saudável<br />
É importante conseguir manter um equilíbrio saudável. Os viciados na Internet<br />
passam horas sem fim online,<br />
negligenciando as relações da vida<br />
real e até as necessidades básicas<br />
de higiene, alimentação e sono.<br />
Os dependentes da Internet<br />
podem passar o tempo a jogar,<br />
ver pornografia, em leilões ou a<br />
actualizar as suas páginas nas<br />
redes sociais. Os sintomas físicos<br />
incluem ‘cibertremuras’ ou sintomas<br />
de abstinência, dores nas costas,<br />
síndrome do túnel cárpico, olhos<br />
secos, enxaquecas e distúrbios do<br />
sono.<br />
»<br />
»<br />
Sabias que...?<br />
De acordo com um estudo<br />
realizado anualmente no<br />
Reino Unido, pelo Oxford<br />
Internet Institute:<br />
54% dos estudantes dizem<br />
passar demasiado tempo<br />
online;<br />
77% dos que navegam<br />
habitualmente dizem que a<br />
Internet se pode tornar um<br />
vício.<br />
© Zanetta Hardy<br />
Obter ajuda<br />
Se achas que estás viciado, devias conversar com alguém em quem confies: uma<br />
pessoa a sério, não alguém que só conheças online! Pode ser o pai ou a mãe, um<br />
professor, o médico ou talvez um irmão mais velho. Também há coisas que podes<br />
passar a fazer, tais como mudar o computador do quarto para a sala; assim já não<br />
serás só tu e o computador e as pessoas em casa podem ajudar-te a controlar o tempo<br />
que passas online. Também há programas que limitam a utilização da Net. Ou, como<br />
alternativa, também podes arranjar um outro escape para preencheres os tempos<br />
livres. Por exemplo, se gostas de jogos online em que assumes diferentes papéis de<br />
personagens, porque não ler romances fantásticos ou aderir a um grupo de teatro?<br />
Achas que podes estar viciado?<br />
Preocupa-te que estejas a maior parte do teu tempo online? Aqui estão algumas<br />
perguntas que deves fazer a ti próprio:<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
Deixas de fazer os trabalhos de casa para estar online?<br />
Deitas-te tarde para estar online?<br />
A tua família queixa-se do tempo que passas ligado à Net?<br />
Perdeste o contacto com os teus amigos a sério por causa da Internet?<br />
Ficas de mau humor, deprimido ou irritado quando não estás ao<br />
computador?<br />
Ficas eufórico quando estás online?<br />
Perdes a cabeça se alguém te interrompe quando estás ao computador?<br />
Não gostas de dizer quanto tempo passas online ou mentes aos teus pais<br />
quando te perguntam sobre o que fazes na Net?<br />
Para saberes mais:<br />
www.netaddiction.com<br />
www.virtual-addiction.com<br />
- 57 -
- 58 -<br />
Uma vida saudável<br />
Gozar de boa saúde é uma das dádivas mais preciosas que a vida nos oferece<br />
e, no entanto, há tantas pessoas que a prejudicam inadvertidamente com as<br />
escolhas que fazem...<br />
Hoje em dia vivemos uma época de ouro<br />
da medicina, tendo muitas doenças sido<br />
praticamente erradicadas. Mas esta é<br />
apenas uma das faces da moeda. O<br />
estilo de vida moderno está também a<br />
contribuir para o aparecimento de todo<br />
um grupo de outras doenças, ao mesmo<br />
tempo que muitos problemas de saúde<br />
tradicionais ainda persistem.<br />
Neste momento, por exemplo, a <strong>Europa</strong><br />
enfrenta uma verdadeira bomba-relógio<br />
- a obesidade - que está a atingir<br />
proporções de epidemia. Os problemas de saúde mental estão também disseminados<br />
e grande número de jovens tem-se tornado vítima do consumo de drogas e álcool, do<br />
tabaco e de infecções transmitidas por via sexual.<br />
Ter juízo com a saúde...<br />
Sabias que...?<br />
A saúde é o teu maior bem e<br />
as escolhas que fazes hoje<br />
podem afectar a tua qualidade<br />
de vida por muitos anos,<br />
portanto adere à Iniciativa<br />
sobre a Saúde dos Jovens e<br />
informa-te em:<br />
http://health.europa.eu/youth<br />
Se bem que online exista uma quantidade impressionante de dados sobre questões<br />
de saúde, muitos deles são falsos ou de origem duvidosa. O Portal da Saúde da União<br />
Europeia combate este problema fornecendo informação fidedigna sobre uma grande<br />
variedade de tópicos relacionados com a saúde (tal como ‘o meu estilo de vida’), assim<br />
como ligações a sites web especializados.<br />
Assim, se quiseres saber mais sobre o que a UE está a fazer na área da saúde - quer<br />
seja pesquisa, monitorização de riscos ou promoção<br />
de hábitos saudáveis - vai ao Portal hoje mesmo!<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/health-eu/index_pt.htm<br />
© Alex Bramwell<br />
Drogas<br />
É inegável que as drogas exercem um certo fascínio. Para alguns é uma<br />
forma de escapar à realidade, para outros uma solução rápida para relaxar ou<br />
para estimular, ou ainda uma maneira de ficar bem visto pelos amigos. Todos<br />
sabemos que o consumo de drogas tem riscos, contudo existe muita informação<br />
contraditória que necessita de ser clarificada…<br />
Informa-te<br />
A droga e o álcool podem constituir uma ameaça séria para a saúde,<br />
especialmente quando misturados. A aquisição de droga também representa<br />
um perigo para a saúde, pois nunca se sabe bem o que se está a comprar.<br />
Sabias que...?<br />
Anualmente morrem na União<br />
Europeia (UE) cerca de 8 000<br />
pessoas de overdose. Certifica-te<br />
que nunca terás que enfrentar<br />
uma fatalidade destas – por ti e<br />
pelos teus amigos. Eis alguns<br />
sites a que podes recorrer para<br />
solicitar ajuda ou pedir conselhos<br />
sobre drogas e os riscos que<br />
estas envolvem.<br />
Linha Vida SOS Droga (serviço<br />
anónimo, confidencial e gratuito,<br />
de .ª a 6.ª das 0h às 0h)<br />
1414<br />
A UE e a droga<br />
A UE está a adoptar uma série<br />
de medidas para ajudar a<br />
reduzir a oferta e a procura<br />
de droga. A União Europeia<br />
apoia ainda os Estados-Membros na<br />
prevenção, tratamento e redução dos<br />
riscos relacionados com droga, incluindo a<br />
luta contra a delinquência e o crime.<br />
As campanhas de<br />
sensibilização seriam<br />
mais eficazes se<br />
incluíssem testemunhos<br />
de jovens.<br />
Martin, 20<br />
Acção Europeia sobre a Droga<br />
Provavelmente decidiste não te meteres em drogas, mas e os teus amigos e<br />
colegas de escola? Partilha essa mensagem com eles. Adere à Acção Europeia<br />
contra a Droga e compromete-te a passar a palavra – falar sobre drogas,<br />
partilhar experiências, participar activamente na escola ou num grupo social.<br />
Decide-te e assume este compromisso: http://ec.europa.eu/ead/html/index.jsp<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/justice_home/index_en.htm > Freedom, Security<br />
and Justice > Drugs cooperation<br />
www.idt.pt<br />
- 59 -
- 60 -<br />
Apaga o cigarro<br />
O tabaco mata! É responsável por 650 000 mortes por ano na União Europeia. Os<br />
jovens estão particularmente expostos aos perigos do tabagismo.<br />
Se queres deixar de fumar, não queres começar ou estás farto de respirar o fumo dos<br />
outros, há ajuda disponível. A campanha da União Europeia ‘Help’está com os jovens<br />
na frente de batalha contra o tabagismo<br />
– e tu também podes participar!<br />
No centro da campanha estão as tuas<br />
dicas sobre questões relacionadas<br />
com o tabagismo – dos conselhos mais<br />
sérios aos mais absurdos – que podes<br />
gravar nos eventos da Help por toda a<br />
<strong>Europa</strong> e partilhar no seu site. Envia já o<br />
teu conselho em www.help-eu.com.<br />
Help in your pocket – sempre contigo!<br />
Este novo mini-site, a que podes aceder através do teu telemóvel, ajudate<br />
sempre que quiseres, onde quer que estejas!<br />
Mas, afinal, porque é que fumar faz tanto mal?<br />
»<br />
»<br />
»<br />
Um cigarro ou um beijo?<br />
A tosse do fumador é só o princípio. Cancro, doenças pulmonares ou do coração...<br />
fumar é prejudicial para a saúde e irá tirar-te anos de vida.<br />
Não tem só a ver contigo! Na <strong>Europa</strong>, o tabagismo passivo mata 9.000 nãofumadores<br />
por ano.<br />
O tabaco é caro! De certeza que há formas bem melhores de gastares o teu<br />
dinheiro.<br />
Muitos países da UE já baniram o fumo em lugares públicos, tais como bares e<br />
restaurantes, obrigando os fumadores a fumarem na rua. O que é que achas? Será<br />
esta a melhor forma de lidar com o problema?<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/health-eu/index_en.htm > O Meu Estilo de<br />
Vida > Tabaco<br />
www.juventude.gov.pt<br />
Protege a tua pele<br />
O bronzeado perfeito exige um equilíbrio delicado: apanhar sol de todos os lados<br />
para bronzear o corpo uniformemente, exposição solar suficiente para ficar com<br />
um ar saudável sem exageros...<br />
As queimaduras solares podem ser dolorosas por uns dias, mas a excessiva exposição<br />
solar também pode ter consequências a longo prazo. O aparecimento de rugas e de<br />
problemas de visão, podem parecer<br />
problemas longínquos mas, de acordo<br />
com a informação do Código Europeu<br />
contra o Cancro, as decisões que<br />
adoptas no presente, mais tarde irão<br />
afectar a tua saúde. Anualmente, são<br />
diagnosticados 6 000 novos casos de<br />
melanoma na União Europeia (UE).<br />
Diminui o tempo<br />
de exposição solar<br />
Não existe nenhum produto que, por<br />
si só, possa oferecer protecção total<br />
dos raios<br />
ultravioletas. Eis alguns conselhos quanto aos<br />
cuidados a ter com a pele que deves seguir<br />
escrupulosamente:<br />
»<br />
Sabias que...?<br />
Uma pele bronzeada<br />
não é um ícone universal<br />
de beleza. Enquanto os<br />
europeus tendem a apreciar<br />
os raios de sol durante o<br />
verão e as peles bronzeadas,<br />
muitas culturas asiáticas<br />
– os japoneses em particular<br />
– acham que a pele clara é<br />
mais bonita.<br />
» Usa sempre protector solar com factor 5 ou superior<br />
e cuja embalagem ostente o logótipo UVA (ultravioleta).<br />
Aplica bastante creme e por várias vezes,<br />
especialmente depois de nadar.<br />
» Mantém-te afastado do sol directo, especialmente entre as<br />
h00 e as 5h00. Se não estiveres à sombra, usa óculos de<br />
sol, roupa larga e chapéu.<br />
Olha que o solário também não é uma alternativa segura!<br />
Também emite raios prejudiciais, com todos os riscos que o sol<br />
acarreta.<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/consumers/index_pt.htm > Educação dos<br />
consumidores > Olá Verão, Adeus escaldão<br />
www.deco.proteste.pt<br />
- 6 -
- 6 -<br />
Consegues ouvir-me?<br />
Aumentar o som do teu Mp3 ou iPod pode abafar os ruídos de fundo indesejáveis<br />
– mas quais são as consequências para a tua audição?<br />
Se és um dos muitos milhões de europeus que ouvem diariamente música num leitor<br />
portátil, esta é uma pergunta que não podes ignorar. A exposição prolongada a níveis<br />
de som elevados pode provocar danos permanentes na audição – por exemplo, ouvir<br />
música uma hora por dia a 89 decibéis (dB) pode ser perigoso!<br />
Um conselho... sonante<br />
O risco de afectar a capacidade auditiva depende de dois factores: o volume do som a<br />
que se ouve e durante quanto tempo se ouve. Quando se regula o volume, o período<br />
de tempo durante o qual é ‘seguro’ ouvir música também se altera. Resumindo, quanto<br />
mais alto estiver o som, menos tempo deves ouvir música.<br />
E lembra-te: se tiveres zumbidos nos ouvidos ou se os sons parecerem abafados<br />
depois de desligares os auriculares, é um aviso bem sério de que a música estava tão<br />
alta que pode provocar lesões auditivas.<br />
Som alto demais?<br />
20 dB(A) – quarto silencioso à noite.<br />
40 dB(A) – sala de estar silenciosa.<br />
60 dB(A) – conversa em tom de voz normal.<br />
80 dB(A) – gritos.<br />
110 dB(A) – martelo pneumático a pequena distância.<br />
130 dB(A) – descolagem de avião a 100m.<br />
Enquanto ouves música no teu leitor, não te esqueças do que te rodeia: andar a<br />
pé e de bicicleta ou guiar<br />
Quando estamos em sítios<br />
barulhentos ou nos transportes<br />
públicos, pomos o som do MP3 no<br />
máximo para não ouvir mais nada.<br />
Gaëlle, 20 & Sarah, 21<br />
Para saberes mais:<br />
www.dontlosethemusic.com<br />
http://youth.hear-it.org<br />
0 50 00 50<br />
© .׀ Clix ׀ .<br />
com auriculares pode ser<br />
perigoso... e claro que as<br />
pessoas à tua volta podem<br />
não apreciar os teus gostos<br />
musicais!<br />
Fonte: Royal National Institute for<br />
Deaf People (instituição britânica<br />
para a saúde auditiva)<br />
© Mateusz<br />
Stachowski<br />
Protege os teus pulmões!<br />
Muitos dos 3 milhões de asmáticos da União Europeia (UE) vivem com medo<br />
que o próximo ataque de asma os possa matar. A incidência da asma duplicou na<br />
última década em alguns locais. O que se esconde por detrás desta tendência?<br />
A resposta pode ser surpreendente. Embora já se tenha feito muito para melhorar a<br />
qualidade do ar exterior, passamos a maior parte do tempo dentro de edifícios, onde a<br />
qualidade do ar pode ter um impacte real na saúde.<br />
Provavelmente já viste um dos “culpados” a espreitar perto do duche de casa. O mofo<br />
e o bolor crescem em áreas húmidas como as casas de banho mal ventiladas. Em<br />
muitos países da UE, entre 0% a 30% das habitações apresentam problemas de<br />
humidade.<br />
Há também uma série de poluentes – por vezes completamente inesperados – que<br />
podem degradar a qualidade do ar das nossas casas. Nestes podem incluir-se:<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
O fumo de tabaco, que contém um conjunto de poluentes prejudiciais.<br />
Os químicos existentes nas tintas, no mobiliário, em produtos de limpeza e<br />
ambientadores, que podem provocar, em pessoas sensíveis, dores de cabeça ou<br />
irritação ocular entre outros sintomas.<br />
Os animais domésticos e pragas de ácaros e ratos, que podem causar<br />
alergias.<br />
A humidade, se for demasiado baixa, provoca<br />
irritação nos olhos e erupções cutâneas; se<br />
demasiado alta, favorece o aparecimento de<br />
humidade e bolor.<br />
Queres melhorar a qualidade<br />
do ar dentro de casa?<br />
Para garantir que a tua casa é ventilada correctamente, abre as janelas – para<br />
provocar corrente de ar, se possível! Mas só mesmo por alguns minutos – não é<br />
necessário deixar as janelas entreabertas todo o dia.<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/health/opinions/en/indoor-air-pollution<br />
www.who.int/indoorair/en/<br />
www.qualar.org<br />
www.apa.org.pt<br />
www.portaldasaude.pt<br />
- 63 -
- 64 -<br />
Negócio ‘à séria’<br />
Há alguns anos, os títulos dos jornais deram um grande destaque a baterias<br />
de telemóvel pirateadas, depois de várias pessoas terem sofrido queimaduras<br />
graves quando as baterias explodiram durante a utilização dos aparelhos. Os<br />
artigos contrafeitos não só são ilegais, como podem tornar-se muito perigosos.<br />
O preço pode ser atractivo, mas atenção! Os produtos contrafeitos – não só as baterias<br />
de telemóvel, mas também os medicamentos, as lâminas de barbear, os perfumes,<br />
os brinquedos e o vestuário – podem ser perigosos para ti e para a tua família. Um<br />
brinquedo, por exemplo, pode ser revestido de tinta tóxica ou conter peças muito<br />
pequenas que, quando ingeridas, podem sufocar as crianças mais pequenas.<br />
O âmago da questão – uma questão de dinheiro<br />
A contrafacção é um grande negócio, que cresce a cada ano que passa. Hoje em dia<br />
a produção de artigos contrafeitos é enorme e dá muito dinheiro. É aproveitada por<br />
organizações criminosas internacionais e por grupos de terroristas para financiar as<br />
suas actividades. Quando compramos um artigo pirateado, podemos estar a subsidiar<br />
o crime organizado. E não esqueçamos que a contrafacção retira oportunidades de<br />
negócio às empresas legítimas e significa uma menor entrada de dinheiro na economia,<br />
o que pode levar a menos emprego e a um menor financiamento de programas sociais<br />
em áreas como a educação ou a saúde.<br />
© Customs Administration<br />
of the Czech Republic<br />
»<br />
»<br />
»<br />
Sabias que...?<br />
Em 008, as<br />
autoridades<br />
alfandegárias da UE<br />
apreenderam 78<br />
milhões de artigos<br />
falsos ou de origem<br />
duvidosa.<br />
Muitos dos artigos<br />
contrafeitos<br />
apreendidos são<br />
artigos domésticos de<br />
uso corrente.<br />
Na sua maioria, os<br />
artigos provêm da<br />
China.<br />
© Genséric Morel<br />
© Hungarian Customs and<br />
Finance Guard<br />
Para resolver o problema<br />
O que é que se pode fazer? Idealmente, devíamos impedir a entrada de artigos<br />
perigosos na União Europeia, bem como o seu acesso pelos consumidores. É por<br />
isso que as autoridades alfandegárias detectam e apreendem produtos ilegais e<br />
contrafeitos nas fronteiras fora da UE.<br />
<strong>Como</strong> não existem barreiras alfandegárias entre os países da UE, assim que um<br />
artigo importado passe a inspecção nos nossos portos, aeroportos ou correios, pode<br />
facilmente ser transportado através da União Europeia, sem quaisquer problemas.<br />
Para poderem inspeccionar o gigantesco volume anual de mercadorias importadas<br />
pela UE, as alfândegas têm diversos meios ao seu alcance. Dispõem, por exemplo,<br />
de sofisticados equipamentos de Raio-X que permitem inspeccionar camiões inteiros<br />
e cães treinados para detectar dinheiro, droga ou até DVD e CD; fazem ainda análises<br />
de risco detalhadas para identificarem quais são as entregas de mercadoria mais<br />
susceptíveis de incluírem artigos pirateados.<br />
Verdadeiro ou pirateado?<br />
Quer seja através da internet ou no mundo real, devemos comprar sempre<br />
numa loja de confiança. Mas se tiveres dúvidas, presta atenção:<br />
»<br />
»<br />
»<br />
Se o preço for bom demais para ser verdade, então é provavelmente uma<br />
imitação. Muitos artigos pirateados são vendidos muitíssimo abaixo do preço<br />
dos genuínos.<br />
Verifica se o nome do produto está escrito correctamente e se o logótipo<br />
parece verdadeiro.<br />
Procura o holograma ou o número de código na embalagem. O endereço do<br />
fabricante (ou do importador) também deve estar visível no exterior.<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/taxation_customs/index_en.htm<br />
www.aim.be<br />
www.asae.pt<br />
- 65 -
- 66 -<br />
O que é que há num rótulo?<br />
Costumas olhar para os rótulos dos alimentos que compras? Parecem cada vez<br />
maiores! Sabes, há regras da União Europeia (UE) sobre o que é obrigatório<br />
constar dos rótulos.<br />
O rótulo de um alimento deve conter obrigatoriamente informações sobre: os<br />
ingredientes que contêm, quanto tempo dura e como o devemos armazenar ou<br />
preparar. Saber que ingredientes são utilizados é particularmente importante para as<br />
pessoas que sofrem de alergias. A maior parte das regras de rotulagem são aplicadas<br />
em toda a <strong>Europa</strong> – de forma a que possamos encontrar a mesma informação em<br />
qualquer país em que nos encontremos.<br />
É bom saber:<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
Cada ingrediente, incluindo aditivos alimentares e água (acima de uma certa<br />
quantidade), tem de ser indicado por ordem decrescente de peso.<br />
Se um alimento contém um ingrediente ou substância que pode provocar alergias,<br />
essa informação deve constar de forma clara no seu rótulo.<br />
A rotulagem nutricional fornece informação sobre, por exemplo, o valor energético,<br />
as proteínas, os hidratos de carbono, as gorduras, as<br />
fibras e o sódio presentes num alimento. Estes dados só<br />
são obrigatórios se forem feitas alegações relacionadas<br />
com o valor energético (calorias) ou os nutrientes<br />
fornecidos pelos alimentos, ou se tiverem sido adicionados<br />
vitaminas e minerais.<br />
As imagens dos rótulos têm de ser verdadeiras. Iogurtes em que<br />
são utilizados aromatizantes artificiais em vez de framboesas<br />
não podem ostentar fotografias do fruto na embalagem!<br />
E, finalmente, o rótulo deve indicar claramente os dados do<br />
fabricante ou vendedor para que o consumidor possa obter<br />
mais informações ou fazer uma reclamação sobre o produto.<br />
Não te esqueças de verificar:<br />
»<br />
»<br />
Os tempos de descongelação e o modo de preparação.<br />
As datas de validade, tais como ‘Consumir até’ para não adoeceres e<br />
‘Consumir de preferência antes de’ para não ficares decepcionado com a<br />
qualidade do produto.<br />
Rotulagem e alergias<br />
Cerca de % dos adultos e 5% das crianças sofrem de alergias alimentares. As<br />
alergias mais graves podem matar. Os seguintes alimentos podem causar alergias<br />
ou intolerâncias e devem obrigatoriamente ser mencionados se usados como<br />
ingredientes:<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
cereais que contenham glúten;<br />
crustáceos e moluscos (mariscos<br />
tais como caranguejo, lagosta,<br />
camarão, mexilhão, caracóis, etc.);<br />
ovos;<br />
peixe;<br />
amendoins;<br />
outros frutos secos (amêndoa,<br />
avelã, castanha, cajú, noz pecã,<br />
castanhado-pará, pistácio, nozes<br />
macadâmia);<br />
sementes de sésamo;<br />
feijão de soja;<br />
leite;<br />
O que é a rotulagem GM?<br />
A rotulagem dá informação ao consumidor, permitindo-lhe fazer escolhas<br />
acertadas. Na UE, os alimentos têm de ostentar rótulos referindo a presença de<br />
organismos geneticamente modificados (OGM) – mas apenas se a proporção de<br />
OGM contida nos ingredientes for individualmente superior a 0,9%.<br />
Nos produtos pré-embalados que contenham OGM, o rótulo deve indicar<br />
‘… geneticamente modificado’ ou ‘produzido a partir de... geneticamente<br />
modificado’ para cada ingrediente. Nos produtos GM em venda a granel ou a<br />
retalho, a informação deve ser apresentada de forma clara junto do produto, por<br />
exemplo, numa nota da prateleira do supermercado, indicando que se trata de<br />
um produto GM.<br />
http://ec.europa.eu/food/food/index_pt.htm> Biotecnologia > Alimentos GM<br />
> Labelling.<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
aipo;<br />
mostarda;<br />
dióxido de enxofre e sulfitos<br />
em concentrações mais<br />
elevadas;<br />
tremoço.<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/food/<br />
http://ec.europa.eu/food/index_pt.htm> Rotulagem e nutrição ><br />
Rotulagem dos alimentos<br />
www.efsa.europa.eu<br />
www.asae.pt<br />
www.deco.proteste.pt<br />
- 67 -
- 68 -<br />
Qualidade de vida?<br />
Se todos os cidadãos vivessem - e consumissem – como os europeus, seriam<br />
necessários os recursos de mais dois Planetas!<br />
Aproveitar ao máximo as férias de Verão, conversar com os amigos online, comer<br />
carne todos os dias... a maioria dos europeus tem uma vida mais próspera do que<br />
nunca. Mas será este um estilo de vida sustentável por muito mais tempo? Na verdade,<br />
a crescente procura de produtos, cada vez mais complexos e sofisticados, tem um<br />
impacte negativo no nosso Planeta.<br />
Viver melhor dentro de limites<br />
Não podemos continuar a consumir mais do que aquilo que precisamos. O crescimento<br />
da população, a pressão da publicidade e a cultura de consumismo têm contribuído<br />
para o aumento da procura de bens e serviços e por conseguinte para o esgotamento<br />
dos recursos naturais. Estamos a consumir acima da capacidade do nosso Planeta!<br />
Os recursos naturais começam a escassear – não só o petróleo – sendo cada vez<br />
mais difíceis de obter e a sua extracção é cada vez mais dispendiosa e prejudicial para<br />
o ambiente. Podemos viver melhor, dentro de limites, se alterarmos alguns dos nossos<br />
comportamentos: pequenos gestos simples podem fazer toda a diferença.<br />
Reduz a tua pegada ecológica<br />
Se mudarmos para um estilo de vida mais<br />
saudável e preferirmos produtos ecológicos,<br />
quem sai favorecido é a nossa saúde e o<br />
ambiente. Não podemos pensar unicamente<br />
no nosso conforto. Vamos tornar-nos<br />
consumidores conscientes e responsáveis,<br />
que se preocupam com o equilíbrio entre a<br />
satisfação das suas necessidades e o impacte<br />
do seu consumo no ambiente. A escolha é tua!<br />
Então, na prática, o que é que significa<br />
consumo sustentável ou responsável? Os<br />
dados estatísticos dizem-nos que a habitação,<br />
os bens de consumo, a alimentação e as<br />
Sabias que...?<br />
Os cidadãos da<br />
UE representam<br />
menos de 0% da<br />
população mundial,<br />
mas consomem 50%<br />
da produção global de<br />
carne, 5% do papel<br />
e 5% da energia.<br />
viagens são responsáveis por 70-80% de todos os impactes ambientais. Aqui estão<br />
algumas ideias para começar:<br />
»<br />
»<br />
»<br />
Tens vontade de seguir as últimas tendências da moda e comprar todas as<br />
novidades, mesmo que as roupas que tens ainda estejam em bom estado? A<br />
isto chama-se ‘obsolescência perceptiva’ e é uma forma de reduzir a vida útil<br />
dos produtos que ainda são perfeitamente <strong>funciona</strong>is, induzindo o consumidor a<br />
adquirir o que não necessita. Evita seguir esse caminho, tenta usar o que tens até<br />
se estragar.<br />
Abrir uma embalagem pode ser como descascar uma cebola, camada sobre<br />
camada de plástico e cartão. Pior ainda, vai tudo directamente para o caixote<br />
do lixo! Um europeu produz, em média , 65 kg de lixo por ano em embalagens.<br />
Para reduzir este número, prefere produtos sem embalagem ou com embalagens<br />
reutilizáveis ou biodegradáveis. E não te esqueças de reutilizar o saco das<br />
compras.<br />
Em casa, para te aqueceres e<br />
ao mesmo tempo poupares<br />
energia, veste mais uma<br />
camisola, em vez de<br />
aumentares a temperatura do<br />
aquecimento. Se te preocupas<br />
com o ambiente, utiliza<br />
programas de baixa<br />
temperatura na máquina<br />
de lavar, assim estás<br />
a poupar energia sem<br />
comprometeres a<br />
lavagem.<br />
Comprar o caminho para a felicidade?<br />
Muitas vezes medimos o êxito pessoal pelos bens e riqueza material que cada um<br />
possui. Mas será essa a fonte da felicidade? Não seria um exercício interessante<br />
conseguirmos desvalorizar a riqueza material?<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/sustainable/<br />
www.eea.europa.eu/pt/themes<br />
www.deco.proteste.pt/ambiente/como-melhorar-o-meu-desempenhoambiental-s4049<br />
.htm#top<br />
- 69 -
- 70 -<br />
Às escuras?<br />
Já aconteceu: um apagão no pico do Inverno, que deixa milhões de europeus<br />
sem luz ou sem aquecimento. E isto poderá acontecer mais vezes…<br />
A União Europeia importa mais de 90% do petróleo que utiliza e alguns dos seus<br />
Estados-Membros importam todo o gás e carvão de que necessitam. Ao depender de<br />
energia importada, a <strong>Europa</strong> corre riscos: o abastecimento pode ser interrompido por<br />
razões que não têm nada a ver connosco.<br />
Muitos preocupam-se com a segurança do nosso abastecimento de energia. Por<br />
outras palavras, não têm a certeza de que tenhamos energia disponível sempre que<br />
precisemos dela.<br />
Assegurar o abastecimento de energia<br />
Há diversas formas de tornar o nosso abastecimento de energia mais seguro.<br />
Podemos, por exemplo:<br />
» Poupar energia. Com gestos simples, podemos facilmente gastar muito menos<br />
energia continuando a viver de uma forma confortável.<br />
» Estabelecer acordos de confiança com fornecedores estrangeiros e arranjar novos<br />
fornecedores de petróleo e de gás.<br />
» Criar mais redes de importação de petróleo e gás e construir oleodutos e gasodutos<br />
transfronteiriços que levem facilmente a energia a todos os países da UE.<br />
Sucede, porém, que, a nível mundial, as reservas dos maiores campos petrolíferos<br />
e de gás estão a esgotar-se. Para além disso, estes combustíveis fósseis são, em<br />
grande parte, responsáveis pelas emissões de CO que, por sua vez, contribuem para<br />
as alterações climáticas. As nossas energias não só não estão garantidas como não<br />
são sustentáveis.<br />
Se queremos ter energia a preços acessíveis no futuro, temos de repensar todo o<br />
nosso modelo energético. A utilização de fontes de energia renováveis, seguras e mais<br />
próximas do consumidor final, terá de ser uma realidade cada vez mais presente na<br />
vida de cada um de nós.<br />
© Luciano Tirabassi<br />
© Creative Commons<br />
Energias inteligentes!<br />
Optar pelas energias renováveis implica encontrar alternativas, tais como painéis<br />
solares nos telhados ou turbinas eólicas no mar. Quanto mais energia conseguirmos<br />
produzir localmente, menos dependeremos do exterior. Mas ainda teremos de<br />
ultrapassar alguns obstáculos técnicos para que este aumento da produção local de<br />
energia dê mais frutos.<br />
A actual rede energética foi concebida para levar a energia proveniente de um pequeno<br />
número de centrais de grandes dimensões até ao consumidor final, e não inversamente.<br />
Os distribuidores não estão equipados para lidar com pequenos produtores<br />
‘descentralizados’. E como a capacidade de armazenamento de electricidade é muito<br />
reduzida, é preciso manter um equilíbrio constante entre a oferta e a procura.<br />
É aqui que as tecnologias ‘inteligentes’ entram em cena. ‘Contadores inteligentes’<br />
permitiriam ao consumidor controlar o seu gasto de energia em tempo real, enquanto<br />
‘redes inteligentes’ permitiriam uma troca de informações contínua entre as companhias<br />
e os seus clientes. Deste modo, o sistema conseguiria responder rapidamente a<br />
quaisquer alterações e manter-se equilibrado.<br />
As novas ‘super redes’ também conduziriam a uma maior harmonia entre a oferta e<br />
a procura. A <strong>Europa</strong> do Norte e do Leste poderiam beneficiar do sol mediterrânico<br />
e a <strong>Europa</strong> Central e do Sul poderiam usar a energia eólica do Mar do Norte. Se<br />
tivéssemos mais linhas de alta tensão transfronteiriças, a nossa electricidade seria<br />
mais fiável.<br />
Para que no futuro o nosso abastecimento de energia seja mais seguro serão<br />
necessários investimentos significativos em novas formas de produção, tecnologias<br />
‘inteligentes’ e novas redes de produção e distribuição de energia. Participando no<br />
debate sobre a energia podes ajudar a definir qual a energia que utilizaremos no<br />
futuro.<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/energy/index_en.htm > Security of supply<br />
- 7 -
- 7 -<br />
Mergulho no azul profundo<br />
Os mares da <strong>Europa</strong> são um importante recurso natural que devemos partilhar<br />
e cuidar.<br />
Os oceanos e os mares sempre foram fascinantes e desempenham um papel<br />
importante para os europeus. E se olharmos para o nosso continente, é fácil perceber<br />
porquê: com o Árctico a norte, o Mediterrâneo a sul, o Atlântico a oeste e o Mar Negro<br />
a leste, a União Europeia encontra-se rodeada de água. Tudo somado, a UE abrange<br />
70 000 quilómetros de linha de costa.<br />
Onde quer que se viva na UE, nunca se está muito longe do mar. Na verdade, quase<br />
metade de nós vive a menos de 50 km da costa – o que serve para demonstrar quão<br />
importantes são os nossos mares na vida de cada um.<br />
Quase 40% do PIB da União Europeia é gerado nas regiões marítimas, enquanto uns<br />
impressionantes 90% do seu comércio externo são conduzidos por mar. Das pescas<br />
às energias renováveis, dos transportes à investigação, os mares têm um papel central<br />
nas políticas da UE. Por vezes, os diversos interesses colidem, sendo cada vez mais<br />
evidente uma crescente competição pelo espaço, mas a UE está empenhada em criar<br />
emprego e proteger os mares, melhorando a cooperação entre todas as partes.<br />
Queres mais informação?<br />
Com uma nova ferramenta online, o Atlas Europeu dos Mares, podes clicar,<br />
arrastar e aumentar mapas dinâmicos para saber mais sobre os mares e as<br />
actividades que neles têm lugar. Aí, podes encontrar respostas para perguntas<br />
como:<br />
» Onde são pescados o bacalhau e a atum?<br />
» Onde está localizado o banco subaquático Viking?<br />
» Qual o país da UE com a maior frota pesqueira?<br />
http://ec.europa.eu/maritimeatlas<br />
Legenda:<br />
Mar do Norte<br />
Mar Báltico<br />
Mar Celta<br />
Golfo da Biscaia e Costa Ibérica<br />
Mar Mediterrâneo<br />
Mar Negro<br />
Regiões ultraperiféricas<br />
Oceano Árctico<br />
Pesca e aquicultura na <strong>Europa</strong><br />
A pesca, um dos meios tradicionais de subsistência, continua a ser uma actividade<br />
económica importante na <strong>Europa</strong>. A União Europeia é o terceiro maior produtor de<br />
peixe do mundo, precedida pela China e o Peru, representando quase 5% da produção<br />
global. A indústria das pescas dá emprego a mais de 4 5 000 pessoas.<br />
Embora a frota pesqueira da UE tenha decrescido na última década, conta ainda com<br />
mais de 88 500 embarcações. Os pescadores europeus pescam cerca de 5,6 milhões<br />
de toneladas de peixe por ano, mas metade deste volume provém de apenas quatro<br />
países – Dinamarca, Espanha, Reino Unido e França. As espécies mais comuns são<br />
o arenque, a espadilha e a cavala.<br />
A indústria das pescas não recorre apenas à captura de peixe em águas abertas.<br />
A aquicultura é também um negócio florescente na <strong>Europa</strong>. Mais de 1,3 milhões de<br />
toneladas, ou seja um quinto da<br />
produção total da UE, é produzido<br />
deste modo. As principais espécies<br />
produzidas em aquicultura são o<br />
mexilhão, a truta arco-íris e a ostra.<br />
Um europeu consome em média<br />
,4 kg de peixe por ano. Entre<br />
capturas de peixe e aquicultura,<br />
a UE tem de importar produtos<br />
piscícolas para responder às suas<br />
necessidades. É, de facto, o maior<br />
importador do mundo destes<br />
produtos.<br />
Testa os teus<br />
conhecimentos!<br />
Procura as respostas correctas<br />
no Atlas Europeu dos Mares...<br />
»<br />
»<br />
»<br />
Legenda:<br />
Toneladas de peixe capturado por Estado-Membro<br />
0 – 2500<br />
2500 – 10000<br />
10000 – 50000<br />
> = 50000<br />
<strong>Como</strong> é o tubarão-sardo<br />
(Lamma nasus)?<br />
Quantos barcos pesqueiros<br />
grandes (> 45m) existem no<br />
teu país?<br />
Quantas pessoas emprega a<br />
indústria de processamento<br />
de peixe no teu país?<br />
Para saber mais:<br />
http://ec.europa.eu/maritimeaffairs/<br />
http://ec.europa.eu/fisheries/<br />
http://europa.eu/legislation_summaries/maritime_affairs_and_fisheries/<br />
fisheries_resources_and_environment/index_pt.htm<br />
- 73 -
- 74 -<br />
A Natureza sob ameaça<br />
Olha pela janela: deves ver árvores, relva, flores, talvez um pássaro... agora<br />
imagina a vida sem plantas e animais, sem ar puro ou água doce e potável. Este<br />
é um cenário que pode estar mais próximo do que pensas.<br />
A perda da biodiversidade é um dos maiores desafios que o Planeta actualmente<br />
enfrenta. O Planeta está a perder biodiversidade a uma velocidade sem precedentes.<br />
Existem cada vez mais espécies em perigo de extinção. Já deves ter ouvido falar da<br />
destruição da floresta amazónica, um dos ecossistemas mais ricos do mundo. Mas<br />
não é preciso ir tão longe: embora haja alguns êxitos na preservação da natureza na<br />
<strong>Europa</strong>, em geral, a situação não é famosa.<br />
O Homem é responsável pelo desaparecimento acelerado de espécies animais e<br />
vegetais. À medida que a população cresce, assim aumenta o preço que temos a<br />
pagar pelo ambiente: a agricultura intensiva, a construção, a poluição, o abate de<br />
árvores e a sobre-exploração dos oceanos degradam os ecossistemas e destroem os<br />
nossos recursos mais valiosos e dos quais dependemos.<br />
Vegetação urbana<br />
Fazendo uma analogia, pode dizer-se que as árvores são como os computadores,<br />
isto é, conseguem realizar múltiplas tarefas em simultâneo: filtram o ar capturando<br />
o dióxido de carbono e removendo quaisquer elementos tóxicos, reduzem o ruído<br />
e refrescam a área circundante, abrigam animais e conferem qualidade à vida das<br />
cidades. Perante tais benefícios, devíamos plantar mais árvores e espalhar o verde<br />
pelas nossas cidades.<br />
Da Natureza com amor<br />
Fazemos parte da biodiversidade,<br />
da teia da vida em que todos<br />
dependemos uns dos outros: homens,<br />
animais, plantas e outros seres vivos.<br />
Precisamos da natureza – ela dá-nos<br />
ar puro, água doce e comida, recicla<br />
os resíduos e regula o clima. E tudo<br />
isto gratuitamente!<br />
Segundo cálculos recentes, se<br />
tivéssemos de substituir estes serviços<br />
naturais por uma alternativa artificial, o<br />
seu custo seria de milhares de milhões<br />
de euros por ano – e, nalguns casos,<br />
nem sequer seria possível. Se não<br />
mudarmos os comportamentos, a<br />
nossa vida agradável vai mudar,<br />
desenhando-se no horizonte de um<br />
futuro próximo, um rumo incerto.<br />
Já viste com certeza um lago de águas<br />
cristalinas transformado em lodo<br />
esverdeado. Este ciclo vicioso começa<br />
com a poluição que mata os peixes<br />
Sabias que...?<br />
A UE está empenhada em<br />
travar a perda da biodiversidade.<br />
<strong>Como</strong> parte deste compromisso,<br />
a protecção das espécies e<br />
dos habitats em mais de<br />
5 000 locais Natura 000. Este<br />
é o nosso instrumento mais<br />
poderoso, a rede da UE de áreas<br />
de conservação da natureza,<br />
a qual fornece o espaço para<br />
a mesma.. 0 0 é o Ano<br />
Internacional da Biodiversidade<br />
– uma boa ocasião para redobrar<br />
os nossos esforços na protecção<br />
do património da vida animal e<br />
vegetal. E tu podes ajudar!<br />
www.cbd.int/2010/<br />
que se alimentam de algas, até que o ecossistema colapsa. Será isto uma amostra do<br />
que nos espera?<br />
Notícias sobre abelhas desaparecidas<br />
O número de colónias de abelhas baixou de uma forma assustadora nos últimos<br />
anos. Estes insectos enfraquecem e tornam-se mais vulneráveis a doenças<br />
devido a factores antropogénicos - agricultura intensiva, fragmentação dos<br />
campos e destruição dos prados e habitats naturais. <strong>Como</strong> grande parte da fruta<br />
e dos vegetais que consumimos têm de ser polinizados pelas abelhas, o seu<br />
desaparecimento teria consequências graves na cadeia alimentar e não apenas<br />
para os amantes de mel! Estas situações ilustram bem a importância vital das<br />
abelhas.<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/environment/nature/index_en.htm<br />
www.eea.europa.eu/pt<br />
www.azoresbioportal.angra.uac.pt<br />
- 75 -
- 76 -<br />
Age antes que seja tarde!<br />
Vê como podes ajudar a manter a natureza cheia de vida e bonita.<br />
» Reduz a tua pegada de carbono: anda a pé ou de bicicleta e utiliza os transportes<br />
públicos. Desliga todos os aparelhos eléctricos que não estejam a ser utilizados.<br />
» Não colhas plantas ou flores selvagens – deixa-as no seu lugar.<br />
» Evita longas viagens de avião. E presta atenção: é ilegal comprar objectos feitos a<br />
partir de espécies ameaçadas, tais como os corais ou tartarugas marinhas.<br />
» Faz jardinagem verde, cria um recanto selvagem no jardim! O composto resulta de<br />
um processo de reciclagem natural e torna o solo mais fértil.<br />
» Aprecia a beleza da natureza – visita um dos sítios Natura 000 na <strong>Europa</strong>.<br />
» Ajuda as organizações locais de protecção à natureza a gerir as áreas<br />
protegidas.<br />
Papagaios na <strong>Europa</strong>?<br />
Pode ser uma surpresa encontrar ‘papagaios verdes’ nos nossos jardins, mas<br />
os periquitos-de-colar foram introduzidos na <strong>Europa</strong> no Século XX. Desde os<br />
tempos mais remotos que comerciantes e viajantes trouxeram e introduziram<br />
novas espécies em habitats que não os seus. Mas estas podem adaptar-se<br />
tão bem que põem em risco as plantas e animais locais, podendo mesmo<br />
representar uma ameaça para a saúde das pessoas. Controlar estes invasores<br />
biológicos e reparar os danos causados por eles é muito dispendioso e, às<br />
vezes, impossível. Melhor prevenir que remediar!<br />
http://ec.europa.eu/environment/nature/index_en.htm > Espécies invasivas<br />
não-autóctones<br />
As alterações climáticas são uma ameaça à<br />
natureza<br />
Os ecossistemas também são afectados pelas alterações climáticas. As emissões de<br />
dióxido de carbono provocadas pela queima de combustíveis fósseis e a destruição<br />
dos ambientes naturais – especialmente, as florestas e os pântanos – levam ao<br />
aquecimento global do Planeta. Se não reduzirmos estas emissões e não mantivermos<br />
os ecossistemas saudáveis, a temperatura pode aumentar entre , e 6,4°C durante<br />
este século, com graves consequências para todos. Assistiremos a fenómenos<br />
meteorológicos extremos - haverá secas, ondas de calor, inundações e fogos com<br />
mais frequência, o que colocará em perigo animais, plantas e pessoas.<br />
Não é só o urso polar<br />
Um urso polar sentado num banco de gelo solitário é apenas um dos muitos<br />
exemplos do impacte das alterações climáticas nos oceanos e mares. À medida<br />
que ocorre o degelo no Polo Sul e na Gronelândia, dá-se uma subida do nível da<br />
água do mar. As correntes marítimas podem mudar e provocar desequilíbrios no<br />
clima europeu. E o aumento da temperatura da água, bem como a acidificação<br />
dos oceanos devido à absorção de CO , vão condenar ecossistemas marinhos,<br />
principalmente os recifes de corais cuja sobrevivência depende do equilíbrio<br />
químico da água.<br />
Combate as mudanças climáticas:<br />
protege a biodiversidade!<br />
Necessitamos de ecossistemas saudáveis para abrandar<br />
o ritmo com que ocorrem as alterações climáticas, para<br />
nos adaptarmos e evitar os seus piores efeitos. Oceanos,<br />
florestas e florestas de mangal <strong>funciona</strong>m como verdadeiras<br />
‘armadilhas’ para o carbono e os ecossistemas costeiros,<br />
tais como pântanos, mangais, recifes de coral e praias<br />
barreira, oferecem uma protecção costeira natural.<br />
Não podemos dar resposta ao problema da perda da<br />
biodiversidade sem enfrentar as alterações climáticas,<br />
mas é igualmente impossível tentar resolver as questões das<br />
alterações climáticas sem abordar os temas da biodiversidade e<br />
dos ecossistemas. Ambas requerem um plano de acção global e<br />
coordenado. E temos de começar por nós próprios!<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/environment/nature/index_en.htm > Climate<br />
Change<br />
http://ec.europa.eu/climateaction/index_pt.htm<br />
www.kidscall.info/en/campaign.html<br />
http://ec.europa.eu/environment/climat/campaign/index_pt.htm<br />
www.quercus.pt<br />
www.gulbenkian.pt/index.php?section=<br />
- 77 -
- 78 -<br />
Maioria rural<br />
Se fores um citadino convicto, ficarás surpreendido por saber que cerca de 80%<br />
do território da União Europeia (UE) é constituído por zonas rurais onde vive mais<br />
de metade da população europeia.<br />
Ao longo dos tempos, a agricultura desempenhou um papel fundamental na criação e<br />
conservação de paisagens únicas e maravilhosas na <strong>Europa</strong>. Actualmente, cerca de<br />
50% do território da UE é constituído por terrenos agrícolas. Os agricultores utilizam<br />
e dependem da natureza. Contudo, é fundamental que exista um equilíbrio entre as<br />
zonas agrícolas e o ambiente natural.<br />
Enfrentando novos desafios<br />
Os agricultores cada vez se vêem mais confrontados com situações como a escassez<br />
de água, a necessidade de proteger a biodiversidade, as alterações climáticas e a<br />
crescente procura de fontes de energia alternativas.<br />
O clima implica um desafio com duas vertentes. Por um lado, a agricultura produz<br />
dois dos gases com efeito de estufa mais nefastos: o óxido de azoto proveniente dos<br />
fertilizantes e do metano, gerado pela flatulência e dejectos do gado. Por outro, os<br />
agricultores também sofrem cada vez mais com os efeitos das alterações climáticas:<br />
secas, inundações e condições<br />
climáticas extremas que muito<br />
provavelmente se vão agravar no<br />
futuro.<br />
Actualmente, cerca de 9% do total<br />
das emissões de gases com efeito<br />
de estufa provêm da agricultura.<br />
No entanto, desde 990 os<br />
agricultores já conseguiram reduzir<br />
essas emissões em 0%.<br />
O apoio da Política Agrícola Comum<br />
(PAC) ajuda os agricultores a fazer<br />
face a estes desafios. Assim, por<br />
exemplo, são disponibilizadas<br />
tecnologias como o GPS (Global<br />
Positioning System) e software<br />
específico para este sector que podem, nomeadamente, ajudar a reduzir a quantidade<br />
de fertilizantes ou de energia a utilizar, bem como sistemas de rega avançados que<br />
usam a mais recente tecnologia móvel e permitem poupar água.<br />
Rede Natura 2000: protecção dos habitats<br />
Existe uma grande variedade de habitats na UE – dos pântanos<br />
e prados floridos aos grandes estuários e sistemas de grutas<br />
– que são protegidos pelo programa Rede Natura 000. Os<br />
locais de interesse comunitário estão espalhados pela <strong>Europa</strong>,<br />
das ilhas Canárias a sul à Finlândia a norte, cobrindo cerca<br />
de 20% do território europeu. Isto significa que uma grande<br />
diversidade de plantas e de animais se encontra ao abrigo de protecção legal.<br />
Para encontrar um sítio Natura 000 perto de ti, vai a:<br />
http://ec.europa.eu/environment/nature/natura 000/index_en.htm.<br />
Vale o que custa?<br />
Os produtos alimentares fornecidos pelos agricultores europeus são dos mais seguros<br />
e de maior qualidade a nível mundial. Para o efeito, os agricultores têm de respeitar<br />
normas europeias em matéria de protecção do ambiente e do bem-estar animal,<br />
destinadas nomeadamente a preservar a natureza e a biodiversidade e a assegurar<br />
que o campo é um bom lugar para viver e visitar. Mas tal tem como resultado custos<br />
adicionais para os alimentos produzidos na <strong>Europa</strong>. No âmbito da PAC, a UE apoia<br />
os agricultores, assegurando a sua viabilidade financeira enquanto fornecedores de<br />
alimentos a toda a população.<br />
Encontra as tuas raízes<br />
Porque não passar as próximas férias numa quinta? Embora sejam o oposto<br />
da praia, as estadias em quintas estão cada vez mais na moda. Podes apreciar<br />
paisagens verdejantes e respirar ar puro e até dar uma ajuda nas tarefas<br />
da quinta (só se quiseres, claro!). Este tipo de férias pode ser gratificante e<br />
surpreendentemente divertido!<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/agriculture/index_en.htm > Agriculture and Climate<br />
Change<br />
http://ec.europa.eu/agriculture/rurdev/index_en.htm<br />
- 79 -
- 80 -<br />
A cadeia da vida<br />
Gestos simples como abrir o frigorífico ou ir buscar comida ao ‘fast-food’ mais<br />
próximo, são comportamentos automáticos quando temos fome. Embora pareça<br />
que a comida abunda à nossa volta, isso é só meia verdade...<br />
A realidade é que muitas pessoas não têm o que comer. A Organização das Nações<br />
Unidas para a Alimentação e a Agricultura estima que mais de um bilião de pessoas<br />
em todo o mundo estão subalimentadas. Não é apenas uma questão de bemestar<br />
individual, mas também de paz e de estabilidade. A escassez de alimentos já<br />
despoletou situações de desordem civil em democracias mais frágeis.<br />
Com a população global a atingir os nove biliões até 0 5, é fundamental, segundo a<br />
estimativa dos especialistas, aumentar a produção global de alimentos em 70%.<br />
À maneira europeia<br />
Afinal de onde provém a comida que tens no prato? Da agricultura, claro! A agricultura<br />
é vital para o abastecimento de alimentos de qualidade na <strong>Europa</strong> e outras partes do<br />
mundo. Mas, produzir alimentos em quantidade suficiente – sem degradar o ambiente<br />
ou esgotar os recursos naturais – está a tornar-se um desafio significativo.<br />
Os consumidores europeus são cada vez mais exigentes no que se refere à alimentação.<br />
E têm toda a razão! É por isso que os agricultores europeus têm de cumprir com uma<br />
das mais duras leis sobre segurança alimentar e bem-estar animal. Para além disto,<br />
os agricultores são muito mais do que apenas produtores de alimentos; eles têm a<br />
responsabilidade da preservação das paisagens rurais e da conservação do meio<br />
natural e da vida selvagem.<br />
A UE apoia os nossos agricultores através da Política Agrícola Comum (PAC) para<br />
que possam responder às expectativas e necessidades fundamentais dos europeus:<br />
alimentos de qualidade, produzidos de forma sustentável para todos.<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/agriculture/capexplained/sustain/index_pt.htm<br />
Sabias que...?<br />
A UE gasta 55 mil milhões de euros em apoios à agricultura<br />
e ao desenvolvimento rural. Pode parecer muito mas<br />
representa, de facto, menos de % de todos os gastos<br />
públicos. Em comparação, a UE e os seus Estados-Membros<br />
gastam três vezes mais no âmbito da defesa do que em<br />
assegurar a segurança e qualidade alimentares e manter os<br />
nossos campos vivos e de boa saúde!<br />
Sem esquecer os países mais pobres<br />
A UE é um líder global na agricultura. Apesar disso, é também o maior importador de<br />
produtos agrícolas dos países em vias de desenvolvimento. Na verdade, importa mais<br />
do que os EUA, o Japão, o Canadá, a Nova Zelândia e a Austrália juntos.<br />
Rótulos de qualidade<br />
A UE introduziu rótulos especiais para identificar produtos de<br />
alta qualidade, preparados segundo métodos tradicionais ou<br />
provenientes de áreas geográficas específicas. Incluem-se<br />
neste grupo alimentos mundialmente famosos como o presunto<br />
de Parma (Itália) ou o queijo feta (Grécia), mas a maior parte dos<br />
países têm alimentos protegidos, como a carne de origem Barrosã,<br />
que tem Denominação de Origem Protegida (DOP).<br />
http://ec.europa.eu/agriculture/index_en.htm > Política de qualidad<br />
www.qualifica.pt<br />
Comer bem, viver saudável<br />
De acordo com dados estatísticos, cerca de milhões<br />
de crianças apresentam excesso de peso e mais de cinco<br />
milhões são obesas. A obesidade pode provocar sérios<br />
problemas de saúde, sendo fundamental adoptar um estilo<br />
de vida saudável.<br />
Se queres estar em forma, deves começar por ter uma<br />
alimentação correcta e equilibrada. Uma dieta nutritiva<br />
inclui produtos lácteos e uma boa porção de fruta e<br />
legumes. Através da PAC, a UE disponibiliza gratuitamente<br />
às escolas leite, fruta e vegetais. E a tua escola, participa<br />
nestes programas?<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/agriculture/index_pt.htm<br />
http://drinkitup.europa.eu/index.php?id=3&L= 6<br />
www.plataformacontraaobesidade.dgs.pt<br />
- 8 -
- 8 -<br />
Que desperdício!<br />
Os Europeus desperdiçam<br />
enormes quantidades de<br />
alimentos. Esta realidade é<br />
negativa em termos financeiros,<br />
mas também muito prejudicial<br />
para o ambiente.<br />
O desperdício de alimentos<br />
contribui para o aquecimento global<br />
do Planeta, pois é necessário<br />
despender muita energia para<br />
os produzir e transportar. Se<br />
não se desperdiçassem tantos<br />
alimentos, poderíamos reduzir<br />
as nossas emissões de CO . De<br />
facto, se reduzíssemos o nosso<br />
desperdício de alimentos para<br />
metade, conseguiríamos reduzir<br />
as emissões de gases com efeito<br />
de estufa em 5%!<br />
»<br />
O que é que podes fazer?<br />
Eis algumas ideias para reduzir o teu impacte no<br />
ambiente:<br />
» planeia as refeições com antecedência e<br />
elabora uma lista para comprares apenas o<br />
que precisas;<br />
» utiliza um medidor para cozinhares arroz ou<br />
massa nas quantidades certas;<br />
» congela as refeições que não pensas<br />
consumir de imediato;<br />
» procura na internet receitas para transformar<br />
as sobras de alimentos em pratos<br />
»<br />
deliciosos;<br />
compra produtos locais e próprios da<br />
estação – de uma forma geral, quanto menor<br />
é a distância até ao prato, melhor é para o<br />
ambiente.<br />
Para saberes mais:<br />
www.lovefoodhatewaste.com<br />
Sabias que...?<br />
O volume de alimentos<br />
desperdiçados em França<br />
seriam suficientes para alimentar<br />
a população subnutrida da<br />
República Democrática do Congo<br />
e os alimentos que se deitam<br />
fora em Itália poderiam acabar<br />
com a fome na Etiópia. E tu,<br />
também desperdiças alimentos?<br />
Experimenta separar todos os<br />
alimentos deitados fora durante<br />
uma semana e vê quantas<br />
pessoas poderias ter alimentado!<br />
Vamos comprar flores?<br />
Quer seja roupa, um computador portátil ou material para a escola – fazer compras<br />
é uma tarefa importante da nossas vidas. Mas qual é a melhor escolha? Não<br />
basta comparar preços e qualidade. Com o Planeta ameaçado pelas alterações<br />
climáticas e pela perda da biodiversidade, o consumidor inteligente também<br />
pondera o impacte que os produtos têm no ambiente.<br />
A próxima vez que fores às compras,<br />
procura os produtos com o logótipo<br />
da flor – o rótulo ecológico da<br />
União Europeia (UE). Os produtos<br />
e serviços identificados com este<br />
rótulo respeitam rigorosos critérios<br />
ambientais, desde os recursos<br />
utilizados na sua produção até à fase<br />
da embalagem e do transporte. Não<br />
é de admirar que ‘a flor’ se esteja a<br />
tornar tão popular!<br />
Onde podes<br />
encontrar o rótulo<br />
da flor?<br />
A maioria das grandes lojas tem, nas suas prateleiras, produtos com o rótulo ecológico<br />
europeu, tais como artigos escolares, roupas, cosméticos e aparelhos electrónicos.<br />
Dicas para comprar ‘verde’<br />
Para reduzir o impacte ambiental, enquanto consumidor, podes:<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
Sabias que...?<br />
Os detergentes que têm o<br />
rótulo ecológico europeu<br />
não contêm substâncias que<br />
possam ser cancerígenas ou<br />
comprometer a fertilidade.<br />
Uma televisão com o rótulo<br />
ecológico europeu, que<br />
se encontre em modo de<br />
espera (stand-by), consome<br />
metade da energia de uma<br />
tv sem o rótulo.<br />
Procurar produtos com o rótulo ecológico europeu.<br />
Comprar produtos orgânicos, locais e sazonais.<br />
Reduzir a embalagem. Reutilizar os sacos de compras. Reciclar.<br />
Evitar longas viagens de carro para fazer compras.<br />
Para saberes mais:<br />
www.eco-label.com/portuguese/<br />
http://ec.europa.eu/environment/ecolabel/<br />
www.iapmei.pt/resources/download/rotuloecologico.pdf<br />
»<br />
»<br />
- 83 -
- 84 -<br />
As chaves da mobilidade urbana<br />
<strong>Como</strong> é que vais para a escola? Talvez a pé, de autocarro, de ‘scooter’, de<br />
bicicleta ou apanhes uma boleia dos teus pais...<br />
As cidades vivem num corrupio constante, no burburinho de pessoas sempre<br />
em movimento. Para aproveitar tudo o que têm para oferecer, precisamos de nos<br />
movimentar em segurança e simultaneamente, respeitar o ambiente.<br />
A segurança em primeiro lugar<br />
A segurança rodoviária diz respeito a todos. Os acidentes rodoviários representam a<br />
primeira causa de morte entre os jovens da União Europeia (UE). Embora na última<br />
década o número de vítimas mortais tenha diminuído e as novas tecnologias possam vir<br />
a desempenhar um papel importante na redução destes números trágicos, a verdade é<br />
que estes progressos não são suficientes, sendo necessário intensificar esforços.<br />
Mortes de jovens entre 14 e 24 anos na UE por acidentes<br />
de tráfego<br />
Condutores de automóveis: 35%<br />
Passageiros de automóveis: 6%<br />
Condutores de motociclos,<br />
ciclomotores: 0%<br />
Condutores de bicicletas: 3%<br />
Peões: 8%<br />
Outros: 8%<br />
3%<br />
Uma mobilidade verde<br />
A UE promove e apoia novos meios de transporte amigos do ambiente para as cidades:<br />
autocarros menos poluentes; passeios mais seguros; sistemas públicos de aluguer<br />
de bicicletas; bilhetes combinados de eléctrico, comboio e autocarro. Todas estas<br />
alternativas permitem deslocares-te rápida e confortavelmente – e ainda contribuir<br />
para uma mobilidade urbana sustentável.<br />
Tecnologia inteligente<br />
A navegação por satélite pode não nos poupar à frustração dos<br />
engarrafamentos, mas, no futuro, o fluxo do tráfego será gerido por sistemas<br />
de transporte inteligentes, que nos darão informações actualizadas sobre as<br />
condições das estradas. Teremos acesso a informação em tempo real sobre<br />
transportes alternativos, o que nos permitirá escolher entre usar o automóvel ou<br />
ir de comboio ou metro, por exemplo.<br />
0%<br />
8%<br />
8%<br />
6%<br />
35%<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/transport/urban/index_en.htm<br />
www.ansr.pt<br />
Fonte: CARE, 008<br />
O que é que os vizinhos vão dizer?<br />
Nenhum de nós quer viver num bairro problemático ou ter a infelicidade de viver<br />
ao lado de vizinhos barulhentos. A nível europeu não é diferente. Enquanto<br />
comunidade de Estados numa aldeia global, queremos estar rodeados de países<br />
vizinhos estáveis e bem governados.<br />
Para isso, a <strong>Europa</strong> está a estreitar os laços económicos e políticos com os seus<br />
vizinhos a Sul e a Leste. Em 004, a União Europeia criou a Política Europeia de<br />
Vizinhança (PEV), que envolve 6 países do Mediterrâneo, da <strong>Europa</strong> de Leste e do<br />
Sul do Cáucaso.<br />
Porque precisamos de uma política de<br />
vizinhança?<br />
Actualmente, a <strong>Europa</strong> é uma região de paz e prosperidade sem precedentes, mas<br />
não podemos ter uma atitude negligente e ignorar o resto do mundo. Em suma, se não<br />
“exportarmos” estabilidade, podemos correr o risco de “importar” instabilidade.<br />
Patrulhas de vigilantes europeus?<br />
A Política Europeia de Vizinhança não significa o policiamento da <strong>Europa</strong> enquanto<br />
comunidade fechada, mas sim o estabelecimento de parcerias com os países vizinhos<br />
a fim de aumentar a sua prosperidade, estabilidade e segurança e de os atrair para<br />
junto da União.<br />
- 85 -
- 86 -<br />
Para além das fronteiras<br />
Até agora já foram acordados planos específicos com a maioria dos 16 países da<br />
PEV. A UE oferece a estes países uma relação privilegiada construída sobre um<br />
compromisso recíproco de valores comuns. A curto prazo, isto significará ajudar esses<br />
países a:<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
fortalecer a democracia e os direitos humanos;<br />
melhorar o tecido empresarial e aumentar o comércio;<br />
lutar contra o crime organizado, a corrupção e a migração ilegal;<br />
enfrentar os problemas ambientais;<br />
desenvolver os contactos entre as pessoas;<br />
evitar conflitos e gerir crises.<br />
Os vizinhos da <strong>Europa</strong> beneficiam do que a União Europeia tem para oferecer –<br />
estabilidade económica e extensos mercados, experiência e conhecimento técnico<br />
na execução de reformas, bem como no estabelecimento de intercâmbios culturais e<br />
educacionais. Para além disso, entre 007 e 0 3, a UE vai investir mil milhões de<br />
euros nestes países.<br />
Conheces bem os teus vizinhos?<br />
Sabes onde está situado o desfiladeiro mais profundo da <strong>Europa</strong> ou em que<br />
país foram filmadas as cenas no deserto da trilogia Star Wars? Podes ver as<br />
respostas a estas e muitas mais perguntas em:<br />
http://ec.europa.eu/external_relations/enp/enp_game_en.htm<br />
Acho que as relações com os países vizinhos da UE<br />
são como as que mantemos com os nossos vizinhos em<br />
casa – vivemos a seu lado e somos afectados pelo que<br />
fazem. O melhor é mantermo-nos em contacto e sermos<br />
atenciosos e delicados.<br />
Sandra, 23<br />
© Justine Curtis<br />
Na prática<br />
Ensino superior sem interferência política na<br />
Bielorrússia<br />
A União Europeia (UE) concedeu milhão de euros para apoiar a Universidade de<br />
Humanidades Europeia, exilada em Vilnius, pelo seu compromisso para com o respeito<br />
pelos Direitos Humanos. Embora localizada na Lituânia, destina-se a estudantes<br />
bielorrussos e tem por objectivo apoiar a sociedade civil e os jovens bielorrussos. É,<br />
neste momento, a única universidade bielorrussa independente que permite que os<br />
bielorrussos estudem sem interferências políticas.<br />
Segurança nuclear na Arménia<br />
A central nuclear de Medzamor tem sido, desde há algum tempo, motivo de discórdia<br />
nas relações entre a UE e a Arménia. <strong>Como</strong> não tem muitos recursos naturais, a<br />
Arménia está muito dependente desta central, que foi reaberta em 995. Contudo, a<br />
central é considerada uma das mais inseguras em <strong>funciona</strong>mento e, para além disso,<br />
está situada numa zona sísmica activa. A UE ofereceu 00 milhões de euros para<br />
tornar o seu encerramento uma realidade.<br />
Entendimento cultural no Mediterrâneo<br />
A UE tem promovido o entendimento cultural recíproco entre os povos das duas<br />
margens do Mediterrâneo, em parte através da utilização de material audiovisual.<br />
A “Caravana do Cinema Euro Árabe” é um desses projectos, disponibilizando uma<br />
grande variedade de filmes europeus e dos países do sul do Mediterrâneo. Já chegou<br />
a 21 cidades e a mais de 100 000 pessoas, criando uma nova geração de cinéfilos<br />
mais abertos à cultura europeia e árabe.<br />
- 87 -
- 88 -<br />
Os nossos vizinhos<br />
16. Marrocos<br />
15. Argélia<br />
1. Bielorrússia<br />
2. Ucrânia<br />
14. Tunísia<br />
7. Síria<br />
9. Territórios Palestinianos<br />
Ocupados<br />
8. Líbano<br />
10. Israel<br />
13. Líbia 12. Egipto 11. Jordânia<br />
E os nossos outros vizinhos?<br />
És capaz de estar a pensar porque é que outros países, como a Noruega ou a Rússia<br />
não estão incluídos na lista uma vez que também são nossos vizinhos, não é? A<br />
resposta é simples: é que são abrangidos por outros acordos.<br />
A Noruega, a Islândia, o Liechenstein e a Suíça são membros da Associação Europeia<br />
de Comércio Livre e, portanto, já adoptaram muitas leis da UE. E as relações com<br />
a Rússia, o nosso terceiro maior parceiro comercial, são reguladas através de uma<br />
parceria estratégica especial. A Islândia e os países do sudeste da <strong>Europa</strong> também<br />
fazem parte deste processo de alargamento gradual.<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/world/enp/<br />
4. Geórgia<br />
6. Arménia<br />
3. República<br />
da Moldávia<br />
5. Azerbaijão<br />
1.<br />
2.<br />
3.<br />
4.<br />
5.<br />
6.<br />
7.<br />
8.<br />
9.<br />
10.<br />
11.<br />
12.<br />
13.<br />
14.<br />
15.<br />
16.<br />
Construir um mundo melhor<br />
À medida que os países se tornam cada vez mais dependentes uns dos outros,<br />
é necessário olhar de uma forma mais abrangente para a nossa relação com<br />
o resto do mundo. A União Europeia (UE) tem de trabalhar lado a lado com os<br />
países em vias de desenvolvimento para juntos, enfrentarem os problemas, que<br />
vão das crises económicas às alterações climáticas.<br />
A União Europeia – Comissão Europeia e os 7 Estados-Membros – gasta aproximadamente<br />
49 mil milhões de euros em apoio ao desenvolvimento, o que corresponde<br />
a 60% do total gasto a nível mundial. É prestada assistência a 60 países, desde o<br />
Afeganistão ao Zimbabué, mas adianta alguma coisa? Apesar das dificuldades, muitas<br />
delas relacionadas com a corrupção e conflitos armados, a resposta é afirmativa – os<br />
países em vias de desenvolvimento vão ganhando lentamente a batalha contra a<br />
pobreza. Tem havido progressos,<br />
mas há ainda muito a fazer.<br />
A <strong>Europa</strong> mantém e prossegue<br />
com o seu empenho incomparável,<br />
no sentido de aumentar a ajuda<br />
ao desenvolvimento – e a<br />
melhorar a eficácia e eficiência<br />
na entrega dessa ajuda. É assim<br />
que a Comissão, em estreita colaboração com os Estados-Membros ( 7 + = ), a<br />
ONU, o Banco Mundial e outros doadores, se esforça por conjugar recursos e repartir<br />
tarefas. Cada vez mais, a ajuda é canalizada directamente para os países parceiros e<br />
as metas de desenvolvimento são tomadas em conta noutras políticas da UE.<br />
O que é que há para ti?<br />
A UE tem muitos países ricos com<br />
uma influência considerável na<br />
economia global – podiam fazer<br />
uso dessa influência para apoiar o<br />
desenvolvimento.<br />
Nina, 19<br />
» Música contra a pobreza – Music against poverty<br />
Tens algo a dizer sobre a luta contra a pobreza? Gostas de compor ou tocar?<br />
Partilha a tua música em www.ifightpoverty.eu ou ouve o que os outros têm<br />
para dizer.<br />
» Concurso Juventude para o Desenvolvimento – Development Youth<br />
Prize<br />
Cria um poster ou um vídeo acerca de um dos temas deste ano e apresenta-o<br />
em www.dyp2008.org/ww/pt/pub/dyp2008/index.htm para poderes ganhar a<br />
oportunidade de visitar um projecto de cooperação em África.<br />
» Mathias & Amadou<br />
Entra na aventura e aprende mais coisas sobre desenvolvimento com estes dois<br />
amigos que enfrentam os desafios de África.<br />
Vai hoje mesmo a www.mathiasandamadou-thegame.eu e joga!<br />
- 89 -
- 90 -<br />
O que farias com alguns euros?<br />
Pode não parecer muito, mas ,7 mil milhões de pessoas – mais de metade da<br />
população do mundo em desenvolvimento – vivem neste momento com menos de<br />
€ 1,50 por dia. A principal meta da UE na área da assistência ao desenvolvimento<br />
é reduzir a pobreza. Mas a UE quer também<br />
promover o desenvolvimento económico e social<br />
de forma sustentada, fomentar a democracia,<br />
o Estado de Direito e os Direitos Humanos;<br />
pretende ainda ajudar os países mais pobres a<br />
ter um papel na economia mundial e a atenuar<br />
os efeitos das alterações climáticas.<br />
Alimentação<br />
Recentemente os preços dos alimentos<br />
dispararam nos países mais pobres. A ‘ajuda<br />
alimentar’, no valor de mil milhões de euros, irá<br />
melhorar o acesso a fertilizantes e sementes e<br />
ajudar a satisfazer as necessidades alimentares básicas das populações vulneráveis<br />
de 50 países.<br />
Energia<br />
Mais de ,6 mil milhões de pessoas no mundo<br />
não têm acesso a electricidade. A UE está a<br />
disponibilizar 00 milhões de euros para o<br />
financiamento de projectos energéticos que irão<br />
estimular o crescimento económico e melhorar as<br />
vidas das pessoas.<br />
Água<br />
Água de boa qualidade é uma necessidade básica<br />
de todos. A UE está a melhorar o acesso à água<br />
potável e ao saneamento para deter a propagação<br />
de doenças na África Subsariana.<br />
Paz<br />
Sabias que...?<br />
Em Portugal, a<br />
ajuda aos países em<br />
desenvolvimento é<br />
coordenada pelo Instituto<br />
Português do Apoio ao<br />
Desenvolvimento (IPAD).<br />
www.ipad.mne.gov.pt<br />
Ao longo dos anos, o Continente Africano tem sido devastado por conflitos armados,<br />
que levaram à perda de milhões de vidas. A UE investiu 740 milhões de euros em<br />
apoios aos esforços de promoção da paz neste continente.<br />
© Eva Schuster<br />
Objectivos de Desenvolvimento do Milénio<br />
Os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), adoptados por 89 nações<br />
durante a Cimeira do Milénio da ONU em 000, pretendem reduzir a pobreza global<br />
até 0 5.<br />
Erradicar a pobreza extrema e a fome – reduzir para metade o número<br />
de pessoas a viver com menos de um dólar por dia e aqueles que sofrem<br />
de fome.<br />
Alcançar a educação primária universal – garantir que todas as crianças<br />
(incluindo as de sexo feminino) frequentem a escola primária.<br />
Promover a igualdade entre os géneros e capacitar as mulheres – eliminar<br />
a desigualdade entre os géneros em todos os níveis de ensino.<br />
Reduzir a taxa de mortalidade infantil – reduzir em dois terços o número<br />
de mortes de crianças com menos de cinco anos.<br />
Melhorar a saúde materna – reduzir em três quartos o número de mulheres<br />
que morrem durante o parto.<br />
Combater o VIH/SIDA, a malária e outras doenças.<br />
Assegurar a sustentabilidade ambiental – reduzir para metade a população<br />
sem acesso a água potável.<br />
Desenvolver uma parceria global para o desenvolvimento – reduzir as<br />
tarifas comerciais e as dívidas dos países mais pobres e aumentar o apoio<br />
prestado.<br />
Para saberes mais:<br />
www.plataformaongd.pt<br />
http://ec.europa.eu/europeaid/index_pt.htm<br />
http://ec.europa.eu/development/index_en.cfm<br />
www.undp.org/mdg/<br />
- 9 -
- 9 -<br />
Curar o mundo<br />
A UE investe em projectos muito diversos. Enumeramos alguns exemplos<br />
da ajuda concedida aos nossos parceiros em todo o mundo.<br />
Apoiar os jovens da<br />
Guatemala<br />
Setenta por cento da<br />
população da<br />
Guatemala tem<br />
menos de 30<br />
anos. Muitos<br />
destes jovens<br />
são afectados<br />
pela pobreza,<br />
ausência de<br />
educação, desemprego,<br />
doença e violência. A fim de ajudar<br />
os jovens autóctones a construir<br />
um futuro melhor, a UE atribuiu<br />
5,3 milhões de euros para uma nova<br />
política nacional para a juventude<br />
guatemalteca.<br />
Modernizar o sistema prisional da<br />
República Dominicana<br />
O sistema prisional dominicano está a ser revisto<br />
com o apoio da UE através dum donativo no valor<br />
de milhão de euros. As reformas incluem não<br />
só a formação dos profissionais e guardas que<br />
aí trabalham, como a melhoria das instalações,<br />
e também a garantia aos reclusos dos direitos<br />
básicos, como alimentação, cuidados de saúde,<br />
educação, etc.<br />
Abrir caminho a novas empresas<br />
Em muitos países em desenvolvimento, os empresários<br />
e os investidores ficam desalentados com a burocracia<br />
e a insegurança jurídica. Para estimular a iniciativa<br />
privada, a UE está neste momento a colaborar na<br />
simplificação do processo de criação de uma empresa<br />
no Mali – centralizando os procedimentos e reduzindo o<br />
número de etapas necessárias.<br />
Melhorar as condições de vida do povo palestiniano<br />
A UE é quem dá mais donativos ao povo palestiniano. Apoia a Autoridade<br />
Palestiniana a garantir que serviços indispensáveis – como escolas e hospitais<br />
– possam permanecer em <strong>funciona</strong>mento. Financia os salários dos funcionários<br />
públicos e pensionistas e paga o combustível necessário à única central<br />
eléctrica existente em Gaza.<br />
Proteger as florestas da Ásia<br />
A desflorestação ilegal, para além de<br />
fomentar problemas políticos e sociais, é<br />
responsável pela perda da biodiversidade<br />
e contribui para as alterações climáticas.<br />
A UE está a investir 6 milhões de euros<br />
na defesa das florestas asiáticas e na<br />
promoção de uma gestão sustentada dos<br />
recursos naturais da Ásia.<br />
Promover os direitos humanos<br />
A UE tem prestado assistência jurídica, nas<br />
Filipinas, às pessoas condenadas e aos<br />
condenados à morte que não disponham de<br />
meios para pagar um advogado de defesa<br />
privado. Também ajudou a persuadir os<br />
políticos e a opinião pública em geral e, em<br />
006, as Filipinas aboliram a pena de morte.<br />
- 93 -
- 94 -<br />
Parceiros comerciais<br />
‘Transacções comerciais’, ‘comércio’ ou ‘negócio internacional’ – são algumas<br />
das designações utilizadas para explicar a importância das importações e das<br />
exportações na ligação que a União Europeia (UE) mantém com o mundo<br />
exterior.<br />
A UE exporta anualmente ,3 biliões de euros<br />
em produtos, o que representa um pouco<br />
menos do que as suas importações no valor de<br />
,5 biliões de euros. A <strong>Europa</strong> é, na verdade, o<br />
maior exportador de bens e serviços do mundo,<br />
sendo seus principais parceiros comerciais, os<br />
Estados Unidos, a Rússia e, cada vez mais, a<br />
China. Por sua vez, a UE é o maior destino de<br />
exportação de mais de uma centena de países.<br />
A União Europeia é uma verdadeira superpotência<br />
em trocas comerciais. Mas, que significado é<br />
que isso tem para nós, individualmente? Sem as<br />
trocas comerciais a nível internacional, os preços<br />
Sabias que...?<br />
Os 7 países da UE,<br />
no seu conjunto, são<br />
responsáveis por 9%<br />
das importações e<br />
exportações mundiais,<br />
mas representam<br />
apenas 7% da<br />
população global.<br />
seriam mais elevados e a variedade de produtos disponíveis seria mais limitada.<br />
Teríamos de enfrentar o dia sem o café da manhã (originário de África) e teríamos de<br />
viver sem as últimas ‘invenções’ da Ásia, só para dar alguns exemplos.<br />
Benefícios do comércio<br />
O conceito de troca comercial baseia-se numa premissa simples: cada país deve fazer<br />
aquilo que melhor sabe. Um país não tem de ser o melhor a produzir uma coisa, no<br />
entanto, se é comparativamente melhor do que os outros, fará sentido especializarse<br />
nesse sector específico, satisfazendo as suas outras necessidades através do<br />
comércio. A isto chama-se vantagem comparativa, e beneficia todos os parceiros<br />
comerciais.<br />
Segundo esta perspectiva, o comércio é vantajoso para todos os países envolvidos.<br />
Inversamente, os países que se fecham ao exterior e às trocas comerciais, tendem<br />
a perder competitividade. Através de acordos para reduzir taxas e outros obstáculos<br />
ao comércio externo, a UE procura identificar e explorar novos mercados para as<br />
empresas europeias e, deste modo, criar emprego e estimular o crescimento.<br />
Além de bens e serviços, o comércio está intimamente ligado ao fluxo internacional<br />
do dinheiro. A UE investe, anualmente, uma média 308 mil milhões de euros a nível<br />
mundial, enquanto que os outros países investem na <strong>Europa</strong> mais de 80 mil milhões<br />
de euros.<br />
A uma só voz<br />
Os 7 países da UE partilham não só um mercado e fronteiras externas únicos como<br />
também uma política comercial única. Os Estados-Membros negoceiam em colectivo,<br />
sendo representados na Organização Mundial do Comércio (OMC) pelo Comissário<br />
Europeu para o Comércio, e frente a frente, com parceiros individuais. Ao trabalharem<br />
em conjunto, os países da UE conseguem moldar e impor um sistema aberto de<br />
comércio internacional assente em regras justas e garantir que essas regras sejam<br />
respeitadas.<br />
Fazer jogo limpo<br />
Sendo o comércio internacional tão<br />
importante, a OMC reúne 53 países.<br />
Estabelece as normas que regem o comércio<br />
entre as nações, assumindo um papel de<br />
mediador quando um país acusa outro de<br />
práticas desleais.<br />
Para além da sua função<br />
importante na OMC, a Comissão<br />
Europeia trabalha directamente<br />
com os parceiros comerciais<br />
da <strong>Europa</strong> com vista a facilitar<br />
o processo de exportação,<br />
abrir novas oportunidades ao<br />
investimento europeu e reduzir<br />
a contrafacção e a pirataria dos<br />
bens europeus. O Parlamento<br />
Europeu é um observador atento destes trabalhos, assegurando que as preocupações<br />
dos cidadãos são tidas em atenção nestes diálogos.<br />
- 95 -
- 96 -<br />
Comércio sustentável<br />
A política comercial da UE centra-se não só em criar emprego e revitalizar o crescimento<br />
económico na <strong>Europa</strong>, mas também em ajudar os povos mais desfavorecidos a escapar<br />
ao ciclo de pobreza. Assim, a <strong>Europa</strong> abriu os seus mercados às importações dos<br />
países mais pobres, auxiliando-os a retirarem benefícios adicionais das oportunidades<br />
que o comércio lhes oferece.<br />
O que é o SPG?<br />
O Sistema de Preferências Generalizadas (SPG) permite a entrada no mercado<br />
europeu de bens oriundos dos países em vias de desenvolvimento, isentos de<br />
impostos ou com taxas reduzidas.<br />
Ao mesmo tempo que realiza trocas comerciais com as nações mais pobres, a UE<br />
também reforça os esforços internacionais para proteger o ambiente e combater as<br />
alterações climáticas, para melhorar as condições de trabalho e assegurar ainda os<br />
mais elevados padrões de qualidade e segurança para os produtos que compra e<br />
vende.<br />
Acelerar o comércio com os países<br />
da Comunidade Andina<br />
Antes de concluir quaisquer acordos comerciais, a UE conduz estudos para<br />
determinar qual o impacte social e ambiental desses acordos. Neste momento,<br />
por exemplo, a União Europeia está a negociar com a Colômbia e o Peru, dois<br />
dos países da Comunidade Andina. Encomendou um estudo independente,<br />
cujo objectivo é examinar várias questões relacionadas com a sustentabilidade,<br />
incluindo a biodiversidade, a pobreza, a saúde e a educação. Está ainda a<br />
analisar se o aumento das trocas comerciais com a UE pode aumentar a<br />
pressão sobre os habitats naturais e os recursos aquáticos desses países.<br />
www.euandean-sia.org<br />
Para saberes mais:<br />
http://ec.europa.eu/trade/about/<br />
www.wto.org<br />
www.icep.pt